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Apropriação dos Custos indiretos, proporcionalmente aos Custos Diretos. Produto Total A 115.000 23,71% 23,71% 53.351 168.351 B 202.000 41,65% 41,65% 93.711 295.711 C 168.000 34,64% 34,64% 77.938 245.938 Total 485.000 100,00% 100,00% 225.000 710.000 Custos Diretos Custos Indiretos A última coluna acima nos fornece então o custo total de cada Produto e a penúltima a parte que lhes foi atribuída dos custos indiretos. Suponhamos, entretanto, que a empresa resolva utilizar outro tipo de alocação. Conhecendo o tempo de fabricação de cada produto, pretende fazer a distribuição dos custos indiretos proporcionalmente a ele, e faz uso dos próprios valores em moeda da Mão-de-obra Direta, por ter sido esta calculada com base no tempo de Mão-de-obra efetivamente utilizado em cada produto. Teríamos, dessa maneira: Apropriação dos Custos Indiretos, proporcionalmente à Mão-de- obra Direta Produto Mão-de-obra Direta Custos Indiretos A B C Total Por este critério (Mão-de-obra direta), o Custo total de cada produto seria: Conclusão • Esses valores de custos indiretos diferentes e conseqüentes custos totais também diferentes para cada produto podem não só provocar análises distorcidas, como também diminuir o grau de credibilidade com relação às informações de Custos. • Não há, entretanto, forma perfeita de se fazer essa distribuição; podemos, no máximo, procurar entre as diferentes alternativas a que traz consigo menor grau de arbitrariedade. • Por enquanto, o esquema básico é: Separação entre Custo e Despesa; Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos; Rateio dos Custos Indiretos. OBJETIVOS DA APURAÇÃO DO CUSTO DA PRODUÇÃO • A Contabilidade de custos integra a “Contabilidade Gerencial”, ou seja, um sistema cujo objetivo é gerar informações úteis à administração das empresas. • Para atender a legislação do imposto de renda das pessoas jurídicas, as funções da contabilidade de custos se tornaram mais abrangentes, pois o fisco com base no Decreto-lei n° 1.598/77, passou a exigir, dentro de certas características, que a empresa mantenha um sistema de custos integrado ou coordenado com o restante da escrituração contábil. • Essa obrigatoriedade exige uma formalização da contabilidade de custos, no que diz respeito aos seguintes aspectos principais: Sistemática de análise dos gastos; Classificação e contabilização; e Geração de relatórios e informações sobre os custos da produção. • Assim a idéia de se manter um sistema formal de contabilização dos custos dos produtos fabricados em uma empresa decorre, basicamente, duas necessidades: • 1a – Gerencial • 2a – Fiscal e societária OBJETIVOS DA APURAÇÃO DO CUSTO DA PRODUÇÃO • 1a – Gerencial: Para atender às necessidades gerenciais, os controles poderão ser totalmente extra contábeis e não existe a preocupação de se atender aos princípios contábeis geralmente aceitos e muito menos às diversas regulamentações legais e fiscais. • 2a – Fiscal e societária: em razão das exigências feitas pelas autoridades fiscais e pela Legislação Comercial e Societária, a empresa deve manter uma contabilidade de custos integrada e coordenada com o restante da escrituração mercantil. Caso contrário, o fisco poderá arbitrar o valor dos estoques para efeito de cálculo do imposto de renda e da contribuição social, desconsiderando totalmente a escrituração contábil. • Dessa forma, pode-se concluir que a contabilidade de custos, de maneira formal, genericamente falando, tem por objetivos principais: Apurar o custo dos produtos e dos departamentos; Atender as exigências contábeis; Atender as exigências fiscais; Controlar os custos de produção; Melhorar os processos e eliminar os desperdícios; Auxiliar na tomada de decisões gerenciais; Otimizar os resultados. OBJETIVOS DA APURAÇÃO DO CUSTO DA PRODUÇÃO • Os objetivos da apuração de custos e os correspondentes sistemas de custeio que os atendam podem ser resumidos da seguinte forma: CUSTOS PARA CONTROLE • Custo-Padrão ou Standard • Uma das principais utilidades de um bom sistema de custos é servir como ferramenta de controle sobre as atividades produtivas, em todas as suas fases e seus departamentos. • O bom analista de custos obterá excelentes informações para seu trabalho, quando dispuser de um moderno e eficiente sistema para apuração, análise e controle de custos. • Controle, em seu amplo contexto, deve ser entendido como um conjunto de normas e procedimentos administrativos adotados por uma organização, para a proteção de seus bens e direitos. • Controlar – significa conhecer a realidade, compara-la com o que foi previsto, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes para sua correção. • Para poder ser considerado como parte integrante do conjunto de normas e procedimentos de controles internos, o sistema de custo deve estar estruturado para fornecer respostas às seguintes questões, entre outras: CUSTOS PARA CONTROLE Conhece-se a origem e o destino de cada um dos gastos dos departamentos produtivos e não produtivos da empresa? Estes gastos são realmente necessários para atender às necessidades de produção? Estão dentro dos parâmetros previamente estabelecidos e/ou aceitáveis? Quando ocorrem desvios entre os gastos reais em relação às metas previamente definidas, o sistema permite a rápida constatação desses desvios? É possível, também, a rápida identificação dos motivos para os desvios? As Análises de Custos efetuadas fornecem subsídios para a imediata correção desses desvios? • Caso consiga atender a estas necessidades de informações gerenciais, pode-se afirmar que a organização conta com um bom sistema de custos. • Um dos melhores meios para que a Contabilidade de Custos atenda a tais princípios de controles internos é a adoção do custo-padrão, objeto de nosso estudo.
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