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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS GOIÂNIA - FLAMBOYANT Elane Sampaio Francisco Juliano Izabela Costa ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Fichamento do Código de Ética e Disciplina para Arquitetos e Urbanistas GOIÂNIA 2017 Elane Sampaio; R.A: T1942H-3; Turma: AU7C42 Francisco Juliano; R.A: C19664-9; Turma: AU7D42 Izabela Costa; R.A: T35576-1; Turma: AU6B42 ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Fichamento do Código de Ética e Disciplina para Arquitetos e Urbanistas Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Ética e Legislação Profissional, do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Paulista. Prof.ª: Jaiana. GOIÂNIA 2017 1. OBRIGAÇÕES GERAIS O arquiteto é um profissional que atua na área de interesse público e social, tendo que haver conhecimento em um conjunto sistematizado de conhecimentos das artes, das ciências e das técnicas, assim como das teorias e práticas específicas da Arquitetura e Urbanismo. Como profissional, o arquiteto deve reconhecer, respeitar e defender as realizações arquitetônicas e urbanísticas como parte do patrimônio socioambiental e cultural, devendo contribuir para o aprimoramento deste patrimônio. Ele também deve defender os direitos fundamentais da pessoa humana, conforme expressos na Constituição brasileira e em acordos internacionais. Um conjunto de regras são estipulados para que o profissional atue de forma correta no campo de trabalho, dentre estas regras estão: • O arquiteto e urbanista deve responsabilizar-se pelas tarefas ou trabalhos executados por seus auxiliares, equipes, ou sociedades profissionais que estiverem sob sua administração ou direção, e assegurar que atuem em conformidade com os melhores métodos e técnicas. • O arquiteto e urbanista deve exercer, manter e defender a autonomia própria da profissão liberal, orientando suas decisões profissionais pela prevalência das suas considerações artísticas, técnicas e científicas sobre quaisquer outras. • O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de assumir responsabilidades profissionais que extrapolem os limites de suas atribuições, habilidades e competências, em seus respectivos campos de atuação. Dentre outras regras, as citadas acima são de extrema importância, pois deixam claras as obrigações que o arquiteto e urbanista têm para com seu trabalho e execução profissional. Este profissional deve estar sempre se atualizando do mercado em que se situa, das novas formas de construção e execução de seu trabalho de forma eficaz. Aprimorar seus conhecimentos nas áreas relevantes para a prática profissional, por meio de capacitação continuada, visando à elevação dos padrões de excelência da profissão. 2. OBRIGAÇÕES PARA COM O INTERESSE PÚBLICO O arquiteto e urbanista deve defender o interesse público e sempre obedecer as leis que lhe são impostas para a execução de uma obra. Respeitando o meio ambiente e a inclusão social, deixando o ambiente harmonioso na circunvizinhança, em respeito às paisagens naturais, rurais e urbanas, preservando também a cultura local e sua paisagem natural. Algumas das regras impostas nesse quesito merecem ser reforçadas: • O arquiteto e urbanista deve considerar o impacto social e ambiental de suas atividades profissionais na execução de obras sob sua responsabilidade. • O arquiteto e urbanista deve respeitar o conjunto das realizações arquitetônicas e urbanísticas do patrimônio histórico e artístico nacional, estadual, municipal, ou de reconhecido interesse local. • O arquiteto e urbanista deve prescindir de utilizar o saber profissional para emitir opiniões que deturpem conscientemente a verdade, persuadindo leigos, a fim de obter resultados que convenham a si ou a grupos para os quais preste serviço ou os quais represente. • O arquiteto e urbanista, autor de projeto ou responsável pela execução de serviço ou obra, deve manter informação pública e visível, à frente da edificação objeto da atividade realizada, conforme o especificado no art. 14 da Lei n° 12.378, de 2010. Desta forma, é possível dizer que o arquiteto deve ser preocupar não somente com a obra em si, mas também onde ela será inserida e seu impacto no local. Procurando sempre utilizar das melhores técnicas construtivas preservando a harmonia entre a edificação e seu entorno. 3. OBRIGAÇÕES PARA COM O CONTRATANTE O arquiteto e urbanista deve ter compromisso para com o contratante, e de forma eficaz e competente, exercer suas atividades. Sem nenhum tipo de preconceito, negligência, sempre respeitando as leis e os contratos. Regras importantes a serem sempre lembradas: • O arquiteto e urbanista deve assumir serviços profissionais somente quando estiver de posse das habilidades e dos conhecimentos artísticos, técnicos e científicos necessários à satisfação dos compromissos específicos a firmar com o contratante. • O arquiteto e urbanista deve orientar seus contratantes quanto a valorizações enganosas referentes aos meios ou recursos humanos, materiais e financeiros destinados à concepção e execução de serviços profissionais. • O arquiteto e urbanista deve prestar seus serviços profissionais levando em consideração sua capacidade de atendimento em função da complexidade dos serviços. • O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de assumir a autoria de trabalho que não tenha realizado, bem como de representar ou ser representado por outrem de modo falso ou enganoso. • O arquiteto e urbanista deve manter seus contratantes informados sobre quaisquer fatos ou conflitos de interesses que possam alterar, perturbar ou impedir a prestação de seus serviços profissionais. • O arquiteto e urbanista deve recusar-se a receber, sob qualquer pretexto, qualquer honorário, provento, remuneração, comissão, gratificação, vantagem, retribuição ou presente de qualquer natureza – seja na forma de consultoria, produto, mercadoria ou mão de obra – oferecidos pelos fornecedores de insumos de seus contratantes, conforme o que determina o inciso VI do art. 18 da Lei n° 12.378, de 2010. Tendo em vista tais regras, as obrigações que são impostas ao arquiteto e urbanista em relação ao seu contratante, as responsabilidades são muitas. Todas estas, e mais outras não citadas, sempre são em prol da valorização do trabalho do profissional e da satisfação do cliente. Seguindo tais regras, o contratante terá confiança na atuação do arquiteto e urbanista, podendo recomendá-lo para outros clientes, criando uma corrente de confiança de valor importantíssimo para o profissional. 4. OBRIGAÇÕES PARA COM A PROFISSÃO A profissão do arquiteto e urbanista deve ser entendida como uma contribuição para o desenvolvimento da sociedade. O respeito e defesa da profissão devem ser compreendidos como relevante promoção da justiça social e importante contribuição para a cultura da humanidade. Apesar de ter uma definição bem simples, seu conjunto de regras é bem extenso. Porém, aqui vamos deixar em destaque apenas algumas: • O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de contratar, representar ou associar-se a pessoas que estejam sob sanção disciplinar, excluídas ou suspensas por seus respectivos conselhos profissionais. • O arquiteto e urbanista, ao exercer a docência profissional, deve contribuir para a formação acadêmica, tendo em vista a aquisição de competênciase habilidades plenas para o exercício da Arquitetura e Urbanismo. • O arquiteto e urbanista deve evitar assumir simultaneamente diferentes responsabilidades técnicas, que sejam incompatíveis quanto a sua extensão, conteúdos, distâncias e jornadas de trabalho sobrepostas. • O arquiteto e urbanista, em qualquer situação em que deva emitir parecer técnico, nomeadamente no caso de litígio entre projetista, dono de obra, construtor ou entidade pública, deve agir sempre com imparcialidade, interpretando com rigor técnico estrito e inteira justiça as condições dos contratos, os fatos técnicos pertinentes e os documentos normativos existentes. • O arquiteto e urbanista deve condicionar todo compromisso profissional à formulação e apresentação de proposta técnica que inclua com detalhe os produtos técnicos a serem produzidos, sua natureza e âmbito, as etapas e prazos, a remuneração proposta e sua forma de pagamento. A proposta deve ser objeto de contrato escrito entre o profissional e o seu contratante, o qual deve ter também em conta as demais disposições deste Código. O profissional da área de arquitetura sempre deve estar atento às condições que lhe são impostas, e também seus direitos sobre tais. Trabalhar de forma limpa e competente garante o respeito e a confiança de seus clientes. Nunca deve se assumir muitos trabalhos simultaneamente que não vá conseguir cumpri-los. Se assim o fizer, a ética profissional será perdida, e toda confiança que ali estaria sendo construída, se perderá também. 5. OBRIGAÇÕES PARA COM OS COLEGAS O arquiteto e urbanista deve sempre respeitar seus colegas de trabalho. Pois assim como ele, tais colegas são pessoas com o mesmo produto relevante profissional. O arquiteto e urbanista deve construir sua reputação tão somente com base na qualidade dos serviços profissionais que prestar. Nunca difamando um colega de trabalho para aumentar sua reputação. Sabendo disso, algumas regras são impostas para o profissional: • O arquiteto e urbanista deve repudiar a prática de plágio e de qualquer apropriação parcial ou integral de propriedade intelectual de outrem. • O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de oferecer vantagem ou incentivo material ou pecuniário a outrem, visando favorecer indicação de eventuais futuros contratantes. • O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de propor honorários ou quaisquer remunerações por serviços profissionais visando obter vantagem sobre propostas conhecidas, já apresentadas por colegas concorrentes para os mesmos objetivos. • O arquiteto e urbanista, ao tomar conhecimento da existência de colegas que tenham sido convidados pelo contratante para apresentar proposta técnica e financeira referente ao mesmo serviço profissional, deve informá-los imediatamente sobre o fato. • O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de associar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de serviços profissionais sem a sua real participação nos serviços por elas prestados. • O arquiteto e urbanista encarregado da direção, fiscalização ou assistência técnica à execução de obra projetada por outro colega deve declarar-se impedido de fazer e de permitir que se façam modificações nas dimensões, configurações e especificações e outras características, sem a prévia concordância do autor. Portanto, é importante que o profissional esteja ciente de que seus colega de profissão são assim como ele, profissionais que buscam excelência. Nunca proferir calúnias contra nenhuma empresa ou colega para tentar tirar vantagem de tal ato. 6. OBRIGAÇÕES PARA COM O CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO – CAU Todo o arquiteto e urbanista deve reconhecer que o CAU é seu órgão superior de regras e obrigações para com seu cargo, que também é o órgão de regulação e fiscalização do exercício da Arquitetura e Urbanismo, e colaborar no aperfeiçoamento do desempenho do Conselho nas atividades concernentes às suas funções e prerrogativas legais. As regras estabelecidas para este tópico são: • O arquiteto e urbanista deve colaborar com o CAU em suas atividades de orientação, disciplina e fiscalização do exercício profissional. • O arquiteto e urbanista deve colaborar com o CAU para o aperfeiçoamento da prática regular da profissão. • O arquiteto e urbanista que se comprometer a assumir cargo de conselheiro do CAU deve conhecer as suas responsabilidades legais e morais. O arquiteto deve sempre cooperar com o Conselho de Arquiteto e Urbanismo para aperfeiçoar sua legislação e as correlatas nos níveis da União, dos Estados e dos Municípios. O arquiteto e urbanista deve empenhar-se no conhecimento, na aplicação, no aperfeiçoamento, na atualização e na divulgação deste Código de Ética e Disciplina, reportando ao CAU e às entidades profissionais as eventuais dificuldades relativas a sua compreensão e a sua aplicabilidade cotidiana. PERGUNTA INDIVIDUAL: Qual a importância da Ética para o desempenho profissional? Elane Sampaio: Ser competente na sua área de atuação profissional não é o suficiente, a importância de uma boa conduta ética também é essencial. A ética tem grande importância para gerar credibilidade e passar confiança ao cliente. Fora o âmbito profissional, ter ética garante um bom relacionamento humano. Tendo o princípio que a moral é regida por normas na sociedade, gerando diretrizes. Francisco Juliano: Tudo que viermos a fazer ao longo de toda nossa vida requer educação e respeito. Antes de nos dirigirmos a importância da ética em um meio profissional, devemos primeiramente considerar a importância da ética para consigo. O quanto damos valor àquilo que prendemos no qual respeitamos os ensinamentos que nos foram passados, se honramos a nossa família e de onde viemos. Pois para que se torne um profissional, independente da área, esse indivíduo terá de passar por inúmeras vezes situações que desafiem seu valor. Agir com respeito para com os outros em todos os lugares, em todas as ocasiões, saber evidenciar o que é mais importante para nós e o que deve ser levado em consideração para com o outro. Com isso, depois de ter vivenciado muitas coisas e aprendido o valor do respeito, respeito ao que deve ser feito, ao que se deve ser e agir como tal. Em um meio profissional sempre será esperado de nós o melhor, o respeito e o cumprimento dos deveres. Como cidadão que dou valor a outro cidadão, que honro meu emprego, que o faço cupom dignidade, que busco ajudar o próximo, devo seguir como tal, mantendo a integridade necessária para que se seja uma pessoa, que cumpre com o que oferece, que faz o que diz e se faz presente. Esse sentido de ética está atrelado a um único ser por vez, cabe a cada um usar isso para melhor se relacionar seja não só no trabalho e sim em todo lugar o tempo todo. A ética está conosco e com ela e possível construir um país onde os justos tem vez e a sociedade ganha com isso, onde haverá melhorias consequentes ao cumprimento disso, existirão melhores pessoas, melhores profissionais, melhores relacionamentos. Sendo assim, cada um tem escolha de ser e exercer o melhor da melhor forma possível. Izabela Costa: A Ética tem como objetivo deixar claro para o profissional suas obrigações para com tudo relacionado com a sua profissão. Mostrando como ele deve agir em seu ambiente de trabalho, como agir com seus colegas de profissão, com o seu cliente/contratante e para com aqueles que regem suas responsabilidades, o CAU. Ele é importante, pois é como o manual de atuação do arquiteto em sua vida profissional.
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