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TGDPri Casos 1 e 2 Primeira rodada

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TGDPri
Julgamentos Simulados
Caso 1 – Associação Brasileira de Proteção aos Animais X Laboratório LIFE
Autor: Associação Brasileira de Proteção aos Animais
Réu: Laboratório LIFE
Pedido do autor: imediata extinção de todos os testes com animais e liberação de todos os bichos mantidos presos para esse fim.
Argumento do autor: Kim
Os animais são sujeitos de direitos, pois dentro do próprio ordenamento jurídico brasileiro, há reconhecimento de direitos dos animais, e: têm direito a uma vida digna, especialmente no que se refere aos mamíferos.
Citou a Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
Lei Arouca – propósito de reduzir a utilização de animais em testes de laboratórios
Substituição por técnicas alternativas
Argumento do réu: Fábio
Os animais, no direito brasileiro, não são sujeitos de direito, mas sim objetos, motivo pelo qual podem ser sacrificados em nome do bem-estar humano.
A extinção geral dos testes com animais é desarrazoada, especialmente no seu caso, que produz medicamentos e toma o cuidado de se utilizar apenas de testes indolores, nos quais os animais são anestesiados desde o início do procedimento.
Juridicidade:
Teoria Geral do Direito: relação jurídica tem dois polos, ocupados por indivíduos que têm direitos e deveres. Não podem existir deveres dos animais, logo não podem ter direitos.
Não há crueldade
Dogmática jurídica brasileira: requer testes com animais – CONCEA e diretrizes para experimentação.
Necessidade:
Não é verdade que os animais não são necessários para uso humano. Exemplo: vacinas.
Moralidade: não havendo nenhum tipo de crueldade, não há imoralidade.
Temas conexos:
Animais em circos, parques temáticos, zoológicos, manifestações culturais (touradas, vaquejadas, etc), animais destinados à alimentação humana.
Sujeitos de direito X objetos – estado permanente de não poder exercer deveres
Sempre por trás de uma pessoa jurídica, há uma pessoa natural.
Caso 2 – Daniela Pereira e Gabriela Oliveira X Maria José Carmona
Autor: Daniela Pereira e Gabriela Oliveira
Réu: Maria José Carmona
Pedido do autor: pleiteia-se sua parte no espólio de Valter Carmona.
Argumento do autor: Pedro
Embora casado com a ré Maria José, Valter mantinha concomitantemente união estável poliafetiva com as duas, motivo pelo qual ambas têm todos os direitos que a legislação assegura aos companheiros, não obstante a existência do casamento.
Período de 7 anos de relação, caracterizando união estável.
Afeto, consideração, vontade de viver junto, princípio da isonomia, analogia com união homoafetiva para considerar o poliamor uma união estável.
União estável e casamento possuem o mesmo valor jurídico, segundo o STF.
Argumento do réu: Hugo
Incompatibilidade do casamento com a união estável e consequente primazia do casamento – relação jurídica formal – sobre o vínculo meramente fático que unia o seu marido às duas autoras.
Relações meramente de fato só produzem efeitos jurídicos quando a lei expressamente autorizar, o que não é o caso da união poliafetiva, que inclusive encontraria vedações constitucionais e legais.
STF nunca reconheceu nem a união simultânea ao casamento nem a união poliafetiva.
Contra o Código Civil e o Direito Constitucional – relação de Valter com autoras não era reconhecida.
ADPF 152 – não abarca o poliamor
Pilar base do direito da família – relação monogâmica entre os cônjuges e fidelidade
Código Civil de 2002
Relações de fato X relações jurídicas:
Não são antônimas. A relação de fato é apenas uma relação não formalizada, mas pode ser jurídica ou não.
1ª: Aceitação da união estável como relação jurídica. Aceitação como relação familiar, com a mesma hierarquia do casamento. A aceitação como relação jurídica surgiu como uma indenização de prestação de serviços da mulher para o homem.

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