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CADERNÃO_CiênciaPolítica

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1 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
TEORIA POLÍTICA – CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
 Conceito de Ciência Política 
 
 
o Objeto 
o Método (maneira de estudar) 
o Regras/leis 
 Objetos de estudo 
o Estado (quando ente público/nação): restringe o estudo 
o Poder: amplia o estudo 
 Compreensão das relações das estruturas de poder dentro do Estado. 
o Para Mário Lúcio Quintão Soares, o objeto de estudo é o conhecimento do 
universo político polarizado pelo fenômeno político do poder. 
 Compôs de investigação 
o Estudo do governo: reflexos do governo no Estado 
o Administração pública 
o As relações internacionais 
o Comportamento político: ações dos governantes 
o Estudo das análises políticas 
 Cientista político: 
o Estuda a distribuição e transparência do poder em processos sociais; 
o Mede o sucesso de um governo e das políticas específicas; 
o Estuda instituições como corporações, uniões, igrejas ou outras organizações 
cujas estruturas e processos de ação se aproximem de um governo, em 
complexidade e interconexão. 
 Ciência Política: estudo das estruturas, relações e dinâmicas entre as pessoas e estes 
dentro de um contexto político, ou seja, faz uma análise da realidade do fato. 
 Filosofia Política: descrição de uma projeção em sua análise, buscando sempre o 
fundamento último do poder, ou seja, a análise do que seria ideal (uma ideologia). 
 Processos sociais: 
o Dissociativo: interessa ao Direito 
 Competição: inevitável, saudável, sem violência. 
 Conflito: nocivo 
Não pode ser/existir “ciência” se não houver: 
2 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
o Associativo 
 Cooperativo 
 Assimilação 
 Acomodação 
 Ciência Política 
o Noção = estudo da política 
o Objeto: universo político onde Estado e Poder passam a ser o “fenômeno de 
poder”. 
DIFERENÇAS 
CIÊNCIA POLÍTICA FILOSOFIA POLÍTICA 
Levantam dados e informações sobre 
determinado cenário político 
Utiliza os dados da Ciência Política para 
estabelecer um modelo ideal do cenário 
político analisado 
Descritivo; diagnóstico Prescritiva; normativa 
Faz análise Faz projeções de possíveis soluções 
 
NEM SEMPRE ANDAM JUNTAS 
POLÍTICA MORAL 
Nem sempre pratica atos que estejam de 
acordo com a Moral. 
Não trabalha com direitos, mas sim com 
deveres. 
Embora a sociedade dita regras, a decisão 
final é autônoma. 
Está relacionada à cultura da sociedade 
 
RELACIONAM-SE ENTRE SI 
POLÍTICA DIREITO 
Necessita do Direito para realizar as suas 
projeções e garantir os seus direitos 
Dita regras de como a Política deve realizar 
suas projeções e garante seus direitos 
 
 Sociedade 
o Envolve: ambiente, pessoas, interação, troca de interesses. Logo, é um conjunto 
de coisas e pessoas. 
o A vida em sociedade é um ato natural e voluntário, mas por conta dos processos 
sociais é necessária uma organização (Direito, costume, moral, religião, etc.). 
3 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
MORAL DIREITO 
Autônomo Heterônimo 
Intenção Ação 
Incoercível Coercível (sanções) 
 
TEORIA POLÍTICA MODERNA 
 
 Considerações iniciais 
o Por volta do século XVI: surgimento do Estado Moderno. 
o Ideia (poder): monarquia absoluta (rei) 
o Bodin: o elemento que diferenciava o Estado de outra comunidade era a 
soberania. Assim, no Estado existe soberania e na comunidade não. 
 Soberania: possibilidade de elaborar leis, interpretá-las e executá-las. 
 Livro: “O Príncipe” de Maquiavel 
 Contrato social 
o Antigamente as civilizações viviam no estado de natureza, ou seja, era a lei 
do mais forte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
início exercício pelo uso 
da força (poder) 
naturais direitos 
homens em estado 
de natureza 
Estado 
Civil 
indivíduos cedem o 
exercício do poder 
Contrato 
Social 
A possibilidade de guerras 
era maior nessa época. Ex.: 
escravidão 
Direitos e deveres; criação 
de um ente: o Estado. Ex.: 
dias atuais 
“pacto” de convívio social; 
salvaguarda dos nossos 
direitos. 
4 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
o Hobbes: contrato social celebrado onde os indivíduos entregam todos os 
direitos nas mãos do monarca. 
 Os direitos naturais não são transferidos. 
 O rei possui o poder absoluto. 
o Locke: considera que direitos naturais são inalienáveis e irrenunciáveis. 
 Liberalismo burguês; 
 Rei: cria mecanismos para os indivíduos exercerem os seus direitos; 
 Tem apenas o poder Executivo, ou seja, garante os direitos do 
povo. 
 Para o monarca, transfere-se apenas o poder Executivo dos direitos 
naturais, preservando a propriedade dos indivíduos. 
Observação: Não é a lei da força, mas a força da lei. 
 Apenas direitos executivos dos direitos naturais foram transferidos. 
 O monarca não tem direitos do cidadão, mas tem o direito de usar a 
força para respeitar os direitos dos indivíduos. 
o Rousseau: indivíduos celebram contrato social, mas não alienam nada a 
alguém. 
 Nada é transferido, os indivíduos são soberanos. 
 Ideia mais democrática. 
 Procura um Estado legítimo, próximo da verdade geral e distante da 
corrupção. 
 Soberania: é indelegável de cada indivíduo. 
 Para ele, a maioria representava a vontade geral revestida das 
vontades particulares; as minorias não eram protegidas. 
 Montesquieu (livro “O espírito das leis”) 
o Era contra o absolutismo, defendo os aspectos democráticos e de respeito 
às leis. 
o Considera que a concentração de todos os poderes só no Estado não é 
bom. 
o Divisão do Poder: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
 
 
 
 
“O homem nasce bom, sociedade é que o corrompe”. (Rousseau) 
A população tem que tomar cuidado ao transformar 
direitos naturais em direitos civis. 
5 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
GOVERNO (para Aristóteles e Montesquieu) 
PURO IMPURO 
Monarquia: governo de um só Tirania: corrupção monárquica 
Aristocracia: governo de vários 
Oligarquia: corrupção aristocrática. 
Ex.: Revolução de 30 no Brasil; 
República do Café com Leite. 
Democracia: governo do povo Demagogia: corrupção democrática 
 
MAQUIAVEL 
 
 Aspectos gerais (em 1513) 
o Teve educação para a vida pública; 
o Obra: “O Príncipe” 
o Serviu ao governo que expulsou os Médici do poder e depois serviu aos 
Médici na volta ao poder. 
 Virtú e Fortuna 
o Para Maquiavel o ideal seria a presença dos dois. 
o Virtú 
 Conjunto de qualidades 
 Habilidade de cálculos, coragem para afastar a moral, etc. 
 Análise das situações; 
 Coragem de não agir de acordo com a moral; 
 Capacidade de adotar medidas extraordinárias. 
o Fortuna: destino ou sorte. 
 Princípios e ideias 
o Reflexão sobre a forma de conquistar e governar princípios novos. 
 Virtú = qualidades 
 Fortuna = sorte 
 Crime = uso da força 
 Consentimento = pelo povo 
o Manutenção do poder do principado está relacionada com a forma como foi 
conquistado. 
 Arte do governo 
o Ponto inicial: conhecimento da natureza humana 
6 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
Observação: Manutenção do poder – forma de conquista. 
o Consentimento dos poderosos: difícil conciliar com o povo. 
o Povo: não oprimir 
o Violência: maldade de uma só vez 
o Fortuna: ter sempre a sorte 
 Bases dos Estados 
o Boas leis 
o Boas armas 
Observação: Exercício de guerra 
 Arte do governo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Política e Moral 
o Política 
 Lógica própria e moral própria Valores específicos 
Observação: Não há oposição, mas diversidade valorativa. 
 Direito: Roma 
o Só é possível a vida em sociedade com a existência das leis. 
o A moral e a religião são autônomas; dependem de cada indivíduo. 
o Constatação: medo da punição impulsiona o homem para agir dentro do 
bem comum e interesse público. 
 
 
 
ELEMENTOS DO ESTADO 
 
 Conceitos
Conhecer a natureza humana (compreender) 
simulação, mentira, ambição, etc. 
Forma de precaução: Lei e Força 
homem maldade
 
leis remédio 
7 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
o Burdeau: o Estado é uma institucionalização do poder (concretização do 
poder). 
o Hans Kelsen: o Estado é ordem coativa (força), normativa (direito) da 
conduta humana. Logo, o Estado depende da força e do direito. 
o Dalmo Dallari: é a ordem jurídica (direito) soberana (poder) que tem por fim 
o bem comum de um povo situado em determinado território. 
 Ordem jurídica = dentro da legalidade 
 Por fim = finalidade 
 Bem comum de um povo = objetivo 
 Sem o direito não há garantia de que a soberania seja exercida. 
Observação: O direito surge a partir do momento que um grupo de pessoas ditam regras 
para melhor convivência entre si. 
 Origem – teorias: 
o Teológica: divindade (Deus) 
o Familiar: primeiro núcleo de convivência humana. Família => clãs => tribos 
=> Estado 
o Contratual: contrato social; pacto entre os homens. 
o Violência: força (lei da força) 
o Econômica (dinheiro): dentro da teoria monarquista; o direito surge após o 
Estado. 
o Constituição espontânea e necessária: a partir da reunião de pessoas. 
 Elementos constitutivos 
o Elemento humano 
 Nação ≠ povo ≠ população 
 Povo: conjunto de pessoas que estão vinculadas de forma 
institucional e estável ao Estado pelo vínculo da nacionalidade. 
 Possui vínculo com o Estado 
 Art. 12, CF/88 
 Nação: grupo homogêneo de pessoas ligado por vínculos 
permanentes de religião, raça, cultura, etc.. 
 População: conjunto de pessoas que estão presentes no território do 
Estado em determinado momento. 
 Incluem-se os estrangeiros 
 Cada indivíduo 
8 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
 Número de pessoas de um determinado território (dados do 
IBGE) 
o Território: base física; o ambiente território do Estado onde ocorre a validade 
da ordem jurídica (jurisdição). 
o Poder político (soberania): 
 Poder: capacidade de mando das relações sociais. 
 Conceito: possibilidade que o Estado possui de obrigar os indivíduos 
a fazer ou não fazer algo (direito subjetivo). 
Observação: O objetivo é o bem comum. 
 
 
o Soberania: “Poder que tem o Estado de organizar-se juridicamente e de 
fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos 
limites dos fins éticos de sua convivência” (Miguel Reale) 
 Capacidade de autogestão. 
 
 
 
FORMAS DE ESTADO 
 
 Noção: maneiras de classificação do Estado. 
 Estado Unitário: todo poder político emana de uma só fonte, inexiste 
descentralização política. Exemplo: Brasil Império = poder moderador. 
 Formas compostas 
o União Pessoal: junção de Estados em torno de um monarca, mantendo cada 
Estado a sua organização jurídica. 
o União Real: junção de dois ou mais Estados, onde é estabelecida única 
soberania por parte desta união. 
UNIÃO PESSOAL UNIÃO REAL 
Idade Média: Portugal e Espanha Tudo em um único reino 
Autonomia jurídica 
Não há autonomia jurídica 
Atualmente o Reino Unido 
Legalidade ≠ Legitimidade 
Soberania ≠ Poder Pode haver poder sem haver soberania 
9 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
 Confederação: junção de Estados, através de um pacto (ou tratado) 
com vistas a obter determinado resultado. 
 Trata-se de uma união efêmera. 
 Características: 
 Surge por meio de um tratado 
 Dieta: órgão deliberativo 
 O Estado detém nacionalidade 
o Federação: união permanente e indissolúvel de Estados autônomos, mas 
não soberanos, sob o comando de uma Constituição, onde existe 
cooperação para formar uma vontade nacional. 
 Características: 
 Surge por meio de uma Constituição Federal; 
 Congresso Nacional: órgão deliberativo; 
 União é quem detém a nacionalidade. 
CONFEDERAÇÃO FEDERAÇÃO 
Os EUA já foram (na Guerra Civil); teve fim 
com Abraham Lincoln. 
Atualmente o Brasil com um modelo 
federativo diferente dos EUA. 
 
ESTADOS UNIDOS BRASIL 
Os Estados resolveram se reunir e formar 
um país 
Na invasão de Portugal era apenas uma 
colônia 
Antes da invasão dos ingleses eram várias 
colônias 
Colônia => Capitanias Hereditárias => 
Províncias => Estados => Cidades 
Cada Estado tem sua autonomia, salvo nas 
relações internacionais (apenas). 
Todos são atrelados a um governo central 
Federação por agregação = federação 
perfeita 
Federação por segregação = federação 
imperfeita 
 
 Teoria do Estado 
o Poder: como ele está ou não distribuído. 
o Estado Unitário: apenas um centraliza o poder. 
o União Pessoal: os Estados se unem em torno de uma só pessoa, mas cada 
Estado possui autonomia jurídica. 
10 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
o União Real: os Estados se unem e forma um reino. Exemplo: Reino Unido 
o Diferenças entre Federação e Confederação 
 Na Federação os Estados tem autonomia e não soberania, de acordo 
com o que a união destes foi definida. 
 O Brasil era uma única colônia e foi desmembrado em Capitanias 
Hereditárias, diferentemente dos EUA. Ou seja, o Brasil formou-se 
através da segregação. Já os EUA formaram-se através da 
agregação. 
 A segregação e a agregação são os modos de se formar uma 
Federação. Agregação é considerada o federalismo perfeito e a 
segregação é o federalismo imperfeito. 
 A Confederação é temporária; não é regida por uma constituição e 
sim por um Tratado (Pacto). 
o Leis básicas do federalismo 
 Descentralização política: cada Estado possuirá os três poderes: 
Legislativo, Executivo e Judiciário. 
 Cada Estado possuirá sua própria Constituição, ou seja, existirá a 
Constituição Federal e a Constituição Estadual (de cada Estado). 
 Participação: cada Estado possuirá sua participação no Senado 
Federal. 
o Tipos de Federalismo 
 Clássico: cada Estado com sua própria arrecadação tributária. 
Exemplo: tentativa de cobrança de impostos na PB sobre as compras 
realizadas na Internet. 
 Cooperativo: os Estados arrecadam os impostos envia para a União, 
e esta distribui os impostos àqueles. Exemplo: distribuição dos 
royalties do petróleo do Sudeste. 
 
FORMAS DE GOVERNO 
 
 Noção: maneira como o poder será exercido. 
 Critérios: 
o Quantidade de pessoas que exercem o poder 
o Ser-se-á descentralizado ou centralizado 
11 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
 Classificação: 
o Monarquia 
 Governo de um só 
 Hereditariedade; leis 
o República: governantes eleitos pelo povo 
o Despotismo: 
 Governo de um só 
 Leis atreladas à vontade pessoais 
 Não depende de hereditariedade 
 Despotismo ≠ tirania que usa a violência 
 Mas um déspota pode se tornar um tirano. 
 Tipos de Monarquia 
o Absolutista: rei efetivamente governa sem limites constitucionais ao seu 
poder. Exemplo: o Brasil antes da Constituição de 1824. 
o Constitucional: rei governa, mas tem limites impostos por uma Constituição. 
Exemplo: a Espanha atualmente e o Brasil após a Constituição de 1824. 
o Parlamentarista: rei reina, mas não governa. Rei é Chefe de Estado com 
função representativa e de vínculo moral com o Estado. O Poder Executivoé exercido pelo Primeiro Ministro. Exemplo: O Reino Unido atualmente. 
 República 
o Aristocrática: governo ministrado por minoria que impera na sociedade em 
face de algum motivo (riqueza, cultura, etc.). 
 A aristocracia é formada por um grupo de pessoas de uma 
determinada sociedade. Exemplo: o Brasil durante a Política do Café 
com Leite (Minas Gerais e São Paulo). 
o Democrática: o poder pertence ao povo ou a um parlamento que o 
represente. Exemplo: eleição de Lula à presidência. 
 Democracia: 
o Noção: demos = povo; kratein = governar. 
 Ambiente com governo de feitio constitucional baseado na igualdade 
e liberdade, e no funcionamento ativo da vontade popular (através do 
voto). 
o Tipos: direta, representativa (Brasil) e participativa. 
12 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
 
SISTEMAS DE GOVERNO 
 
 Noção: maneira pela qual o poder político é dividido e exercido. 
PODER EXECUTIVO 
 Chefe de Estado X Chefe de Governo 
Quem Presidente/Monarca Primeiro Ministro/Presidente 
Função Representação Exercício do Governo 
 
 Parlamentarismo: sistema que deriva do parlamento. 
o No Brasil é representado pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados 
e Senado Federal). 
o O povo elege o rei/presidente, mas ele não é o Chefe de Estado, apenas o 
Chefe de Governo. 
o Quem é forte é a casa legislativa. 
o Características: 
 Típico das monarquias constitucionais. Exemplo: Repúblicas 
europeias – Inglaterra, Espanha e França. 
 Divisão de chefes 
 Primeiro Ministro: é indicado/nomeado pelo presidente, mas a 
investidura depende do parlamento. Ele exerce a função de Chefe do 
Governo. 
o Aspectos: 
 Positivos: 
 Melhor entendimento entre o governo e o parlamento; 
 A tomada de decisões é mais maleável (Sarkozy na França) 
 Negativos: 
 Em pluripartidarismo, o governo pode ficar instável; 
 A velocidade da toma de decisões pode ficar comprometida 
em processo de discussão com o parlamento. 
 Presidencialismo: o líder do governo é escolhido pelo povo para mandato conforme 
lei constitucional. 
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Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
o Características: 
 O presidente acumula funções – Chefe de Estado e Chefe de 
Governo 
 Ministros são simples auxiliares do presidente 
 Típico de repúblicas 
o Aspectos: 
 Positivos: 
o Funciona melhor onde existem partidos políticos; 
o Favorece a tomada mais rápida de decisões. 
 Negativos: 
 Imagem exagerada na pessoa do presidente; 
 A concentração de poderes tende a facilitar a prática de 
corrupção. 
 
GLOBALIZAÇÃO E ORDEM INTERNACIONAL 
 
 Globalização: 
o Pode ser entendido como um processo de integração dos fatores políticos, 
sociais, econômicos, culturais, etc.. 
o Provoca mudanças nas estruturas sociais como a quebra de conceitos e 
ideias. 
o Fenômenos (Boaventura de Souza Santos): 
 Localismo globalizado: questões locais deixam de ser específicas de 
um local e passam a ser do mundo. Exemplo: língua inglesa. 
 Globalismo localizado: questões globais se tornam preocupações 
locais. Exemplos: preservação do meio ambiente, crise econômica, 
etc.. 
o Direito: 
 “Contaminado” pela globalização; 
 O Direito adequa-se a sociedade; 
 Direito Internacional; 
 Países desenvolvidos estão impondo suas regras (ou normas). 
Curiosidade: A palavra globalização surge nos anos 90 após a queda do muro de Berlin 
quando até então o mundo era divido pelas potências EUA e URSS. Após a queda do
14 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
muro o mundo se une. Nos anos 80 usava-se a palavra mundialização. 
 Ordem Internacional 
o O Estado possui dupla personalidade 
 Ordem interna: 
 Sujeito central 
 Quem comanda é o Brasil 
 Ordem externa: 
 Tratamento isonômico 
 Juridicamente, os países são iguais diferenciando-se pelas 
sociedades. 
1. Primazia da ordem jurídica estadual 
a. Prega que ordem internacional não é vinculante, ou seja, não 
obriga e o que vale é a lei interna. Exemplo: relação da ONU com 
os países que adotam o Alcorão. 
b. Vínculos externos: protocolo de propósitos. 
2. Primazia da ordem jurídica internacional: prevalecem os tratados 
assinados que ganham força de Emenda Constitucional. 
a. Supremacia do Direito Internacional 
b. Norma nacional que contrarie a internacional deve ser extinta. 
Exceção: A CF/88 diz que quando se tratar de direitos humanos e direitos fundamentais 
prevalecerá à norma que proteger mais. 
 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
 
 Espécies: 
o Para fins específicos: tratam apenas de algo específico. Exemplo: 
Comunidade Europeia do Carvão e Aço. 
o Regionais para fins amplos: UE, Mercosul, Nafta; são os blocos econômicos. 
o Vocação universal: organização mundial que trata de todas as questões. 
Exemplo: ONU. 
Observação: NÃO possuem soberania, APENAS possuem competências que foram 
delegadas pelos Estados nos tratados que os formaram. Quem possui soberania é o 
Estado.
15 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
 Organização das Nações Unidas (ONU) 
o Objetivos (missões) 
 Fortalecer a paz: Conselho de Segurança da ONU 
 Socorrer em situações de abandono: Unicef 
 Coordenar assuntos econômicos: Conselho Econômico da ONU 
 Solucionar conflitos internacionais: Tribunal de Justiça Internacional 
o Entidades ligadas 
 FMI 
 BIRD: Banco Mundial; auxilia os países subdesenvolvidos. 
 OMS: Saúde 
 UNESCO: Educação 
 Considerações finais 
o Com a globalização surgem novas entidades políticas. Exemplo: Greepeace. 
o Problemas: 
 Autodeterminação dos povos 
 Direitos fundamentais 
 Proteção do meio ambiente 
 
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS 
 
 Noção: agrupamentos humanos visando um propósito, neste caso, para atuarem 
no universo político. 
 Espécies: 
o Partidos políticos: 
 Motivação: disputa de poder; querer poder. 
 Objetiva conquista ou conservação do poder político através da 
conquista ou adesão dos cidadãos. 
 Nem todos os partidos políticos almejam poder no Brasil. 
o Grupos de interesse: 
 Forças sociais que emergem buscando a realização de objetivos 
conforme a natureza do grupo. Exemplo: associação de um bairro 
busca na prefeitura melhorias para seu bairro. 
 Pode ser uma associação no universo jurídico. 
 Difere dos grupos de pressão 
16 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
o Grupos de pressão: 
 Forças sociais que pressionam com ações, os sistemas políticos. 
 Podem ser mobilizações como o MST. 
 Muitas vezes decorrem de grupos de interesse. 
Ou seja: Os grupos de interesse buscam soluções de problemas através do diálogo 
pacífico e, os grupos de pressão, buscam as soluções de problemas através da pressão 
em seu sentido literal da palavra. 
Logo: GI => atuação mais passiva e permanente 
 GI => parlamento => GP 
 
PARTIDOS POLÍTICOS GRUPOS DE PRESSÃO 
Atuação permanente sobre o poder Atuação transitória sobre o poder 
Propósitos claros perante a opinião pública Propósitos sem clareza perante a opinião 
pública. Ex.: críticas sobre o MST 
Tendem a representar interesses coletivos Tendem a representar interesses 
particulares 
 
o Lobby: grupo de pessoas ou organização com atividades profissional, que 
buscam influenciar as decisões do poder público. 
 Atua nas ações junto ao poder público. 
 Geralmente entra na licitação pública. 
 Busca o fechamento de parcerias. 
 Pode estar relacionado a um tipo de trânsito ou tráfico de influência. 
 Nos EUA, a atividade é antiga (1ª Emenda Constitucional), legal e 
legítima. 
 No Brasil, a mídia passoua tratar do assunto como sendo qualquer 
atitude que tivesse alguma relação com a influência e convencimento, 
sem se importar com o caráter da representação de interesse. Assim, ela 
não é legal e não é bem vista. 
 
OPINIÃO PÚBLICA 
 
 Conceito: opinião geral de uma sociedade. 
 Opinião pública => senso comum 
17 
 
Anotações das aulas por Juliana Targino Nóbrega. 
o Relação das pessoas sobre determinado assunto. 
 Baseia-se no agrupamento homogêneo de crenças, ideias e opinião. 
 Segue um padrão ético-moral que é subjetivo segundo a cultura, as condições 
sociais, a religião, etc.. 
 Ideia de funcionamento 
o Notícia existe por processo de transformação 
1. Mídia molda notícia de acordo com características do receptor. 
2. Este receptor cria sua interpretação em relação ao fato noticiado. 
3. A opinião pública é feita a partir do agrupamento destas interpretações. 
Ou seja: A opinião pública está ligada à crença na qual o indivíduo se baseia para criar 
seus pontos de vista. 
 Formação e desenvolvimento 
o Fatores sociais: tipo de sociedade, classe social, etc.. 
o Fatores psicológicos: crenças. 
o Veículos de comunicação massiva: rádio, TV, redes sociais, etc.. 
 Estrutura midiática 
o Valores: 
 Para atingir a opinião pública, a estrutura midiática aposta em valores 
comuns à maioria. 
 A opinião pública não é capaz de promover mudança em si mesma, 
pois já é o resultado de agregados nas opiniões dos particulares. Ou 
seja, sozinha ela não surte efeito. 
o Componentes básicos: 
1. Opinião do indivíduo que está sendo influenciado. 
2. Avaliação que o indivíduo faz da fonte de influência. 
3. Percepção que o indivíduo tem da fonte de influência. 
Para refletir: Será que é possível a existência de uma verdadeira opinião pública 
baseada na troca democrática da informação através de elevados conhecimentos 
individuais?

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