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Campus São José do Rio Pardo Curso: Engenharia – 2 e 3º. Semestres Disciplina: Eletricidade básica (lab.) Prof. Msc. Cezar Carvalho de Arruda Experimento 3 - Osciloscópio Grupo: Data: INSTRUÇÕES 1. Uso de jaleco obrigatório dentro do laboratório. 2. Leia atentamente o roteiro da prática. 3. Preserve a integridade dos equipamentos do laboratório. 4. Quando houver periculosidade no experimento (choque e fogo) atenção redobrada. CONTEUDO 3.1 Fundamentos O osciloscópio é basicamente um dispositivo de visualização gráfico que mostra sinais elétricos no tempo. O osciloscópio pode ser utilizado entre outras funções para: • Determinar diretamente o período e a tensão de um sinal; • Determinar indiretamente a frequência de um sinal; • Localizar avarias em um circuito; • Medir a diferença de fase entre dois sinais periódicos; Como muitas grandezas físicas são medidas através de um sinal elétrico, o osciloscópio é um instrumento indispensável em qualquer tipo de laboratório, e em situações tão diversas como o diagnóstico médico, mecânica de automóveis, prospecção mineral, etc. O osciloscópio permite obter os valores instantâneos de sinais elétricos rápidos, a medição de tensões e correntes elétricas, e ainda frequências e diferenças de fase de oscilações. Figura 3 – 1 O monitor de um osciloscópio, mostrado na Fig. 3 – 1, é normalmente, um retângulo de 10cmx8cm, subdividido em quadrículos que permitem a leitura dos sinais visualizados. No modo X-Y os eixos vertical e horizontal representam só tensões, enquanto que no modo Y-t a direção vertical representa tensões e a direção horizontal representa o tempo. As escalas de tensão e tempo são variáveis e controladas pelos seletores de amplificação e base de tempo. 3.2 Aspectos funcionais dos osciloscópios 3.2.1 Circuito de Entrada Os sinais são aplicados ao osciloscópio através das entradas Y e TRIGGER EXT que apresentam uma resistência interna de entrada de 1 Mohm. Normalmente, os osciloscópios dispõem de duas entradas, mas também se encontram aparelhos com quatro entradas. Junto de cada entrada Y encontra-se o seletor do tipo de acoplamento ao módulo de amplificação com o qual se seleciona a escala do monitor. A Fig. 3 – 2 apresenta o esquema do circuito de entrada onde se pode ver o seletor de comutação entre os vários tipos de acoplamento. O comutador permite selecionar o tipo de acoplamento: AC, DC, ou GND. O amplificador de ganho variável controla a escala de monitorização dos sinais. Figura 3-2 O acoplamento pode ser: • DC (acoplamento contínuo) – O sinal na entrada é aplicado diretamente ao circuito de amplificação. • AC (acoplamento filtrado) – Só a componente variável no tempo do sinal é aplicada ao amplificador, a componente contínua é filtrada pelo capacitor C. • GND – O sinal presente na entrada é curto-circuitado com a massa. Esta posição do comutador é usada sempre que se pretende ajustar o nível de tensão zero, também designado por linha de base. A Fig. 3-3 apresenta a visualização de um sinal Vy nos modos AC, DC e GND, respectivamente. Figura 3 – 3 3.2.2 Seleção do modo de entrada Este comutador (ou conjunto) permite selecionar o modo de amostragem dos vários canais de entrada do osciloscópio: • CH1 - mostra apenas o canal 1; • CH2 - mostra apenas o canal 2; • ALT - mostra alternadamente varrimentos completos de cada um dos canais. Para que a alternância não seja perceptível o varrimento deve apresentar um período inferior a 1/n da persistência da retina do olho humano, onde n é o número de canais amostrados. Para dois canais, por exemplo, um período de 50 Hz é suficiente; • • CHOP – a apresentação dos dois canais é efetuada num único varrimento completo do feixe de elétrons por partilha de tempo. A comutação efetua-se a elevada frequência (100 kHz) de forma a garantir que a distância entre traços consecutivos seja inferior ao diâmetro da mancha luminosa. Deste modo a sequência de pequenos traços é percebida como uma linha contínua. No entanto, se a frequência de varrimento for superior a 1 kHz, pode observar-se um traço descontínuo; • ADD - os sinais presentes nos canais 1 e 2 são somados e mostrados. 3.2.3 Seleção do Modo de Funcionamento a) Modo X-T Neste modo de funcionamento observamos no monitor os sinais presentes nas entradas CH1 e/ou CH2 em função do tempo. b) Modo X-Y Neste modo de funcionamento observamos no monitor o sinal do canal CH1 em função do sinal do canal CH2. 3.2.4 Medidas com o osciloscópio Pode-se realizar uma série de medidas com o osciloscópio. Algumas delas serão exploradas nesta seção. 3.2.5 Período e Frequência Se um sinal se repete no tempo, ele possui uma frequência f, medida em Hz. Um sinal repetitivo também possui outro parâmetro, o período. O período (T) é o tempo que um determinado sinal repetitivo demora para completar um ciclo. Assim, frequência e período são recíprocos. Figura 3 – 4 3.2.6 Tensão (Diferença de Potencial) A tensão é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos de um circuito. Normalmente, um desses pontos pode ser a massa (terra, 0V) do circuito, mas nem sempre. Por exemplo, pode-se medir a tensão de pico a pico de um sinal (Vpp), que é a diferença entre o valor máximo e mínimo deste sinal. 3.2.7 Diferença de Fase A diferença de fase entre duas formas de onda senoidais pode ser determinada por uma simples regra de três. Figura 3 – 5 3.2.8 Realização Correta de uma Medida Quando utilizamos o osciloscópio para a medição simultânea de duas grandezas simultâneas (dois canais), devemos tomar cuidado com a conexão das referências (terras) das duas ponteiras. Internamente, o osciloscópio irá conectar as duas referências(garras pretas). Assim, deve- se sempre tomar o cuidado de se ligar os dois terras no mesmo ponto do circuito. Caso contrário, o osciloscópio irá conectar internamente dois pontos distintos do circuito. A Fig. 3 – 6 apresenta dois exemplos de ligação para exemplificar a ligação errônea e a correta. Figura 3 – 6 3.3 Objetivos da Experiência Aprender as funcionalidades mais importantes de um osciloscópio assim como as suas aplicações. 3.4 Procedimento experimental Material disponível no laboratório: - 1 Osciloscópio 20 MHz - 2 canais; - 1 Fonte AC; - 1 Fonte DC; - 1 Voltímetro 0 a 15vdc analógico (Multímetro Digital); - 1 Voltímetro 0 a 15vac analógico (Multímetro Digital); - Fios com bornes; Figura 3 – 7 Osciloscópio parte 1(AC) Figura 3 – 8 Osciloscópio parte 1(DC) 3.4.1 Parte prática Medições de tensão continua: a) Ligue o osciloscópio e ajuste os controles de brilho e foco, coloque a chave seletora de tensão e CC. b) Pode-se trabalhar indiferentemente, com um ponto ou uma reta horizontal. Para obter-se a reta liga-se o controle de varredura, a seguir posiciona-se a reta sobre um ponto de referencia sobre a tela. c) Aplica-se a tensão continua na entrada vertical, ajusta-se convenientemente a constante de proporcionalidade. d) Mede-se o deslocamento da reta na horizontal, na vertical e multiplica-se pela constante de proporcionalidade. e) Repita as operações c) e d) para 5 diferentes valores de tensão. Medições de tensão alternada: a) Desligue o gerador de varredura. b) Aplique na entrada vertical a tensão alternadaque se deseja medir, obtendo-se na tela um traço vertical. Passa-se a chave seletora de tensão para CA., e ajuste convenientemente a constante de proporcionalidade da vertical. c) Posiciona-se o traço adequadamente para medí-lo. d) Mede-se o comprimento do traço vertical e multiplica-se pela constante de proporcionalidade. Repita as operações b), c) e encontre as tensões de 5 sinais diferentes. Medições de frequências através da base de tempo calibrada: a) Liga-se o gerador de varredura a fim de obter-se na tela um traço horizontal, que deve ser posicionado de forma a coincidir com eixo horizontal da tela. b) Certifique-se que a base de tempo esteja calibrada, e que o sistema estabilizador da figura esteja na posição automático. c) Aplica-se na entrada vertical um sinal cuja frequência “f”, deseja-se medir. d) Gire o botão do gerador de varredura até obter-se na tela uma figura que permita-nos ver nitidamente um período. e) Mede-se, segundo o eixo horizontal da tela, o comprimento x0, correspondente a um período e multiplica-se pelo valor dado pelo controle de varredura. f) Repita as operações de b) a e) para cinco valores de frequência senoidal e outro tanto para onda quadrada. Medições de frequências por figuras de Lissajous: a) Com o gerador de varredura desligado injete na vertical um sinal de frequência conhecida, por exemplo 60 Hz da rede. Injete na entrada horizontal o sinal de frequência desconhecida. b) Através do numero de toques na horizontal e vertical, determine as frequências de cinco sinais senoidais diferentes. Esboce as figuras de Lissajous obtidas com suas respectivas tensões na vertical e horizontal. Análise de dados para o relatório; a) Estime as precisões de suas tensões e frequências medidas; b) Compare seus resultados, com os indicados no voltímetro e no gerador de áudio.
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