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TEORIA DE PIAGET DIDÁTICA

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TEORIA DE PIAGET 
Construção do conhecimento: 
 
A construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre 
objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou, acomodação e 
assimilação dessas ações e, assim, em construção de esquemas ou conhecimento. Em 
outras palavras, uma vez que a criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta fazer 
uma acomodação e após, uma assimilação e o equilíbrio é, então, alcançado. 
Josiane Lopes, (revista Nova Escola - ano XI - Nº 95), cita que para quando o equilíbrio 
se rompe, o indivíduo age sobre o que o afetou buscando se reequilibrar. E para Piaget, 
isso é feito por adaptação e por organização. 
 
Esquema: 
 
Autores sugerem que imaginemos um arquivo de dados na nossa cabeça. Os esquemas 
são análogos às fichas deste arquivo, ou seja, são as estruturas mentais ou cognitivas 
pelas quais os indivíduos intelectualmente organizam o meio. 
São estruturas que se modificam com o desenvolvimento mental e que tornam-se cada 
vez mais refinadas à medida em que a criança torna-se mais apta a generalizar os 
estímulos. 
Por este motivo, os esquemas cognitivos do adulto são derivados dos esquemas sensório-
motores da criança e, os processos responsáveis por esses mudanças nas estruturas 
cognitivas são assimilação e acomodação. 
________________________________________ 
Assimilação: 
É o processo cognitivo de colocar (classificar) novos eventos em esquemas existentes. É 
a incorporação de elementos do meio externo (objeto, acontecimento, ...) a um esquema 
ou estrutura do sujeito. 
Em outras palavras, é o processo pelo qual o indivíduo cognitivamente capta o ambiente 
e o organiza possibilitando, assim, a ampliação de seus esquemas. 
Na assimilação o indivíduo usa as estruturas que já possui. 
________________________________________ 
Acomodação: 
É a modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do 
objeto a ser assimilado. 
A acomodação pode ser de duas formas, visto que se pode ter duas alternativas: 
• Criar um novo esquema no qual se possa encaixar o novo estímulo, ou 
• Modificar um já existente de modo que o estímulo possa ser incluído nele. 
Após ter havido a acomodação, a criança tenta novamente encaixar o estímulo no 
esquema e aí ocorre a assimilação. 
Por isso, a acomodação não é determinada pelo objeto e sim pela atividade do sujeito 
sobre este, para tentar assimilá-lo. 
O balanço entre assimilação e acomodação é chamado de adaptação. 
________________________________________ 
Equilibração: 
É o processo da passagem de uma situação de menor equilíbrio para uma de maior 
equilíbrio. Uma fonte de desequilíbrio ocorre quando se espera que uma situação ocorra 
de determinada maneira, e esta não acontece. 
 
 
 
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação 
para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo 
são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação 
ou pensamento. 
Exemplos: 
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que 
está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e 
levá-lo a boca. 
 
 
Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica . Caracteriza-se, principalmente, 
pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-
motor). 
A criança deste estágio: 
 
• É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no 
lugar do outro. 
• Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês"). 
• Já pode agir por simulação, "como se". 
• Possui percepção global sem discriminar detalhes. 
• Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos. 
Exemplos: 
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma 
de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são 
diferentes. Não relaciona as situações. 
 
 
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., já 
sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita 
a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à 
abstração. 
desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, 
anulando a transformação observada (reversibilidade). 
Exemplos: 
despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança 
diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança 
já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação. 
 
 
A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a 
representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz 
de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de 
hipóteses e não apenas pela observação da realidade. 
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado 
de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todoas as classes de 
problemas. 
Exemplos: 
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o 
papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma 
galinha comendo grãos. 
 
Observação: a maioria dos exemplos foram retirados da reportagem "Jean Piaget", escrita 
pela jornalista Josiane Lopes, da revista Nova Escola, ano XI, nº 95, de agosto de 1996. 
 
 
 
 
Em 9 de agosto, na cidade suíça de Neuchâtel, nasce Piaget. 
 
Com 10 anos publica na revista da Sociedade dos Amigos da Natureza de Neuchâtel um 
artigo com estudos sobre um pardal branco. 
Forma-se em Biologia pela Universidade de Neuchâtel. 
 
Torna-se doutor. Sua tese foi sobre moluscos. 
Muda-se para a Zurique para estudar Psicologia (principalmente psicanálise). 
Muda-se para a França. Ingressa na Universidade de Paris. 
É convidado a trabalhar com testes de inteligência infantil. 
A convite do psicólogo da educação Edouard Claparède (Escola Nova) passa a fazer suas 
pesquisas no Instituto Jean-Jacques Rousseau, em Genebra, destinado à formação de 
professores. 
Lança seu primeiro livro: A Linguagem e o Pensamento da Criança. 
 
Casa-se com Valentine Châtenay, uma de suas assistentes, com quem teve três filhos: 
Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laureni (1931). 
Começa a lecionar Psicologia, História da ciência e Sociologia em Neuchâtel. 
Em Genebra passa a ensinar História do Pensamento Científico. 
Assume o Gabinete Internacional de Educação (dedicado a estudos pedagógicos). 
Escreve vários trabalhos sobre as primeiras fases do desenvolvimento, muitos deles 
inspirados na observação de seus três filhos. 
Com as pesquisadoras Bärbel Inhelder e Alina Szeminska, publica trabalhos sobre a 
formação dos conceitos matemáticos e físicos. 
Participa da elaboração da Constituição da Unesco, órgão das Nações unidas para a 
Educação, Ciência e Cultura. 
Torna-se membro do conselho executivo e é várias vezes subdiretor geral, responsável 
pelo Departamento de Educação. 
Publica a primeira síntese de sua teoria do conhecimento: Introdução à Epistemologia 
Genética. 
É convidado a lecionar na Universidade de Sobonne, em Paris, sucedendo ao filósofo 
Merleau-Ponty. 
Em genebra, funda o Centro Internacional de Epistemologia Genética, destinado a realizar 
pesquisas interdisciplinares sobre a formação da inteligência. 
Escreve a principal obra de sua maturidade: Biologia e Conhecimento. 
16 de setembro, morre Piaget em Genebra.PIAGET 
 
• O pai de Piaget, Arthur Piaget, era professor de literatura. 
• Piaget com apenas 10 anos publicou, em Neuchâtel, um artigo sobre um pardal branco. 
• Aos 22 anos, Piaget já era doutor em Biologia. 
• Piaget escreveu cerca de 70 livros e 300 artigos sobre Psicologia, Pedagogia e Filosofia. 
• Piaget casou-se com uma de suas assistentes, Valentine Châtenay. 
• Observando seus filhos, desvendou muitos dos enigmas da inteligência infantil. 
• Vygotsky prefaciou a tradução russa de A Linguagem e o Pensamento da Criança, de 
Piaget, de 1923. 
• Vygotsky e Piaget não se conheceram pessoalmente.

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