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antecedentes do sus

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Escola de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem Nossa Senhora de Fátima
Data: 23/03/2018
Professora: Rejane
Aluna: Bianca S. Macedo Viana
Antecedentes do SUS
Ao longo do século XIX a saúde pública foi ganhando cada vez mais importância e sendo fortalecida. Estava ligado não só ao avanço da ciência, mas especialmente ao conhecimento de transmissão das doenças infecciosas, mas também as necessidades econômicas, comerciais e políticas.
No Brasil, o período marca a atuação de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas à frente de inúmeras iniciativas no campo da saúde pública; entre elas, o combate à febre amarela, à varíola, as ações de saneamento e a criação de códigos sanitários.
Por meio de medidas disciplinares eram feitas as vacinações em massa, e com isso combateram muitos males que ameaçavam a saúde das populações. Estas medidas eram tomadas de cunho autoritário, como por exemplo a invasão de domicílios, com a ação da polícia. Até meados da década de 1910 não existiam estabelecimentos de saúde pública. Eles atuavam ao ar livre, atendendo em barracos ou até em redes estendidas no campo.
A reforma Carlos Chagas, em 1923, criou o Departamento Nacional de Saúde e teve suas atribuições como o saneamento rural e urbano; a higiene infantil, industrial e profissional; e o combate às endemias rurais.
Em 1927 surgiu o primeiro Centro de Saúde, e até 1930, outros 12 centros de saúde foram inaugurados. O atendimento especializado e hospitalar era realizado por instituições de caridade, até que foi criado caixas e institutos de previdência e assistência Social (CAP’S e IAP’S). Essas instituições cobriam principalmente os trabalhadores urbanos.
No Brasil, a organização da assistência médica e hospitalar se iniciou com a Lei Eloy Chaves de 1923, que criou a Caixa de Aposentadorias e Pensões dos Ferroviários. Em 1966, por decreto do regime militar, os IAP’S foram extintos, sendo seus beneficiários incorporados ao Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). 
Em 1977 foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social, que estabeleceu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS). Desde então, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) passou a ser o responsável pelo atendimento médico a todos os empregados com carteira assinada no país. Todos os hospitais e ambulatórios públicos, especialmente os postos de atendimento médico (PAM), assim como as emergências ficaram sob a responsabilidade do IAMPS. A separação entre prevenção e cura, atenção coletiva e individual, aliada ao baixo investimento do ministério da saúde, trouxe inúmeras repercussões e prejuízos à população, aos mais pobres, que priorizassem a prevenção ou as condições mínimas de assistência. 
E importante considerar que, até então, quem precisasse de assistência médica ou deveria pagar diretamente pela mesma, ou ser atendido em instituições filantrópicas, ou ser um trabalhador vinculado formalmente ao mercado de trabalho.
Ao final dos anos 70, a Previdência entrou em crise explícita, da má aplicação dos recursos, do uso dos recursos em obras sem retorno para o caixa, da incorporação tecnológica e aumento dos custos, da assistência baseada predominante no hospital do privilegiamento do setor privado.
No final da década de 1980, o processo de redemocratização do país aumentou a mobilização por mudanças no setor Saúde. A reforma Sanitária foi a palavra de ordem. Ampliou-se o conceito de Saúde, que não foi mais definida como uma condição meramente dependente da assistência médica, mas entendida como um conjunto de direitos ligados a condições dignas de vida, como alimentação, habitação, educação, lazer, etc.
Já em 1986 aconteceu a VIII Conferencia Nacional de Saúde (CNS), que apontava para a necessidade de se ampliar o conceito de saúde. A VIII CNS representou o marco que estabeleceu as principais diretrizes que constituíram o Sus. Assim consagrou-se na Constituição brasileira que a saúde compreende não só o acesso aos serviços assistenciais, mas também a garantia de condições de alimentação, habitação, saneamento, emprego, renda e educação.

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