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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC
Curso de Administração
Ética na Administração é possível estudar ética 
São Paulo
2018
Juliana Alencar de Souza - C3996B0
Laís Mendes da Silva Costa - T511470 
Lincon Macetko Saldanha – C57IJC9
Matheus Galvão Semoes – C5803B4
Ética no Capitalismo 
Trabalho apresentado como exigência para a avaliação dos 7º Semestre, do curso de Administração da Universidade Paulista, sob orientação do Professor Dante Tadeu. 
São Paulo
2018
RESUMO 
Hoje, para que uma empresa consiga credibilidade junto ao mercado, não basta só auferir qualidade a seus produtos ou serviços. Embora esse fator seja primordial e o público consumidor esteja cada vez mais exigente nesse sentido, a conquista da credibilidade é mais ampla. Ela engloba outros itens relacionados ao portfólio da empresa e a ética é um desses itens. Nossa sociedade vive na atualidade uma redescoberta da ética. Há exigências de valores morais em todas as instâncias sociais. Nossa sociedade passa por uma grave crise de valores, identificada por alguns como falta de decoro e por outros como falta de respeito. Este artigo tem por objetivo discutir a importância da ética dentro das organizações, de maneira a contribuir para a reflexão das práticas administrativas atuais. A motivação para este estudo fundamenta-se na premissa de que a ética, entendida como a ciência dos costumes ou dos atos humanos, passa a ser uma questão de sobrevivência para organizações submetidas a pressões constantes, nos setores mais dinâmicos da empresa. 
Palavras-chave: ética; administração; organização; responsabilidade.
ABSTRACT
Nowadays, so that a company obtains together credibility to the market, it is not enough only to gain quality its products or services. Although this factor is primordial and the consuming public is each more demanding time in this direction, the conquest of the credibility is ampler. It agglomerates others subjects related to the purposes of the company and the ethics is one of these. Our society lives in the present time one rediscover of the ethics. It has requirements of moral values in all the social instances. Our society passes for a serious crisis of values, identified for some as honor lack and others as respect lack. This article has the objective to inside argue the importance of the ethics of the organizations, in way to contribute for the reflection of practical administrative the current ones. The motivation for this study is based on the premise of that the ethics, understood as the science of the customs or the human acts, start to be a question of survival for submitted organizations the constant pressures, in the sectors most dynamic of the company.
Keywords: ethic; management; organization; responsibility.
SUMARIO 
INTRODUÇÃO 
Atualmente o mundo está vivendo grandes mudanças e não poderíamos deixar de perceber que a principal delas é o comportamento das pessoas. De modo que nos leva a resgatar o quão necessário são as regras de comportamento para com o semelhante, consistindo em uma filosofia essencial em todos os aspectos, ou seja, o ambiente de convívio.
 Nas organizações as regras de comportamento dos profissionais são propostas pelo código de ética, em que, simultaneamente, as empresas obtêm facilidade nas decisões, satisfação e motivação dos profissionais e reconhecimento da Comunidade. E, isso tudo se torna possível por se tratar de uma ferramenta padronizada e que exposta de maneira clara e objetiva proporciona o melhor entendimento dos colaboradores, no qual as preocupações éticas das empresas transformam-se em práticas efetivas gerando maior competitividade.
Fica claro que esta “ética” vem sendo implementada, na maioria das organizações, como código, de forma a constituir mecanismos para criar determinadas restrições aos funcionários de como são e devem ser executadas as funções operacionais. Uma forma de provar que estes códigos são, ou podem ser, facilmente quebrados pelos executivos, ocorre quando, de alguma forma, o rompimento deste se torna algo “vital” para a sobrevivência da empresa. Por sua vez, a direção das organizações e os executivos têm este poder, baseado no ideal de benefício da organização. Assim, tomar medidas contrárias àquilo que outrora fora estabelecido, graças a essa busca frenética por lucratividade e vantagem competitiva, pode ser tranquilamente aceito pelos executivos, se isto interferir positivamente no desempenho da empresa em questão.
Ética 
A ética seria então uma espécie de teoria sobre a prática moral, uma reflexão teórica que analisa e critica os fundamentos e princípios que regem um determinado sistema moral. “O dicionário Abbagnado, entre outras considerações nos diz que a ética é “em geral, a ciência da conduta” Sanchez Vasquez amplia a definição afirmando que a ética é a teoria ou a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade”, ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano. 
Segundo Nash, os problemas éticos, ao contrário do prático-morais são caracterizados pela sua generalidade. Por exemplo, um indivíduo está diante de uma determinada situação, deverá resolvê-la por si mesmo, com a ajuda de uma norma que reconhece e aceita intimamente o problema, do que fazer numa dada situação, é um problema prático-moral e não teórico-ético. 
A ética também estuda a responsabilidade do ato moral, ou seja, a decisão de agir numa situação concreta é um problema prático-moral, mas investiga se a pessoa pôde escolher entre duas ou mais alternativas de ação e agir de acordo com sua decisão é um problema teórico-ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo ao quais nossos atos estão sujeitos. Se o determinismo é total, então não há mais espaço para a ética, pois se ela se refere às ações humanas e se essas ações estão totalmente determinadas de fora para dentro, não há qualquer espaço para a liberdade, para a autodeterminação e, consequentemente, para a ética. 
A ética pode também contribuir para fundamentar ou justificar certa forma de comportamento moral. Assim, se a ética revela uma relação entre o comportamento moral e as necessidades e os interesses sociais, ela nos ajudará a situar no devido lugar a moral efetiva, real, do grupo social. Por outro lado, ela nos permite exercitar uma forma de questionamento, onde nos colocamos diante do dilema ente “o que é” e o “que deveria ser”, imunizando-nos contra a simplória assimilação dos valores e normas na sociedade e abrindo em nossas almas a possibilidade de desconfiarmos de que os valores morais vigentes podem estar encobrindo interesses que não correspondem às próprias causas geradoras da moral. A reflexão ética também permite a identificação de valores petrificados que já não mais satisfazem os interesses da sociedade a que servem. 
Sendo a ética uma ciência, devemos evitar a tentação de reduzi-la ao campo exclusivamente normativo. Seu valor está naquilo que explica e não no fato de prescrever ou recomendar com vistas à ação em situações concretas. A ética também não tem caráter exclusivamente descritivo, pois visa investigar e explicar o comportamento moral, traço inerente da experiência humana. Não é função de a ética formular juízos de valor quanto à prática moral de outras sociedades, mas explicar a razão de ser destas diferenças e o porquê de os homens ter recorrido, ao longo da história, a práticas morais diferentes e até opostas.
 	Na administração, essa afirmação reveste-se da maior importância. Não seria exagero ver a ética como sobrevivência da empresa e parte essencial da avaliação de sua sustentabilidade.
 	Na prática, como desenvolver um raciocínio ético na administração? Três abordagens são propostas para isso: individual, organizacional e macro.
 
Individual - cada profissional deve agir com correção e competência. Robert Solomon, autor de "A melhor maneira de fazer negócios:como a integridade pessoal leva ao sucesso corporativo", propõe um rol de dezenas de virtudes, de hábitos bons que toda pessoa deve possuir se quiser ser bem-sucedida nos negócios sem perder a dignidade. Pode-se dizer que uma pessoa é o seu comportamento moral. De uma forma simples, três critérios básicos servem de referencial: qualquer ação deve ser boa; a intenção ou a finalidade com que se pratica essa ação deve ser boa; as circunstâncias e as consequências da ação devem ser boas. Se um só desses critérios falhar, certamente estará faltando ética à pessoa.
 
Organizacional - um sistema de valores - definido pelos proprietários ou executivos da instituição - deve ser claramente exposto a todos os colaboradores da empresa para que se crie uma conduta ética favorável ao desenvolvimento moral individual e dos negócios. Há necessidade de um documento escrito para que se solidifique o clima ético de um estabelecimento ou empresa? Sim e não. Sim, especialmente quando se pensa em uma organização de grande porte. Não, quando a empresa é pequena e conta com poucos funcionários. Nesse caso, o tom ético é vivido e irradiado a partir do próprio dono ou administrador principal.
 
Macro - questões de caráter social, tecnológico, legal e de relações internacionais passam a constar das agendas dos executivos, em qualquer parte do mundo. Por quê? Dentre várias hipóteses, para que os gestores - de um modo geral - estejam mais sensíveis aos benefícios institucionais que advêm do bem comum promovido pela ética e das correspondentes responsabilidades. As organizações devem estar atentas para o melhor meio ético de desenvolver sua atividade econômico-mercantil.
 
O foco da ética na administração de empresas
 
A importância da ética na administração de empresas, ou ética empresarial, ficou mais evidente depois de uma série de escândalos que denotaram procedimentos imorais em relação à administração dos negócios, envolvendo organizações de grande porte e de alta rentabilidade.
 	Transparência e sustentabilidade são termos que surgiram desse afã de fazer o bem na administração dos negócios. Eles traduzem o princípio de alcançar os lucros e mesmo a lucratividade dentro de padrões morais mais elevados. O importante dessa fase pós-escândalos é que parece existir um consenso sobre a importância da ética nos negócios.
 	Os aspectos éticos foram introduzidos no discurso dos executivos e, hoje, faz-se urgente a necessidade de constarem da pauta das suas preocupações, decisões e ações. A vida das empresas, atualmente, envolve mais a opinião pública do que há dez anos. A adoção de estratégias, como fusões, aquisições, downsizing e privatização, já não se restringe ao âmbito da administração dos negócios ou do cenário executivo. Tais estratégias são amplamente discutidas na imprensa e nas redes sociais.
 	A sociedade começa a se organizar para cobrar a conduta ética em todos os âmbitos e setores da economia e do governo. Dentro da empresa, a alta administração é mais fortemente observada. Espera-se uma coerência e uma consistência entre o que é dito e o que é vivido, o que é solicitado e o que é feito. Quando a administração se apoia em princípios éticos claramente estabelecidos, os padrões morais são respeitados, as energias dos empregados se concentram no trabalho e o resultado é um ganho de produtividade.
 	Essa equação deve e costuma levar ao equilíbrio dos negócios: uma produtividade crescente assegura que se cumpram as metas estabelecidas, que se respondam às demandas e pressões globais, sem deixar de atender ao imediato e ao local, respeitando o meio ambiente.
 	No longo prazo, a ética é sempre rentável para a empresa. No curto e no médio prazo, pode não ser para o negócio, mas aí está o desafio do administrador: imprimir uma visão estratégica tal que os objetivos da organização sejam alcançados no mais curto prazo possível, dentro dos limites morais.
 	O importante é resolver a equação tridimensional, em que se busca o ponto ideal entre os custos ocultos e os explícitos e entre os benefícios ocultos e os explícitos. Uma organização ética procura alcançar o bem para si próprio, para a sociedade e para a humanidade como um todo.
 
Administração com ética
 
O conceito de administração pressupõe uma dimensão econômica da vida, em que a empresa e o mercado desempenham um papel fundamental. Além disso, a ética empresarial conduz à ética econômica, em que se define o sistema capitalista, principal ambiente para a administração de empresas ou de negócios e outros sistemas que vão absorvendo o conceito, por sua ampla gama de aplicações possíveis.
 	Aristóteles parece ter sido o primeiro filósofo a mencionar com clareza o valor moral da riqueza, o que nos leva a compreender a eticidade dos negócios e, por extensão, da administração: “O que nos impede, portanto, de chamar feliz ao que age de acordo com a vida perfeita e está suficientemente provido de bens externos, não por algum período fortuito, mas durante toda a vida?”
 	Aristóteles já considerava evidente que: “...a felicidade também necessita de bens exteriores, pois é impossível, ou não é fácil, fazer o bem quando não se conta com recursos (...) então, a felicidade parece necessitar também de tal prosperidade e, por essa razão, alguns a identificam com a boa sorte, enquanto outros a identificam com a virtude.”
 	Apoiados nessa base filosófica, os negócios passam a ser um dos campos de maior riqueza na administração. Em última análise, sua missão é oferecer à sociedade os bens, os serviços e as ideias que os cidadãos - consumidores - necessitam para atingir o seu fim último, a felicidade a que se referia Aristóteles.
 Para isso, a relação de troca - e tudo o que dela deriva - pode e deve estar permeada pela ética. Todas as especialidades da administração, sem exceção, podem desenvolver-se com ética.
Etica na administração: é possível estudar ética?
O sucesso material passou a ser sinônimo de sucesso social e o êxito pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. Prevalece o desprezo ao tradicional, o culto à massificação e mediocridade que não ameaçam e que permitem a manipulação fácil das pessoas. Um dos campos mais carentes, segundo Caravantes , no que diz respeito à aplicação da ética, é o do trabalho e exercício profissional. Por esta razão, executivos e teóricos em administração de empresas voltaram a se debruçar sobre questões éticas. A lógica alimentadora desse processo não é idealista nem “ cor de rosa”. É lógica do capital que para poder sobreviver, tem que ser mais ético, evitando cair na barbárie e autodestruição. São os próprios pressupostos da disputa empresarial que forçam a adoção de um modelo mais ético. O individualismo extremo, muitas vezes associado à falta de ética pessoal, tem levado alguns profissionais a defender seus interesses particulares acima dos interesses das empresas em que trabalham, colocando-as em risco. Os casos de corrupção e investimentos duvidosos nas empresas públicas e privadas são os maiores exemplos.
Esse quadro remete diretamente à questão da formação de recursos humanos, pois são as pessoas a base de qualquer tentativa de iniciar o resgate da ética nas empresas e nas relações de trabalho. Segundo Aguilar, os programas de treinamento, educação e desenvolvimento de recursos humanos dão mais ênfase aos assuntos técnicos, que são exaustivamente abordados, discutidos e considerados, esquecendo por completo os aspectos éticos, essenciais para a dinâmica de qualquer atividade profissional.
Essa deficiência também ocorre nos meios acadêmicos, onde é possível verificar o profundo desconhecimento que os estudantes têm sobre o assunto. O currículo adotado em grande número de escolas e universidades, exceções à parte, parece não dar muita ênfase ao estudo da ética.
Se entendermos que a universidade como o local da produção do conhecimento e ampliação de horizontes cognitivos, passaremos então a vê-la como o espaço natural para o desenvolvimento científico do estudo da ética.
Ética no Capitalismo 
O fenômeno da Globalizaçãotrouxe o mundo para um estágio sem precedentes em sua história. Jamais foi presenciado um desenvolvimento tão acelerado quanto esse iniciado na Revolução Industrial e que perdura até os dias de hoje. O Capitalismo, principal motor do avanço tecnológico e do fenômeno denominado Globalização, é, também, o responsável pelas maiores crises já enfrentadas pela humanidade, sejam elas ambientais, econômicas e, sobretudo, sociais. No mundo de hoje, onde predomina a busca insaciável por poder, consumo, desigualdade e individualismo, o indivíduo está envolto pela dúvida sobre como ser ético em um contexto social regido pelo “caos moral” fruto de uma sociedade de mercado e de consumo globalizado?
Na verdade, argumentar sobre ética é uma tarefa complexa, pois seu conceito é determinado pelo contexto histórico-cultural no qual uma determinada sociedade está incluída. A discussão sobre ética limita-se ao contexto do mundo contemporâneo, com o intuito de mostrar o quanto o sistema vigente gera indivíduos menos interessados com as consequências de suas ações sociais e pouco preocupados com a emancipação humana, fruto da reflexão sobre a moral.
Embora seu conceito seja variável dependendo de fatores histórico-culturais, é possível afirmar que a ética se fundamenta em valores como o bem e a liberdade. Ela é a reflexão das ações do indivíduo em relação à sociedade. A princípio, deve-se considerar que o homem é um ser social e ele age de acordo com valores sociais e culturais estabelecidos. Dessa forma, o bem e o mal, o certo e o errado, a justiça e a injustiça, são sentimentos intrínsecos à humanidade e inevitáveis dentro de um corpo social.
“Onde passou a dominar, destruiu as relações feudais, patriarcais e idílicas. Dilacerou sem piedade os laços feudais, tão diferenciados, que mantinham as pessoas amarradas a seus “superiores naturais”, sem pôr no lugar qualquer outra relação entre os indivíduos que não o interesse nu e cru do pagamento impessoal e insensível “em dinheiro”. Afogou na água fria do cálculo egoísta todo o fervor próprio do fanatismo religioso, do entusiasmo cavalheiresco e do sentimento pequeno burguês. Dissolveu a dignidade pessoal no valor de troca e substituiu as muitas liberdades, conquistadas e decretadas, por uma determinada liberdade, a de comércio. Em uma palavra, no lugar da exploração encobertas por ilusões religiosas e políticas ela colocou uma exploração aberta, desavergonhada, direta e seca (MARX, 2008, p.12).”
Na abordagem de Marx sobre o mundo moderno, é possível perceber que a sociedade gira em torno do capitalismo. O objetivo dos indivíduos resume-se exclusivamente na busca pelo capital. Com a sociedade dividida em duas classes, burguesia e proletariado, onde a primeira detém o poder das ferramentas de produção e à outra resta unicamente sua força de trabalho para pôr à venda: a desigualdade é predominante. Não há a reflexão sobre a moral ou, se há, é a de uma moral subordinada às relações de mercado, também chamada de “ética do mercado”. Acima de tudo, para os burgueses, está a busca insaciável pelo lucro, e, para os proletários, a luta pela sobrevivência.
Nestas condições, a ética não pode se efetivar concretamente porque o que move o motor do sistema é a exploração; porque os homens são proibidos de se realizarem livremente; por conta da competição imposta pelo capitalismo tornar o indivíduo egoísta e incapaz de pensar socialmente. Mesmo que uma pessoa reflita antes da realização de suas ações, o sistema impõe barreiras intransponíveis que impedem a realização de uma atitude moral plena, e o máximo que ele pode alcançar é a realização de atos que aliviam a consciência, ações que não tem reflexo algum na sociedade e não ajudam na emancipação humana.
Na concepção clássica, de Sócrates e Aristóteles, o sujeito ético ou moral é regido apenas pela sua consciência e não se submete aos vícios e às vontades de outros. A ética é obtida em ações que considerem o melhor para o indivíduo e para o corpo social do qual ele faz parte. Entretanto, na modernidade, esse conceito é cada vez mais difícil de ser aplicado. A sociedade é regida por leis que estão além de sua vontade. Os indivíduos são obrigados a pensar individualmente. É como se a consciência de si, para o indivíduo, tivesse se esvaído e ele passasse a agir em função do sistema.
Na sociedade moderna, há um desconhecimento sobre o real sentido da existência humana e como agir em sociedade. Ser ético, que já foi conceituado como as ações que visam alcance da felicidade, na filosofia aristotélica; seguir a leis de Deus, para a filosofia cristã; as ações que buscam preservação do ser, na filosofia de Spinoza; por meio do dever, aprender a serem homens bons, na filosofia kantiana; o uso racional da liberdade para o alcance da “harmonia entre vontade subjetiva e vontade cultural”, na perspectiva de Hegel, e tantas outras conceituações, agora se encontra com o sentido perdido. Os homens, na sociedade capitalista apenas vivem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com a abordagem deste artigo pode-se constatar que uma das palavras-chave da reflexão ética é a palavra responsabilidade, ou seja, o dever de responder pelas consequências dos seus atos.
Muitos podem imaginar que é difícil pensar em consequências de médio ou longo prazo quando falta tempo para tudo e a velocidade dos acontecimentos parece tirar toda possibilidade de uma reflexão mais criteriosa. Porém os mais ocupados são os possuidores de maior tempo!
Mas em todas as grandes decisões que se toma está em jogo uma escolha fundamental em relação à identidade humana de cada um. Com isso, nada é definitivamente seguro e a reflexão ética passa a ser um desafio constante, pois o esforço de construir vínculos verdadeiros é diário.
Dessa forma, a ética deve estar de acordo com os limites que a pessoa se impõe na busca de sua ambição. Deve ser tudo o que ela não quer fazer na luta para conseguir realizar seus objetivos, ou seja, não subtrair, tendo em vista seus valores e sua conduta.
Este aspecto transforma-se num problema no mundo empresarial quando o gestor decide sua ambição antes de sua ética, quando o correto seria o contrário. Mas por quê? Bem, dependendo da ambição, torna-se difícil impor uma ética que frustrará seus objetivos. Porém quando se percebe que não conseguirá alcançar tais objetivos, a tendência é alterar os planos de ação.
À guisa de síntese, a solução para os conflitos não reside na guerra, mas sim na tolerância; ninguém sabe qual mundo é o melhor, por mais convicto que esteja. Para praticar a ética dentro da organização torna-se necessário questionar mais as teorias administrativas, para assim aprimorar o próprio senso de observação, reavaliando de tempos em tempos as premissas, na busca de ações embasadas na ética e cidadania para o sucesso das empresas. 
REFÊRENCIAS 
http://www.administradores.com.br/artigos/academico/etica-na-administracao/107660/
http://www.fnq.org.br/informe-se/noticias/qual-e-a-relacao-da-etica-com-a-administracao
http://www.eticaempresarial.com.br/site/pg.asp?pagina=detalhe_artigo&codigo=107&tit_pagina=&nomeart=s&nomecat=n
http://www.administradores.org.br/informativos/index.php?id=253
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/sobre-etica-e-o-capitalismo/
REFÊRENCIAS BIBLIOGRAFICA
NASH, L. – Ética nas Empresas: boas intenções à parte. São Paulo: Makron, 1993.

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