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FISIOLOGIA HUMANA - I

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FISIOLOGIA HUMANA
Profª : Fabiana Leite
fabiana.leite@ifpr.edu.br
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ
Campus Palmas - PR
 
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO E SISTEMAS CORPORAIS
Nível químico: átomos (CHON) e moléculas (DNA, hemoglobina, glicose, vitaminas)
Nível celular: combinação de moléculas, células menores unidades vivas do corpo humano.
Nível tecidual: grupos de células e materiais circundantes (epitelial, conjuntivo, muscular, nervoso).
Nível orgânico: tecidos unidos para formar estruturas do corpo, com funções específicas.
Nível sistêmico: órgãos relacionados com uma função em comum.
Nível de organismo: todos os sistemas do corpo combinam-se para constituir um organismo.
PRINCIPAIS SISTEMAS 
DO CORPO HUMANO
Tegumento Comum
Sistema Esquelético 
Sistema Muscular
Sistema Nervoso
Glândulas Endócrinas
Sistema Circulatório
Sistema Linfático
Sistema Respiratório
Sistema Digestório
Sistema Urinário
Sistemas Genitais
TERMOS ANATÔMICOS DE RELAÇÃO
Anterior / Ventral / Frontal: na direção da frente do corpo.
Posterior / Dorsal: na direção das costas (traseiro).
Superior /Cranial: na direção da parte superior do corpo
Inferior / Caudal:na direção da parte inferior do corpo.
Medial: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital mediana. 
Lateral: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital mediana). 
TERMOS ANATÔMICOS DE COMPARAÇÃO
Proximal: próximo da raiz do membro. Na direção do tronco. 
Distal: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção. 
Superficial: mais perto da superfície do corpo.
Profundo: mais afastado da superfície do corpo.
Homolateral/Ipsilateral: do mesmo lado do corpo ou de outra estrutura
Contralateral: do lado oposto do corpo ou de outra estrutura
TERMOS ANATÔMICOS DE MOVIMENTO
Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. 
Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo.
Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal.
Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal.
Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano.
Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano.
Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro. 
Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro..
TERMOS ANATÔMICOS DE MOVIMENTO
Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada dentária inferior.
Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero-inferior.
Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente.
Rotação Superior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente.
Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros.. 
TERMOS ANATÔMICOS DE MOVIMENTO
Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros.
Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica.
Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. e no ombro. 
Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente e no ombro.   
TERMOS ANATÔMICOS DE MOVIMENTO
Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, ele também está plantifletido
Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele também está dorsifletido
Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. 
Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em pé na ponta dos dedos.
POSIÇÃO ANATÔMICA
A posição anatômica é uma posição de referência, que dá significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um todo está numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada. 
O corpo está numa postura ereta (em pé, posição ortostática ou bípede) com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas das mãos voltadas para a frente. A cabeça e pés também estão apontados para frente e o olhar para o horizonte.
POSIÇÃO ANATÔMICA
	Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição da posição do corpo, quando este não se encontra na posição anatômica. 
POSIÇÃO ANATÔMICA
POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL – o corpo está deitado com a face voltada para cima.
POSIÇÃO ANATÔMICA
POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL – o corpo está deitado com a face voltada para baixo. 
POSIÇÃO ANATÔMICA
DECÚBITO LATERAL – o corpo está deitado de lado. 
POSIÇÃO ANATÔMICA
POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90° de quadril e joelho, expondo o períneo.
POSIÇÃO ANATÔMICA
POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG – O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°.
PLANOS ANATÔMICOS
	a) Planos Seccionais: quatro planos são fundamentais: 
	1) Plano Mediano: plano vertical que passa longitudinalmente através do corpo, dividindo-o em metades direita e esquerda. Parassagital, usado pelos neuroanatomistas e neurologistas é desnecessário porque qualquer plano paralelo ao plano mediano é sagital por definição. Um plano próximo do mediano é um Plano Paramediano.
	2) Planos Sagitais: são planos verticais que passam através do corpo, paralelos ao plano mediano.
PLANOS ANATÔMICOS
3) Planos Frontais (Coronais): são plano verticais que passam através do corpo em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes anterior (frente) e posterior (de trás).
4) Planos Transversos (Horizontais): são planos que passam através do corpo em ângulos retos com os planos coronais e mediano. Divide o corpo em partes superior e inferior. 
PLANOS ANATÔMICOS
	b) Planos Tangenciais: suponhamos, agora, que o indivíduo, em posição anatômica, esteja dentro de um caixão de vidro. As seis paredes que constituem o caixão representariam os planos tangenciais: 
Plano Superior: seria a parede que está por cima da cabeça.
Plano Inferior: é o que se situa por baixo dos pés. 
Plano Anterior: é o plano que passa pela frente do corpo.
Plano Posterior: é o que formaria o fundo do caixão, ou seja atrás das costas.
Planos Laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores e inferiores), do lado direito e esquerdo.
PROCESSOS VITAIS
Metabolismo: soma de todos os processos químicos que ocorrem no corpo. Degradação de moléculas grandes e complexas em moléculas menores e mais simples e a construção de moléculas complexas a partir de moléculas menores e mais simples. 
Responsividade: resposta às mudanças internas ou externas.
Movimento: movimentos corporais orgânicos e celulares.
Crescimento: aumento do tamanho corporal.
Diferenciação: processo pelo qual células não especializadas se tornam especializadas.
Reprodução: formação de novas células para crescimento, reparação ou substituição
ou produção de um novo indivíduo.
HOMEOSTASE
	O corpo humano é composto de vários sistemas e órgãos, cada um consistindo de milhões de células. Estas células necessitam de condições relativamente estáveis para funcionar efetivamente e contribuir para a sobrevivência do corpo como um todo. 
	A manutenção de condições estáveis para suas células é uma função essencial do corpo humano, a qual os fisiologistas chamam de homeostase.
	A homeostase (homeo = igual; stasis = ficar parado) é uma condição na qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos limites fisiológicos. O meio interno refere-se ao fluido entre as células, chamado de líquido intersticial. 
	Um organismo é dito em homeostase quando seu meio interno contém:
a concentração apropriada de substâncias químicas, 
mantém a temperatura 
e a pressão adequadas. 
PROPRIEDADES DA HOMEOSTASE
São extremamente estáveis;
Toda a sua organização, interna, estrutural e funcional, contribui para a manutenção do equilíbrio.
São imprevisíveis (o resultado de uma determinada ação pode mesmo ser o oposto do esperado).
A regulação da quantidade de água e minerais no corpo, conhecida como osmorregulação tem lugar principalmente nos rins.
A remoção de resíduos metabólicos, conhecida como excreção. Tem lugar em órgãos excretores como os rins e os pulmões.
A regulação da temperatura corporal, realizada principalmente pela pele e pela circulação sanguínea.
A regulação dos níveis de glicose no sangue, realizada principalmente pelo fígado e pela insulina segregada pelo pâncreas. Estado de equilíbrio no corpo.
MECANISMOS DE HOMEOSTASE: FEEDBACK 
	Quando ocorre a mudança duma variável, o sistema pode reagir segundo dois tipos de feedback:
O feedback negativo é a reação pela qual o sistema responde de modo a reverter a direção da mudança. Dando tender a manter estáveis as variáveis, permite a manutenção da homeostase. Por exemplo, quando a concentração corporal de dióxido de carbono aumenta, os pulmões são estimulados a aumentar a sua atividade e expelir mais dióxido de carbono. A termorregulação é outro exemplo de feedback negativo. Quando a temperatura corporal sobe, ou desce, receptores na pele e no hipotálamo sentem a alteração,enviando uma ordem ao cérebro que dá início a uma reação no sentido de gerar ou libertar calor, conforme seja o caso.
No feedback positivo, a resposta amplifica a mudança da variável. Isto tem um efeito destabilizador, pelo que não contribui para a homeostase. O feedback positivo é menos comum nos sistemas naturais do que o feedback negativo, mas tem as suas aplicações. 
HOMEOSTASE BIOLÓGICA
O ambiente interno dum organismo vivo consiste basicamente nos seus fluidos corporais. Estes incluem o plasma sangüíneo, a linfa, e vários outros fluidos inter e intracelulares. A manutenção de condições estáveis nestes fluidos é essencial para os seres vivos, uma vez que a ausência de tais condições é prejudicial ao material genético.
	No que respeita a um dado parâmetro, um dado organismo pode ser conformista ou regulador. 
Os reguladores tentam manter o parâmetro a um nível constante, independentemente da sua variação no ambiente externo.
Os conformistas permitem que o ambiente externo determine o parâmetro. Por exemplo, os animais endotérmicos mantêm uma temperatura corporal constante, enquanto que os animais ectodérmicos exibem uma grande variação deste parâmetro.
Uma vantagem da regulação homeostática é permitir um funcionamento mais eficiente do organismo. 
HOMEOSTASE BIOLÓGICA
HOMEOSTASE NO CORPO HUMANO
	A capacidade de sustentar a vida dos fluidos do corpo humano é afetada por todo um leque de fatores, como a temperatura, a salinidade, o pH, ou as concentrações de nutrientes, como a glicose, vários íons, oxigênio, e resíduos, como o dióxido de carbono e a ureia. Dado que estes fatores afetam as reações químicas que mantêm o corpo vivo, este inclui mecanismos fisiológicos para os manter dentro dos limites desejáveis.
Regulação térmica:
Os músculos esqueléticos tremem para produzir calor quando a temperatura corporal é muito baixa.
Outra forma de gerar calor envolve o metabolismo de gordura.
O suor arrefece o corpo por evaporação.
HOMEOSTASE NO CORPO HUMANO
Regulação química:
O pâncreas produz insulina e glucagon para regular a concentração de açúcar no sangue.
Os pulmões absorvem oxigênio e expelem dióxido de carbono.
Os rins excretam uréia e regulam as concentrações de água e duma grande variedade de íons.
	Muitos destes órgãos são controlados por hormônios segregados pela glândula pituitária, cuja ação é por sua vez regulada pelo hipotálamo. Manutenção da glicemia
HOMEOSTASE NO CORPO HUMANO
ESTRESSE E HOMEOSTASE
	A homeostase pode ser perturbada pelo estresse, que é qualquer estímulo que cria um desequilíbrio no meio interno. 
O estresse pode originar-se no meio externo na forma de estímulos tais como o calor, o frio ou falta de oxigênio. 
Ou o estresse pode originar-se dentro do corpo na forma de estímulos como pressão sanguínea alta, tumores ou pensamentos desagradáveis. 
A maioria dos estresses é leve e rotineira. 
O estresse extremo pode ser causado por envenenamento, superexposição a temperaturas extremas e intervenções cirúrgicas.
Felizmente, o corpo apresenta muitos mecanismos de regulação (homeostática) que podem trazer o meio interno de volta ao equilíbrio. Cada estrutura corporal, do nível celular ao sistêmico, tenta manter o meio interno dentro dos limites fisiológicos normais.
ESTRESSE E HOMEOSTASE
	Os mecanismos homeostáticos do corpo estão sob o controle dos sistemas nervoso e endócrino. 
O sistema nervoso regula a homeostase pela detecção dos desequilíbrios do corpo, e pelo envio de mensagens (impulsos nervosos) aos órgãos apropriados para combater o estresse. 
O sistema endócrino é um grupo de glândulas que secretam mensageiros químicos, chamados de hormônios, na corrente sanguínea.
Enquanto os impulsos nervosos coordenam a  homeostase rapidamente, os hormônios atuam de forma mais lenta.

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