Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GLICONEOGENESE Figado é o principal órgão que faz a gliconeogense Cérebro: principal utilizados do que a gliconeogenese hepática produz, porém outros tecidos também são beneficiados IMPORTANCIA: Forma que os animais tem de sintetizar glicose Não confundir com a gicogenese Glicose possui um papel central no metabolismo: principal açúcar que fornece energia a todas as células vivas, além do papel estrutural Órgãos que utilizam exclusivamente glicose como fonte de energia: encéfalo, hemácias (por não possuírem mitocôndrias não fazem respiração celular, apenas fermentação láctica), músculos durante exercício físico (fermentação láctica), córtex renal, olhos e espermatozoides. GLICONEOGENESE Via metabólica que o organismo utiliza para sintetizar uma nova glicose, quando não pode obtê-la através de via exógena Glicose sintetizadas a partir compostos que não são carboidratos (precursores): Piruvato – 3C Lactato – 3C Glicerol – 3C Aminoacidos – 3 a 4C Intermediários do ciclo de Krebs – 4 a 5C SITIOS DA GLICONEOGENESE Fígado – hepatócitos Córtex da cupra-renal Células epiteliais que fazem o revestimento interno do intestino Vvegetais, fungos e microorganismos em geral também fazem gliconeogenese PRECURSORES: Tecido adiposo e muscular fornecem a maioria dos precursores da gliconeogenese Tecido adiposo: fornece glicerol (fígados p gliconeogenese hepática) e ácidos graxos (energia) Gligerol -> dihidroxiacetona-fosfato entra no final da via Músculo: Jejum: degradação de proteínas musculares fornecem aa (transformam em piruvato) Exercício físico: fermentação lática (lactato se tranforma em piruvato) Aminoácidos e lactato entram como piruvato no inicio da via PONTO DE PARTIDA DA GLICONEOGENESE Oxoalacetato: localizado no ciclo de Krebs, primeiro e ultimo intermediário do ciclo, sempre regenerado. A maioria dos precursores entra no ciclo de Krebs para dar origem ao oxoalacetato (lactato, piruvato e aminoacidos – todos os aa cujo metabolismo termina no ciclo de Krebs são aa glicogenicos – que podem formar glicogênio, pois formam oxoalacetato no final) Glicerol é a exceção: entra bem mais a diante GLICONEOGENESE Utiliza duas moléculas de piruvato para formar uma glicose Gliconeogenese e glicose tem objetivos exatamente opostos, mas não são exatamente um inverso uma da outra, pois na glicólise existem reações irreversíveis (altamente exergônicas), que precisam ser contornadas pela gliconeogenese (utiliza as mesmas 7 reações reversíveis da glicólise e contorna as 3 irreversíveis usando enzimas diferentes) CONTORNOS DA GLICONEOGENESE - REAÇÕES IRREVERSIVEIS (1ª, 3ª E 7ª)ADP ------ ATP 1º GLICOLISE: PEP PIRUVATOpiruvatoquinasese 1º GLICONEOGENESE: PRECURSOR PIRUVATOATP ------ ADP PIRUVATO + HCO- OXOALACETATOOCORRE NA MITOCONDRIA Piruvato carboxilase NADH--NAD+ OXOALACETATO MALATOMalato desidrogenase NAD+ --NADH + H MALATO OXOALACETATOOCORRE NO CITOPLASMA (NADH citosólico na 3ª reação para ser utilizado mais a diante) GTP-GDP e CO2 OXOALACETATO PEPFosfoenolpiruvato-carboxiquinase 2ATPs e 2GTPs são usados no primeiro contorno Enzimas em negrito são regulatórias 2ª e 3ª reações servem para tirar o oxoalacetato da mitocôndria, pois o mesmo não possui transportador, para que a gliconeogenese possa ocorrer (no citoplasma) Se a alanina for utilizada como precursor a diferença é que ela precisa perder o grupo amino e virar piruvato antes de entrar no primeiro contorno Quando o lactato é o precursor o primeiro contorno muda: 1. lactato se converte em piruvato através da lactato-desidrogenase, formando NADH citosolico – não há necessidade de converter oxalacetato em malato e vice-versa, pois já possui o NADH -. 2. Piruvato é carboxilado na mitocôndria formando o oxoalacetato que 3. se transforma diretamente em PEP (Há uma enzima fosfoenolpiruvato-carboxiquinase na mitocôndria, PEP possui transportador que o leva para o citosol.) – APENAS 3 REAÇÕESATP ------ ADP 2º GLICÓLISE: FRUTOSE-6-FOSFATO FRUTOSE-1-6-BiPPFK1 Principal ponto de regulação da gliconeogenese H2O ------Pi 2º GLICONEOGENESE: FRUTOSE-1-6-BiP FRUTOSE-6-FOSFATOFrutose-1-6-Bi-fosfatase ATP ------ ADP 3º GLICOLISE: GLICOSE GLICOSE-6-Pglicoquinase (figado) Sangue – GLUT2 H2O ------ Pi ADP 3º GLICONEOGENESE: GLICOSE-6-P GLICOSEGlicose-6-fosfatase ADP Músculo não possui a enzima glicose-6-fosfatase, por isso não faz gliconeogenese, então utiliza a glicose-6-fosfato para fazer glicólise e obter energia. BALANÇO ENERGETICO DA GLICONEOGENESE – rota anabólica Substratos 2Piruvatos 4ATPs 2NADHs 2GTP 4H2O Produtos Glicose e produtos pobres em energia Gliconeogenese utiliza mais energia do que é produzido na glicólise, então o fígado tira essa energia da lipólise CONSIDERAÇÕES Para cada molécula de glicose formada a partir de 2piruvatos, 6 grupos fosfatos são consumidos, 2 na forma de GTP e 4 de ATP, além de duas moléculas de NADH para a redução de 2 moléculas de 1-3-bifosfoglicerato em 2 de gliceraldeido-3-fosfato. A síntese de glicose a partir do piruvato gasta muita energia, para assegurar a irreversibilidade da gliconeogenese. A gliconeogenese depende da vitamina biotina(H): faz a carboxilação junto com as enzimas CICLO DE CORE Importante para alimentar a gliconeogenese durante o exercício físico Glicogênio -> glicose -> fermentação láctica -> lactato -> sangue -> fígado -> lactato em piruvato -> gliconeogenese -> glicose Depois do exercício físico o musculo utiliza o ciclo de core para repor seu glicogênio muscular REGULAÇÃO DA GLICONEOGENESE As duas vias são mutuamente reguladas para prevenir o gasto operacional com as duas vias ao mesmo tempo Mecanismo alostérico Inibidores da gliconeogenese/ativadores da glicólise: ADP (inibe 1ª e 2ª enzima no 1º contorno), AMP ( inibidor em relação a frutose-1-6-BiP) - (baixos níveis de energia inibem a gliconeogenese), frutose-2-6-BiP (principal inibidor da gliconeogenese) Ativadores da gliconeogenese: Citrato e Acei-CoA Modificação covalente de suas enzimas Não ocorre na glicose/gliconeogenese em si, mas sim com as enzimas responsáveis pelo metabolismo da frutose-2-6-BiP Frutose-6-P é fosforilada pelo ATP em frutose-2-6-BiP – PFK2 faz essa reação Frutose-2-6-BiP é degradada pela FBPase2 PFK2 e FBPase2 são a mesma enzima com duas cadeias peptídicas com funções diferentes – enzima bifuncional No estado bem alimentado libera insulina, que desfosforila essa enzima – ativando a PFK2 (+ frutose-2-6-BiP) – ativação da glicólise Em jejum libera glucagon, que fosforila a enzima – FBPase2 ativa (- frutose-2-6-BiP) – ativação da gliconeogenese Ácidos graxos não são utilizados como precursores da gliconeogenese por animais
Compartilhar