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ANOTAÇÕES DE REVISÃO AV1 ETICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

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Ética e Responsabilidade Social
TEMA 1 – CONCEITOS GERAIS DE ÉTICA
Há quem diga que ética é o estudo do que é bom e do que é mau, a ética também pode ser entendida como a reflexão em torno da vida, das ações humanas e dos costumes da sociedade. Ela não estabelece regras e é caracterizada pela busca contínua de sentido, de justificativa para o que é bom e mau, ou pela diferenciação entre o bem e o mal.
Discípulo de Platão, Aristóteles discordava de seu mestre quanto à ética, pois entendia que o homem não luta para buscar um único bem supremo.
A ética de Immanuel Kant buscou a igualdade entre os homens, o conhecimento verdadeiro, a liberdade do agir de forma única, racional, transcendental.
Peter Singer é um filósofo contemporâneo que entende a ética como sinônimo de moral. Ele afirma que para muitos a ética não passa de algo que é bonito na teoria, mas não funciona na Prática.
Zygmunt Bauman é outro pensador da atualidade que estuda a ética. Suas abordagens envolvem preocupações com a pobreza, o fascismo, a desigualdade humana, as crises ambientais e outras consequências do que chama de capitalismo parasitário.
Mas poderíamos dizer que uma palavra-chave quando se trata de ética é “reflexão”.
TEMA 2 – PROBLEMAS MORAIS E PROBLEMAS ÉTICOS
A palavra ética vem do grego ethos, que significa conduta, agir corretamente e dentro de um padrão correto, trata-se de um conjunto de valores que orienta o comportamento do homem em relação a outros membros da sociedade, ou seja, a ética é a forma com que o homem deve se comportar em seu meio social. Entenda que a ética diz respeito, portanto, à forma de agir dentro da sociedade, de maneira que o cidadão tenha consciência e saiba distinguir o que é certo e do que é errado de maneira cognitiva, ou seja, de acordo com o conhecimento acumulado durante os anos.
Moral, é um sistema de normas, princípios e valores históricos que permeia as relações entre os indivíduos e que é aceito e acatado livremente, por convicção própria e consciência do cidadão, a filosofia moral ou ética nascem quando existem senso e consciência moral individual. Neste caso, busca-se saber, além da correção dos costumes, sobre o caráter de cada pessoa, que fica bem definido através da conduta moral de cada indivíduo.
Devemos, portanto, entender que a moral é a área dentro dos valores da sociedade em que o cidadão deve se comportar de acordo com o que é estabelecido por regras e normas, as quais definem o que é moral ou imoral. No caso dos problemas morais, muitas das dúvidas e dilemas são estabelecidos por lei, ou seja, existe uma regulamentação que vai decidir a moralidade do ato ou não. Nesse caso, mesmo que o indivíduo pense que esteja agindo eticamente pelo seu bem, pode causar mal a outrem.
Neste caso, praticar um crime é ilegal e imoral. Como cidadão consciente, você pode ver e crer que existe uma coerência na moralidade, diferente dos preceitos éticos, que são definidos internamente pelo indivíduo.
TEMA 3 - ÉTICA, MORAL E DIREITO
A noção de ética varia com a forma pela qual o pensador vê o mundo. Por isso, concluímos que reflexão é uma espécie de palavra-chave quando se fala de ética, assim como: justiça; virtude; esforço; e vontade para discernir o que é bom do que é mau.
Assim como no caso da ética, existem variações quanto à noção de moral. Podemos dizer que há, também, certa confusão entre os conceitos de ética e de moral, além de autores que os consideram sinônimos, inclusive alguns dicionários. A moral, portanto, está associada ao que é certo ou errado, justo ou não, reprovável ou não, em termos de consciência humana, de costumes, de regras sociais.
Direito é a faculdade de exigir, realizar, possuir ou fazer algo que esteja de acordo com a lei. Já no sentido objetivo, o Direito é o conjunto de leis que dirige o homem, indicando o que ele pode e deve fazer, ou não. Diferentemente das leis morais, as leis e normas jurídicas são, por regra, escritas, registradas por meio dos agentes públicos que detém autoridade para criá-las.
Sobre a relação entre ética, moral e Direito podemos elencar semelhanças e diferenças. Moral e Direito se assemelham pois, diferentemente da ética, ambas se baseiam na coerção das normas. Por outro lado, moral e Direito também se diferenciam na medida em que as leis do Direito são limitadas territorialmente pelo Estado, a cujo poder estão vinculadas, enquanto que as regras morais são pessoais e sociais, grafadas na consciência, como se costuma dizer popularmente, sem fronteiras geográficas.
A ética, por sua vez, não diz respeito a leis, regras ou normas. A noção de ética está relacionada ao estudo, à reflexão em torno do que é bom e do que é mau, e representa uma busca voluntária, uma virtude, uma vontade e esforço pela melhoria do ser humano.
O papel da moral na sociedade se evidencia na exigência de valores morais para mediar as relações sociais. Honestidade, solidariedade, decência, respeito mútuo, entre outros, são aspirações morais contínuas da coletividade na qual estamos imersos. O Direito fala por si só. Confiamos nos operadores do Direito (juízes, advogados, promotores, delegados), porém a sociedade, não raras vezes, ressente-se com os legisladores pela criação de leis que parecem muito mais defender interesses privados do que públicos. O papel da ética, portanto, está em contribuir com suas reflexões, isoladamente ou em conjunto com a moral e o Direito. Os estudos éticos devem ser aproveitados na elaboração de leis e códigos com maior capacidade de sanear as ações tanto do homem comum, quanto daqueles operadores do Direito e agentes políticos que tomam decisões pela sociedade.
TEMA 4 - ÉTICA EMPRESARIAL
O conceito de Ética Empresarial envolve justamente as formas mais corretas de lidar com todos esses participantes, buscando a justiça de valores éticos e morais. Um conjunto de regras de valores éticos e morais definidos pela corporação é uma ferramenta essencial para tomadas de decisões por parte da diretoria. Também é norteador para colaboradores e gerentes, levando-os a buscar atender os objetivos e metas especificadas pela empresa.
A visão, missão e valores das empresas delimita como deve ser a postura ética e conduta moral de seus funcionários. Desta forma, garante que a empresa tenha uma postura ética em relação aos seus pares, como são chamados os stakeholders, como acionistas, funcionários, poder público, clientes e sociedade, gerando códigos de ética para demonstrar que a empresa tenha responsabilidade social e ambiental, respeitando normas e regras vigentes
Entretanto, não basta somente o Código de Ética como norma de conduta. A empresa deve ter um plano estratégico que garanta que todas as etapas dos processos estejam de acordo com as normas e regras da legislação vigente, comprometendo-se com os valores éticos e morais que está solicitando de seus colaboradores.
Responsabilidade Social acontece quando a empresa, de forma voluntária, assume posturas e atitudes que promovam o bem-estar do público externo e interno (colaboradores e sociedade). A responsabilidade social corporativa diz respeito às preocupações sociais voltadas para o público interno e o ambiente de negócios de uma empresa, ao passo que a responsabilidade social empresarial tem mais beneficiários, como o público externo, fornecedores, clientes, sociedade, governo e envolve questões como a qualidade de vida e bem-estar do público interno. São as ações sociais que envolvem a comunidade. Responsabilidade Ambiental é o mais recente. Cada vez mais, fala-se em sustentabilidade ou no chamado desenvolvimento sustentável por meio de práticas, políticas e ações que vão além do atendimento ao ambiente interno das corporações, atingindo principalmente as questões do público externo, da comunidade e o meio ambiente em si. As empresas que têm responsabilidade social e cuja prática é baseada na sustentabilidade normalmente produzem ações voltadas à comunidade do entorno, mas também à sociedade em geral. Ao promover uma ação social colaborativa, a empresa muitasvezes fica marcada por esta atividade, e dependendo do setor, outras ações são quase obrigatórias.
Existem alguns tipos de certificação mais comuns, como o ISO9000 e ISO14000. Estes selos denotam que a empresa respeita os direitos humanos, gêneros, comportamento ético e é pautada pelo Estado de Direito. ISO14000 é um sistema de gestão ambiental (SGA) segundo o qual empresas que demandam ou trabalham com algum tipo de produto que afete o meio ambiente devem obrigatoriamente ter premissas para serem aceitos por organizações e empresas (clientes finais também) em nível nacional e internacional. 
Entenda que não existe Responsabilidade Social sem ética nos negócios, por isso a necessidade dos códigos de ética empresariais. Não adianta a empresa ser corrupta, fraudar seus registros e balanços e desenvolver ações sociais, pois quando estes padrões de comportamento virem à tona ela terá que responder por eles. A empresa deve cultivar em sua cultura organizacional a Responsabilidade Social e Ambiental, além da Ética Empresarial, para obter resultados objetivos no âmbito externo. Em outras palavras, ela deve atender inicialmente o público interno, mantendo seus padrões éticos, para posteriormente entrar em uma atividade que envolva a comunidade.
TEMA 5 - CÓDIGO DE ÉTICA
Código de ética é um conjunto sistematizado de normas por meio das quais as organizações definem os padrões de postura e de comportamento aceitáveis para seus gestores, associados, colaboradores, sócios, parceiros etc. A função dos códigos é regular as ações desses agentes e alinhar sua conduta à postura dos acionistas. Eles também vêm sendo utilizados como indicadores da preocupação ética, acrescentando valor às organizações
Entenda, portanto, que os códigos podem existir sem serem aplicados. Por outro lado, podem existir verdadeiros programas de estímulo à adequação da postura de clientes, fornecedores e colaboradores às definições do código de ética corporativo, como forma de fortalecimento e ampliação da imagem da organização. O simples fato de cumprir o código de ética de sua categoria profissional, de sua corporação, não confere a ninguém qualquer dignidade ou direito adicional. Não importa se por medo das consequências ou por convicção moral, o código deve ser cumprido em função do bom trato com o outro.
Entre as várias justificativas que levam empresas a criarem e adotarem códigos de ética, podemos destacar: incentivos legais oferecidos por alguns países; a globalização que muitas vezes exige a adequação a outras culturas e regiões; prevenção de risco ou impossibilidade de eximir-se perante responsabilidades quanto a ocorrências que possam afetar negativamente a imagem da organização; adequação aos princípios e valores organizacionais.
Saiba que os códigos de ética podem ser de diversos tipos. Há códigos de categorias profissionais (médicos, advogados, contadores, psicólogos etc.); de associações comerciais (de comerciantes ou de comerciários); públicos (de servidores, juízes, militares); e privados (de clubes recreativos, de grandes corporações, de micro e pequenas empresas). Independente da tipificação, a maioria dos códigos está associada à ideia de maior responsabilidade social por parte dos colaboradores envolvidos.
Os códigos de ética podem ser entendidos como aspectos da ética aplicada às organizações, uma vez que estabelecem regras embasadas nos valores morais definidos a partir dos princípios éticos abraçados pelas entidades.
Podemos concluir, portanto, que, independente da tipologia adotada, códigos de ética têm se mostrado vantajosos para as organizações.
TEMA 6 – EMPRESA, ESTADO E SOCIEDADE CIVIL
Podemos definir Estado como uma organização estrutural política e econômica dentro de uma área territorial estabelecida, com população permanente e governo constituído, reconhecido por organismos internacionais, por outros países e que tenha soberania sobre seu território. O Estado deve ser constituído por três poderes independentes: Poder Executivo, Poder Judiciário e Poder Legislativo.
Saiba que o primeiro setor corresponde a empresas, instituições e organizações públicas, ou seja, do governo. O segundo setor, por sua vez, diz respeito a empresas privadas dos segmentos de comércio, indústria e serviços, ao passo que o terceiro setor compreende as iniciativas no âmbito social, como ONGs (Organizações Não-Governamentais), fundações, instituições, cooperativas e empresas que não têm finalidade lucrativa, e cujo objetivo é promover o bem-estar da coletividade.
Empresas são organizações privadas que têm finalidade lucrativa para com o seu quadro societário.
As empresas, no que tange a sua forma, podem ser:
• microempresas;
• pequenas empresas ou de pequeno porte;
• médias empresas; e
• empresas de grande porte.
As empresas podem ainda ser estatais ou privadas.
Existe uma distinção entre empresa e sociedade empresarial. A empresa é a vontade de cidadãos, pessoas físicas, de se tornarem pessoas jurídicas de fato. Já a sociedade empresarial é a subdivisão das cotas de ações e propriedade da empresa já estabelecida.
Sociedade civil é o conjunto de organizações ou instituições cívicas de trabalho voluntário e sem fins lucrativos que atuam em diversos segmentos dentro do Estado. A sociedade civil no Brasil abrange as empresas do terceiro setor. Seguem alguns exemplos de entidades classificadas como sociedade civil: associações de classe (como o CRA - Conselho Regional de Administração de Empresas), clubes sociais, cívicos e esportivos (agremiações de comunidades, bem como clubes de futebol, regatas, remo, ginástica etc.), cooperativas, grupos de defesa ambiental e ecológica (Greenpeace e Fundação S.O.S. Mata Atlântica), grupos culturais e religiosos (instituições religiosas, de caridade como Cruz Vermelha Internacional), igrejas, partidos políticos, associações educacionais e órgãos de defesa ao consumidor. Ainda existem associações de classe internacional como a ONU (Organização das Nações Unidas) e UNICEF que atuam no sentido de colaborar com questões do terceiro setor no cenário internacional. As empresas de sociedade civil têm caráter filantrópico e possuem regras internas a serem seguidas, entretanto, assim como as empresas e os cidadãos, devem estar submetidas à lei máxima que é a Constituição Federal, além de cumprirem todas as normas e exigências legais impostas pelo Estado.
As empresas, o Estado e a sociedade civil atuam de formas distintas, cada qual em seu regime e ramo de atividade. Em muitos momentos, entretanto, existem correlações entre estes três setores da economia nos mais diversos países. 
As empresas têm correlação forte com o Estado, pois dependem dele para abertura, manutenção, fechamento, pagamento de impostos, tributações, documentação e outras questões de ordem legal. Estão vinculadas também ao Direito trabalhista e tributário, seja de esfera estadual, municipal ou federal.
 As empresas também mantêm contato com as instituições da sociedade civil, seja como eventuais doadoras, fornecedoras e compradoras, mantenedoras de associações, ou até mesmo atuando em serviços colaborativos na responsabilidade social. Já a sociedade civil tem muita correlação em suas atividades com o Estado, visto que muitas destas empresas são consideradas Organizações Não-Governamentais, ou seja, atuam onde o Estado não consegue chegar
TEMA 7 – CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
O comportamento guiado pela ética e pautado em valores morais representa algo importante nas sociedades atuais. É importante compreender as perspectivas relacionadas à postura dos indivíduos e das organizações perante as questões éticas.
O conceito de responsabilidade socioambiental é um desses aspectos. Entendê-lo requer o conhecimento prévio de responsabilidade social e responsabilidade ambiental, conceitos estes que estão intimamente ligados à percepção de desenvolvimento sustentável.
O conceito de desenvolvimento sustentável diz respeito à capacidade de promover o crescimento humano, econômico e social, com respeitoao meio ambiente, de forma a atender às necessidades do presente sem comprometer o direito das futuras gerações em suprir as próprias necessidades. Ao relacionar crescimento econômico e meio ambiente, temas historicamente conflitantes, a expressão engloba certa polêmica e dá margem a Questionamentos.
Responsabilidade ambiental trata do conjunto de posturas individuais ou organizacionais preocupadas com seu impacto sobre os recursos naturais ou construídos, no intuito de preservá-los, o conceito praticamente deu lugar à ideia de responsabilidade social, uma espécie de compromisso assumido pela sociedade, de tal forma que nossas ações, esforços e desempenho sejam sempre voltados para a melhoria das condições de vida de todos que fazem parte desse universo. Surge, assim, a noção de responsabilidade socioambiental, que abraça todos os conceitos anteriormente apresentados, pois engloba a preocupação ambiental, a social, a individual e a organizacional. Todos estes aspectos seriam considerados uma visão ampliada de meio ambiente.
Embora haja várias versões de tais conceitos, uma abordagem bastante aceita entende a responsabilidade social empresarial (ou corporativa) como sendo a atitude ética dos cidadãos e das empresas em todas as suas atividades e nas relações com parceiros, clientes, fornecedores, funcionários, meio ambiente, governos, acionistas, concorrentes e comunidade. É o reconhecimento do papel de cidadão consciente a todo indivíduo com o qual a organização se relacione.
Dentro dessa visão, o homem é o sistema mais aberto (complexo), o que se evidencia na interdependência que ele mantém com a natureza, com o ecossistema técnico-social, social ou sociourbano.
TEMA 8 – RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA (RSC)
A Responsabilidade Social Corporativa ou Empresarial (RSC) é a definição das práticas voltadas a atender interesses da comunidade por parte das empresas e corporações privadas e estatais. As políticas empregadas visam demonstrar que a empresa está atenta às demandas da sociedade civil, atuando de forma ética internamente e criando valores para sua organização. Estas práticas podem ser tanto internas quanto externas, tendo como alvo o que chamamos de stakeholders, que são os acionistas, os colaboradores e o público interno da corporação. Um exemplo desta prática é a elaboração de um código de ética. A empresa socialmente responsável precisa tomar ações internas no sentido de não deixar dúvidas sobre seus negócios, pois são diversos os agentes que estão em contato com o meio empresarial. A empresa socialmente responsável deve ser sempre transparente em suas negociações, em seus controles internos, em suas práticas e contatos com órgãos governamentais. Seu código de ética interno deve ser conhecido e praticado por todos os colaboradores. Além disso, é necessário ter respeito pelo governo e pela sociedade civil, o que resulta em obrigações e deveres. As empresas devem respeitar a definição política do país no qual operam. Isto porque elas são entidades que buscam lucratividade, ao passo que o papel do Estado é providenciar as condições necessárias para que a empresa possa se estabelecer e realizar seus negócios.
Outro importante fator é a Responsabilidade Ambiental, que é essencial que as empresas socialmente responsáveis busquem modelos de gestão ambiental adequados, contendo itens como indicadores para análise de desempenho ambiental, certificações e prevenção de incidentes e acidentes ambientais, além do controle do descarte é essencial que as empresas socialmente responsáveis busquem modelos de gestão ambiental adequados, contendo itens como indicadores para análise de desempenho ambiental, certificações e prevenção de incidentes e acidentes ambientais, além do controle do descarte. As empresas que tem parceria com associações da sociedade civil devem demonstrar suas ações e os valores de suas atividades, deixando claro quais são os reais ganhos para a sociedade, por meio do balanço social.
A RSC passou por algumas etapas até chegar ao ponto que conhecemos hoje. A seguir, confira a explicação para cada estágio:
• Anos 1930 a 1970. Com o crescimento do consumo e da industrialização em níveis mundiais, as empresas e países começaram a pensar nas possibilidades de criarem regras, normas e leis que pudessem frear práticas desleais de comércio, antiéticas e estimular a transparência nas transações;
• Anos 1980 a 2000. Empresas começaram a adequar seus produtos e ações de marketing empresarial a ações responsáveis para com as comunidades que atuam. Houve também a criação de modelos de processos, como ISO9000 (2015) e ISO14000, para certificar processos gerenciais e ambientais;
• Anos 2000 até os dias atuais. Criação das chamadas empresas do bem, e ranking de atuação de empresas sustentáveis, além da criação e utilização dos balanços sociais.
TEMA 9 - GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
Gestão ambiental pública é um processo de mediação de interesses e conflitos entre fatores sociais que agem sobre os meios físico-natural e construído. Este processo de mediação define e redefine, continuamente, o modo como os diferentes atores sociais, através de suas práticas, alteram a qualidade do meio ambiente e também, como se distribuem na sociedade os custos e os benefícios decorrentes da ação destes agentes. Políticas de gestão ambiental são conjuntos de iniciativas, definições e ações direcionadas à administração dos recursos ambientais, no intuito de garantir que eles possam suprir nossas necessidades sem comprometer as das futuras gerações.
No Brasil, a Lei 6.938/1981 rege a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) a partir do direcionamento recebido dos artigos 225, 129, 170, 174, entre outros, da Constituição Federal. O objetivo principal das políticas públicas de gestão ambiental deve ser o de orientar a solução de conflitos sociais que envolvam questões e recursos ambientais, visando alcançar o bem- estar social e a preservação de recursos para as próximas gerações. As políticas ambientais privadas, normalmente ocorrem na forma de declarações de intenções, expondo as estratégias e princípios das organizações quanto aos seus objetivos e metas ambientais. Em última análise, a gestão ambiental privada pode ser entendida como um processo administrativo, dinâmico e interativo, de recursos, fazendo parte do sistema de gestão global de uma organização. Perceba que as políticas públicas para gestão ambiental podem ser classificadas como urbanas, rurais, internacionais, nacionais, estaduais, regionais, municipais, entre outras. Em termos internacionais, talvez o maior destaque mundial ainda seja dado à Agenda 21 (BRASIL, 2004), que enumerou as principais políticas de desenvolvimento ambientais em nível internacional. Em nosso país, o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) é liderado pelo Conselho de Governo, cuja atribuição é assessorar o presidente da República na elaboração das diretrizes ambientais governamentais e na formulação da política ambiental. Saiba que as estruturas ambientais brasileiras são complexas e envolvem legislação de várias esferas federativas.
O conceito de sustentabilidade diz respeito à capacidade de um sistema humano, natural ou misto resistir ou se adaptar à mudança endógena ou exógena por tempo indeterminado. Os autores entendem que a relação entre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável está no fato de que este último é um conjunto de ações intencionalmente adotadas para manter ou melhorar a sustentabilidade de nosso modo de vida.
Trata-se de uma estratégia que permite que os ambientes sejam usados pelas gerações do presente e pelas próximas. Assim, podemos perceber que o desenvolvimento sustentável é um caminho para alcançarmos a sustentabilidade ambiental, que acabaria por ser o objetivo de longo prazo. Tenha em mente que desenvolvimento sustentável trata de esforço concentrado e coordenado em todas as áreas nas quais o ser humano está inserido: campos, cidades, ambientes de trabalho, meios econômico e social. Se buscarmos apenas agir nosentido de reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, por exemplo, podemos acabar prejudicando outras espécies. É preciso entender o planeta de forma holística.
Em termos privados, política ambiental é uma declaração da organização, enquanto que em termos públicos a política ambiental se expressa sob a forma de leis ou conjuntos de leis.
TEMA 10 – PACTO GLOBAL
Em 1948, a ONU criou a Carta dos Direitos Humanos, afirmando que toda a população mundial deve ter acesso aos seus direitos básicos de cidadania e sobrevivência, no intuito de evitar que cada povo tenha estas prerrogativas perdidas ou subjugadas por eventuais governos locais. Nesse contexto, o Pacto Global é o conjunto de dez princípios elaborado pela ONU, derivados dos itens:
• princípios dos Direitos Humanos que vêm da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948;
• princípios dos Direitos do Trabalho da OIT;
• princípios de Proteção Ambiental da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de 1992 (Eco-92) e depois em 2012 na Rio+20;
• princípios contra a Corrupção da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção (ONU, 2010).
Para o Pacto Global, os princípios de direitos humanos são:
• Respeitar e proteger os direitos humanos - Neste sentido, a ONU orienta que na base das Constituições de todos os Estados, seja explicitado o respeito e a proteção dos Direitos Humanos. Independente de crença, raça, partidarismo político, gênero, idade ou status, as pessoas têm o direito de ir e vir e de desfrutar dos direitos humanos básicos à vida sem quaisquer tipos de restrições pela força ou pela moralidade vigente.
• Impedir violações de direitos humanos - A ONU, como entidade, não tem força suficiente para dirimir todos os conflitos internacionais, nem para fazer ações de combate às violações dos Direitos Humanos. Ela não tem como fazer com que os países, mesmo os signatários, façam valer os dez princípios internamente, porém ela determina que quaisquer violações básicas ao direito de existência serão duramente repudiados e tratados com sanções políticas e econômicas.
Os princípios de direitos do trabalho são:
• Apoiar a liberdade de associação no trabalho - Sabemos que muitas empresas atuam no sentido de dar garantias ao trabalhador na busca por seus direitos básicos. Além dos governos permitirem associações e sindicatos, empresas que apoiam as diretrizes do Pacto Global também devem atuar para que seus colaboradores tenham acesso a sindicatos, associações e livres corporações para tratar de assuntos de interesse dos funcionários (SROUR, 2008).
• Abolir o trabalho forçado - O trabalho forçado, ou trabalho sob regime de serviços análogos à escravidão, é prática não permitida na maioria dos países. No entanto, ainda são encontrados focos de incidência deste tipo de trabalho, o que fere a livre escolha e decisão do cidadão. A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) pressupõe evitar contratar e subcontratar serviços de empresas que usem o serviço forçado.
• Abolir o trabalho infantil - O trabalho infantil, assim como o trabalho forçado, não é permitido em muitos países signatários do Pacto Global. Ainda assim, sabemos que é prática permanente em locais, especialmente zonas rurais, nas quais os princípios básicos dos cidadãos não são regiamente estabelecidos. Os filhos, no intuito de colaborar com o sustento do lar, trabalham desde a mais tenra idade, mesmo que haja proibição por parte das legislações Vigentes.
• Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho - A discriminação é tratada de forma diferente entre os diversos Estados da ONU. Cada vez mais empresas e países tentam tratar a discriminação como um crime comum e, evidentemente, denunciando quem a pratica ou permite
Os princípios de proteção ambiental são:
• Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais - As empresas buscam ao máximo reduzir a poluição resultante da fabricação de produtos e serviços utilizando práticas sustentáveis e adequando-se aos desafios ambientais. Como exemplo, podemos citar a redução da emissão de carbono, devido ao forte apelo feito pela comunidade internacional
• Promover a responsabilidade ambiental - Através de ações e atividades empresariais, mas também por meio de certificações, selos, rotulagens que demonstrem que os processos nas empresas sejam realmente de responsabilidade ambiental.
• Encorajar tecnologias que não agridam o meio ambiente - As empresas ganham incentivos para utilizarem práticas tecnológicas que buscam reduzir danos ao meio ambiente. Como exemplo, citamos a redução na utilização de combustíveis fósseis nos processos produtivos, ou mesmo a redução da utilização de papel.
Os princípios contra a corrupção são:
• Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina - As empresas que apresentam RSC se comprometem a combater a corrupção, a práticade suborno e a propina. Isto deve ocorrer por meio dos códigos internos de conduta e da transparência de suas transações perante sociedade, clientes e governo.

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