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Estácio EAD_Língua Portuguesa_Resumo Aula 05

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Hoje em dia, é muito comum as pessoas não acentuarem as palavras quando escrevem, não é 
mesmo?
Isso acontece porque os meios de comunicação utilizados – como, por exemplo, os smartphones –
exigem rapidez na hora da escrita, o que faz com que muitos simplesmente ignorem esse recurso 
ortográfico.
Entretanto, como já estudamos antes, nem sempre, podemos dar à língua um uso informal. Há vezes 
em que é preciso utilizar a norma culta, e a correta grafia das palavras torna-se necessária, certo?
Exemplos de erros de acentuação
Aula 05
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018 21:49
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Apesar de apresentar erros de acentuação, nenhum desses exemplos prejudica o sentido da leitura, 
mas, certamente, influencia a credibilidade do texto.
Quando nos referimos à acentuação de uma palavra, significa que vamos marcar determinada sílaba 
tônica com um acento – seja este agudo (´), seja circunflexo (^). A sílaba tônica é aquela pronunciada 
com mais intensidade.
Mas, para entendermos um pouco as regras de acentuação, será necessário verificarmos que, na 
Língua Portuguesa, há somente três posições para a sílaba tônica.
São elas:
Última sílaba
café, papel, também;
Penúltima sílaba
janela, mesa, salário;
Antepenúltima sílaba
paralelepípedo, xícara, pássaro.
Na Língua Portuguesa, há regras simples de acentuação, que se baseiam na tonicidade das sílabas 
nas palavras. Vejamos quais são essas regras de acordo com a posição da sílaba tônica nos 
vocábulos.
Antepenúltima sílaba
Todas as palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima são acentuadas.
Observe, no exemplo ao lado, que o autor da placa NÃO seguiu essa regra.
A palavra “única” é proparoxítona.
Por isso, leva acento.
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Por isso, leva acento.
Última sílaba
Quando a sílaba tônica for a última e a palavra terminar em -a, -e, -o e -em, seguidos ou não de -s, o 
vocábulo será acentuado.
Exemplos:
cajá, café, cipó, também.
A menina da foto ficou famosa porque corrigiu um erro de acentuação no letreiro de entrada de sua 
cidade.
A sílaba tônica do substantivo “Guará” é a última. Como a palavra termina em -a, deve receber 
acento gráfico.
Última sílaba
Em português, o grupo de palavras cuja sílaba tônica é a penúltima é muito grande. Por isso, há 
muito mais regras para a acentuação de paroxítonas.
Acentuamos aquelas que NÃO terminam em -a, -e, -o, -em e seus plurais – exatamente o oposto do 
que vimos anteriormente.
Exemplos:
Sabia x sabiá;
Maio x maiô;
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Maio x maiô;
Atlas;
Atrás;
Xale;
Chalé;
Mentem;
Mantém.
Exceções
O vocábulo “gaúcho” não foi acentuado nessa placa, mas leva acento. Você sabe por quê? Apesar de 
ser uma palavra paroxítona terminada em -o, esta é uma exceção da Língua Portuguesa: o “u” tônico 
forma um hiato e está sozinho na sílaba (ga – ú – cho). Por isso, o termo requer acentuação.
As palavras paroxítonas cujas vogais tônicas “i” e “u” são precedidas de ditongo decrescente NÃO 
são acentuadas.
Exemplos: feiura, baiuca.
Crase
Esse sinal é o resultado da união de duas vogais idênticas:
Preposição "A" + Artigo "A"
Tal união é marcada por aquilo que chamamos de acento grave – e não de crase.
O uso do acento indicativo de crase é mais importante do que possa parecer, pois nos auxilia na 
depreensão correta dos sentidos de uma frase.
Como você viu, usamos a crase antes de substantivo feminino e depois de palavra que exige a 
preposição “a” em seu complemento.
Sabemos se existe preposição na sentença, substituindo o que está no feminino pelo masculino
Veja, agora, alguns exemplos importantes quanto ao uso da crase apresentados por Piacentini 
(2014):
- Anexar
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Analise os exemplos a seguir com o verbo “anexar”:
Favor, anexar à folha o mapa estatístico.
Favor, anexar a folha ao mapa estatístico.
Esse verbo é bitransitivo e tem o sentido de “juntar, incorporar” um objeto ou alguém a outro.
Logo, necessita de um complemento direto (sem preposição) e um indireto (com preposição).
Na primeira frase, o mapa deve ser unido à folha. Já na segunda, solicita-se o oposto: a folha tem de 
fazer parte do mapa.
- Sugerir
O verbo “sugerir” pode ter duas regências: sugerimos algo a alguém – com dois complementos 
(direto e indireto) – ou, simplesmente, sugerimos algo. Analise os exemplos a seguir: 
Sugeriu à diretoria a concentração de esforços nas fábricas e no campo.
Sugeriu a diretoria que concentrássemos esforços nas fábricas e no campo.
Na primeira frase, a sugestão é dada à diretoria. Disso resulta o uso da crase. Lembra-se da regra de 
substituição da palavra do gênero feminino para o masculino? Se mudarmos “diretoria” por 
“donos”, teremos: 
Sugeriu aos donos a concentração de esforços nas fábricas e no campo.
Nesse caso, há, portanto, acento indicativo de crase. Já na segunda frase, “a diretoria” é o sujeito da 
oração principal, e a sugestão é dada por ela. Se colocarmos a frase na ordem direta, teremos:
A diretoria sugeriu que concentrássemos esforços nas fábricas e no campo.
Internetês
Todos nós sabemos que, hoje, a internet já se constitui como ferramenta indispensável em nossas 
vidas. Prova disso é que, neste momento, você está cursando uma disciplina on-line, certo?
As novas necessidades comunicativas permitem a criação de gêneros textuais típicos da web –
como, por exemplo, o e-mail e o bate-papo. E, em muitos desses tipos de texto, é comum o uso de 
uma linguagem peculiar: o internetês. Esse termo normalmente é utilizado para designar uma 
maneira de escrever pela internet, usando abreviações que favorecem a economia linguística.
Em alguns momentos, as situações de comunicação em rede – que exigem uma troca mais 
imediata – colaboram para a formação de um texto próximo da oralidade.
Entretanto, CUIDADO para não confundir os ambientes formais e informais! Na internet, também há 
ocasiões em que precisamos usar a norma culta.
Certamente, ao comunicar-se com um diretor ou gerente de sua empresa por e-mail, por exemplo, 
você não escreverá algo do tipo:. Koé, blz?
É necessário adequar a língua a seu contexto de uso!
O fato de o texto ser veiculado pela rede mundial de computadores não significa que, em qualquer 
situação, podemos utilizar o internetês.
Precisamos conhecer bem a Língua Portuguesa, de modo que sejamos capazes de empregá-la de 
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Precisamos conhecer bem a Língua Portuguesa, de modo que sejamos capazes de empregá-la de 
forma adequada, a partir da formalidade ou informalidade. Veja, a seguir, algumas dicas para não se 
equivocar quanto à ortografia.
Ortografia
Listamos, aqui, alguns termos e algumas expressões em português que muitos empregam de 
maneira equivocada. Veja como é possível fugir de erros simples:
• Por isso e de repente
Estas locuções devem SEMPRE ser grafada separadamente.
Exemplos:
Fomos à festa. Por isso, conseguimos comer o bolo.
Chegamos cedo e, de repente, apareceu o chefe.
• Porquês
Existem vários porquês na Língua Portuguesa. Saiba em que casos devemos usar cada um deles:
POR QUE = pronome interrogativo no início da pergunta
Exemplo: Por que ela não veio à festa?
POR QUE = pelo(a) qual
Exemplo: A estrada por que passamos era escura e deserta.
POR QUÊ = pronome interrogativo no final da pergunta
Exemplo: Ela não veio à festa. Você sabe por quê?
PORQUE = pois
Exemplo: Ela não veio à festa, porque não tinha uma roupa adequada.
PORQUÊ (substantivo) = motivo, razão
Exemplo: O namorado de Maria sabe o porquê de tudo.
• Eminente x iminente
Podemos diferenciar estas duas palavras a partir de seu significado. Observe:
EMINENTE = elevado, nobre
IMINENTE = próximo, imediato
Exemplos:
O eminente líder apresentou suas ideias.
Perigo iminente!• Mas x mais
Podemos diferenciar estas duas palavras a partir de seu significado. Observe:
MAIS = ideia de quantidade
MAS = ideia de oposição (porém, contudo, entretanto, todavia)
Exemplo:
Você sempre gasta mais do que deve, mas consegue juntar dinheiro mesmo assim.
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• Ascender x acender
Podemos diferenciar estas duas palavras a partir de seu significado. Observe:
ASCENDER = subir
ACENDER = pôr fogo, incendiar
Exemplos:
O débito da empresa ascendeu a R$ 20 milhões.
O mordomo acendeu a lareira para a madame.
• Afim x a fim
Podemos diferenciar estas duas palavras a partir de seu significado. Observe:
AFIM = semelhante
A FIM = finalidade
Exemplos:
Os irmãos possuem temperamentos afins.
Estamos aqui, a fim de estudar.
Novo Acordo Ortográfico
As novas regras de ortografia estão presentes no Novo Acordo Ortográfico – fruto de um documento 
assinado por representantes dos países falantes de português, com o intuito de unificar a ortografia 
da língua.
Os responsáveis por essa reforma pretendiam que pudéssemos construir um sistema ortográfico 
comum, mas não houve alterações na gramática da língua.
Veja, na tabela, algumas mudanças originadas desse Novo Acordo.
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