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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO – ES Curso de Engenharia Civil Lucas Brasil EQUAÇÃO UNIVERSAL DE PERDA DE SOLO Cachoeiro de Itapemirim – ES Maio/2017 EQUAÇÃO UNIVERSAL DE PERDA DE SOLO Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário São Camilo, orientado pelo Prof. Daniel Binoti, como requisito parcial para aprovação na matéria de Portos e Hidrovias. Cachoeiro de Itapemirim – ES Maio/2017 Equação Universal de Perda de Solo Em meados de 1940, iniciaram os estudos para o desenvolvimento da equação para estimar as perdas de solo. Wischmeir e Smith combinaram vários fatores como a erosividade (R), erodibilidade (K), a topografia (LS), a cobertura vegetal (C) e as práticas de conservação agrícolas (P), assim surgindo à primeira versão da (USLE). A = R . K . L . S . C . P No qual: A = representa a estimativa de perda média anual de solo em determinada área, em condições especificas de uso e ocupação do solo.(t/ha.ano). R = Erosividade da chuva (Mj.mm/ha.h.ano). K - Erodibilidade do solo (t.h/Mj.mm ). L = Comprimento de rampa (m). S = Declividade de rampa (%). C = Uso e manejo do solo (0 a 1). P = Práticas conservacionistas (0 a 1). (R) Fator de Erosividade O fator erosividade (R) é o índice de erosão pelas chuvas, que expressa à capacidade de uma chuva erodir um solo desprotegido, em termos de energia cinética. WISCHMEIER (1959). Esse parâmetro representa numericamente a força da chuva e do escoamento. É obtido pelo cálculo do índice de Energia da chuva para 30 minutos (EI30), para eventos superiores a 12,5 mm, estes valores são obtidos por pluviógrafos. Podendo ser calculado pela seguinte fórmula: R = 0,417 x p2,17 (K) Fator de Erorodibilidade do Solo. É apresentado como o efeito integrado de processos que regulam a recepção da chuva e a resistência do solo para desagregação de partículas e o transporte. Influenciada pela textura, estabilidade estrutural, conteúdo de matéria orgânica, mineralogia das argilas e diferentes constituintes químicos do solo. O fator K representa o grau de resistência natural do solo a ser erodido. Esse fator pode ser determinado em campo por métodos diretos, relacionados à erosividade com a perda do solo, para solos diferentes dentro de parcelas padrões em localidades distintas. Outros métodos diretos utilizam chuva simulada para diferentes solos com várias repetições. Os desenvolvedores da Equação Universal da perda de solo modelaram o fator K em função de solos de textura média dos Estados Unidos. Os processos de desgaste e transporte estão diretamente influenciados por diferentes propriedades do solo. (L) e (S) Fatores Topográficos. A longitude do declive (L) é estabelecida como a distância desde a origem do fluxo superficial até o ponto onde o declive decresce, causando o depósito de partículas erodidas, ou quando o escoamento superficial chega a uma rede de fluxo ou rio. Para a USLE, os fatores L e S são componentes topográficos, uma relação de perda de solo por unidade de área em um declive de base 9% (S) com comprimento de rampa de 21 metros (L), valores padrão da parcela experimental onde foi desenvolvida a USLE, portando, o fator L é definido pela equação: m e o valor de S é definido pela equação: 6,613 ( C ) Fator de Cobertura Vegetal. A cobertura vegetal da superfície do terreno se difere de acordo com a espécie, densidade de plantio ou da vegetação, e podem afetar diretamente na erodibilidade do solo. O fator C é a associação entre a erosão em solo nu e a erosão observada nas condições de cultivo ou com cobertura vegetal. (P) Fator de Práticas de Conservação. É a conexão da perda de solo em presença de práticas conservacionistas específicas com o mesmo solo em ausência destas práticas. Podem variar dependendo do país, da cultura, uso da terra e da tecnologia. Mediante de todos os fatores, basta proceder aos cálculos, e por fim determinar qual prática deverá ser adotada para minimizar a perda de solo. No Brasil Acelerada pelo homem com suas práticas inadequadas de uso das terras, a erosão hídrica é um dos fatores de desgastes e perdas de solos que mais contribuem para a improdutividade dos mesmos, gerando, prejuízos econômicos, alterações na paisagem e em alguns casos, desastres.