Buscar

Personalidade e Capacidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Plano de aula 
Disciplina: Noções de Direito Privado	Aula referente ao dia: 01/09/14
Matéria: Personalidade e Capacidade	Prof. Lucas Botelho Carneiro	
Contato: lucasbotelho123@gmail.com
Ementa: Conceito personalidade. Início e fim da personalidade. Capacidade e incapacidade. Incapacidade relativa e absoluta.
Partindo do pressuposto de que não são as respostas que movem o mundo, e sim as perguntas. Abaixo proponho os seguintes questionamentos.
1-O que é personalidade?
2-Quando começa e termina a personalidade?
3-Animais possuem personalidade civil?
4-O nascituro possui personalidade?
5-Quais os direitos do nascituro?
6-A partir de qual momento começa a vida?
7-Todas as pessoas são capazes de exercer seus direitos?
8-O que é incapacidade?
9-Quem são os absolutamente incapazes e os relativamente?
10-Idosos são incapazes?
11-Surdos e mudos são incapazes?
12-Os indíos são considerados incapazes?
Respostas provisórias: (as respostas a seguir não se esgotam aqui, sendo necessário um diálogo com propostas críticas e um debate mais aprofundado)
1-Personalidade ou personalidade jurídica, é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações.
2-Conforme o Código Civil, em seu artigo 2º, “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.” Das pessoas jurídicas se da com o registro junto às autoridades competentes. A personalidade da pessoa natural termina com a morte e a da pessoa jurídica com sua dissolução.
3-O que acontece é que os animais são protegidos por lei de maus tratos e no caso de determinadas espécies da caça, mas isso não quer dizer que possuam direitos. Portanto, animais não possuem personalidade civil.
4-Através da leitura do art. 2º do CC (Código Civil), observamos que o o nascituro (ser humano concebido mas que ainda não nasceu) não possui personalidade. Contudo seus direitos são salvaguardados até o seu nascimento com vida. Ou seja, possui direitos condicionados ao nascimento com vida.
5-Em regra o nascituro tem direito à vida, integridade física, ao nome, reconhecimento de paternidade, receber doações, receber herança. Conforme dito, isto em regra, afinal o nascituro não possui os mesmos direitos que uma pessoa (que como se sabe possui sempre personalidade). Mesmo os direitos que ele já possui são limitados.
6-Salvo inumeráveis polêmicas, para o Direito, a vida só se da atráves da atividade cerebral. Mesmo se a pessoa tiver batimentos cardiacos e respirar, porém estiver morte cerebral ou não possuir cérebro ou parte essencias do mesmo, ela será considerada como morta.
7-Todas as pessoas possuem direitos, porém nem todas podem exerce-los. As que podem exercer por conta própria seus direitos são chamadas de Capazes, as que não conseguem são denominadas Incapazes. Existem os relativamente incapazes e os absolutamente incapazes que respectivamente devem ser assistidos ou representados.
8-Toda pessoa, somente pelo fato de ser pessoa, possui personalidade. Com isso ela é capaz de adquirir direitos, que é o que chamamos de capacidade de direito. Nem todos possuem, no entando, a capacidade de exerce-los (capacidade de fato ou de ação) denominamos estes de incapazes.
9-O quadro responde, de forma simplificada, a pergunta. Vejamos:
	Absolutamente incapazes, art.3º do Código Civil
	Relativamente incapazes, art.4° do Código Civil
	I-Os menores de dezesseis anos;
II-Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiveram o necessário discernimento para a prática desses atos;
III-Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
	I-Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II-Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
III-Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV-Os pródigos.
10-Os idosos não são considerados incapazes. A análise da possível incapacidade deverá ser realizada através de um processo denominado de “interdição”. Se a velhice acarretar em uma demência, poderá o juiz, no caso concreto, decretar a interdição do idoso. Por isso é que se diz que a incapacidade por deficiência mental não se presume.
11-Os surdos e/ou mudos podem ser considerados relativamente incapazes. A averiguação deverá ser realizada em processo de interdição, no processo o juiz determinará o grau de discernimento e de adaptação à vida civil e portanto quais atos da vida civil tal pessoa poderá exercer. O surdo e/ou mudo podem ser considerados também capaz, dependendo da sua capacidade de interagir com o mundo. O mesmo se aplica aos portadores da Sindrome de Down.
12-Os índios não são considerados incapazes pelo código civil. O Estatuto do Índio determina que os silvícolas enquanto não integrados à sociedade devem ser submetidos ao regime tutelar, devendo a assistência ser realizada pela FUNAI. São nulos todos os atos praticados entre índios e outra pessoa estranha à comunidade quando não tenha havido assistência da FUNAI. Na prática, contudo, eles são equiparados (em certa medida) aos incapazes.

Continue navegando