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Necessidade de hidratação e alimentação: SNG, SNE, alimentação enteral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO Profa Dra Leila Maria Marchi Alves 2017 Hidratação ü A á g u a é o p r i n c i p a l constituinte do organismo; ü % de água no organismo varia de acordo com idade, sexo, biotipo (quantidade de tecido adiposo). Hidratação Hidratação • Proporcionalmente, a quantidade de água é maior na criança, e menor no idoso; • Em princípio, a água corporal varia em relação inversa à quantidade de gordura; • Mulheres, em geral, têm menos água total no organismo devido à maior quantidade de tecido adiposo subcutâneo. Hidratação ü O equilíbrio hidroeletrolítico, necessário para muitos processos fisiológicos, é mantido pela entrada e saída de água e eletrólitos pelo corpo e controlado por sistemas corporais. ü Fatores físicos, comportamentais e ambientais afetam a capacidade de controle (variações na ingestão e perda). ENTRADA (ml) l FLUIDOS - 1200 a 1800 l ALIMENTOS - 700 a 1000 l OXIDAÇÃO* - 250 a 300 TOTAL : 2000 a 3000 SAÍDA (ml) l URINA - 1500 a 2000 l PELE - 300 a 600 l PULMÕES - 200 a 400 l TRATO GI - 100 TOTAL : 2000 a 3000 Equilíbrio da água corporal * Resultante do metabolismo de alimentos ü REDUÇÃO DA INGESTÃO AQUOSA ü DEFEITOS NO MECANISMO DA SEDE ü Inconsciência, torpor, coma, etc. ü EXCESSO DE SOLUTOS INGERIDOS ü Dieta hiperproteica ü SUDORESE EXCESSIVA ü Trabalhadores em caldeiras ü PERDA RENAL ü Diabetes Causas de déficit de água Causas de excesso de água l Ingestão compulsiva l Administração iatrogênica l Excreção inadequada l Insuficiência Renal l Baixo débito cardíaco (Ex.: ICC) ü Balanço hídrico é definido pela mensuração e registro do total de líquidos ingeridos e eliminados pelo paciente durante um período de 24 horas. ü Sempre que possível, é importante que a administração e a eliminação de líquidos sejam efetivamente medidas e não apenas estimadas. Balanço Hídrico ü O balanço hidroeletrolítico depende do ganho e da perda de líquidos (avaliar volume e composição dos líquidos) Ganhos • Via oral, sondas (SNG, SNE, ostomias) ou via parenteral. Perdas • Mensuráveis (perda sensível): diurese, perdas gastrintestinais (vômitos, drenagem gástrica, diarréia), drenagem de feridas, perdas sanguíneas. • Não mensuráveis (perda insensível): transpiração, via respiratória Balanço Hídrico v Indivíduo saudável: a ingestão de líquidos de todas as fontes se equipara ao débito hídrico. v Indivíduo doente: alteração da ingesta ou excreção maior necessidade de líquidos (ex: febre, perdas intestinais); menor capacidade de excretar líquidos (ex: dça renal). Balanço Hídrico Balanço Hídrico Ø Líquidos Consumidos Entrada (+) Ø Líquidos Excretados Débito (-) Balanço Hídrico As alterações do BH devem servir de parâmetros de avaliação para reposição ou restrição hídrica. A quantidade necessária ou permitida de líquidos varia de acordo com a condição clínica. Balanço Hídrico ü É a orientação médica que determina o volume total a ser ingerido. Restrição Hídrica Considerar... O peso corporal é uma medida que deve ser incorporada à avaliação do BH, porque as alterações AGUDAS refletem aumentos ou diminuições na água total do organismo. Balanço Hídrico Nutrição Alimentos: substâncias sólidas e líquidas que, levadas ao TD, são degradadas e, posteriormente, utilizadas p/ formar e/ou manter os tecidos do corpo, regular processos e fornecer calor. Nutrientes: substâncias químicas que constituem os alimentos, com funções específicas indispensáveis ao funcionamento orgânico. Nutrição ü Classes de nutrientes - Carboidratos - Proteínas - Lipídios - Vitaminas - Minerais - Água Nutrição Balanço é a chave!!! Alimentação saudável Segurança sanitária Acessibilidade física e financeira Sabor, variedade, cor, harmonia Fatores que afetam a Nutrição ü Idade ü Sexo ü Estado de saúde ü Abuso de álcool ü Medicação ü Fatores econômicos ü Cultura / Religião ü Padrões alimentares alternativos Fatores que afetam a Nutrição ü ↓ TMB, atividade física e massa magra: redução gasto energético ü Perda dentes / periodontite: mastigação difícil ü ↓ peristaltismo: constipação ü Redução sentidos: visão, paladar, olfato ü Uso de medicamentos ü Doenças degenerativas ü Isolamento social, dependência Idosos Fatores que afetam a Nutrição ü ↓ necessidade calórica / ↑ necessidade nutrientes Idosos Dados subjetivos: ü Peso habitual ü Dados dietéticos: recordatório alimentar, diários alimentares ü Dados de saúde: doença atual, alergias, entre outros ü Dados socioeconômicos: recursos financeiros, influências culturais ou religiosas. Coleta de Dados Dados objetivos: ü Dados Antropométricos : peso, altura, IMC, circunferências corporais, medida da prega cutânea. ü Dados Clínicos: exame físico (inspeção da boca, avaliação da deglutição, coloração de mucosas, condições da pele e mucosas, tônus muscular, nível de consciência e vitalidade, função gastrointestinal,...) ü Dados Bioquímicos: exames laboratoriais (hemograma, colesterol, hemoglobina...) Coleta de Dados Problemas Nutricionais (exemplos) ü Nutrição desequilibrada: menor/maior que as necessidades corporais; ü Risco de aspiração; ü Constipação; ü Diarréia; ü Conhecimento deficiente; ü Déficit do autocuidado para alimentação. Diagnósticos de Enfermagem relacionados a problemas nutricionais Vias de Administração de Dieta ü Via Oral ü Via Enteral - Sonda Gástrica - Sonda Enteral - Gastrostomia - Jejunostomia ü Via Parenteral - Acesso Venoso (central ou periférico) Nutrição / Dieta Oral ü Dieta zero: nada por via oral. ü Dieta líquida leve ou clara: inclui líquidos sem resíduos (sucos sem polpa, chás, gelatinas, caldos leves). ü - Indicações: pós-operatório, preparo de alguns exames diagnósticos, etc. ü Dieta pastosa: inclui alimentos bem cozidos e ou amassados (ex: purê de batatas, frutas amassadas). ü Dieta branda: inclui alimentos macios e com conteúdo de fibras reduzido (ex: carne moída ou desfiada, frutas cozidas, sopas). - Indicações: pacientes com disfagia, dificuldade de mastigação. Nutrição / Dieta Oral ü Dieta Geral: inclui todas as classes de nutrientes. - Indicações: pacientes sem restrição de nutrientes ü Outras dietas: Laxativa Hipossódica Hipocalórica Pobre em resíduos Nutrição / Dieta Oral Pode ser necessária a implementação de um conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente Nutrição Enteral / Nutrição Parenteral ü A via entérica geralmente é a primeira escolha para a administração de nutrição artificial (mais fisiológica). ü Por vezes o doente não tolera os volumes de dieta entérica necessários para suprir as suas necessidades calóricas e proteicas, sendo necessário recorrer à nutrição parenteral, exclusivamente ou em associação com a entérica. Nutrição Enteral / Nutrição Parenteral NUTRIÇÃO ENTERAL Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, deforma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulado e elaborado para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizado exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. (Anvisa, 2000) NUTRIÇÃO ENTERAL ü É indicada quando o paciente é incapaz de ingerir o alimento, mas ainda é capaz de digerir e absorver nutrientes; ü Uma sonda de alimentação é introduzida através da narina e conduzida até o estômago (sonda nasogástrica) ou o intestino delgado (sonda nasoentérica). SONDA NASOGÁSTRICA (SNG) SONDA NASOENTÉRICA (SNE) INDICAÇÕES - NUTRIÇÃO ENTERAL ü Neoplasias ü Cirurgias de cabeça, pescoço e TGI ü Traumas ü Desordens Neurológicas/ Musculares ü Desordens Gastrointestinais ü Intubação Prolongada ü Ingestão oral inadequada (dificuldade na mastigação/deglutição) ü Sonda de Levine - manufaturada com plástico ou borracha, com aberturas localizadas próxima à ponta. Indicadas para uso em um período inferior a 4 semanas; ü Sonda de Dobbhoff – manufaturada com poliuretano e silicone, possui ponta pesada e flexível (ogiva de tungstênio), acompanha fio- guia em aço inox, suporta longos períodos em contato com o suco gástrico, pode ser usada por até 4 meses (enquanto estiver íntegra, limpa e translúcida) TIPOS DE SONDA Sonda Gástrica (Levine): números 4 ao 20 TIPOS DE SONDA 4 ü 01 par de luvas de procedimento; ü 01 sonda gástrica (Levine); ü Estetoscópio; ü 01 cuba rim; ü 01 tira reagente para análise de pH; ü Lubrificante hidrossolúvel ou anestésico gel 2%; ü 01 pacote de gazes; ü 01 seringa de 20 ml; ü Esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica; ü Toalha; ü Lenço de papel; ü Biombos; ü Fita métrica; ü Lanterna de bolso. Materiais PROCEDIMENTO SNG 1. Higienizar as mãos; 2. Orientar o paciente e promover privacidade; 3. Posicionar-se de pé no lado direito do leito, se destro, e do lado esquerdo, se canhoto; 4. Posicionar o paciente em Fowler ou sentado; 5. Colocar a toalha sobre o tórax; 6. Verificar o uso de prótese dentária e solicitar sua retirada; PROCEDIMENTO SNG 1. Oferecer a lenço de papel e pedir que o cliente assoe as narinas; 2. Ocluir cada narina e verificar o fluxo de ar (selecione a narina mais pérvia); 3. Inspecionar as narinas com o uso de lanterna; PROCEDIMENTO SNG 10. Medir o comprimento da sonda: da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e descendo até o final do esterno (apêndice xifóide ). Marcar esta distância com uma tira de adesivo hipoalergênico; 11.Calçar as luvas de procedimento; 12. Lubrificar 10 cm iniciais da sonda com água, SF ou gel anestésico; PROCEDIMENTO SNG 14. Ao atingir a orofaringe peça para o paciente voltar a cabeça na posição ereta; 15. Solicitar para o paciente que faça movimentos de deglutição durante a passagem da sonda pelo esôfago; observar se a mesma não está na cavidade bucal; PROCEDIMENTO SNG 13. Introduzir a SNG na narina dirigindo-a para a nasofaringe posterior e para baixo (em direção à orelha). Após a introdução da parte lubrificada, flexionar o pescoço de forma que o queixo se aproxime do tórax; 16. Introduzir a sonda até a marca; 17. Fixar a sonda, após a confirmação do seu correto posicionamento. PROCEDIMENTO SNG 18. Reposicionar o paciente; 19. Recolher o material e recompor a unidade; 20. Retirar as luvas; 21. Higienizar as mãos; 22. Documentar o procedimento no prontuário. PROCEDIMENTO SNG Teste da audição colocar o diafragma do estetoscópio na altura do estômago do paciente e injetar rapidamente 10 ml de ar pela sonda, sendo que o correto é a audição do ruído característico. COMPROVAÇÃO DE CORRETO POSICIONAMENTO DA SNG OBS.: a ausculta não é considerada um método confiável para verificar a introdução da sonda porque uma sonda colocada de forma descuidada nos pulmões, faringe ou esôfago transmite um som similar àquele do ar entrando no estômago (POTTER & PERRY, 2013) Aspiração do conteúdo 1) aspirar com uma seringa o e determinar o pH do conteúdo aspirado. O pH do conteúdo gástrico é ácido ( ~3), do aspirado intestinal é ~ 6,5. COMPROVAÇÃO DE CORRETO POSICIONAMENTO DA SNG Aspiração do conteúdo Visualizar o conteúdo aspirado, verificando cor e consistência: presença de restos alimentares, coloração esverdeada ou marrom (líquido gástrico) ou coloração amarelo palha, marrom ou dourado (conteúdo intestinal). COMPROVAÇÃO DE CORRETO POSICIONAMENTO DA SNG * Secreção traqueobrônquica em geral é de cor branca com presença de muco Verificação de sinais Tosse, cianose e dispnéia. COMPROVAÇÃO DE CORRETO POSICIONAMENTO DA SNG COMPROVAÇÃO DE CORRETO POSICIONAMENTO DA SNG Medição do comprimento e Marcação da sonda Medir o comprimento da sonda exposta após sua inserção e documentar essa medida. Antes de cada alimentação, verificar o comprimento da sonda exposta e comparar com a medida inicial, para observar possível desalojamento COMPROVAÇÃO DE CORRETO POSICIONAMENTO DA SNG Monitoramento do dióxido de carbono Envolve a utilização de um capnógrafo ou um detector de CO2 expirado para indicar o posicionamento da sonda nas VAs COMPROVAÇÃO DE CORRETO POSICIONAMENTO DA SNG Exame radiográfico P roced imen to pad rão pa ra verificar a colocação INICIAL de uma sonda de alimentação. Obs: custo elevado, não deve ser repe t i da na f requênc ia de utilização da sonda (exposição do paciente à radiação) , pode não estar disponível SNE Procedimento similar ao da SNG – particularidades: ü Medida: deve ser realizada colocando a extremidade distal da sonda na ponta do nariz do paciente, daí ao lóbulo da orelha e para baixo até o apêndice xifóide. Para o posicionamento na porção intestinal, acrescentar mais 20 cm a esta medida. Marcar este ponto com o adesivo. ü pH da secreção intestinal: ~ 6.5 SONDA NASOENTÉRICA (SNE) Procedimento similar ao da SNG – particularidades: ü Para a sonda migrar até o intestino delgado, a alça que pode exist i r será desfe i ta espontaneamente conforme os movimentos peristálticos; ü Para que a chegada da sonda no intestino seja mais rápida, pode-se estimular a deambulação ou colocar o paciente em decúbito lateral direito; ü Realizar Rx depois de 2 a 3 horas para confirmar o posicionamento. SONDA NASOENTÉRICA (SNE) • Em pacientes com suspeita de TCE, é recomendado a sondagem oral gástrica; • Em pacientes com suspeita de Trauma raquimedular, não elevar o decúbito; • Durante a passagem da sonda, o paciente pode sentir náuseas por estimulação do nervo vago. Caso isso ocorra, interromper o procedimento temporariamente. Ocorrendo vômito, retirar a sonda e atender o paciente, retomando o procedimento mediante avaliação RECOMENDAÇÕES • Para facilitar a saída do fio guia, lubrificar a sonda internamente com 10 ml de água ou SF antes da passagem da sonda; • Se houver resistência, girar a sonda e ver se ela avança. Se ainda houver resistência, retirar a sonda, deixar que o paciente descanse, lubrificar novamente a sonda e passar pela outra narina; • Guardar o fio guia em uma embalagem limpa e mantê-la junto aos pertencesdo paciente, caso a sonda atual precise ser repassada. RECOMENDAÇÕES GIT MECÂNICAS INFECCIOSAS METABÓLICAS Distensão Abdominal Obstrução Pneumonia aspirativa Sobrecarga hídrica Vômitos Perfuração órgão Sinusite Hiperglicemia Diarréia Posição incorreta da sonda Otite Superalimentação Esofagite Infusão venosa Desequilíbrio hidroeletrolítico COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS COM A NE Potencial Complicação Intervenções preventivas e terapêuticas Aspiração Verificar posicionamento da sonda; Elevar a cabeceira da cama durante a alimentação e 1h após; Oferecer pequenas porções, frequentes; Verificar sedação excessiva Verificar o volume de resíduo*; Obstrução da sonda Lavar a sonda antes e após a alimentação ou a cada 4 horas na alimentação contínua Trauma nasal Observar sinais de pressão nas narinas; Limpar e umedecer as narinas a cada 4 /8 horas Sintomas digestivos (náuseas, vômitos, diarréia, distensão) Higienizar adequadamente as mãos; Prevenir contaminação no sistema (mudar o equipo de acordo com a política da instituição; refrigerar alimentos e limitar o tempo de exposição); Investigar impactação fecal; Verificar resíduo alimentar; Medicamentos s/n (melhorar motilidade /promover esvaziamento gástrico) Extubação não planejada Fixação adequada da sonda; Medir comprimento externo *Verifica-se o resíduo antes de cada alimentação ou a cada 4 a 6 h durante uma alimentação contínua, de acordo com a política da instituição, para identificar o esvaziamento gástrico retardado. Prosseguir com a alimentação se a quantidade de resíduo não exceder ao preconizado (400 ml – Taylor / Lillis / LeMone & Lynn) Vantagens Maior tolerância a formulas variadas Maior volume em menor tempo Fácil posicionamento Desvantagens Alto risco de aspiração Tosse, náuseas e vômitos favorecem a saída acidental da sonda Vantagens Menor risco de aspiração Maior dificuldade de saída acidental Permite nutrição enteral quando a alimentação gástrica é inconveniente Desvantagens Pouca tolerância a formulas hiperosmóticas Maior dificuldade de posicionamento Desalojamento acidental pode causar refluxo gástrico Localização Gástrica Localização Enteral 12/04/2017 - 16h. Realizada sondagem nasogástrica, com inserção de sonda de Levine número 14 através da narina direita. Certificado o adequado posicionamento da sonda por meio dos testes de ausculta, refluxo, pH aspirado = 3, presença de restos alimentares. Da narina até a extremidade: 15 cm de sonda exposta. Paciente colaborou com o procedimento. Assinatura, função e número inscrição COREn REGISTRO DE ENFERMAGEM Quando a alimentação enteral deve ser prolongada, ela pode ser colocada diretamente no estômago ou no intestino delgado através de cirurgia ou procedimento endoscópico Gastrostomia: a sonda é colocada diretamente no estômago; Jejunostomia: a sonda é colocada no intestino (jejuno). Nutrição Parenteral n S u p r i m e n t o d a s necessidades nutricionais por via intravenosa, em pacientes que não podem ser alimentados por via oral ou enteral adequadamente: – Ingestão insuficiente – I n c a p a c i d a d e d e utilização dos nutrientes adequadamente Dieta caseira • É chamada in natura e preparada com os alimentos usuais como legumes, verduras, arroz, carne, frango, leite etc. Orientada pelo nutricionista, deve ser completa e equilibrada. Dieta industrializada em sistema aberto • Dieta pronta, balanceada, com todos os nutrientes necessários, que requer manipulação prévia à sua administração. Dieta industrializada em sistema fechado • Pronta, balanceada, estéril, acondicionada em recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de administração. TIPOS DE NUTRIÇÃO ENTERAL Anvisa, 2000 ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA ü Certificar-se da prescrição correta da dieta (volume/horário); ü Explicar o procedimento ao paciente; ü Higienizar as mãos; ü Identificar o frasco da dieta (hora, data, início da infusão, quem é o responsável pela instalação e função); ü A dieta deve estar em temperatura ambiente para não causar desconforto ao paciente; ü Calçar luvas de procedimento; ü Testar o posicionamento da SNG; ü Utilizar equipo específico para dieta; ü Instalar a dieta controlando o gotejamento do equipo manualmente ou utilizar bomba de infusão; CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA ü Posicionar o paciente confortavelmente no leito com a cabeceira elevada 30º (a fim de evitar regurgitação) e proteger o tórax com a toalha; ü Posicionar o frasco de dieta a 45cm da cama do paciente; ü No término da infusão da dieta ou após administração de medicamentos, lavar a sonda com 30 a 50 ml de água filtrada; CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA ü Clampar a sonda imediatamente sempre que for desconectar a seringa, para evitar a entrada de ar e/ou refluxo da dieta; ü Observar intercorrências durante a infusão da dieta; ü Estimular ou realizar a higiene oral do paciente; ü Checar na prescrição a instalação da dieta e anotar no prontuário os cuidados de enfermagem. Registro de Enfermagem 12/04/2017 – 15h. A posição da SNG foi comparada com a medição na inserção inicial. Abdome não distendido. Nega dor ou náusea. Cabeceira do leito elevada a 45°C. Aspirado 2ml antes da alimentação: pH=3,0. Volume de coloração amarelada. Administrado 150 ml de dieta por gotejamento. Sonda lavada com 50 ml de água. Paciente instruído a comunicar episódio de náusea ou outro evento relacionado à alimentação. Assinatura, função e número inscrição COREn ü Medicamentos líquidos: aspirar o volume prescrito com a seringa e injetar pela sonda; ü Comprimidos e drágeas: amassar e dissolver em água, misturando bem; aspirar com a seringa e injetar pela sonda; ü Administrar os medicamentos um a um; ü Injetar água após cada medicação, para evitar que se misturem na sonda, podendo obstruir a mesma; ü Existem medicamentos que não devem ser administrados pela sonda devido a problemas na absorção. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR SONDA Compete ao Enfermeiro : a) Participar da escolha da via de administração da NE em consonância com o médico responsável pelo atendimento ao paciente e a equipe TN; b) Estabelecer o acesso enteral por via oro/gástrica para a administração da NE, conforme procedimentos pré-estabelecido; c) Solicitar e encaminhar o paciente para exame radiológico visando a confirmação da localização da sonda; d) Garantir que a via de acesso da NE seja mantida; e) Garantir que a administração da NE seja realizada no prazo estabelecido, recomendando-se a utilização Bomba de infusão; f) Garantir que a troca da NE, sondas e equipo seja realizada em consonância com o pré-estabelecido pela equipe TN, em conjunto com a CCIH; g) Prescrever os cuidados de enfermagem. h) Registrar em prontuário todas as ocorrências e dados referentes ao paciente e à TNE. Resolução COFEN Nº 453 DE 16/01/2014 Referências Ø COREN SP. Resolução COFEN N° 277-2003 Ø Resolução COFEN Nº 453 - 16/01/2014 Ø POTTER, P.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 8ªed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Ø Taylor C; L i l l i s , C; Lemone, P. Fundamentos de enfermagem. A arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 5ªed. Artmed, 2007.
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