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Transistores Bipolares de Junção (TBJ ou BJT)

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APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.1 
 
UNIDADE V - TRANSISTORES 
 
5.1 - TRANSISTORES BIPOLARES DE JUNÇÃO (TBJ OU BJT) 
 
- CONSTITUIÇÃO: 
 
 
 
 
N P N N P N
emissor coletor
 
 base
emissor coletor
base
P N PP NP PN NP
 
 figura 1 
 
 O transistor é um dispositivo semicondutor de três camadas que consistem em duas camadas externas de 
material tipo N e uma camada interna de material tipo P ou duas camadas externas de material tipo P e uma 
camada interna de material tipo N. O primeiro é chamado de transistor tipo NPN enquanto que o segundo é 
chamado transistor tipo PNP. À estas regiões ou camadas damos o nome de emissor, base e coletor. 
 Da união do cristal semicondutor do emissor com o cristal semicondutor da base resulta numa junção PN a 
qual recebe o nome de junção base-emissor. Da união do cristal semicondutor da base com o cristal 
semicondutor do coletor também resulta numa junção PN, sendo esta denominada junção base-coletor. 
 A relação entre a largura total e a camada do meio (base) é de aproximadamente 150/1, ou seja, as 
camadas externas são muito mais largas do que a camada do meio. 
 O nível de dopagem da camada do meio também é consideravelmente menor do que o das camadas 
externas (tipicamente 1:10 ou menos). Este baixo nível de dopagem aumenta a resistividade deste material, pois 
limita o número de portadores livres de carga elétrica. 
 
 
- SIMBOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 figura 2 
 
 Na figura 2 foi mostrada a simbologia utilizada para os transistores PNP e NPN, assim como o sentido das 
correntes de emissor, coletor e base. 
 Observe que a seta do emissor aponta no sentido da corrente do emissor, se considerarmos o sentido 
convencional, e em sentido oposto se considerarmos o sentido eletrônico de corrente. Observe também que a 
seta aponta para o semicondutor tipo N (emissor no transistor NPN e base no transistor PNP). 
 
 
- POLARIZAÇÃO DO TRANSISTOR: 
 
 Polarizar um circuito transistorizado significa escolher os componentes (resistores) e as tensões contínuas 
de alimentação do circuito de modo a obter um certo valor para as tensões entre coletor e emissor (VCE), entre 
base e emissor (VBE) e entre coletor e base (VCB) e para as corrente de emissor, coletor e base (IE, IC e IB). 
 
 
 
 
 
 
 
Ie 
Ic 
Ib 
E 
C 
B 
TRANSISTOR NPN 
Ie 
Ic 
Ib 
E 
C 
B 
TRANSISTOR PNP 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.2 
 
- FUNCIONAMENTO DO TRANSISTOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nos circuitos da figura 3 a fonte de tensão VCC polariza a junção base-coletor do transistor em sentido 
inverso e a junção base-emissor em sentido direto. A polarização inversa da junção base-cooletor faz que sua 
resistência seja muito maior do que a resistência da junção base-emissor e a maior parte da tensão da fonte VCC 
fica na junção base-coletor. A tensão na junção base-emissor, apesar de ter a polaridade correta, é muito 
pequena e não possui intensidade suficiente para vencer a barreira de potencial desta junção, que é de 0,7 V para 
o silício e 0,3 V para o germânio. Isto faz com que o transistor não conduza e as corrente de emissor, coletor e 
base sejam praticamente nulas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para que o transistor funcione é preciso conectar uma segunda fonte de tensão, conforme mostrado na 
figura 4. Esta fonte de tensão polariza a junção base-emissor no sentido direto, tanto em polaridade quanto em 
intensidade, resultando em uma redução da barreira de potencial desta junção, conforme pode ser visto pintado 
de cinza na figura 4a. Com a redução da barreira de potencial, um grande número de elétrons se difundem (se 
deslocam) da região de emissor para a base. 
 À medida que os elétrons se deslocam do emissor para a base, novos elétrons entram na região de 
emissor, provenientes do terminal negativo das fonte VBB e VCC, constituindo a corrente de emissor (IE). Nos 
circuitos da figura 4 a corrente de emissor foi representada saindo do emissor porque estamos trabalhando com o 
sentido convencional de corrente elétrica (deslocamento de cargas positivas). 
 Os elétrons que entram na base podem seguir dois caminhos: em direção ao coletor ou em direção ao 
terminal da base. O caminho em direção ao terminal da base é estreito e longo, apresentando elevada 
C 
E 
B 
figura 3.a figura 3.b 
N 
P 
N 
+ _ 
+ 
_ 
+ 
VCC 
_ 
RC 
E 
C 
B + 
VCC 
_ 
RC 
figura 4a figura 4.b 
VCC 
N 
P 
N 
+ _ 
+ 
_ 
IE 
IC 
IB 
+ 
_ + 
VBB 
_ 
RC 
RB 
C 
E 
B 
VCC 
IE 
IC 
IB 
+ 
_ + 
VBB 
_ 
RC 
RB 
VBE 
+ 
_ 
VCE 
+ 
_ 
VCB + 
_ 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.3 
 
resistência. Por outro lado, o caminho em direção ao coletor é curto e largo apresentando baixa resistência 
(R=.l/S). Por este motivo, a maior parte dos elétrons que entram na região da base, vindos do emissor, se 
deslocam para a junção base-coletor, onde são acelerados pela barreira de potencial desta junção polarizada 
inversamente (ver explicação abaixo *). Quando chegam no coletor os elétrons são atraídos pelo terminal positivo 
da fonte VCC, constituindo a corrente de coletor (IC). 
 Dos elétrons que entram na base, provenientes do emissor, alguns se recombinam com as lacunas da base 
e o par elétron-lacuna desaparece. Porém, antes de haver a recombinação, o cristal semicondutor da base era 
eletricamente neutro, com a recombinação, esta neutralidade deixou de existir. Portanto, para que o cristal se 
mantenha eletricamente neutro, para cada elétron que se recombina com uma lacuna, um elétron deve deixar a 
base em direção ao terminal positivo da fonte VBB, constituindo a corrente de base. Quanto mais estreita e menos 
dopada for a base, menor será a probabilidade de haver recombinação de um elétron com uma lacuna e, 
consequentemente, menor será a corrente de base. 
 
* A explicação para este fato é que a barreira de potencial da junção base-coletor, polarizada inversamente, 
impede os elétrons do coletor e as lacunas da base (portadores majoritários) de atravessarem a junção, porém 
não impede que os elétrons da base e as lacunas do coletor (portadores minoritários) se desloquem através da 
junção. Na realidade, a barreira de potencial desta junção polarizada inversamente força o movimento dos 
portadores minoritários de carga elétrica através da junção, conforme ilustrado na figura 5. Nesta figura pode-se 
observar a junção base-coletor polarizada inversamente e um elétrons que chegou na base vindo do emissor. 
Como o elétron possui carga negativa, ele será repelido pela carga negativa do lado P da junção e será atraído 
pela carga positiva do lado N da junção. Portanto, a barreira de potencial desta junção polarizada inversamente, 
além de não impedir que o elétron atravessasse a junção ainda atuou no sentido de forçar o movimento deste 
elétron através da junção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para explicar o funcionamento do transistor utilizou-se o transistor tipo NPN. O funcionamento do transistor 
PNP é exatamente o mesmo, com os papéis desempenhados pelos elétrons e pelas lacunas trocados, conforme 
mostra a figura 6. Observe nesta figura que as fontes que polarizam o transistor foram invertidas em relação à 
figura 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
+ 
+
+ 
+
+ 
+
+ 
+ 
+
+ 
+
+ 
+
+ 
+ 
+
+ 
+
+ 
+
+ 
+ 
++ 
+
+ 
+
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
_
+ 
Coletor - N Base - P 
+ 
+
+ 
+
+ 
+
+ 
Figura 5 
figura 6.a figura 6.b 
VCC 
P 
N 
P 
+ 
_ 
+ 
_ 
IE 
IC 
IB 
_ 
+ 
+ 
VBB 
_ 
RC 
RB 
C 
E 
B 
VCC 
IE 
IC 
IB 
_ 
+ + 
VBB 
_ 
RC 
RB 
VBE 
_ 
+ 
VCE 
+ 
_ 
VCB 
+ 
_ 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.4 
 
- EQUAÇÕES PARA O TRANSISTOR 
 
 1º ) Aplicando-se a lei das correntes de Kirchoff ao transistor da figura 4, ou da figura 6, como se ele fosse 
um único nó, resulta: 
 
 IE = IB + IC (1) 
 
 Mas, a maior parte dos elétrons que entram na base alcança o coletor, portanto: 
 
 IC >> IB ( IB = 1 à 5 % de IE) (2) 
 
 2º ) Analisando-se as figuras 4.b ou 6.b, obtém-se: 
 
 VCE = VCB + VBE (3) 
 
 Porém, a junção base-emissor é sempre polarizada no sentido direto, de modo que a tensão VBE = 0,7 ou 
0,3 V para transistores de Si e Ge, respectivamente. 
 
- GANHO DE CORRENTE DO TRANSISTOR ( ou HFE): 
 
 Por definição: 
B
C
FE I
I
 H β  (4) 
 
 Uma vez que IC é muito maior do que IB, resulta que  >> 1. Para transistores de baixa potência (ICMÁX 
pequena)  varia de 50 à 400. Para transistores de potência (ICMÁX grande)  varia de 2 à 20. 
 
- EFEITO DA VARIAÇÃO DA TENSÃO VBB NO FUNCIONAMENTO DO TRANSISTOR: 
 
 Uma vez que a tensão entre base e emissor é praticamente constante, um pequeno aumento na tensão da 
fonte VBB, nos circuitos das figuras 4 ou 6, produzirá um pequeno aumento na corrente de base. Este pequeno 
aumento na corrente de base produzirá grande aumento na corrente de coletor pois IC = .IB (equação 4). Este 
grande aumento na corrente de coletor resultará em um grande aumento da tensão sobre o resistor RC (VRC = 
RC.IC). Analisando-se as figuras 4 e 6, vê-se que a tensão de saída (VCE) é igual à tensão da fonte VCC 
descontada a queda de tensão sobre o resistor RC (VRC), ou seja: 
 
 VSAÍDA = VCE = VCC - VRC = VCC - RC.IC (5) 
 
 O grande aumento da tensão no resistor de coletor (VRC) causará grande redução na tensão de saída do 
circuito (VCE), o que comprova o efeito amplificador do transistor pois esta grande variação da tensão de saída foi 
causada por uma pequena variação da tensão de entrada (VBB) do circuito. 
 Análise semelhante pode ser feita quando a tensão da fonte VBB diminuir. 
 
- REGIÕES DE OPERAÇÃO DO TRANSISTOR: 
 
1º ) REGIÃO ATIVA 
 
 Quando o transistor é polarizado na região ativa, uma variação na corrente de entrada do circuito (corrente de 
base) produz uma variação proporcional na corrente de saída (corrente de coletor) e uma variação inversa na tensão de 
saída (VCE), ou seja, se a corrente de coletor aumenta, a tensão de saída diminui (ver equação 5). 
 O transistor polarizado na região ativa apresenta corrente de coletor e tensão entre coletor e emissor diferentes 
de zero, portanto, a potência dissipada pelo transistor (IC x VCE ) também é diferente de zero, ou seja: 
 
 
 ( 0 < VCE < VCC ) 
 
 
 
 
 
 Na região ativa a junção base-coletor é polarizada inversamente. 
 
 
VCE  0 
IC  0 
P  0 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.5 
 
2º ) REGIÃO DE SATURAÇÃO 
 
 Nos circuitos das figuras 4 e 6 se a corrente de coletor aumenta, a tensão no resistor de coletor (VRC) 
aumenta e a tensão entre coletor e emissor (VCE) diminui. Se a corrente de coletor aumentar muito, o valor da 
tensão VCE será reduzido para aproximadamente 0 V. Como a tensão VCE não pode diminuir mais, pois sua 
intensidade já está próxima de 0 V, a corrente de coletor não pode mais aumentar. A partir deste ponto, se a 
corrente de base aumentar, a corrente de coletor não aumentará, e o transistor estará operando na região de 
saturação. Portanto, ao contrário da região ativa, na região de saturação, uma variação da corrente de base 
não produz variação na corrente de coletor. 
 Dividindo-se a corrente de coletor pelo ganho de corrente (β) do transistor (equação 4) obteremos o valor 
da corrente de base que coloca o transistor operando no limite entre a região de saturação e a região ativa. Se a 
corrente de base for maior do que este valor, o transistor estará operando na região de saturação, caso contrário 
estará operando na região ativa. 
 O transistor polarizado na região de saturação apresenta corrente de coletor (IC) diferente de zero e tensão 
entre coletor e emissor (VCE) aproximadamente nula. Assim, na região de saturação, a potência dissipada pelo 
transistor é aproximadamente igual à zero ( P = VCE x IC  0 x IC  0 ). 
 
 
 
 
 
 
 
 Na região de saturação a junção base-coletor é polarizada diretamente com uma tensão de 
aproximadamente 0,5 V. 
 
3º ) REGIÃO DE CORTE 
 
 Polarizar um transistor na região de corte significa fazer com que sua corrente de coletor seja nula. A 
tensão de saída (VCE) neste caso é igual à tensão da fonte, pois a queda de tensão no resistor RC é nula. Para 
levar um transistor ao corte devemos adotar o seguinte procedimento: 
 
 a ) Transistor de Silício: 
 
Para polarizar um transistor de silício na região de corte (IC = 0) é necessário curto-circuitar a entrada do 
circuito com a massa ou abrir o circuito de base, como mostrado na figura 7. Em qualquer dos dois casos tem-se 
IB = 0 e, consequentemente IC = 0, ou seja, o transistor não conduz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 b ) Transistor de Germânio: 
 
 Para fazer com que o transistor de Germânio fique cortado, é preciso aplicar à Junção base-emissor uma 
tensão reversa da ordem de 0,1 V. Com a base aberta (Ib=0), pode-se ter uma corrente de emissor e de coletor 
de valor considerável, principalmente em temperatura elevada. 
 
 
 
VCE  0 
IC  0 
P  0 
+ 
VCC 
_ 
VBE = 0 
VCE 
+ 
RB 
RC 
_ 
+ 
_ IB = 0 
IC = 0 
+ 
VCC 
_ 
VBE = 0 
VCE 
+ 
RB 
+ 
VBB 
_ 
RC 
_ 
+ 
_ IB = 0 
IC = 0 
figura 7.a figura 7.b 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.6 
 
 Na região de corte a corrente de coletor (IC) é nula e a tensão entre coletor e emissor (VCE) = VCC, portanto, 
a potência dissipada pelo transistor é nula (P = VCE x IC = VCC x 0 = 0 ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando o transistor funciona como amplificador, normalmente é polarizado na região ativa. Quando utilizado na 
construção de portas lógicas (NOT, AND, OR, ETC.) ou como dispositivo de chaveamento (liga-desliga), o transistor 
opera nas regiões de corte e de saturação, pois nestas regiões a potência dissipada é aproximadamente nula. 
 
- POLARIZAÇÃO DO TRANSISTOR COM UMA FONTE DE TENSÃO (POLARIZAÇÃO DE BASE FIXA): 
 
 O circuito da figura 4.b poderia ser redesenhado com as fontes de tensão de mesmo valor e teríamos o 
circuito mostrado na figura 8. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O potencial do ponto A em relação à massa é igual ao potencial do ponto B em relação à massa, ou seja VA 
= VB = VCC, portanto, se retirarmos a fonte de tensão VBB e ligarmos o ponto A ao ponto B, o circuito não sofrerá 
nenhuma alteração quanto ao funcionamento, VA continuará sendo igual à VB que é igual à VCC, apenas que, 
agora, uma única fonte estará fornecendo as correntes de coletor e de base. O circuito resultante está mostrado 
nas figuras 9.a e 9.b para os transistores NPN e PNP, respectivamente. 
 Nos circuitos mostrados na figura 9, a corrente de base é fixa (constante) e seu valor depende apenas da 
fonte Vcce do resistor Rb. Por este motivo, este tipo de polarização recebeu o nome de “polarização de base fixa”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VCE = VCC 
IC = 0 
P = 0 
VCC 
+ 
_ 
IB 
IC 
IE 
B 
C 
E 
RB 
saída 
RC 
+ 
VBB = VCC 
_ 
A B 
+ 
_ 
IB 
IC 
IE 
B 
C 
E 
RB 
saída 
RC 
VCC 
_ 
+ 
IB 
IC 
IE 
B 
C 
E 
RB 
saída 
RC 
VCC 
figura 9.a – Transistor NPN figura 9.b – Transistor PNP 
figura 8 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.7 
 
- CAPACIDADES MÁXIMAS DO TRANSISTOR: 
 
 Além do ganho de corrente, os fabricantes de transistores costumam informar em seus catálogos pelo 
menos 3 itens: 
 
 1º) A capacidade máxima de dissipação de potência (PCMÁX). 
 2º) A corrente máxima de coletor (ICMÁX) que especifica o máximo valor de corrente permissível circulando 
do emissor para o coletor. 
 
 Quando se pretende construir um circuito com transistores, deve-se escolher um transistor que tenha 
corrente e potência máxima superiores às do circuito no qual vai ser utilizado. 
 
 3º) A tensão máxima entre coletor e emissor (VCEMÁX) 
 Devemos escolher o transistor de modo que a tensão (VCEMÁX) seja maior do que a tensão da fonte de 
alimentação VCC. 
 
 
- CONFIGURAÇÃO DARLINGTON: 
 
 Um único transistor nos oferece, em geral, um baixo ganho de corrente e, quando necessitamos de um 
ganho elevado, a solução é utilizar o circuito da figura 10 onde temos dois transistores ligados em configuração 
Darlington. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
figura 10 
 
 IC2 = 2.IB2 mas IB2 = IE1 
 
 IE1  IC1 = 1.IB1 portanto 
 
 O circuito mostrado na figura 10 pode ser encontrado em um único invólucro, como se fosse um único 
transistor, apresentando 3 terminais, base, coletor e emissor. 
 Conforme podemos ver na figura 10, para o transistor Dárlington VBE = VBE1 + VBE2, portanto, VBE = 1,4 V 
(0,7 + 0,7 V) se o transistor for de silício. 
 
 
- Desvantagens da configuração Darlington: 
 
 - Aumenta a tensão VCE de saturação e a tensão entre base e emissor. 
 - Reduz a velocidade de chaveamento. 
 
 
 
 
 
 
 
IC1 
Tr1 
Tr2 
IB1 
IE1 = IB2 
IE2 
IC2 
I 
B 
E 
C 
IC2 = 1.2.IB1  I 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.8 
 
- EXEMPLOS DE APLICAÇÕES DOS TRANSISTORES: 
 
1o-) INTERFACEAMENTO DE UM CIRCUITO DIGITAL COM RELÉ UTILIZANDO TRANSISTOR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Funcionamento do circuito: 
 
a) Com nível lógico 1 na saída da porta lógica: 
 
 Nível lógico 1 na saída de um circuito digital significa que temos tensão positiva na saída deste circuito em 
relação à massa, conforme mostrado na figura 11.a. Esta tensão polariza diretamente a junção base-emissor do 
transistor (positivo na base P e negativo no emissor N) levando-o ao estado de saturação e fazendo com que ele 
se comporte como chave fechada entre coletor e emissor (VCESAT = 0,2 V). Temos, portanto, um circuito fechado, 
composto pelo transistor, fonte e bobina do relé, por onde circula a corrente de coletor do transistor (IC), corrente 
esta que excita a bobina do relé, fazendo com que seu contato comute, ou seja, passe da posição 1 para a 
posição 2, ligando a carga por ele comandada. O diodo está inversamente polarizado pela tensão da fonte e não 
conduz. 
 
b) Com nível lógico 0 na saída da porta lógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rb 
D1 
+ 5 Vcc 
+ 
VCC 
- 
7408 
+ 
_ 
VOUT = 0 
+ 
_ 
VBE = 0 
IC = 0 pois o transistor 
está no corte 
+ 
1 
2 
ID 
_ 
Rb 
D1 
+ 5 V 
+ 
VCC 
- 
7408 
+ 
_ 
VOUT 
+ 
_ 
VBE N 
P 
1 
2 
IC 
+ 
_ 
figura 11.a 
figura 11.b 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.9 
 
 Nível lógico 0 na saída de uma porta lógica significa ausência de tensão na sua saída em relação à massa. 
Portanto, não há tensão para polarizar diretamente a junção base-emissor do transistor, levando-o ao estado de 
corte. Neste estado o transistor se comporta como uma chave aberta entre coletor e emissor (VCE = VCC), 
interrompendo a corrente que circula pela bobina do relé. Ao ser interrompida a corrente da bobina do relé seu 
contato comutador passa da posição 2 para a posição 1 novamente, desligando a carga por ele comandada. 
 No instante que o transistor interrompe a corrente de coletor, na bobina do relé é induzida uma força 
eletromotriz com polaridade tal a se opor à redução desta corrente, ou seja, a bobina do relé se comporta como uma 
fonte de tensão. Conforme se pode ver na figura 11.b, esta tensão polariza diretamente o diodo, curto-circuitando os 
terminais da bobina, o que proporciona um caminho fechado para que a corrente da bobina do relé (ID) continue 
circulando com o mesmo sentido que antes. Ao circular pelas resistências dos fios, do diodo e da própria bobina 
esta corrente causa perdas por efeito joule, reduzindo a energia armazenada no campo magnético da bobina do relé 
até que ela se reduza a zero, quando então a corrente ID também é nula. Se não houvesse o diodo em paralelo com 
a bobina do relé, a força eletromotriz, induzida nos terminais da bobina no instante do desligamento do transistor, 
poderia ser intensa o suficiente para danificar o transistor ou a isolação da bobina do relé. 
 
2o-) REGULADOR SÉRIE DE TENSÃO COM TRANSISTOR 
 
A–) UTILIZANDO DIODO ZENER COMO ELEMENTO DE REFERÊNCIA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O circuito da figura 12 é um melhoramento do circuito regulador de tensão com diodo zener, visto no 
semestre anterior. O transistor neste circuito é denominado de elemento de controle e, por estar em série com a 
carga, este circuito é denominado de regulador de tensão série. O diodo zener atua como elemento de referência 
de tensão. 
 
- FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO: 
 
 No circuito mostrado na figura 12, o resistor R e o diodo zener formam um regulador de tensão, do tipo que 
estudamos no semestre anterior. Se o diodo zener está no estado ligado, temos uma tensão constante nos seus 
terminais. Como a tensão entre base e emissor do transistor também é constante e, sendo a tensão na carga a 
diferença entre a tensão do zener e a tensão entre base e emissor, tem-se na carga uma tensão constante, 
mesmo que ocorram variações da tensão de entrada do circuito e/ou da corrente de carga. 
 A diferença entre a tensão de entrada (VIN) e a tensão de saída (VOUT) é a tensão nos terminais do transistor 
(VCE). Se a tensão de entrada aumenta, a tensão no resistor R, a tensão VBC e a tensão VCE também aumentam, 
compensando a variação de tensão na entrada do circuito de modo a manter a tensão na carga constante. Porém, 
para que a tensão VCE possa variar, o transistor precisa estar operando na região ativa. A tensão que polariza a 
junção base-emissor do transistor no sentido direto, colocando-o na região ativa, é a tensão do diodo zener (VZ ). 
 
- VANTAGEM DO REGULADOR SÉRIE DE TENSÃO EM RELAÇÃO AO REGULADOR DE TENSÃO COM 
DIODO ZENER ESTUDADO NO SEMESTRE ANTERIOR: 
 
 A vantagem do regulador série de tensão em relação ao regulador de tensão com diodo zener, que 
estudamos no semestre anterior, é que a carga do regulador de tensão (formado pelo resistor R e o diodo zener) é 
a corrente de base do transistor que é muito menor do que a corrente de carga do circuito ( IE ), resultando na 
utilização de um diodo zener de menor potência. 
R 
RL 
+ 
_ 
VOUT+ 
_ 
VIN 
+ 
_ 
VZ 
+ _ VCE 
VBE 
_ 
+ 
figura 12 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.10 
 
B–) UTILIZANDO REGULADOR DE TENSÃO EM CIRCUITO INTEGRADO COMO ELEMENTO DE REFERÊNCIA: 
 
 Podemos utilizar o transistor para aumentar a capacidade de corrente de um circuito regulador de tensão 
em CI (tensão de saída fixa ou ajustável), conforme mostrado na figura 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- FUNCIONAMENTO: 
 
 A tensão na carga é igual à tensão na saída do regulador de tensão descontada da diferença de potencial 
entre base e emissor, ou seja: 
 
 VL = VOUT - VBE 
 
 Mas a tensão de saída de um circuito regulador de tensão (VOUT) e a tensão entre base e emissor de um 
transistor (VBE) são constantes, portanto, a tensão na carga (VL) também é constante. 
 Observe que a corrente de carga circula praticamente toda pelo coletor do transistor. No regulador de 
tensão temos apenas a corrente de base do transistor que é muito menor do que a corrente da carga (IE). 
 Na figura 13, C1 é um capacitor eletrolítico de alumínio que tem função de filtro, ou seja, manter a tensão na 
entrada do regulador de tensão acima da tensão mínima que ele precisa para funcionar. C2 é um capacitor de 
tântalo de, no mínimo 0,1 microfarad, sua função é eliminar possíveis variações da tensão de saída (supressor). 
 
- CONCLUSÃO: 
 
 Os reguladores de tensão lineares, como os mostrados nas figuras 12 e 13 desta unidade, apresentam 
baixo rendimento (30 a 50 %) e grandes dimensões. Isto se deve a dois fatores: 
 
 1o - O transistor opera na região ativa, ou seja, a tensão entre coletor e emissor do transistor e a corrente de 
coletor são diferentes de zero. Portanto, a potência dissipada pelo transistor também é diferente de zero. A 
elevada dissipação de potência no transistor torna necessária a utilização de dissipadores de calor de grandes 
dimensões, aumentando o volume da fonte. 
 2o - O circuito trabalha com baixa freqüência o que exige a utilização de capacitores com elevada 
capacitância e grandes dimensões, o que torna a fonte volumosa. 
 
 Por apresentar baixo rendimento e grandes dimensões o regulador de tensão linear só é economicamente 
viável para potência de saída de até 10 W. 
 
3o – PONTE H PARA ACIONAMENTO DE MOTORES: 
 
É um circuito utilizado para controlar a velocidade e o sentido de rotação de um motor elétrico a partir de 
sinais gerados por circuitos digitais (microcontrolador, temporizador 555, etc.). A saída destes não suporta a 
corrente necessária e nem possui a tensão adequada para acionar um motor, é necessária uma unidade de 
potência que possa alimentá-lo convenientemente. 
 Quando ligamos um motor DC à uma fonte de tensão contínua observamos que ele gira numa velocidade 
constante e numa única direção. Para alterarmos o sentido da rotação do motor, basta apenas ligar os terminais 
do motor de forma invertida. Para que não seja necessário fazer essa operação manualmente, podemos utilizar 
VL 
+ 
_ 
RL 
VOUT 
+ 
_ 
C1 
C2 
VBE 
+ 
_ 
VIN 
+ 
_ 
I IC IE = IL 
IB REGULADOR 
DE TENSÃO 
figura 13 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.11 
 
uma ponte H. Pode-se criá-la facilmente com a finalidade de controlar o sentido da rotação de um motor utilizando 
chaves simples, relés ou transistores. Uma ponte H básica é composta por 4 chaves mecânicas ou eletrônicas 
posicionadas formando a letra “H”, sendo que cada uma localiza-se num extremo e o motor é posicionado no 
centro, conforme mostrado na figura 14. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para que o motor funcione, basta acionar um par de chaves diagonalmente opostas, o que faz a corrente fluir 
do pólo positivo para o negativo atravessando o motor e fazendo-o girar. Para inverter a rotação, desligamos essas 
chaves e acionamos o outro par de chaves, o que faz a corrente circular no motor em sentido contrário ao anterior 
invertendo sua rotação, conforme mostrado na figura 15. Deve-se tomar o cuidado de não acionar as duas chaves 
de um mesmo lado pois isto ocasionaria um curto-circuito na fonte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para que o motor possa ser acionado por um microcontrolador, ou outro circuito digital, devemos substituir 
as chaves mecânicas por chaves eletrônicas, como por exemplo: transistores, mosfets ou tiristores. Na figura 16 
foi mostrado o circuito de uma ponte H construída com transistores. 
 
 
 
 
MOTOR 
CC 
 + 
VCC 
 _ 
figura 14 
MOTOR 
CC 
 + VCC 
figura 15.a 
MOTOR 
CC 
 + VCC 
figura 15.b 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- FUNCIONAMENTO: 
 
 Quando tivermos nível lógico 1 na saída digital 1 do circuito microcontrolado, a base do transistor 3 (NPN) 
será positiva em relação à massa e ao emissor, polarizando a junção base-emissor deste transistor diretamente e 
levando-o ao estado de condução, conforme mostrado na figura 17. Ao mesmo tempo, a base do transistor 1 será 
positiva em relação à massa. Porém, como o emissor do transistor 1 também é positivo em relação à massa, e 
com potencial igual ao da base, a tensão na junção base-emissor é nula fazendo com que o transistor 1 não 
coduza. Deste modo, não há o perigo de se ligar os dois transistores do mesmo lado da ponte o que causaria um 
curto circuito na fonte. 
 Se na saída digital 2 do circuito microcontrolado tivermos nível lógico 0, não haverá tensão suficiente para 
polarizar diretamente a junção base-emissor do transistor 4 e este não conduzirá. Porém, nível lógico 0 na saída 
digital 2 fará com que a base do transistor 2 (PNP) tenha potencial negativo em relação ao emissor , levando-o ao 
estado de condução. 
 Portanto, nível lógico 1 na saída 1 e 0 na saída 2 do circuito microcontrolado faz com que os transistores 2 
e 3 conduzam e a corrente no motor circule da direita para a esquerda fazendo-o girar em um determinado 
sentido. Esta situação está mostrada na figura 17 onde podemos ver o caminho da corrente identificado pela linha 
grossa. 
 Da mesma forma, se na saída digital 1 tivermos nível lógico 0 e na saída digital 2 tivermos nível lógico 1, 
os transistores 1 e 4 é que estarão conduzindo e a corrente no motor circulará da esquerda para a direita, 
fazendo-o girar em sentido contrário ao anterior. 
 Se tivermos nível lógico igual nas duas saídas digitais apenas os dois transistores superiores ou os dois 
transistores inferiores estarão conduzindo e a tensão nos terminais do motor será nula fazendo com que ele não 
parta. 
Se o motor estiver funcionando e as saídas digitais passarem a ter o mesmo nível lógico, para que a 
corrente no motor continue circulando no mesmo sentido e com a mesma intensidade que antes, a bobina do 
motor induzirá nos seus terminais uma fem com polaridade contrária a anterior. Esta fem polarizará um dos 
diodos da ponte diretamente e a máquina terá sua velocidade reduzida lentamente. Esta situação foi mostrada na 
figura 18 onde se supôs que os transistores 2 e 3 estavam conduzindo e as saídas digitais passaram para nível 
lógico 0, levando os transistores 1 e 2 para o estado de condução. Como a corrente não pode circular do coletor 
para o emissor no transistor PNP 1, a fem induzida pela bobina do motor CC polarizou diretamente o diodo em 
paralelo com o transistor T1 fornecendo um caminho fechado para que a corrente do motor continuasse circulando 
no mesmo sentido que antes. 
 
OBS: Quando o negativo da fonte é aterrado, como na figura 16, o transistor NPN conduz com nível lógico 1 na 
base e o transistor PNP com nível lógico 0. 
 
 
 
 
 
figura 16 
MOTOR 
CC 
 + 
VCC_ 
R 
R 
R 
R 
C
IR
C
U
IT
O
 
 M
IC
R
O
CO
N
TR
O
LA
DO
 
SAÍDA 
DIGITAL 1 
SAÍDA 
DIGITAL 2 
T1 
T4 
T2 
T3 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OBS: A ponte H com transistores mostrada nas figuras anteriores só pode ser utilizada se a tensão da 
fonte VCC for igual ou inferior à tensão nas saídas digitais quando estas estiverem em nível lógico 1. Caso 
contrário, quando uma das saídas for para nível lógico 1 teremos dois transistores de um mesmo lado da ponte 
(esquerdo ou direito) conduzindo o que curto-circuitará a fonte, danificando os transistores e a própria fonte. 
 A ponte H também pode ser utilizada para acionar motores de corrente alternada. Neste caso, os pares 
de transistores são acionados alternadamente, ora T1 e T4 conduzem ora T2 e T3 conduzem. Isto faz com que a 
corrente no motor circule ora num sentido, ora em sentido contrário. Variando-se a velocidade de chaveamento 
dos transistores, podemos variar a freqüência da corrente alternada que a fonte CC entrega para o motor e, 
consequentemente, sua velocidade. Este circuito é chamado de conversor ou inversor de freqüência e é 
amplamente utilizado para variar a velocidade dos motores de indução monofásicos e trifásicos. Neste último 
caso a ponte é constituída de 3 pares de transistores. A fonte de tensão contínua VCC é a tensão alternada da 
rede retificada, através de retificadores monofásicos ou trifásicos, controlados ou não. A tensão da rede, após ser 
retificada é filtrada por circuito de filtro. 
 
 
 
figura 17 
MOTOR 
CC 
 + 
VCC 
 _ 
R 
R 
R 
R 
C
IR
C
U
IT
O
 
 M
IC
R
O
CO
N
TR
O
LA
DO
 
SAÍDA 
DIGITAL 1 
SAÍDA 
DIGITAL 2 
T1 
T4 
T2 
T3 
I + _ 
+ 
+ V 0 
_ 
+ 
_ 
figura 18 
MOTOR 
CC 
 + 
VCC 
 _ 
R 
R 
R 
R 
C
IR
C
U
IT
O
 
 M
IC
R
O
CO
N
TR
O
LA
DO
 
SAÍDA 
DIGITAL 1 
SAÍDA 
DIGITAL 2 
T1 
T4 
T2 
T3 
I + _ 
0 0 
+ 
_ 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.14 
 
 Na tabela abaixo temos um resumo do funcionamento da ponte H. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Se a tensão da fonte que alimenta o motor for diferente da tensão de saída em nível lógico 1 do circuito 
digital, devemos acrescentar quatro transistores NPN ao circuito, conforme mostrado na figura 19. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando a saída digital 1 (SD1) vai para nível lógico 1, a junção base-emissor dos transistores 5 e 7 é 
polarizada diretamente levando estes transistores ao estado de condução. A condução do transistor 5 fará com 
que a base do transistor 1 (PNP) tenha potencial negativo em relação ao emissor, levando-o ao estado de 
condução. Por outro lado, a condução do transistor 7 fará com que a base do transistor 3 (NPN) tenha potencial 
nulo em relação ao emissor, levando-o ao estado de corte. Se a saída digital 2 (SD2) estiver com nível lógico 0 o 
os transistores 6 e 8 estarão no estado desligado. Estando o transistor 6 desligado(chave aberta), não haverá 
tensão para polarizar a junção base-emissor do transistor 2 (PNP) que também ficará no estado desligado. Se o 
transistor 8 estiver desligado, a base do transistor 4 (NPN) terá potencial positivo em relação ao emissor, levando-
o ao estado de condução. Portanto, a corrente no motor irá circular da esquerda para a direita no circuito da 
figura 19. 
 Fazendo-se a mesma análise com a saída digital 1 em nível lógico 0 e a saída digital 2 em nível lógico 1, 
conclui-se que os transistores 2, 3, 6 e 8 estarão conduzindo e os transistores 1, 4, 5 e 7 estarão desligados, 
levando a corrente no motor a circular da direita para a esquerda. 
 
 
 
 
 
 
SAÍDA DIGITAL 1 SAÍDA DIGITAL 2 EFEITO 
1 0 Rotação em determinado sentido 
0 1 Rotação em sentido contrário 
0 0 Não parte, ou pára suavemente 
1 1 Não parte, ou pára suavemente 
 
figura 19 
MOTOR 
CC 
 + 
VCC 
 _ 
R1 
R1 
T1 
T4 
T2 
T3 
T5 
R2 
SD1 SD2 
T7 
R2 
+ VCC 
R1 
R1 
R2 
R2 
T6 
T8 
+ VCC 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.15 
 
- IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS E DO TIPO DE UM TRANSISTOR: 
 
 A identificação dos terminais e do tipo de um transistor pode ser feita consultando-se o catálogo ou o manual 
do fabricante. Na falta deste, com o auxílio de um multiteste, podemos utilizar alguns procedimentos que, em 
geral, nos permitem determinar o tipo e identificar os terminais do transistor. 
 
a-) Identificação do tipo e do terminal da base do transistor: 
 
 O transistor possui 3 terminais, conforme mostrado na figura 20, que chamaremos de terminais 1, 2 e 3. 
Para identificar a base do transistor, devemos proceder da seguinte maneira: 
 
 1º- Colocar a chave seletora do multiteste na posição x 10 ohm. 
 2º- Conectar as ponteiras do multiteste a um par de terminais do transistor de cada vez, conforme indicado 
na tabela abaixo. 
 
 1 2 3 
 + - 
 + - 
 + - 
 - + 
 - + 
 - + 
 
 3º- Se o transistor estiver em bom estado, duas situações poderão ocorrer: 
 
 - Com o pólo positivo da bateria do multiteste em um dos terminais do transistor, e o negativo em qualquer 
um dos outros dois terminais o instrumento indicou baixa resistência. Neste caso, o terminal do transistor onde se 
encontra o pólo positivo da bateria do multiteste é a base e o transistor é do tipo NPN. Esta situação está 
mostrada na figura 21.a, onde temos as duas junções polarizadas no sentido direto. 
 - Com o pólo negativo da bateria do multiteste em um dos terminais do transistor, e o positivo em qualquer 
um dos outros dois terminais o instrumento indicou baixa resistência. Neste caso, o terminal do transistor onde se 
encontra o pólo negativo da bateria do multiteste é a base e o transistor é do tipo PNP. Esta situação está 
mostrada na figura 21.b, onde temos as duas junções polarizadas no sentido direto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: No multiteste analógico, a ponteira que tem polaridade positiva é a preta (comum), pois é neste terminal 
que está conectado o pólo positivo da bateria interna do instrumento, a ponteira vermelha tem polaridade 
negativa. No multiteste digital normalmente não há esta inversão. 
 
b-) Identificação dos terminais coletor e emissor do transistor: 
 
 Uma vez identificado o terminal de base e o tipo do transistor (NPN ou PNP), podemos identificar os 
terminais de coletor e de emissor procedendo da seguinte maneira: 
 
 1o- Colocar a chave seletora do multiteste na posição x 1 Kohm. 
 2º- Conectar as ponteiras do multiteste entre os terminais desconhecidos do transistor, conforme mostrado na figura 23. 
 3º- Medir a resistência do transistor segurando com uma das mãos o terminal da base, e com a outra mão o 
terminal do multiteste que corresponde à polaridade da base no sentido direto (positiva NPN – negativa PNP) 
conforme mostrado na figura 22. Repita a medição invertendo os terminais do multiteste. 
 4º- Na medição em que o multiteste indicar menor resistência (maior deflexão do ponteiro), o terminal do 
multiteste que corresponde a polaridade da base indicará o terminal de coletor e o outro será o emissor. 
 
 
figura 20 
 N P N 
 
- +  + - 
figura 21.a 
 P N P 
 
+ - 
 
- + 
figura. 21.b 
 1 23 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– VERIFICAÇÃO DO ESTADO DE FUNCIONAMENTO DE UM TRANSISTOR: 
 
 Para saber se um transistor está em bom estado, basta medir a resistência das duas junções (base-emissor e 
base-coletor) nos dois sentidos (direto e inverso). Se tivermos baixa resistência nas duas junções quando 
polarizadas no sentido direto e elevada resistência nas duas junções quando polarizadas no sentido inverso, o 
transistor está em bom estado, caso contrário, está danificado. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Desenhe o símbolo e indique o nome dos terminais e o sentido das correntes do transistor NPN. 
2) Desenhe o símbolo e indique o nome dos terminais e o sentido das correntes do transistor PNP. 
3) A seta utilizada na simbologia dos componentes eletrônicos, aponta sempre na direção de que tipo de 
semicondutor, N ou P? 
4) O que significa "polarizar um transistor"? 
5) Faça o desenho mostrando a estrutura interna do transistor NPN com as fontes de polarização. Indique no 
desenho o sentido das correntes, a barreira de potencial das junções base-emissor e base-coletor e o nome 
de cada camada semicondutora. 
6) Explique o funcionamento do transistor NPN cuja estrutura interna foi desenhada no exercício 5. 
7) Faça o desenho mostrando a estrutura interna do transistor PNP com as fontes de polarização. Indique no 
desenho o sentido das correntes, a barreira de potencial das junções base-emissor e base-coletor e o nome 
de cada camada semicondutora. 
8) Explique o funcionamento do transistor PNP cuja estrutura interna foi desenhada no exercício 7. 
9) Defina ganho de corrente de um transistor. Quais os símbolos comumente utilizados para representá-lo? 
10) Entre que valores se encontra o ganho de corrente de um transistor: 
a) De baixa potência? 
b) De elevada potência? 
11) Qual é o nome das regiões de operação do transistor que estudamos? 
12) Como devemos proceder para levar um transistor de silício à região de corte? Explique os dois modos. 
13) Se houver variação na corrente de base do circuito transistorizado, o que podemos afirmar em relação à 
variação da corrente de coletor se o mesmo estiver polarizado: 
a) Na região ativa? 
b) Na região de saturação? 
 
14) Que efeito o aumento da corrente de coletor terá sobre a tensão entre coletor e emissor do transistor? Explique. 
 
NPN 
B 
mãos 
 
- + 
PNP 
B 
mãos 
 
- + 
figura 22 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.17 
 
15) Que valores terão a corrente de coletor (IC), a tensão entre coletor e emissor (VCE) e a potência dissipada pelo 
transistor (PC) se o transistor estiver polarizado: 
a) Na região ativa? 
b) Na região de saturação? 
c) Na região de corte? 
16) Em que região (ões) de operação o transistor vai operar quando funcionar: 
a) Como chave (liga-desliga)? 
b) Como porta lógica? 
c) Como amplificador? 
17) Calcule as correntes de polarização e o potencial do coletor em relação à massa (Vc) do circuito com polarização de 
base fixa mostrado na figura 9.a sendo dados: Vcc = 20 V, Rb = 400 K, Rc = 2,0 K e  = 100. 
 
18) Refaça o exercício anterior considerando que o transistor foi substituído por outro com  = 180. 
 
19) Calcule o valor do resistor de coletor que levará o transistor do exercício 17 à saturação (VCE = 0 V). 
 
20) Calcule o valor da tensão da fonte, a corrente de base e o ganho de corrente do transistor do circuito com 
polarização de base fixa mostrado na figura 23. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21) Calcule o valor do resistor de base, a corrente de coletor e o potencial do coletor em relação à massa (Vc) do 
circuito com polarização de base fixa mostrado na figura 24. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22) Quais os três fatores que precisamos levar em consideração quando vamos escolher um transistor? 
23) Faça o desenho de dois transistores ligados em configuração Darlington e indique o sentido das correntes. 
figura 23 
5 mA 
_ 
 
+ 
IB 
B 
C 
E 
330 KΩ 820  
VCC 
_ 
+ 
4,9 V 
+ 
_ 
12 µA 
IC 
IE 
B 
C 
E 
RB 2,7 K 
11 V 
 = 150 
 
 
 
 
 
 
figura 24 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.18 
 
24) Quais as vantagens e as desvantagens da configuração Darlington? 
25) Faça o desenho mostrando o interfaceamento de um circuito digital com um relé através de um transistor 
amplificador tipo NPN. 
26) Explique o funcionamento do circuito do exercício anterior: 
a) Com a saída da porta lógica em nível lógico 1. 
b) Com a saída da porta lógica em nível lógico 0. 
27) Faça o desenho mostrando o interfaceamento de um circuito digital com um relé através de um transistor 
amplificador tipo PNP. Dica: O coletor do transistor deve ser ligado na massa. 
28) Explique o funcionamento do circuito do exercício anterior: 
a) Com a saída da porta lógica em nível lógico 1. 
b) Com a saída da porta lógica em nível lógico 0. 
29) Explique o funcionamento do diodo D1 no circuito do exercício 25. 
30) Para acionar um relé cuja bobina possui tensão nominal igual à 6 V e resistência de 80  é necessário utilizar 
um transistor, conforme mostrado na figura 11. 
 Determine: 
a) O valor da tensão da fonte (V1) necessária para alimentar o circuito. 
b) As características mínimas (Vce máx e Icmáx) que o transistor deve possuir. Utilize o apêndice 1 (pág 30) 
e verifique se é possível construir este circuito utilizando o transistor BC 548. 
c) O valor máximo que o resistor Rb deve possuir, considerando-se que  = 100 a 200. 

31) Repita o exercício anterior para um relé de 12 Vcc e R = 200,0 

32) Faça o desenho de um circuito regulador série de tensão com transistor e diodo zener, saída positiva, e 
indique o sentido das correntes e a polaridade das tensões. 
33) Qual é a vantagem do circuito regulador série de tensão com transistor em relação ao regulador de tensão 
sem transistor que estudamos no semestre anterior? 
34) Calcule as correntes, as tensões e o rendimento do circuito regulador de tensão mostrado na figura 12 . O 
resistor R é de 100 , o transistor possui Hfe () igual à 100, o diodo é de 12 V, o resistor de carga e a tensão 
de entrada são, respectivamente: 
a) VIN = 15V e RL = 500 . b) VIN = 15V e RL = 100 . c) VIN = 18V e RL = 100 . 
 
35) Explique o funcionamento do circuito anterior: 
a) Com carga constante e tensão de entrada aumentando. 
b) Com tensão de entrada constante e corrente de carga aumentando. 
 
36) Faça o desenho mostrando as ligações que devemos fazer para aumentar a capacidade de corrente de um 
regulador de tensão com saída positiva em circuito integrado (série 78XX) utilizando transistores NPN. 
37) Faça o desenho mostrando as ligações que devemos fazer para aumentar a capacidade de corrente de um 
regulador de tensão com saída negativa em circuito integrado (série 79XX) utilizando transistores PNP. 
38) Cite duas desvantagens dos circuitos reguladores de tensão mostrados nas figuras 12 e 13. Quais os dois 
fatores que causam estas desvantagens? 
39) Qual é a função de uma ponte H? 
 
40) Faça o desenho de uma ponte H construída com transistores e explique o seu funcionamento considerando-se 
que temos nível lógico 0 na saída digital 1 e nível lógico 1 na saída digital 2. Indique no desenho com linha 
mais grossa o trajeto percorrido pela corrente no circuito. 
 
41) Considere no exercício anterior que as duas saídas digitais passaram para nível lógico 1 e explique o funcionamento 
do circuito. Faça o desenho indicando com linha mais grossa o trajeto percorrido pela corrente no circuito. 
 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.19 
 
42) Considere no exercício 40 que asduas saídas digitais passaram para nível lógico 0 e explique o funcionamento do 
circuito. Faça o desenho indicando com linha mais grossa o trajeto percorrido pela corrente no circuito. 
 
43) No que se refere à tensão de alimentação VCC quais as condições que ela deve satisfazer para que possamos 
utilizar o circuito do exercício 40? 
 
44) Explique de que forma a ponte H pode ser utilizada para alimentar um motor de corrente alternada. Do que 
depende a freqüência da tensão fornecida ao motor? 
 
RESPOSTAS 
 
17) IB = 48,25 A; IE  IC = 4,825 ma; VC = 10,35 V 
 
18) IB = 48,25 A; IE  IC = 8,685 mA; VC = 2,63 V 
 
19) RC = 4,15 K

20) VCC = 9 V; IB = 25,15 mA; β = 198,8 
 
21) RB = 858,3 K�; IC = 1,8 mA; VC = 6,14 V 
 
30) a) VCC = 6 V b) Vcemáx. ≥ 6 V e Icmáx. ≥ 75 mA c) Rb ≤ 5,73 K 
 
31) a) VCC = 12 V b) Vcemáx. ≥ 12 V e Icmáx. ≥ 60 mA c) Rb ≤ 7,17 K 
 
34) a) VR = 3 V; VZ = 12 V; VL = 11,3 V; VCE = 3,7V; 
 IR = 0,03 A; IZ = 29,77 mA; IL = 22,6 mA; IB = 226 mA; η = 32,37 % 
 b) VR = 3 V; VZ = 12 V; VL = 11,3 V; VCE = 3,7V; 
 IR = 0,03 A; IZ = 28,87 mA; IL = 113 mA; IB = 1,13 mA; η = 59,53 % 
 c) VR = 6 V; VZ = 12 V; VL = 11,3 V; VCE = 6,7V; 
 IR = 0,06 A; IZ = 58,87 mA; IL = 113 mA; IB = 1,13 mA; η = 41,0 % 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.20 
 
AULA PRÁTICA 
 
1a TAREFA 
- MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
 - Alguns transistores 
 - Multiteste 
 
- OBJETIVO: 
 
 - Identificar os terminais, o tipo e as condições dos transistores. 
 
- PROCEDIMENTO: 
 
 1o) Faça o desenho no caderno do transistor e anote sua referência (número) 
 2o) Identifique, utilizando o multiteste, o tipo de transistor e os terminais coletor, emissor e base, anotando o 
resultado no caderno. 
 
2a TAREFA 
 
- MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
 - 1 relé de 6 V 
 - 1 transistor BC 548 
 - 1 placa protoboard 
 - 1 multiteste 
 - 1 fonte de tensão contínua 
 - 1 placa com diodos 
 - 1 resistor de carbono de 680 , 1/8 de W 
 - 1 conjunto de cabos com pino banana 
- OBJETIVO: 
 
 Permitir que os alunos verifiquem na prática a possibilidade de acionamento de um relé e de cargas de 
maior potência a partir da aplicação de uma tensão contínua e de pequena intensidade na base de um transistor. 
 
- PROCEDIMENTO: 
 
1o) Ajuste a tensão da fonte contínua para 6,0 V e corrente de 100 mA. 
2o) Monte o circuito mostrado na figura abaixo. 
3o) Anote na tabela o estado do relé ligado ou desligado. 
4o) Conecte o resistor de base (entrada do circuito) ao positivo da fonte e repita o 3o passo. 
5o) Curto-circuite os terminais base e emissor do transistor e repita o 3o passo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 K 
D1 
+ 
6 V 
- 
BC 548 
1 
2 
+ 
_ 
RB 
ESTADO DA BASE RELÉ 
 ABERTA 
CONECTADA EM + 6V 
LIGADA NA MASSA 
 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.21 
 
3a TAREFA 
 
- MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
 - 1 motor CC de 6 V, 
 - 2 transistores BC 548, 
 - 2 transistores BC 558, 
 - 1 placa protoboard, 
 - 1 multiteste, 
 - 1 fonte de tensão contínua, 
 - 4 resistores de carbono de 10 K, 1/8 de W, 
 - 1 conjunto de fios. 
 
- OBJETIVO: 
 
 Comprovar o funcionamento da ponte H para o acionamento de motores elétricos. 
 
- PROCEDIMENTO: 
 
1o) Ajuste a tensão da fonte contínua para 5,0 V e a corrente para 100 mA. 
2o) Monte o circuito da figura abaixo. Se tiver dúvida peça ajuda ao professor. 
3o) Conecte a saída digital 1 em + 5 V (nível 1) e a saída digital 2 no comum (nível 0). 
4o) O motor girou? Em caso afirmativo, em que sentido? ____________________________ 
5o) Desligue a fonte e conecte as duas saídas digitais em 5,0 V (nível 1). 
6o) Ligue a fonte. O motor partiu? _______________. 
7o) Desligue a fonte e conecte as duas saídas digitais no comum da fonte (nível 0). 
8o) Ligue a fonte. O motor partiu? _______________. 
9o) Desligue a fonte e conecte a saída digital 2 em + 5 V (nível 1) e a saída digital 1 no comum (nível 0). 
10o) O motor girou? Em caso afirmativo, em que sentido? ____________________________. 
 Igual ou contrário ao sentido do 4o passo? _________________________. 
11o) Compare os resultados obtidos com a teoria estudada em aula. 
 
OBS: 1-) Mantenha as saídas digitais conectadas em + 5 V (nível lógico 1) ou no comum (nível lógico 0), caso 
contrário os dois transistores de um dos lados da ponte H poderão conduzir o que pode queimar a fonte ou os 
transistores (se a fonte não tiver limitador de corrente). 
 2-) Uma vez que a corrente solicitada pelo motor utilizado é muito pequena, comparada com a corrente 
máxima dos transistores, e, para agilizar a realização desta tarefa, não utilizamos diodos em paralelo com os 
transistores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOTOR 
CC 
 + 
VCC 
 _ 
10 KΩ 
10 KΩ 
 
10 KΩ 
 
10 KΩ 
 C
IR
C
U
IT
O
 
 M
IC
R
O
CO
N
TR
O
LA
DO
 
SAÍDA 
DIGITAL 1 
SAÍDA 
DIGITAL 2 
T1 
T4 
T2 
T3 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.22 
 
1 K 
10 K 
0,5 V VBB 
VCC = 12 V 
IC 
IB VCE 
4a TAREFA 
 
- MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
 - Computador com software PSIM ou outro simulador de circuitos eletrônicos. 
 
- OBJETIVO: 
 
 - Verificar o comportamento do circuito em que o transistor opera nas regiões de corte, ativa e saturação. 
 
- PROCEDIMENTO: 
 
1o) Desenhe no computador o circuito abaixo. 
2o) Faça a simulação do circuito e anote o valor das correntes de coletor e base e da tensão VCE. 
3o) Altere a tensão da fonte VBB de acordo com a tabela e repita o 2o passo. 
4o) Após fazer a simulação do circuito com todos os valores da tensão VBB da tabela, identifique as regiões de 
operação do transistor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5o) Ajuste a tensão da fonte VBB para 2,0 
volts e a tensão VCC de 12 V para 20 V. 
Anote, abaixo, os resultados obtidos e 
compare-os com os resultados anteriores. 
 
IB = __________________ 
IC = __________________ 
VCE = __________________ 
 
 Responda: A variação da tensão da 
fonte de 12 para 20 V, ocasionou variação 
em qual(is) grandeza(s)? 
 
6o) Meça com o voltímetro a tensão entre base 
e emissor para três valores da tensão VBB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VBB IB IC VCE REGIÃO 
0,5 
0,6 
0,7 
0,8 
0,9 
1,0 
1,5 
2,0 
2,5 
3,0 
3,1 
3,2 
3,3 
3,4 
3,5 
 
VBB 1,0 V 2,5 V 3,5 V 
VBE 
 
Conclusão: Quando a tensão VBB variou, houve 
variação proporcional da tensão VBE? 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.23 
 
5a TAREFA 
 
- MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
 - Computador com software PSIM ou outro simulador de circuitos eletrônicos. 
 
- OBJETIVO: 
 
 - Mostrar como o transistor pode ser utilizado para aumentar a potência que uma fonte de tensão pode fornecer. 
 
- PROCEDIMENTO: 
 
1o) Desenhe no computador o circuito mostrado na figura . 
 2o) Faça a simulação do circuito e anote na tabela o valor das correntes e das tensões. Considere a tensão de 
entrada e o resistor de carga com os valores indicados na tabela.3o) Responda: 
a-) De que forma o circuito compensou o aumento 
da tensão de entrada? 
b-) De que forma o circuito compensou o aumento 
da corrente da carga? 
c-) Que grandeza se manteve constante 
nos três ensaios? 
 
 
 
 
 
 
 
 
figura 1 
 
VIN 
+ 
_ 
IZ 
IB 
IR 
VL 
VCE 
VR 
R = 100  RL 
12 V 
IL 
 = 100 
VIN = 15 V VIN = 18 V 
GRANDEZA 
RL = 500  RL = 100  RL = 100  
VR 
VZ 
VL 
VCE 
I 
IR 
IZ 
IB 
IL 
 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.24 
 
APÊNDICE 1 – CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS TRANSISTORES DA SÉRIE TIP NPN 
Tipo Vce (V) Ic (max) (A) hFE (min) Pd (W) fT (MHz) 
TIP29 40 1 20 30 3 
TIP29A 60 1 20 30 3 
TIP29B 80 1 20 30 3 
TIP29C 100 1 20 30 3 
TIP31 40 3 20 40 3 
TIP31A 60 3 20 40 3 
TIP31B 80 3 20 40 3 
TIP31C 100 3 20 40 3 
TIP33 40 10 20 80 3 
TIP33A 60 10 20 80 3 
TIP33B 80 10 20 80 3 
TIP33C 100 10 20 80 3 
TIP35 40 25 25 125 3 
TIP35A 60 25 25 125 3 
TIP35B 80 25 25 125 3 
TIP35C 100 25 25 125 3 
TIP41 40 6 20 65 3 
TIP41A 60 6 20 65 3 
TIP41B 80 6 20 65 3 
TIP41C 100 6 20 65 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.25 
 
APÊNDICE 2 – CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS TRANSISTORES DA SÉRIE TIP PNP 
Tipo Vce (V) Ic (max) (A) hFE (min) Pd (W) fT (MHz) 
TIP30 40 1 20 30 3 
TIP30A 60 1 20 30 3 
TIP30B 80 1 20 30 3 
TIP30C 100 1 20 30 3 
TIP32 40 3 20 40 3 
TIP32A 60 3 20 40 3 
TIP32B 80 3 20 40 3 
TIP32C 100 3 20 40 3 
TIP34 40 10 20 80 3 
TIP34A 60 10 20 80 3 
TIP34B 80 10 20 80 3 
TIP34C 100 10 20 80 3 
TIP36 40 25 25 125 3 
TIP36A 60 25 25 125 3 
TIP36B 80 25 25 125 3 
TIP36C 100 25 25 125 3 
TIP42 40 6 20 65 3 
TIP42A 60 6 20 65 3 
TIP42B 80 6 20 65 3 
TIP42C 100 6 20 65 3 
 
Significado dos parâmetros: 
 
Vce é a tensão máxima entre o coletor e o emissor. Quando essa especificação é acompanhada de “o” (open) 
como em Vceo, significa a tensão máxima entre coletor e emissor quando a base está aberta. 
Ic é a corrente máxima de coletor. Trata-se da corrente contínua máxima que o componente pode conduzir. 
hFE é o ganho estático de corrente, normalmente especificado para uma tensão entre coletor e emissor de 10 V 
quando o componente conduz uma corrente de 1 A. 
Pd é a potência máxima que o componente pode dissipar quando montado num dissipador ideal. 
fT é a freqüência de transição, ou seja, a freqüência em que o ganho de corrente do componente cai para 1. Além 
dessa freqüência o componente deixa de amplificar os sinais. 
 
 
 
APOSTILA DE ELETRÔNICA GERAL 5.26 
 
APÊNDICE 3 – CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS TRANSISTORES DA SÉRIE BC, BD E 2N 
 
Código Polaridade Vce. máximo 
(volts) 
Ic máximo 
(ampéres) 
Potência Total 
(watts) 
hFE (mín-máx) 
BC107 NPN 45 0,1 0,3 110-450 
BC108 NPN 20 0,1 0,3 110-800 
BC109 NPN 20 0,1 0,3 200-800 
BC177 PNP 45 0,1 0,3 75-260 
BC178 PNP 25 0,1 0,3 125-500 
BC179 PNP 20 0,1 0,3 125-500 
BC237 NPN 45 0,1 0,3 110-450 
BC238 NPN 20 0,1 0,3 110-800 
BC239 NPN 20 0,1 0,3 20-800 
BC307 PNP 45 0,1 0,3 75-475 
BC308 PNP 25 0,1 0,3 75-475 
BC309 PNP 20 0,1 0,3 125-475 
BC327 PNP 45 0,5 0,8 100-600 
BC328 PNP 25 0,5 0,8 100-600 
BC337 NPN 45 0,5 0,8 100-600 
BC338 NPN 25 0,5 0,8 100-600 
BC368 NPN 20 1,0 1,0 85-375 
BC369 PNP 20 1,0 1,0 85-375 
BC375 NPN 20 1,0 0,8 60-340 
BC376 PNP 20 1,0 0,8 60-340 
BC546 NPN 65 0,1 0,5 110-450 
BC547 NPN 45 0,1 0,5 110-800 
BC548 NPN 30 0,1 0,5 110-800 
BC549 NPN 30 0,1 0,5 200-800 
BC550 NPN 45 0,1 0,5 200-800 
BC556 PNP 65 0,1 0,5 75-250 
BC557 PNP 45 0,1 0,5 75-475 
BC558 PNP 30 0,1 0,5 75-475 
BC559 PNP 30 0,1 0,5 125-475 
BC560 PNP 45 0,1 0,5 125-475 
BC635 NPN 45 1,0 1,0 40-250 
BC636 PNP 45 1,0 1,0 40-250 
BC637 NPN 60 1,0 1,0 40-160 
BC638 PNP 60 1,0 1,0 40-160 
BC639 NPN 80 1,0 1,0 40-160 
BC640 PNP 80 1,0 1,0 40-160 
BD115 NPN 180 0,15 6,0 acima de 22 
BD135 NPN 45 1,0 8,0 40-250 
BD136 PNP 45 1,0 8,0 40-250 
BD137 NPN 60 1,0 8,0 40-250 
BD138 PNP 60 1,0 8,0 40-250 
BD139 NPN 80 1,0 8,0 40-250 
BD140 PNP 80 1,0 8,0 40-250 
2N3055 NPN 70 15,0 115,0 20-70

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