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Campus São José do Rio Pardo Curso: Engenharia – 2 e 3º. Semestres Disciplina: Eletricidade básica (lab.) Prof. Msc. Cezar Carvalho de Arruda Experimento 5 –Calor Especifico dos Sólidos Grupo: Data: INSTRUÇÕES 1. Uso de jaleco obrigatório dentro do laboratório. 2. Leia atentamente o roteiro da prática. 3. Preserve a integridade dos equipamentos do laboratório. 4. Quando houver periculosidade no experimento (choque e fogo) atenção redobrada. CONTEUDO 5.1 Fundamentos Muito embora os procedimentos experimentais requeiram análises teóricas relativamente simples, é bom ressaltar alguns pontos acerca dos fenômenos envolvidos. 5.1.1 Lei de resfriamento de Newton Embora a expressão que dá nome ao item 5.1.1 possa soar familiar a estudantes do ciclo básico de cursos superiores relacionados à área de ciências exatas, é surpreendente que praticamente nenhum livro destinado a esse segmento dê ênfase ao tema nos capítulos referentes à termodinâmica. Por isso se justifica uma revisão teórica sobre o assunto. Para tal, seja um sistema em que se possa admitir uma simplificação: a mesma temperatura T em todos os seus pontos. Supondo que tal sistema esteja em um ambiente cuja temperatura seja Ta, sendo Ta < T, haverá um fluxo de calor do mais quente para o mais frio. Observações experimentais indicam que a corrente térmica estabelecida, isto é, a quantidade de calor transferida do mais quente para o mais frio por unidade de tempo, 𝑑𝑄/𝑑𝑡, é proporcional à diferença de temperaturas (T - Ta) entre o sistema e o ambiente: 𝑑𝑄 𝑑𝑡 = ℎ𝐴(𝑇 − 𝑇𝑎) Equação 5-1 em que h é uma constante característica de cada sistema e A é a área de contato entre o sistema e o meio. Para o caso em que o sistema seja considerado um ''reservatório finito'' de calor e o ambiente, um ''reservatório infinito'', a temperatura T do sistema varia com o tempo, mas a temperatura Ta do ambiente não. Lembrando que a transferência de uma quantidade infinitesimal de calor dQ do sistema ao ambiente é igual 𝑎 − 𝐶𝑑𝑇, onde C é a capacidade calorífica de tal sistema e dT é a sua variação infinitesimal de temperatura devido à transferência, pode-se reescrever a Eq. (5-1) da seguinte forma: 𝑑𝑇(𝑇 − 𝑇𝑎) = −�1 𝜏� �𝑑𝑡 Equação 5-2 em que 𝜏 = 𝐶/(ℎ𝐴). A Eq. (5-2) é uma equação diferencial em que a variável do primeiro membro é a temperatura T do sistema enquanto que a do segundo membro é o tempo t de resfriamento. Admitindo que no instante t = t0 a temperatura do sistema seja T0, e integrando o primeiro membro da Eq. (5-2) de T0 a T e o segundo membro de t0 até um instante t, ao final tem-se 𝑇 = 𝑇𝑎 + (𝑇0 − 𝑇𝑎)𝑒−(𝑡−𝑡0) 𝜏� Equação5-3 A Eq. (5-3) descreve a forma como um reservatório finito de calor (sistema) é resfriado perdendo calor para um reservatório infinito (meio ambiente), ao longo do tempo. 5.1.2 Trocas de calor entre os elementos do sistema O experimento foi planejado de forma que as migrações internas de calor, após a imersão dos objetos possam ser consideradas ''instantâneas'', já que existe uma grande área de contato entre as substâncias envolvidas. 5.2 Objetivos da experiência: • Determinar o calor específico de algumas substâncias; • Diferenciar calor específico de capacidade térmica; • Analisar as trocas de calor entre um sistema e sua vizinhança. 5.3 Procedimento experimental: Material disponível no laboratório: - 1 Garrafa Térmica; - 1 Termômetro de –10o a 100oC; - 1 Caneca de Alumínio de 2 litros; - 1 Cilindro de Latão 295g; - 1 Bico de Bunsen com mangueira; - 1 Bureta de 20oC 500ml; - 1 Tripé de alumínio (suporte para caneca de alumínio), - 1 Garra para manusear o cilindro; Figura 5-1. ATENÇÃO: Esta experiência está sujeita a um erro experimental grande. A fim de obter um resultado adequado seja paciente e atencioso nas medidas, principalmente de temperatura. 1. Separe algumas peças de metal de modo a obter uma massa de aproximadamente 100g (se o metal for ferro, cobre ou latão) ou 60g (para o caso do alumínio). Escreva abaixo a massa total destas peças. Evite contato prolongado com as peças metálicas de modo a não alterar sua temperatura. mmetal = g 2. Com o auxílio de um termômetro determine a temperatura ambiente, temperatura inicial do metal. Tambiente = g 3. Com o auxílio da proveta, coloque na garrafa térmica exatamente 150 ml de água previamente aquecida até uma temperatura de aproximadamente 80oC. 4. Aguarde algum tempo e anote o valor inicial da temperatura da água: T1 = º C 5. Considere que a capacidade térmica da garrafa vale _____cal/oC , valor nominal. C garrafa = _____cal /º C 6. Coloque rapidamente o objeto de cobre (ferro, alumínio, etc ) no interior da garrafa térmica, medindo antes sua massa . Transcreva também o valor da temperatura ambiente, medido acima, que corresponde a temperatura inicial do metal. mmetal = g (metal = ) T2 = º C 7. Agite a mistura vigorosamente e determine a temperatura de equilíbrio. TE = º C 8. Determine o calor específico do metal. cmetal = cal / g º C 9. Repita a experiência mais duas vezes. Faça uma tabela com os dados coletados e determine o valor do calor específico em cada caso. Compare seus resultados com os valores tabelados. 5.4 Questões: 1) Dentre os corpos: água, garrafa e metal, qual é aquele que recebe calor dos demais; 2) Apresente o resumo dos cálculos em cada caso de forma organizada; 3) Compare os valores desta experiência com os tabelados; 4) A que se atribui as diferenças observadas entre o valor calculado na experiência e o valor tabelado para cada metal. Como você classifica seus resultados: qualitativamente ou quantitativamente corretos; 5) Calcule para uma das amostras o calor recebido ou cedido: pela água, pelo metal e pela garrafa térmica. Compare estes valores e discuta sobre os fatores que acarretam erros neste experimento.
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