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ED. EDCSC 4° e 5° Semestre

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Exercícios 
 
Exercício 1: 
Leia a charge a seguir. 
 
Disponível em: <http://sorisomail.com/img/1304789819776.jpg>. Acesso em: 18 jun. 2016. 
Assinale a alternativa que indica um ditado popular que tenha relação com a charge. 
 
A) 
“O maior cego é aquele que se recusa a ver”. 
 
B) 
“Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. 
 
C) 
“Tão grande é o erro como o que erra”. 
 
D) 
“A grama do vizinho é sempre mais verde”. 
 
E) 
“As melhores essências estão nos menores frascos”. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) 
Comentários: 
A) De acordo com a charge, o pássaro menciona a gaiola do seu 
companheiro, porém, não observa a situação e m que se encontra. 
Exercício 2: 
Leia o texto a seguir. 
Criminologia 
Eduardo Galeano 
A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses. 
A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores. 
A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças. 
Esses crimes não aparecem nos noticiários. São, como as guerras, atos normais de 
canibalismo. 
Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A 
construção de prisões é o plano de habitação que os pobres merecem. 
Disponível em: <https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11/eduardo-galeano-criminologia/>. 
Acesso em: 24 ago. 2016. 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de 
milhões de cidadãos. 
II Quando o autor afirma que “os criminosos estão soltos”, quer dizer que o sistema prisional 
tem vagas insuficientes para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar multidões. 
III Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não podem 
ser presos. Portanto, quando alguém morre por uma dessas causas, não há culpados. 
IV O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a 
ideia de que as prisões sejam habitações destinadas aos mais pobres. 
Está correto o que se afirma em: 
 
A) 
I e IV. 
 
B) 
I. 
 
C) 
I, III e IV. 
 
D) 
I, II e IV. 
 
E) 
II, III e IV. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) 
Comentários: 
B) Com a praticas econômicas e sociais vigente, tendem a causar a 
morte de milhões da de cidadãos, visto o caos cau sado p el o 
impacto desse s atos. 
Exercício 3: 
Leia o texto e os quadrinhos a seguir. 
O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata, em que o 
negro ocupou fundamentalmente a posição de pessoa escravizada. O Brasil em 1888 foi o 
último país a abolir a escravidão nas Américas. Um abolicionismo incompleto, que não 
permitiu incluir o negro na ordem social capitalista (BASTIDE; FERNANDES, 2008). 
A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação em nossa sociedade, 
inclusive escutamos insultos raciais atuais exigindo que negros e negras voltem “para a 
senzala”. Mas será que o racismo contra o negro brasileiro atualmente só existe por causa 
do “tempo do cativeiro”? Há pessoas racistas que nem sabem e nem mencionam esse 
contexto. Elas afirmam que não gostam de “negros”, tem raiva dos “pretos” e que estes são 
“fedidos”, “sujos” e “preguiçosos”. O racismo opera cotidianamente por meio de piadas, 
causos, ditos populares etc. Afinal de contas, temos uma variedade de expressões correntes 
na língua portuguesa recheadas de racismo contra os negros. 
Disponível em: <http://www.comfor.unifesp.br/wp-content/docs/COMFOR/biblioteca_virtual/UNIAFRO>. 
Acesso em: 13 jun. 2016. 
Disponível em: <http://photos1.blogger.com/blogger/7946/2941/1600/mafaldapreconceito1.1.gif>. Acesso 
em: 8 jun. 2016. 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
I Os quadrinhos visam a criticar o fato de que as acusações de racismo têm se tornado cada 
vez mais frequentes. 
II Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto: inadvertidamente, as pessoas 
revelam na linguagem os seus preconceitos. 
III O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema escravocrata, que imperou 
até o final do século XIX no Brasil. 
IV De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil, embora tardia, permitiu que 
os negros se integrassem completamente à sociedade capitalista. 
Está correto o que se afirma somente em: 
 
A) 
II e III. 
 
B) 
II e IV. 
 
C) 
I e III. 
 
D) 
I e II. 
 
E) 
I e IV. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) 
Comentários: 
A) O quadro acima deixa evidente o racismo e preconceito existente 
na sociedade, que transparece de uma maneira simples, tal como, 
uma simples conversa entre duas pessoas. 
Exercício 4: 
Considere a ilustração e as afirmativas a seguir. 
 
Disponível em: <http://www.materiaincognita.com.br/wp-content/uploads/2012/04/TV-faz-mal-ao-
cerebro.jpg>. Acesso em: 20 jun. 2016. 
I O objetivo da ilustração é mostrar que os meios de comunicação tecem o conhecimento 
das crianças, contribuindo para uma sociedade bem informada. 
II A ilustração é uma crítica aos meios de comunicação ultrapassados, que não promoviam 
o acesso à informação como a internet faz atualmente. 
III A ilustração sugere que os meios de comunicação de massa provocam perda de 
autonomia do raciocínio e da capacidade crítica. 
Está correto o que se afirma somente em: 
 
A) 
I. 
 
B) 
II. 
 
C) 
III. 
 
D) 
I e III. 
 
E) 
II e III. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) 
Comentários: 
C) A imagem deixa descrito que cada vez mais, as pessoas são 
influenciadas pela mídia, e carece do autoconhecimento, tendo como 
evidência a corda, "preenchendo" o cérebro da criança. 
Exercício 5: 
Observe a charge e analise as afirmativas a seguir. 
 
Disponível em: <https://www.pinterest.com/gaagabriel/a-evolucao-humana-chargues/>. Acesso em: 08 fev. 
2015. 
I A charge enaltece a evolução humana, ilustrando a saída de um passado primitivo e a 
chegada ao desenvolvimento tecnológico, que melhora as condições de vida da população. 
II O código de barras, na figura, representa a “coisificação” do homem no atual sistema 
socioeconômico. 
III A crítica da charge refere-se ao uso de novas tecnologias na atualidade, uma vez que 
elas não são acessíveis a todos. 
IV A charge mostra que o ser humano ainda é primitivo, apesar das novas tecnologias. 
Está correto o que se afirma somente em 
 
A) 
II e IV. 
 
B) 
 II. 
 
C) 
I e III. 
 
D) 
I e IV. 
 
E) 
II e III. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) 
Comentários: 
B) A imagem deixa evidente que a tecnologia tem evoluído 
constantemente , deixando o ser humano obsoleto. 
Exercício 6: 
Leia os quadrinhos e o trecho a seguir, que expõe o pensamento do professor e jornalista 
Ciro Marcondes Filho. 
Disponível em: 
<http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/03/10/noticia_saudeplena,147743/pesquisa-
usa-personagens-de-tirinhas-para-explicar-funcao-de-estereoti.shtml>. Acesso em: 8 nov. 2014. 
Marcondes Filho (1986) descreve a prática sensacionalista como nutriente psíquico, 
desviante ideológico e descarga de pulsões instintivas. Caracteriza sensacionalismo como 
“o grau mais radical da mercantilização da informação: tudo o que se vende é aparência e, 
na verdade, vende-se aquilo que a informação interna não irá desenvolver melhor do que a 
manchete. Esta está carregada de apelos às carências psíquicas das pessoas e explora-as 
de forma sádica, caluniadora e ridicularizadora. (...) No jornalismo sensacionalista, as 
notícias funcionam como pseudoalimentos às carências do espírito. (...) O jornalismo 
sensacionalistaextrai do fato, da notícia, a sua carga emotiva e apelativa e a enaltece. 
Fabrica uma nova notícia que a partir daí passa a se vender por si mesma”. 
Disponível em: <http://www.wejconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/Danilo-Angrimani-
Sobrinho-Espreme-que-sai-sangue>. Acesso em: 8 nov. 2014. 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a 
alternativa correta 
I A reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela 
apresentada por Marcondes Filho sobre o sensacionalismo. 
PORQUE 
II De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências de 
informação dos receptores, uma vez que são comprometidas com os elementos factuais 
essenciais. 
 
A) 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
 
B) 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
 
C) 
A asserção I é verdadeira e a II é falsa. 
 
D) 
A asserção I é falsa e a II é verdadeira. 
 
E) 
As duas asserções são falsas. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) 
Comentários: 
E) As asserções acima não condizem com o referido texto do 
Marcondes Filho. 
Exercício 7: 
Leia a charge a seguir. 
 
Disponível em: <http://blogs.odiario.com/wilteixeira/wp-
content/uploads/sites/36/2010/08/cartum02blog.jpg>. Acesso em: 3 ago. 2015. 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I O objetivo da charge é enaltecer o modo como a internet contribui para a construção do 
conhecimento dos jovens. 
II Na charge, sugere-se que o contato com as redes sociais pode, muitas vezes, fazer com 
que as pessoas percam o contato com o mundo real. 
III O personagem da charge reconhece, no mundo real, aquilo que aprendeu na realidade 
virtual, o que indica o papel educativo da internet atualmente. 
Está correto o que se afirma somente em 
 
A) 
I. 
 
B) 
II. 
 
C) 
III. 
 
D) 
 I e II. 
 
E) 
I e III. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) 
Comentários: 
B) A imagem acima mostra as consequências de uma juventude 
alienada, vivendo sobre rede sociais, o que causa uma distorção 
entre a realidade conforme a semelhança de um pássaro ao logo do 
Twitter. 
Exercício 8: 
Leia o texto de autoria de Vladimir Safatle e analise as afirmativas a seguir. 
Quem tem o direito de falar? 
Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é uma forma 
astuta de silenciamento 
A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela não se 
funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem 
circular, como eles devem ser distribuídos. 
Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é razão 
suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que nomeamos "política". Na verdade, 
a política é também uma questão de circulação de afetos, da maneira com que eles irão 
criar vínculos sociais, afetando os que fazem parte destes vínculos. 
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de ver, 
o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e 
percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com que julgo, o que faz parte e 
o que está excluído do meu mundo. 
Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação de 
uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo. 
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que 
invadiram sites de notícias de seu continente com posts e comentários. Uma quantidade 
impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de 
sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: "parem de nos mostrar o que 
não queremos ver", "isto irá quebrar a força de nosso discurso". 
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar uma certa 
zona de invisibilidade. É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização 
bruta produzida pela morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário 
é baseado em uma desafecção. 
Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos de 
afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários discursos até então não haviam 
conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de indiferença em relação à sorte 
dos refugiados. 
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos como 
faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas, 
para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem não fala, qual fala ouvirei e qual 
fala representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento. 
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem direito 
à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais 
vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, 
palestinos, entre tantos outros). 
Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será a voz 
dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das mulheres 
e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto pode parecer um ato de 
dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os problemas 
dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por aí vai. 
Essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal 
estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros 
devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar dos 
problemas das mulheres. Pensar a política como circuito de afetos significa compreender 
que sujeitos políticos são criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum 
é afetado. Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito 
limitar minha fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de 
circulação de afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade na 
narrativa do meu sofrimento. Minha produção de afecções continuará circulando em regime 
restrito, mesmo que agora codificada como região setorizada do espaço comum. Ser um 
sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, que podem 
implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta dimensão do "qualquer um" que faz 
parte de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição de qualquer um que temos 
mais força de desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos. 
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um. 
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/234248-quem-tem-o-direito-de-falar.shtml>. 
Acesso em: 13 jun. 2016. 
I Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em um regime 
autoritário, não democrático. 
II O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos grupos 
minoritários, já que as minorias tendem a ser silenciadas na sociedade. 
III A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à Europa como 
imigrante foi, segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da imprensa e, por isso, gerou 
conflitos políticos. 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) 
Todas as afirmativas são corretas. 
 
B) 
Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 
C) 
Apenas as afirmativas II e III são corretas. 
 
D) 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
E) 
Nenhuma alternativa é correta. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) 
Comentários:E) Nenhuma das alternativas acima correspondem a veracidade do 
texto. 
Exercício 9: 
Leia o texto a seguir. 
Energia solar contra a escuridão do Amazonas 
Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção total de eletricidade 
Heriberto Araújo – 08 mai. 2016 
A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada 
humana esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura 
para o homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don’t Sleep, There are Snakes 
(Não durma, há serpentes, sem tradução para o português). Comunidades inteiras vivem 
completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da selva, mas sim nas 
movimentadas margens dos rios — únicas vias de comunicação, num ambiente em que a 
eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta-gotas. 
“No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de 
qualidade”, explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento 
Sustentável Mamirauá. “A enorme área da floresta torna inviável a criação de uma rede de 
distribuição, e os povoados só conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com 
geradores a gasolina fornecidos pelo Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, 
refrigeração e lazer”, relata do município amazônico de Tefé. 
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por meio de 
painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com 
o objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares Brito. 
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema flutuante, sobre boias no 
rio, e o outro no telhado de uma fábrica de gelo — para permitir, um, o envio da água desde 
o leito do rio até as casas, e o outro, a fabricação de barras de gelo. O fornecimento da água 
do rio por meio de uma bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, 
que as crianças passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais fiquem 
com medo que um jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens. 
“Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que 
elas agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos 
dificilmente podem ser comercializados no exterior ou simplesmente conservados”, diz 
Soares Brito. 
Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa imensa região 
normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder, concentrados no Sudeste e que 
priorizam as políticas públicas nas regiões densamente povoadas (de eleitores). Um grupo 
de pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a 
construção de uma pequena fábrica — prevista para abril — com 3 congeladores 
alimentados por painéis solares para poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la 
em mercados situados a horas de barco do povoado, como Manaus. A revolução solar que 
alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima década, após a 
implementação em 1º de março de novas regras que permitem, pela primeira vez, a geração 
distribuída de energia e sua ligação às redes de distribuição, trará consequências 
principalmente para os grandes centros urbanos. 
Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a 
excessiva dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da 
eletricidade consumida, milhões de brasileiros poderão se tornar agora prosumidores, 
neologismo que reflete o novo paradigma sob o qual parece avançar a geração de 
eletricidade: o consumidor é o produtor de pelo menos uma parte de sua demanda. 
“Estamos diante do início de uma revolução, porque pela primeira vez a sociedade brasileira 
pode participar diretamente da criação de uma nova matriz energética”, diz Rodrigo Sauaia, 
presidente da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). 
As regras aprovadas pela Aneel permitem, segundo Sauaia, “a geração compartilhada de 
energia solar entre vários clientes, que podem se agrupar em forma de consórcio ou de 
cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas fotovoltaicos domésticos ou 
comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando os painéis produzirem mais do que o 
que é consumido, e vice-versa”. 
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do país, 
a produção de energia abasteceria mais que o dobro da totalidade da demanda dos 
domicílios brasileiros. 
Os especialistas indicam que a região brasileira menos exposta à irradiação solar tem 
potencial para gerar pelo menos 25% mais energia que a região mais favorecida na 
Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas. 
Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/29/ciencia/1461915967_041451.html>. Acesso em: 
10 jun. 2016. 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio consumidor produza 
30% da sua demanda, tornando-se proconsumidor. 
II De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em todas as 
residências do país faria com que a produção brasileira de energia superasse a alemã em 
18%. 
III O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco comunidades da 
Amazônia, onde há aproximadamente dois milhões de pessoas sem acesso à energia 
elétrica de qualidade. 
IV O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua produção hidrelétrica e, por 
isso, a energia solar é uma boa alternativa. 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) 
Todas as afirmativas são corretas. 
 
B) 
Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 
C) 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
D) 
Apenas as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
E) 
Nenhuma afirmativa é correta. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) 
Comentários: 
C) O desenvolvimento do projeto tem como objetivo disponibilizar 
água e energia elétrica de qualidade para os moradores da região. 
Exercício 10: 
Leia o texto a seguir. 
Pesquisa aponta que 45,9% dos brasileiros não fazem exercícios físicos 
Pesquisa feita pelo Ministério do Esporte mostrou que 45,9% dos brasileiros de 15 a 74 
anos estão sedentários, o que significa cerca de 67 milhões de pessoas sem praticar 
nenhum esporte ou nenhuma atividade física. A maior fatia de sedentários está na região 
Sudeste: 54,4%. 
Os motivos? Falta de tempo (para 58,8%), problemas de saúde (em 9,5% dos casos) e a 
preguiça ou falta de interesse, declarada por 11,8% dos entrevistados. A pesquisa teve 
8.902 entrevistas pessoais, realizadas em 2013. Foi considerado sedentário quem 
declarou não ter feito esporte ou atividade física no tempo livre. 
Abandono 
Além de avaliar quem está sedentário, o ministério também perguntou a quem estava 
parado se havia deixado alguma prática física. Concluiu que quase 90% dos brasileiros 
abandonam a prática esportiva e viram sedentários até os 34 anos. Como a estudante 
Isabela Markman, 20 anos: “Eu fazia academia, mas parei no começo do ano e noto 
diferença. Passear e brincar com minha cachorrinha me deixa mais cansada”. 
 
Disponível em <http://www.metrojornal.com.br/nacional/plus/brasileiros-se-tornam-sedentarios-antes-dos-
34-anos-diz-pesquisa-200699>. Acesso em 08 jun 2016 (com adaptações). 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta 
I De acordo com a pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam problemas de saúde 
causados pelo sedentarismo. 
II Conforme o texto, quase 90% dos brasileiros acima de 34 anos são sedentários, pois 
abandonam as práticas esportivas. 
III Cerca de 60% dos brasileiros praticam futebol, segundo a pesquisa. 
 
A) 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
B) 
Apenas as afirmativas II e IIIestão corretas. 
 
C) 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
D) 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
E) 
Todas as afirmativas estão corretas. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) 
Comentários: 
A) Nenhuma das afirmativas acima condizem com a veracidade do 
texto em questão. 
Exercício 11: 
Leia o texto a seguir. 
EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes 
Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram 
nesta quarta-feira (12.11.2014) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança 
climática, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. 
A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por 
parte da China e mais um pelos EUA. 
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 
anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções 
previstas entre 2005 e 2020. Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, 
embora isso possa começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia 
produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis. 
Estados Unidos e China representam juntos 45% das emissões planetárias de CO2, um 
dos gases apontado como culpado pela mudança climática. 
A União Europeia representa 11% das emissões planetárias de CO2. No mês passado, o 
bloco se comprometeu a reduzir em pelo menos 40% as emissões até 2030, na 
comparação com os níveis de 1990. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/11/eua-e-china-anunciam-acordo-para-reduzir-
emissao-de-gases-poluentes.html>. Acesso em: 14 nov. 2014 (com adaptações). 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes até 2030 significa 
que a poluição proveniente do país continuará em crescente aumento por mais uma 
década. 
II Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União Europeia será 
responsável por um corte maior nos volumes de gases poluentes emitidos do que o corte 
dos dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões. 
III Se Estados Unidos e China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da emissão dos 
gases poluentes, eles serão responsáveis por 27% das emissões planetárias em 2025. 
 
Assinale a alternativa correta 
 
A) 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
B) 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 
C) 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
D) 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
E) 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) 
Comentários: 
A) Nenhuma das afirmativas acima condizem com a veracidade do 
texto em questão. 
Exercício 12: 
Leia a charge, de autoria de Quino, e o texto, de autoria de Rubem Alves. 
 
Disponível em: <http://blogs.sapo.pt/noauth?blog=perguntasparvas>. Acesso em: 13 fev. 2015. 
Minha estrela é a educação. Educar não é ensinar matemática, física, química, geografia e 
português. Essas coisas podem ser aprendidas nos livros e nos computadores. Dispensam 
a presença do educador. Educar é outra coisa. De um educador pode-se dizer o que 
Cecília Meireles disse de sua avó – que foi quem a educou: “O seu corpo era um espelho 
pensante do universo”. O educador é um corpo cheio de mundos.... A primeira tarefa da 
educação é ensinar a ver. O mundo é maravilhoso, está cheio de coisas assombrosas. 
Zaratustra ria vendo borboletas e bolhas de sabão. A Adélia ria vendo tanajuras em voo e 
um pé de mato que dava flor amarela. Eu rio vendo conchas, teias de aranha e pipocas 
estourando... Quem vê bem nunca fica entediado com a vida. O educador aponta e sorri – 
e contempla os olhos do discípulo. Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz. Estão 
vendo a mesma coisa. Quando digo que minha paixão é a educação estou dizendo que 
desejo ter a alegria de ver os olhos dos meus discípulos, especialmente os olhos das 
crianças. 
Disponível em: <http://rubemalves.com.br/site/educador.php>. Acesso em: 10 dez. 2014. 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I A charge e o texto apresentam visões semelhantes sobre o ato de ensinar e o de educar. 
II De acordo com Rubem Alves, o educador deve espelhar o mundo para os alunos, 
transmitindo os conhecimentos escolares necessários ao seu desenvolvimento pessoal e 
profissional. 
III Os olhos dos discípulos sorrindo simbolizam a compreensão dos alunos em relação ao 
que o educador apontou. 
IV De acordo com a charge e o texto, o saber do educador não é importante; o 
conhecimento só é essencial no ato de ensinar. 
Está correto o que se afirma somente em 
 
A) 
 II e III. 
 
B) 
I e IV. 
 
C) 
I e III. 
 
D) 
I, III e IV. 
 
E) 
II e IV. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) 
Comentários: 
C) A charge evidencia a correlação entre aprender e ditar, além, de 
esclarecer a pratica da educação. 
Exercício 13: 
Leia o texto a seguir. 
Energia eólica no Brasil 
No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas 
barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que 
devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a 
necessidade urgente do país em diversificar suas fontes de energia. 
(...) A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 
1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de 
Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como 
eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). 
(...) Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22MW 
em 2003 para cerca de 1.000MW em 2011 (quantidade suficiente para abastecer uma 
cidade de cerca de 400 mil residências). 
(...) Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de 
Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 
140GW. 
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com 
os meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é 
exatamente quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande fonte suplementar à 
energia gerada por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país. Durante esse 
período podem-se preservar as bacias hidrográficas fechando ou minimizando o uso das 
hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco. Por essa razão, 
esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográfica dos 
recursos hídricos existentes no país. 
A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No 
entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia. 
Disponível em: <http://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/energia-eolica-no-brasil/>. Acesso em: 05 
nov. 2014 (com adaptações). 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta 
I De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à demanda 
de cidades com até 400 mil habitantes. 
II Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico do 
país. 
III De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%. 
 
A) 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 
B) 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
C) 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
D) 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
E) 
Todas as afirmativas estão corretas. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)Comentários: 
B) A alternativa selecionada confirma que a energia eólica gerada no 
Brasil foi de menos de 1%, muito abaixo do potencial do país, 
caracterizando a ineficiência frente a capacidade real . 13 e O autor 
destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra os 
moradores de periferia, geralmente, não ganha grande repercussão 
na mídia e não estimula protestos populares . 
Exercício 14: 
Leia o texto a seguir. 
Tá lá mais um corpo estendido no chão 
Flavio Moura. 
Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o camelô Carlos Augusto Muniz 
Braga durante ação na Lapa, no último dia 18. 
De acordo com a ordem de soltura, o assassinato se deveu ao fato de que o braço esquerdo 
do PM foi seguro “bruscamente”. E ainda à situação tensa em que ele se encontrava, 
cercado de “populares insatisfeitos com a polícia no local”. O tumulto, no entender da juíza, 
justifica a necessidade de o policial “então encontrar-se armado”. O vídeo circulou por todo 
canto. 
O policial aponta por três minutos a arma em todas as direções. As pessoas em volta gritam 
“baixa a arma!”, enquanto dois colegas seus tentam imobilizar um vendedor de rua no chão. 
O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que tinha na mão. A polícia partiu pra 
cima e a situação se criou. 
Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para dispersar o grupo ao redor. Ato 
contínuo, Carlos Augusto tenta tirar o spray de sua mão. É o que basta para ser executado. 
Ele ainda correu por alguns metros com a bala na cabeça, antes de tombar no asfalto. Isso 
às 17h, numa rua movimentada de um bairro de classe média de São Paulo. 
Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da figura é Eliana Cassales Tosi de 
Melo e ela faz parte da 5a Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo). A lógica 
peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o juiz que recentemente queria manter 
preso o manifestante Fabio Hideki, detido injustamente em manifestação durante a Copa do 
Mundo, por considerá-lo “esquerda caviar”. 
O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do episódio. Da declaração tosca 
do prefeito, “foi um ato isolado”, aos indignados de plantão das redes sociais, tudo se passou 
como se fosse mais um tropeço da polícia, entre tantos outros. Fiquei pensando o que 
ocorreria se a cena fosse na Paulista, nas manifestações de junho do ano passado. E se a 
vítima fosse um jovem de classe média quebrando uma vitrine de loja ou banco (gesto a 
meu ver mais grave do que vender CD pirata). O governo estadual corria o risco de ser 
deposto. 
Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para as manifestações de junho de 
2013. As primeiras passeatas foram pequenas e reprovadas pela imprensa e pela maioria 
da população. 
Quando vieram à tona as cenas de manifestantes feridos por balas de borracha, o cenário 
virou. Dali em diante, os editoriais deram razão aos manifestantes e a classe média ganhou 
as ruas em defesa do direito de protestar. 
O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração do poeta Sergio Vaz, 
organizador dos saraus da Cooperifa. No documentário “Junho”, produzido pela TV Folha e 
bom retrato das manifestações do ano passado, ele pondera. “Bala de borracha? Se lá no 
meu bairro a polícia usasse bala de borracha meus amigos ainda estavam vivos”. 
Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu com o camelô Carlos Augusto 
é motivo para alguns milhares de passeatas. 
A letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que a dos EUA e 100 vezes maior que 
a inglesa. Se antes o Rio era o palco dos principais descalabros da corporação, esse posto 
agora parece ser ocupado por São Paulo. 
Na véspera do assassinato na Lapa, a PM paulista transformou o centro da cidade num 
campo de guerra, com gás lacrimogêneo e barricadas em chamas para despejar 200 
ocupantes de um prédio vazio. 
Em apenas uma semana, a cidade viu repetir-se o despreparo e a truculência em duas 
regiões próximas. Se voltamos para trás no tempo, há exemplos a perder de vista. 
O governador segue blindado e na liderança das intenções de voto para as próximas 
eleições. E o prefeito, que não tem responsabilidade direta pela ação da PM, poderia retificar 
sua frase infeliz. 
Bem que a gente gostaria, mas o crime da semana passada não foi um ato isolado. 
Disponível em: <https://br.noticias.yahoo.com/blogs/flavio-moura/ta-la-mais-um-corpo-estendido-no-chao-
030622918.html>. Acesso em: 7 nov. 2014. 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I O autor mostra-se indignado com a banalização da morte, afirmando que as pessoas não 
se mobilizam diante da violência da polícia, seja ela exervida contra ricos ou pobres. 
II O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra os moradores de 
periferia geralmente não ganha grande repercussão na mídia e não estimula protestos 
populares. 
III O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera confrontos entre ambulantes 
e policiais, espalhando violência pela cidade. 
IV O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende a atuação repressiva diante 
de manifestações e crimes, uma vez que é esse o papel dessa instituição. 
Está correto o que se afirma somente em 
 
A) 
I e II. 
 
B) 
II e III. 
 
C) 
I e IV. 
 
D) 
II e IV. 
 
E) 
II. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) 
Comentários: 
E) O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e 
contra os moradores de periferia, geralmente, não ganha grande 
repercussão na mídia e não estimula protestos populares . 
Exercício 15: 
Leia o texto a seguir. 
Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos sólidos 
Fernanda Sampaio da Silva 
O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações urbanas. 
Influenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade 
moderna. Também influenciou no desenvolvimento dos meios de transporte e 
comunicação, que interligaram distintas regiões. Foi responsável pela maior produtividade 
e pela consequente elevação da produção agrícola. Contribuiu ainda com o êxodo rural. 
Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, criou novas 
profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova relação desta 
com a natureza. 
Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda trazem problemas ao meio 
ambiente. Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da produção e do consumo 
são encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem trazer impactos com 
consequências para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde uma escala local até 
mesmo global. 
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, minimizando 
possíveis impactos negativos ao meio ambiente, é necessário que haja um processo de 
gestão para a diminuição de resíduos durante o processo produtivo e/ou, quando possível, 
substituição do material utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser reciclado. 
Portanto, a reciclagem é um elemento importante para a minimização de resíduos em 
lixões e aterros sanitários. 
Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais inapropriados 
constituem um problema ambiental e, por isso, seu gerenciamento deve ocorrer de forma 
correta e dentro da legislação, para que não seja comprometida a qualidade de vida das 
pessoas e do meio ambiente. 
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos sólidos 
perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT - NBR 1004 de 2004, que faz uma 
classificação dos resíduos. Os resíduos são classificados em Classe I quando se trata de 
resíduos sólidos perigosos (classificados pelo seu grau de risco a saúde pública) e Classe 
II quando sãoresíduos não perigosos. 
Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são inertes e 
Classe II B, inertes. 
Os resíduos sólidos gerados devem ser controlados nas indústrias, pois fazem parte do 
licenciamento pelo órgão ambiental competente. Por isso, para que esse órgão tenha 
conhecimento dos resíduos gerados, o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA 
dispõe de uma resolução com o objetivo de inventariar os resíduos sólidos gerados em 
todo o país, para que seja elaborado o Plano Nacional para Gerenciamento de Resíduos 
Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a partir de informações como quantidade, 
formas de acondicionamento e armazenamento e destinação final, enviadas 
trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução CONAMA Nº 313/2002). 
Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reget/article/viewFile/4083/2797>. 
Acesso em: 12 nov. 2014 (com adaptações). 
Com base nas informações do texto, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta 
I O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da conscientização do 
consumidor a fim de que modifique seus hábitos. 
II A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento do 
acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos classificados como 
perigosos. 
III A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para Gerenciamento 
de Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área industrial para que exista a 
redução da geração de resíduos sólidos. 
 
A) 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 
B) 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
C) 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
D) 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
E) 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) 
Comentários: 
E) Nenhuma das alternativas acima correspondem com a veracidade 
das informações concedidas no referido texto. 
Exercício 16: 
Leia o texto e analise as afirmativas a seguir. 
O celular se torna uma arma dos cidadãos contra a impunidade 
Raquel Seco 
A polícia começou dizendo que o tiro que matou Carlos Augusto Braga na quinta-feira 
passada foi acidental. Poucas horas depois dos distúrbios no bairro da Lapa (São Paulo), 
desencadeados por uma operação contra a pirataria, a polícia se viu obrigada a retificar: o 
agente disparou contra a cabeça do vendedor ambulante de 30 anos quando este tentou 
tomar dele um spray de pimenta. Várias pessoas gravaram a cena. Os telefones celulares 
tornaram-se uma arma dos brasileiros contra a impunidade, especialmente das forças de 
segurança. A ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública registrou 1.890 mortes em 
operações policiais em 2012, atribuídas “rotineiramente” a tiroteios com grupos criminosos. 
O que aconteceria se ninguém tivesse filmado? Em 2013, 75,5% dos brasileiros com mais 
de 10 anos de idade tinham um telefone celular, 5% a mais que no ano anterior, segundo 
pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
Em 2012, Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, morreu em São Paulo depois de ser 
atingido por vários disparos da polícia. Um vizinho filmou-o sendo retirado de casa sob a 
acusação de ter participado em um assalto. Em dado momento, um policial se posiciona 
para atirar. Ouve-se um disparo e, quando a câmera volta a mostrar a rua, a viatura está 
indo embora. Os quatro policiais acusados foram absolvidos no mês passado. 
Em fevereiro, o país ficou chocado com a imagem de um adolescente agredido e 
acorrentado a um poste no Rio de Janeiro. Alguns vizinhos o castigaram por supostos 
roubos no bairro e produziram uma imagem especialmente dolorosa para uma nação que 
pôs fim à escravidão em 1888. Yvonne Bezerra de Melo, a mulher de 66 anos que alertou 
as autoridades, recebeu uma enxurrada de insultos nas redes sociais por ajudar “um 
delinquente”. 
Cláudia Silva Ferreira, faxineira de 38 anos, morreu em 16 de março deste ano atingida por 
uma bala perdida em uma favela do Rio de Janeiro. A viatura policial que a levava para o 
hospital arrastou seu corpo pendurado no porta-malas por 250 metros. Um motorista gravou 
tudo. O escândalo foi enorme. Seis policiais acusados de matá-la já haviam retornado ao 
trabalho em julho, embora em funções longe das ruas, de acordo com o jornal O Globo. 
Há algumas semanas, em um centro comercial de São Paulo, a polícia abordou dois jovens 
negros por suspeitar que tinham roubado uma loja de roupas. Até chegar o momento em 
que a dona do comércio defendeu os dois, confirmando que haviam pagado por tudo o que 
tinham na sacola. Dezenas de pessoas gravaram a cena para deixar claro o que estava 
acontecendo, enquanto uma multidão se reuniu para gritar em defesa dos jovens. Os 
garotos e o pai deles denunciaram o comportamento da polícia. 
A onda de linchamentos na América Latina também chegou ao Brasil. Em abril, durante a 
febre de execuções populares, o sociólogo José de Souza Martins dizia ao EL PAÍS: “Três 
anos atrás, eram três ou quatro por semana. Depois das manifestações de junho (de 2013), 
passaram a uma média de uma tentativa por dia. Hoje temos mais de uma tentativa por dia”. 
Um jovem de 24 anos foi espancado até a morte por vizinhos dentro do hospital onde era 
examinado para determinar se ele havia estuprado um menor. Uma pessoa filmou dezenas 
de pessoas invadindo o centro médico. No total, 24 pessoas estão sendo investigadas. 
O presídio do Maranhão, que enfrenta problemas de corrupção, superlotação e insegurança, 
chamou a atenção da mídia novamente quando o jornal Folha de S. Paulo publicou o vídeo, 
extremamente violento, no qual três prisioneiros apareciam decapitados. 
Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/21/sociedad/1411333593_390676.html>. Acesso 
em: 24 set. 2014. 
I De acordo com o texto, as imagens captadas por celulares podem ser uma arma para os 
cidadãos se defenderem da arbitrariedade do poder público. 
II De acordo com o texto, os celulares têm contribuído para a redução da violência no Brasil. 
III As imagens gravadas serviram de prova em 1.890 mortes ocorridas em operações 
policiais em 2012. 
É correto o que se afirma apenas em: 
 
A) 
I. 
 
B) 
I e II. 
 
C) 
III. 
 
D) 
I e III. 
 
E) 
II e III. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) 
Comentários: 
A) As imagens captadas por celulares, de acordo com o texto, podem 
ser uma arma para os cidadãos se defenderem da arbitrariedade do 
poder público. 
Exercício 17: 
Com base no texto a seguir, analise as afirmativas. 
O vírus letal da xenofobia 
Eliane Brum 
Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda a doença de uma 
sociedade. A doença que esteve sempre lá, respirando nas sombras (ou nem tão nas 
sombras assim), manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil na semana passada. 
Era uma suspeita de ebola, fato suficiente, pela letalidade do vírus, para exigir o máximo 
de seriedade das autoridades de saúde, como aconteceu. Descobrimos, porém, a 
deformação causada por um vírus que nos consome há muito mais tempo, o da xenofobia. 
E, como o outro, o “estrangeiro”, a “ameaça”, era africano da Guiné, exacerbada por uma 
herança escravocrata jamais superada. 
O racismo no Brasil não é passado, mas vida cotidiana conjugada no presente. A peste 
não está fora, mas dentro de nós. 
Foi ela, a peste dentro de nós, que levou à violação dos direitos mais básicos do homem 
sobre o qual pesava uma suspeita de ebola. Contrariando a lei e a ética, seu nome foi 
exposto. Seu rosto foi exposto. O documento em que pedia refúgio foi exposto. Ele não foi 
tratado como um homem, mas como o rato que traz a peste para essa Oran chamada 
Brasil. Deste crime, parte da imprensa, se tiver vergonha, se envergonhará. 
Ainda existea espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der 
negativo ou positivo, devemos desculpas. 
Não sei se há desamparo maior do que alcançar a fronteira de um país distante, nessa 
solidão abissal. E pedir refúgio, essa palavra-conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão 
delicada. E então se sentir mal, e cada um há de saber como a fragilidade da carne nos 
escava. Corrói mesmo aqueles que têm o melhor plano de saúde num país desigual. Ele, 
desabitado da língua, era desterrado também do corpo. Para alcançar o que viveu o 
homem desconhecido, porque o que se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê-lo 
como um homem, não como um rato que carrega um vírus. Para alcançá-lo, é preciso 
vestir o homem. Mas só um humano pode vestir um humano. 
E logo ouviu-se o clamor. Não é hora de fechar as fronteiras?, cobrou-se das autoridades. 
Que os ratos fiquem do lado de fora, onde sempre estiveram. Que os ratos apodreçam e 
morram. Para os ratos não há solidariedade nem compaixão. Parece que nada se 
aprendeu com a Aids, com aquele momento de vergonha eterna em que os gays foram 
escolhidos como culpados, o preconceito mascarado como necessária medida sanitária. 
E quem são os ratos, segundo parte dos brasileiros? 
Há sempre muitos, demais, nas redes sociais, dispostos a despejar suas vísceras em 
praça pública. No Facebook, desde que a suspeita foi divulgada, comprovou-se que uma 
das palavras mais associadas ao ebola era “preto”. “Ebola é coisa de preto”, desmascarou-
se um no Twitter. “Alguém me diz por que esses pretos da África têm que vir para o Brasil 
com essa desgraça de bactéria (sic) de ebola”, vomitou outro. “Graças ao ebola, agora eu 
taco fogo em qualquer preto que passa aqui na frente”, defecou um terceiro. Acreditam 
falar, nem percebem que guincham. 
“Descrever uma epidemia é uma forma magistral de revelar as diversas formas de 
totalitarismo que maculam uma sociedade. Neste quesito, os brasileiros não 
economizaram. A divulgação, por meios de comunicação que atingem dezenas de milhões 
de pessoas, da foto de um homem negro, vindo da África, como suspeito de ebola, foi a 
apoteose do fantasma do estrangeiro como portador da doença”, afirmou a esta coluna 
Deisy Ventura, professora de direito internacional da Universidade de São Paulo, 
pesquisadora das relações entre direito e saúde, autora do livro Direito e Saúde Global – O 
caso da pandemia de gripe A (H1N1). “Veja que este fantasma é mobilizado em relação 
aos pobres, sobretudo negros, nunca em relação aos estrangeiros ricos e brancos. O 
escravagismo, terrível doença da sociedade brasileira, associa-se ao desejo conjuntural de 
dizer: este governo não deveria ter deixado essas pessoas entrarem. É uma espécie de 
lamento: tanto se esforçaram as elites para branquear este país, e agora querem preteá-
lo?” 
A África desponta, de novo e sempre, como o grande outro. Todo um continente povoado 
por nuances e diversidades reduzido à homogeneidade da ignorância – a um fora. 
Como disse um imigrante de Burkina Faso à repórter Fabiana Cambricoli, do jornal O 
Estado de S. Paulo: “Os brasileiros não sabem que Burkina Faso é longe dos países que 
têm ebola. Acham que é tudo a mesma coisa porque somos negros”. 
Ele e dezenas de imigrantes de diversos países da África estão sendo hostilizados e 
expulsos de lugares públicos na cidade de Cascavel, no Paraná, onde o primeiro caso 
suspeito foi identificado. Tornaram-se “os caras com ebola”, apontados na rua “como os 
negros que trouxeram o vírus para o Brasil”. 
O ebola não parece ser um problema quando está na África, contido entre fronteiras. Lá é 
destino. O ebola só é problema, como escreveu o pesquisador francês Bruno Canard, 
porque o vírus saiu do lugar em que o Ocidente gostaria que ele ficasse. 
“A militarização da resposta ao ebola, que com a anuência do Conselho de Segurança das 
Nações Unidas, em setembro último, passou da Organização Mundial da Saúde a uma 
Missão da ONU, revela que a grande preocupação da comunidade internacional não é a 
erradicação da doença, mas a sua contenção geográfica”, reforça Deisy Ventura. 
Para o homem que alcançou o Brasil em busca de refúgio e teve sua dignidade violada na 
exposição de seu nome, rosto e documentos, ainda existe a espera de um segundo teste 
para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos desculpas. 
Devemos reparação, ainda que saibamos que a reparação total é uma impossibilidade, e 
que essa marca pública já o assinala. Não é uma oportunidade para ele, é para nós. 
É preciso reconhecer o rato que respira em nós para termos alguma chance de nos 
tornarmos mais parecidos com um humano. 
Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/opinion/1413206886_964834.html>. Acesso em: 
13 out. 2014. 
I Metaforicamente, a xenofobia é uma peste que se espalha na sociedade, alimentada por 
postagens em redes sociais. 
II No Brasil a xenofobia manifesta-se contra o estrangeiro em geral, pois somos um povo 
ainda culturalmente atrasado. 
III O ódio e o preconceito são geralmente dirigidos a grupos socialmente excluídos ou 
desprivilegiados. 
De acordo com o texto, é correto o que se afirma em 
 
A) 
I, II e III. 
 
B) 
I, apenas. 
 
C) 
II, apenas. 
 
D) 
I e III, apenas. 
 
E) 
III, apenas. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) 
Comentários: 
D) A xenofobia é uma é um problema social muito grave, que causa 
muita indiferença entre as pessoas que sofrem com esse descaso, 
logo, pode-se definir que causa constrangimento, desconforto para 
este cidadãos que são excluídos e desprivilegiados , por serem 
estrangeiros, imigrantes e etc . 
Exercício 18: 
Leia o texto e a charge a seguir. 
Podemos modificar a forma de ensinar 
José Manoel Moran 
Ensinar e aprender exigem, hoje, muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de 
grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. 
Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes 
de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, 
menos engessados. Temos informações demais e dificuldade em escolher quais são 
significativas para nós e conseguir integrá-las dentro da nossa mente e da nossa vida. A 
aquisição da informação dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias podem 
trazer hoje dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor - o 
papel principal - é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a 
contextualizá-los. Aprender depende também do aluno, de que ele esteja pronto, maduro, 
para incorporar a real significação que essa informação tem para ele, para incorporá-la 
vivencialmente, emocionalmente. Enquanto a informação não fizer parte do contexto 
pessoal - intelectual e emocional - não se tornará verdadeiramente significativa, não será 
aprendida verdadeiramente. Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se 
mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm 
distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de 
modernidade, sem mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda 
incipiente, mas que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas 
atuais de ensinar e de aprender. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6 TextoMoran>. Acesso em: 18 dez 2014 
(com adaptações). 
 
Disponível em: <http://www.cartuns.com.br/page1.html>. Acesso em:18 dez. 2014. 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
I Segundo o texto, no futuro, os professores não serão mais necessários no processo de 
ensino e aprendizagem. 
II A charge enaltece o fato de que hoje em dia já dispomos de profissionais autodidatas, que 
aprenderam suas profissões consultandoa internet, o que corrobora o texto. 
III A charge e o texto destacam a internet como recurso de aprendizagem e consideram 
ultrapassadas as formas tradicionais de ensino. 
IV Segundo o texto, é importante que o conteúdo a ser aprendido faça parte da realidade do 
aluno; se não o fizer, não há necessidade de ensinar tal conteúdo. 
 
A) 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
B) 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
C) 
Apenas as afirmativas I e IV estão corretas. 
 
D) 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
E) 
Todas as afirmativas estão corretas. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) 
Comentários: 
A) Nenhuma das afirmativas acima condizem com a veracidade do 
texto em questão. 
Exercício 19: 
Leia o texto a seguir. 
Criada por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), a 
tecnologia nomeada "Ecolágua" utiliza raios ultravioleta (UV) para purificar água de rios e 
torná-la potável em poucos segundos. A ideia surgiu após apelo de indígenas, que 
revelaram mortes por ingestão de água contaminada no interior do Amazonas. Segundo o 
desenvolvedor do equipamento, o pesquisador alemão Roland Vetter, a iniciativa para 
elaboração da tecnologia veio em forma de apelo. Índios da etnia Deni pediram ajuda para 
frear a ocorrência de doenças causadas por água contaminada. “Nós queríamos instalar 
para eles um secador solar para madeira e frutas. Eles disseram ‘É muito bom, mas não é 
disso que precisamos’. Eles estavam morrendo por ingerir água suja do rio Xeruã”, contou. 
Conforme Vetter, 11 índios Deni morreram vítimas de doenças diarreicas causadas por 
bactérias da espécie Escherichia coli somente em 2005. O quadro clínico, semelhante ao 
da cólera, assustou os indígenas. 
De acordo com o pesquisador, a desinfecção da água ocorre porque os microrganismos, em 
contato com os raios ultravioleta tipo C, perdem a capacidade de se multiplicar. Em termos 
técnicos, a luz provoca um dano fotoquímico instantâneo no material genético dos 
microrganismos, o que causa o efeito desinfetante. 
Anteriormente nomeado ‘Água Box’, o equipamento pesa cerca de 15 kg e pode "limpar" 
facilmente água de rios, poços e da chuva. De acordo com Vetter, água de rios urbanos, 
como a Bacia do Turamã, em Manaus, ou o Rio Tietê, em São Paulo, também pode ser 
purificada pelo equipamento, que realiza uma filtragem prévia para conter alguns resíduos 
sólidos, como areia e outros sedimentos. 
A luz do sol é capturada por painéis solares, que mantêm carregada uma bateria dentro do 
equipamento. Dessa forma, a tecnologia garante o funcionamento de uma lâmpada 
ultravioleta, responsável pela destruição dos microrganismos. Com o processo de filtragem 
adequado - cujo equipamento específico é anexado ao Ecolágua -, o pesquisador do Inpa, 
Ray Cleise, que fez parte da concepção da tecnologia, garante que águas turvas podem se 
tornar límpidas. 
A máquina garante a eficiência de desinfecção em 99,99%, conforme testes feitos em 
laboratório. Uma mostra d'água coletada do Rio Solimões constatou a contaminação por 
bactérias Escherichia coli, que estão presentes no intestino humano, além de índices de 
turbidez superiores ao admissível. Após o tratamento com a tecnologia, as bactérias foram 
destruídas e a turvação passou de 27,90 UNT - Unidade Nefelométrica de Turbidez - para 
1,64 UNT. O produto começou a ser disponibilizado no mercado há cerca de dois meses, 
pela empresa Qluz Ecoenergia. De acordo com o empresário responsável pela venda do 
produto, Roberto Lavor, a expectativa é de que a máquina beneficie não só brasileiros, mas 
também pessoas de todas as regiões do mundo. "Nós temos um grande potencial de água 
doce, que não é mais potável, pois está suja e cheia de impurezas. Vivemos na maior bacia 
hidrográfica do planeta, mas que não garante aos ribeirinhos o acesso à água potável. O 
'Ecolágua' é um instrumento viável que torna a água potável de forma quase instantânea", 
explicou Lavor. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/11/na-amazonia-tecnologia-usa-raios-uv-
e-sol-para-purificar-agua-de-rios.html>. Acesso em: 12 nov. 2014 (com adaptações). 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
I O raio ultravioleta do tipo C é usado para purificar a água de rios por meio de danos no 
material genético dos microrganismos. 
II O equipamento desenvolvido pelo Inpa é composto por um conjunto de filtros para redução 
da turbidez da água. 
III O Ecolágua tem painéis solares que alimentam uma bateria responsável pelo 
funcionamento de uma lâmpada ultravioleta cuja função é danificar o material genético dos 
microrganismos. 
IV O Ecolágua tem filtros que, alimentados por uma bateria, são capazes de retirar todo 
material particulado da água em tratamento. 
V Ray Cleise, que fez parte da concepção do desenvolvimento do equipamento, garante 
que águas turvas podem se tornar límpidas apenas pela ação solar. 
 
A) 
Apenas as afirmativas I e V estão corretas. 
 
B) 
Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. 
 
C) 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
D) 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
E) 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) 
Comentários: 
C) A Alternativa corretaé a c, O raio ultravioleta do tipo C é usado 
para purificar a água de rios por meio de danos no material genético 
dos microrganismos. O Ecolágua tem painéis solares que alimentam 
uma bateria responsável pelo funcionamento de uma lâmpada 
ultravioleta cuja função é danificar o material genético dos 
microrganismos. 
Exercício 20: 
Leia o texto a seguir. 
Para especialista da OMS, ebola pode ter matado milhares além do oficial. 
Especialista diz que famílias podem ter enterrado pessoas em segredo. 
Cálculo é baseado em taxa de mortalidade de países mais afetados. 
Agência France Presse (AFP) 
O número real de vítimas mortais da letal epidemia de ebola provavelmente excederá em 
milhares as 4.818 do último balanço, difundido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 
advertiu um especialista desta organização. "Há muitíssimas mortes não registradas nesta 
epidemia", afirmou à AFP Christopher Dye, responsável pela Estratégia da OMS, 
considerando que as vítimas mortais fora do registro oficial podem chegar a 5 mil. 
Para chegar a esse número, ele se baseou na taxa de mortalidade da doença nos países 
mais afetados (Guiné, Serra Leoa e Libéria), que é de 70%. 
A OMS estimou haver um total de 13.042 casos diagnosticados, o que significa que muitas 
mortes não foram comunicadas. 
Segundo Dye, uma explicação para essa diferença é que as pessoas teriam enterrado 
familiares em segredo, para evitar que autoridades interferissem em seus ritos funerários, 
que incluem lavar e tocar o morto. O contato com pessoas portadoras do vírus é o 
responsável por boa parte dos contágios, razão pela qual as autoridades sanitárias dos 
países afetados no oeste da África estão realizando um forte trabalho de conscientização 
para que os corpos das pessoas infectadas sejam incinerados. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/11/para-especialista-da-oms-ebola-
pode-ter-matado-milhares-alem-do-oficial.html>. Acesso em: 07 nov. 2014 (com adaptações). 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
I Se a taxa de mortalidade é de 70% e o número total de casos é de 13.042, estimam-se 
mais de 9.000 mortes. 
II Segundo o texto, os rituais fúnebres de vários grupos revelam ignorância e atraso cultural 
e isso explica o fato de algumas doenças primitivas serem encontradas somente no 
continente africano. 
III Segundo o texto, as pessoas enterram seus familiares em segredo porque as normas 
para evitar o contágio impediriam seus rituais.Está correto o que se afirma em 
 
A) 
I e III, somente. 
 
B) 
I e II, somente. 
 
C) 
III, somente. 
 
D) 
I, somente. 
 
E) 
I, II e III. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) 
Comentários: 
A) O texto deixa claro que a taxa de mortalidade é altíssima e 
informa que os familiares enterram seus entes queridos em sigilo, 
para impedir os rituais existentes . 
Exercício 21: 
Leia a charge e a notícia a seguir. 
 
Disponível em: <https://www.facebook.com/BoicoteOConsumismo/photos>. Acesso em: 13 nov. 2014. 
Brasil desperdiça 40 mil toneladas de alimentos todos os dias 
Embrapa diz que 19 milhões de pessoas poderiam ser alimentadas com alimento 
jogado fora. De acordo com o órgão, o desperdício ocorre, principalmente, durante a 
preparação de refeições 
Mônica Clica/Flickr 
São Paulo – O desperdício de alimentos no Brasil chega a 40 mil toneladas por dia, segundo 
pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba). Anualmente, a 
quantia acumulada é suficiente para alimentar cerca de 19 milhões de pessoas diariamente. 
De acordo com o estudo, a maior parte dos alimentos é desperdiçada durante o preparo das 
refeições. 
O nutricionista Gilcélio Gonçalves de Almeida explica que grande parte dos nutrientes dos 
alimentos está na casca e que se perde muito com o hábito de descascar legumes e frutas. 
“A casca da banana pode ser usada para fazer doce ou farofa e ela continua com as 
propriedades alimentares que ela tem”, argumenta. Além disso, o nutricionista aponta que a 
casca da abóbora ajuda a controlar o açúcar no sangue. 
Disponível em: <http://www.redebrasilatual.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2014 (com adaptações). 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
I A culpa pelo desperdício de alimentos é, em grande parte, atribuída ao cultivo de produtos 
orgânicos, como mostram os dois textos, pois esse tipo de produção requer técnicas que 
descartam partes das frutas, das verduras e dos legumes. 
II A crítica da charge baseia-se na oposição entre aqueles que podem escolher o consumo 
de produtos mais caros e os que não têm acesso à alimentação digna. 
III O foco da charge é a crítica à produção de orgânicos que, por serem em geral mais caros 
do que os não orgânicos, geram mais desperdícios. 
IV. De acordo com a notícia, estima-se que 19 milhões de pessoas passem fome no Brasil. 
 
A) 
I e II. 
 
B) 
 II e III. 
 
C) 
I e IV. 
 
D) 
II e IV. 
 
E) 
II. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) 
Comentários: 
E) A charge e o texto ressaltam a ironia dos personagens , em que, 
por um lado, é possível escolher produtos mais refinados por aqueles 
que gozam de um poder aquisitivo maior e o menino pobre, que tem 
de se alimentar com o que acha no lixo. 
Exercício 22: 
Leia os quadrinhos e o texto a seguir. 
 
Disponível em: <https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos>. Acesso em: 30 nov. 2014. 
O Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, foi escrito pelo filósofo Platão e está contido 
em “A República”, no livro VII. Na alegoria, narra-se o diálogo de Sócrates com Glauco e 
Adimato. É um dos textos mais lidos no mundo filosófico. 
A história narra a vida de alguns homens que nasceram e cresceram dentro de uma caverna 
e ficavam voltados para o fundo dela. Ali contemplavam uma réstia de luz que refletia 
sombras no fundo da parede. Esse era o seu mundo. Certo dia, um dos habitantes resolveu 
voltar-se para o lado de fora da caverna e logo ficou cego devido à claridade da luz. E, aos 
poucos, vislumbrou outro mundo com natureza, cores, “imagens” diferentes do que estava 
acostumado a “ver”. Voltou para a caverna para narrar o fato aos seus amigos, mas eles 
não acreditaram nele e revoltados com a “mentira” o mataram. 
Com essa alegoria, Platão divide o mundo em duas realidades: a sensível, que se percebe 
pelos sentidos, e a inteligível (o mundo das ideias). O primeiro é o mundo da imperfeição e 
o segundo encontraria toda a verdade possível para o homem. Assim, o ser humano deveria 
procurar o mundo da verdade para que consiga atingir o bem maior para sua vida. Em 
nossos dias, muitas são as cavernas em que nos envolvemos e pensamos ser a realidade 
absoluta. 
Disponível em: <http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/23/mito-da-caverna-uma-reflexao-
atual-178922-1.asp>. Acesso em: 30 nov. 2014 (com adaptações). 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I O personagem da charge afirma que vivemos na caverna de Platão porque ele não tem 
acesso às modernas tecnologias. 
II A referência ao mito da caverna de Platão alude ao fato de ser intensa a vida virtual nos 
dias de hoje, graças aos modernos aparelhos. 
III Os quadrinhos enaltecem os aparelhos modernos que são recursos de acesso a 
informações, uma vez que o personagem pôde aprender filosofia por meio da internet. 
IV Na tirinha a expressão “caverna de Platão” tem sentido positivo e enaltece a sociedade 
tecnológica contemporânea. 
Está correto o que se afirma somente em: 
 
A) 
I e II. 
 
B) 
II e IV. 
 
C) 
III e IV. 
 
D) 
II. 
 
E) 
I e III. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) 
Comentários: 
D) A imagem caracteriza a modernização e as inovações atuais, 
deixando as outras versões obsoletas . 
Exercício 23: 
Leia o texto a seguir. 
Educação 2.0: ensino personalizado para cada aluno 
Projeto busca implementar um “aprendizado adaptativo” por meio da Internet, Big 
Data e Web Analytics, que individualizará o ensino a cada estudante 
Marcelo Brandão 
O ensino como forma unificada de transmissão de conhecimento, independentemente das 
características de cada aluno, parece estar com os dias contatos. Nada mais de ensinar de 
um único jeito para alunos distintos. 
A proposta é implementar um “aprendizado adaptativo” por meio de toda a tecnologia online 
disponível para individualizar o ensino a cada estudante. Uma proposta ambiciosa, que 
pretende abarcar toda Espanha e América Latina até o final de 2015. Para alcançar esse 
objetivo, o projeto utilizará todo o potencial da Internet e do Big Data - que acumulará todo 
o histórico do aluno permitindo conhecer seus talentos e suas fraquezas e definir um plano 
de ensino que melhor se adapte a ele. E com o auxílio de ferramentas de análises em rede, 
proporcionará um conhecimento para o melhor caminho profissional e educativo desse 
aluno. Ou seja, a personalização passa ser a chave de todo o projeto educacional. 
No entanto, esse modelo segue tendo como pilar principal o professor. “Por exemplo, o 
programa dirá a ele que: nessa semana foram explicados 32 conceitos. O aluno assimilou 
27. Esses são os cinco que merecem reforço. Ou, esse aluno é muito esperto e está 
aprendendo sem problemas, porém está se esforçando ao limite”, explica Manuela Clara, 
sobre o quão acessível e o quão didática é a ferramenta para os professores. 
A nova proposta de ensino já começa a apresentar boa aceitação entre os docentes. 
Segundo uma pesquisa realizada pela Santillana entre professores que fizeram alguns 
testes com a plataforma, 82% dos consultados acreditam que a porcentagem de alunos 
aprovados na matéria aumentaria em 10%. 
A tecnologia como ferramenta educativa já não é mais questionável. Videojogos e outros 
passatempos têm auxiliado, há um bom tempo, o desenvolvimento de nossas habilidades e 
seduzido nossa fome por conhecimento. A novidade aqui, no entanto, abre espaço para um 
avanço e uma discussão mais ampla envolvendo percepção e a análise psíquica de cada 
indivíduo (...). 
Disponível em: <http://consumidormoderno.uol.com.br/index.php/inovacao/novas-tecnologias>. Acesso 
em: 12 nov. 2014 (com adaptações). 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I A proposta apresentada notexto refere-se ao ensino personalizado a cada estudante, de 
acordo com suas facilidades e dificuldades de aprendizagem, por meio da tecnologia online 
disponível. 
II Essa proposta de ensino minimiza o papel do professor na educação, conferindo à 
tecnologia a capacidade de ensinar. 
III De acordo com o texto, a plataforma já é aceita e utilizada por 82% dos professores. 
Está correto o que se afirma em 
 
A) 
I, II e III. 
 
B) 
II e III, apenas. 
 
C) 
II, apenas. 
 
D) 
I e III, apenas. 
 
E) 
I, apenas. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) 
Comentários: 
E) Alternativa correta é a letra E, pois a proposta apresentada no 
texto refere-se ao ensino personalizado a cada estudante, de acordo 
com suas facilidades e dificuldades de aprendizagem, por meio da 
tecnologia online disponível. 
Exercício 24: 
Leia o texto e a charge a seguir. 
Garotinha de seis anos dá lição de igualdade de gênero para editora de livros infantis 
Aos seis anos de idade, a garotinha Parker Danis costumava ser fã da série ‘Biggest, 
Baddest Book of Bugs’. Mas quando percebeu que na mensagem da contracapa estava 
escrito que aquele era um livro “para garotos”, ela decidiu enviar uma carta com reclamações 
muito adultas para a editora ABDO. 
“Queridos publicadores, eu sou uma garota de seis anos de idade e acabei de ler ‘Biggest, 
Baddest Book of Bugs’. Eu realmente gostei da seção dos insetos que brilham no escuro e 
das questões no fim. Mas quando vi que a contracapa dizia que aquele era um livro para 
garotos eu fiquei muito triste. Fiquei chateada por existir algo como um “livro para garotos”. 
Vocês deveriam colocar “para meninos e meninas” em vez de “para meninos”, pois algumas 
garotas também querem ser entomologistas”. 
Enviada no dia 20 de abril, a editora respondeu para a garota 20 dias depois com a seguinte 
mensagem: “Você tocou em um ponto muito importante: deveríamos ter feito ‘Biggest, 
Baddest Book of Bugs’ para todos. Afinal, garotas podem gostar de ‘coisas de garotos’ 
também. Nós decidimos levar em conta o seu conselho e na próxima edição o livro se 
chamará simplesmente ‘Biggest, Baddest Book of Bugs’”. 
Um tempo depois (com Parker completando seus maduros sete anos), a editora enviou a 
nova edição – já alterada – para a garota. Em resposta à mudança, Parker disse 
publicamente: “Se quiserem, meninos podem ter cabelos grandes e garotas, cabelos 
curtos”. 
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2014/12/garotinha-de-seis-anos-da-
licao-de-igualdade-de-genero-para-editora-de-livros-infantis.html>. Acesso em: 08 dez. 2014. 
Disponível em: <http://gabrielacaldeiraaranhaposusp.blogspot.com.br/2012_11_01_archive.html>. Acesso 
em: 15 fev. 2015. 
Com base nas leituras, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta 
I A garota da notícia e a da tirinha assumem posturas distintas, uma vez que a amiga de 
Calvin defende que há “coisas de menino e coisas de menina” e, por isso, não quer subir 
na árvore. 
II A crítica da menina na carta à editora fundamenta-se no argumento de que a ciência é 
algo que interessa aos dois gêneros, diferentemente de outros assuntos mais específicos. 
III Os dois textos posicionam-se contrariamente à discriminação por gênero, que pode se 
manifestar desde a infância. 
Está correto o que se afirma somente em 
 
A) 
I e III. 
 
B) 
II e III. 
 
C) 
III. 
 
D) 
I e II. 
 
E) 
I. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) 
Comentários: 
C) A tira acima caracteriza a separação de ações por sexo, o que 
pode deixar evidente um estereótipo social . 
Exercício 25: 
Analise a charge e texto a seguir. 
 
Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com>. Acesso em: 15 dez. 2014. 
Brasil é o pior em retorno de impostos à ação, aponta estudo 
Pela quinta vez consecutiva, o Brasil é o país que proporciona o pior retorno de valores 
arrecadados com tributos em qualidade de vida para a sua população. A conclusão consta 
de estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) que compara 30 
países com maior carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e verifica se o 
que é arrecadado por essas nações volta aos contribuintes em serviços de qualidade. 
Estados Unidos, Austrália e Coréia do Sul ocupam respectivamente as primeiras posições 
do ranking. O Brasil está em 30º lugar, atrás da Argentina (24º) e do Uruguai (13º). 
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/04/1434959-brasil-e-o-pior-em-retorno-de-
imposto-a-populacao-aponta-estudo.shtml>. Acesso em: 15 dez. 2014. 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
I A crítica tanto da charge quanto do texto é direcionada ao fato de que os cargos públicos 
e os privilégios no Brasil ainda são hereditários, resquício de nosso passado colonial. 
II A charge e o texto entram em contradição, uma vez que a charge mostra um cenário 
otimista de continuidade e a notícia critica o sistema tributário brasileiro. 
III De acordo com os dados da notícia, no Uruguai, o volume de imposto arrecadado é maior 
do que no Brasil. 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 
B) 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
C) 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
D) 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
E) 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) 
Comentários: 
D) Nenhuma das alternativas possuem relação com a imagem acima. 
Exercício 26: 
Leia o texto e a charge a seguir. 
Para educar um filho 
Rubem Alves 
Era uma sessão de terapia. “Não tenho tempo para educar a minha filha”, ela disse. 
Um psicanalista ortodoxo tomaria essa deixa como um caminho para a exploração do 
inconsciente do cliente. Ali estava um fio solto no tecido da ansiedade materna. Era só puxar 
o fio... Culpa. Ansiedade e culpa nos levariam para o sinistro subterrâneo da alma. 
Mas eu nunca fui ortodoxo. Sempre caminhei ao contrário na religião, na psicanálise, na 
universidade, na política, o que tem me valido não poucas complicações. O fato é que eu 
tenho um lado bruto, igual àquele do Analista de Bagé. Não puxei o fio solto dela. Ofereci-
lhe meu próprio fio. 
“Eu nunca eduquei os meus filhos...”, eu disse. 
Ela fez uma pausa perplexa. Deve ter pensado: “Mas que psicanalista é esse que não educa 
seus filhos?”. “Nunca educou seus filhos?”, perguntou. 
Respondi: “Não, nunca. Eu só vivi com eles”. 
Essa memória antiga saiu da sua sombra quando uma jornalista, que preparava um artigo 
dirigido aos pais, me perguntou: “Que conselho o senhor daria aos pais?”. 
Respondi: “Nenhum. Não dou conselhos. Apenas diria: a infância é muito curta. Muito mais 
cedo do que se imagina, os filhos crescerão e baterão as asas. Já não nos darão ouvidos. 
Já não serão nossos. No curto espaço da infância há apenas uma coisa a ser feita: viver 
com eles, viver gostoso com eles. Sem currículo. A vida é o currículo. Vivendo juntos, pais 
e filhos aprendem. A coisa mais importante a ser aprendida nada tem a ver com informações. 
Conheço pessoas bem informadas que são idiotas perfeitos. O que se ensina é o espaço 
manso e curioso que é criado pela relação lúdica entre pais e filhos”. 
Ensina-se um mundo! Vi, numa manhã de sábado, num parquinho, uma cena triste: um pai 
levava o filho pra brincar. Com a mão esquerda empurrava o balanço. Com a mão direita 
segurava o jornal que estava lendo... 
Em poucos anos, sua mão esquerda estará vazia. Em compensação, ele terá duas mãos 
para segurar o jornal. 
Disponível em: <http://www.pingodegente.com.br/2010/01/um-pouco-de-rubem-alves/>. Acesso em: 15 
dez. 2014. 
 
Disponível em: <http://speranzanueva.blogspot.com.br/2013/06/charge_12.html>.

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