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A PRATICA PEDAGÓGICA E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO Superior em PEDAGOGIA
JÉSSICA BORGES DE SOUZA
JUSCELINA RODRIGUES DE MATOS ARAÚJO
KAMILLA NAYARA LIMA
Thais de Souza Araújo
A PRATICA PEDAGÓGICA E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Goiânia/GO
2017
JÉSSICA BORGES DE SOUZA
JUSCELINA RODRIGUES DE MATOS ARAÚJO
KAMILLA NAYARA LIMA
Thais de Souza Araújo
A PRATICA PEDAGÓGICA E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista – Polo Fractal.
Orientação: Olidio Barbosa Amaral Neto
Goiânia/GO
2017
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiro a Deus que permitiu que tudo pudesse ser realizado. Aos nossos pais pelo apoio incondicional e compreensão em todos os momentos. Aos amigos e professores nosso agradecimento pelo incentivo ao longo de nossa trajetória. Enfim, somos gratos a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para realização deste trabalho de conclusão de curso.
Dedicatória
Dedicamos este trabalho à nossa família que sempre nos deram força, coragem e constante apoio para seguirmos em busca dos nossos objetivos. À cada um que de alguma forma, direta ou indireta estiveram conosco na realização deste trabalho, por tudo que compartilhamos e vivenciamos, as alegrias, as frustrações, as descobertas, enfim pelo que aprendemos.
Resumo
A educação compõe-se de etapas e, uma delas é a avaliação, que compreende o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Assim como as demais etapas ela é de total relevância e imprenscindivel na busca de resultados qualitativos para o aprendizado. Por tais questões buscou-se através deste trabalho discutir e analisar a avaliação da aprendizagem na educação infantil, assim como sua importância e instrumentos utilizados. A partir de um recorte bibliográfico existente sobre avaliação educacional foi possível desenvolver a análise do tema exposto, constituído de uma forte ferramenta na promoção da reflexão não somente do aprendizado e desenvolvimento da criança, assim como o envolvimento e participação efetiva dos educadores e pais no processo de construção diária do conhecimento a partir de práticas pedagógicas.
Palavras-chaves: Avaliação da aprendizagem. Educação Infantil. Práticas Pedagógica.
INTRODUÇÃO
Olhando o histórico da educação, segundo diferentes autores, podemos compreender a evolução no processo educativo, visto que, nos dias atuais, entre outras situações, podemos ver que já se promove uma avaliação voltada para a criança e não apenas para o currículo escolar. Este processo só é possível a partir de um planejamento pré-determinado, que dê flexibilidade ao educador para compreender as concepções de mundo da criança, do seu meio e assim, promove a aplicação do conteúdo, a troca de experiência e o desenvolvimento do aprendizado, desta forma, a avaliação acaba sendo consequencia da situação.
De acordo com Veiga (2000 pág. 3), no Projeto Político Pedagógico (PPP), a avaliação é a garantia da qualidade da aprendizagem, de forma que, quando realizada continuamente através de participação em sala de aula, trabalhos escritos, didáticos, cálculos, jogos e brincadeiras, o desenvolvimento do aluno é ainda melhor, por que ele se sente parte do processo.
Assim sendo, o presente estudo ira apontar alguns levantamentos com fundamentação em pesquisas de autores da área, como Holffmann (2010), Haydt (1992), Perrenoud (1999) e Luckesi (1997), de forma que nos permita visualizar questões pertinentes à avaliação na Educação Infantil e sua importância para a formação do conhecimento.
Neste processo o envolvimento e a participação do professor é primordial, pois ele tem que estar comprometido para um agir consciente e na busca de respostas para o planejamento realizado. De forma crítica, veremos que a avaliação é processo de indagação e reflexão, o ponto de partida para a ação e não ponto final de comprovações. Ela é realizada de modo a fortalecer os processos que desejamos gerar e jamais deve ser compreendida como sistema que exclui e seleciona o aluno em um processo de formação, integração e desenvolvimento.
Pois, quando pensamos na evolução do processo avaliativo na educação, é preciso antes de tudo compreender e avaliar se o educador esta integrado e consciente do seu papel nesta mudança, pois muitas vezes é preciso uma mudança de concepção de valores, uma adaptação à necessidade real.
Desta forma é preciso verificar quais os critérios que o professor deve utilizar para avaliar as competências e habilidades da criança nesta etapa, para que a mesma possa progredir às diferentes etapas no processo educativo. Assim, esta pesquisa tem por finalidade verificar como o educador está avaliando as crianças da educação infantil, qual metodologia ele utiliza, e observar os resultadas esperados e como eles podem contribuir para o processo no desenvolvimento do conhecimento.
Embora ainda existam muitas dúvidas em como os educadores devem avaliar as crianças da educação infantil e o que deve se levar em consideração nesta avaliação, o processo esta em pleno avanço, visto a necessidade de se adaptar aos fatores que gerenciam o processo educacional.
Compreendemos que o resultado desta pesquisa servirá como base de estudo e, beneficiará alunos e professores, esclarecendo muitas dúvidas. Assim, tem-se a oportunidade de se aperfeiçoarem no processo avaliativo de forma mais objetiva, contribuindo para o melhor desenvolvimento escolar das crianças, minimizando as diferenças socioculturais.
1 REFERENCIAIS TEÓRICOS
1.1 O que é avaliação?
A avaliação é algo que ocorre na vida humana em diferentes situações, principalmente quando se é necessário tomar alguma decisão, fazer escolhas, ou promover juízo de valores. Já no contexto escolar, esse processo contribui na busca dos objetivos, melhorias e resultados educacionais efetivos, relacionados diretamente à aprendizagem.
A experiência de avaliação faz parte de nossa vida, visto que na atual sociedade somos sempre chamados a julgar e constantemente estamos analisando e apreciando tudo que nos cerca. Nesta perspectiva, a avaliação em sentido lato, é parte da vida cotidiana. Mesmo sem recorrer a procedimentos formais todos nós fazemos continuamente julgamentos avaliativos sobre a ampla gama das atividades humanas. (ABRAMOWICZ, 1996, pág. 44)
De acordo com Luckesi (2000, pág. 53) a palavra avaliar é originária do latim e provém da composição a-valere, que significa "dar valor a...". Assim, pode-se dizer que a avaliação é exercida de modo a atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, portanto, pode imprimir algo positivo ou negativo. 
A avaliação pode ser caracterizada como uma forma de ajuizamento da qualidade do objeto avaliado, fator que implica uma tomada de posição a respeito do mesmo, para aceita-lo ou para transformá-lo. A definição mais comum adequada [...] estipula que a avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão. (LUCKESI, 2000, pág. 33)
É portanto, um julgamento que fundamenta uam tomada de decisão. Esse processo na educação é praticamente uma reflexão sobre a realidade, e acompanha passo a passo o educando, sua trajetória, seus desenvolvimento e a construção do conhecimento.
No processo de ensino e aprendizagem, diferentes metodologias podem e devem ser utilizadas pelo educador, que também deve buscar formas avaliativas de seu próprio trabalho. A avaliação não deve constitui-se num instrumento de exercer a autoridade sobre o aluno, mas servir como instrumento motivador e orientador para a atuação de aluno e professor. (VIEGAS, 2006, pág. 13).
Importante destacar que o processo avaliativo não deve ser realizado somente ao aluno, mas também à todo sistema educativo no geral.Visto que, a avaliação acontece de modo a compreender o que deu certo e o que deu errado, para assim buscar soluções e promover intervenções com o objetivo de sanar as dificuldades, visando avanços e progresso na educação.
Na Educação Infantil a avaliação tem a finalidade de dar um norte ao processso educativo, proporcionando mecanismos que facilitem as práticas pedagógicas e consequentemente o desenvolvimento da criança, pois quando é realizada, atua de forma a identificar as reais necessidades, que permitem intervenções,acertivas e eficazes.
1.2 Por que avaliar?
 
Ao final de cada período letivo, de acordo com o plano de política educacional é comum acontecer processos de avaliação, uma tarefa que formaliza e comprova a eficiência ou não do trabalho realizado. Algo que resumiria em fichas, relatórios, portfólios, entre outros, aquilo que se é aplicado em sala de aula. Porém, algo que causa muita ansiedade e angústia na maioria dos educadores.
A avaliação parece ser apenas uma descrição do trabalho realizado e a constatação dos comportamentos que a criança apresentou naquele período de tempo. Acaba por se tornar apenas uma “prestação de contas” com as famílias e com a própria escola. Por isto, essa prática revela de avaliação é algo estático, “engessado” e não, um processo avaliativo, pois ele restringe muitas situações que fazem parte do cotidiano da criança e seu desenvolvimento, assim como deixa de lado a postura pedagógica do professor.
Só para se ter uma ideia, essa atividade é tão formal, que são feitas embasadas em prazos, regimentos, instrumentos estabelecidos pela instituição, muitas vezes sem mesmo consultar o professor. Nem sempre o educador tem a oportunidade de participar da elaboração destes procedimentos, tornando-se mero expectador. 
Quando à margem da elaboração do planejamento, o professor sente-se excluído do processo, e assim, muitas vezes acaba por não se envolver como deveria no processo do desenvolvimento educacional, e assume o papel meramente burocrático, e cumpridor de horário. Realmente a desvalorização do profissional é fator desmotivador, e acaba por prejudicar os bons resultados.
Para fugir a esta situação o educador precisa ser capaz de se desvencilhar destes paradigmas e repensar a educação de forma a promover o ensino e fundamentar a avaliação refletindo em práticas pedagógicas pelo desenvolvimento e aprendizagem da criança.
O educador deve ter bem claro que, assim como a educação, a avaliação não é neutra e sim um ato político. Logo, não pode ser dissociada do processo educativo e deve estar presente durante todo o processo. Sob o ponto de vista político, a avaliação irá indicar se o desenvolvimento alcançado está de acordo com as concepções de sociedade e de educação que se deseja alcançar. (AROEIRA, SOARES, MENDES, 1996, pág.160)
Para que uma avaliação promova a reflexão esperada e uma evolução no processo, exige-se uma postura consciente do professor. Ele só será capaz de responder o porquê de avaliar quando entender que este processo não é apenas um cumprimento de normas das instituições escolares e seus regimentos, mas que tenha a capacidade de enxergar além, e promover um sistema avaliativo que contemplem os diferentes momentos do processo avaliativo.
Portanto, o professor deve avaliar para “delinear a continuidade da ação pedagógica, respeitando a criança em seu desenvolvimento, em sua espontaneidade na descoberta de mundo e oferecendo-lhe um ambiente de afeto e segurança para suas tentativas”. (HOFFMANN, 1996, pág. 39).
A avaliação ocorre de modo a transformar uma situação, buscando melhorias e avanços. Quando ela ocorre de forma assertiva, o educador consegue verificar o desenvolvimento ou não, de seus alunos, conduzindo-os às mudanças necessárias. É preciso que se compreenda o caminho da aprendizagem que o aluno está percorrendo, de forma a propiciar-lhe o avanço do conhecimento. 
1.3 O que avaliar?
O principal de uma avaliação é justamente compreender o que se deve avaliar. O professor precisa saber conduzir esta ferramenta educacional de modo a aproveitar seus conceitos e valores. A avaliação partirá de uma investigação sobre o aprendizado e o desenvolvimento dos alunos, através do qual se permite intervir na ação educativa.
O professor deve analisar seus alunos como um grupo e também em nível individual. Além disso, é importante analisar o educando em outros âmbitos, além do escolar, para melhor entender seus comportamentos. Para tanto, conversas regulares com outros adultos (pais ou responsáveis) que convivam com a criança são essenciais. (ROVIRA; PEIX apud ARRIBAS, 2004, pág. 18).
No projeto educativo do professor é necessário que haja uma avaliação e análise da capacidade integral do aluno, levando em conta aspectos tais como sua adaptação à escola, as conquistas em termos cognitivos, afetivos e sociais, assim como as condutas e atitudes da criança, sua relação com as diferentes propostas de atividades, como ela lhe dá com o ambiente, com as pessoas e as demais relações, seus hábitos, a forma de se expressarem e também dos aspectos emocionais como ansiedade, tensão, impulsividade, irritabilidade, entre outros.
1.4 Relação da escola e a família no processo educacional
A busca de um resultado de qualidade no processo educativo requer uma boa relação entre os pais e educadores, ambos devem contribuir de forma ativa e responsável no desenvolvimento das crianças. No entanto, infelizmente o que se vê nas escolas é o contrário desta situação. 
É preciso que aja uma colaboração e participação de ambos. O distanciamento da família da escola restringe sua participação nos processos decisórios e importantes para o desenvolvimento infantil. Quando não são envolvidos, se sentem à parte e muitas vezes não conseguem acompanhar o ritmo e se familiarizar com o ambiente escolar, com os educadores e as atividades que englobam os trabalhos educativos.
A colaboração entre pais e educadores contribui para a melhoria da educação, para a troca de informações sobre as características da criança, para a exploração da conduta dos pais em relação à criança e para a discussão da ação pedagógica do educador. (ROVIRA; PEIX apud ARRIBAS, 2004, pág. 21).
Quanto a avaliação na escola e a relação de pais e professores, compreende-se que ela colabora para que se possa entender da melhor forma a criança e o seu processo de desenvolvimento, pois gera confiança, respeito e integração de valores e responsabilidades que facilitam as ações pedagógicas. A escola é fundamental no papel de facilitar a comunicação entre os pais e educadores, atendendo o grupo no geral assim como as necessidades e individualidades.
Entre alguns mecanismos que podem promover essa aproximação estão as reuniões pontuais, para informações escolares ou mesmo, reunião de pais. O objetivo principal é ode informar aos pais as atividades que estão sendo desenvolvidas com o grupo e outros temas relacionados com a gestão ou organização escolar, onde normalmente também são tratados os assuntos sobre a avaliação das crianças e, entregues provas, relatórios, portfólios, etc.
Quando realizado estes encontros, uma boa estratégia de relacionamento e proximidade com os pais é promove-los na própria sala de aula, possibilitando-os de conhecer o ambiente onde se dá o desenvolvimento do processo educativo de se filho, a estrutura, a decoração, as atividades, materiais utilizados, enfim, todas as etapas e fases na construção do conhecimento.
As entrevistas proporcionam ao professor informações gerais sobre a criança, dados familiares, expectativas da família sobre a criança, sua evolução, alguma dificuldade que tenha surgido, etc. O contato dos educadores com a família é imprescindível para obter uma visão completa e não escolar do aluno. (ROVIRA e PEIX, apud ARRIBAS, 2004, pág. 94).
Ao início do ano letivo é interessante que possa se promover uma atividade visando realizar um tipo de entrevista para conhecer seu aluno, sua capacidade, dificuldades edesafios sociais e até mesmo econômicos, pois são fatores que influenciam diretamente no processo ensino-aprendizagem do aluno. No decorrer do ano letivo, com a presença e participação dos pais, se procura sanar ou pelo menos melhorar o desempenho do aluno.
1.5 O Processo avaliativo do aluno
O processo de avaliação é essencial à educação, no entanto o educador por muitas vezes se vê na difícil tarefa de avaliar o aluno, sendo que muitas vezes esta passa a ser classificatória, ao final do bimestre ou semestre. Isto ainda acontece por que o currículo ainda é entendido por muitos professores como um programa de ensino, que traz os conteúdos sistematizados ao ensino e deve ser seguido a risca. 
Conforme as orientações da LDB no . 9394/96, Kramer (2003, pág. 44) explica que a avaliação se destina a obter informações e subsídios capazes de favorecer o desenvolvimento das crianças e a ampliação de seus conhecimentos. Constitui-se como um elemento de dimensões política, social e pedagógica, integrado ao fazer educativo. Nos termos de Freire (1987): 
O que nos parece indiscutível é que, se pretendemos a libertação dos homens não podemos começar por aliená-los ou mantê-los alienados. A libertação autêntica, que é a humanização em processo, não é uma coisa que se deposita nos homens. Não é uma palavra a mais, oca, mitificante. É práxis, que implica a ação e a reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo (FREIRE, 1987, pág. 67). 
Diante dessas contribuições de Paulo Freire, muitos pesquisadores se voltaram para a avaliação mediadora. Especificamente na educação infantil, Hoffman (2002, pág. 19 ) propõe uma forma de avaliar pautada na perspectiva dialógica e mediadora, na qual a ação avaliativa seja reflexiva e desafiadora do educador.
Porém, a partir do momento que o professor não reflete sobre essa ação avaliativa, ele se encontra meramente cumprindo exigências burocráticas da instituição de ensino. Tal concepção de avaliação que marca a trajetória de alunos educadores, até então, é a que define essa ação como julgamento de valor dos resultados alcançados. Daí a presença significativa dos elementos como prova, nota, conceito, reprovação, registro nas relações estabelecidas. (Holffmann, 2002, pág. 15)
A proposta ideal de avaliação do educando deve ser voltada para que o maior interesse seja em relação à aprendizagem dos alunos, desta forma pode se dizer que ocorreu uma prática avaliativa no interesse do educando. 
Logo, a avaliação precisa ser mediadora, permitindo a expressão do aluno, pois através da espontaneidade da criança, poderá ser diagnosticado o nível de aprendizagem. 
Segundo Holffmann, (2000 pág. 82), ao invés do certo/errado e da pontuação tradicional, fazer comentários sobre as tarefas dos alunos, auxiliando-os a localizar as dificuldades, oferecendo-lhes a oportunidade de descobrir melhores.
1.6 A avaliação e o processo Ensino-Aprendizagem
O processo avaliativo é tão amplo como a própria educação. E assim como a mesma, traz um grande peso e resposabilidade na formação e desenvolvimento de vida do aluno, com participação direta e efetiva do educador. No que podemos compreender, segundo Libâneo:
A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos a fim de constatar progressos, dificuldades, e reorientar o trabalho para as correções necessárias (LIBANEO, 1994, pág.195).
A avaliação compreende todo o processo educativo, sendo portanto, elemento de fundamental importância no desenvolvimento da aprendizagem do aluno. Desta forma, não é possível querer que o processo da avaliação corra em paralelo com a educação. É por sua vez, um processo constante, diário, que segue lado a lado com a aplicação do conteúdo e o desenvolvimento do aprendizado.
São ações interligadas, seguindo uma metodologia de forma a promover o desenvolvimento do ensino-aprendizagem. Logo, essa ideia nos remete a compreender que a avaliação escolar, apesar da necessidade de construir um aspecto quantitativo no decorrer do processo para classificação e rendimento do aluno, busca por outro lado um meio para se trabalhar a formação do educando no seu sentido mais amplo, comprometido ai com a uma educação emancipatória e cidadã.
No entanto, é preciso a necessidade do comprometimento por parte do professor e envolvimento por parte do educando, consequentemente contribui para alcançar os resultados finais, na construção e compreensão do conhecimento proposto.
A avaliação da aprendizagem nesse contexto é um ato amoroso, na medida em que inclui o educando no seu curso de aprendizagem, cada vez com qualidade mais satisfatória, assim como na medida em que o inclui entre os bemsucedidos, devido ao fato de que esse sucesso foi construído ao longo do processo de ensinoaprendizagem (o sucesso não vem de graça). A construção, para efetivamente ser construção, necessita incluir, seja do ponto de vista individual, integrando a aprendizagem e o desenvolvimento do educando, seja do ponto de vista coletivo, integrando o educando num grupo de iguais, o todo da sociedade (LUCKESI. 2000, pág.175).
Desta forma, percebe-se que a avaliação vai muito além do dever de avaliar, “dar nota”, feito pelo professor. Neste sentido, o profissional assume um papel de formador, que irá possibilitar ao seu aluno apreender e contruir saberes necessários à sua formação humana e social.
1.7 Avaliação na Educação Infantil
Por tudo isso, compreendemos a fundamental importância de se construir um modelo de avaliação que leve em conta o processo educacional, algo que consiga durante um certo período, colher informações de situações significativas e importantes no processo de aprendizagem. E que tais ações permeiem o contexto das atividades realizadas pelos alunos e assim, eles entendam e reconheçam suas capacidades e dificuldades e que, não sejam em momento algum penalizados pelo que ainda não sabem. 
A avaliação é um processo contínuo e sistemático. Portanto, ela não pode ser esporádica nem improvisada, mas, ao contrário, deve ser constante e planejada. Nessa perspectiva, a avaliação faz parte de um sistema mais amplo que é o processo ensino/aprendizagem, nele se integrando. (HAYDT, 1992, pág. 13). 
A avaliação deve desempenhar uma função estimuladora e de incentivo ao estudo. O feedback é importante, pois permite um retorno tanto ao professor, quanto ao aluno em relação ao processo ensino/aprendizagem, assim como aos pais, de forma que façam parte desta mediação do aprendizado e desenvolvimento do aluno.
Para isto é preciso que haja um planejamento que seja capaz de enxergar instrumentos essenciais para a avaliação, onde os professores consigam registrar o percurso e compartilhar os avanços com as famílias. 
A avaliação da aprendizagem é parte integrante do processo ensino/aprendizagem. Esta prática pedagógica requer preparo técnico e grande capacidade de observação dos profissionais envolvidos. De acordo com Hoffmann (2010 pág.18), a avaliação é a “[…] reflexão permanente do educador sobre sua realidade, e acompanhamento do educando, na sua trajetória de construção do conhecimento”. 
Esse método pode ser compreendido como avaliação formativa, que acontece durante todo processo de ensino-aprendizagem, informa o aluno e o professor sobre o que precisam saber, onde acertaram e onde erraram, sendo assim, ajuda o professor a adaptar o processo didático aos progressos e problemas da aprendizagem dos alunos. Haydt nos ajuda a entender essa dinâmica: 
A avaliação formativa, com função de controle, é realizada durante todo o decorrer do período letivo, com o intuito de verificar se os alunos estão atingindo os objetivos previstos, isto é, quais os resultados alcançados durante o desenvolvimento das atividades. [...] É principalmente através da avaliação formativa que oaluno conhece seus erros e acertos e encontra estímulo para um estudo sistemático. (HAYDT, 1992, pág. 17-18). 
Ao compreender-se a maneira pela qual a avaliação interfere na aprendizagem, é possível promover uma mudança na concepção de avaliação, pois o educador passa a possuir condições e embasamento para repensar sua prática. Pois, se o educador esta engajado com uma proposta de avaliação mediadora, ele se preocupa em cuidar da aprendizagem de seu aluno, conhece e acompanha o seu processo de aquisição e desenvolvimento de conhecimentos. 
A criança não pode se sentir integrada a uma escola que lhe proporciona uma situação constante de prova, de teste, onde a tensão se mantém e onde ela e sua família são prejulgadas e responsabilizadas pelo fracasso, (HOFFMANN, pág. 21, 2010 )
Este processo de avaliação mediadora valoriza todos os atos e atividades realizados pelo aluno, não atua meramente como instrumento de controle de poder do professor sobre o aluno e nem atua de modo a classificar e nem de selecionar, mas contribuir para o crescimento do estudante. 
Assim, o presente estudo pretende expor os reflexos de uma vivência do processo avaliativo em uma determinada unidade de ensino e mostrar o comportamento dos alunos diante os procedimentos avaliativos, promovendo assim o relato da transformação do ensino a partir de um novo olhar sobre esse processo.
Desta forma esperamos motivar outras instituições educativas com a experiência, no exercício e nas práticas avaliativas que atendam mais adequadamente ao aluno em seu processo de construção do conhecimento. 
1.8 Os tipos de avaliação
Compreende-se que a avaliação tem um papel fundamental no processo educativo, e que serve como auxilio ao educador, para favorecer o diagnóstico referente ao desempenho do aluno dentro da sala de aula. E na educação infantil é um instrumento essencial, que contribui de forma direta e indireta no desenvolvimento das crianças.
A avaliação tem por finalidade, como foi apresentado anteriormente, ampliar conhecimentos ainda não descobertos, e os professores têm consciência da importância da avaliação no processo de ensino-aprendizagem. Por isto, a escoal tem um papel de extrema importância, no que se diz ao trabalho das modalidades da avaliação presentes na instituição, e delimitando os processos avaliativos, podemos ter:
1.8.1 Avaliação Formativa 
A avaliação formativa ocorre ao longo do ano, através de acompanhamentos ao lado da criança no decorrer de suas atitudes, nessa concepção de avaliação o professor ajuda o aluno a desenvolver suas capacidades cognitivas, identificando suas dificuldades e ajudando a superá-las fornecendo informações onde a criança utilizará ao longo de sua vida. 
A avaliação é formativa quando o professor contribui para a regulação das aprendizagens no sentido de domínio, numa concepção particular dos objetivos, da aprendizagem ou da intervenção didática, não esquecendo que é preciso de um aprendiz, um professor para organizar e gerir as situações didáticas. (PERRENOUD, 1999, pág.75).
São ações feitas no dia-a-dia no âmbito escolar, diante das atividades propostas pelo professor, onde existe um acompanhamento da criança em seu desenvolvimento, conhecendo os limites e avanços no processo de aprendizagem.
1.8.2 Avaliação Classificatória/Somativa
É usada como instrumento para medir a capacidade da criança usando a “nota” para verificar se ela obteve o resultado. É uma forma de verificar a existência de padrão de rendimento no que as crianças são comparadas entre si o desempenho de cada uma. Segundo Hoffmann (2000, pág.22), “a avaliação classificatória se resume à decisão de enunciar dados que comprovem a promoção ou retenção dos alunos”. É portanto um aprendizado memorizado, não se aprende muita coisa pra a vida.
1.8.3 Avaliação Mediadora
É uma forma de mediar o contato da criança com a realidade, vivências e impressões que ela tem do mundo, as percepções do educador em relação à criança e ao papel da escola. O professor deve ter bem definido em sua mente a palavra diversidade para poder enxergar as várias realidades dos alunos e buscar entendê-los a partir de suas próprias perspectivas.
O critério essencial e necessário para a avaliação mediadora é que o professor conheça seu aluno, ou seja, o professor deve conhecer sua realidade, compreender sua cultura, seu modo de falar e pensar, e isto se dá “através de perguntas, fazendo-lhe novas e desafiadoras questões, na busca de alternativas para uma ação educativa voltada para a autonomia moral e intelectual. (HOFFMANN, 2000, pág. 34).
Este tipo de avaliação permite que o aluno construa seu próprio conhecimento, respeitando e valorizando suas ideias, colocando em prática aquilo que aprendeu em seu convívio social.
1.8.4 Avaliação Diagnóstica
A avaliação diagnóstica é realizada no inicio do processo ensinoaprendizagem, com a finalidade de detectar eventuais dificuldades deaprendizagem auxiliando o professor no planejamento de suas ações. Para Luckesi (1997, pág. 09), “[...] para avaliar, o primeiro ato básico é o de diagnosticar, que implica, como seu primeiro passo, coletar dados relevantes, que configurem o estado de aprendizagem do educando ou dos educandos”.
assim, a avaliação diagnóstica tem como função verificar a presença ou ausência de pré-requisitos para novas aprendizagens e detectar as dificuldades de aprendizagem tentando identificar suas causas, esta avaliação pode ser realizada em qualquer momento do processo de ensino-aprendizagem.
Por fim, podemos dizer que o ato de valiar na educação infantil demanda uma série de instrumentos que colaboram para que o educador verifique como a criança está em suas múltiplas formas de ser, expressar e pensar, o que significa conhecer para auxiliar no desenvolvimento.
1.9 Instrumentos de avaliação na educação infantil
Avaliar na educação infantil demanda uma série de instrumentos que colaboram para que o educador verifique como a criança está em suas múltiplas formas de ser, expressar e pensar, o que significa conhecer para auxiliar no desenvolvimento.
Segundo Hoffmann (2002, pág. 121), os melhores instrumentos de avaliação “[...] são todas as tarefas e registros feitos pelo professor que o auxiliam a resgatar uma memória significativa do processo, permitindo uma análise abrangente do desenvolvimento do aluno”.
Instrumentos de avaliação são, portanto, registros de diferentes naturezas. Ora é o aluno que é levado a fazer os próprios registros, expressando o seu conhecimento em tarefas, testes, desenhos, trabalhos e outros instrumentos elaborados pelo professor. Ora é o professor quem registra o que observou do aluno, fazendo anotações e outros apontamentos. Quanto mais freqüentes e significativos forem tais registros, nos dois sentidos, melhores serão as condições do professor de adequar as ações educativas às possibilidades de cada grupo e de cada aluno. (HOFFMANN, 2002, pág. 119).
A avaliação tem que ser caracterizada como um processo de cooperação entre professores e alunos. A avaliação na educação infantil tem vários âmbitos que demandam um olhar multifacetado e diversas linguagens. Zabalza (2006, pág. 93) discute os tipos de avaliação em educação infantil, destacando que todos têm virtudes e limitações, portanto, há a necessidade de escolher e definir o instrumento mais adequado de acordo com os objetivos que se pretende alcançar.
A avaliação através da observação das brincadeiras oferece aos educadores uma rica fonte de informações acerca do desenvolvimento infantil, pois quando brincam as crianças manifestam ações relativas à resolução de conflitos; experimentam papeis e desenvolvem um conjunto de habilidades: pensamento crítico, conteúdo significativo, formação cultural, conectar ideias, fazer escolhas, conviver com pessoas diferentes, ter visão globalizada, enfim, é uma forma de desenvolver as bases de sua personalidade. (CARNEIRO, 2010, pág. 26).
Existe diferentes tipos de registros da avaliação na educação infantil,levando e conta as várias situações e experiências apresentadas pelos professores. A utilização de Relatórios por exemplo, contribui para se expressar a memória do trabalho realizado com a turma e por que se constitui em um ponto de referência para o planejamento e a avaliação do trabalho. 
O uso das das Fichas de Avaliação, formulários específicos, são ferramentas de avaliação periodica da criança acerca das pontuações elencadas. De acordo com Ciasca (2009, pág. 43) as Fichas de Avaliação apresentam-se como prática típica de avaliação infantil que se dá a partir do preenchimento dos instrumentos de avaliação, ao final de algum período (semestre, bimestre, trimestre). 
Outro instrumento de avaliação é o portifólio, que faz a documentação do processo ensino-aprendizagem do aluno, é um meio de counicação entre professor e aluno. Nele se encontra inforações detalhadas das experiências da aprendizagem da criança ao longo do período de formação educacional.
O portfólio é uma ferramenta pedagógica que permite a utilização de uma metodologia diferenciada e diversificada de acompanhamento e avaliação do processo de ensino e aprendizagem, que ocorre não desprezando atenção à carga de afetos inerente à situação de aprendizagem. Seu caráter compreensivo, de registro longitudinal, permite detectar dificuldades e agir em tempo hábil, ajudando o aluno a melhorar. Possibilita, ainda, a compreensão tanto da complexidade como das dinâmicas de crescimento do saber pessoal, proporcionando ao professor a ressignificação contínua de sua prática. (CIASCA, 2009, pág. 80)
Esse instrumento especifico, o portfólio, é uma das grandes possibilidades de concretização real do trabalho realizado na Educação Infantil, uma fora de acompanhar mais efetivaente a evolução da criança em relação a determinadas habilidades, além de possibilitar a exposição do resultado dos trabalhos e experiências das crianças em sala de aula, podendo assi apresentar aos pais, responsáveis e demais interessados, o acompanhaento do processo evolutivo do ensino, na cosntrução do conhecimento.
Como se pode ver, a avaliação no contexto da educação infantil tem como principal objetivo, possibilitar o acompanhamento do processo educativo, avaliando o alcance dos objetivos educacionais, identificar a necessidade de novas intervenções, os avanços e dificuldades de cada aluno em relação ao processo de aprendizagem. 
Na fase da educação infantil, o que diferencial o processo da avaliação é justamente o contexto em que ela ocorre, por isto demanda de instrumentos avaliativos diferenciados, permitindo ao educador, avaliar cada aluno e suas peculiaridades, pois, apesarem de estar apenas iniciando o processo de formação educativa, carrega consigo valores, conceitos e sua personalidade própria.
É preciso assim, respeitar as características das crianças e os aspectos que compreendem seu universo e jamais devem ser desconsiderados no processo de desenvolviento educacional. Exatamente por isto, que na avaliação infantil, a fase de observação é essencial, pois ela dará o norte ao professor para sua tomadas de decisões, possibilitando um planejamento adequado ao grupo na busca de resulados efetivos, proporcionando o desenvolvimento infantil. 
1.10 Como avaliar na educação infantil?
A forma como se escolhe para avaliar as crianças é quase sempre espelho da concepção pedagógica do próprio professor. Faz-se necessário porém uma consciência deste profissional de forma a tornar o processo um sistema de desenvolvimento do ensino de forma reflexiva e construtiva. 
Espera-se da avaliação, um processo formativo do aluno, a partir dos registros realizados pelos profissionais do desenvolvimento e da aprendizagem da criança. São observações diárias e registradas a partir do contexto, das situações e das atividades propostas.
Para realizar este tipo de avaliação o educador precisa produzir uma documetação pedagógica e sistematizada, onde irá observar o grupo e avaliar constantemente em suas práticas diárias, sob diferentes perspectivas. Em continuidade, ele relata o modo de avaliação, fazendo valer da linguagem descritiva, sem emprego de juízos de valor ou impressões pessoais vagas. É um exercício constante, que precisa levar em conta as particularidades e detalhes que podem fazer toda diferença no processo.
Muitas vezes, acometem-se erros em apenas apontar os erros e dificuldades, isentando-se da responsabilidade ou possibilidades de ajuda, o que prejudica os resultados e melhorias. As intervenções são necessárias e fazem parte do processo de avaliação que não é só do aluno, mas de toda a equipe docente e até mesmo junto aos pais.
Algo que muitas vezes possa ser insignificante para determinada criança ou, até mesmo na visão do professor, pode representar grande conquista para outra. É preciso que haja no mínimo a mensuração dos fatos, assimilando os valores adquiridos durante o processo. Desta forma é possível abrir mão da avaliação mecanizada de caráter individualista e comparativa, assimilando uma avaliação continua, formativa, de caráter construtivo, criativo e totalmente pedagógico.
São ações contínuas e reflexivas que promovem o desenvolvimento de cada criança e do grupo a partir dos diferentes pontos de vista de educadores, relacionados à presença e participação dos pais, para o sucesso no processo de formação das crianças, que conseguem desta forma acompanhar seu próprio crescimento e desenvolvimento por meio dos portfólios e demais produções. Enfim, na avaliação formativa, a criança também faz parte do processo, ela desenvolve gradativamente a capacidade de se perceber nesta evolução contínua.
É uma maneira de se constituir um documento histórico priorizando o individuo. Com estes relatórios se consegue representar os passos do educador no processo ensino-aprendizagem, assim como os resultados alcançados por ele com apoio de toda equipe da instituição, desde a coordenação, direção e corpo docente, fortalecida ainda pela ativa participação dos pais.
Este tipo de avaliação sistematizada e contínua reflete a progressão e desenvolvimento dos fatos e a construção dos projetos, que representam o plano de educação e seus indicadores que favorecem a observação consciente, a qual gera intervenções eficazes à educação.
2 METODOLOGIA
Essa pesquisa foi feita com uma abordagem qualitativa exploratória, buscando características e a aplicabilidade da avaliação de forma a compreender detalhadamente a transformação do planejamento e do discurso em uma ação real, com fundamentação a partir do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar, complementado pela pesquisa bibliográfica.
Entendemos que avaliação não se dá nem se dará num vazio conceitual, mas sim dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação traduzido numa prática pedagógica, que permita o desenvolvimento do aluno. (LUCKESI, 2002 p. 28)
Esta análise é de suma importância pois visa compreender como é o trabalho para a formação integral do aluno, incentivando-o em sua participação nas constantes propostas de aprendizagem e avaliação, para assim superear as transformações da sociedade em permanente mudança. Além de compreender a relação do discurso apresentado e a pratica pedagógica adotada no que se refere ao processo de avaliação na educação infantil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, enquanto orientadoras das práticas pedagógicas, Brasil (1998, pág. 29), no que se refere à avaliação, indicam que as instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento pedagógico e avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação.
Buscou-se a partir desta pesquisa, analisando bibliograficamente alguns autores, refletir sobre a importância do papel do professor neste processo ensino-aprendizagem e avaliação dos alunos na educação infantil, onde cada vez mais é oportuno reforçar que, profissionais da educação tem se mostradoabertos ao exercício do lúdico-pedagógico em sala de aula, fortalecendo e favorecendo à atividades que promovam um maior desenvolvimento e aprendizado do conhecimento. Oportuno também a contextualização do assunto ao se compreender as características, tendências pedagógicas, conceitos de avaliação e alguns instrumentos de avaliação. 
Entre os processos avaliativos tem-se o método da avaliação mediadora que oportuniza o desenvolvimento do conhecimento aos alunos e garante a qualidade da aprendizagem, de forma que, quando realizada continuamente através de participações em sala de aula com trabalhos escritos, didáticos, cálculos, jogos e brincadeiras, sua capacidade de aprendizado é ainda melhor, por que a criança se sente parte do processo. Logo, este tipo de avaliação atua ao contrário da avaliação julgadora ou classificatória.
A avaliação julgadora ou classificatória, como vimos no discorrer da pesquisa, é usada como instrumento para medir a capacidade da criança, onde se dá notas para verificar e se ela obteve resultados satisfatórios. É portanto, uma forma de verificar o rendimento dos alunos, ou seja, é um aprendizado memorizado, logo, não se aprende muita coisa pra a vida.
Por fim, é oportuno e necessário registrar que, o professor precisa ter uma postura dialógica diante do processo avaliativo na Educação Infantil. Só assim é possível considerar os resultados e possibilitar a construção do conhecimento das crianças, onde elas irão aprender exercitado o  desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e intelectual.
Assim, é possível concluir que este estudo reafirma a necessidade de se discutir o processo e práticas de avaliação na Educação Infantil, para que de fato, as ações e intervenções de professoras possam fornecer subsídios necessário e adequados ao processo de ensino-aprendizagem da criança na Educação Infantil.
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