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Nutrição e SNG [2017]

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Necessidade de 
hidratação e 
alimentação: 
SNG, SNE, alimentação 
enteral 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO 
Profa Dra Leila Maria Marchi Alves 
 
2017 
 
Hidratação 
 
 
 ü  A á g u a é o p r i n c i p a l constituinte do organismo; 
ü  % de água no organismo varia 
de acordo com idade, sexo, 
biotipo (quantidade de tecido 
adiposo). 
Hidratação 
Hidratação 
•  Proporcionalmente, a quantidade de água é maior na criança, e menor no idoso; 
•  Em princípio, a água corporal varia em relação inversa à quantidade de gordura; 
•  Mulheres, em geral, têm menos água total no organismo devido à maior 
quantidade de tecido adiposo subcutâneo. 
Hidratação 
ü  O equilíbrio hidroeletrolítico, necessário para muitos 
processos fisiológicos, é mantido pela entrada e 
saída de água e eletrólitos pelo corpo e controlado 
por sistemas corporais. 
ü  Fatores físicos, comportamentais e ambientais afetam 
a capacidade de controle (variações na ingestão e 
perda). 
 
 
 
ENTRADA (ml) 
l  FLUIDOS - 1200 a 1800 
l  ALIMENTOS - 700 a 1000 
l  OXIDAÇÃO* - 250 a 300 
TOTAL : 2000 a 3000 
SAÍDA (ml) 
l  URINA - 1500 a 2000 
l  PELE - 300 a 600 
l  PULMÕES - 200 a 400 
l  TRATO GI - 100 
TOTAL : 2000 a 3000 
Equilíbrio da água corporal 
* Resultante do metabolismo de alimentos 
ü  REDUÇÃO DA INGESTÃO AQUOSA 
ü  DEFEITOS NO MECANISMO DA SEDE 
ü  Inconsciência, torpor, coma, etc. 
ü  EXCESSO DE SOLUTOS INGERIDOS 
ü  Dieta hiperproteica 
ü  SUDORESE EXCESSIVA 
ü  Trabalhadores em caldeiras 
ü  PERDA RENAL 
ü  Diabetes 
Causas de déficit de água 
Causas de excesso de água 
l  Ingestão compulsiva 
l  Administração iatrogênica 
l  Excreção inadequada 
l  Insuficiência Renal 
l  Baixo débito cardíaco (Ex.: ICC) 
ü  Balanço hídrico é definido pela mensuração e registro 
do total de líquidos ingeridos e eliminados pelo paciente 
durante um período de 24 horas. 
 
ü Sempre que possível, é importante que a administração 
e a eliminação de líquidos sejam efetivamente medidas 
e não apenas estimadas. 
 
Balanço Hídrico 
ü  O balanço hidroeletrolítico depende do ganho e da perda de 
líquidos (avaliar volume e composição dos líquidos) 
 
Ganhos 
 
• Via oral, sondas (SNG, SNE, ostomias) ou via parenteral. 
 
Perdas 
 
• Mensuráveis (perda sensível): diurese, perdas gastrintestinais (vômitos, 
drenagem gástrica, diarréia), drenagem de feridas, perdas sanguíneas. 
• Não mensuráveis (perda insensível): transpiração, via respiratória 
Balanço Hídrico 
v  Indivíduo saudável: a ingestão de líquidos de todas as 
fontes se equipara ao débito hídrico. 
v  Indivíduo doente: alteração da ingesta ou excreção 
 
 maior necessidade de líquidos (ex: febre, perdas intestinais); 
 
 menor capacidade de excretar líquidos (ex: dça renal). 
Balanço Hídrico 
Balanço Hídrico 
Ø  Líquidos Consumidos 
 Entrada (+) 
 
 
Ø  Líquidos Excretados 
 Débito (-) 
Balanço Hídrico 
 As alterações do BH devem servir de parâmetros de avaliação 
para reposição ou restrição hídrica. A quantidade necessária ou 
permitida de líquidos varia de acordo com a condição clínica. 
Balanço Hídrico 
ü  É a orientação médica que determina o volume total a ser 
ingerido. 
Restrição Hídrica 
Considerar... 
O peso corporal é uma medida que 
deve ser incorporada à avaliação do 
BH, porque as alterações AGUDAS 
refletem aumentos ou diminuições 
na água total do organismo. 
Balanço Hídrico 
Nutrição 
Alimentos: substâncias sólidas e líquidas que, 
levadas ao TD, são degradadas e, posteriormente, 
utilizadas p/ formar e/ou manter os tecidos do corpo, 
regular processos e fornecer calor. 
Nutrientes: substâncias químicas que constituem os 
alimentos, com funções específicas indispensáveis 
ao funcionamento orgânico. 
 
 
Nutrição 
 
ü  Classes de nutrientes 
 
-  Carboidratos 
-  Proteínas 
-  Lipídios 
-  Vitaminas 
-  Minerais 
-  Água 
Nutrição 
Balanço é a chave!!! 
Alimentação 
saudável 
Segurança 
sanitária 
Acessibilidade 
física e 
financeira 
Sabor, 
variedade, cor, 
harmonia 
Fatores que afetam a Nutrição 
ü  Idade 
ü  Sexo 
ü  Estado de saúde 
ü  Abuso de álcool 
ü  Medicação 
ü  Fatores econômicos 
ü  Cultura / Religião 
ü  Padrões alimentares alternativos 
Fatores que afetam a Nutrição 
ü  ↓ TMB, atividade física e massa magra: redução 
gasto energético 
ü  Perda dentes / periodontite: mastigação difícil 
ü  ↓ peristaltismo: constipação 
ü  Redução sentidos: visão, paladar, olfato 
ü  Uso de medicamentos 
ü  Doenças degenerativas 
ü  Isolamento social, dependência 
Idosos 
Fatores que afetam a Nutrição 
ü  ↓ necessidade calórica / ↑ necessidade nutrientes 
Idosos 
 Dados subjetivos: 
 
 
ü  Peso habitual 
ü  Dados dietéticos: recordatório alimentar, diários alimentares 
ü  Dados de saúde: doença atual, alergias, entre outros 
ü  Dados socioeconômicos: recursos financeiros, influências 
culturais ou religiosas. 
Coleta de Dados 
 Dados objetivos: 
 
ü  Dados Antropométricos : peso, altura, IMC, 
circunferências corporais, medida da prega cutânea. 
ü  Dados Clínicos: exame físico (inspeção da boca, avaliação da 
deglutição, coloração de mucosas, condições da pele e mucosas, tônus muscular, 
nível de consciência e vitalidade, função gastrointestinal,...) 
ü  Dados Bioquímicos: exames laboratoriais (hemograma, 
colesterol, hemoglobina...) 
Coleta de Dados 
Problemas Nutricionais (exemplos) 
ü  Nutrição desequilibrada: menor/maior 
que as necessidades corporais; 
ü  Risco de aspiração; 
ü  Constipação; 
ü  Diarréia; 
ü  Conhecimento deficiente; 
ü  Déficit do autocuidado para 
alimentação. 
 
Diagnósticos de Enfermagem 
relacionados a problemas nutricionais 
Vias de Administração de Dieta 
ü  Via Oral 
ü  Via Enteral 
 - Sonda Gástrica 
 - Sonda Enteral 
 - Gastrostomia 
 - Jejunostomia 
 
ü  Via Parenteral 
 - Acesso Venoso 
 (central ou periférico) 
Nutrição / Dieta Oral 
ü  Dieta zero: nada por via oral. 
 
ü  Dieta líquida leve ou clara: 
inclui líquidos sem resíduos 
(sucos sem polpa, chás, gelatinas, caldos 
leves). 
ü  
 - Indicações: pós-operatório, preparo de 
alguns exames diagnósticos, etc. 
ü  Dieta pastosa: inclui alimentos 
bem cozidos e ou amassados (ex: 
purê de batatas, frutas amassadas). 
 
 
ü  Dieta branda: inclui alimentos 
macios e com conteúdo de fibras 
reduzido (ex: carne moída ou desfiada, 
frutas cozidas, sopas). 
 
 - Indicações: pacientes com disfagia, 
dificuldade de mastigação. 
Nutrição / Dieta Oral 
ü  Dieta Geral: inclui todas as classes de 
nutrientes. 
- Indicações: pacientes sem restrição de nutrientes 
 
ü  Outras dietas: Laxativa 
 Hipossódica 
 Hipocalórica 
 Pobre em resíduos 
Nutrição / Dieta Oral 
Pode ser necessária a implementação de um 
conjunto de procedimentos terapêuticos para 
manutenção ou recuperação do estado 
nutricional do paciente 
Nutrição Enteral / Nutrição Parenteral 
ü A via entérica geralmente é a primeira escolha para a 
administração de nutrição artificial (mais fisiológica). 
ü Por vezes o doente não tolera os volumes de dieta entérica 
necessários para suprir as suas necessidades calóricas e 
proteicas, sendo necessário recorrer à nutrição parenteral, 
exclusivamente ou em associação com a entérica. 
Nutrição Enteral / Nutrição Parenteral 
NUTRIÇÃO ENTERAL 
Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, 
deforma isolada ou combinada, de composição definida ou 
estimada, especialmente formulado e elaborado para uso por 
sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizado exclusiva ou 
parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em 
pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades 
nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, 
visando a manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. 
(Anvisa, 2000) 
NUTRIÇÃO ENTERAL 
ü  É indicada quando o paciente é incapaz 
de ingerir o alimento, mas ainda é capaz 
de digerir e absorver nutrientes; 
 
ü  Uma sonda de alimentação é introduzida 
através da narina e conduzida até o 
estômago (sonda nasogástrica) ou o 
intestino delgado (sonda nasoentérica). 
SONDA 
NASOGÁSTRICA 
(SNG) 
SONDA 
NASOENTÉRICA 
(SNE) 
INDICAÇÕES - NUTRIÇÃO ENTERAL 
ü  Neoplasias 
ü  Cirurgias de cabeça, pescoço e TGI 
ü  Traumas 
ü  Desordens Neurológicas/ Musculares 
ü  Desordens Gastrointestinais 
ü  Intubação Prolongada 
ü  Ingestão oral inadequada (dificuldade 
na mastigação/deglutição) 
ü  Sonda de Levine - manufaturada com 
plástico ou borracha, com aberturas 
localizadas próxima à ponta. Indicadas para 
uso em um período inferior a 4 semanas; 
ü  Sonda de Dobbhoff – manufaturada com 
poliuretano e silicone, possui ponta pesada e 
flexível (ogiva de tungstênio), acompanha fio-
guia em aço inox, suporta longos períodos 
em contato com o suco gástrico, pode ser 
usada por até 4 meses (enquanto estiver 
íntegra, limpa e translúcida) 
TIPOS DE SONDA 
Sonda Gástrica (Levine): números 4 ao 20 
TIPOS DE SONDA 
4 
ü  01 par de luvas de procedimento; 
ü  01 sonda gástrica (Levine); 
ü  Estetoscópio; 
ü  01 cuba rim; 
ü  01 tira reagente para análise de pH; 
ü  Lubrificante hidrossolúvel ou anestésico gel 2%; 
ü  01 pacote de gazes; 
ü  01 seringa de 20 ml; 
ü  Esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica; 
ü  Toalha; 
ü  Lenço de papel; 
ü  Biombos; 
ü  Fita métrica; 
ü  Lanterna de bolso. 
Materiais 
PROCEDIMENTO SNG 
1. Higienizar as mãos; 
2. Orientar o paciente e promover 
privacidade; 
3. Posicionar-se de pé no lado direito 
do leito, se destro, e do lado 
esquerdo, se canhoto; 
4. Posicionar o paciente em Fowler 
ou sentado; 
5. Colocar a toalha sobre o tórax; 
6. Verificar o uso de prótese dentária 
e solicitar sua retirada; 
PROCEDIMENTO SNG 
1. Oferecer a lenço de papel e pedir que o cliente assoe as narinas; 
2. Ocluir cada narina e verificar o fluxo de ar (selecione a narina mais 
pérvia); 
3. Inspecionar as narinas com o uso de lanterna; 
PROCEDIMENTO SNG 
10. Medir o comprimento da sonda: 
da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e 
descendo até o final do esterno (apêndice 
xifóide ). Marcar esta distância com uma tira 
de adesivo hipoalergênico; 
 
11.Calçar as luvas de procedimento; 
12. Lubrificar 10 cm iniciais da sonda com 
água, SF ou gel anestésico; 
 
PROCEDIMENTO SNG 
 
14. Ao atingir a orofaringe peça para o paciente voltar a cabeça na 
posição ereta; 
 
15. Solicitar para o paciente que faça movimentos de deglutição durante 
a passagem da sonda pelo esôfago; observar se a mesma não está na 
cavidade bucal; 
PROCEDIMENTO SNG 
13. Introduzir a SNG na narina 
dirigindo-a para a nasofaringe posterior 
e para baixo (em direção à orelha). 
Após a introdução da parte lubrificada, 
flexionar o pescoço de forma que o 
queixo se aproxime do tórax; 
16. Introduzir a sonda até a 
marca; 
17. Fixar a sonda, após a 
confirmação do seu correto 
posicionamento. 
PROCEDIMENTO SNG 
18. Reposicionar o paciente; 
 
19. Recolher o material e recompor a 
unidade; 
 
20. Retirar as luvas; 
 
21. Higienizar as mãos; 
 
22. Documentar o procedimento no 
prontuário. 
PROCEDIMENTO SNG 
Teste da audição 
 
 
colocar o diafragma do 
estetoscópio na altura do 
estômago do paciente e 
injetar rapidamente 10 ml de 
ar pela sonda, sendo que o 
correto é a audição do ruído 
característico. 
COMPROVAÇÃO DE CORRETO 
POSICIONAMENTO DA SNG 
 
OBS.: a ausculta não é considerada um método confiável para 
verificar a introdução da sonda porque uma sonda colocada de 
forma descuidada nos pulmões, faringe ou esôfago transmite um 
som similar àquele do ar entrando no estômago (POTTER & PERRY, 
2013) 
Aspiração do conteúdo 
 
 
1)  aspirar com uma seringa o e determinar 
o pH do conteúdo aspirado. O pH do 
conteúdo gástrico é ácido ( ~3), do 
aspirado intestinal é ~ 6,5. 
COMPROVAÇÃO DE CORRETO 
POSICIONAMENTO DA SNG 
 
 
Aspiração do conteúdo 
 
 
 Visualizar o conteúdo aspirado, 
verificando cor e consistência: 
presença de restos alimentares, 
coloração esverdeada ou marrom 
(líquido gástrico) ou coloração 
amarelo palha, marrom ou dourado 
(conteúdo intestinal). 
COMPROVAÇÃO DE CORRETO 
POSICIONAMENTO DA SNG 
* Secreção traqueobrônquica em geral é de cor branca com presença de muco 
 
Verificação de sinais 
 
 
Tosse, cianose e dispnéia. 
COMPROVAÇÃO DE CORRETO 
POSICIONAMENTO DA SNG 
 
COMPROVAÇÃO DE CORRETO 
POSICIONAMENTO DA SNG 
 
Medição do comprimento e 
Marcação da sonda 
Medir o comprimento da sonda exposta após sua inserção e 
documentar essa medida. Antes de cada alimentação, verificar o 
comprimento da sonda exposta e comparar com a medida inicial, 
para observar possível desalojamento 
COMPROVAÇÃO DE CORRETO 
POSICIONAMENTO DA SNG 
 Monitoramento do dióxido de carbono 
 Envolve a utilização de um 
capnógrafo ou um detector de CO2 
expirado para indicar o 
posicionamento da sonda nas VAs 
COMPROVAÇÃO DE CORRETO 
POSICIONAMENTO DA SNG 
 
Exame radiográfico 
P roced imen to pad rão pa ra 
verificar a colocação INICIAL de 
uma sonda de alimentação. 
 
Obs: custo elevado, não deve ser 
repe t i da na f requênc ia de 
utilização da sonda (exposição do 
paciente à radiação) , pode não 
estar disponível 
SNE 
Procedimento similar ao da SNG – 
particularidades: 
 
ü  Medida: deve ser realizada colocando a 
extremidade distal da sonda na ponta do 
nariz do paciente, daí ao lóbulo da orelha e 
para baixo até o apêndice xifóide. Para o 
posicionamento na porção intestinal, 
acrescentar mais 20 cm a esta medida. 
Marcar este ponto com o adesivo. 
ü  pH da secreção intestinal: ~ 6.5 
SONDA NASOENTÉRICA (SNE) 
Procedimento similar ao da SNG – 
particularidades: 
 
ü  Para a sonda migrar até o intestino delgado, a 
alça que pode exist i r será desfe i ta 
espontaneamente conforme os movimentos 
peristálticos; 
ü  Para que a chegada da sonda no intestino 
seja mais rápida, pode-se estimular a 
deambulação ou colocar o paciente em 
decúbito lateral direito; 
ü  Realizar Rx depois de 2 a 3 horas para 
confirmar o posicionamento. 
SONDA NASOENTÉRICA (SNE) 
• Em pacientes com suspeita de TCE, é 
recomendado a sondagem oral gástrica; 
 
• Em pacientes com suspeita de Trauma 
raquimedular, não elevar o decúbito; 
 
• Durante a passagem da sonda, o paciente 
pode sentir náuseas por estimulação do 
nervo vago. Caso isso ocorra, interromper o 
procedimento temporariamente. Ocorrendo 
vômito, retirar a sonda e atender o paciente, 
retomando o procedimento mediante 
avaliação 
RECOMENDAÇÕES 
• Para facilitar a saída do fio guia, lubrificar a sonda internamente com 
10 ml de água ou SF antes da passagem da sonda; 
 
• Se houver resistência, girar a sonda e ver se ela avança. Se ainda 
houver resistência, retirar a sonda, deixar que o paciente descanse, 
lubrificar novamente a sonda e passar pela outra narina; 
 
• Guardar o fio guia em uma embalagem limpa e mantê-la junto aos 
pertencesdo paciente, caso a sonda atual precise ser repassada. 
RECOMENDAÇÕES 
GIT MECÂNICAS INFECCIOSAS METABÓLICAS 
Distensão 
Abdominal 
Obstrução Pneumonia 
aspirativa 
 
Sobrecarga 
hídrica 
Vômitos Perfuração órgão Sinusite Hiperglicemia 
Diarréia Posição incorreta 
da sonda 
Otite Superalimentação 
Esofagite Infusão venosa Desequilíbrio 
hidroeletrolítico 
COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS COM A NE 
 
Potencial Complicação Intervenções preventivas e terapêuticas 
Aspiração Verificar posicionamento da sonda; 
Elevar a cabeceira da cama durante a alimentação e 1h 
após; 
Oferecer pequenas porções, frequentes; 
Verificar sedação excessiva 
Verificar o volume de resíduo*; 
Obstrução da sonda Lavar a sonda antes e após a alimentação ou a cada 4 
horas na alimentação contínua 
Trauma nasal Observar sinais de pressão nas narinas; 
Limpar e umedecer as narinas a cada 4 /8 horas 
Sintomas digestivos 
(náuseas, vômitos, diarréia, 
distensão) 
Higienizar adequadamente as mãos; 
Prevenir contaminação no sistema (mudar o equipo de 
acordo com a política da instituição; refrigerar alimentos 
e limitar o tempo de exposição); 
Investigar impactação fecal; 
Verificar resíduo alimentar; 
Medicamentos s/n (melhorar motilidade /promover 
esvaziamento gástrico) 
Extubação não planejada Fixação adequada da sonda; 
Medir comprimento externo 
*Verifica-se o resíduo antes de cada alimentação ou a cada 4 a 6 h 
durante uma alimentação contínua, de acordo com a política da 
instituição, para identificar o esvaziamento gástrico retardado. 
Prosseguir com a alimentação se a quantidade de resíduo não 
exceder ao preconizado (400 ml – Taylor / Lillis / LeMone & Lynn) 
Vantagens 
Maior tolerância a 
formulas variadas 
Maior volume em 
menor tempo 
Fácil 
posicionamento 
Desvantagens 
Alto risco de 
aspiração 
Tosse, náuseas e 
vômitos favorecem 
a saída acidental 
da sonda 
Vantagens 
Menor risco de 
aspiração 
Maior dificuldade de 
saída acidental 
Permite nutrição 
enteral quando a 
alimentação gástrica 
é inconveniente 
Desvantagens 
Pouca tolerância a 
formulas 
hiperosmóticas 
Maior dificuldade de 
posicionamento 
Desalojamento 
acidental pode 
causar refluxo 
gástrico 
Localização Gástrica Localização Enteral 
12/04/2017 - 16h. Realizada sondagem nasogástrica, com 
inserção de sonda de Levine número 14 através da narina 
direita. Certificado o adequado posicionamento da sonda 
por meio dos testes de ausculta, refluxo, pH aspirado = 3, 
presença de restos alimentares. Da narina até a 
extremidade: 15 cm de sonda exposta. Paciente colaborou 
com o procedimento. Assinatura, função e número inscrição COREn 
REGISTRO DE ENFERMAGEM 
 Quando a alimentação enteral deve ser prolongada, ela 
pode ser colocada diretamente no estômago ou no intestino 
delgado através de cirurgia ou procedimento endoscópico 
Gastrostomia: 
a sonda é colocada 
diretamente no estômago; 
 
 
Jejunostomia: 
a sonda é colocada no 
intestino (jejuno). 
Nutrição Parenteral 
n  S u p r i m e n t o d a s 
necessidades nutricionais 
por via intravenosa, em 
pacientes que não podem 
ser alimentados por via oral 
ou enteral adequadamente: 
–  Ingestão insuficiente 
–  I n c a p a c i d a d e d e 
utilização dos nutrientes 
adequadamente 
Dieta caseira 
•  É chamada in natura e preparada com os alimentos 
usuais como legumes, verduras, arroz, carne, frango, 
leite etc. Orientada pelo nutricionista, deve ser 
completa e equilibrada. 
Dieta industrializada em sistema aberto 
•  Dieta pronta, balanceada, com todos os nutrientes 
necessários, que requer manipulação prévia à sua 
administração. 
Dieta industrializada em sistema fechado 
•  Pronta, balanceada, estéril, acondicionada em 
recipiente hermeticamente fechado e apropriado para 
conexão ao equipo de administração. 
TIPOS DE NUTRIÇÃO ENTERAL 
Anvisa, 2000 
ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
NA ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA 
 
ü  Certificar-se da prescrição correta da dieta (volume/horário); 
ü  Explicar o procedimento ao paciente; 
ü  Higienizar as mãos; 
ü  Identificar o frasco da dieta (hora, data, início da infusão, quem é o 
responsável pela instalação e função); 
ü  A dieta deve estar em 
temperatura ambiente para 
não causar desconforto ao 
paciente; 
ü  Calçar luvas de procedimento; 
ü  Testar o posicionamento da SNG; 
ü  Utilizar equipo específico para dieta; 
ü  Instalar a dieta controlando o gotejamento do 
equipo manualmente ou utilizar bomba de 
infusão; 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
NA ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA 
 
ü  Posicionar o paciente confortavelmente 
no leito com a cabeceira elevada 30º (a 
fim de evitar regurgitação) e proteger o 
tórax com a toalha; 
ü  Posicionar o frasco de dieta a 45cm 
da cama do paciente; 
ü  No término da infusão da dieta ou 
após administração de 
medicamentos, lavar a sonda com 30 
a 50 ml de água filtrada; 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
NA ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
NA ADMINISTRAÇÃO DE DIETA POR SONDA 
 
ü  Clampar a sonda imediatamente 
sempre que for desconectar a seringa, 
para evitar a entrada de ar e/ou refluxo 
da dieta; 
ü  Observar intercorrências durante a 
infusão da dieta; 
ü  Estimular ou realizar a higiene oral do 
paciente; 
ü  Checar na prescrição a instalação da 
dieta e anotar no prontuário os 
cuidados de enfermagem. 
Registro de Enfermagem 
12/04/2017 – 15h. A posição da SNG foi comparada com a medição 
na inserção inicial. Abdome não distendido. Nega dor ou náusea. 
Cabeceira do leito elevada a 45°C. Aspirado 2ml antes da 
alimentação: pH=3,0. Volume de coloração amarelada. Administrado 
150 ml de dieta por gotejamento. Sonda lavada com 50 ml de água. 
Paciente instruído a comunicar episódio de náusea ou outro evento 
relacionado à alimentação. Assinatura, função e número inscrição 
COREn 
 
ü  Medicamentos líquidos: aspirar o volume prescrito com 
a seringa e injetar pela sonda; 
ü  Comprimidos e drágeas: amassar e dissolver em água, 
misturando bem; aspirar com a seringa e injetar pela 
sonda; 
ü  Administrar os medicamentos um a um; 
ü  Injetar água após cada medicação, para evitar que se 
misturem na sonda, podendo obstruir a mesma; 
ü  Existem medicamentos que não devem ser 
administrados pela sonda devido a problemas na 
absorção. 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 POR SONDA 
 
Compete ao Enfermeiro : 
a) Participar da escolha da via de administração da NE em consonância 
com o médico responsável pelo atendimento ao paciente e a equipe TN; 
b) Estabelecer o acesso enteral por via oro/gástrica para a administração da 
NE, conforme procedimentos pré-estabelecido; 
c) Solicitar e encaminhar o paciente para exame radiológico visando a 
confirmação da localização da sonda; 
d) Garantir que a via de acesso da NE seja mantida; 
e) Garantir que a administração da NE seja realizada no prazo 
estabelecido, recomendando-se a utilização Bomba de infusão; 
f) Garantir que a troca da NE, sondas e equipo seja realizada em 
consonância com o pré-estabelecido pela equipe TN, em conjunto com a 
CCIH; 
g) Prescrever os cuidados de enfermagem. 
h) Registrar em prontuário todas as ocorrências e dados referentes ao 
paciente e à TNE. 
Resolução COFEN Nº 453 DE 16/01/2014 
Referências 
Ø  COREN SP. Resolução COFEN N° 
277-2003 
Ø  Resolução COFEN Nº 453 - 16/01/2014 
Ø  POTTER, P.; PERRY, A.G. Fundamentos 
de enfermagem. 8ªed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013. 
Ø  Taylor C; L i l l i s , C; Lemone, P. 
Fundamentos de enfermagem. A arte 
e a ciência do cuidado de enfermagem. 
5ªed. Artmed, 2007.

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