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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAPA

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 Faculdade Estácio Amapá
 Colegiado na licenciatura em pedagogia
 
 
 MARIA DO SOCORRO PEIXOTO DA COSTA DOS SANTOS
 
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AFRO-DESCENDENTE NO ENSINO 
 NAS SERIÉS INICIAIS
 
Projeto apresentado á disciplina de pesquisa e prática em Educação do curso de licenciatura plena em pedagogia como requisito avaliativo parcial– Faculdade Estácio do Amapá- FAMAP,
Orientado pelo Profº .Drº José Adnilton oliveira Ferreira
	
 
 
 
 
 MACAPÁ-AP
 2016.2
 
 MARIA DO SOCORRO PEIXOTO DA COSTA DOS SANTOS
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AFRO- DESCENDENTE NO ENSINO NAS SÉRIES INICIAIS.
 
 
	
 MACAPÁ. AP
 2016.2
 
 1. JUSTIFICATIVA
 A Segunda metade do século XX é marcada pela consolidação áreas de pesquisa nas ciências sociais que formam especialista as temáticas indígenas e negras, constituindo um corpus teórico capaz de pensar com mais profundidade e dinâmica das relações étnicas- raciais brasileiras. Tais discussões acabam repercutindo no âmbito da sociedade, quando passam a ser incorporadas e redimensionadas em lutas políticas específicas. No último terço do século XX, em um período de redemocratização, movimentos negros e indígenas aparecem uma cena pública lutando contra a discriminação que sofria m. Tais mobilizações encontravam na sociedade aporte para pensar as relações raciais brasileiras, marcada pela ambiguidade.
 A distribuição dos níveis de escolaridade, de acordo com a cor dos brasileiros, demonstra, inicialmente, que, no campo da educação, não existem diferenças significativas entre ‘pardos’ e ‘pretos’ que justifiquem o tratamento analítico desagregado nessas duas classificações o universo do conjunto total da população negra representa ,na dimensão educacional de forma adequada , os respectivos particulares das populações pardo e preto no de 1988, com a carta constitucional a educação infantil passou a integrar legalmente o sistema educacional brasileiro .
. Porém, este ordenamento legal, como não poderia ser diferente, não veio acompanhado de reflexões, discussões e construções coletivas, por isso não solucionou muitos problemas ainda existentes na Educação Infantil, como também na Educação Física. 
 Um elemento significativo desta questão se refere à compreensão da especificidade e a contribuição, da Educação Física enquanto principiante do trabalho desenvolvido na Educação Infantil. Perrotti (1995) nos alerta que: “As crianças, quando tem acesso à educação infantil ou educação”. Tanto na Constituinte quanto na elaboração da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação (lei n. 9.394/96), houve participação marcante da militância negra nos anos 1980.
 No entanto, como nos mostra Rodrigues (2005), nem a Constituição de1988 nem a LDB incluíram, de fato, as reivindicações desse movimento em prol da educação Os debates em torno da questão racial realizado entre o Movimento Negro e o parlamentares revelam um processo de esvaziamento do conteúdo político de tais reivindicações.
 Essas acabam sendo inseridas de maneira parcial e distorcidas nos textos legais. Compreendendo esse processo, é possível entender o significado genérico do art. 26 da LDB, que só foi revisto e alterado quando ocorre a sanção da lei n. 10.639/03 (obrigatoriedade do ensino de História da África e das culturas afro-brasileiras ) nas escolas públicas e particulares dos ensinos fundamental e médio. 
 No tocante à educação, é nesse contexto que, finalmente, é sancionada a lei n.10.639, em janeiro de 2003, alterando a lei n. 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da educação. Em 2004, o Parecer CNE/CP 03/2004 e a Resolução CNE/CP 01/2004 são aprovados pelo Conselho Nacional de Educação. Ambos regulamentam e instituem as Diretrizes Curriculares Nacionais para educação das Relações Étnico-Raciais para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Em 2009, é lançado pelo Ministério da Educação e pela Secretaria especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o Plano Nacional de Implementação das referidas diretrizes curriculares.
 Tais ações no campo da política educacional devem ser compreendidas como respostas do Estado às reivindicações políticas do Movimento Negro. A sua efetivação, de fato, em programas e práticas educacionais tem sido uma das atuais demandas deste movimento social. A história política brasileira nos revela que entre as intenções das legislações antirracistas e a sua efetivação na realidade social há sempre distâncias, avanços e limites, os quais precisam ser acompanhados pelos cidadãos e cidadãs brasileiros e pelos movimentos sociais por meio por um efetivo controle público. 
 Como já foi dito, a Constituição Federal de 1988 define a educação como um direito social. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (lei n. 9394/96) e o Plano Nacional de Educação (lei n. 10.172, de 9/1/2001) traduzem essa definição jurídica em desdobramentos específicos nacionais e legislações complementares. Tais desdobramentos se configuram como componentes das políticas educacionais e são base importante para a realização dessas. Portanto, no âmbito da proposição, a lei n.10.639/03 se configura como uma política educacional de Estado é importante compreender a força e o caráter da lei. Nesse sentido, a lei n. 10.639 de 2003,4 a Resolução CNE/CP 01/2004 e
o Parecer CNE/CP 03/2004 vinculam-se à garantia do direito à educação. Elas o requalificam incluindo nesse o direito à diferença. A sua efetivação como política pública em educação vem percorrendo um caminho tenso e complexo no Brasil. É possível perceber o seu potencial indutor e realizador de programas e ações direcionados à sustentação de políticas de direito e de reforço às questões raciais em uma perspectiva mais ampla e inclusiva.
 Esses vêm sendo realizados pelo MEC e, em graus muito diferenciados, pelos sistemas de ensino. No entanto, dada a responsabilidade do MEC, dos sistemas de ensino, das escolas, dos gestores e dos educadores na superação do racismo e na educação das relações étnico-raciais, as iniciativas para a concretização dessa política ainda carecem de enraizamento.
 A sua efetivação dependerá da necessária mobilização da sociedade civil a fim de que o direito à diversidade étnico-racial seja garantido nas escolas, nos currículos, nos projetos político-pedagógicos, na formação de professores, nas políticas educacionais, etc. Com avanços e limites, a lei n. 10.639/03, o Parecer CNE/CP 03/2004 e a Resolução CNE/CP 01/2004 possibilitaram uma inflexão na educação brasileira. Eles fazem parte de uma modalidade de política até então pouco adotada pelo estado brasileiro e pelo próprio MEC. São políticas de ação afirmativa voltadas para a valorização da identidade, da memória e da cultura negras reivindicadas pelo Movimento.
 2. PROBLEMA
QUAL IMPORTÂNCIA EDUCAÇÃO AFRODESCENDENTE NAS ESCOLAS DE ENSINOS INICIAIS3. QUESTÔES NORTEADORAS 
 Questões como que conteúdo deve ser passado aos alunos, quais temas são relevantes no que diz respeito a Historia Africana e sua contribuição para a formação social, cultural e econômica para o Brasil, como fazer essa abordagem tratando o assunto com a devida importância e não somente ligando á etnia negra a questão da escravidão, como a historiografia tradicional fazia até alguns anos atrás, fazem parte das inquietações dos professores. Porém devemos nos perguntar até ponto a criação dessa lei e sua implantação nas escolas têm o respaldo e o apoio das políticas educacionais que regem a educação no Brasil quando se trata de dar suporte aos professores. Apesar de muitos materiais didáticos sobre o assunto terem sido produzidos. 	
Como o professor para alunos meios, evitando o ato de descriminação entre os próprios.
	
Qual a relevância da cultura já existente como para ser prestigiada na sala de aula.
 
4-.OBJETIVOS
 
4.1- Geral 
 Investigar a maneira como é introduzido na educação das séries iniciais a cultura e algumas tradições já existente.
 
 4.2- Especifico 
 Verificar as dificuldades entre o professor e os alunos sobre algumas datas que tratam algo de importante em relação á cultura afrodescendente.
 Analisar as práticas pedagógicas do professor em função do que ocorrer na mídia em termo de racismo e como ele pode evitar esse comportamento
 5. Fundamentação Teórica 
 É evidente que a complementação da lei 10.639|03 trouxe muitos benefícios no que diz respeito ao tratamento dado as questões étnicas, onde principalmente os negros eram tratados como ``seres inferiores`` e passíveis de denominação , justificando assim o sistema escravista que por séculos sustentou a economia do país. Também é notória a importância que o estudos e as discussões em sala de aula a respeito da história africanas possuem nos dias atuais . Porem todas essas preocupações devem estar acompanhadas de um conhecimento a respeito das diversas culturas que formam o país.
 De acordo com Souza: no meu entender, ao tratarmos de assuntos africanos em geral e historia africana particular ,devemos partir do principio de que temas relativos ao continente africanos .Dessa forma , o estudo e a pesquisa são requisitos fundamentais para adquirimos essa familiaridade e aprofundar o estude sobre África.(Souza,2012, p.4).
 O documento foi elaborado pelo grupo de trabalho interministerial, instituído por iniciativa do ministério da educação por meio da portaria interministerial MEC\MJ\ seppir n.605 de 20 de maio de 2008, com o objetivo de desenvolver proposta de plano nacional que estabeleça metas para a implementação efetiva da LDB(lei de diretrizes e bases da educação nacional) .
 Alterada pela lei nº 10.639\2003 torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira na educação básica e foi regulamentada por meio da resolução nº. 1, de 17 de junho de2004 ,do conselho nacional de educação, que instituiu as diretrizes curriculares nacional para a educação das relações étnico- raciais e para o ensino de historia e cultura afro-brasileira e africana .
 .O documento é destinado ao ministério da educação como formulador e executor de politicas no âmbito federal indutor de políticas municipais e estaduais, ator- chave no desenvolvimento de políticas e ações que tenham por base e efetiva colaboração entre os entes federados(municípios, estados e união).
 .Em suas metas e estratégias, o documento prevê e enfatiza as diferentes responsabilidades dos poderes dos poderes executivos, legislativos, e dos conselhos de educação municipais, estaduais e nacional e de demais instituições públicas no processo de implementação e institucionalização da lei.639\2003 nos sistemas de ensino. 
 Destaques é dado ao desenvolvimento da transparência da ação governamental e do controle social a ser exercido por organizações e movimentos da sociedade civil este plano se articula ao plano de estado .
 .Nesse sentido, as proposta para a educação das relações étnicos-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana aqui presentes devem ser conteúdos do processo de revisão do plano nacional de educação(2001-2011) e da elaboração do fundo do PNE(2012-2022), possibilitando estabelecimento de metas que garantam o cumprimento da lei.10.639\2003 e de outra legislações comprometidas com a promoção da equidade na educação brasileira.
 A proposta tem como pressuposto que, para democratizar a educação, é preciso mobilizar toda a sociedade. E que o MEC, por intermédio da SECAD de suas outras secretarias, tem a missão de promover a união de esforços com os governos estaduais e municipais ,ONGs, movimentos sociais ,sindicatos, associações profissionais, instituições de pesquisas ,contando com a colaboração de organismos internacionais, para ampliar.
No tocante ao movimento negro, as inúmeras lutas sociais por uma efetiva integração travadas após a abolição esbarraram na visão instituída durante o período colonial que dificultava o acesso da população negra afro-brasileira, em condições de igualdade a duas esferas principio no primeiro caso, o advento de uma sociedade industrial de trabalho livre não ressaltou na incorporação efetiva da população negra em função da presença de elementos substantivos do código colonial, na forma de estereótipos, discriminações e racismo. 
 Tais elementos permaneceram operando a hierarquia entre brancos e negros na “nova” ordem social, traduzindo-se na preferência dada aos brancos na obtenção de emprego em uma sociedade discriminatória, como registram os jornais e documentos da época, no segundo caso, a educação permaneceu na esfera do desejo, pois as desvantagens ocupacionais, habitacional e locacionais ás qual a população negra estava submetida foram determinantes para a sua manutenção nos estratos educacional mais baixo.
 O questionamento ao longo do tempo, em torno desses indicadores educacionais da população negra que a distancia da população branca, é se ele é consequência da pobreza ou da discriminação racial, na forma da racialização da experiência do negro, antecedeu á formação de uma sociedade de classes no Brasil, portanto a situação da população afrodescendente se explica na interseção entre a pertença étnico-racial e a estruturação de uma sociedade de classes, mas essa compreensão é recente e ganhou alguma relevância nos estudos acadêmicos somente após a segunda metade do século XX.
 O interesse pela questão racial negra, quando existiu foi primeiro comprometido com a ideia de caldeamento\ assimilação que serviu de base á ideologia do branqueamento físico e cultural da nação por meio da imigração europeia. Em um segundo momento, o mito da democracia racial deu base
para a construção do discurso da unidade entre brancos, negros e índios, que encobriu as hierarquias e as discriminação construtivas das relações entre brancos e não brancos. Após os anos 50 o problema racial aparece como mais da vida social: o mercado de trabalho e a educação.
DE ACORDO COM FREIRE (2011, p.19) não é possível ao sujeito ético viver sem estar permanentemente exposto á transgressão da ética precisamente a expressão daquele moralismo criticado. Em mim a defesa da ética jamais significou sua distorção ou negação.
 Pela forma que tem repercutido no pleno século xxI agressividade de tanto pela mídia e por outros meios de comunicação a sociedade, o racismo tem tomado novos rumos assim, pois tem agora uma determinada punição que deixa um pouco de alivio porque já virou lei penal mais ainda continua como nos séculos passados.
 
 
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