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Apostila Handebol

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DESPORTO COLETIVO 
 
Esporte I - Handebol 
 
 
 
Curso: Educação Física 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profº. Paulo Cezar Mello 
 2
SUMÁRIO 
 
 
I UNIDADE DE ENSINO I 04 
1 HISTÓRICO DO HANDEBOL 04 
1.1 O Nascimento do Handebol Moderno 04 
1.2 O Handebol no Mundo 05 
1.3 O Handebol de Onze Pertence à História 05 
1.4 Resenha Histórica do Handebol 05 
1.5 O Handebol na Europa 06 
1.6 A Federação Internacional de Handebol 06 
1.7 O Handebol no Brasil 07 
1.7.1 O Handebol no Rio Grande do Sul 08 
1.8 A Era Amadora do Handebol 09 
1.8.1 A Era Profissional do Handebol 09 
 
 
II UNIDADE DE ENSINO II 10 
2 CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TÉCNICOS 10 
2.1 Progressão 10 
2.1.1 Classificação Quanto ao Tipo 10 
2.1.2 Finta ou Drible 10 
2.2 Passes 11 
2.2.1 Análise e Classificação dos Passes 11 
2.3 Recepção 12 
2.3.1 Classificação Quanto ao Tipo 13 
2.4 Lançamentos 13 
2.4.1 Classificação Quanto à Distância 13 
2.4.2 Classificação Quanto à Localização e a Natureza 13 
2.4.3 Classificação Quanto à Mecânica Corporal 14 
 
 
III UNIDADE DE ENSINO III 15 
3 CARACTERÍSTICA DOS JOGADORES 15 
3.1 O Armador Central 15 
3.2 Os Meias Armadores 15 
3.3 Os Pontas 16 
3.4 O Pivô 16 
3.5 O Goleiro 17 
3.5.1 Deslocamentos 18 
3.6 Atribuições do Goleiro em Quadra 19 
3.6.1 Último e Primeiro Defensor 19 
3.6.2 Primeiro e Último Atacante 19 
3.6.3 Contra-Ataque 19 
3.6.4 Sete-metros 19 
 3
IV UNIDADE DE ENSINO IV 20 
4 SISTEMAS DE DEFESA 20 
4.1 Princípios Gerais 20 
4.1.1 Características da Defesa 20 
4.1.2 Princípios Fundamentais na Defesa 20 
4.2 Fases da Defesa 21 
4.3 Posição Básica de um Jogador de Defesa 21 
4.4 Movimentação na Defesa 22 
4.5 Formas de Marcação 22 
4.6 Sistemas de Defesa 22 
4.6.1 Sistemas de Defesa Individual 22 
4.6.2 Princípios da Defesa Individual 22 
4.6.2.1 Vantagens e Desvantagens 23 
4.7 Sistema de Defesa por Zona 23 
4.7.1 Vantagens e Desvantagens 23 
4.7.2 Finalidades da Defesa por Zona 23 
4.7.3 Sistemas Defensivos 24 
4.7.3.1 Sistema Defensivo 6 x 0 24 
4.7.3.1.1 Vantagens e Desvantagens 24 
4.7.3.2 Sistema Defensivo 5 x 1 25 
4.7.3.2.1 Vantagens e Desvantagens 25 
4.7.3.3 Sistema Defensivo 4 x 2 26 
4.7.3.3.1 Vantagens e Desvantagens 26 
4.7.3.4 Sistema Defensivo 3 x 3 27 
4.7.3.4.1 Vantagens e Desvantagens 27 
4.7.3.5 Sistema Defensivo 3 x 2 x 1 28 
4.7.3.5.1 Vantagens e Desvantagens 28 
4.8 Defesa Mista ou Combinada 28 
4.9 A Defesa em Superioridade e Inferioridade Numérica 29 
 
 
V UNIDADE DE ENSINO V 
5 SISTEMAS DE ATAQUE 30 
5.1 Características do Ataque 30 
5.2 Fases do Ataque 31 
5.3 O Ataque em Superioridade e Inferioridade Numérica 32 
5.4 Sistema Ofensivo 6 x 0 32 
5.4.1 Tática 33 
5.5 Sistema Ofensivo 5 x 1 33 
5.5.1 Tática 33 
5.6 Sistema Ofensivo 4 x 2 34 
5.6.1 Tática 34 
5.7 Sistema Ofensivo 3 x 3 35 
 
 
VI UNIDADE DE ENSINO VI 
6 SÚMULA DE HANDEBOL 36 
6.1 Descrição da Súmula 36 
 Referências 38 
 4
UNIDADE DE ENSINO I 
 
 
1. HISTÓRICO DO HANDEBOL 
 
 É um desporto coletivo completo, que pode ser jogado em campo ou salão, 
com onze ou sete jogadores. Após desenvolvimento histórico e sua evolução pela 
Europa e América, trataremos do handebol de salão. 
 O jogo em si permite excelente oportunidade para observarmos as reações 
dos jogadores, tendo em vista que, as próprias regras preconizam um 
comportamento moral e disciplinar perfeito, prevenindo e proporcionados pelo calor 
da luta. Cabe ao orientador a tarefa de mostrar com segurança os caminhos para 
uma conduta esportiva exemplar. 
 
 
1.1 O Nascimento do Handebol Moderno 
 
 Precisar a origem, a regulamentação e o desenvolvimento de um esporte é 
motivo de abundantes polêmicas. Esta situação vale certamente para o handebol, 
pois a polêmica sobre a sua iniciação é ampla e bastante controvertida, 
principalmente no que diz respeito à determinação de datas e origens. 
 Em 1917, Schellenz e Heiser concluíram este trabalho e o publicaram (com 
todas as regras oficiais deste jogo) numa revista especializada em Educação Física. 
A forma com que eles desenvolveram o Handebol (de campo) foi o que despertou o 
maior interesse e ele tornou-se, em curto espaço de tempo, um esporte tipicamente 
alemão, com seus princípios regulamentados pela Federação Alemã de Ginástica. 
 Dez anos após a publicação das regras oficiais de handebol (de campo), este 
esporte já havia sido difundido com enorme sucesso em 27 países (inclusive o 
Brasil), servindo como complemento básico para os praticantes de atletismo, remo, 
futebol e ginástica. 
 Sua popularidade cresceu na Europa, de tal modo, que sua inclusão nas 
Olimpíadas de Berlim, em 1936, nas modalidades de campo e salão, atraiu o maior 
número de participantes de todos os países que competiram nestes Jogos 
Olímpicos. 
 O Handebol de salão surgiu ANTES do Handebol de campo, porém sua 
prática ficou limitada aos países escandinavos, com regras próprias, que somente 
foram internacionalizadas e unificadas durante o Congresso que a Federação 
Internacional de Handebol (FIH) organizou em 1934, em Estocolmo, iniciando assim 
o movimento internacional único no gênero. 
 Portanto, fica excluída a idéia de que o Handebol original foi o de campo, pois 
o de salão teve o seu nascimento em 1879 na Dinamarca. Não obstante, a 
paternidade que se atribui a Schllenz e Heiser, está restrita à sua concepção e 
regulamentação e os esforços que ambos realizaram para conseguir desenvolver e 
popularizar este esporte. O Handebol de salão começou a tomar vulto após as 
Olimpíadas de Berlim e suas regras foram difundidas pelas Américas, Ásia e Oriente 
Médio. 
As nações adeptas ao movimento do Handebol de salão haviam renunciado à 
prática do jogo em campo, para dedicarem-se exclusivamente ao jogo de salão, 
efetuando, no inverno, jogos em recintos fechados, e no verão, em quadras abertas 
e gramadas. 
 5
1.2 O Handebol no Mundo 
 
 Os torneios internacionais, as copas da Europa e da América e os 
Campeonatos Mundiais são elementos que nos dão uma referência muito positiva 
quanto ao potencial dos diversos países do mundo, se bem que a Alemanha é o 
país que conta com as maiores possibilidades quanto ao número de equipes e de 
jogadores ativos, bem como de clubes específicos, intensificando bastante a difusão 
deste esporte. 
 Atualmente os países que mais se sobressaem no Handebol são: Alemanha e 
França, seguidos pela Espanha, Rússia, Hungria, Croácia, Dinamarca, Holanda e 
Sérvia. Num segundo grupo, poderíamos destacar a Áustria, Suécia, Finlândia, 
Canadá e Argentina. 
 Nas Américas temos o Canadá e a Argentina, seguidos do Brasil, Estados 
Unidos, México, Cuba e Peru, compartilhando de um nível de absoluta paridade, 
porém com nível técnico ainda inferior em comparação com as equipes européias. 
 Na Ásia e no Oriente Médio há (Israel, Japão e Coréia do Sul) um 
desenvolvimento bastante significativo do Handebol, especialmente no campo 
feminino. A China começa a despontar neste esporte. 
 Na Oceania, a Austrália e a Nova Zelândia são as únicas duas forças do 
handebol, sendo que lá são praticadas as modalidades de campo e de salão. 
 Na África, cuja atividade é incipiente, o Handebol se encontra em um 
processo ainda elementar e os únicos países que estão tentando armar equipes em 
nível competitivo, são a Tunísia, o Egito, o Marrocos e a Quênia. 
 
 
1.3 O Handebol de Onze Pertence à História 
 
 Interessava conhecer a opinião de Jancalek sobre a decadência do Handebol 
de onze: Alguns dos motivos da decadência do Handebol de onze em toda à parte, 
são: a grande concorrência do futebol (praticado no mesmo campo); a maior 
facilidade da prática da variante de sete (recintos mais acessíveis e inferiores 
despesas gerais). O Handebol de sete impôs-se definitivamente mercê da enorme 
velocidade do jogo e das constantes alteraçõesno marcador, proporcionando um 
espetáculo muito mais emotivo. Deve-se acrescentar, ainda, que no caso da 
Tchecoslováquia, influi muito em favor do sete a vincada tradição do Handebol-
tcheco uma modalidade muito semelhante ao handebol de sete que se praticou em 
Portugal desde 1905. Não há duvida que o Handebol de onze pertença 
definitivamente à história e poucos o praticam. 
 
 
1.4 Resenha Histórica do Handebol 
 
 O Handebol foi iniciado em 1914 pelo alemão Karl Schellenz, professor de 
Educação Física. Esporte completo e atraente, teve sua origem baseada no jogo da 
Tchecoslováquia chamado Azena. Seu criador dedicou-se no início ao elemento 
feminino, sendo que as primeiras partidas foram disputadas em Berlim, em um 
terreno reduzido de 40 x 20 metros. Devido ao interesse despertado, o próprio 
Schellenz achou que o jogo poderia ser praticado também por homens e para tal, 
modificou as regras, começando por ampliar o terreno, que passou a ser de 80 x 40 
metros, reduzindo, também o tamanho da bola. Mais tarde o terreno foi novamente 
 6
aumentado chegando às medidas do campo de futebol e nele tomavam parte 11 
(onze) jogadores. 
 O Handebol popularizou-se em toda a Alemanha, principalmente no meio 
estudantil, onde foram adotadas por suas características de velocidade, energia e 
habilidade e, principalmente, pelo seu valor educativo. No ano de 1927 foi criada a 
Federação Internacional de Handebol (FIH). 
 Distinguiu-se particularmente neste esporte os Tchecos, Dinamarqueses, 
Alemães e Suecos. Na França sua existência só foi reconhecida no ano de 1941. Na 
Alemanha, pelo impulso dado, foi o handebol incluído no programa dos Jogos 
Olímpicos, em 1936. 
 Para que este esporte pudesse ser praticado no inverno, os Suecos 
idealizaram o Handebol de interior, que denominaram de “inne-handebol”, reduzindo 
o terreno, para ser praticado em recinto coberto, bem como diminuíram o número de 
jogadores que passou a sete, sendo então denominado Handebol de Salão. 
 Atualmente destacam-se neste esporte a Croácia, Suécia, Espanha, Rússia, 
Sérvia, no masculino e no feminino Dinamarca, Coréia do Sul, Hungria, Noruega, 
França, Áustria entre outros. 
 
 
1.5 O Handebol na Europa 
 
 A primeira partida internacional foi realizada em 1925 entre Alemanha e a 
Áustria. Em 1935 foi realizado um premier dos campeonatos mundiais, com 
sensacional desafio, entre a Suécia e a Dinamarca. 
 Foi integrado pela primeira vez como atividade dos Jogos Olímpicos em 1936. 
Os Campeonatos Mundiais de Handebol foram realizados em 1938 e a Alemanha 
sagrou-se campeã; em 1954 e 1958 os Suecos foram os vencedores; em 1961 e 
1964 a Tchecoslováquia foi à vitoriosa. Após a interrupção imposta pela guerra, 
deveria ter sido realizado em 1950 o campeonato mundial em recinto fechado, 
entretanto, devido à falta de um número mínimo de seis nações foi cancelado. Em 
Munique, em 1972 foi realizado o VII Campeonato Mundial de handebol (em recinto 
fechado), essa modalidade completou 50 anos de idade. 
 Em 1927 foi criada a Federação Internacional de Handebol (FIH), onde foram 
inscritas trinta e nove nações das quais trinta e quatro, jogam partidas internacionais, 
exclusivamente em recintos fechados. Além do campeonato mundial, realizam e 
disputam-se a taça da Europa. 
 Como podemos observar, o handebol, embora já bem difundido no Brasil, 
encontra maior aceitação entre os europeus. 
 
 
1.6 A Federação Internacional de Handebol 
 
 A federação Internacional de Handebol (FIH) foi fundada oficialmente em 
1934, em Estocolmo, na Suécia e tem a sua sede principal em Zurique, na Suíça, 
com um total de 84 países filiados, dentre os quais podemos destacar: Argentina, 
Bélgica, Brasil, Dinamarca, Alemanha, Tchecoslováquia, Áustria, Espanha, Portugal, 
Estados Unidos, Rússia, Croácia, França, Inglaterra, Holanda, Japão, Sérvia, 
Canadá, México, Polônia, Portugal, Itália, Hungria, Israel, Coréia do Sul, Marrocos, 
Egito, Tunísia, Índia, Tailândia, Austrália, Nova Zelândia, Finlândia, Noruega, Suécia, 
Suíça, Grécia, entre outros. 
 7
 Segundo estatísticas de 1980, da própria FIH, existem registradas 
oficialmente 341.772 equipes masculinas e 82.647 equipes femininas, nas 
categorias adulto e juvenil, perfazendo um total de 4.101.264 jogadores ativos 
masculinos e 991.764 jogadoras de equipes femininas, podendo-se calcular o 
número total de equipes (masculinas e femininas) em cerca de 500.000, com mais 
de 5 milhões de jogadores ativos. 
 O desenvolvimento e a propagação da modalidade são tarefas da FIH. Essas 
tarefas se desenvolvem através das publicações e do envio de técnicos aos países 
que se iniciam nesta modalidade esportiva. A FIH tem a seu cargo a organização e a 
supervisão dos seguintes eventos esportivos: 
a) Campeonato Mundial de Handebol de Salão, nas categorias masculina e 
feminina, que é realizado de 03 em 03 anos. 
b) Campeonato Mundial de Handebol de Campo (desativado). 
c) Copa Européia de Handebol de Salão, nas categorias masculina e 
feminina, realizada todos os anos. 
d) Copa América de Handebol de Salão, nas categorias masculina e 
feminina, realizada de 02 em 02 anos. 
e) Campeonato Mundial Universitário de Handebol de Salão, nas categorias 
masculina e feminina, realizado de 4 em 4 anos. 
f) Torneio Olímpico de Handebol de Salão, nas categorias masculina e 
feminina, realizado em cada Jogos Olímpicos. 
g) Torneio Olímpico Universitário (Universíade) de Handebol de Salão, nas 
categorias juvenis masculina e feminina, realizado em cada Jogos 
Olímpicos Universitários. 
A Alemanha é o país que tem o maior número de equipes de Handebol, com 
um total de 21.000 equipes masculinas, 9.708 equipes femininas e 17.839 equipes 
juvenis, perfazendo um total de quase 600 mil jogadores, seguida pela Espanha, 
com 14.700 equipes masculinas, 2.600 equipes femininas e 11.000 equipes juvenis, 
perfazendo um total de aproximadamente 360 mil jogadores ativos. 
 
 
1.7 O Handebol no Brasil 
 
 O handebol é, atualmente, jogado em todos os estados do Brasil, sem, 
entretanto, mostrar sua pujança e organização necessária para formar equipes de 
técnica apreciável, com exceção de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, 
Pernambuco, Rio de janeiro, Paraná e Santa Catarina, que possuem um 
desenvolvimento técnico muito bom, devido aos campeonatos e jogos internacionais. 
Portanto, saindo para uma análise generalizada, verificamos que o trabalho 
esporádico do professor de educação física em sua escola, procurando implantar 
uma nova mentalidade esportiva, numa tentativa de modificar as tendências 
futebolísticas dos nossos jovens. 
 Muito ainda falta para que sejam criadas novas federações, mas, o trabalho 
de base está sendo feito nas escolas onde São Paulo nos dá exemplo e os demais 
estados surgem Campeonato Estudantil Brasileiro e Universitário, mostrando que o 
handebol já é uma realidade. 
 Em São Paulo a Federação Paulista de Handebol, fundada a 26 de fevereiro 
de 1940, promove campeonatos em todas as categorias, quer como promotora ou 
colaboradora do Departamento de Educação Física do Estado ou Federação 
Universitária Paulista de Esportes. Mesmo sem maiores divulgações, o Brasil 
 8
disputou um Campeonato Mundial em 1958 e mantém intercâmbio permanente com 
Portugal, com as realizações dos jogos Luso-Brasileiros. 
 Em Minas Gerais, o handebol é praticado entre escolares universitários e sua 
promoção vai se desenvolvendo rapidamente. Cabe ressaltar o trabalho de 
divulgação que faz o professor Lincoln Raso em Belo Horizonte, ministrando cursos 
e orientando equipes. 
 
 
1.7.1 O Handebol no Rio Grande do Sul 
 
 No Rio Grande do sul, estamos em condições de descrever quase todo o 
desenvolvimento do handebol neste Estado, devido ao impulso que demos em a 
partir de 1960. Neste ano, fomos convidados pela então S. E. F. A. E. para ministrar 
algumasaulas no Curso de Atualização que se realizaria em julho. De 1960 até 
1965, participamos de todos os Cursos realizados para professores, ministrando o 
handebol de salão. Durante esse período, vimos frutificar nas cidades de Guaíba e 
Tapes, onde pontificaram alguns torneios, organizados pelos professores dessas 
localidades. 
 Em 1963, passamos a realizar os nossos trabalhos na escola Superior de 
Educação Física, onde formamos várias turmas com noções gerais sobre o 
desporto. Após nove anos de luta, conseguimos obter um triunfo maior com a 
realização do torneio de handebol de salão masculino e feminino, nas categorias: 
infantil, juvenil, rapazes e moças, entre colegiais. Foi promovido pelo Ginásio 
Estadual “Olindo Flores da Silva”, na Vila Scharlau, município de São Leopoldo, sob 
a direção geral do professor Benno Becker. Participaram desse torneio, dezesseis 
escolas, formando mais de quarenta equipes, enquanto que na arbitragem e no 
controle dos jogos, estiveram os alunos da Escola Superior de Educação Física. 
 Atualmente, o handebol conta com o trabalho efetivo das escolas de 
Educação Física, proporcionando a divulgação do desporto na Capital e no Interior. 
Contamos, também, com o apoio do departamento de Educação Física, bem como 
da Imprensa e algumas firmas que promovem torneios e campeonatos. 
 Atualmente a Federação promove o Campeonato Inter-clubes, nas categorias 
infantil, juvenil e adulto, masculino e feminino, com a participação de Clubes da 
chamada “Grande Porto Alegre”, envolvendo as cidades de Guaíba, Novo 
Hamburgo, São Leopoldo e a Capital. 
 O handebol no interior se destaca nas cidades de Santa Maria, Rio Grande, 
Novo Hamburgo, Guaíba, Tapera e Caxias do Sul. 
 Em Santa Maria o professor Pedro Lang, da Universidade Federal de Santa 
Maria é o responsável pelo sucesso do Handebol, tendo inclusive idealizado o “mini-
handebol”, que com regras, bola, goleiras proporcionais às crianças, despertou o 
interesse de colegas em todo o Brasil. 
 Para obter seu intento o professor Lang contou com o auxilio de colegas, que 
formaram equipes, bem como a bola, especialmente fabricada pela marca Ipiranga, 
de Porto Alegre. 
 Como foi visto, o Handebol não teve sua origem no Rio Grande do Sul, mas 
os professores especializados, trabalham no sentido de proporcionar uma sólida 
fundamentação técnica à criança, criando situações materiais e regras de jogo 
adequadas a sua idade. 
 
 
 9
1.8 A Era Amadora do Handebol 
 
 Durante a 64ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Madri, os 
membros do COI decidiram incluir novamente o Handebol no programa dos Jogos 
Olímpicos, mas desta vez o Handebol de Quadra (Indoor) foi o escolhido. Este foi o 
primeiro grande evento do Handebol de Quadra, os Jogos Olímpicos de Munique, 
em 1972, apenas para homens, as competições femininas foram introduzidas em 
1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal. O campeonato Mundial foi reintroduzido em 
1949 para homens e mulheres, as competições juniores para ambos os sexos, foram 
introduzidas em 1977. O Handebol foi praticado na maioria por jogadores amadores 
durante as décadas de 50 a 70, porém alguns jogadores mais destacados eram 
patrocinados pelos Governos ou por companhias. 
 Os países do Leste Europeu se tornaram competitivos e passaram a dominar 
o esporte, com destaque para a Rússia, Romênia, Croácia e Hungria que 
geralmente apareciam entre os três melhores países em competições internacionais, 
tanto para homens, quanto para mulheres. Apenas a França e a Alemanha 
apresentavam resistência a esses países. 
 
 
1.8.1 A Era Profissional do Handebol 
 
 Com o término da Guerra Fria e o colapso dos países do Leste Europeu, 
muitas dessas nações sofreram um temporário problema econômico, com efeito, e 
reflexo em alguns times nacionais que perderam o topo da liderança e um grande 
número de bons técnicos migraram para outras nações. Países como França, 
Espanha e Alemanha começaram a dominar o cenário mundial. Juntamente, alguns 
países Africanos (Argélia e Egito) e Asiáticos (Coréia do Sul e Japão) começaram a 
se destacar nas competições internacionais (especialmente nos Jogos Olímpicos) 
durante os últimos anos da década de 80 e durante os anos 90. 
 A condição amadora do Handebol no cenário internacional foi transformada 
por jogadores sob contrato com clubes ou organizações. O Handebol de Quadra é 
hoje o mais popular tipo de Handebol. A variedade de campo é raramente praticada 
atualmente, apenas em algumas ocasiões por antigos admiradores. Portanto, hoje 
não se usa mais o termo “Handebol de Quadra” e apenas “Handebol” para designar 
o esporte. Durante os últimos anos da década de 90, esta se popularizou uma 
versão de “Handebol de Areia” (ou de praia) conhecida como “Hand Beach”, com 
torneios e pequenos campeonatos espalhados por diversos países. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10
UNIDADE DE ENSINO II 
 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TÉCNICOS 
 
 Os fundamentos são elementos primordiais em todos os desportos, 
portanto, é um dos fatores para o aperfeiçoamento técnico e o domínio dos 
gestos próprios do Handebol. 
 Observando os princípios fundamentais da técnica individual, incutiremos 
em nossos jogadores as atividades básicas para sua estrutura definitiva. 
 
 
2.1 Progressão 
 
 É a ação individual ou coletiva de progredir com a bola; 
 Inclui os passes e dribles. 
 
Seu objetivo: 
 Dar o ritmo ao jogo com propósitos de ataque ou contra-ataque. 
 
2.1.1 Classificação quanto ao tipo: 
 Progressão com batidas sucessivas da bola, com uma das mãos. 
 Progressão dando três passos com a bola na mão; 
 Progressão dando três passos, uma batida da bola no chão e mais três 
passos; 
 Progressão rolando a bola junto ao solo; 
 Progressão atirando a bola a uma distância, deixar que toque o solo, 
apanhá-la novamente. 
 
 
2.1.2 Finta ou drible: 
 
 É a ação consciente de ludibriar o adversário com ou sem a posse de bola. 
 
Seu objetivo: 
 Ludibriar o adversário com o propósito de conseguir espaço para 
arremessar, passar ou dar seqüência à jogada. 
 
Quando pode ser praticado no jogo: 
 Para superar ou ultrapassar o adversário em velocidade; 
 Para iniciar o contra-ataque individual; 
 Para organização de um ataque, tanto coletivo como individual; 
 Para conseguir melhor posicionamento ou reduzir a distância para o 
arremesso, passe ou a progressão da jogada coletiva ou individual. 
 
 Finta de troca de direção: trata-se de uma continuação da corrida 
livre sem bola. O atacante finge um determinado percurso de corrida, para e 
modifica rapidamente a direção dessa corrida. 
 
 11
 Finta de passe: o jogador com a posse da bola, inicia o movimento de 
passe bloqueando-o antes da finalização; após isto ele pode: passar a bola em uma 
outra direção; decidir-se por uma penetração ou um lançamento para o gol. 
 
 Finta de lançamento: o jogador com a posse da bola, torna o 
posicionamento para a realização de um lançamento e finaliza, por exemplo: com 
um passe para uma outra direção; realiza um lançamento com apoio ou em 
suspensão após uma penetração em direção ao gol. 
 
 Finta de corpo: a ação da finta de corpo, realizada sempre coma bola, 
compõe-se principalmente do ato de fingir uma penetração com bola em uma 
determinada direção (por ex. com uma passada para frente, no engajamento e um 
deslocamento lateral do corpo, em seguida). Se o defensor se equivoca ao reagir, ou 
seja, reage ao primeiro movimento tentando impedir a ação do atacante com uma 
passada lateral, entrada do lado contrário ou, imediatamente, lançar a bola para o 
gol. 
 
 
2.2 Passes 
 
- O que é? 
 São formas de progressão onde participam dois ou mais jogadores, que, 
com habilidade e perfeito entrosamento entre si, levam a bola próxima à 
área de gol; 
 É a ação de entregar abola ao colega ou companheiro de equipe; 
 Trata-se de uma ação técnica de extrema importância; 
 Fundamento mais importante do handebol. 
 
- Qual o seu objetivo? 
 Progressão; 
 Dar seqüência ao jogo; 
 Preparação para o ataque ou contra-ataque, precede ao arremesso. 
 
- Condições para realizar um bom passe: 
 Oportunidade; 
 Precisão; 
 Segurança; 
 Rapidez; 
 Surpresa. 
 
2.2.1 Análise e classificação dos passes: 
 
- Classificação quanto à distância: 
 Passes curtos, até dez metros; 
 Passes de media distância até quinze metros; 
 Passes longos acima de quinze metros; 
 
- Classificação quanto à trajetória: 
 Diretos; 
 12
 Picados (quicado); 
 Parabólicos. 
 
- Classificação quanto aos movimentos de execução: 
 Parado; 
 Em deslocamento; 
 Com uma ou as duas mãos; 
 De frente, de lado, de costas; 
 Em suspensão. 
 
- Classificação quanto ao tipo: 
 Com o uso das mãos acima da cabeça ou na altura do peito; 
 Com o uso de uma mão: em apoio (pé em contato ao solo) na altura do 
ombro, acima da cabeça, do quadril; 
 Com salto, sem apoio, quando os pés perdem o contato com o solo; 
 Picado (quicado) entre as pernas, por trás dos quadris, da cabeça ou 
costas; 
 Lateral, em pronação (mão com o dorso voltado para cima), supinação 
(dorso da mão voltado para o solo), quicando pela frente ou por trás dos 
quadris. 
 
Passes especiais: 
 Por trás do corpo; 
 Por trás da cabeça; 
 Em suspensão; 
 Por entre as pernas. 
 
 
2.3 Recepção 
 
 É o ato de receber e controlar ou dominar a bola; 
 Poderá ser feita com uma ou com as duas mãos, em movimento ou 
parado; 
 Diretamente relacionado com o passe e arremesso. 
 
- Objetivos: 
 Dar continuidade ao jogo. 
 
- Técnica para agir neste fundamento: 
 Dominar a bola usando as mãos côncavas, em forma de “concha”, em 
seguida deverá estar predisposto a ações rápidas e definidas; 
 Ao avançar de suas habilidades, a recepção deverá ser feita de modo 
automático, isto é, de modo ágil, seguro, sem olhar para a bola e, assim, 
gastando menos energia; 
 Através do desenvolvimento e aprimoramento deste fundamento, gestos 
ou movimentos excessivos deverão desaparecer, a fim de evitar a 
possibilidade de o adversário “roubar” a bola, devendo para isto, proteger 
a bola, tendo a noção de espaço, e posicionar-se em conformidade à 
 13
situação ou dando um passo para frente, para trás ou para o lado, com a 
bola dominada; 
 Eliminar gestos desnecessários; 
 Tipo de passe; 
 Posição do adversário mais próximo; 
 Posição do receptor em relação ao adversário; 
 Ir de encontro à bola; 
 Proteção da bola. 
 
2.3.1 Classificação quanto ao tipo: 
 Recepção ou pegada da bola na altura do peito; 
 Recepção ou pegada da bola acima da cabeça; 
 Recepção ou pegada da bola onde só se alcança saltando; 
 Recepção ou pegada da bola alta e lateralmente; 
 Recepção ou pegada da bola na altura dos quadris; 
 Recepção ou pegada da bola junto ao solo; 
 Recepção ou pegada da bola que vem rolando. 
 
 
2.4 Lançamentos (Arremessos) 
 
 É a ação de impulsionar a bola em direção ao gol; 
 Finalidade principal do ataque. 
 
Seu objetivo: 
 Fazer o gol. 
 
Condições para um bom arremesso: 
 Potência e precisão; 
 Surpresa; 
 Proteção. 
 
2.4.1 Classificação quanto à distância: 
 Arremessos de 6 metros (geralmente feitos até em menores distâncias, 
quando este acontecer com o jogador em movimento se projetando para o 
interior da área); 
 Arremessos de 7 metros (equivalente ao pênalti do futsal); 
 Arremessos de 9 metros ou maior distância, praticados na maioria das 
vezes por jogadores fortes. 
 
2.4.2 Classificação quanto à localização e à natureza: 
 Arremessos de frente para a goleira quando o executor possui maior 
ângulo; 
 Arremessos de apoio ou sem apoio poderão ser postos em prática em 
qualquer lugar, tanto nas extremas como no centro da quadra; 
 Arremessos pelas pontas: quando o executante possuir menor ângulo, 
estes serão realizados pelas pontas, também denominados de extremas. 
 
 14
2.4.3 Classificação quanto à mecânica corporal: 
 Arremesso de ombro; 
 Arremesso com queda; 
 Arremesso com giro (mais executado pelo pivô); 
 Arremesso com salto e inclinação (realizado pelas extremas ou pontas); 
 Arremesso em apoio com e sem movimento de deslocamento; 
 Arremesso de quadril; 
 Arremesso de cobertura, também conhecido como “vaselina”, é realizado 
quando o goleiro está adiantado; 
 Arremesso picado. 
 Arremesso de reversão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15
UNIDADE DE ENSINO III 
 
3 CARACTERÍSTICA DOS JOGADORES 
 
3.1 O Armador Central 
 
 É a "locomotiva" do time no ataque. Este jogador está no centro do ataque e 
comanda o curso e o tempo do mesmo, deve saber arremessar com força e ter um 
grande repertório de passes. Deve possuir grande visão de jogo para se adaptar as 
mudanças na defesa adversária. Força, concentração, tempo de jogo e passes 
certos são o que destacam um bom armador. 
O armador pode ser um pouco mais baixo, porém deverá ter grande 
habilidade e agilidade. É de grande significância que ele tenha experiência e 
maturidade de jogo, pois cabe, principalmente, a ele, as armações e organizações 
das jogadas da sua equipe. E ainda, deve servir de exemplo de técnica e equilíbrio 
psicológico para toda a sua equipe. 
 
 
 
 
 
 
3.2 Os Meias – Armadores 
 
 O "combustível" do time no ataque. Os meias, geralmente possuem os mais 
fortes arremessos e são, geralmente, os mais altos jogadores do time (no masculino 
variam de 180 cm a 210 cm e no feminino variam de 175 cm a 190 cm). Entretanto 
existem excepcionais jogadores que são menores que a média, mas possuem 
arremessos poderosos e técnica muito apurada. Estes são geralmente os jogadores 
mais perigosos durante o ataque, pois os arremessos costumam partir deles ou de 
outro jogador o qual tenha recebido um passe deles. 
Estes jogadores normalmente são altos e vigorosos, possuidores de grande 
força no arremesso em suspensão e nos arremessos especiais. Devem dominar a 
recepção dos passes rápidos, assim como dar continuidade às jogadas especiais; 
ter como recurso a utilização das fintas e sua ligação às ações técnico-táticas 
complexas com o pivô e arremessos ao gol. 
Com seu posicionamento afastado, são capazes de assegurar um equilíbrio 
defensivo à sua equipe. Em verdade, são os primeiros jogadores a partir para a 
formação da defesa, retomada da posse de bola, se colocarem em contra-ataque. 
 
 16
 
 
 
 
3.3 Os Pontas 
 
Os pontas são velozes e ágeis; e devem possuir a capacidade de arremessar 
em ângulos fechados. O destaque no arremesso não é a força, mas a habilidade e 
pontaria, podendo mudar o destino da bola apenas momentos antes de soltá-la em 
direção ao gol. 
Os pontas são jogadores normalmente ligeiros e com corrida rápida que se 
encarregam do contra-ataque e da corrida rápida para dentro e para fora da defesa 
adversária. Jogando nas proximidades das pontas, tem a missão de ampliar 
lateralmente o máximo possível à defesa adversária, de modo que crie maiores 
espaços entre os defensores. Desta forma, proporcionam aos pivôs um 
posicionamento junto dos 6 metros e, os meias, aberturas para os arremessos de 
longa distância. 
Devem possuir: grande qualidade na recepção do passe; capacidade de 
realizar passes seguros e com intensidade, por cima da área do gol, até o outro 
ponta; um passe para o pivô livre de marcação. E, por meio de fintas, proporcionar 
grande periculosidade ao adversário, com seus arremessos. 
 
 
 
 
3.4 O Pivô 
 
 Seu objetivo é abrir espaço na defesaadversária para que seus 
companheiros possam arremessar de uma distância menor, ou se posicionar 
estrategicamente para que ele mesmo possa receber a bola e arremessar em 
direção ao gol. O pivô possui o maior repertório de arremessos do time, pois ele 
deve passar pelo goleiro e marcar o gol geralmente sem muita força, impulsão ou 
velocidade, e em jogadas geralmente rápidas. 
 17
Os pivôs posicionam-se entre as linhas dos 6 e 9 metros, próximos à área de 
gol. Normalmente são jogadores rápidos, vigorosos e de grande habilidade que o 
possibilite livrar-se da marcação constante que recebe. Não se faz necessário ao 
pivô, deter grande estatura, em contrapartida há de ter grande ímpeto e desejo de 
jogar e “furar” a marcação. Em movimentos rápidos e hábeis e com uma posição 
livre, devem receber a bola com segurança e arremessar ligeiramente ao gol. 
Além dos arremessos especiais do pivô (arremesso em suspensão, em 
queda, salto com queda), eles devem dominar arremessos como: de reversão, de 
reversão com queda, de percussão aérea. Deve ainda, prender pelo menos um 
jogador (bloqueá-lo), ajudando os arremessos de longa distância e jogadas dos 
meias. 
 
 
 
 
3.5 O Goleiro 
 
 O goleiro é vital na defesa. Um bom goleiro pode representar mais de 50% da 
performance de um time. 
No nível de elite do Handebol, são fisicamente grandes, muito fortes, rápidos 
e com muita concentração. Esses jogadores ainda possuem a habilidade de detectar 
o foco do ataque e se adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores situados no 
meio precisam ser muito fortes e altos para impedir os ataques dos meias e conter 
os pivôs. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a ultima barreira ao atacante. Ele 
precisa ter um reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante pretende 
arremessar e habilidade de ajustar força, reflexos e total concentração (eliminando 
qualquer coisa que não seja referente ao jogo) focando seu objetivo final, a defesa. 
O goleiro também deve se comunicar com seu time, (pois possui maior visão de jogo 
por estar fora dos lances de ataque) incentivando e alertando a defesa; e auxiliando 
e orientando seus companheiros no ataque. 
O goleiro não é apenas um jogador de defesa, mas um importante armador 
de contra-ataques. 
O goleiro tem como principal função impedir que a bola entre pela baliza 
caracterizando assim o gol adversário. Para realizar tal função, como os jogadores 
de linha, os goleiros também necessitam de técnicas especiais de posicionamento e 
deslocamento assim como qualidades físicas específicas. Há algum 
tempo sua função dentro do jogo tem se estendido a iniciar ataques 
também. 
No que se refere a posição dos braços: Pode ser de dois tipos. 
Posição em “W” ou em “V”. As pernas ligeiramente afastadas (na linha 
dos quadris), joelhos com pequena flexão, braços estendidos acima da 
cabeça formando um “V” ou flexionados ao lado da cabeça formando um 
 18
“W”. Em ambas as posições as mãos devem estar voltadas para frente, em direção a 
bola. 
 
Obs: É importante que os pés não fiquem fixos no solo, pois para uma melhor 
movimentação, de maior velocidade, a manutenção dos pés em ponta deixa o 
goleiro em estado de alerta e apto a qualquer movimentação de pernas. 
Defesas: Existem vários tipos de defesas. Mas as mais comuns durante os jogos são 
as defesas em “Y”, em “X”, embaixo e à meia-altura. 
 
 
 
A defesa em “Y” é quando o goleiro mantém uma perna 
de apoio no solo e lança a outra perna junto aos braços na 
direção da bola. 
 
 
 
 
 A defesa em “X”, comumente utilizada em lances onde o 
atacante está cara-a-cara com o goleiro. Este salta com os 
dois pés juntos afastando as pernas no ar fazendo o mesmo 
com os braços, formando a figura de um “X”. 
 
 
 
 
 
 
Já a meia altura é feita saltando lateralmente com uma perna 
e lançando os braços em direção à bola. 
 
 
A defesa embaixo pode ser feita com as pernas 
afastadas, flexionando o joelho, posicionando 
uma das mãos ao lado da perna e a outra mão por entre 
as pernas, também pode ser realizada flexionando o 
tronco, juntando as pernas rapidamente, com os braços 
estendidos ao longo das pernas evitando com que a bola 
passe por entre as pernas. 
 
 
3.5.1 Deslocamentos 
 
São três os tipos de deslocamentos do goleiro. 
O deslocamento semicírculo, é feito acompanhando a troca de passes da 
equipe atacante pelas posições. O nome se dá pelo semicírculo formado de um dos 
postes da baliza até o outro. Partindo da posição básica em deslocamento lateral, 
mantendo sempre o corpo voltado para a bola. 
 19
O deslocamento de ataque à bola é feito para frente no momento de um 
ataque cara-a-cara em que o goleiro geralmente executa a defesa em “X”. Procura 
diminuir o ângulo de ataque do adversário. 
O deslocamento da defesa de ponta é feito no momento de um ataque pela 
ponta em que o goleiro está fechando seu canto com o corpo e o outro com a mão e 
a perna. Caracteriza-se por um passo dado à frente pelo goleiro no momento do 
ataque. 
 
 
3.6 Atribuições do Goleiro em Quadra 
 
3.6.1 Último e Primeiro Defensor 
O goleiro, pelo seu local de atuação, já se caracteriza como o último defensor de sua 
equipe, tendo mais seis jogadores à sua frente. Ele só passará a se tornar o primeiro 
defensor em um contra-ataque adversário, ou abandonando a área para 
interceptação de lançamento, etc. 
 
3.6.2 Primeiro e Último Atacante 
Tornar-se-á o goleiro o primeiro atacante, quando da tentativa de puxar um contra-
ataque, quando ele é o início de um contra-ataque e será o último atacante quando 
abandonar sua área para jogar na linha, seja ajudando o ataque ou em uma situação 
de inferioridade ou superioridade numérica. 
 
3.6.3 Contra-Ataque 
O goleiro, na tentativa de iniciar um contra-ataque, deverá deslocar-se para o lado 
contrário à ponta para a qual irá desferir o lançamento. 
 
3.6.4 Sete Metros 
No momento da cobrança de um tiro de sete metros, o goleiro poderá movimentar-se 
da forma que desejar, não podendo, porém, ultrapassar a linha de 4 metros que 
limita seu deslocamento nessa situação. A escolha de como tentar realizar a defesa 
é pessoal de cada goleiro, não tendo uma forma específica para sua realização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20
UNIDADE DE ENSINO VI 
 
 
4 SISTEMAS DE DEFESA 
 
4.1 Princípios Gerais: quaisquer que seja o sistema de defesa deveremos estar 
atentos aos cinco princípios básicos: 
 1 – Entre o jogador que vai arremessar e o gol, deve haver um jogador de 
defesa. O adversário não pode ir livremente para o gol; 
 2 – O jogador de posse da bola deve ser sempre marcado; 
 3 - O centro da área de gol deve ser mais fortalecido. É nessa zona que os 
arremessos podem vencer o goleiro; 
 4 – A bola arremessada deve ser interceptada. O jogador de defesa é o 
obstáculo natural de todas as bolas arremessadas a gol, seja com o corpo ou com 
as mãos; 
 5 – Nenhum defensor deve abandonar o seu setor de marcação, enquanto o 
adversário estiver de posse da bola. 
 
4.1.1 Características da Defesa 
 Os jogadores na defesa precisam trabalhar em equipe. A comunicação é 
absolutamente vital. Onde está o pivô? Quem está marcando quem? Onde 
está o foco do ataque? 
 No nível de elite do Handebol, existem times que possuem jogadores 
especializados na defesa, que são fisicamente grandes, muito fortes, 
rápidos e com muita concentração; 
 Esses jogadores ainda possuem a habilidade de detectar o foco do ataque 
e se adaptar as mudanças nas jogadas; 
 Defensores situados no meio precisam ser muito fortes e altos para 
impedir os ataques dos meias e conter os pivôs. 
 O goleiro é vital na defesa. Um bom goleiro pode representar mais de 50% 
da performance de um time; 
 Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a ultima barreira ao atacante. 
 Ele precisater um reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante 
pretende arremessar e habilidade de ajustar força, reflexos e total 
concentração (eliminado qualquer coisa que não seja referente ao jogo) 
forçando seu objetivo final, a defesa; 
 O goleiro também deve se comunicar com seu time, (pois possui maior 
visão de jogo por estar fora dos lances de ataque) incentivando e 
alertando a defesa; e auxiliando e orientando seus companheiros no 
ataque. 
 
4.1.2 Princípios Fundamentais na Defesa 
Entre o jogador que vais arremessar e o gol deve haver um jogador de defesa; 
um adversário nunca deve chegar livre para executar um arremesso ao gol. 
O jogador de posse da bola deve sempre ser marcado e confundido nas suas 
ações, quando próximo da área do gol; 
As ações defensivas devem se dirigir sobre a bola, não sobre o corpo de 
adversário; 
 21
O jogador de defesa cobre sempre o braço de arremesso do adversário que está 
de posse da bola; 
Quanto mais os adversários chegam perto da área do goleiro, tanto mais 
próximo o jogador da defesa deve efetuar a marcação; 
Não atacar o adversário totalmente de frente, mas diagonalmente, para ter a 
possibilidade de voltar se for fintado, ou conseguir prosseguir, se roubar à bola; 
Os atacantes devem ser constantemente pressionados para fora, nas laterais da 
quadra, dificultando o arremesso contra a baliza; 
Nenhum defensor deve abandonar seu setor de marcação, enquanto o 
adversário estiver de posse da bola; 
Após um ataque defendido, o jogador da defesa deve iniciar rapidamente um 
ataque ou então correr para livrar-se do adversário; 
Deve-se observar também, que no momento em que a equipe perder a posse de 
bola, deverá voltar pelo caminho mais curto, a fim de evitar o contra-ataque do 
adversário e ocupar o lugar mais próximo para defender a sua baliza, jogando 
temporariamente fora de sua posição, retornando à sua antiga posição, no momento 
oportuno. 
 
 
4.2 Fases da Defesa 
Retorno à Defesa: assim que a equipe perde a posse de bola no ataque a 
equipe deverá retornar o mais rápido possível à defesa, principalmente quando é 
dada ao adversário a possibilidade de um contra-ataque. O retorno deverá ser feito 
no trajeto mais curto, mesmo que os jogadores não possam ocupar a sua verdadeira 
posição de defesa. 
 
Defesa Temporária: nesta fase o jogador encontra-se fora de sua posição de 
defesa, pois procurando voltar para impedir o contra ataque do adversário por um 
caminho mais curto ele jogará temporariamente fora de sua posição de melhor 
rendimento. 
 
Organização da Defesa: nesta fase os defensores esperarão a oportunidade 
para retornar ao seu setor de maior rendimento. Oportunidade esta que poderá ser: 
- Organização do ataque; 
- Tiro livre; 
- Cobrança de lateral, etc. 
 
Defesa Organizada: acontece nesta fase a utilização do sistema defensivo, 
treinado pela equipe. 
 
 
4.3 Posição Básica de um Jogador na Defesa 
 
Cômodo afastamento lateral das pernas que estarão semiflexionadas à 
frente, braço na vertical semiflexionado, palma das mãos voltadas para 
frente, cabeça erguida e com atenção voltada para o jogador e a bola. 
 
 
 
 22
 
4.4 Movimentação na Defesa 
Um defensor deverá estar sempre em movimentação para responder o mais 
rápido possível, a uma situação de perigo representado pelas ações do adversário. 
Durante um jogo de handebol a defesa executa os seguintes movimentos: 
- Para a lateral, para frente e para trás em diagonal. 
 
 
 
 
 
4.5 Formas de Marcação 
1) Marcação de Observação: É a observação constante e precisa de seu 
correspondente em relação à bola. 
 
2) Marcação Cerrada: É a aproximação direta e de forma segura ao seu 
oponente correspondente, que está de posse da bola a fim de dificultar a ação do 
ataque. 
 
3) Marcação de Interceptação: É a maneira pela qual o defensor se coloca 
entre o adversário e a trajetória da bola, mas, somente utilizará esta forma com 
absoluta certeza de interceptação. 
 
 
4.6 Sistemas de Defesa 
 
4.6.1 Sistema de Defesa Individual 
É feita quando cada jogador tem seu adversário definido para marcar, quando a 
equipe perde a posse da bola. 
Esta forma de marcação é usada somente no início da aprendizagem, para que 
a criança perceba sua ação conjunta contra a equipe adversária e não se preocupe 
em jogar só por causa da bola. 
 
4.6.2 Princípios do Sistema de Defesa Individual 
 Ficar sempre entre o adversário e sua própria baliza, se o atacante estiver 
longe da baliza, à distância entre atacante e defensor também será maior, quanto 
mais próximo o atacante estiver da balizas, mais próximo o defensor deve marcá-lo. 
O adversário deve estar sempre sob o controle visual para poder acompanhar 
todos os movimentos e eventualmente até prevê-los. 
A marcação individual ainda hoje é utilizada, em determinadas situações e com 
intenções especiais, que podem ser: 
I - Contra equipes mais fracas tecnicamente; 
II - Contra equipes mais fracas fisicamente; 
III - Contra equipes mais fracas física e tecnicamente; 
 23
IV - Quando estamos em superioridade numérica; 
V - No final da partida para tentar reverter um resultado desfavorável. 
 
4.6.2.1 Vantagens: 
- A bola pode ser recuperada mais vezes, contra uma equipe mais fraca; 
- Surpreende a equipe adversária; 
- Desorganiza o ataque adversário. 
 
4.6.2.1 Desvantagens: 
- Aumenta desgaste físico da equipe defensora; 
- Aumenta o numero de faltas, advertências e exclusões; 
- Quase não é possível cobertura. 
 
 
4.7 Sistema de Defesa por Zona 
Cada jogador fica responsável por uma faixa de área que deve proteger, 
guardando e dando combate aos adversários que por ali transitarem com ou sem 
bola. 
 
4.7 1 Vantagens: 
- Executar com eficiência a marcação, mesmo com inferioridade numérica; 
- Compensar através de cobertura uma falha de um defensor; 
- Passar para o contra-ataque com maior eficiência, pois se tem o controle visual 
da bola e dos jogadores; 
- Obrigar o adversário a agir em conjunto, trocando passes, o que facilita a 
interceptação e contra-ataque; 
- A defesa, executa a cobertura nas saídas para dar combate, assim como a 
formação de barreiras, por jogarem lado a lado. 
 
4.7.1 Desvantagens: 
Formação pode ser lenta, até que todos tomem seus lugares, permitindo a ação 
rápida do adversário, obrigando aquele que foi para o ataque a não se esquecer de 
voltar, tão logo se perca a bola. Pois, é pela zona do jogador que não voltou a tempo 
é que pode ser executada a penetração. 
 
 
4.7.2 Finalidades da Defesa por Zona 
- Dar sentido de responsabilidade coletiva; 
- Dar oportunidade de cobrir uma falha do companheiro; 
- Reduzir os arremessos a gol; 
- Dificultar a movimentação do adversário nos seis metros, evitando infiltrações; 
- Obrigar o adversário a movimentar a bola fora dos nove metros, facilitando com 
isto a interceptação; 
- Equilibrar a inferioridade da defesa; 
- Pode-se dizer que o segredo do sistema defensivo por setor se apóia em sua 
constante mobilidade; 
- Os sistemas defensivos por setor são: 6:0; 5:1; 4:2; 3:3 e 3:2:1. 
 
 
 24
4.7.3 Sistemas Defensivos 
 
Dos anos 90 em diante, as equipes passaram a se adaptar ao estilo defensivo 
variado, utilizando os novos sistemas de acordo com a estrutura da equipe 
adversária, tentando anular seu ponto mais forte durante o ataque. 
Trabalhando com esses aspectos, as equipes foram desenvolvendo seus 
próprios esquemas de defesa em cima dos novos estilos, citando como 
exemplo, o sistema de defesa 6:0 que até então era utilizado com uma 
linha defensiva e depois passou a ser utilizado com mais uma linha 
flutuante, ou seja, se deslocando para frente e retornando para a posição de origem. 
 
Dentro das características de cada equipe, os outros sistemas passaram a 
fluirde maneira aleatória devido à situação do jogo, aparecendo assim, outros 
sistemas tais como: 5:1, 4:2, 3:3 e 3:2:1. Esses sistemas têm por finalidade dar um 
sentido de responsabilidade coletiva, dar oportunidade de cobrir eventual falha de 
um companheiro, reduzir os arremessos a gol, dificultar a movimentação do 
adversário na zona de seis metros, evitar as infiltrações e obrigar o adversário a 
movimentar a bola fora dos nove metros, (facilitando com isso a interceptação) e 
equilibrar a inferioridade numérica da defesa. 
 
 
4.7.3.1 Sistema Defensivo 6:0 
 
É um sistema que se caracteriza por apenas uma linha de defesa com os seis 
jogadores atuando próximos à linha dos seis metros, os mesmos deslocam-se de 
acordo com a trajetória da bola, para a direita e esquerda, para frente e com retorno 
em diagonal para linha dos seis metros. 
As posições defensivas neste sistema são: ponta esquerda, meia esquerda, 
central esquerdo, ponta direita, meia direita, central direito. 
Utiliza-se contra equipes em cujo coletivo se encontre um grande número de 
jogadores de seis metros de elevado nível, às quais faltem, contudo, bons 
especialistas em arremessos de meia distância. A defesa é vulnerável aos 
arremessos de meia distância e pressupõe um goleiro acima da média. O sistema 
6X0 pode aplicar-se também ofensivamente, o que, porém não é vulgar. 
 
4.7.3.1.1 Vantagens: 
- É muito ampla, diminuindo assim os espaços junto à área de gol, dificultando o 
trabalho de alas e pivôs; 
- As tarefas dos defensores são claras, compreensíveis e modificam-se pouco 
durante o jogo; 
- Defensores extremos podem partir tranquilos para contra-ataque, pois a área 
da baliza é suficientemente coberta pelas demais; 
- Dá boa margem a cobertura; 
- Não permite arremesso de curta distância e penetrações próximo a área de gol. 
 
4.7.3.1.1 Desvantagens: 
- Frágil nos arremessos de meia distância; 
- Perturba-se pouco a liberdade de movimentação do adversário; 
- Pouco eficaz para roubar a bola; 
 25
- Permite arremessos de média e longa distância e não permite contra-ataques 
rápidos. 
 
 
Defesa 6 x 0 
 
4.7.3.2 Sistema Defensivo 5:1 
 
Formada por duas linhas de defesa, uma com cinco jogadores próximos a linha 
de seis metros e a segunda com um jogador sobre a linha dos nove metros. O 
jogador avançado deve ser rápido, ágil e resistente, não tendo muita importância a 
sua estatura. As suas tarefas são: não permitir arremessos de longa distância (zona 
central da baliza); evitar que seja feito um passe para o pivô; perturbar o jogo dos 
atacantes nos arremessos de longa distância e interceptar passes; auxiliar 
especialmente os defensores laterais esquerdo e direito na luta contra os armadores; 
iniciar o contra-ataque. 
Utiliza-se este sistema contra equipes com bons jogadores de seis metros e um 
bom passador e especialista em remate de meia distância. Este sistema tem muitas 
facetas na sua aplicação uma vez que pode utilizar-se tanto de maneira muito 
ofensiva como muito defensiva. 
Defensiva: os defensores saem pouco, até os armadores e limitam-se mais aos 
bloqueios de longa distância. 
Ofensiva: laterais esquerdo e direito saem até a linha dos nove metros e atacam 
o adversário com a bola. Com este comportamento ofensivo nasce uma defesa 
espástica, com profundidade e largura, que passa de uma defesa 5:l para uma 3:2:1 
ou 3:3 e volta para 5:1. 
 
4.7.3.2.1 Vantagens: 
- Não permite arremessos de média e longa distância, possui um contra-ataque 
rápido do jogador que está adiantado; 
- Tem amplitude em relação ao ataque tem profundidade especialmente na zona 
central de defesa; 
- Eficiente contra arremessos de média e longa distância; 
- Perturba o ataque; 
- O pivô pode ser bem marcado; 
- Dá boa margem de cobertura. 
 
4.7.3.2.1 Desvantagens: 
- Permite arremesso de curta distância; 
- Permite infiltrações; 
 26
- Fraca quando há dois pivôs. 
 
 
Defesa 5 x 1 
 
 
4.7.3.3 Sistema Defensivo 4:2 
Sistema composto por duas linhas laterais. A primeira linha é composta por dois 
jogadores próximos à linha de nove metros e a segunda linha é composta por quatro 
jogadores próximos a linha de seis metros. Os defensores da primeira linha utilizarão 
movimentos laterais, impedindo as infiltrações dos atacantes. Os defensores da 
segunda linha utilizarão movimentos laterais, para frente e para trás e diagonais, 
evitando arremessos de longa e média distância e ainda procurarão interceptar 
passes ou dificultar a execução dos mesmos. 
Geralmente é utilizado contra ataque com dois pivôs e dois bons armadores. 
Utiliza-se este sistema contra equipes com dois especialistas em arremessos de 
meia distância, cujos jogadores de seis metros não tem quaisquer capacidades 
especiais no jogo. 
 
4.7.3.3.1 Vantagens: 
- Pode ser bem utilizado contra um ataque com dois pivôs; 
- Forte na zona central; 
- Tem amplitude e profundidade; 
- Dificulta arremessos de curta e longa distância; 
- Dificulta passes. 
 
4.7.3.3.1.Desvantagens: 
- Fraca contra ataque 3:3; 
- Facilita os ataques dos pivôs; 
- Cobre bem a zona central da defesa com sua amplitude e profundidade. 
 
 
 27
 
Defesa 4 x 2 
 
 
4.7.3.4 Sistema Defensivo 3:3 
 
É um sistema com três jogadores atuando à frente da área do tiro livre, e três 
infiltradores (pivôs) dentro da área, colocados eqüidistantes próximos à linha da área 
do goleiro. É um dos sistemas mais ofensivos em termos de agressividade próximos 
à área do goleiro. 
É considerado o mais arriscado de todos os sistemas por zona, formado por 
duas linhas de defesa, uma com três jogadores próximos a linha dos seis metros, 
outra com três jogadores sobre a linha dos nove metros. Sofre mudanças constantes 
na sua estrutura, variando para 4:2, 3:2:1 e 5:1. Têm por objetivo neutralizar as 
investidas das equipes que se utilizem arremessos de nove metros. 
 
4.7.3.4.1 Vantagens: 
- Oferece boas possibilidades de contra-ataque; 
- Dificulta arremessos de nove metros. 
 
4.7.3.4.1 Desvantagens: 
- Ineficiente contra equipes bem organizadas; 
- Facilita as infiltrações; 
- Dificulta a cobertura. 
 
 
 
 
Defesa 3 x 3 
 
 
 
 
 28
4.7.3.5 Sistema Defensivo 3:2:1 
 
É formada por três linhas de defesa, uma com três jogadores sobre a linha de 
seis metros outra com dois jogadores em uma linha intermediária entre seis e nove 
metros e a terceira linha sobre os nove metros com um jogador. 
Essa defesa nasceu em 1960 na Iugoslávia, mais objetivamente em Zágreb com 
seu precursor Vlado Stenzel. A designação 3.2.1 é resultante da ordenação dos 
jogadores num momento particular que coincide com a fase em que a bola se 
encontra no central atacante. 
Trata-se de uma defesa universal, isto é, uma defesa que é ao mesmo tempo 
zonal, individual e combinada. De acordo com o sistema ofensivo que se enfrenta, 
reage para converter-se em outro sistema defensivo. É o sistema que melhor 
proporciona contra ataques devido às posições escalonadas e mais adiantadas dos 
jogadores. 
Objetivo – Neutralizar completamente à movimentação adversária se 
antecipando no central atacante, impedindo-o de executar o passe para a infiltração 
no bloqueio defensivo. 
 
4.7.3.5.1 Vantagens: 
- Pode adaptar-se facilmente quando o adversário muda sua forma de ataque, 
em princípio sem modificar-se; 
- Jogador de posse de bola está constantemente vigiado por dois defensores; 
- Tem amplitude e profundidade, jogada ofensivamente perturba o jogo dos 
atacantes na zona de arremesso de meia distância; 
- Oferece boas possibilidades para contra-ataque. 
 
4.7.3.5.1 Desvantagens: 
- Só pode ser eficiente com muito movimento (desgaste físico); 
- Fraco contra um jogo bem organizado com dois pivôs e bons extremos. 
 
 
 
Defesa 3 x 2 x 1 
 
 
4.8 Sistemade Defesa Mista ou Combinada 
Em jogo, não podem realizar-se uma defesa homem a homem pura (sem troca 
de adversário) nem uma defesa à zona pura (conservação permanente da posição 
defensiva sem trocas breves dos defesas entre si), visto que os meios de que os 
avançados dispõem são múltiplos, de tal modo que também a defesa deve encontrar 
 29
a utilizar meios diferenciados (combinações da defesa homem a homem e da defesa 
à zona). A defesa mista é a combinação da defesa individual e por zona. 
 
 
4.9 A Defesa em Superioridade e Inferioridade Numérica 
 
Esta visa estimular uma criação de situações em que poderemos tirar vantagem 
ou não sofrer muito quando em desvantagem. 
Em algum momento do jogo a defesa pode estar em inferioridade numérica 
devido a uma exclusão, por exemplo, e deve se imaginar situações em que a equipe 
possa suprir a falta, momentânea do jogador na defesa. 
Algo que se deve levar em consideração são os pontos fortes e fracos do ataque 
adversário. Se a equipe adversária tem sua maior qualidade em tiros de nove 
metros, deve se manter um jogador avançado, utilizando se do avançado a equipe 
adversária é obrigada a definir as jogadas nos pontas. Mas se a equipe adversária 
possui uma fraca definição dos tiros de longa distância realiza-se uma marcação 
sem nenhum atleta avançado, dando espaços e induzindo a equipe adversária a 
arremessos de nove metros. 
Caso a defesa esteja em superioridade numérica podem-se utilizar algumas 
táticas tais como: usar um jogador de defesa para marcar individualmente o melhor 
jogador adversário, jogar sempre com um ou mais avançados para dificultar a troca 
de passes e se aproximar de uma interceptação, entre outras. 
A equipe deve manter-se sempre atenta para utilizar-se de ferramentas que a 
levem a uma maior vantagem quando em superioridade e que não cause muitas 
desvantagens quando em inferioridade numérica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30
UNIDADE DE ENSINO V 
 
 
5 SISTEMAS DE ATAQUE 
 
 
5.1 Características do Ataque 
 
Ao conseguir a posse da bola, a equipe deve passar imediatamente à ação 
ofensiva, tentando em primeira instância o contra-ataque. Este se concluirá mediante 
lances individuais e ações coletivas, organizando em esquemas prévios para o 
melhor aproveitamento das qualidades individuais dos jogadores. 
A esquematização dependerá da ação individual dos jogadores e da perfeita 
execução dos movimentos necessários para se vencer o bloqueio adversário. 
Na formação dos sistemas, os jogadores receberão funções conforme suas 
características naturais: os armadores são jogadores com visão global do jogo, 
liderança natural na equipe e na distribuição das jogadas, grande habilidade com a 
bola, que tenham um bom índice de aproveitamento nos lançamentos à média e 
longa distância, boa recuperação no corte do contra-ataque adversário e armação 
do sistema defensivo; os infiltradores, também chamados pivôs, serão jogadores 
ágeis, fortes e habilidosos nos dribles e na execução dos arremessos especiais, e os 
pontas também chamados extremos, serão jogadores velozes, com habilidade nos 
arremessos com salto e queda, rápidos nos dribles e na troca de passes, 
principalmente nos contra-ataques. 
A tática consiste na melhor utilização dos elementos segundo suas qualidades 
individuais, nas situações e posições adequadas. 
Os jogadores que atuam fora da área de tiro livre, armam as jogadas, 
principalmente os do meio, responsável pela variação e opções durante o ataque, 
armando de um lado da quadra, ou do outro, ou mesmo pelo centro, ou seja, como 
convier. 
Os armadores, na troca de passes, devem procurar servir o pivô, ou, se não 
receberem combate, executarão os arremessos de longa distância ou penetrarão 
utilizando na finalização os arremessos com corrida e salto. 
Os pivôs atuam próximo da linha da área de gol e na parte frontal da baliza, 
onde o ângulo de arremesso é maior, facilitando a conquista do gol; ao receberem o 
combate dos defensores, lançam mão dos arremessos especiais com giros, saltos, 
quedas e reversão. 
Uma equipe de handebol estando no ataque, quando está com a posse de bola 
ou quando a circunstância indica que o adversário perde a bola por um erro técnico, 
por falta de ataque ou joga a bola para fora. 
Ataque posicional: Nem sempre é possível ultrapassar o adversário: ou este 
regressou mais rapidamente à defesa, ou a bola foi rematada ao lado da baliza ou 
saiu do campo de outra maneira. Este modo, decorre um curto período de tempo até 
que a bola regresse ao jogo. Segue-se um ataque posicional, que se utiliza quando: 
a) A defesa está formada e já não é possível ultrapassá-la no meio campo; 
b) Deve-se retardar o jogo; 
c) Deve-se poupar energias. 
Na primeira fase das ações ofensivas, os jogadores correm para determinadas 
posições e começam, a partir daí, o jogo de ataque. Aconselha-se que três 
jogadores se dirijam imediatamente e o mais rapidamente possível para as 
 31
imediações da baliza adversária a fim de receberem a bola e não permitirem 
qualquer descanso ao adversário. Seguem-se os restantes jogadores. 
A primeira fase do ataque posicional, ataque contra uma defesa já formada, 
conclui-se quando os jogadores ocuparem, em frente da baliza adversária, as suas 
posições específicas determinadas a partir do sistema. Começa então a segunda 
fase, o desenvolvimento do jogo de ataque perigosos para a baliza. Distinguem-se, 
nesta fase, a parte dos sistemas que se abordarão mais tarde, vários tipos de 
comportamento tático de cada jogador e de grupos de jogadores, os quais se 
resumem no conceito de tática de uma equipe no ataque. 
 
 
5.2 Fases do Ataque 
 
1) Contra Ataque: Passagem rápida da defesa para o ataque geralmente com um 
jogador, causado pela perda de bola pelo adversário. O contra-ataque pode ser 
realizado: por um jogador que rouba a bola e sai sozinho ou através de um passe a 
longa distância executado pelo goleiro ou por um companheiro seu. 
 
2) Contra-ataque sustentado: se o adversário consegue evitar a marcação do gol, 
pois a defesa ainda está desorganizada. A conclusão da 2ª fase pode ser: 
- Executada a partir do armador, por meio de um arremesso de meia distância, 
- Por meio de um passe, para junto dos seis metros feito por um jogador a partir 
da zona de arremesso. 
 
3) Organização do ataque: se não for possível marcar o gol nas duas primeiras 
fases do ataque, é recomendável a suspensão da 2ª fase e a organização do 
ataque. O sinal para a passagem para 3ª fase é dada pelo jogador que está com a 
posse da bola, levando-a, dirigindo-se para o meio da quadra de jogo, chamara a 
atenção da própria equipe para o término da 2ª e início da 3ª fase. 
A 3ª fase tem os seguintes objetivos: 
- Ocupação dos lugares correspondentes ao sistema de ataque combinado; 
- Criação de um curto intervalo para repouso dos jogadores; 
- Transmissão de algumas ordens do treinador; 
- Observação do adversário; 
- Segurança no passe. 
Ataque num sistema: Ocupa maior espaço na tática ofensiva. Quando para uma 
equipe não há nenhuma possibilidade de executar um contra-ataque simples, ou 
sustentado, para esta equipe só interessa a 4ª fase para a marcação de um gol. 
Os sistemas de jogo no ataque são: 
- Ataque com um pivô (3:3 ou 5:1); 
- Ataque com dois pivôs (2:4 ou 4:2). 
Estes ataques são subdivididos em: 
- Jogo de ataque posicionado, no qual os jogadores não abandonam as suas 
posições, mas sim adquirem vantagem tática por meio de um ajuste individual e 
hábil. 
- Ataque com trocas ou circulação, este pode ser realizado com jogo de ataque 
rígido, o trajeto do jogador e a trajetória da bola estão escritos, sendo que sofrem 
modificações segundo o comportamento da defesa adversária. 
 
 
 32
4)A quarta fase decorre sempre em trêspartes distintas: 
 
1ª) Preparação do ataque, por meio de um jogo posicionado ou com trocas e 
passagens rápidas da bola, ataques perigosos ao gol adversário; 
2ª) Preparação da fase de finalização do ataque com ajuda de ações táticas 
individuais e de grupo que são interligadas com as passagens da bola e os 
movimentos de ataque; 
3ª) Finalização do ataque: esta é sempre uma ação individual do jogador, para 
qual os companheiros realizam o trabalho preparatório, que com uma ação técnica-
tática realiza um arremesso ao gol. 
 
 
5.3 O Ataque em Superioridade e Inferioridade Numérica 
Esta situação de inferioridade ou de superioridade numérica que vimos na 
defesa também pode acontecer no ataque. 
Quando em inferioridade a equipe deve tentar criar situações que não 
prejudiquem muito a definição da jogada, tais como: jogar sem pivô para conseguir 
uma boa combinação de passes e possíveis arremessos dos nove metros; não se 
precipitar e trocar passes, a fim de manter a posse da bola até o atleta que estava 
cumprindo os dois minutos possa voltar, sem se descuidar e cair em jogo passivo, 
entre outras que dependerão das qualidades do ataque. 
Em superioridade numérica, a equipe pode tirar vantagem, jogando com dois 
pivôs para tentar o passe a eles e criar condições de definição desses jogadores, 
utilizar os pontas que podem ter mais espaços; realizar trocas de posições a fim de 
iludir a defesa adversária e criar espaços para os arremessos. 
A boa utilização dessas ferramentas no ataque, entre outras, podem levar a 
equipe a suprir a deficiência, momentânea, pela falta de um jogador e conduzi-la a 
uma vitória, se realizadas eficientemente, ou a derrotas, caso não se consiga tirar 
proveito delas. 
 
 
5.4 Sistema Ofensivo 6:0 
 
É um sistema com seis jogadores atuando à frente da área de tiro livre, 
eqüidistantes, procurando ocupar toda à frente da área. Os jogadores procuram 
trocar passes na tentativa de conseguirem penetrar ou obter condições vantajosas 
para executar os arremessos de longa distância. É o sistema mais simples sendo 
indicado para a ofensiva, continuando na mesma faixa de campo, dando aos 
jogadores, noções de ataque organizado, sem perder a estrutura defensiva, 
importante, quando perder a posse da bola. 
Esta formação ofensiva não prevê o emprego de pivô, e as jogados são armadas 
fora da área de tiro livre, prevalecendo os arremessos de longa distância e as 
penetrações laterais. Deve-se orientar os armadores para fazerem a armação das 
jogadas pelas laterais, trazendo a defesa mais para um dos lados e conseguindo a 
possibilidade de penetração pelo lado contrário com o ponta. Caso a armação seja 
feita no centro da quadra, deve-se dar a orientação de que troquem passes mais 
perto do meio do campo, evitando com isto embolar o jogo e facilitar o corte dos 
passes pelos defensores. 
 
 
 33
5.4.1 Tática 
 
No handebol, quando praticado em nível elevado, com jogadores de grande 
habilidade, o mesmo sistema ofensivo volta a ser empregado. Os jogadores se 
colocam bem abertos, procurando tirar a defesa da sua colocação junto à área do 
goleiro, abrindo e possibilitando o emprego de um pivô móvel. Quando as jogadas 
são armadas por uma das laterais, o ponta do lado contrário penetra pelo meio, 
ocupando a posição do pivô. sua penetração é feita pelas costas dos defensores 
centrais, dificultando o trabalho destes; por estar em movimento, fica com maiores 
condições de receber os passes; caso não consiga receber a bola ou a jogada mude 
de lado, ele volta para sua posição, dando ao ponta do lado contrário a possibilidade 
de penetrar e ocultar a posição do pivô. É um sistema com aplicação contra defesa 
nos sistemas 6:0, 5:1, 3:3, e 3:2:1. 
 
 
 
Ataque 6 x 0 
 
 
5.5 Sistema Ofensivo 5:1 
 
É um sistema com cinco jogadores atuando à frente da área de tiro livre, 
eqüidistantes, e um infiltrador (pivô) próximo da área de gol, ocupando a faixa central 
da baliza onde o ângulo de arremesso é maior. 
Os cinco jogadores que atuam fora da área de tiro livre, devem receber a função 
de armação das jogadas, utilizando-se de três jogadores, enquanto os outros dois, 
jogando nas laterais, tentam a penetração ou combinação de fintas e finalizações 
com o pivô. 
 
5.5.1 Tática 
 
O pivô deve se movimentar em relação à bola, acompanhando para o lado onde 
está sendo armada à jogada, procurando facilitar o recebimento, somente sair para o 
lado proposto ao da jogada, quando quiser criar o vazio ou possibilitar a tabela com 
quem está penetrando. Sua movimentação será junto à linha do goleiro para facilitar 
a execução dos arremessos especiais, saindo somente se necessário para facilitar o 
recebimento da bola. 
É um sistema com aplicação contra defesa nos sistemas 6:0, 4:2, 3:3 e 3:2:1. 
 
 
 34
 
Ataque 5 x 1 
 
 
5.6 Sistema Ofensivo 4:2 
 
É um sistema com quatro jogadores atuando à frente da área de tiro livre e dois 
infiltrando à frente da área, colocados na faixa central da baliza, próximos da linha 
da área do goleiro. 
Dos quatro jogadores que atuam fora da área de tiro livre, dois são responsáveis 
pela armação das jogadas, utilizam-se dos arremessos de longa distância nas 
possíveis finalizações. Os outros dois são os pontas que atuam nas faixas laterais 
da quadra, procurando participar da armação da jogada, quando esta está do seu 
lado, no lado contrário procuram se desmarcar, ficando um contra um, o que lhes 
possibilita a penetração pelas laterais, utilizando os arremessos com saltos e 
quedas. 
 
5.6.1 Tática 
 
Os pivôs se movimentam em função da bola, lado a lado, o que está do lado da 
armação da jogada, desce mais lateralmente, mas sem embolar e o outro pode até 
sair um pouco, facilitando o recebimento dos passes e possibilitando a formação de 
corredores. 
É um sistema com aplicação contra a defesa nos sistemas 6:0, 5:1, 3:2:1. 
 
 
 
 
Ataque 4 x 2 
 
 
 
 
 35
5.7 Sistema Ofensivo 3:3 
 
É um sistema com três jogadores atuando à frente da área de tiro livre e três 
infiltradores (pivôs) dentro da área, colocados eqüidistantes junta à linha da área do 
goleiro. 
É um dos sistemas mais ofensivos em termos de agressividade junto à área do 
goleiro, obrigando os defensores a uma marcação atenta, dificultando o serviço 
destes infiltrados, ao mesmo tempo em que cuidam de dar combate aos arremessos 
de longa distância, executados pelos armadores. 
Apresenta o inconveniente de embolara a frente da baliza, mas é útil quando a 
equipe tem bons infiltradores e armadores com bom domínio de bola e muita 
criatividade. 
É um sistema com aplicação contra defesa nos sistemas 6:0, 5:12, 3:3, 3:2:1. 
 
 
 
Ataque 3 x 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36
UNIDADE DE ENSINO VI 
 
 
6 SÚMULA DE HANDEBOL 
 
Introdução: 
 
 Súmula – pequena suma, epítome, abreviação, sinopse, forma condensada 
de apresentação de um assunto, fato ou acontecimento. 
 Uma súmula deve conter, da forma mais fiel possível, toda a ideia do assunto 
que se propõe registrar. 
 As súmulas de competições devem ser o retrato do evento. Nela precisamos 
encontrar subsídios para análise técnica do andamento do jogo. Não deve limitar-se 
apenas em ser um documento histórico, mas, também é necessariamente, um 
valioso instrumento para uso dos participantes do encontro. Nos desportos coletivos, 
a marcha da contagem, os momentos em que os tentos foram conquistados ou 
impelidos de o serem, são pontos de partida para a avaliação do rendimento de uma 
equipe, em determinados períodos da contenda. Atesta-se, através de uma súmula 
bem elaborada, a eficiência de determinada tática defensiva ou ofensiva, a correção 
ou não de eventuais substituições de jogadores, etc. 
 
 
6.1 Descrição da Súmula: 
 
1 – Cabeçalho: 
 Local (identificaçãodo órgão patrocinador); 
 Nome da competição; 
 Fase (regional, municipal, estadual, nacional, classificação, consolação, 
repescagem, oitava-de-final, quarta-de-final, semifinal ou final); 
 Seção (feminina ou masculina); 
 Local (ginásio); 
 Data; 
 Hora (hora que consta no carne dos jogos); 
 Categoria da equipe (infantil, juvenil, adulta, universitária, escolar); 
 Categoria da partida (oficial, amistosa, jogo-treino); 
 Jogo nº; 
 Entre as equipes (A X B – colocar o nome das equipes). 
 
2 – Registro das Equipes: 
 Equipe A X B (colocar o nome); 
 Nº de inscrição (nº de inscrição do atleta na entidade promotora do evento); 
 Posição dos jogadores (goleiro e jogadores de campo); 
 Nome dos atletas; 
 Nº (camisas dos jogadores); 
 A (advertência – colocar o minuto da ocorrência); 
 37
 E (exclusão – colocar o minuto da ocorrência, máximo cada jogador 3 
exclusão por jogo); 
 D/E (Desqualificação – colocar o minuto da ocorrência; Expulsão – colocar o 
minuto da ocorrência e contornar com um círculo o número); 
 Dirigentes das equipes; 
 Nº do capitão e assinatura. 
 
3 – Curso da Contagem: 
 Equipe (colocar a letra correspondente A ou B – máximo 37 gols); 
 M (minutos); 
 Nº (número da camisa do jogador); 
 P (pontos – “GOL” – seqüência dos gols – um círculo no gol de penalti, um 
círculo e um traço vertical no seu interior, quando o penalti não foi convertido). 
Exemplo: - Gol: 
 
 
 
 
 - Gol não convertido: 
 
 
 
 Gol contra (o jogador que marcar um gol contra, anota o nº do jogador na sua 
coluna; e minuto e a seqüência dos gols na coluna da equipe adversária; 
colocar um traço na horizontal nos quadrados em branco); 
Exemplo: Equipe B 
5 - - 
 
 Equipe A 
 
- 8 9 
 
 Parciais (transportar para as colunas correspondentes – invertidos); 
 
4 – Anotações Diversas: 
 Início do jogo (hora em que efetivamente foi dada a saída da bola); 
 Término do jogo (hora do encerramento do jogo); 
 Duração (diferença – início/término); 
 Dirigentes da partida (anotar o nome das autoridades dirigentes; não é local 
para assinaturas); 
 Resultado do jogo; 
 Observações/Ocorrências (relatório sucinto); 
 Rodapé (assinatura dos árbitros). 
 
 
 
 
 38
REFERÊNCIAS 
 
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL. Regras oficiais de handebol e 
beach handball. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. 102 p. 
 
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL. Regras oficiais de handebol e 
beach handball. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. 102 p. 
 
EHRET, Arno, SPATE, Dietrich, SCHUBERT, Renate, ROTH, Kraus. Manual de 
Handebol. Treinamento de Base para Crianças e Adolescentes.São Paulo. Editora 
Phort, 2002. 
 
KALININE, Iouri; SCHONARDIE FILHO, Leopoldo. Handebol: programa didático 
para estudantes universitários da área de educação física e desportos. Ijuí: Ed. 
Universidade Regional do Noroeste do Estado, 1997. 82 p. 
 
VINHAS, Átila Machado. Handebol. Bagé: Edifunba, 1988. 108 p. 
 
TENROLLER, Carlos Alberto. Handebol: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: 2ª edição: 
Sprint, 2005.

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