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tratamento em estrias com peeling quimico e microdermoabrasão

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ARTIGO CIENTÍFICO 
Tratamentos em Estrias: um levantamento teórico da microdermoabrasão e do 
peeling químico. 
Cíntia Netto do Amaral1 – Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale 
do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 
 
Joziana Cristina Weiss Benites2
 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade 
do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 
 
Priscilla Motta Correa3
 - Orientadora. Fisioterapeuta, Professora do Curso de Cosmetologia 
e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
 Especialista em Fisioterapia Dermato Funcional, especialista em Morfofisiologia do Exercício. 
 
Clarissa Medeiros da Luz Bertoldi4
 - Co-orientadora. Professora do Curso de Cosmetologia 
e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 
Fisioterapeuta Dermato Funcional, Mestre em Nutrição, doutoranda em Medicina Preventiva. 
Contatos 
1cintia_netto@hotmail.com 
2joziana_weiss@hotmail.com 
3motta_pri@yahoo.com.br 
4clarissa@intercorp.com.br 
 
RESUMO 
A concepção tecnológica reúne conhecimentos específicos e recursos para correção de 
distúrbios estéticos revigorando e acentuando resultados positivamente satisfatórios na 
percepção dos profissionais assim como dos clientes que dela se utilizam. Um distúrbio 
relevante e presente na maioria da população, que ocasiona insatisfação principalmente em 
mulheres, é a estria, considerada atrofias lineares com características a priori avermelhadas 
e posteriori esbranquiçadas e abrilhantadas. Raras ou numerosas dispõem-se paralelamente 
umas as outras, e perpendicularmente, as linhas de fenda da pele, indicando um 
desequilíbrio elástico localizado, caracterizando uma lesão de pele. A estria é um problema 
que aparentemente não tem solução, porém existem tratamentos alternativos que suavizam 
as linhas recentes e antigas que deformam a pele. Esse estudo tem como objetivo realizar 
uma revisão bibliográfica dos procedimentos de microdermoabrasão e do peeling químico 
regulamentado para o uso de esteticista nos tratamentos de estrias. Primeiramente descreve-
se o uso da microdermoabrasão para retirada do excesso de capa córnea, com a finalidade 
de obter uma melhor penetração do peeling químico com alfa-hidróxiacidos que 
conseqüentemente gera uma inflamação no tecido dérmico e posteriormente a 
reorganização das fibras de colágeno e elastina que promovem um melhor aspecto nas 
estrias. 
 
Palavras-chave: tratamento para estrias, peeling, procedimento estético. 
 
 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
Segundo Maio (2004) define-se pele como um tecido de origem endotérmico, 
constituído por três camadas distintas: epiderme, derme e hipoderme, que constituem 
barreiras contra agressões exógenas e impede a passagem de água e proteínas para o meio 
exterior, a qual age como um órgão sensorial e participa do sistema imunológico. 
Dentre essas camadas, derme é a camada mais complexa, composta de tecido 
conjuntivo, fibras elásticas e proteínas fibrosas, cuja principal função é sustentar dar força e 
elasticidade à pele (NOGUEIRA, 2007). Além destas estruturas, também são encontradas 
células de defesa como macrófagos que auxiliam na regeneração dos tecidos e também 
células adiposas (GRANJEIRO, et al., 2007). 
De acordo com Guirro e Guirro, (2002) as fibras elásticas são os alvos iniciais de 
formação das estrias, onde se inicia um processo de granulação de mastócitos e ativação 
macrófica, que intensificam a elastólise no tecido. Segundo Maio, (2004) as mudanças nas 
estruturas que são responsáveis pela força tênsil e a elasticidade, geram um afinamento do 
tecido conectivo que aliado a maiores tensões sobre a pele, produzem estriações cutâneas 
denominadas como estrias. 
 As estrias são definidas como um processo degenerativo cutâneo, benigno, 
caracterizada por lesões atróficas ocorrendo em trajeto linear, onde variam de coloração de 
acordo com sua fase evolutiva (MAIO, 2004). 
Elas podem ser classificadas em: rosadas, com aspecto inflamatório, atróficas, com 
aspecto cicatricial, porém ainda possuindo fibras elásticas e as nacaradas, desprovidas de 
seus anexos com suas fibras rompidas. (KEDE, SABATOVICH, 2004). 
Existem tratamentos que visam minimizar essas estrias e neste artigo encontram-se 
dois deles, os quais são regulamentados para profissionais esteticistas: microdermoabrasão 
e o peeling químico, técnicas as quais realizam uma diminuição da capa córnea a fim de 
proporcionar uma melhor penetração de substâncias como os ácidos para gerar um novo 
aspecto á pele de modo efetivo, sem risco de maiores danos ao tecido, se adequados às 
normas descritas por órgãos competentes. 
De acordo com Nardin e Guterres, (1999), é de suma importância salientar a relação 
das questões de regulamentação dos procedimentos realizados por profissionais da área 
estética, obedecendo aos padrões descritos por norma da Revisão de Ingredientes 
Cosméticos (CIR), e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
Este trabalho tem como objetivo explanar estes procedimentos descritos através de 
uma revisão bibliográfica. 
 
2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 Pele 
A pele é um órgão dinâmico que contém tecidos, tipos celulares e estruturas 
especializadas. Sendo este um dos maiores e mais versáteis órgãos, que proporciona 
diversas funções singulares como: proteção contra elementos da natureza, lesões mecânicas 
e químicas, invasões de agentes infecciosos, prevenção contra dessecação, termoregulação 
e regeneração tecidual a qual é importante para o resultado no tratamento das estrias 
(NASCIMENTO, et al, 2007). 
A regeneração é um processo complexo, porém essencial a qual o corpo seria 
incapaz de sobreviver, envolve ações integradas das células, matriz extracelular e 
mensageiros químicos que visam restaurar a integridade do tecido lesionado o mais rápido 
possível. Nela ocorre uma série de eventos complexos envolvendo células originárias do 
tecido vascular e conjuntivo para o lugar da lesão conforme Nascimento, et al, (2007). 
Um manto de revestimento do organismo, a pele, é indispensável à vida, a qual isola 
os componentes orgânicos do meio exterior, constituído de uma complexa estrutura, de 
modo a adequar-se harmonicamente ao desempenho de suas funções (LIMA, PRESSI, 
2005). 
Apresenta-se por uma porção epitelial de origem endotérmica, a epiderme, e uma 
porção conjuntiva de origem mesodérmica, conhecida como derme (Junqueira, Carneiro, 
1995). A qual é o local de maior comprometimento na distensibilidade cutânea e também 
responsável por alterações como lesões atróficas. (MORAES, et al, 2000). 
Dentre as camadas descritas, a derme é a camada mais complexa e importante, 
compostas de tecido conjuntivo, onde existem diversas moléculas, células de defesa e um 
emaranhado de fibras, onde sua principal função é sustentar, dar força e elasticidade à pele. 
(NOGUEIRA, 2007). 
 De acordo com Dângelo e Fattini, (1998) a derme divide-se em camadas, onde se 
destacam a camada papilar, mais superficial com fibras colágenas finas, e substância 
fundamental amorfa em abundância, a delgada mais vascularizada é disposta em torno dos 
anexos cutâneos, ela juntamente com derme papilar é denominada derme adventicial. Já a 
reticular a qual se encontra mais profunda, é mais espessa e menos vascularizada, é 
composta de feixes colágenos mais espessos, dispostos paralelamente á epiderme. 
As fibras de colágeno podem ser encontradas na derme papilar, reticular, bem como 
nas traves septais da hipoderme, membranas basais e na derme reticular média, 
mergulhadas em material amorfo da matriz extra celular localizada na derme, são elas as 
responsáveis pela elasticidade da pele (VIEIRA, 2006). 
A qualidade do tecido depende da qualidadeinerente às fibras, de sua orientação, de 
seu agrupamento em rede e de sua relação com o meio intersticial, com estas características 
em desarmonia a elasticidade do tecido estará comprometida, assim poderá ocasionar o 
aparecimento de estrias (VIEIRA, 2006). 
 
2.2 Elasticidade do tecido 
A elasticidade dos tecidos é de fundamental importância para o homem em vários 
órgãos inclusive a pele, que responde consecutivamente á solicitações fisiológicas e 
patológicas no decorrer de sua vida, devido principalmente á presença de fibras elásticas no 
tecido. (MORAES, et al, 2000). 
Esta fibra pode ser determinada pela orientação das linhas de fenda, ou linhas de 
Langer, linhas que determinam a orientação das fibras no tecido. A tensão da elasticidade 
varia de direção conforme a região do corpo, e isto se deve à variação da direção geral das 
fibras colágenas e elásticas da derme. (GUIRRO E GUIRRO, 1996) 
As fibras de colágeno conferem a estrutura ao tecido e as de elastina, a 
flexibilidade, estas estão intimamente entrelaçadas na derme, sendo um dos principais 
tecidos de suporte da pele. A elastina, uma proteína fibrilar de alto peso molecular é 
composta por vários aminoácidos raros, como a desmosina e a isodesmosina, responsáveis 
por suas características (NASCIMENTO, et al, 2007). 
Segundo Junqueira (1995), o componente principal das fibras elásticas é a proteína 
elastina, uma fibra que resiste a fervura e ácidos, cedendo facilmente mesmo às mínimas 
trações, porém retomam sua forma inicial logo que cessem as forças deformantes. São 
sintetizadas por células diversas, como fibroblastos, condrócitos e células musculares lisas. 
As mudanças nas estruturas que suportam a força tênsil geram uma debilitação na 
espessura do tecido conectivo que aliado a maiores tensões sobre a pele como na obesidade 
por exemplo, produzem as estriações cutâneas (MAIO, 2004). 
As fibras elásticas com lesões recentes, por exemplo, apresentam-se estriadas, e nas 
lesões envelhecidas, fragmentam-se e se concentram em locais isolados, e assim obtém uma 
ligeira depressão na textura da pele denominada estria (KEDE e SABATOVICH, 2004). 
 
2.3 Estrias 
Definem-se como estrias um processo degenerativo cutâneo, benigno, caracterizada 
por lesões atróficas em trajeto linear, que variam de coloração de acordo com sua fase 
evolutiva (MAIO, 2004). É uma atrofia da pele, em linhas, por rápido estiramento, de modo 
retilíneo, curvilíneo ou sinuoso, nela ocorre uma atrofia da epiderme, com limite 
dermoepidérmico retificado (KEDE e SABATOVICH, 2004). 
As estrias são denominadas atróficas pelas características que apresentam, já que a 
atrofia é uma diminuição da espessura da pele, decorrente da redução do número e volume 
de seus elementos (NASCIMENTO, et al, 2007). 
Apresentam carácter de bilateralidade, isto é, existe uma tendência da estria a 
distribuir-se simetricamente e em ambos os lados (NASCIMENTO, et al, 2007). 
Evoluem clinicamente em estágios semelhantes aos de formação de uma cicatriz, 
com lesões ativas, eritema e nenhuma depressão aparente, originada por diversos fatores, 
porém existem teorias que tentam justificar sua etiologia (KEDE e SABATOVICH, 2004). 
Segundo Guirro e Guirro (2002), existem três teorias que tentam justificar a 
etiologia das estrias: teoria mecânica; teoria endocrinológica e teoria infecciosa; 
Teoria mecânica: Ocorre quando a pele é acometida por um estiramento, ruptura ou 
perda de suas fibras elásticas dérmicas, sem motivo aparente, como em casos de obesidade, 
acredita-se que uma excessiva deposição de gordura no tecido adiposo especialmente a que 
ocorre repentinamente com subseqüência seja o principal mecanismo do aparecimento das 
estrias, a gravidez, puberdade, atividade física vigorosa e crescimento (YAMAGUCHI, 
2005). São reconhecidos como fatores básicos na origem das estrias como cita Guirro e 
Guirro, (2002). 
Teoria endocrinológica: Com o advento do uso terapêutico de hormônios adrenais 
corticais ou por uso indiscriminado de anabolizantes, distúrbios nutricionais bioquímicos, 
distúrbios hormonais, latrogenia (KEDE, SABATOVICH, 2004). Estão associados ao 
aparecimento das estrias com efeito localizado somente em algumas regiões (SILVA, 
1999). 
Teoria infecciosa: Existem relatos onde processos infecciosos provocam danos às 
fibras elásticas originando estrias (SILVA, 1999). Segundo Kede e Sabatovich (2004), 
notou-se o aparecimento de estrias em jovens após febre tifóide, reumática e outras 
infecções hepatopatias crônicas, hepatite crônica, síndrome de Marfan, pdeuxantoma 
elástico e síndrome de buscheke-Ollendorf. 
Além desses fatores, existe uma predisposição genética e familiar. A expressão dos 
genes determinantes para formação do colágeno, de elastina e fibronectina está diminuída 
em pacientes portadores de estrias, existindo uma alteração no metabolismo do fibroblasto. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2002) 
As estrias podem ser classificadas em: rosadas (iniciais), atróficas e nacaradas: as 
rosadas ou iniciais, possuem aspecto inflamatório e coloração rosada dada pela 
superdistensão das fibras elásticas e rompimento de alguns capilares sanguíneos, com sinais 
clínicos de prurido e dor em alguns casos, erupção papular plana e levemente edematosa 
(GUIRRO; GUIRRO, 2002). 
As atróficas possuem aspecto cicatricial, uma linha flácida central e hipocromia, 
com fibras elásticas enoveladas e algumas rompidas, com colágeno desorganizado e os 
anexos da pele preservados. (LIMA, PRESSI, 2005). 
Já as nacaradas, possuem flacidez central, recoberta por epitélio pregueado, sendo 
desprovidas de anexos cutâneos, com fibras elásticas rompidas, e as lesões evoluindo para 
fibrose (KEDE e SABATOVICH, 2004). 
A estria é relatada na maior parte da literatura como sendo uma lesão irreversível. 
Essa irreversibilidade está embasada em exames histológicos, que mostram redução no 
número e volume dos elementos da pele, rompimento de fibras elásticas, pele delgada, 
redução da espessura da derme, com fibras colágenos separadas entre si. No centro da lesão 
há poucas fibras elásticas, enquanto na periferia estas, encontram-se onduladas e agrupadas 
(LIMA, PRESSI, 2005). 
Existem tratamentos que são indicados para o uso dos profissionais de estética que 
minimizam estas atrofias, são eles a, microdermoabrasão e peelings químicos, inclusive 
realizar a junção dos dois procedimentos. 
 
2.4 Tratamentos Realizados 
 Segundo Borges (2006), o termo peeling deriva do inglês to peel, que significa 
descamar, compreendido como um procedimento destinado a produzir a renovação celular 
da epiderme. O autor relata também que de acordo com a intensidade da ação do método 
escolhido, o procedimento será mais penetrante nas camadas da pele. 
Para se obter um bom resultado no tratamento das estrias, o profissional de estética 
utiliza peelings mecânicos, que atua como um esfoliante na epiderme, pois poucas 
substâncias conseguem penetrar facilmente a pele intacta assim diminuindo a barreira 
mecânica da pele, e posteriormente usar peelings químicos, otimizando os resultados 
obtidos (HORIBE, 2006). 
Os tratamentos realizados com microdermoabrasão (peeling de cristal) têm a 
vantagem de ter uma tecnologia não evasiva e não cirúrgica, devido a sua técnica especial 
de remover células envelhecidas, estimular a produção de células jovem e novo colágeno 
(BORGES, 2006). 
Desde o início da década de 1990, os europeus utilizam microcristais de várias 
origens para realização da microdermoabrasão, como hidróxido de alumínio, corundun, 
diamantes, quimicamente inertes. Estas substâncias são jateadas sobre a pele, com pressão 
assistida e, simultaneamente, são aspiradas. Assim recolhendo as impurezas obtidas da 
camada córnea, espinhosa, granulosa e malpighiana, dependendo do número de passagens 
sobre a área tratadae a pressão utilizada. (DEFERRARI, 2004) 
Já o peeling químico consiste na aplicação de um ou mais agentes cáusticos à pele, 
produzindo uma destruição controlada da epiderme e derme posteriormente ocorrendo sua 
reepitelização. Propicia melhor aparência da pele danificada por fatores extrínsecos, 
intrínsecos e também por cicatrizes remanescentes (VELASCO, et al, 2004). 
 Estes peelings são classificados de acordo com profundidade atingida na pele, 
sendo muito superficial quando somente age na camada córnea, superficial ao atingir a 
epiderme, médio quando atinge a derme papilar e o profundo alcançando a derme reticular 
(KEDE e SABATOVICH, 2004). 
Vários são os agentes usados nos peelings químicos para estrias, sendo 
regulamentados para o uso de esteticistas. Os alfa-hidróxiacidos (AHA) e beta-
hidróxiacidos, classificados como umectantes esfoliantes, constituem uma classe de 
compostos com efeitos evidentes, específicos e únicos sobre o estrato córneo, toda 
epiderme, derme papilar e folículos pilocebaceos agindo de forma efetiva sobre as estrias 
(MAIO, 2004). 
Estes ácidos possuem ações que resultam em uma inflamação no tecido, seguida 
pela substituição de novas células, após a morte das células epidérmicas envelhecidas 
(HENRIQUES, et al, 2007). 
Os alfa-hidróxiacidos diferenciam-se pelo tamanho da molécula, sendo o ácido 
glicólico de menor cadeia carbônica e, portanto, com maior poder de penetração na pele, o 
que depende de vários fatores que devem ser considerados antes do peeling; são eles: 
características individuais do paciente, integridade da barreira epidérmica, agente utilizado 
e técnica de procedimentos. (MAIO, 2004). 
O ácido glicólico também aumenta a hidratação da pele, além da capacidade de 
regular a queratinização e diminuir as ligações entre os corneócitos, aumenta a elasticidade 
epidérmica. Essa ação se deve provavelmente à estimulação direta na produção de 
colágeno, elastina e mucopolissacarídeos nas camadas profundas da pele (HENRIQUES, et 
al, 2007). 
No tratamento das estrias com peelings, é necessário levar em consideração que as 
áreas corporais que possuem menor quantidade de elementos pilossebáceos e, portanto, são 
mais sujeitam a complicações com procedimentos mais agressivos. Por isso, é válido 
realizar vários peelings superficiais, pois são epidérmicos e não apresentam riscos de 
complicações ao paciente. Podem ser utilizados em todos os tipos de pele e em qualquer 
área do corpo porém, de acordo com as normas de regulamentação (NADIR, GUTERRES, 
1999). 
Em 1996, a Revisão de Ingredientes Cosméticos (CIR) concluiu ser seguro o uso 
dos alfa-hidróxiacidos (AHAs) em produtos cosméticos até 10% e que o pH final da 
formulação não deveria ser inferior a 3,5, pois quanto menor seu pH, maior seu teor de 
acidez e consequentemente maior seu poder abrasivo na pele. Já para produtos de uso 
profissional em estética, é permitida concentração de até 30% e o pH maior do que 3,0. 
(HENRIQUES, et al, 2007). 
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o pH é um importante 
elemento na determinação da segurança e da eficácia dos AHAs e que valores de pH 
próximos de 3,8 fornecem uma boa relação entre esses parâmetros, caso os ácidos sejam 
utilizados de forma inadequada, podem promover sequelas como cicatrizes, discromias, 
hipercromias e infecções em alguns casos irreversíveis conforme cita Borges, (2006). 
 
3.0 Metodologia 
 
Este trabalho propõe uma revisão bibliográfica, retirada de livros e artigos com base 
nos sites Medline e Scielo, usando como palavra-chaves: estrias, tratamentos, streae 
distensae e peelings, com um estudo qualitativo do tipo descritivo exploratório os quais têm 
como objetivo proporcionar um artigo mais explícito, com um aprimoramento de idéias 
(GIL, 1996). 
 
 
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com este estudo sugere-se que o uso da microdermoabrasão e do peeling químico 
usado nas concentrações determinadas para esteticistas, provocam uma regeneração e uma 
melhora na textura da pele, consequentemente um progresso no aspecto da estria. 
Assim que estes tratamentos individualizados ou até mesmo a união destes, 
possibilitam esta melhora, a auto-estima das pacientes fica mais elevada, o que demonstra a 
possível efetividade destes tratamentos. 
 
 
 
 
5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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http://www.anvisa.gov.br/. Acesso em: 16-10-2007. 
BORBA, A.; Peeling de Cristal é uma novidade para uma pele lisinha. Rev. Profissão 
Beleza; nº 38; ano VII; Vol 7; Jan/ago, 2006. 
BORGES. F.S; Dermato Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 
São Paulo, ed. Phorte, 2006. 
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana, sistêmica e segmentar. São 
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