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489 Revista Fundacoes Obras Geotecnicas Milton Vargas

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�0 • FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS
pERFIL
“o gênero humano não pode suportar a realidade 
em demasia.” essa frase, pertencente ao poeta 
Thomas Stearns eliot, um dos autores admirados 
pelo engenheiro, filósofo e amante da literatura, 
Milton Vargas, pode ser considerada o mote 
de sua vida, já que durante os seus 97 anos 
o engenheiro passou pelas diversas esferas 
do conhecimento, aprendendo e ensinando, 
demonstrando ser um estudioso incansável.
MILTON 
VARgAS
A MODéSTIA 
DOS SÁbIOS
Um homem qUe dedicoU 
sUa vida ao conhecimento 
amplo, tanto das ciências 
como das atividades 
práticas, sendo Um nome 
de reconhecimento na 
área de engenharia, 
filosofia e literatUra.
�0 • FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS
FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS • ��
conhecimento. Já a paixão 
pela engenharia come-
çou nas brincadeiras com 
os filhos dos engenheiros 
americanos, e também por 
meio da convivência com 
essas obras grandiosas que 
possivelmente o impres-
sionaram quando criança”, 
relata Maria Teresa.
Sua irmã mais nova, Maria Teresa Var-
gas, o descreve como uma pessoa 
curiosa pela vida, pelo que acontecia 
à sua volta. essas características co-
meçaram a ser despertadas em Milton 
ainda quando criança, na companhia 
do avô em Niterói, sua cidade natal, e 
também quando acompanhava o pai, 
Abel Vargas, que era médico sanitaris-
ta e trabalhava na light, empresa res-
ponsável pela distribuição de energia 
no Rio de Janeiro e que realizavou a 
construção de grandes barragens.
“Do meu avô, que era curioso e gos-
tava muito do saber, provavelmente 
o Milton herdou esse interesse pelo 
da esquerda para a direita, Mabel (irmã de Mil-
ton), durvalina, dhyla e dalva (primas), 
Milton Vargas – 1919
Magdalena Vargas, mãe de 
Milton, entre dois funcioná-
rios da ligth and Power, na 
Fazenda da Água Fria (acam-
pamento da light) – 1913
Milton, junto com a esposa 
e a filha Maria Cristina, na 
fazenda Pereiras – 1943
Fazenda da Água Fria (acampamento da light) fez parte do cenário 
da infância de Milton Vargas
Casamento de Milton Vargas e Maria helena, 
em 1940
Filhos de Milton Vargas – Maria Cristina, antônio 
e abel – 1950
Casado com Maria Helena, que faleceu em 2001, pai de quatro filhos, Maria Cristi-
na, Antonio, Abel e Mariana, avô e bisavô, o intelectual Milton Vargas, como pode 
ser considerado, faleceu no dia 11 de maio de 2011, deixando como legado seus 
trabalhos e suas inovações, especialmente na área de comportamento de solos 
tropicais, de tratamento de fundações, além de pesquisas e estudos em filosofia 
para as presentes e futuras gerações.
hiStóRia
Milton Vargas nasceu em 17 de fevereiro de 1914 e se formou primeiramente em 
engenharia elétrica, em 1938, e em engenharia civil, em 1942, pela escola Politéc-
nica de São Paulo (ePuSP). Nos anos de 1938 a 1952 passou de aluno a engenheiro 
auxiliar e chefe da Seção de Solos e Fundações do Instituto de Pesquisas Tecnoló-
gicas (IPT), tornando-se presidente do Instituto.
em 1946 realizou o curso de pós-graduação na Graduated School of Applied Scie-
ces, na universidade de Harvard, nos estados unidos. Seu objetivo era pesquisar 
a fundo sobre a Mecânica dos Solos, especialmente as diferenças encontradas no 
solo brasileiro, variando de acordo com as regiões. 
Bisnetos de Milton, ne-
tos do filho abel: filhos 
de lucas e Maya: helena, 
Catarina, Valentina e 
theo – 2007
Milton Vargas, nos tempos do iPt
�� • FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS
ConvivênCia
os alunos e profis-
sionais que de algu-
ma forma tiveram 
contato direto com 
Milton Vargas o 
descrevem como uma pessoa amá-
vel, simples, de trato fácil, rigoroso e 
inteligente. 
o engenheiro José luiz Saes foi assis-
tente do dr. Milton na escola Politécni-
ca, de 1964 a 1972, e diz que aprendeu 
muita coisa com ele, pois tinha uma 
forma sábia de encarar os problemas. 
“Profissional extremamente competen-
te, ele trazia consigo um grande conhe-
cimento dos solos, pois o engenheiro 
não tem que ser técnico, ele precisa ter 
um conhecimento geral sobre tudo. e 
isso Milton Vargas tinha”, relata.
Tarcísio Celestino, gerente de enge-
nharia Civil na Themag, conta com 
cerca de 40 anos de convívio contí-
nuo com o engenheiro. ele explica 
que, durante a faculdade, antes de 
ter aula com o renomado professor, 
já ouvia falar dele e tinha curiosidade 
de saber quem era essa figura que to-
dos comentavam. “eu comecei a ter 
aula com Milton Vargas no terceiro 
ano da escola Politécnica da universi-
dade de São Paulo e, antes de conhe-
Milton e Maria helena, nos eUa, na época em que 
ele estudou em havard – 1946
FePasa – Milton Vargas com a filha Mariana 
e engenheiros. atrás, motoristas da themag 
engenharia – 1986
José luiz saes
Seus questionamentos despertaram 
o interesse do então professor Karl 
von Terzaghi, um dos principais no-
mes da Mecânica dos Solos do mun-
do, que veio ao Brasil para conhecer 
o tão falado solo residual descrito por 
Vargas, um tipo de solo que seu mes-
tre desconhecia.
“Milton Vargas foi o 
primeiro do País e do 
mundo a abordar so-
bre argilas residuais e 
também o primeiro a 
tratar de solos típicos 
 da nossa terra, os so-
los tropicais. ele foi o pioneiro em fa-
zer uma abordagem importante, seja 
do ponto de vista laboratorial ou de 
características e comportamento no 
terreno”, conta o professor emérito da 
universidade Federal do Rio de Janeiro 
(uFRJ), Fernando emmanuel Barata.
o seu pioneirismo em diversos seto-
res incluiu o título de primeiro Profes-
sor Catedrático da ePuSP, em 1952, 
na área de Mecânica de Solos e Fun-
dações, com a tese Resistência e Com-
pressibilidade de Solos Residuais. No 
ano de 1961, juntamente com quatro 
consultores, fundou a Themag enge-
nharia, atuando em diversos tipos de 
obras como na elaboração de proje-
20º aniversário da themag – dezembro de 1981
tos de usinas hidrelétricas, as de Ju-
piá, Ilha Solteira, Paulo Afonso, Itaipu, 
euclides da Cunha, Tucuruí, Porto Pri-
mavera e Ilha Grande.
Além dos inúmeros trabalhos realiza-
dos, o engenheiro exerceu diversas 
atividades como consultor em Mecâ-
nica dos Solos e engenharia de Bar-
ragens de Terra e Fundações, pres-
tando consultoria para a Companhia 
Hidrelétrica do Rio Pardo (CHeRP), 
usina Hidrelétrica do Paranapanema 
(uSelPA) e Companhia Siderúrgica 
Paulista (CoSIPA).
o ex-chefe da Divi-
são de Fundações 
da Themag, ladis-
lau Paladino, está 
na empresa desde 
1969 e lista alguns 
trabalhos em que atuou juntamen-
te com o dr. Milton Vargas, como as 
obras rodoviárias da Rodovia dos 
Imigrantes; Marginais da Via Anchie-
ta; Rodovia Piaçaguera-Guarujá, na 
Baixada Santista; avenida Água es-
praiada, em São Paulo; e obras me-
troviárias na capital paulista, como 
as estações Jardim São Paulo, Parada 
Inglesa e Vila Madalena.
landislau Paladino
Milton Vargas, ao 
lado de terzaghi
Milton Vargas e o 
professor Barata
FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS • ��
cê-lo pessoalmente, imaginava alguém 
grandioso, pomposo. Mas ao entrar na 
sala, me deparei com uma pessoa sim-
ples, apresentando uma aula atrativa e 
que despertou em mim o interesse pela 
área de Mecânica dos Solos”, relata.
A engenheira con-
sultora da Themag, 
Maria Regina Moretti, 
conheceu o profes-
sor na graduação, em 
1979. Na empresa, 
passou a traba- lhar diretamente com 
Milton Vargas, o que resultou em uma 
relação estreita e de confiança, sempre 
acompanhada de histórias e lições, tan-
to da profissão quanto de vida.
Maria Regina relata um episódio em 
que estavam em uma barragem proje-
tada por ela, e o engenheiro a questio-
nou sobre a posição do talude, se ele 
estava muito íngreme. “eu disse que 
tinha feito os cálculos de estabilida-
de e que tudo estava aparentemente 
correto, mas ele,sempre disposto a 
ensinar, me deu um conselho, dizen-
do que quanto mais velho a gente 
fica, mais o talude tem que ficar suave, 
porque acabamos nos tornando mais 
cuidadosos e também 
não conseguimos mais 
subir no talude”, conta.
Didática e prática eram 
duas características 
presentes em sua tra-
jetória profissional. o 
engenheiro Celso or-
lando, que trabalhou e 
foi aluno de Vargas na 
graduação e no mes-
trado, explica que a 
porto de Congonhas, me tratando com 
grande respeito e atenção”, explica.
Fazer a relação entre atividades com-
pletamente diferentes e tentar ver 
qual a semelhança entre elas foi a 
principal lição aprendida com o pai, 
não somente no trabalho, mas na 
vida inteira, explica Mariana Vargas, 
uma das quatro filhas do engenheiro.
Mariana, que trabalha como geógra-
fa na Themag, conta que o pai tinha 
prazer em trabalhar e que não sepa-
rava trabalho de lazer, pois um pas-
100 anos da Poli, na velha Congregação
Milton Vargas e Maria helena, rodeados por 
engenheiro – década de 1950
Maria regina Moretti
vivência, a visão prática dos proble-
mas e a tomada rápida de decisão 
eram atitudes claras no professor.
“logo que entrei 
na Themag, acon-
teceram problemas 
de ruptura de solos 
moles em Belém, e 
nós ficamos preo-
cupados. A equipe foi antes para 
esperar o professor e depois de dois 
dias ele estava lá. Todo mundo esta-
va apavorado. Quando Milton Var-
gas chegou, viu o problema e falou: 
‘Nossa, que coisa didática’. Isso mos-
tra que ele estava vendo além dos 
problemas, preocupado em como 
aquele caso serviria de ensino. ele 
estava à frente da situação, à frente 
de todos nós”, diz.
o professor emérito da universidade 
Federal do Rio de Janeiro (uFRJ), Fer-
nando emmanuel Barata, não traba-
lhou diretamente com Milton Vargas, 
mas esteve com ele várias vezes, prin-
cipalmente em eventos. encontrou 
Milton Vargas pela primeira vez em 
1951, quando foi para São Paulo para 
ficar três dias no IPT, em um estágio. 
Desse pouco tempo juntos, o mestre 
Barata guarda na memória a forma 
seio poderia se transformar em um 
turismo geológico e geotécnico. “Se 
alguém aparecesse no domingo para 
conversar sobre engenharia, ele esta-
va disposto a conversar e ficar horas 
falando sobre o assunto”, diz.
e a capacidade de 
relacionar as ativida-
des, verificando a uti-
lização delas em dife-
rentes áreas, fez com 
que o engenheiro 
se interessasse pela geologia, transfor-
mando a Themag em uma das primei-
ras empresas a contratar um geólogo 
para trabalhar junto à engenharia. o 
geólogo luiz Ferreira Vaz trabalha na 
empresa desde 1975 e garante que a 
convivência com Milton Vargas, por 
causa do interesse em comum, sem-
pre foi agradável. “ele era uma pessoa 
inteligente e de bom senso”. Para Vaz, 
o principal legado do engenheiro foi 
para a Mecânica dos Solos, por ser um 
dos fundadores da geotecnia brasileira. 
“A engenharia brasileira deve muito ao 
dr. Milton”, ressalta.
atenciosa como o professor o 
tratou, mesmo já sendo reco-
nhecido no Brasil e no mundo.
“ele me recebeu no IPT de uma 
maneira formidável, o que me 
impressionou bastante. eu ti-
nha apenas um ano de forma-
do e ele me levou para visitar as 
obras da construção do aero-
Celso orlando
luiz Ferreira Vaz
Carmen lucia, secretária, e Mariana, filha caçula 
de Milton Vargas
�� • FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS
Mesmo aos 97 anos, 
Milton Vargas com-
parecia sistematica-
mente na empresa; 
e antes, quando 
acompanhava as 
obras, não se contentava em per-
manecer no asfalto. “Aos 75 anos, 
Vargas ainda subia em talude. o 
que me impressionava nele era que, 
em pouco tempo de observação 
em uma obra, já sabia identificar a 
necessidade e qual era o problema. 
ele era uma pessoa completa”, diz o 
engenheiro João Pimenta, que está 
a 23 anos na Themag.
pai que ensinou mais do que corrigiu, 
sempre acompanhando e auxiliando 
nos trabalhos.
muito além da 
enGenhaRia
um engenheiro diferente com uma 
predisposição natural para apren-
der sobre aquilo que via. esse era 
o Milton Vargas. Sua irmã Maria Te-
resa acredita que o interesse tanto 
pela engenharia quanto pela filoso-
fia e literatura sempre caminharam 
juntos.
Amigo do pensador e filósofo Vilém 
Flusser, os dois mantinham um nú-
cleo intelectual, com reuniões na casa 
de Flusser frequentadas por arquite-
tos, artistas, literários e pessoas de 
diferentes áreas que se encontravam 
para realizar discussões acaloradas 
sobre todos os tipos de assuntos.
Segundo o filho de Villém Flusser, 
Miguel Flusser, mesmo depois que 
seu pai se mudou para a França, eles 
continuavam a conversar, trocando 
correspondências que, na verdade, 
eram artigos sobre diversos temas, 
situações que estavam acontecendo 
no momento e que se transformarão 
em livro no futuro.
De acordo com Mi-
guel Flusser, Milton 
Vargas não deve ser 
visto apenas como 
engenheiro. ele era 
um homem de inte-
resse e conhecimento universal, atu-
ante no mundo intelectual e literário 
de forma intensa. “Meu pai o consi-
derava um homem extraordinário”, 
acrescenta Miguel.
em 1951, Vargas ajudou na fundação 
do Instituto Brasileiro de Filosofia 
(IBF), ministrou cursos de Filosofia da 
Ciência no Instituto e publicou diver-
sos artigos sobre filosofia e história da 
ciência, apresentando contribuições 
sobre esses temas em vários congres-
sos nacionais e internacionais de His-
tória da Ciência.
Participação no Congresso 
luso-Brasileiro de história 
da Ciência e da técnica 
– Coimbra – 2000
dr. Milton Vargas, em Congresso em Foz do iguaçu
João Pimenta
Carmen lucia, secretária do Milton 
Vargas na Themag há mais de 40 
anos, pode ser considerada o braço 
direito dele. ela relata que aprendeu 
com o engenheiro especialmente a 
humildade. “Mesmo com todo o co-
nhecimento e cultura que ele tinha, 
era humilde e sabia lidar com todos”, 
conta. Nos anos de convivência, Car-
men lucia explica que o engenheiro a 
orientava sempre a não barrar as pes-
soas, aqueles que apareciam ou liga-
vam para conversar. era para sempre 
permitir a entrada. “ele dava atenção 
para todo mundo”, completa.
Para o ex-chefe de 
departamento e 
 atual consultor sê-
nior interno na área 
de geomecânica da 
Themag, Giacomo 
Re, nos 42 anos em que conviveram, 
o engenheiro e professor foi para ele 
mais que um mestre. Foi como um 
Giácomo re
Miguel Flusser
automóvel Club. da esquerda para a direita, te-
lêmaco langendonck, Milton, terzaghi, arnaldo 
Vilares, a ackermann e h. Jorge Guedes
Milton Vargas recebendo o título de Professor 
honoris Causa, pela UFrJ
FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS • ��
Na escola Politécnica da universida-
de de São Paulo, nos anos de 1963 a 
1967, lecionou Filosofia e evolução da 
Ciência e ministrou um curso de pós-
graduação na ePuSP sobre Metodo-
logia da Pesquisa Tecnológica, o que 
resultou em um livro com o mesmo 
nome, publicado em 1985.
Além dessa publicação, lançou a obra 
Verdade e Ciência e foi autor de quase 
100 crônicas sobre aspectos da realida-
de filosófica-social-econômica do País 
e da América latina, veiculadas no jor-
nal Folha de S. Paulo.
Milton Vargas, em 1989, foi eleito mem-
bro da Academia Paulista de letras, 
realizando pronunciamentos nas se-
ções desse grupo seleto. Publicou ar-
tigos literários, como o livro Poesia e 
Verdade, em 1991, em sua revista e na 
Revista Brasileira da Academia Brasilei-
ra de letras. lançou também em 1994 
o livro Para uma Filosofia da Tecnologia.
“A participação dele no mundo cultural 
era bem ativa e precisa ser reconhecido 
também nessa área paralela à enge-
nharia”, enfatiza Miguel Flusser.
homenagem da aBMs e aBGe, em 2010. ao fundo, 
a filha Mariana e a irmã de Milton, Maria teresa
na UFrJ, evento para recebimentodo título de Professor honoris Causa
30 anos da aBGe, em 1998
Milton Vargas e esposa, em jantar da CesP em 1999
Milton em obra no Metrô
Milton Vargas, o segundo em pé, da esquerda para a direita, perfilado com os membros da academia 
Paulista de letras
dr. Milton Vargas, 
em Congresso em 
Foz do iguaçu
�� • FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS
Foto Maior – obra: Construção
do Banespa
local: São Paulo
data: 1939
Acervo do IPT – Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas
HISTóRIA
Foto Menor – obra: Construção do 
Banespa – Prova de Carga
local: São Paulo
data: 1939
Acervo do IPT – Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas
Obras Milton Vargas
FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS • ��
obra: Sondagens para a 
Hidrelétrica Euclides da Cunha
local: São José do Rio Preto – SP
data: 1952
Acervo do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas

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