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O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos

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O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
O Osciloscópio no 
Service de 
Equipamentos 
Antigos
Newton C. Braga
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NEWTON C. BRAGA
São Paulo - Brasil - 2020
Instituto NCB
www.newtoncbraga.com.br
leitor@newtoncbraga.com.br
Diretor responsável: Newton C. Braga
Coordenação: Renato Paiotti
Impressão: AgBook – Clube de Autores
3
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mailto:leitor@newtoncbraga.com.br
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos
Autor: Newton C. Braga
São Paulo - Brasil – 2019
Palavras-chave: Eletrônica – conserto – aparelhos 
eletrônicos - service
Copyright by
INTITUTO NEWTON C BRAGA.
1ª edição
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por 
qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, 
fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos, atualmente existentes ou 
que venham a ser inventados. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou 
parcial em qualquer parte da obra em qualquer programa juscibernético 
atualmente em uso ou que venha a ser desenvolvido ou implantado no futuro. 
Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua 
editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e 
parágrafos, do Código Penal, cf. Lei nº 6.895, de 17/12/80) com pena de prisão e 
multa, conjuntamente com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 
122, 123, 124, 126 da Lei nº 5.988, de 14/12/73, Lei dos Direitos Autorais).
4
NEWTON C. BRAGA
Índice
Apresentação..............................................................................7
Capítulo 1...................................................................................8
 1. LIGANDO O OSCILOSCÓPIO...........................................8
 2. MEDIDAS DE TENSÕES CONTINUAS..............................11
 3. MEDIDAS DE TENSÕES ALTERNADAS............................14
 4. MEDIDAS DE PULSOS..................................................15
 5. MEDIDAS COMBINADAS DE CC E CA.............................20
Capítulo 2.................................................................................24
 MEDIDAS DE FREQUÊNCIA..............................................24
1. MEDIDA DIRETA DA FREQUENCIA......................24
Capítulo 3 - OSCILOSCÓPIO NA TV............................................28
 O OSCILOSCÓPIO PARA TV REPARAÇAO............................28
 DE ONDE RETIRAR O SINAL.............................................32
 EQUIPAMENTOS AUXILIARES...........................................35
 CONCLUSÃO..................................................................42
Capítulo 4.................................................................................43
 OSCILOSCÔPIO NA TV (II)...............................................43
 O GERADOR DE MARCAS.................................................43
 AJUSTE EM TELEVISORES................................................48
 ANÁLISE DO SINAL DE VÍDEO..........................................50
 CONCLUSÃO..................................................................54
Capítulo 5.................................................................................55
 OSCILOSCÓPIO NA TV (III).............................................55
O SEPARADOR DE SINCRONISMO..........................55
 CONCLUSÃO..................................................................69
Capítulo 6.................................................................................72
 VIDEOCASSETES ANALISADOS COM O OSCILOSCOPIO.......72
1. SETOR DE ÁUDIO.............................................72
2. FONTES DE ALIMENTAÇÃO................................80
3. MODULADOR DE ÁUDIO....................................82
 CONCLUSÃO..................................................................84
Capítulo 7.................................................................................85
 VIDEOCASSETES ANALISADOS COM O OSCILOSCOPIO (II). 85
1. GRAVAÇÃO DE LUMINÂNCIA..............................85
2. GRAVAÇÃO DE CROMA......................................90
3. CONTROLE AUTOMÁTICO DE COR......................91
4. EXPANSOR DE BURST.......................................92
5
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
5. REPRODUÇÃO..................................................92
6. RECUPERAÇÃO DO SINAL DE LUMINANCIA..........95
7. REPRODUÇÃO DO SINAL DE CROMINANCIA.........96
 CONCLUSÃO..................................................................97
 TRANSMISSORES DE TV ANALÓGICA................................98
 CONCLUSÃO..................................................................99
Os outros mais de 100 livros sobre Eletrônica .........................100
6
NEWTON C. BRAGA
Apresentação
Não precisamos falar sobre a importância do osciloscópio 
em qualquer bancada de serviços. Se bem que nos tempos 
antigos ter um osciloscópio era um privilégio de poucos, dado seu 
elevado custo, hoje este instrumento não só pode ser adquirido 
em versões digitais completíssimas a custo acessível, como 
podem ser conseguidos tipos analógicos não muito sofisticados a 
preços baixos, tanto novos como recuperados. Para quem tem 
uma oficina que ainda trabalha com equipamentos antigos como 
televisores analógicos, videocassetes, amplificadores, toca-discos 
e toca-fitas, ter um amplificador pode resultar em ganhos mais 
fáceis e um trabalho mais eficiente. Aproveitando-se de ofertas 
de osciloscópios usados, ou mesmo se você tem volume de 
trabalho que compense a aquisição de um novo, contar com este 
equipamento pode ser muito interessante. Assim, aproveitando o 
fato de que há alguns anos publicamos um curso de operação do 
osciloscópio que pode ser obtido de forma completa em nossa 
coleção Curso de Eletrônica – Instrumentação – Volume 1, do 
qual retiramos a parte que trata de equipamentos antigos, 
substituindo-a por tecnologias mais modernas, mas que reunimos 
neste volume para que os leitores interessados possam ter uma 
boa fonte de referência e até praticar no uso de seu osciloscópio.
Newton C. Braga
Observação: se bem que as técnicas apresentadas tenham 
como referência osciloscópios antigos, elas são perfeitamente 
válidas no uso dos osciloscópio digitais modernos. Na verdade, 
este material é dos anos 80, época em que ainda não exista nem 
a TV digital e os osciloscópios digitais eram simples e dotados e 
muito menos recursos dos que os atuais consistindo em 
equipamentos sofisticados e de muito alto custo. Este livro vale 
também muito para os que desejam saber um pouco mais do uso 
do osciloscópio nos trabalhos de manutenção da época.
7
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Capítulo 1
1. LIGANDO O OSCILOSCÓPIO
Para usar um osciloscópio precisamos antes colocá-lo em 
condições de receber os sinais que desejamos visualizar. 
Para isso temos de realizar as seguintes operações:
Obs. Estes ajustes são válidos para um osciloscópio 
analógico comum. Para outros tipos, o leitor deve 
consultar o manual.
a) Se for a primeira vez que vamos usar o osciloscópio 
devemos verificar se a chave seletora de tensões de entrada está 
de acordo coma tensão da rede em que vamos alimentá-lo. 
Isso significa que devemos estar preparados para ligar o 
osciloscópio em 110 V ou 220 V conforme o caso, com a chave 
seletora de tensões na posição apropriada.
b) Com a chave liga/desliga na posição desligado (OFF) 
colocam os o plugue na tomada. 
c) Ajustamos então os controles do osciloscópio da 
seguinte forma:
• Intensidade (INT) - deve estar no mínimo, ou seja, todo 
para a esquerda (contra os ponteiros do relógio) Foco 
(FOCUS) - deve estar no meio da sua posição de atuação 
estar na posição GND (terra)se existir no seu osciloscópio.
• Posição vertical (POSITION V) - deve estar na posição 
media. Este controle leva o traço ou ponto para cima e 
para baixo na tela.
• Disparo (TRIG) - deve estar na posição automático 
(AUTO). 
• Fonte de disparo (TRIG. SOURCE) - deve estar 
conectado para haver o disparo interno (INT).
• Tempo por divisão (TIME/DIV) - inicialmente esta 
chave deve selecionar algo entre 0,5 e 1 ms/div.
• Posição horizontal (POSITION ou )↑ ↓ deve estar na 
posição média. 
8
NEWTON C. BRAGA
d) Com as chaves nas posições indicadas ligue a 
alimentação (power on) e espere pelo menos uns 40 segundos 
para que o TRC tenha seu filamento aquecido a ponto de dar 
início a emissão.
Gire então o controle de intensidade (INT) no sentido 
horário até que uma linha brilhante apareça na tela, (figura 1).
Figura 1 – O traço horizontal aparece na tela
e) Ajuste em seguida o controle de foco (FOCUS) de modo 
que a linha se torne nítida (fina e brilhante), (figura 2).
Figura 2 – Ajustando a nitidez
f) Obtendo uma linha bem definida, ajuste o controle de 
posicionamento vertical (position) de modo que esta linha fique 
coincidente com a referência da tela, (figura 3). 
9
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 3 – Ajustando a posição da linha na tela
Em alguns casos, em função do magnetismo terrestre ou 
de outras influências externas, a linha pode não ser totalmente 
paralela a referência da tela, conforme mostra a figura 4.
Figura 4 – Ajustando a inclinação do traço se não estiver na posição 
horizontal
Neste caso, devemos atuar sobre o controle de Rotação do 
Traço (TRACE ROTATION) de modo a alinhá-lo..
10
NEWTON C. BRAGA
g) Com estes procedimentos, o osciloscópio está pronto 
para receber os sinais externos.
2. MEDIDAS DE TENSÕES CONTINUAS
No caso de tensões contínuas, o que temos é um traço 
horizontal para cima ou para baixo, numa proporção que depende 
justamente da tensão aplicada na entrada.
Como o osciloscópio possui um amplificador com ganho 
conhecido (e calibrado) podemos, a partir deste deslocamento 
saber exatamente qual foi a tensão aplicada na entrada.
No entanto, algumas precauções devem ser tomadas com 
a ligação da ponta de prova, principalmente se vamos medir 
tensões baixas.
O que ocorre, é que numa medida de tensão mais baixa, 
um ruído da rede de alimentação pode sobrepor-se ao sinal 
medido, no caso a tensão contínua causando uma deformação, 
conforme mostra a figura 5.
Figura 5 – Sinal deformado pelo ruído da rede
Ao tomar uma medida de tensão (ou mesmo de qualquer 
outro tipo de sinal) numa placa de circuito impresso, devemos 
procurar uma referência mais próxima possível do local do sinal, 
conforme mostra a figura 6.
11
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
 Figura 6 – O ponto de terra.
Nesta figura temos o procedimento segundo caso, a 
possibilidade de sobreposição de sinais indesejáveis à tensão 
medida ou mesmo deformações do sinal é maior.
Para a medida de tensões contínuas devemos proceder da 
seguinte maneira: 
1. A entrada deve ser colocada na posição GND (terra) de 
modo a termos no osciloscópio uma referência igual a 
obtida na garra da ponta de prova, (figura 7)
Figura 7 – Fixando a linha de referência
12
NEWTON C. BRAGA
2. A garra da ponta de prova será ligada no ponto do circuito 
que se deve tornar como referência (zero volt). 
3. Selecione na chave Volts/Div a posição apropriada a 
medida da tensão realizada. Neste caso procedemos como 
um multímetro comum: se conhecermos a ordem de 
grandeza da tensão medida, vamos diretamente a uma 
posição da chave que permita sua leitura "com folga". Se 
não conhecermos, começamos pela escala mais alta 
(maior número de volts por divisão) e vamos mudando de 
escala até termos uma leitura apropriada. 
4. A chave seletora de entradas deve estar em DC (AC-GND-
DC).
5. O traço horizontal nestas condições já deve ter se 
deslocado para cima ou para baixo, conforme a polaridade 
da tensão medida o que permite a realização da medida, 
(figura 8).
Figura 8 – Observando uma tensão de 250 mV
6. Para fazer a medida, verificamos pelo número de traços e 
pela posição da chave seletora Volts/Div o valor desejado. 
Por exemplo, no caso da figura 8, em que temos 
aproximadamente 2,5 traços para cima na posição de 0,1 
Volt/Div a tensão será de 0,25 Volts ou 250 mV.
Conforme vimos na lição anterior, os osciloscópios 
possuem uma saída para calibração de tensão que deve ser 
13
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
usada periodicamente de modo a se garantir que na medida em 
questão haja precisão. 
É importante observar que a chave seletora de Volts/Div 
deve estar com a posição auxiliar CAL acionada. Em alguns 
osciloscópios existe um LED que quando aceso alerta o usuário de 
que a chave está na posição na calibrada (UNCAL).
3. MEDIDAS DE TENSÕES ALTERNADAS
Para as tensões alternadas senoidais temos basicamente o 
mesmo procedimento, com a diferença que devemos atuar sobra 
a base do tempo dc modo a termos uma visualização do sinal. 
Assim, teremos os seguintes procedimentos:
a) Fixamos a garra da ponta de prova na referência do 
circuito medido (GND ou terra).
b) Escolhemos uma posição apropriada da chave seletora 
Volts/Div para a tensão medida. Devemos ter uma ideia da ordem 
de grandeza desta tensão. 
Se não houver possibilidade, começamos pela posição 
mais alta.
c) Não há necessidade neste caso de posicionarmos o sinal 
de modo a haver coincidência com a referência. 
Devemos posicioná-lo de modo a termos observação mais 
favorável.
Para o sinal de figura 9 temos uma tensão pico-a-pico de 5 
volts, já que estamos com a chave na posição 1V/div e ele ocupa 
5 divisões exatas.
Figura 9 – Observando uma tensão de 5 Vpp
14
NEWTON C. BRAGA
4. MEDIDAS DE PULSOS
Pulsos retangulares de circuitos lógicos são medidos em 
sua intensidade da seguinte maneira:
a) Colocamos a chave AC-GND-DC na posição DC.
b) Conectamos a garra num terra apropriado do circuito 
digital que está sendo analisado, (figura 10).
Figura 10 – Visualizando pulsos
c) Escolhemos a posição da chave de sensibilidade de 
entrada de acordo com a intensidade do sinal que deve ser 
observado. Da mesma forma, na falta de conhecimentos da 
ordem de grandeza da amplitude do sinal começamos pela 
posição mais alta.
d) procuramos na chave de tempo (time base) a posição 
que permita a visualização de alguns ciclos completos do sinal.
e) Posicionamos o sinal de modo a termos maior facilidade 
na determinação de sua amplitude. Não há necessidade de o 
alinharmos com a referência horizontal para esta finalidade, 
(figura 11).
15
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 11 – Observando um sinal TTL
Ao trabalhar com pulsos é importante conhecer a 
nomenclatura usada e que aparece em muitos manuais.
Na figura 12 temos algumas definições importantes para 
uso de características de pulsos.
Figura 12 – Características dos pulsos
16
NEWTON C. BRAGA
Em especial observamos a sobreoscilação e a suboscilação 
que ocorre normalmente num circuito em vista da queda de 
resposta de frequência do circuito por onde passa o sinal.
Observe também o tempo de estabelecimento que vai 
desde o instante em que o sinal chega ao seu mínimo até o 
instante em que se estabiliza.
As amplitudes das suboscilações e sobreoscilações pode 
ser medida segundo os mesmos procedimentos que já vimos nos 
itens anteriores.
Podemos "isolar" o setor que nos interessa do sinal, 
aumentando o ganho do amplificador, de modo a termos uma 
facilidade maior para o posicionamento, conforme mostra a figura 
13.
Figura 13 – Aumentando o ganho para observardetalhes de um pulso
O ajuste de tempo de varredura (base de tempo) de modo 
a termos a visualização de pelo menos 1 ciclo completo do sinal.
No caso de pulsos instáveis, e preciso tomar algumas 
precauções com o uso do osciloscópio.
O primeiro caso ocorre quando temos pulsos que se 
repetem em intervalos regulares.
Isto pode ocorrer, por exemplo, com transientes 
superpostos a um sinal de determinada frequência.
Na figura 14 temos um exemplo de pulsos de curta 
duração superpostos a um sinal senoidal.
17
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 15 – pulsos sobrepostos a um sinal senoidal (transientes)
O procedimento para a seguinte operação é o seguinte:
a) Ajustam os o osciloscópio de modo a termos a 
visualização do sinal principal (senóide, por exemplo).
b) Escolhemos um ganho (Volts/div) que permite 
enquadrar todo o pulso de curta duração que desejamos medir. 
c) Ficamos atentos a sua produção e ajustamos o 
posicionamento de modo a termos uma leitura de intensidade 
fácil.
Na figura 15 temos um exemplo em que um pulso de 50 V 
se sobrepõem a um sinal senoidal de 10 V de pico. 
Figura 15 – Pulsos de 50 V sobrepostos a um sinal de 10 Vpp
É importante observar que, enquanto obtemos uma 
imagem estacionária para o sinal principal, o pulso de curta 
18
NEWTON C. BRAGA
duração é visualizado como "flashes" que vão mudar de posição 
na tela numa forma que depende do modo de produção. 
Se esta produção for aleatória, por exemplo, eles 
aparecem de modo aleatório.
Para pulsos de frequência fixa, sobrepomos a um sinal ou 
não a medida de intensidade é mais simples.
Podemos então ajustar a base de tempo para termos uma 
imagem estacionária e depois posicionar de tal forma a obtermos 
uma visualização completa que permite a medida de amplitude.
Veja que existem os casos em que a frequência é fixa, 
mas a intensidade pode variar, caso em que vamos obter uma 
imagem como mostra a figura 16.
Figura 16 – Superposição de pulsos de frequência fixa, as de intensidade 
variável
Veja então que, dependendo da frequência, as diversas 
amplitudes dos pulsos produzidos podem confundir-se numa 
região indefinida. A informação que o leitor pode tirar deste tipo 
de pulso resume-se então na intensidade máxima, duração, e 
intensidade mínima.
No caso de pulsos modulados em duração como, por 
exemplo, num sistema digital de transmissão de dados, o 
osciloscópio deve ser ajustado de tal forma a poder acompanhar 
as variações que ocorrem. Assim, se visualizarmos apenas um 
pulso do sinal, pode ocorrer a produção de uma zona de 
identificação, conforme mostra a figura 17.
19
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 17 – Pulsos modulados em largura (PWM)
Isso ocorre porque na realidade temos a superposição de 
um trem de pulsos de durações diferentes. Como os gatilhos 
ocorrem em pontos diferentes, as imagens não são totalmente 
superponíveis. No entanto, num caso como este, como a 
finalidade principal é a medida da amplitude ela pode ser feita 
normalmente, já que as indefinições são em relação à frequência.
5. MEDIDAS COMBINADAS DE CC E CA
Uma característica importante do osciloscópio como 
instrumento de medida é que ele permite a realização de medidas 
simultâneas (mesmo para o caso do simples traço). 
Isso ocorre, por exemplo, no circuito da figura 18, onde 
podemos ao mesmo tempo medir a tensão de base do transistor 
e a amplitude do sinal CA que é aplicado na etapa amplificadora.
Figura 18 – Medida simultânea AC/DC
20
NEWTON C. BRAGA
O sinal que vemos no osciloscópio é visto na figura 19.
Figura 19 – Sinal visualizado
Para termos este sinal, procedemos da seguinte forma:
a) Colocamos a chave seletora na posição DC (na posição 
AC a componente DC seria cortada e o sinal alterado seria 
alinhado com a' referência GND).
b) Escolhemos a posição apropriada da chave Volts/div 
que permita uma visualização cômoda do sinal.
Veja que partimos do sinal de referência (linha horizontal) 
alinhado com a referência na tela e não mexermos no 
posicionamento vertical.
c) Fazemos a leitura da amplitude do sinal alternado e da 
componente contínua, baseado: na referência de chave Volt/div. 
Se a amplitude do sinal CA for muito menor do que 
amplitude da tensão contínua, a visualização simultânea não 
poderá ser feita. 
Isso ocorre porque se aumentarmos o ganho, por 
exemplo, para a, amplitude menor do componente CA, o 
desligamento do sinal DC fará com que a imagem saia da tela. 
Por outro lado, com um ganho suficiente para observar o 
sinal DC não teremos a visualização do sinal CA, (figura 20). 
21
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 20 – Observando antes o sinal DC
Como devemos proceder num caso como este?
a) Em primeiro lugar ajustamos a imagem para realizar a 
imagem da componente contínua com a chave seletora na 
posição DC e o ganho de acordo com a intensidade do sinal.
b) Posicione o sinal de modo a termos a melhor leitura, 
levando em conta a referência.
C) Depois, passamos a Chave seletora para a visualização 
de sinais CA (CA GND-DC). 
Nesta posição, a componente contínua do sinal é eliminada 
e o sinal alternado será centralizado. (figura 21)
Figura 21 – Visualizando a componente AC
22
NEWTON C. BRAGA
d) Passamos então a chave que seleciona o ganho 
apropriado Volts/div para a observação e medida da amplitude da 
componente alternada.
Nos dois casos, a chave da base do tempo deve selecionar 
a melhor visualização de alguns clocks do sinal. 
23
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Capítulo 2
No capítulo anterior vimos de que modo podemos usar o 
osciloscópio para analisar formas de onda, medindo sua 
amplitude, tempo de crescimento e até mesmo verificando 
distorções. 
Estudamos na ocasião, maneiras de analisar tanto sinais 
que variavam em torno de zero volt como sinais que variavam 
em torno de uma tensão determinada. 
Nesta lição continuamos a utilizar o osciloscópio como 
instrumento de medida, obtendo assim, os procedimentos para as 
medidas de frequência, e também de fase. 
O osciloscópio é um instrumento de grande utilidade neste 
tipo de análise, podendo ser usado sozinho ou com a ajuda de 
outros equipamentos, tais como: geradores de sinais ou de 
funções. 
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA
As medidas de frequência e fase terão precisão que 
dependem do processo utilizado e o alcance dependerá da 
resposta do osciloscópio usado.
Lembramos que existem osciloscópios mais sofisticados 
em que a medida de frequência é feita automaticamente por um 
circuito separado e que projeta na tela o valor numérico desta 
grandeza além de outras.
É claro que, num caso como este, os ensinamentos dados 
nesta lição servem apenas como curiosidade. 
Como, entretanto, a maioria dos osciloscópios é do tipo 
simples, sugerimos que o leitor leia com atenção esta lição.
1. MEDIDA DIRETA DA FREQUENCIA
Para medir a frequência de um sinal, não importando sua 
forma de onda, o primeiro passo consiste em ,se obter o sinal na 
tela do osciloscópio.
24
NEWTON C. BRAGA
Para isso atuamos tanto sobre o controle de sensibilidade, 
escolhendo uma posição da chave (Volts/Div) que forneça boa 
imagem e depois sobre a base de tempo (tempo/divisão) na 
forma calibrada (Uncal desligado) para termos alguns ciclos do 
sinal na tela.
Supondo que a chave da base de tempo esteja na posição 
de 1 ms/div (1 milissegundo por divisão), isso significa que temos 
condições de medir o tempo de um ciclo completo do sinal.
Na figura 22 o sinal senoidal analisado ocupa em cada ciclo 
2 divisões.
Figura 22 – Visualização de um sinal para medida de frequência
Estaé uma condição em que temos uma frequência exata.
Se o sinal não ocupar um número exato de divisões, 
devemos atuar sobre o posicionamento horizontal, de modo a 
levar o início de um ciclo tomado como referência, coincida com 
um traço vertical também tomado como referência, conforme 
mostra a figura 23.
25
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 23 – Visualização de um sinal de 714 Hz
Depois verificamos quantas divisões ocupa o ciclo 
completo.
No nosso exemplo, temos aproximadamente 1,4 divisões 
por ciclo.
Multiplicamos então o número de divisões pelo valor 
selecionado na chave seletora da base de tempo.
No caso da figura 1 temos 2,0 ms e na figura 2 temos 1,4 
ms. A frequência do sinal será então obtida pela fórmula: 
Onde:
f é a frequência
T e o período medido no osciloscópio
Para 2 rns (10-3 segundos), temos:
f = 1/2 x 10-3
f = 103/2
f = 500 Hz
Para 1,4 ms temos f: (1/1,4) x 103
F = 0,714 x103
F = 714 Hz
26
NEWTON C. BRAGA
Evidentemente, a precisão na leitura de uma frequência 
dependerá da leitura que fazemos. 
Desta forma, se pudermos visualizar um ciclo ocupando o 
maior número de divisões possíveis teremos uma precisão maior 
na leitura. 
A posição da chave seletora tempo/div deve ser tal, que 
tenhamos poucos ciclos completos no sinal da tela, (figura 24).
Figura 24 – Menos ciclos visualizados facilitam a medida
E claro que isso não vai ser possível quando trabalharmos 
com sinais de frequências muito altas, no limite da capacidade de 
operação do osciloscópio
27
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Capítulo 3 - OSCILOSCÓPIO NA TV
Neste capítulo continuaremos a falar das aplicações do 
osciloscópio, entrando agora num terreno muito importante que é 
o seu uso na reparação e ajuste em televisores. 
Como se trata de assunto extenso teremos sua abordagem 
durante vários capítulos. 
Evidentemente, a utilização de um osciloscópio com 
recursos próprios para sinais de TV toma-se muito mais 
interessante, o que significa que osciloscópios próprios para 
trabalho com TV possuem algumas diferenças em relação aos 
osciloscópios de uso geral.
O OSCILOSCÓPIO PARA TV REPARAÇAO
Osciloscópios para serviços específicos em TV analógica 
antigos, possuem como importante recurso a possibilidade de 
sincronizar a imagem com o próprio sinal de vídeo, escolhendo-se 
o componente vertical de baixa frequência (quadro) como o 
componente horizontal (linha) para a observação de toda a 
imagem ou apenas de uma linha conforme desejado.
Na figura 25 temos a forma de onda típica de um sinal de 
TV.
Figura 25 – Sinal de vídeo da TV analógica
28
NEWTON C. BRAGA
Quando escolhemos o disparo na posição TV-V ou TV-
campo (Field), temos o aparecimento do sinal correspondente a 
uma tela completa ou um campo, conforme mostra a figura 26.
Figura 26 – Sinal correspondente a um campo
Dependendo da maneira como o sinal é retirado do 
televisor, ela pode estar com polarização positiva ou negativa, 
conforme mostra a figura 27, o que deve ser levado em conta na 
sua interpretação.
Figura 27 – Polarizações do sinal de vídeo
Por outro lado se escolhermos o disparo (T RIG) no modo 
TV-H ou TV-line (linha), teremos a observação do sinal 
correspondente a uma linha do sinal de vídeo, conforme mostra a 
figura 28.
29
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 28- Imagem do osciloscópio para o sinal de 1 linha
Alguns osciloscópios somente sincronizam o sinal de linha 
se o pulso for negativo, o que deve ser levado em conta na 
retirada do televisor da amostra para análise.
É importante observar que a retirada do sinal do circuito 
de um televisor para análise exige cuidados em vista da 
frequência envolvida e também da própria intensidade.
Fabricantes como o Hitachi ressaltam, por exemplo, que 
enquanto os circuitos convencionais de osciloscópios fazem a 
retirada direta do sinal de vídeo, com um circuito simples 
conforme mostra a figura 29, ou no máximo com um filtro RC, 
conforme mostra a mesma figura em (b), o que causam 
problemas de dificuldade de sincronização tanto pelo casamento 
de características como pelo corte de componentes de alta 
frequência (caso b), os seus circuitos são mais elaborados.
30
NEWTON C. BRAGA
Figura 29 – Maneira simples de obter o sinal de vídeo para sincronismo
 Na figura 30 temos o circuito usado pela Hitachi que 
separa os pulsos de sincronismo da componente de alta 
frequência, facilitando assim a obtenção de uma imagem estável.
Figura 30 – Circuito da Hitachi para sincronismo com TV
31
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
É importante observar que nos televisores encontramos 
basicamente 3 tipos de sinais:
Temos em primeiro lugar os sinais do setor de áudio, que 
são semelhantes ao de qualquer amplificador convencional e que 
já estudamos neste curso. 
Temos depois os sinais de altas frequências gerados no 
próprio aparelho que são dois osciladores de varredura e do 
próprio circuito receptor de alta frequência no seletor de canais 
como o conversor/misturador.
Finalmente temos os sinais que são recebidos pelo 
televisor a partir de uma estação e que são processados pelos 
circuitos. Nos televisores em cores temos circuitos adicionais que 
tanto operam com sinais recebidos como sinais gerados no 
próprio aparelho.
DE ONDE RETIRAR O SINAL
A maioria dos diagramas de televisores possui indicações 
das formas de ondas nos principais pontos com indicações que 
facilitam o técnico na descoberta de eventuais anormalidades.
Devemos alertar o leitor que na maioria dos televisores 
existe uma tolerância de mais ou menos 20% na amplitude dos 
sinais indicados, o que poderia levar o técnico menos experiente 
a pensar numa etapa com falta de ganho ou outro problema ao 
observar uma diferença desta ordem num sinal, conforme mostra 
a figura 31.
Figura 31 – Diferenças de amplitudes dos sinais
32
NEWTON C. BRAGA
Também é importante notar que nos manuais de serviço 
de muitos televisores estão previstos os procedimentos para 
ajuste e testes com saídas para o osciloscópio na própria placa de 
circuito impresso, o que facilita muito o trabalho do técnico.
Para os pulsos que aparecem em muitos pontos de um 
aparelho de TV também deve ser considerada uma tolerância com 
relação a forma e largura. Esta tolerância é exemplificada na 
figura 32, onde temos o valor indicado ou médio e os dois 
extremos de formas e valores que, no entanto, não significam 
que o aparelho tenha algum tipo de problema.
Figura 32 – Tolerâncias para larguras de pulsos
Um caso importante a ser considerado num televisor é que 
alguns sinais tem como exigência básica a linearidade. 
Isso é válido, por exemplo, para o sinal dente de deflexão. 
Uma variação desta linearidade provoca problemas de imagem 
como o mostrado na figura 33.
Figura 33 – Linearidade do sinal de sincronismo
33
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
A linearidade pode ser observada facilmente no 
osciloscópio e com uma régua podemos até medi-la. 
Ela deve estar em até 15% do permitido, para um 
funcionamento normal.
Para observar de formas de ondas nos diversos estágios, 
um osciloscópio até 20 MHz serve perfeitamente para a 
localização de falhas. Na observação dos pulsos é muito 
importante que o osciloscópio tenha uma boa resposta neste 
limite de frequência para que possamos constatar quaisquer 
deformações, sem o perigo de pensarmos que ela se deve antes 
ao circuito analisado quando na realidade está sendo provocada 
pelos circuitos amplificadores do próprio osciloscópio, conforme 
mostra a figura 34.
Figura 34 – Alteração naforma de um sinal
Pulsos de sincronismo são exemplos de ponto crítico na 
observação, já que eles podem sofrer este tipo de deformação no 
próprio osciloscópio se ele não estiver devidamente calibrado, ou 
apresentar alguma anormalidade de operação.
 Como o aparelho opera com banda lateral residual, 
ocorrem deformações no pulso logo ao ser detectado, após o que 
ele sofre uma série de integrações que o levam a forma original. 
A interpretação errônea destas fases intermediárias de 
processamento do pulso podem levar o técnico a deduzir que algo 
vai mal no televisor quando na realidade isso não ocorre.
Isso pode ocorrer quando o técnico não po5sui um 
diagrama com as formas de onda previstas e tenta ele mesmo 
deduzir o que encontrar.
34
NEWTON C. BRAGA
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
O exame das formas de onda e do comportamento dos 
circuitos dos televisores exige o emprego de alguns instrumentos 
adicionais importantes
O primeiro instrumento a ser considerado é o sweep 
generator ou gerador de varredura. 
Este aparelho se mostra de extrema utilidade na 
verificação de circuitos ressonantes não só de televisores, mas 
também de receptores em geral. 
O princípio de funcionamento deste aparelho é simples:
Trata-se de um gerador que varre continuamente uma 
faixa pré-determinada de frequências, conforme mostra a figura 
35. 
Figura 35 – O gerador de varredura – curva de sinais
Tipos antigos que usavam motores que faziam girar as 
placas de um capacitor variável o qual controlava a frequência de 
um circuito oscilador. 
Hoje contamos com técnicas mais avançadas que vão 
desde o uso de circuitos sintetizadores de frequência até simples 
varicaps.
Na figura 36 temos um exemplo do circuito que pode ser 
usado com a finalidade indicada.
35
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 37 – Circuito com varicap para gerar varredura
Aplicando um sinal de 60 Hz no varicap, a frequência do 
oscilador varia entre o valor máximo e o valor mínimo 60 vezes 
por segundo.
Como podemos usar o gerador de varredura para analisar 
um circuito ressonante?
Vamos supor que desejamos ajustar uma etapa de FI de 
um receptor de rádio (ou mesmo de TV). 
Para isso centralizamos a frequência do gerador de 
varredura no valor que corresponda a etapa de FI, por exemplo 
455 kHz. 
O gerador ao mesmo tempo alimenta o circuito ressonante 
e fornece o sinal de sincronismo para o osciloscópio. 
Este sinal de sincronismo corresponde justamente a 
frequência de 60 Hz com que a frequência gerada (455 kHz) varia 
entre os dois extremos da faixa ajustada (por exemplo entre 400 
e 500 kHz), conforme sugere a figura 38.
36
NEWTON C. BRAGA
Figura 38 – Analisando um circuito ressonante com o gerador de varredura
Quando ligamos este circuito, a frequência do sweep 
começa a correr entre os dois extremos ajustados, por exemplo, 
partindo de 400 kHz. 
 A medida de frequência aumenta, o circuito ressonante 
vai responder a este sinal, e conforme nos aproxima mos da 
frequência de ressonância a tensão nos extremos do circuito 
ressonante aumenta.
Com a variação da frequência aplicada podemos ver na 
tela do osciloscópio exatamente a resposta do circuito. 
 Na medida em que nos aproximamos da frequência 
superior ajustada no sweep, a resposta cai.
A varredura da faixa é feita 60 vezes por segundo o que 
significa a obtenção de uma imagem contínua que facilita a 
observação do que ocorre.
Na figura 39 mostramos um modo de se utilizar o Gerador 
de Varredura para verificar a resposta de frequência de ajuste de 
uma etapa de FI de um televisor.
37
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 39 – Ajustando uma etapa de FI de um televisor analógico antigo
O gerador de varredura e ajustado para produzir um sinal 
na faixa de 38 a 48 MHz.
A saída do gerador é ligada à entrada da etapa 
misturadora de FI do televisor, enquanto que o sinal de varredura 
de 60 Hz é ligado na entrada de sincronismo externo do 
osciloscópio (o qual deve estar chaveado para esta função).
Ajustamos tanto o ganho horizontal como o vertical do 
osciloscópio para obter uma imagem estável. A saída do sinal 
para a entrada vertical é tirada depois do detector de vídeo.
Na figura 40 temos o aspecto de uma curva de resposta 
normal de uma etapa de FI.
38
NEWTON C. BRAGA
Figura 40 – Curva de resposta de uma etapa de FI
Juntamente com o sinal de varredura são também 
aplicados sinais de marcação (marker) que também servem de 
verificação do funcionamento 'da etapa. 
Lembramos que a maior parte do ganho de um televisor e 
seletividade depende do correto funcionamento das etapas de FI. 
De modo que anormalidades nesta etapa levam a problemas 
graves de reprodução de imagem.
Na prova feita acima deve ser aplicada uma tensão de 
polarização ao CAG de modo a se estabilizar o ganho das etapas 
de FI e com isso ser evitada a distorção da imagem.
Veja que as curvas de resposta devem ser semelhantes 
tanto com televisores monocromáticos como em cores, com a 
única diferença de que a largura de faixa para os televisores P&B 
é mais estreita. 
Devemos ainda observar que a frequência do oscilador 
local opera acima do canal sintonizado, isto é, somando-se a 
frequência de FI e que se esta frequência estiver incorreta por um 
desalinhamento do receptor, pode haver uma falsa indicação de 
distorção da imagem do canal de vídeo observada no 
osciloscópio.
Na figura 41 temos algumas formas de ondas obtidas num 
televisor Sanyo (Modelo 4801) na calibração das etapas de FI de 
vídeo.
39
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 41 – Formas de onda de um televisor comercial antigo
Estas formas de onda são obtidas com o gerador de 
varredura ajustada para frequências entre 40 e 50 MHz, e o 
marcador na posição "interna".
O modo de se fazer a ligação dos diversos instrumentos ao 
televisor são mostradas na figura 42.
40
NEWTON C. BRAGA
Figura 42 – Arranjo para observar os sinais no osciloscópio
Observe a inclusão de um capacitor de 5 nF entre os 
pontos TP-lC e 1D e a ligação em série de um resistor de 10 k 
ohms com a ponta de prova do osciloscópio.
O fabricante, para análise de tais sinais indica uma caixa 
de acoplamento ao osciloscópio que é dada neste diagrama.
Os diversos procedimentos para ajustes que incluem 
frequências de marcas que dependem do que se visa ajustar, 
além das formas de onda e componentes, são mostrados 
41
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
detalhadamente no manual deste televisor, facilitando assim em 
muito o trabalho do técnico. 
A última curva (d) da figura 42 é justamente a verificação 
da resposta de frequência das etapas de RF e FI do televisor.
O gerador de varredura é ligado aos terminais da antena a 
faixa de VHF por meio de uma caixa atenuadora de 75 ohms.
O sintonizador é desligado e uma fonte de polarização de 
RF é necessária para verificar a sintonia do gerador de varredura 
para cada canal.
No procedimento verifica-se as marcas de imagem e som 
dos canais 2 ao 13.
O botão da sintonia fina deve ser usado. 
CONCLUSÃO
Neste capítulo tivemos apenas uma pequena amostra de 
como o osciloscópio pode ser útil em certos ajustes e verificação 
em televisores.
Conforme podemos perceber, o assunto é extenso, e 
supomos que os leitores conheçam os princípios de 
funcionamento dos televisores, pois não podemos dedicar o nosso 
espaço a sua análise.
Novas utilizações do osciloscópio no televisor, com alguns 
procedimentos interessantes serão vistos na próxima lição de 
nosso curso. 
42
NEWTON C. BRAGA
Capítulo 4
No capítulo anterior vimos a utilização do osciloscópio 
juntamente com o gerador devarredura na análise e ajuste de 
circuitos ressonantes ou amplificadores com uma certa faixa de 
operação como, por exemplo, as etapas de alta frequência 
intermediária de televisores e rádios. 
Os geradores de varredura incluem em sua maioria um 
recurso muito importante de que não falamos ainda; que é o 
gerador de marcas.
OSCILOSCÔPIO NA TV (II)
O assunto desta lição continua sendo o gerador de 
varredura, o televisor e ainda mais o gerador de marcas que será 
o assunto inicial desta lição, onde falaremos de seu princípio de 
funcionamento e de sua utilização. 
Alguns procedimentos práticos na análise de formas de 
onda em televisores também serão dados nesta lição servindo de 
apoio para o trabalho do técnico reparador e evidentemente dos 
demais leitores.
O GERADOR DE MARCAS
Estudamos na lição anterior que o gerador de varredura 
produz sinais que se distribuem numa determinada faixa, a 
justada de acordo com o tipo de trabalho realizado, e que serve 
para verificar a resposta de frequência de um circuito, conforme 
sugere a figura 43.
43
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 43 – Analisando um espectro de frequências
Na figura temos a resposta típica de um circuito de FI de 
vídeo por onde o técnico pode se basear para a realização de 
ajustes ou a própria detecção de falhas.
Dentro desta figura, que corresponde à faixa passante do 
circuito existem frequências importantes que precisam ser 
observadas com mais cuidados e cujos sinais precisam ter níveis 
muito bem estabelecidos.
Entretanto, a visualização da frequência específica que se 
deseja ajustar, dentro de um espectro de uma boa largura não 
pode ser feita com facilidade a não ser que haja um meio de a 
identificarmos.
O que se faz na prática é gerar juntamente com o sinal de 
varredura um sinal na frequência desejada de ajuste, ou seja, 
uma "marca" que no momento em que é aplicado no osciloscópio, 
produz um batimento com o próprio sinal de varredura e se 
sobressai na tela na forma de um pequeno vazio, ou ainda, um 
ponto no local correspondente.
Na figura 44 mostramos o princípio de funcionamento do 
gerador de marcas.
44
NEWTON C. BRAGA
Figura 44 – O gerador de marcas
Juntamente com o sinal de 40 a 50 MHz que corresponde 
ao canal de vídeo a ser analisado, podemos gerar uma marca na 
frequência de 41,25 MHz para ajustar o funcionamento do "trap" 
(armadilha) de um televisor.
O sistema indicado de sobrepor um sinal na frequência 
desejada ao sinal do gerador de varredura tem alguns 
inconvenientes.
Um deles, por exemplo, é que a amplitude das marcas 
varia sensivelmente devido às oscilações de fase, e o resultado é 
que temos uma certa dificuldade na observação na tela do 
osciloscópio.
Outro problema é que, para se obter uma boa visualização 
da marca, o sinal precisa ter uma amplitude algo elevada, o que 
em alguns casos significa o perigo de sobrecarregar o circuito em 
análise alterando-se, por exemplo, a forma da curva de resposta.
Temos ainda o fato de que no ajuste de armadilhas (traps) 
o sinal da marca é justamente absorvido pelo circuito e por isso 
não aparece com facilidade na tela do osciloscópio.
Finalmente devemos considerar que o circuito gerador de 
marcas deste tipo gera harmônicas que podem produzir marcas 
adicionais no sinal, dificultando assim a identificação do sinal 
fundamental.
Outro modo de gerar uma marca numa certa frequência do 
sinal de varredura é por "absorção". 
Neste sistema, o sinal na frequência que se deseja marcar 
é absorvido pelo circuito de modo que temos uma queda sensível 
45
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
da intensidade do sinal de varredura neste ponto, produzindo 
uma espécie de "V" no traço, conforme indica a figura 45.
Figura 45 – Marca por absorção
Normalmente o processo é conseguido por um circuito em 
blocos como o indicado pela figura 46.
Figura 46 – Circuito do gerador de marcas por absorção em blocos
Na frequência em que se deseja marcar, o sinal é 
detectado e por um processo de realimentação ele interrompe por 
um instante (que determina a largura da marca) a operação do 
oscilador.
Este processo também tem alguns inconvenientes como:
46
NEWTON C. BRAGA
Se no televisor ou circuito analisado existem osciladores 
ou sistemas de realimentação na frequência da marca eles podem 
fazer com que estas marcas desapareçam.
Num circuito muito seletivo, as marcas podem desaparecer 
completamente.
O terceiro processo que veremos a seguir é muito mais 
eficiente não causando os mesmos problemas dos anteriores. 
Com o processo de injeção de marcação (Marker Adder) as 
marcas são visíveis tanto na própria curva como também na linha 
de referência de base, conforme mostra a figura 47.
Figura 47 – Imagem obtida num osciloscópio pelo processo de injeção
Este processo também permite que a marca seja visível no 
ajuste de filtros armadilha quando o sinal seria bloqueado e não 
apareceria. 
 Com este sistema, o sinal de marca é injetado tanto no 
sinal gerado como também uma parte vai ao gerador de 
varredura de modo que ele aparece no sinal de referência. 
 Como o sinal está presente na varredura, mesmo que o 
circuito em ajuste seja desligado, por exemplo, um televisor para 
o ajuste da FI, o sinal de marca contínua aparecendo, o que é 
interessante para a realização do ajuste de sua frequência.
Na lição anterior demos algumas formas de onda 
encontradas num televisor comercial, mostrando que existem 
certas frequências dentro das etapas de vídeo cujas intensidades 
precisam ser ajustadas com precisão.
O gerador de varredura juntamente com a produção de 
marcas deve ser usado neste ajuste. 
Vejamos quais são os procedimentos práticos para esta 
finalidade.
47
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
AJUSTE EM TELEVISORES
Para o ajuste devem ser usados os circuitos de 
acoplamento da lição anterior. 
O televisor tomado como referência para estes ajustes é o 
Sanyo CTP 4801 chassi série TC.
Inicialmente vamos ajustar o trap de 4,5 MHz e o estágio 
de saída de FI de vídeo.
O diagrama parcial dos estágios que serão ajustados, para 
identificação dos componentes é mostrado na figura 48.
Figura 48 – Diagrama parcial do televisor
- Ajuste do trap 
O gerador de marcas deve ser ajustado na frequência de 
41,25 MHz enquanto que o gerador de varredura deve ser 
sintonizado para varrer a faixa de 40 a 50 MHz.
O seletor deve ser colocado no canal 3, e a chave AFF 
deverá estar na posição manual. 
A chave normal-serviço deve estar na posição "serviço". 
48
NEWTON C. BRAGA
Um sinal de +24 V deve ser aplicado ao pino 8 do conector 
AA na placa de sinal e croma. 
Uma tensão de polarização de +5,8 V deve ser usada para 
polarizar a FI no ponto TP-IA na placa de sinal e croma e uma 
tensão de -2,0 V deve ser usada para a polarização do CAG do 
seletor.
Inicialmente ajusta-se T105 para que haja a mínima 
resposta em 41,25 MHZ (atuação máxima do trap). 
Na figura 49 mostramos a forma de sinal visualizada no 
osciloscópio.
Figura 49 – Visualização do sinal no osciloscópio
A ligação do gerador de varredura, do osciloscópio e do 
televisor para este ajuste é mostrada na figura 50.
Para ajustar o estágio de saída, inicialmente colocamos o 
gerador de marcas em 41,25 MHz e ajustamos T104 pelo núcleo 
superior. Ajustamos em seguida VR103 para a mínima resposta 
em 41,25 MHz. Passamos o gerador de marcas para 42,17 MHz e 
depois ajustamos o núcleo inferior e superior de T104 para obter 
a forma de onda indicada.
Finalmente, com o gerador de marcas em 45,75 MHz, 
ajustamos novamente o núcleo inferior de T104 para obter os 
níveis da figura já indicada.
49
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 50 – ligação do gerador e do osciloscópiopara o ajuste
ANÁLISE DO SINAL DE VÍDEO
Sem a necessidade de um gerador de varredura/marcas, o 
osciloscópio pode ser utilizado para analisar os sinais de vídeo das 
etapas de Fl, facilitando a detecção de falhas. 
Conforme já salientamos muitos diagramas já apresentam 
as formas de onda que devem ser encontradas facilitando assim o 
trabalho do técnico reparador.
O sinal tomado como referência pode ser disponível tanto 
de um canal local como de um gerador de barras coloridas, se 
bem que este último caso seja preferível dada sua estabilidade e 
também ao fato de conhecermos seu nível de saída. O 
osciloscópio deve ser conectado ao televisor com uma ponta 
demoduladora.
Nos televisores transistorizados os pontos chaves serão as 
bases e os coletores dos transistores. 
Nos circuitos valvulados serão as grades quantidades de 
controle e anodos das válvulas.
Para os televisores dotados de circuitos integrados, as 
entradas e saídas dos sinais acessíveis e que serão tomadas 
50
NEWTON C. BRAGA
como referência. Os diagramas podem servir de orientação para 
estes casos. 
Tomamos como exemplo o televisor Philco TV-389 que é 
bastante comum e cujo diagrama parcial, contendo as etapas de 
FI de vídeo, é mostrado na figura 51.
Figura 51 – Televisor tomado como exemplo
Este circuito funciona da seguinte maneira:
O circuito amplificador de FI recebe o sinal de vídeo do 
seletor de canais já numa faixa de frequências com 6 MHz de 
largura e que contém as seguintes frequências;
41,25 MHz - FI de som
42,17 MHz - FI de croma
45,75 MHZ - FI de vídeo
Através de um cabo coaxial com capacitância controlada o 
sinal é aplicado a base de T201 via C208 (amplificador de RF).
Os sinais amplificados por T201 aparecem em seu coletor 
e são aplicados em L202 (primeira FI) que sintoniza toda a faixa 
de frequências. Depois, via C207 os sinais são levados a L203 
51
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
(segunda FI) que novamente deixa passar toda a faixa. Após esta 
segunda sintonia os sinais passam por uma armadilha de 47,25 
MHz que é formada por L207, C218 e C219, e por uma armadilha 
(trap) de 39,75 MHz que corresponde à aos componentes L204, 
C215 e C216, e um circuito atenuador de 41,25 MHz que 
corresponde à FI de som.
Este circuito é formado por L205 e C220.
Passando por um C221 os sinais são aplicados em L208 
que faz a sintonia dos sinais e os aplica aos pinos 1 e 16 do 
circuito integrado C1202.
A função de C1202 é de amplificador de FI de vídeo, e este 
integrado contém os estágios do controle automático de ganho 
(chave, compensador térmico e retardo para o seletor).
Os pulsos negativos de 15 750 kHz que provém de PT 403 
no flyback são levados ao pino 7 do circuito integrado C1202 
através de R449 e C232 de modo a haver o acionamento da 
chave do CAG.
No pino 10 do circuito integrado temos o sinal de vídeo 
negativo que serve como referência para a obtenção da tensão do 
CAG.
A intensidade do sinal que chega ao pino 10 do CI é 
ajustada com a ajuda de P202. 
Este componente está ligado ao pino 6 do circuito 
integrado do CI202.
No pino 4 do C1202 encontramos um circuito RC (R213 e 
C228) cuja finalidade é atuar como filtro de tensão do CAG.
Entre os pinos 2 e 15 há um desacoplamento DC por meio 
de C227 a tensão de retardo do CAG que sai pelo pino 5 é levada 
ao diodo de retardo D201 via R213-A, havendo a filtragem feita 
por C229.
No pino 13 do CI, via L206 aplica-se a tensão de 
polarização B6 que evita a introdução de RF via linha de 
alimentação DC. 
As formas de onda que damos a seguir foram obtidas com 
um sinal de barras coloridas para produção de uma imagem 
normal.
Na figura 52 temos a forma de onda obtida no ponto 10 
que corresponde ao pino 12 do CI202.
52
NEWTON C. BRAGA
Figura 52 – Forma de onda no ponto 10
O sinal obtido corresponde á componente de som. 
Para calibração de TR301 e L301 deve ser ligado um 
capacitor de 10 nF entre o pino 12 e a massa, e deve ser injetado 
um sinal de 4,5 MHz modulado em frequência com 400 Hz no 
ponto PT-301.
Na figura 53 temos a forma de sinal obtido no ponto 11 do 
diagrama.
Figura 53 – Forma de onda no ponto 11
O sinal deste ponto corresponde à FI de vídeo e é usado 
para a calibração deste estágio com atuação sobre o núcleo de 
L204. 
O osciloscópio deve ser ligado neste ponto através de um 
resistor de 10 kg na entrada do circuito injeta-se um sinal de 
39,75 MHz modulado em 400 Hz (50%).
Na figura 54 temos a forma de onda no ponto 13 do 
circuito.
53
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 54 – Forma de onda no ponto 13
Na figura 55 temos a forma de onda obtida no ponto 16 do 
diagrama.
Figura 55 – Forma de onda no ponto 16
Este sinal permite ajustar o "trap" de 4,5 MHz, se bem que 
este ajuste também possa ser feito somente com base na 
imagem gerada por um gerador de barras coloridas e som.
CONCLUSÃO
Como os leitores devem ter percebido o gerador de 
varredura e marcas e um complemento importante do 
osciloscópio no trabalho com televisor. 
No entanto, existem também muitos ajustes que podem 
ser feitos tornando-se como base um gerador de sinais ou ainda 
um gerador de barras ou aproveitando-se os próprios sinais 
emitidos pelas estações.
54
NEWTON C. BRAGA
Capítulo 5
No último capítulo analisamos o funcionamento do gerador 
de marcas que seguiu ao estudo do gerador de varredura, dois 
importantes equipamentos usados em conjunto com o 
osciloscópio no trabalho de análise de televisores. 
Continuamos nossas explicações sobre o osciloscópio, 
passando a verificar formas de onda em outras etapas de um 
televisor.
Depois de analisarmos as etapas de FI de áudio e vídeo, 
passamos agora as etapas de sincronismo. 
Os dois tipos de sincronismo, horizontal e vertical, 
encontrados nos televisores podem ser visualizados, desde a 
formação de seus pulsos, por meio do osciloscópio possibilitando 
assim a fácil localização de falhas.
OSCILOSCÓPIO NA TV (III)
Nesta lição abordamos os circuitos básicos 
transistorizados, mas os mesmos raciocínios são válidos para 
circuitos mais complexos ou que façam uso de circuitos 
integrados.
O SEPARADOR DE SINCRONISMO
Após a separação dos sinais de vídeo e áudio no final da 
etapa de FI de um televisor, temos de obter os sinais de 
sincronismo tanto vertical como horizontal. 
Na figura 56 mostramos onde estes sinais estão 
localizados dentro do sinal mais amplo de vídeo.
55
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 56 – Os sinais de sincronismo dentro do sinal de vídeo
Este circuito consiste num filtro que separa os sinais de 
baixa frequência de 60 Hz dos sinais de alta frequência de 15 750 
Hz da varredura horizontal.
Estes sinais servem para controlar os respectivos circuitos 
de deflexão.
Na entrada do circuito separador de sincronismo, devemos 
visualizar a forma de onda que contém as duas componentes 
(vertical e horizontal). 
No circuito indicado, a amplitude em cima do sinal é de 4,5 
V o que permite utilizar uma escala de sensibilidade 
relativamente baixa do osciloscópio na análise. 
Na figura 57 temos as formas de onda visualizadas no 
circuito tomado como exemplo.
Figura 57 – Formas de onda no circuito tomado como exemplo
56
NEWTON C. BRAGA
A maioria dos diagramas de televisores fornecem estas 
formas de onda o que facilita bastante o trabalho do técnico 
reparador. 
A ausência de sinais ou mesmo a deformação do sinal 
neste ponto indica que devemos verificar as etapas anteriores.
Após o transistor já temos a separação dos dois sinais com 
as formas de onda indicada na figura 58.
Figura 58 – Os pulsos de sincronismo separados
O componente horizontal de 15750 Hz vai para as etapas 
de deflexão horizontal que a componente de 60 Hz para as etapas 
verticais.
Dada a operação com sinais de relativamente baixa 
frequência e pequena intensidade os ajustes e recursos usados no 
osciloscópio não são difíceis.
Na figura 59 mostramos como fazer estes ajustes para as 
medidas e visualizações das formas de onda indicadas.
57
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 59 – Ajustes para visualização do sinal
A garra de terra é ligada ao negativo da fonte e a ponta é 
ligada aos pontos onde desejamos visualizar a forma de onda. 
A varredura do osciloscópio deve ser ajustada para uma 
base de 0,5 a 1 ms que permita a observação em pormenores 
das frequências indicadas. Para o sinal de 60 Hz é interessante 
usar a varredura de 20 ms.
Evidentemente se o osciloscópio tiver o disparo interno 
próprio para operação com TV, conforme já vimos é um recurso 
encontrado nos tipos indicados aos reparadores, estas funções 
devem ser usadas.
Os sinais destas etapas devem excitar as seguintes de 
maneira apropriada sem o que não teremos sincronismo ou 
mesmo deflexão conforme o caso.
Analisamos as etapas separadamente:
a) Deflexão horizontal
Na figura 60 temos um circuito típico de um televisor 
transistorizado de etapa de saída horizontal.
58
NEWTON C. BRAGA
Figura 60 – Etapa de saída horizontal
A primeira etapa é um oscilador gatilhado, ou seja, um 
oscilador que opera sincronizado com o sinal do separador, de 
modo a haver coincidência das linhas obtidas na transmissão com 
as linhas que devem ser reproduzidas em posição. 
As formas de onda nos diversos pontos da primeira etapa 
são mostrados na figura 61.
O sinal obtido não é muito agudo e de intensidade 
relativamente pequena podendo ser facilmente visualizado no 
osciloscópio. 
Uma deformação neste sinal ou perda de intensidade 
devido a problemas na etapa pode significar a perda do 
sincronismo horizontal, conforme sugere a figura 62.
59
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 61 – Formas de onda nos diversos pontos
Figura 62 – Deformação do sinal
Os pulsos de sincronismo horizontal obtidos nesta etapa 
passam por um segundo circuito que modifica sua forma, 
tornando-os mais agudos, conforme mostra a figura 63.
60
NEWTON C. BRAGA
Figura 63 – Circuito que altera os pulsos de sincronismo tornando-os mais 
agudos 
Finalmente temos a etapa de impulsão do sinal que deve 
excitar a saída horizontal. 
Estas etapas, driver e saída são mostradas na figura 64.
Figura 64 – Etapa impulsora e driver
O diagrama tomado como exemplo é tradicional usando 
transistores comuns.
61
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Existem aparelhos em que as diversas etapas podem estar 
contidas num único chip, ficando apenas as funções de potência 
com transistores.
Temos também o caso em que até as funções de potência 
já estão incluída no chip, o que pode dificultar o acesso a diversos 
pontos onde seja interessante observar as formas de onda.
O importante é que na saída horizontal teremos pulsos 
agudos de grande intensidade. 
No nosso circuito, a amplitude destes pulsos chega aos 
500 volts, conforme mostra a figura 65.
Figura 65 – Pulsos de alta tensão na saída do transistor
Para visualização destes pulsos o técnico deve tomar 
cuidado escolhendo a faixa apropriada de sensibilidade, de modo 
a não ter problemas de sobrecarga dos circuitos de entrada de 
seu aparelho.
A visualização dos pulsos de saída horizontal permite 
realizar um bom diagnóstico de problemas neste circuito. 
Vejamos como proceder a análise de defeitos tomando por 
base as formas de onda nesta etapa:
A amplitude do sinal obtido nesta etapa determina a 
largura da imagem, pois influi diretamente na deflexão. 
Na figura 66 temos um oscilograma que mostra a condição 
em que o sinal está normal e que tem amplitude insuficiente ou 
deformação que causa falta de largura (estreitamento) da 
imagem.
62
NEWTON C. BRAGA
Figura 66 – Pulsos com amplitude insuficiente causam o fechamento da 
imagem
Se o capacitor na base do transistor Q18 apresentar um 
problema de abertura, por exemplo, a forma de onda poderá ser 
alterada no ponto indicado na figura 67.
Figura 67 – Alteração causada por problemas no capacitor
63
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Na figura 68 temos o padrão normal e a deformação que 
ocorre por problemas no capacitor.
Figura 69 – Sinal normal e deformado
Modificações na amplitude e formas de ondas dos sinais 
das diversas etapas indicam problemas com os componentes os 
quais devem ser verificados pelos meios tradicionais. 
Uma vez acompanhadas as formas de onda até a etapa 
em que a anormalidade aparece, usamos o multímetro 
inicialmente para medir tensões nos elementos ativos (válvulas e 
transistores). A partir dessas medidas chegamos então aos 
componentes que apresentam problemas. 
 E importante observar que nesta etapa encontramos o 
setor de Muito Alta Tensão (MAT) do televisor, onde a análise das 
formas de onda com o osciloscópio deve ser feita somente se 
dispusermos de ponta especial. 
Como em geral, os problemas podem ser observados por 
outros meios, o osciloscópio não é tão usado após o 
transformador de saída horizontal (flyback).
b) Deflexão vertical
Na figura 70 temos um circuito típico de etapa de 
processamento vertical de sinal em um televisor transistorizado. 
64
NEWTON C. BRAGA
Figura 70 – Etapa de deflexão vertical
Esta etapa tem por elemento final o Yoke que é uma 
bobina de deflexão. 
Esta bobina cria o campo magnético que deflexiona o feixe 
de elétrons no sentido de abrir a imagem no sentido vertical.
A forma de onda do sinal nesta bobina determina a 
linearidade da imagem e a sua amplitude determina a altura, 
conforme sugere a figura 71.
Figura 71 – Sinal no Yoke
Analisamos o funcionamento das etapas do televisor que 
tomamos como exemplo, lembramos que em muitos aparelhos 
65
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
modernos estas funções são disponíveis num único circuito 
integrado ou mesmo em poucos integrados.
A primeira etapa também consiste num oscilador 
gatilhado, normalmente sendo usado um multivibrador astável 
onde o disparo externo é ajustado por meio de um potenciômetro 
que deriva parte do sinal de sincronismo, do separador de 
sincronismo. As formas de onda deste oscilador são mostradas na 
figura 72.
Figura 72 – O oscilador gatilhado
Como necessitamos de um sinal dente-de-serra para a 
deflexão, podemos retirá-lo do emissor do transistor, conforme 
mostra o diagrama.
Veja que as alterações nos componentes deste circuito 
podem afetar tanto a amplitude da antena como a forma de onda 
o que será facilmente visualizada no osciloscópio.
Uma deformação afeta a linearidade vertical, conforme 
mostra a figura 73 e uma alteração na amplitude pode modificar 
a altura da imagem.
66
NEWTON C. BRAGA
Figura 73 – Perda da altura pela deformação e perda da amplitude do sinal 
vertical 
O sinal obtido nesta etapa precisa ser linearizado ao 
máximo nas etapas seguintes que também aumentam sua 
intensidade a ponto dele poder excitar a bobina defletora (yoke). 
Um tipo importante de circuito de saída vertical a ser considerado 
é o mostrado na figura 74 que não usa transformador.
Seu princípio de funcionamento é o mesmo das etapas de 
saída em simetria complementar usada em amplificadores de 
áudio.
Da mesma forma que anormalidade de funcionamento da 
etapa de áudio produz distorções do som, uma anormalidade 
desta etapa produz distorções na imagem.
Por exemplo, se um do transformador de saída apresentar 
problemas, abrindo,temos o preenchimento de apenas metade 
da tela, (figura 75).
Se um dos diodos de polarização da etapa entrar em curto 
temos uma distorção que influi na imagem. 
O osciloscópio permite visualizar as deformações das 
formas de onda, tomando-se por base sempre o que é 
apresentado no diagrama original do fabricante.
O importante para o técnico que usa o osciloscópio é saber 
interpretar as formas de ondas obtidas comparando-as com as 
originais. 
67
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 74 – Saída vertical sem transformador
Figura 75 – Problema que causa corte da imagem
Para isso damos algumas informações importantes sobre 
estas interpretações:
- Amplitude menor que a esperada, porém forma de 
onda mantida. 
68
NEWTON C. BRAGA
Neste caso podemos suspeitar debaixo ganho de 
componentes, ou ainda problemas de tensão de alimentação da 
etapa mais baixa que a normal. 
Verifique o ganho de transistores e meça as tensões no 
circuito. 
Verifique também se a intensidade do sinal. na entrada do 
circuito é suficiente para sua excitação. 
O problema pode vir da etapa anterior.
- Amplitude menor e distorção do sinal 
Devemos verificar os componentes de polarização, 
medindo as tensões nos diversos componentes da etapa. 
Também devemos suspeitar de capacitores com fugas ou 
com valores alterados.
- Amplitude mantida em sinal distorcido
Este problema pode ser causado por espiras em curto em 
bobinas, capacitores alterados ou com fugas. 
Capacitores abertos no circuito de desacoplamento ou 
mesmo filtragem podem alertar as formas de onda num circuito.
- Ausência de sinal
Componentes em curto ou totalmente abertos podem 
impedir a passagem do sinal uma etapa. 
Um transistor em curto ou um capacitor aberto causam 
estes problemas. 
Medidas de tensão detectam problemas com transistores, 
mas no caso de capacitores devemos verificar a presença do sinal 
antes e depois do capacitor.
CONCLUSÃO
Conforme pudemos perceber nos capítulos em que 
tratamos do uso do osciloscópio na reparação, ele se comporta 
como um "seguidor de sinais" sofisticado.
Acompanhado os sinais etapa por etapa podemos 
comparar formas de onda e intensidades segundo um padrão 
original ditado pelo fabricante. 
69
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
No entanto, mais do que no caso de um seguidor de áudio 
em que a avaliação do estado dos circuitos é mais difícil pois só 
temos indicações de distorção, ausência do sinal ou presença de 
sinal, no caso do osciloscópio, podemos extrair muitas 
informações adicionais, (figura 76). 
Figura 76 – Informações extraídas de um sinal
Com o osciloscópio, pelo tipo de deformação apresentada 
por uma forma de onda, podemos chegar ao componente 
defeituoso, o que representa algo mais. 
No entanto, é preciso saber interpretar as deformações. 
Conforme já estudamos nas lições em que tratamos dos 
amplificadores de áudio, como as configurações se repetem, 
deformações podem ser analisadas nos mesmos termos.
Assim, capacitores alterados causam modificações num 
sinal retangular conforme mostra a figura 77.
Figura 77 – Deformações causadas por capacitores co problemas
Na mesma figura mostramos as alterações que um 
capacitor alterado causa num sinal triangular. 
70
NEWTON C. BRAGA
Veja que o estudo do que ocorre com um sinal de sua 
forma de onda pode ser feito com base no que conhecemos de 
eletrônica fundamental.
Na próxima lição continuaremos a tratar do uso do 
osciloscópio em outros aparelhos como por exemplos os 
gravadores de vídeo e câmeras que em muitos aspectos possuem 
semelhança com os televisores. 
71
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Capítulo 6
Nos últimos capítulos estudamos a utilização do 
osciloscópio na análise das formas de onda dos circuitos de 
televisores. 
Evidentemente o assunto é por demais extenso para que 
se possa pensar numa abordagem completa neste curso. 
Assim, sugerimos que os leitores procurem estudar as 
técnicas de recepção de TV, reciclando seus conhecimentos, mas 
com ênfase nas formas de onda que devem aparecer em cada 
ponto do circuito. 
Desta forma, usando os conhecimentos básicos da 
utilização do osciloscópio ficará muito mais fácil fazer a reparação 
ou ajuste de qualquer aparelho. 
VIDEOCASSETES ANALISADOS COM O 
OSCILOSCOPIO
Nesta lição trataremos de um equipamento que tem 
muitas etapas em comum com os televisores e que portanto 
também pode ser analisado com um osciloscópio. 
Muitas das etapas de um videocassete são semelhantes 
aquelas encontradas nos televisores e por isso podem ser 
analisadas da mesma forma.
No entanto, as diferenças que existem também são 
possíveis de uma análise de formas de ondas e aí entra em ação 
novamente o osciloscópio. 
Das etapas diferentes é que trataremos basicamente nesta 
e na lição seguinte.
1. SETOR DE ÁUDIO
Nos videocassetes comuns existe um tambor giratório, 
onde são fixadas as cabeças que gravam os sinais 
transversalmente. 
72
NEWTON C. BRAGA
Isso é necessário porque se necessitando de uma 
velocidade muito maior, com o percurso transversal consegue-se 
um' aproveitamento maior da fita com uma velocidade real 
menor. 
A ampla faixa de frequências de vídeo exige que isso seja 
feito.
Nos sistemas de duas cabeças, entretanto, temos uma 
diferença de processo em relação aos sinais de áudio.
Nos videocassetes de duas cabeças o sinal de áudio é 
gravado separadamente numa pista linear conforme mostra a 
figura 78.
Figura 78 – Modo como o sinal é gravado numa fita
Desta forma, as a duas cabeças giratórias são usadas para 
a leitura apenas dos sinais de vídeo, ficando a leitora dos sinais 
de áudio por conta de cabeças fixas que operam como num 
gravador cassete de áudio convencional.
O resultado prático é que os circuitos de gravação e leitura 
de áudio destes gravadores são muito semelhantes aos usados 
nos cassetes de áudio convencionais com uma estrutura em 
blocos mostrada na figura 79.
73
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Figura 79 – Setor de áudio de um videocassete em blocos
Para o sistema VHS de 1 pista a sua largura é de 1 mm e 
para duas pistas (estéreo), cada qual tem 0,35 mm. 
Neste sistema, quando ocorre a reprodução de um sinal de 
áudio encontramos nos diversos pontos do circuito sinais de 
baixas frequências de onda correspondentes aos sons que são 
gravados.
Uma fita de gravação com um sinal de áudio de 1 kHz, por 
exemplo pode servir de base para o teste das cabeças de 
gravação deste tipo de aparelho e de todo o circuito.
Deformações de sinais e outros problemas são muito 
semelhantes aos constatados nos gravadores comuns. 
Basta que o leitor tenha um diagrama do aparelho para 
que facilmente possam ser identificados os pontos em que os 
sinais estão presentes.
Na função de gravar, além dos sinais que devem vir do 
circuito externo (televisor, câmera pelo microfone ou ainda de um 
seletor e etapas de áudio do próprio aparelho), temos de 
considerar a presença do sinal de apagamento.
A finalidade do apagamento é dar uma pré-orientação aos 
imãs elementares da fita de modo que a gravação seja uniforme, 
conforme sugere a figura 80.
74
NEWTON C. BRAGA
Figura 80 – O apagamento
O circuito de apagamento dos gravadores videocassete 
comum gera sinais tanto para o apagamento de vídeo como o de 
áudio. Este circuito consiste num oscilador que gera uma 
frequência entre 40 e 670 MHZ, conforme mostra um exemplo 
prático na figura 81.
Figura 81 – O oscilador de apagamento
A verificação deste tipo de circuito com o osciloscópio é 
simples já que sabemos que o sinal deve estar nesta faixa de 
frequênciase deve aparecer nas cabeças de apagamento tanto do 
setor de áudio como de vídeo.
75
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
Na figura 82 temos o modo de utilizar o osciloscópio na 
visualização destes sinais num videocassete comum.
Figura 82 – Usando o osciloscópio
O videocassete de duas cabeças deve estar na posição 
REC e como temos baixas frequências, tanto a base de tempo 
como a sensibilidade deve ser ajustada para este tipo de 
observação.
Uma fita padrão deve ser usada para se obter o sinal de 
prova, funcionando assim como um injetor de sinais.
Nos gravadores mais modernos adota-se, entretanto, uma 
solução que desde 1983 permite a obtenção de maior fidelidade 
de gravação. 
Este processo consiste na transformação dos sinais de 
áudio em sinais em frequências (FM), uma alta frequência e são 
registrados junto com o sinal de vídeo transversalmente na fita.
Desta forma existem cabeças de vídeo e de áudio 
operando transversalmente. 
Na figura 83 temos as posições relativas destas cabeças 
para o sistema VHS. 
76
NEWTON C. BRAGA
Figura 83 – Cabeças de áudio transversais
Os ângulos são diferentes para o sistema Meta.
Neste sistema, para o VHS, os sinais de áudio do canal 1 
tem uma frequência centralizada em 1,4 MHZ e para o canal 2 
centralizada em 1,8 MHz. 
O gráfico da figura 84 mostra então o espectro completo 
de áudio e vídeo que são gravados na fita. 
Figura 84 – Espectro de áudio e vídeo no formato VHS
Veja então que nos circuitos de áudio temos frequências e 
formas de ondas um pouco diferentes. 
Os sinais são lidos em altas frequências e depois é feita a 
separação das componentes de áudio num processo muito 
semelhante ao utilizado nos televisores comuns, mas no caso 
77
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
com frequências mais baixas. Na figura 85 temos um circuito em 
blocos deste sistema de áudio em que mostramos os tipos de 
sinais que seriam facilmente visualizados com um osciloscópio. 
Figura 85 – Circuito de reprodução em blocos
Veja que existem então setores de alta frequência (1,4 e 
1,8 MHZ) e setores de áudio.
Analisaremos o funcionamento deste circuito na função de 
reprodução. 
Esta descrição é feita para um canal, sendo válida para o 
outro canal no sistema estéreo. 
O sinal captado pela cabeça de leitura de áudio tem uma 
frequência média de 1,475 MHz sendo então amplificado pelos 
primeiros blocos do circuito.
Antes de seguir para as etapas de detecção o sinal passa 
por um limitador de amplitude de modo a se evitar distorções por 
saturação.
O sistema de separação dos canais é semelhante ao usado 
num receptor de FM, com comparador de fase, VCO e outras 
etapas bastante conhecidas dos que trabalham com receptores 
estéreo. Obtém-se então depois do demodulador um sinal de 
áudio que, no entanto, tem uma forte componente de alta 
frequência que precisa ser eliminada por meio de filtro.
Na figura 86 mostramos a forma de onda visualizada no 
osciloscópio antes e depois do filtro passa-baixas, encontrados 
após a etapa de demodulação.
78
NEWTON C. BRAGA
Figura 86 – Forma de onda antes e depois do filtro
Com uma fita padrão de 1 kHz a envolvente deste sinal 
pode ser vista nesta frequência, com uma componente interna de 
1,475 MHz.
O bloco seguinte é o DCC ou Drop Cult Compensation que 
consiste num circuito cuja finalidade é compensar a falta de 
uniformidade de fita magnética.
Temos em seguida o circuito de ênfase que funciona da 
mesma forma que os equivalentes nos receptores de FM.
Este circuito expande a faixa passante da compressão na 
transmissão. 
A faixa tem ganhos diferentes do que seria normal para a 
reprodução na transmissão com a finalidade de se obter melhor 
imunidade aos ruídos o qual deve ser compensado na recepção.
Temos finalmente os circuitos externos que, no caso 
podem ser o modulador que joga o sinal num televisor ou ainda 
numa saída simples disponível para um amplificador externo.
É importante observar que a monitoração dos sinais de 
áudio nas primeiras etapas consiste numa ferramenta precisa 
para ajuste das cabeças de leitura. Veja que a utilização do 
osciloscópio nestas etapas é bastante semelhante a que 
estudamos no caso dos receptores de FM.
A utilização dos circuitos integrados dedicados reunindo 
grande número de funções na maioria dos aparelhos de 
videocassete, e no caso de áudio com maior, intensidade, 
simplifica o projeto por parte do fabricante, mas impede o acesso 
a todos os pontos para análise das formas de onda num trabalho 
de ajuste ou reparação.
No entanto, os manuais de serviço da maioria dos 
fabricantes fornecem tensões e formas de onda nos pontos 
79
O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
principais o que serve de referência para o trabalho de 
manutenção. 
Para a visualização destas formas de onda com o 
osciloscópio o técnico deve estar atento aos seguintes pontos:
a) Frequências
Para os sinais de áudio as frequências são relativamente 
baixas, conforme vimos o que permite a utilização de 
osciloscópios simples na análise dos sinais. 
As frequências menores são da faixa de áudio e dependem 
naturalmente do sinal usado como prova, (figura 87).
Figura 87 – Sinais de áudio
b) Intensidade
Os sinais encontrados em todas as etapas do setor de 
áudio, tanto na gravação como na reprodução são sinais de 
baixas intensidades com tensões que dificilmente superam os 15 
V e com mínimos na faixa dos microvolts. 
Somente nas etapas finais de áudio é que as intensidades 
são maiores.
2. FONTES DE ALIMENTAÇÃO
Dado o elevado número de circuitos e mesmo dispositivos 
eletromecânicos que devem ser alimentados e com características 
bem diferentes as fontes usadas nos videocassetes são 
complexas apresentando muitas saídas com tensões e correntes 
diferentes.
No entanto, como em todos os aparelhos eletrônicos 
podemos fazer uma separação dessas fontes em dois tipos: as 
80
NEWTON C. BRAGA
que devem alimentar dispositivos mecânicos como, por exemplo, 
os motores e as que devem alimentar circuitos eletrônicos.
Nestas fontes vamos encontrar dois tipos de reguladores: 
os convencionais ou lineares como o mostrado na figura 88 e os 
circuitos comutados como o mostrado na figura 89.
Figura 88 – Fonte linear
Figura 89 – Fonte chaveada
Já vimos em lições precedentes as formas de onda que são 
encontradas nas fontes de alimentação lineares, de modo que o 
leitor saberá como usar o osciloscópio para medir tensões, 
verificar ripple e eventuais outros problemas que podem ocorrer. 
Muitos videocassetes de uso portátil ou ainda que incluem uma 
câmera possuem ainda como fonte adicional de alimentação uma 
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O Osciloscópio no Service de Equipamentos Antigos – Mouser Electronics
bateria do tipo recarregável. Para estas baterias existe numa 
fonte de alimentação que proporciona sua recarga.
3. MODULADOR DE ÁUDIO
Os sinais de áudio obtido de uma fita de videocassete 
devem ser levadas ao televisor para reprodução. 
Se bem que nos aparelhos sejam encontradas saídas de 
áudio puro para amplificadores externos, não é a partir desta 
saída que temos a conexão ao receptor de TV, conforme mostra a 
figura 90.
Figura 90 – Formas de usar o áudio num videocassete
O televisor é sintonizado num canal livre (3 ou 4), e o sinal 
que ele recebe é semelhante ao emitido por uma estação 
convencional de TV, ou seja, tem uma portadora de alta 
frequência na faixa de VHF que transporta tanto o sinal de vídeo 
como áudio. 
Para isso, o videocassete conta internamente com um 
circuito modulador de áudio apropriado. 
Na figura 91 temos o setor do modulador de áudio de um 
videocassete convencional.
82
NEWTON C. BRAGA
Figura 91

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