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PRÉ PROJETO DE PESQUISA - TEATRO

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE TEFÉ – CEST
LICENCIATURA EM PEDAHISTÓRIA
O ENSINO E A PRÁTICA DO TEATRO COMO MÉTODO DE APRENDIZAGEM PARA AS CRIANÇAS NA COMUNIDADE DA FLONA EM TEFÉ – AM
TEFÉ – AM
2017
DANIEL SIQUEIRA RIBEIRO
O ENSINO E A PRÁTICA DO TEATRO COMO MÉTODO DE APRENDIZAGEM PARA AS CRIANÇAS NA COMUNIDADE DA FLONA EM TEFÉ – AM
TEFÉ – AM
2017
TEMA: O ENSINO E A PRÁTICA DO TEATRO COMO MÉTODO DE APRENDIZAGEM PARA AS CRIANÇAS NA COMUNIDADE DA FLONA EM TEFÉ – AM
TEMA E PROBLEMA
A introdução do teatro na cidade de Tefé – AM, não foi de um todo satisfatória até o presente momento. Projetos como Talentos de Tefé tiveram certo impacto no ano de 2015, quando houve inscrições de jovens de escolas como o Centro Educacional Gov. Gilberto Mestrinho e Universidade do estado do Amazonas – CEST, onde foram desenvolvidas diversas atividades cênicas, a fim de selecionar os melhores talentos para uma apresentação final que ocorreu no dia 5 de dezembro de 2015 no auditório do CETAM.
O presente projeto pretende descobrir e instigar os talentos na comunidade da FLONA em Tefé – AM , pois muito pouco se fala em cultura, principalmente quando se trata das artes cênicas na atual cidade. O teatro em sua essência visa buscar aquilo que nos incomoda, o desejo de expressar nossas emoções e sentimentos através da atuação, e é exatamente isso o que este projeto pretende buscar: encontrar e conduzir as crianças e adolescentes na comunidade da FLONA para um cenário diferente, que é atuar, viver de forma expressiva, sair da sua zona de conforto, ter a liberdade de expor suas habilidades de comunicação e mostrar que possuem capacidade de se destacar na sociedade.
REFERENCIAL TEÓRICO
O teatro pode acontecer onde for, “nas menores comunidades e nas mais distantes cidades ele se desenvolve, com os grupos teatrais ensaiando e se apresentando onde podem, em salões paroquiais, em salas de aula, nas ruas e nos teatros, quando eles existem” (DEMASI, 2011, p. 90). 
Dessa maneira, não devemos nos importar o lugar onde fazemos nossas apresentações, o lugar é apenas um palco improvisado onde a fé cênica pode envolver a platéia, pois “em sua grande maioria, esses grupos de teatro em atividade no país são iniciativas particulares e desvinculados de instituições, mantidas por apaixonados pela arte do teatro. O teatro está integrado de forma vital à cultura brasileira” (DEMASI, 2011, p. 90).
Existe, de fato, uma grande história do teatro no Amazonas, pois ele sempre esteve presente no Estado. Houve dois periódicos responsáveis pela descoberta de diversas facetas da vida teatral intensa, que foram os jornais intitulados “O Boato Teatral”, que circulo em Manaus em 1898 e “O Teatro”, também em Manaus, em 1909, que através também de uma sumária bibliografia foi reconstruída uma das facetas surpreendentes, uma civilização já desaparecida: a civilização da borracha.
O Teatro Amazonas, situado em Manaus foi construído pelos barões do látex, onde era, para eles, uma espécie de monumento de poder econômico, onde reuniram em seus palcos os próprios sonhos refinados, cultura e certeza de permanência, mas isso não durou por muito tempo, restando ironicamente, apenas a arquitetura e por esse motivo, a arte teatral só podia refletir um espírito aventureiro, um tipo de materialização da soberba de gente semianalfabeta, mas que possuía muito dinheiro e , que por isso, o teatro do ciclo da borracha era, basicamente, um teatro importado, onde a dramaturgia, sobretudo, as produções locais, era apontada de forma fugaz. Podiam sim ter os recursos para construir, onde os refinados decoradores da Commedie Française tinham como tarefa trazer os finíssimos materiais de construção, operários especializados, as companhias líricas e teatrais, porém, faltava a sedimentação história. (DEMASI, 2011).
(...) Enfim, o húmus onde floresceu a grande arte. (DEMASI, 2011, p. 68).
Apesar de a documentação ser quase inexistente, é possível ainda afirmar que na Amazônia existiu um teatro catequese animado pelos jesuítas. Foram eles que trouxeram o teatro para as suas missões na região, uma espécie de teatro militante e didático, onde o primeiro público na Amazônia era composto pelos índios, da mesma forma como foram eles mesmos os primeiros atores no ramo teatral (DEMASI, 2011).
Porém, uma parte mais específica do teatro é abordada aqui, que vem a ser O Teatro do Oprimido, onde se faz teatro de forma política, nunca separado dela, mas criando um vínculo entre a cultura e um dever de cidadania.
“O Teatro do Oprimido jamais foi um teatro eqüidistante que se recuse a tomar partido – é teatro de luta! É o teatro DOS oprimidos , SOBRE os oprimidos e PELOS oprimidos, sejam eles operários, camponeses, desempregados, mulheres, negros, jovens ou velhos, portadores de deficiências físicas ou mentais, enfim, todos aqueles que se impõem o silêncio e de quem se retira o direito à existência plena” (BOAL, 2008, p. 30).
JUSTIFICATIVA
Este projeto possui uma questão desesperada, que é resgatar um pouco da nossa cultura na comunidade da FLONA de Tefé – AM através do teatro, ensinar às crianças e adolescentes da região a ter mais voz e destaque no lugar onde vivem, apresentar os métodos e formas básicas de atuação para que essa forma de cultura não se esvaia.
É importante frisar que nossas comunidades, apesar de terem uma educação apropriada, com o trabalho dos professores locais, é preciso que se faça algo de diferente e inovador para as nossas futuras gerações, algo que vá além do modo costumeiro e às vezes nada construtivo. A iniciativa de promover as práticas teatrais na comunidade da FLONA visa encontrar uma forma de promover a cultura e incitar o gosto pela atuação, levando em conta os critérios e medidas que possibilitem uma boa sintonia com o palco e o público.
Este tema especifica e deixa claro o que será realizado e com quem será realizado, e dessa forma, queremos resgatar essa nossa cultura perdida, nossos valores e tradições através do teatro e isso precisa ser feito de forma prática, metodológica e organizada, para que as crianças e adolescentes desta comunidade possam enxergar o mundo com outros olhos e ver que nosso Estado tem como símbolo principal, o teatro (DEMASI, 2011).
OBJETIVOS 
Incentivar as crianças e adolescentes da comunidade da FLONA a produzirem espetáculos teatrais, que através dos quais, terem mais acesso à sua cultura e destaque na sociedade.
Criar metodologias acessíveis e criativas para o desenvolvimento da atuação, através de planos de aula elaborados pelo instrutor.
Planejar aulas básicas com o intuito de ensinar, mostrar e realizar exercícios teatrais através de pequenas esquetes que serão apresentadas em uma determinada data.
Apresentar, juntamente com todos os participantes, uma peça, onde moradores e autoridades possam apreciar e se deleitar com as performances teatrais desenvolvidas nas aulas.
METODOLOGIA
Nos objetivos, foi citado que as aulas seriam planejadas pelo instrutor em questão, agora, é necessário que se apresentem as tais metodologias que serão aplicadas no decorrer da pesquisa, que neste, será de cunho teatral.
Para que as crianças e adolescentes entendam o que significa “atuar” é preciso ter uma boa noção do que se pede neste projeto, pois, não basta apenas subir ao palco e falar aleatoriamente, ou ter decorado um texto, mas sim estar em total ligação com o personagem destinado a ele (ou ela). 
Os ensaios e as práticas com a voz e as expressões será um dos métodos a serem aplicados na pesquisa, pois “o autor é o grande veículo do teatro e o seu trabalho é interpretar a peça de tal forma que a sua situação faça da peça muito mais interessante que uma sala ou palestra. Os atores sabem que a finalidade de sua atuação é atrair a platéia para quem está falando” (DEMASI, 2011, p. 107).
Para que se possa ter mais liberdade de expressão nas aulas ministradas, será implantadaa técnica de improvisação, onde os participante (atores) poderão usar de sua própria idéia e criar cenas que serão produzidas sem qualquer tipo de texto auxiliar (roteiro), onde objetivo desta aula será induzi-los a ter o controle da situação se alguma frase lhes fugir da cabeça, caso que acontece com muita freqüências no mundo teatral.
Outro fator crucial para uma boa apresentação é maneira como um ator se expressa diante do público, esteja ele alegre ou triste, com amor ou com ódio; e isso será frisado ao decorrer das aulas para que entendam que precisam ter uma postura emocional correta quando fizerem a cena. Não vem a ser tão difícil esta metodologia, desde que se faça de forma mais prática, pode ser através da raiva ou do amor, através de um riso ou de uma seriedade, ou seja, os atores poderão até mesmo sentir essas emoções para ajudá-los a ter uma boa aparência e que possa convencer o público, pois um bom ator sabe chorar a hora que deseja, pois já praticou bastante o seu lado emocional.
Outra forma de adquirir uma boa organização são os trabalhos em grupo, pois como sabemos, um trabalho em equipe gera mais resultados promissores para todos. Histórias serão distribuídas entre cada grupo formado pelos participantes, onde eles terão de produzir pequenas esquetes baseadas em um simples objeto que será sorteado entre eles, e que com ele possam criar uma pequena dramatização baseada no mesmo, dependendo do gênero que desejarem. O objetivo deste exercício será para mostrar aos alunos o quanto o teatro pode se manifestar até mesmo nas pequenas coisas usadas no nosso cotidiano e que podem virar destaque no plano cênico.
Dessa forma, será criado, através de cada grupo uma seletiva chamada de “Breves Cenas”, onde os participantes deverão apresentar esquetes com uma única intenção: se destacar como melhor ator ou atriz no seu grupo. O instrutor irá categorizar os temas e distribuir entre os grupos e em cima deste tema, terão de apresentar para o público o que lhe foi solicitado. Neste dia, o instrutor precisará estar atento a qualquer tipo de falha, erro ou acerto, para que seja feito uma lista com os nomes dos que realmente deram tudo de si no palco, classificando os que melhor se destacaram e interá-los à nova peça que será desenvolvida para uma apresentação final com a presença de todos. 
BIBLIOGRAFIA
DEMASI, Domingos. Teatro, guia prático. Domingos Demasi, Márcio Souza, Daniely Peinado, Carla Menezes, Guta Rodrigues e Efrain Mourão. Manaus: Editora Valer, 2011.
BOAL, augusto, 1931. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas/Augusto Boal. – 8ª Ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
Trabalho apresentado ao Centro de Estudos Superiores de Tefé – CEST, da Universidade do Estado do Amazonas – UEA, como parte das exigências para a obtenção de nota parcial na disciplina Teoria e Prática da Investigação Histórica, ministrada pelo Professor Me. Tiago Fonseca dos Santos.

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