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BREVE ANÁLISE SOBRE O DIREITO Á EDUCAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL

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BREVE ANÁLISE SOBRE O DIREITO À EDUCAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL 
 
Émilly Samita da Anunciação Sodré1 
Joeltherman Santos2 
Hortência de Abreu Gonçalves3 
 
GT9 – POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO SOCIOEDUCACIONAL 
 
RESUMO 
 
Nas últimas décadas do século XX, a América do Sul passou por uma grande revolução na educação 
ao dispor no ordenamento jurídico de vários países, dentre os quais, Brasil, Chile e Argentina, 
dispositivos legais que consubstanciam o sistema democrático de ensino. A necessidade de consolidar 
o direito à educação como direito humano fundamental permitiu ao legislador constituinte, 
principalmente nos países que passaram pela truculência da ditadura militar, levar o mínimo de 
dignidade para os cidadãos através de uma educação que vise o pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Ante o exposto, o presente 
artigo terá por objetivo analisar a normatividade jurídico-constitucional acerca do direito à educação 
na América do Sul, concentrando-se na análise dos dispositivos de três países – Brasil, Chile e 
Argentina -, buscando compreender os efeitos jurídicos nas respectivas sociedades. 
 
PALAVRAS-CHAVE:Direito à educação. Constituição Federal. América do Sul. 
 
ABSTRACT 
 
In the last decades of the twentieth century, South America passed through a big revolution in 
education available to the legal system of many countries, among them Brazil, Chile and Argentina, 
legal provisions that substantiate the democratic system of education. The need to consolidate the right 
to education as a fundamental human right has allowed the constitutional legislator, particularly in 
countries that have passed through the brutality of the military dictatorship, taking the minimum of 
dignity for citizens through education aimed at the full development of the person, their preparation 
for the exercise of citizenship and his qualifications for the job. Based on the foregoing, this article 
will aim to analyze the legal and constitutional normativity on the right to education in South America, 
focusing on analysis of devices from three countries - Brazil, Chile and Argentina - and trying to 
understand the legal effects in respective societies. 
 
KEYWORDS: Right to education. Federal Constitution. South America. 
 
1 INTRODUÇÃO 
O direito à educação integra o rol dos direitos sociais fundamentais e se associa à 
dogmática do mínimo existencial para a realização da dignidade da pessoa humana. Nessa 
perspectiva, as normas constitucionais e legislativas devem assegurar o acesso universal e 
gratuito à educação, igualdade de condições do aprendizado, qualidade de ensino, além de 
outros princípios, objetivos, garantias e metas educacionais. Em razão disso, caberá ao Estado 
 
1 Acadêmica do curso de Direito da Universidade Tiradentes (UNIT), Campus Farolândia. E-
mail:emillysamita@gmail.com. 
2 Acadêmico do curso de Direito da Universidade Tiradentes (UNIT), Campus Farolândia. E-
mail:joeltherman_joel@hotmail.com. 
3 ProfªPós-doutora do Curso de Direito da Universidade Tiradentes (UNIT), Campus Farolândia.E-mail: 
projeto.monografia@yahoo.com.br. 
incorporar o dever de assegurar o exercício dos direitos sociais, sobretudo o direito à 
educação, garantindo sua máxima aplicabilidade e consolidando o sistema democrático de 
ensino. 
No contexto da América do Sul, o direito à educação foi sendo consubstanciado nas 
Constituições Políticas e nas legislações infraconstitucionais acompanhando os delineamentos 
políticos e sociais dos respectivos países, bem como os atos normativos dos tratados e 
convenções internacionais. Aos poucos, foram sendo inseridos direitos e garantias com base 
nos postulados dos direitos humanos firmados pela conjuntura internacional e permitiu sua 
consolidação no ordenamento jurídico quando se efetivou o Estado Democrático de Direito ou 
o Estado Social de Direito. Em outra perspectiva, podemos considerar que os países foram 
buscando modelos educacionais que se adequassem aos projetos econômicos de 
desenvolvimento em conformidade com sua realidade social. 
Tendo em vista a consolidação do direito à educação nos dispositivos constitucionais 
e legais dos países sul-americanos, faz-se necessário a análise da eficácia deste direito na 
realidade social através de indicadores educacionais, haja vista que o direito à educação em 
muitos países apresenta pontos semelhantes e em alguns aspectos se diferenciam, o que 
demonstra a necessidade de se compreender os efeitos jurídicos no meio social. A finalidade 
do presente artigo não é estabelecer um direito comparado, uma vez que a proposta que aqui 
se coloca não é averiguar qual direito é o melhor ou eficaz, e sim analisar o direito à educação 
na perspectiva jurídico-constitucional de alguns países, tais como Brasil, Argentina e Chile, 
buscando compreender seus efeitos jurídicos na sociedade. 
A iniciativa de se analisar o direito à educação nestes três países parte da premissa de 
apresentarem um contexto histórico que conduziu a formulação de um sistema democrático de 
ensino, além de configurarem realidades distintas no quadro educacional. O Chile apresenta 
alto desenvolvimento educacional na avaliação da UNESCO, bem como o melhor resultado 
entre os países sul-americanos na avaliação do PISA e é referência no sistema educacional 
para os demais países sul-americanos. A Argentina também constitui alto desenvolvimento 
educacional na avaliação da UNESCO, mas apresenta baixo desempenho na avaliação do 
PISA. Já o Brasil aparece com desenvolvimento educacional intermediário na avaliação da 
UNESCO e desempenho modesto na avaliação do PISA. 
A fim de tratar da efetividade do direito à educação na América do Sul, o presente 
artigo buscou perfazer a trajetória do direito à educação na construção do sistema democrático 
de ensino, versando sobre princípios e objetivos basilares da educação, a organização do 
sistema de ensino nas disposições constitucionais e legislativas, o dever do Estado com a 
educação, além de analisar a qualidade de ensino na avaliação educacional da América do 
Sul. 
2 TRAJETÓRIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO SISTEMA 
DEMOCRÁTICO DE ENSINO 
2.1 Panorama histórico das Constituições Políticas e legislativas acerca do direito à 
educação 
Para se alcançar o atual sistema democrático de ensino, os países sul americanos 
tiveram que transpor uma longa trajetória histórica para que o direito à educação fosse 
elevado ao patamar de direito fundamental do homem. A princípio a educação foi inserida no 
período colonial através das ordens religiosas que desenvolviam missões evangelizadoras 
centralizadas na educação primária. Porém, nesse período, não há que se falar em direito à 
educação, em razão da ausência do poder estatal soberano e de leis educacionais, que só 
foram instituídas com a independência nacional das colônias que, a partir de então, passaram 
a dispor de ordenamento jurídico próprio. 
Nesse sentido, as primeiras Constituições Políticas foram inserindo regras e 
princípios educacionais que firmaram os ideais iluministas e o modelo liberal burguês da 
época, tais como a liberdade de ensino, permitindo que o Estado chamasse para si a 
responsabilidade em promover a educação. A Constituição Nacional da Argentina 
promulgada em 25 de maio de 1853 delegava a cada província, a responsabilidade de 
assegurar a educação primária em sua respectiva Constituição, em conformidade com os 
princípios estatuídos na Constituição Nacional. Em seguida foi editada a Lei 1420 de 1884 
que regulamentava o ensino primário, mas não homogeneizava a qualidade educacional, hajavista que cada província organizava o próprio sistema de ensino o que acarretava diferentes 
níveis educacionais. 
Já o Chile normatizou sobre a educação pela primeira vez em seu ordenamento 
jurídico com a Lei Geral de Instrução Primária de 1860, na qual o Estado passou a assegurar a 
gratuidade do ensino primário no âmbito estadual e municipal. Essa lei segregava o ensino por 
sexo, havendo escolas destinadas para os meninos e outras destinadas para as meninas. No 
Brasil, a Constituição de 1824 trouxe o princípio da liberdade de ensino e vinculava a 
“instrução primária gratuita a todos os cidadãos”. 
No entanto, a expressão direito à educação só apareceu nos institutos jurídicos em 
meados do século XX, até porque antes o que havia eram normas educacionais e instrução. 
Neste mesmo século, o direito à educação elevou-se a condição de direito humano, 
consolidado com o advento da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, sendo, 
portanto, um direito fundamental na construção do patamar mínimo de dignidade para os 
cidadãos. 
Em razão disso, a Constituição Brasileira de 1934, a segunda do período republicano, 
incluiu pela primeira vez um capítulo específico com 11 artigos incorporando o direito à 
educação na perspectiva dos direitos do homem. Deste modo, a Constituição reconheceu o 
direito à educação como direito de todos, a obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário, 
foi inserida no rol dos direitos sociais e direito público subjetivo, organização do sistema 
educacional e arrecadação tributária na manutenção e no desenvolvimento do ensino. Já no 
Chile pouco se evoluiu do ponto de vista legislativo, mas no governo de Salvador Allende 
(1970-1973) houve um significativo avanço na política educacional de igualdade de 
oportunidades. 
Todavia, a segunda metade do século XX foi marcada pela opressão e autoritarismo 
da ditadura militar, cuja intervenção estatal por meio de Decretos-leis ou Atos Institucionais, 
não acarretou expressivo desenvolvimento educacional, haja vista que as alterações realizadas 
no sistema de ensino não proporcionaram o incremento na oportunidade de acesso ao ensino e 
a educação passou a ser disseminada como instrumento de controle político. Ao longo do 
processo de redemocratização, foram sendo realizadas comissões que contribuíram para a 
elaboração de um sistema democrático de ensino que passou a ser inserida nas Constituições 
Políticas e legislativas, assim como o modelo neoliberal que permitiu o recrudescimento 
vertiginoso das instituições privada de ensino em todos os níveis educacionais. 
Nessa perspectiva, depois de nove Cartas Magnas, o Chile inseriu o direito à 
educação na Constituição Política de 1980, que entrou em vigência ainda no governo militar 
de Augusto Pinochet (1973-1990) e continua vigente na atualidade. Entretanto, essa 
Constituição inseriu princípios e regras que consubstanciaram os fundamentos de um sistema 
democrático de ensino ao aclamar no artigo 10 que a educação tem por objeto o pleno 
desenvolvimento da pessoa nas distintas etapas de sua vida e assegurou, também, a 
responsabilidade dos pais, do Estado e da comunidade no fomento do desenvolvimento 
educacional em todos os níveis. No processo de redemocratização foi publicada a Lei 
Orgânica Constitucional de Ensino – Lei nº 18.962, de 1990 (LOCE) que consolidou a 
democratização no sistema educacional ao dispor sobre a liberdade de ensino, fixou metas e 
objetivos que devem ser aplicados na educação básica e a descentralização dos 
estabelecimentos no processo de municipalização que, por sua vez, serviu de modelo para os 
demais países sul americanos. Já a Lei Geral de Educação, publicada em 2009, derrogou a 
LOCE e inseriu novos princípios basilares, além daqueles já consubstanciados na 
Constituição e nos tratados internacionais. 
Quanto ao Brasil, após vinte e um anos de regime militar (1964-1985), elevou-se o 
direito à educação a categoria de direito social fundamental com a Constituição de 1988. Ante 
o intervencionismo militar imposto ao sistema de ensino, sobretudo com a reforma do ensino 
fundamental e médio com a Lei 5.692/71, a educação recebeu um arcabouço jurídico 
democrático e liberal com a Carta Magna de 1988 que assegurou o princípio da 
universalização, a educação básica obrigatória e gratuita, bem como objetivos básicos, tais 
como o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. Além disso, a Constituição instituiu a responsabilização do 
Estado, da família e da sociedade na promoção da educação e assegurou mecanismos de 
controle para sua efetividade. Ainda em 1996 foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação – Lei nº 9.394/96 (LDB) que instituiu a Política Educacional Brasileira. 
Por fim, a Argentina programou uma reforma constitucional em 1994 que trouxe 
modificações à Constituição Nacional de 1853, inserindo novos dispositivos legais acerca do 
direito à educação. A Argentina também passou pela truculência da ditadura militar (1976-
1983), mas com a reforma, assegurou-se a atribuição de cada província em reger a própria 
educação primária através de suas respectivas Constituições, estabeleceu a competência do 
Congresso Nacional para sancionar leis de organização e de base da educação que consolidem 
a unidade nacional respeitando as particularidades das províncias e localidades, permitindo a 
responsabilização do Estado, a participação da família e da sociedade, na promoção dos 
valores democráticos e igualdade de oportunidades de ensino. Com a Lei Federal de Educação 
de 1993, foi assegurado pela primeira vez um dispositivo jurídico que abrange todos os níveis 
e modalidades do sistema de ensino. Todavia, a Lei de Educação Nacional de 2006 revogou a 
lei anterior instituindo a universalização progressiva dos serviços educativos, criou o 
Conselho Federal de Educação e firmou a unidade e articulação do sistema educacional. 
2.2 Tratados e Convenções Internacionais 
Visto que o presente artigo tem por objetivo analisar as legislações relacionadas à 
educação e transcender as letras da norma para a realidade social e ver por meio de índices 
oficiais como o este direito efetiva-se na prática, faz-se pertinente o estudo dos tratados e 
convenções internacionais que unificam princípios e regras entre os três países-foco: Brasil, 
Chile e Argentina. Por se tratar de pactos internacionais, os tratados e convenções são 
considerados leis que unificam um pensamento em comum, tornando determinada regra igual 
para todos os países participantes, sob pena de sanções graves se descumprida. 
Os tratados e convenções têm força de lei nos ordenamentos jurídicos dos países 
estudados. Ou seja, ao ratificar ou aderir a determinado tratado ou convenção internacional, o 
agora então chamado Estado-Parte inclui aquela norma em seu ordenamento jurídico e deve 
ser respeitada como lei, se antes não for assim transformada. Como bem expressa a 
Constituição da Argentina em seu art. 31, ‘os tratados com nações estrangeiras, juntamente 
com a Constituição e as leis federais, são considerados lei suprema da Nação, devendo ser 
respeitadas em futuras publicações ou, se necessário for, revogando e/ou modificando leis 
anteriores que sejam contrárias a eles’. Dá-se ênfase aos tratados que têm por finalidade a 
proteção dos direitos humanos básicos alistados na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, dentre eles o direito à educação. 
Ao falar em direitos humanos fundamentais é impossível não mencionar a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos que serve de base para muitos outros tratados e 
convenções, por se tratar de direitos fundamentais intrínsecos ao ser humano, independente de 
qual nação,cultura, raça, gênero ou etnia ele seja. Focando na educação, seu artigo 26 reza: 
 
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos 
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A 
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, 
esta baseada no mérito. 
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade 
humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas 
liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a 
amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as 
atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será 
ministrada a seus filhos. 
Adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A 
III) em 10 de dezembro 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos possui somente 
30 artigos que consagram todos os direitos elementares humanos. Ainda em seu último artigo, 
ela prevê que o exercício do direito de um não pode prejudicar o de seu próximo: 
Nenhuma disposição da presente Declaração poder ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer 
atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e 
liberdades aqui estabelecidos. 
Por firmar o direito à educação e ainda ratificá-lo como indestrutível, a Declaração 
dos Direitos Humanos serviu de inspiração para a Convenção dos Direitos da Criança. 
Considerada a Carta Magna para os direitos da criança no mundo, foi publicada em 1989 e no 
ano seguinte foi oficializada como lei internacional. É a convenção de maior aceitação 
mundial, com 193 países participantes. Em seu texto, a Convenção dos Direitos da Criança 
traz garantias em várias partes e de formas expressa e implícita sobre o direito à educação. 
Diretamente, os artigos 28 e 29 estabelecem medidas que deverão obrigatoriamente ser 
tomadas para a universalidade do direito à educação: 
1 – Os Estados Partes reconhecem o direito da criança à educação e, a fim de que ela 
possa exercer progressivamente e em igualdade de condições esse direito, deverão 
especialmente: 
a) tornar o ensino primário obrigatório e disponível gratuitamente para todos; 
b) estimular o desenvolvimento do ensino secundário em suas diferentes formas, 
inclusive o ensino geral e profissionalizante, tornando-o disponível e acessível a 
todas as crianças, e adotar medidas apropriadas tais como a implantação do ensino 
gratuito e a concessão de assistência financeira em caso de necessidade; 
c) tornar o ensino superior acessível a todos com base na capacidade e por todos os 
meios adequados; 
d) tornar a informação e a orientação educacionais e profissionais disponíveis e 
acessíveis a todas as crianças; 
e) adotar medidas para estimular a freqüência regular às escolas e a redução do 
índice de evasão escolar. 
2 – Os Estados Partes adotarão todas as medidas necessárias para assegurar que a 
disciplina escolar seja ministrada de maneira compatível com a dignidade humana e 
em conformidade com a presente Convenção. 
3 – Os Estados Partes promoverão e estimularão a cooperação internacional em 
questões relativas à educação, especialmente visando contribuir para a eliminação da 
ignorância e do analfabetismo no mundo e facilitar o acesso aos conhecimentos 
científicos e técnicos e aos métodos modernos de ensino. A esse respeito, será dada 
atenção especial às necessidades dos países em desenvolvimento. (Convenção dos 
Direitos da Criança, art. 28). 
Seguindo o 28, o artigo 29 alista objetivos e princípios básicos para o ensino, como o 
pleno desenvolvimento da pessoa e sua capacitação para o exercício da cidadania. No fim do 
documento, há uma ressalva que se mostra importante, pois identifica a Convenção como 
realmente preocupada com o bem estar da criança em todos os sentidos: se a lei nacional do 
Estado-Parte for mais benéfica para a criança, esta deve ser aplicada. Essa ressalva parte do 
pressuposto que as regras e princípios indicados pelos tratados e convenções internacionais 
devem ser basilares à legislação local e analisados de perto se estão sendo efetivados. 
Um último documento que se faz pertinente a análise no presente trabalho é a 
Declaração Mundial sobre Educação para Todos ou, como é mais conhecida, a Conferência de 
Jomtien de 1990. Devido a problemas enfrentados na educação na década de 80, resolveu-se 
reunir e lançar metas, princípios e objetivos para melhorar a universalização e efetivação do 
direito à educação. É um pacto para que, unidos e comprometidos, os países membros possam 
alcançar a satisfação das necessidades básicas de educação para seus cidadãos. 
Tratados e Convenções Internacionais são abundantes em se tratando de direito à 
educação e é possível notar claramente sua influência na edição das legislações de maior peso 
nos ordenamentos jurídicos do Brasil, Chile e Argentina. Nota-se também que esses países 
estão tentando fazer valer as suas participações nesses pactos. Porém, entre melhores e piores, 
ainda há muito em que avançar em universalização e efetivação dos direitos educacionais. 
 
3 PRINCÍPIOS E OBJETIVOS BASILARES DA EDUCAÇÃO 
Para a etapa inicial da efetivação do direito à educação como direito fundamental, 
estabeleceram-se objetivos e princípios basilares para os sistemas educacionais. 
Conformadamente, tais bases trazem como fundo harmônico o que é acordado em tratados e 
convenções internacionais. O Brasil, com a sua prolixa constituição federal, deu destaque ao 
direito à educação trazendo consigo uma Seção somente para estabelecer diretrizes gerais que 
devem ser seguidas pelas legislações subseqüentes. Já Chile e Argentina foram econômicos 
em suas Cartas Políticas, garantindo e esclarecendo somente que o direito educacional, ou 
direito de aprender e ensinar, é fixado constitucionalmente e é um direito fundamental 
humano, deixando que legislações federais tratem de versar com mais detalhes sobre o 
assunto. 
Na Constituição Federal Brasileira de 1988, do artigo 205 ao 214, é possível 
encontrar as bases da legislação educacional nacional. No artigo que dá início à Seção sobre a 
Educação, o 205, traz explicitamente que a educação brasileira visa “ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para 
o trabalho”. Neste diapasão, conclui-se que o pleno desenvolvimento da pessoa dá-se através 
da educação – que é dever do Estado e da família -, o que possibilita o pleno exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho (por mais que a legislação constitucional não 
especifique em qual estágio de ensino essa qualificação deva ser concretizada). 
Quanto aos princípios elencados no artigo 206 da Carta Magna do Brasil de 1988 
num total de oito incisos e um parágrafo único, percebe-se a repetição do ideal democrático: 
igualdade de acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e 
divulgar o pensamento; pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; coexistência de 
instituições privadas e públicas de ensino; garantia do padrão de qualidade, dentre outros. 
Legislação infraconstitucional – a Lei de Diretrizes e Bases (Lei n. 9.394) – confirma esses 
objetivos e princípios, além de estabelecer outros que auxiliam na organização do sistema 
educacional brasileiro. 
Na Constituição Nacional da Argentina de 1853, reformada em 1994, seu artigo 14 
traz a atenção de que ‘todos os cidadãos da nação gozam do direito de ensinar e aprender 
conforme as leis que regulam o seuexercício’. A Constituição é suscinta porque presume 
abertamente a junção e aplicação dos tratados e convenções internacionais no país. A lei 
federal, porém infraconstitucional, que regula a educação na Argentina é a Lei de Educação 
Nacional (Lei n° 26.206) que já em seu artigo 2º admite o direito à educação como um direito 
da personalidade e social, sendo dever do Estado garanti-lo. Seus objetivos e princípios 
podem ser encontrados alistados especificamente no artigo 11, no Capítulo II que trata 
somente sobre os fins e objetivos da política educacional nacional. Os ideais democráticos de 
liberdade e igualdade prevalecem em cada item a ser seguido. 
As metas e os objetivos da política nacional de educação são: 
a) Assegurar uma educação de qualidade com igualdade de oportunidades e 
possibilidades, sem os desequilíbrios regionais e as desigualdades sociais. 
b) Assegurar uma educação integral que desenvolve todos os aspectos da pessoa e 
permitir o desempenho tanto social e trabalho, e para o acesso ao ensino superior. 
c) Proporcionar uma educação cívica comprometida com os valores éticos e da 
participação democrática, a liberdade, a solidariedade, a resolução pacífica de 
conflitos, o respeito aos direitos humanos, responsabilidade, honestidade, 
valorização e preservação do patrimônio natural e cultural. (LEN, art. 11). 
Nota-se, então, semelhanças entre os fins e objetivos da educação nas legislações 
brasileira e argentina. Marcelo L. Ottoni de Castro listou-as: 
[...] ambas as legislações apontam a importância de assegurar educação de 
qualidade, a criação de igualdade de oportunidades, a formação para o exercício da 
cidadania, o respeito à diversidade, a responsabilidade ética e social, o princípio 
democrático da gestão escolar, etc. 
Já o Chile tem um modo diferente de tratar sobre o direito educacional em sua 
legislação. Na Constituição Política da República do Chile de 1980, em seu artigo 19, 10°, 
vem assegurando o direito à educação e algumas poucas explanações a respeito. Poucas, 
porém suficientes para serem garantidas com o peso constitucional. Seu objetivo é o pleno 
desenvolvimento da pessoa em diferentes fases da vida. Novamente tendo princípios 
democráticos, o Chile torna obrigatório até o ensino médio, garantindo sua gratuidade e 
igualdade de acesso, além de incentivo à investigação científica e tecnológica, a criação 
artística, dentre outros. 
É interessante notar que a constituição chilena traz expressamente em seu texto 
constitucional que os pais devem educar seus filhos e que é dever da sociedade contribuir para 
o desenvolvimento e perfeccionismo da educação no país. A lei que regula sobre o sistema 
educacional chileno é a Lei Geral de Educação (Lei n. 20. 370) e traz consigo todo o peso dos 
objetivos e princípios básicos consagrados da constituição. 
 
4 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE ENSINO NAS DISPOSIÇÕES 
CONSTITUCIONAIS E LEGISLATIVAS 
Na sistemática das Constituições Políticas dos países sul americanos, observa-se a 
pretensão do Poder Público na organização do sistema de ensino com a perspectiva de firmar 
seu dever com a educação. De maneira suplementar, as legislações que versam sobre ensino, 
reforçam as disposições acerca da estrutura do sistema educacional, delimitando a cobertura 
de atuação do poder estatal, assim como a fixação de conteúdos curriculares mínimos a serem 
seguidos. Diante disso, busca-se perfazer a análise dos sistemas de ensino dos países que são 
objeto de estudo do presente artigo, a fim de compreender sua dinâmica e disposições 
legislativas. 
4.1 Sistema de Ensino da Argentina 
O sistema de ensino da Argentina apresenta-se como um dos mais avançados e 
progressistas da América Latina. Para tanto, a Constituição Nacional aduz no artigo 5º que 
“cada província ditará para si uma Constituição segundo o sistema representativo e 
republicano, de acordo com os princípios, direitos e garantias da Constituição Nacional, e que 
assegure... a educação primária...”. Desta forma, caberá a cada província organizar o próprio 
sistema de ensino, devendo dispor prioritariamente sobre a educação primária. 
Todavia, a Lei de Educação Nacional (Lei nº 26.206 de 2006) traz no artigo 17 a 
estrutura do sistema educativo que compreende quatro níveis (educação inicial; educação 
primária; educação secundária; educação superior) e oito modalidades (educação técnico 
profissional; educação artística; educação especial; educação permanente de jovens e adultos; 
educação rural; educação intercultural bilíngue; educação domiciliar e hospitalar; educação 
em contextos de privação de liberdade). Aqui é válido mencionar que a educação permanente 
de jovens e adultos é voltada para pessoas que não concluíram a educação obrigatória na 
idade certa, assim como a educação rural é destinada às pessoas localizadas em zonas 
afastadas e de difícil acesso. Já a educação domiciliar e hospitalar é veiculada a crianças e 
jovens que, por apresentarem problemas de saúde, ficam impossibilitados de frequentar a 
escola, enquanto que a educação em contextos de privação de liberdade é dirigida aos presos 
em instituições carcerárias. 
De acordo com o artigo 85 da Lei de Educação Nacional competirá ao Ministério de 
Educação, Ciência e Tecnologia juntamente com o Conselho Federal de Educação definir a 
estrutura e conteúdos curriculares comuns, estabelecer núcleos de aprendizagem prioritários 
em todos os níveis, fixar os anos de escolaridade obrigatória e dispor de mecanismos de 
renovação periódica total ou parcial dos conteúdos curriculares comuns a fim de assegurar a 
unidade e qualidade do sistema educativo nacional. 
Em contrapartida, a obrigatoriedade de ensino pode ser conjugada com o direito ao 
acesso à educação gratuita, haja vista que ambas contribuem para que o Estado fomente a 
universalização do ensino. Conforme a Lei de Educação Nacional, a obrigatoriedade escolar é 
assegurada da educação inicial (dos 5 anos de idade) até a finalização da educação secundária. 
Já a gratuidade é um direito assegurado a todos os níveis e modalidades da educação pública 
estatal com base no artigo 75, inciso 19 da Constituição Nacional, bem como pelos artigos 11, 
h e 16 da Lei de Educação Nacional. 
Nessa perspectiva, o governo da Argentina através do Ministério de Educação 
instituiu o Plano Nacional de Educação Obrigatória e Formação Docente (2012-2016) com o 
objetivo de garantir condições para a universalização da sala de 4 anos – educação inicial - , 
além de assegurar o acesso universal de crianças, adolescentes e jovens a uma educação de 
qualidade. Ainda o plano disponibilizou alguns dados estatísticos que representam a realidade 
do sistema educacional argentino. De acordo com o plano, a taxa de analfabetismo que era de 
2,6% no ano de 2001 foi reduzida para 1,9% em 2010. Informou, também, que houve uma 
forte ampliação do acesso a educação inicial, considerando o índice de 48% de acesso aos 
alunos da sala de 4 anos em 2001 para 70% em 2010, já a sala de 5 anos encontra-se com o 
índice de 91,1% de acesso em 2010. Já a cobertura da educação primária é quase universal, 
com a taxa de 99% de crianças entre 6 a 11 anos de idade. Por sua vez, a educação secundária 
apresenta a cobertura de 82,2% em 2010. É importante destacar que, segundo o plano, a 
população com a educação obrigatória completa (que concluíram o ensino secundário) 
apresentou crescimento nos últimos 10 anos com a taxa de 40%. 
 4.2 Sistema de Ensino do Chile 
A organização do sistema educacional chileno se instrumentaliza através da 
Constituição Política de 1980 e da Lei Orgânica Constitucional de Ensino (LOCE). Na 
Constituição, o sistema de ensino é regulamentado no artigo 10, na qual caberá aoEstado a 
missão de financiar um sistema gratuito destinado a assegurar o acesso a toda a população na 
educação básica, promover a educação pré-escolar e fomentar o desenvolvimento da educação 
em todos os níveis. 
Por sua vez, a Lei Orgânica Constitucional de Ensino – Lei nº 18.962 (LOCE), de 
maneira suplementar, encarrega-se da tarefa de estruturar o sistema de ensino, ao passo que 
fixa as condições para os níveis da educação básica e média, além de atribuir a competência 
do Ministério de Educação em definir os objetivos fundamentais e conteúdos mínimos 
obrigatórios para os ensinos básico e médio, que são expressos no chamado Marco Curricular, 
bem como o reconhecimento oficial dos estabelecimentos educativos respeitando, de tal 
modo, o princípio da liberdade de ensino. 
Ainda, de acordo com a Lei Orgânica Constitucional de Ensino, a estrutura do 
sistema educacional chileno compreende quatro níveis e duas modalidades. Dentre os níveis 
de ensino, tem-se: o ensino pré-escolar (dirigido a crianças até 5 anos de idade, de caráter 
obrigatório); ensino básico (abrange crianças entre 6 e 13 anos de idade, cujo tempo de 
duração é de 8 anos e possui caráter obrigatório); ensino médio (atende alunos entre 14 e 17 
anos de idade, com duração de 4 anos e de caráter obrigatório, se subdividindo em científico-
humanista e técnico-profissional); educação superior (não possui caráter obrigatório e rege-se 
por três subsistemas, sendo dois não universitários – Centros de Formação Técnica e os 
Institutos Profissionais – e um universitário). 
O sistema chileno estabelece duas modalidades de ensino: a educação especial, que 
atende crianças e jovens com necessidade de assistência educativa especial para os ensinos 
básico e médio, e estabelece, também, a educação de adultos, que engloba pessoas que não 
concluíram os ensinos básico e médio na idade certa. 
Todavia, é importante assinalar, que a partir da Constituição Política e da Lei 
Orgânica Constitucional de Ensino, elaboradas durante o regime militar, desenvolve-se no 
Chile um sistema educacional descentralizado, marcadamente influenciado pela concepção 
neoliberal em atribuir maior eficiência ao sistema educativo, reduzindo a intervenção do 
Estado Nacional e ampliando o poder dos municípios no fomento da educação. Por esta razão, 
de acordo com o Centro de Estudos do Ministério de Educação na Encuesta CASEN 2011 – 
Módulo Educação, a matrícula escolar em estabelecimentos municipais corresponde a 43%, 
enquanto que 49% estão em estabelecimentos particulares subvencionados que recebem 
subsídios do governo e apenas 5% estão em instituições totalmente particulares. No sistema 
municipal de educação, os alunos cursam o ensino básico nas escolas e o ensino médio no 
chamado liceu. 
Analisando os dados da Encuesta CASEN 2011 é possível retratar a cobertura do 
ensino das crianças e adolescentes nos respectivos níveis. Segundo a pesquisa, a taxa bruta de 
matrículas na educação pré-escolar é de 50,8%, enquanto que no ensino médio regular (3º e 4º 
ano médio), a cobertura total é de 24% para o ensino médio técnico-profissional e 76% para o 
ensino médio científico-humanista. Já a cobertura bruta da educação superior corresponde a 
45,8%, sendo que 78,19% dos estudantes completaram o ensino superior. Quanto a taxa de 
alfabetização, o Chile apresenta a taxa de 98,6%, ocupando a 40º posição no ranking mundial 
com base nos dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) 2013. 
 4.3 Sistema de Ensino do Brasil 
A Constituição Federal de 1988 remete ao Poder Público a competência de organizar 
o sistema de ensino em regime de colaboração mútua e recíproca, de modo a efetivar o dever 
com a educação. No artigo 208 é assegurado a organização do ensino mediante prestações 
estatais que instituam: a educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria, 
sendo denominado, portanto, de ensino supletivo gratuito; progressiva universalização do 
ensino médio gratuito - disposição esta que foi ampliada pela Emenda Constitucional nº 
59/2009 que já universaliza a gratuidade a toda a educação básica, o que abrange o ensino 
médio - ; atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; educação infantil, em creche e pré-escola, às 
crianças até 5 anos de idade; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística, segundo a capacidade de cada um; oferta de ensino noturno regular, 
adequado às condições do educando. 
Por outro lado, a estrutura do sistema educacional foi regulamentada detalhadamente 
a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394 de 1996 (LDB) que 
aduz no artigo 21 que a educação escolar compõe-se de: educação básica (formada pela 
educação infantil – desenvolvida em creche e pré-escola as crianças de até 5 anos de idade – 
ensino fundamental – obrigatório e com duração de 9 anos – e ensino médio – obrigatório e 
com duração de 3 anos) e educação superior. É importante assinalar que a Emenda 
Constitucional nº 53 de 2006 acrescentou ao texto constitucional no artigo 211 um § 5º com o 
seguinte enunciado: “A educação básica atenderá prioritariamente ao ensino regular”. Desta 
forma, foi introduzido o conceito de educação básica no texto constitucional que até então só 
era definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Quanto ao ensino regular, consiste no 
ensino de formação escolar em séries, mediante o sistema escolar. 
No entanto, o sistema educacional brasileiro é atribuído como um dever estatal aos 
entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), sendo que cada qual ficará 
responsável por elaborar seu sistema de ensino em regime de colaboração mútua. 
Em face disso, caberá a União, através do Ministério da Educação, organizar o 
sistema federal de ensino, fixando os conteúdos mínimos para a educação básica obrigatória, 
coordenando a política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e 
exercendo a função normativa, redistributiva e supletiva em relação às instâncias 
educacionais. Quanto aos Estados e Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e médio. Já os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na 
educação infantil. 
Além das atribuições do ensino público firmado pela Constituição Federal, também é 
legitimado a liberdade de ensino para as instituições privadas em todos os níveis 
educacionais, devendo ser resguardado o cumprimento das normas gerais de educação 
nacional e autorização e avaliação de qualidade pelo poder público. Diante disso, para ilustrar 
a distribuição de alunos nos níveis do sistema escolar, vejamos os indicadores do Censo da 
Educação Básica de 2012 realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais). De acordo com o Censo, as taxas de matrículas dos alunos da educação básica 
estão distribuídas em 16% para a rede particular, 46% na rede municipal, 37% na rede 
estadual e 1% na rede federal. Ainda, segundo a mesma fonte, cerca de 7,2 milhões de alunos 
estão matriculados no ensino infantil, 29,7 milhões no ensino fundamental e 8,3 milhões no 
ensino médio. Considerando o Censo da Educação Superior de 2012 realizado pelo Ministério 
da Educação cerca de sete milhões de alunos estão matriculados no ensino superior. 
O acesso dos brasileiros à educação básica tem atingido um patamar satisfatório com 
a taxa de alfabetização correspondente a 90,37% dos brasileiros com mais de 15 anos, 
segundo o Censo de 2010. Na perspectiva de aprimorar o desenvolvimento educacional, em 
junho de2014 foi sancionado o Plano Nacional de Educação (PNE), que tem previsão 
constitucional no artigo 214, estabelecendo 20 metas e estratégias para o ensino nos próximos 
dez anos, dentre os quais: investimento de 10% do PIB na educação, erradicação do 
analfabetismo e universalização da educação básica (ensino infantil, fundamental e médio). 
5 DEVER DO ESTADO COM A EDUCAÇÃO – COMPETÊNCIAS E 
MECANISMOS DE CONTROLE 
5.1 Brasil 
A Constituição federal brasileira atribui prioritariamente ao Poder Público o dever de 
garantir o direito à educação e que os seus entes federativos ‘organizarão em regime de 
colaboração seus sistemas de ensino’, para que se cumpra com êxito seus objetivos para a 
educação. Além disso, um mecanismo de restauração de normalidade – a intervenção – pode 
ser utilizado caso um ente não faça por onde garantir a manutenção e o desenvolvimento do 
ensino. A União – ente de escala federal – poderá intervir nos Estados, caso estes não 
cumpram seu dever; os Estados poderão intervir em seus respectivos Municípios para 
restabelecer a normalidade caracterizada pelo investimento na educação na forma da lei. 
 As competências de cada ente são especificadas nos parágrafos do art. 211 da Carta 
Magna nacional. Lá é atribuída aos Municípios a atuação prioritária no ensino fundamental e 
educação infantil; aos Estados e o Distrito Federal no ensino fundamental e médio. Já a União 
fica responsável por elaborar leis e organizar o sistema federal de ensino, além de apoiar 
mediante assistência técnica e financeira os Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme 
o §1º do art. 211, já mencionado. 
Com fulcro no art. 212 da Carta Constitucional, “a União aplicará, anualmente, 
nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por 
cento, no mínimo, da receita resultante de impostos” na educação. Os responsáveis pela 
fiscalização do repasse de recursos e investimento no ensino garantido constitucionalmente 
são os Tribunais de Contas espalhados pelos entes federativos. A Instrução Normativa n. 60, 
de 2009, do Tribunal de Contas da União, dispõe sobre os procedimentos para a fiscalização 
do cumprimento do afirmado no art. 212 da Constituição Federal do Brasil. 
5.2 Argentina 
A Argentina trata dos deveres do Estado para com a educação, competências e 
fiscalização mais detalhadamente na Lei de Educação Nacional de 2006, visto que a 
Constituição é econômica nesse aspecto. 
Com o sistema educacional composto por quatro níveis de ensino – inicial, primário, 
secundário e superior -, a Argentina possui cooperação mútua entre os entes – o Estado, as 
Províncias e a cidade independente de Buenos Aires – em todos esses níveis. Assim preceitua 
o art. 12 da LEN: 
ARTÍCULO 12. El Estado Nacional, las Provincias y la Ciudad Autónoma de 
Buenos Aires, de manera concertada y concurrente, son los responsables de La 
planificación,organización, supervisión y financiación Del Sistema Educativo 
Nacional. Garantizan el acceso a La educación en todos los niveles y modalidades, 
mediante La creación y administración de los establecimientos educativos de gestión 
estatal. El Estado Nacional crea y financia lãs Universidades Nacionales. 
Foi sancionada em 2005 a Lei de Financiamento Educativo que, de acordo com a 
LEN, estabeleceu a meta de aplicar 6% do PIB nacional na educação até 2010. De acordo 
com o que explica Marcelo L. Ottoni de Castro, o Ministério de Educação, Ciência e 
Tecnologia é o responsável pela fiscalização e punição caso haja falha na aplicação dos 
recursos recebidos: 
O recebimento dos recursos correspondentes se fará sob a condição de que cada 
jurisdição apresente em seu orçamento anual o compromisso financeiro estipulado 
pelo art. 5º. No caso de descumprimento das obrigações fixadas pela lei, por parte 
das províncias e da cidade de Buenos Aires, o Ministerio de Educación, Ciencia y 
Tecnología é autorizado a reter, total ou parcialmente, as transferências de fundos 
orçamentários destinados às jurisdições, até que sejam observadas as condições 
acordadas com o governo nacional. 
5.3 Chile 
O Chile possui um sistema educacional descentralizado. Com a ditadura militar de 
1973 a 1990, o governo transferiu a administração educacional para os municípios e passou a 
adotar o “sistema de voucher”. As escolas privadas têm total liberdade de atuação desde que 
não ultrapassem do limite do ‘voucher’ – 90% de subsídios governamentais estabelecidos por 
aluno numa escola pública. Vale mencionar que esse valor é estabelecido de acordo com a 
renda da família do educando, proporcionando que famílias mais pobres também tenham a 
oportunidade de colocarem seus filhos na escola. Desde a mudança da ditadura para a 
democracia, esse sistema não mudou, mas vem recebendo melhoramentos para que a 
desigualdade e exclusão social – que são os maiores defeitos gerados por esse sistema – 
deixem de existir. 
Para que uma escola venha a ser um estabelecimento de ensino no Chile é necessário 
um reconhecimento oficial por parte do Estado, a saber, Ministério da Educação, tendo como 
órgão fiscalizador dos requisitos a ser mantidos durante o funcionamento do estabelecimento 
a Superintendência de Educação. Caso venha a perder qualquer dos requisitos necessários à 
manutenção do reconhecimento estatal que estão descritos na Lei Geral de Educação em seu 
art. 46, a Direção Regional de Superintendência de Educação é órgão competente para aplicar 
qualquer sanção que seja apropriada para o caso particular – desde advertência até a perda do 
reconhecimento oficial e, consequentemente, o fechamento da instituição. 
6 QUALIDADE DE ENSINO E AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DA AMÉRICA 
DO SUL 
O direito à educação não se limita ao amplo acesso às instituições de ensino, sendo 
fundamental assegurar na Constituição e nas leis a garantia do padrão mínimo de qualidade. 
Na prática, os países da América do Sul estão próximos de atingir a plena universalização, 
tanto em relação à educação primária quanto a de adultos com idade acima de 15 anos, com 
exceção apenas da Argentina que já consolidou a universalização da educação primária e a 
manteve. Acontece que, o grande desafio do direito à educação nos países sul americanos 
consiste em promover uma educação de qualidade, haja vista que, na medida em que foram 
ingressando nas escolas grupos sociais até então excluídos, não ocorreu, nestes países, uma 
devida reformulação do sistema de ensino com o intuito de promover uma qualificação 
curricular. 
Tendo em vista o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos (EPT) 
promovido pela UNESCO, a avaliação do quadro educacional dos países é feita a partir dos 
seis objetivos firmados na Conferência de Dacar no ano 2000 a serem alcançados até 2015, 
que aponta a América do Sul num patamar considerado alto e médio no nível de 
desenvolvimento da educação. Dentre os objetivos a serem perquiridos são: 
I – Ampliar e aperfeiçoar os cuidados e a educação para a primeira infância, 
especialmente no caso das crianças mais vulneráveis e em situação de maior 
carência; 
II – Assegurar que, até 2015, todas as crianças, particularmente as meninas, vivendo 
em circunstâncias difíceis e as pertencentes a minorias étnicas tenham acesso ao 
ensino primário gratuito, obrigatório e de boa qualidade; 
III – Assegurar que sejam atendidas as necessidades de aprendizado de todos os 
jovens e adultos através de acesso equitativo a programas apropriados de 
aprendizado e treinamento para a vida; 
IV - Alcançar, até 2015, uma melhoria de 50% nos níveis de alfabetização de 
adultos, especialmente no que se refere às mulheres, bem como acesso equitativo à 
educação básica e contínua para todos os adultos;V - Eliminar, até 2005, as disparidades de gênero no ensino primário e secundário, 
alcançando, em 2015, igualdade de gêneros na educação, visando principalmente 
garantir que as meninas tenham acesso pleno e igualitário, bem como bom 
desempenho, no ensino primário de boa qualidade; 
VI – Melhorar todos os aspectos da qualidade da educação e assegurar a excelência 
de todos, de forma que resultados de aprendizagem reconhecidos e mensuráveis 
sejam alcançados por todos, especialmente em alfabetização linguística e 
matemática e na capacitação essencial para a vida. 
Nesse sentido, a UNESCO avalia a educação dos países através do Índice de 
Desenvolvimento da Educação (IDE) que abrange indicadores quantitativos de quatro dos 
objetivos, tais como: universalização da educação primária, alfabetização de adultos, paridade 
de gêneros e qualidade da educação. Considerando o IDE relativo ao ano de 2011, os países 
sul americano que apresentaram IDE alto são: Uruguai com 0,972 (36º colocado); Argentina 
com 0,972 (38º colocado); Chile com 0,968 (49º colocado). Dentre os países com IDE médio 
abrangem: Colômbia com 0,929 (71º colocado); Peru com 0,925 (72º colocado); Venezuela 
com 0,919 (74º colocado); Paraguai com 0,914 (77º colocado); Bolívia com 0,911 (78º 
colocado); Brasil com 0,887 (88º colocado). Analisando isoladamente a perspectiva dos 
países em alcançarem a universalização da educação primária, o Relatório aponta que 63 
países já atingiram a meta desde 2005 e dentre eles estão a Argentina e o Peru. Já os países 
que possuem alta chance de atingirem o objetivo até 2015 incluem o Brasil, Bolívia e 
Colômbia. Quanto à perspectiva em alcançar a alfabetização de adultos em 2015, dentre os 
países sul americanos, somente a Argentina já atingiu a meta, o Chile tem alta chance de 
alcançar o objetivo até 2015 e o Brasil está em risco de não atingi-lo. 
Já na perspectiva do Relatório do Desenvolvimento Humano 2013 realizado pelo 
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), os países da América do Sul 
apresentaram resultados satisfatórios estando entre os que possuem desenvolvimento humano 
muito elevado – Chile (40º colocado) e Argentina (45º colocado) – e os que configuram 
desenvolvimento humano apenas elevado – Uruguai (51º colocado), Peru (77º colocado), 
Brasil (85º colocado), Equador (89º) e Colômbia (91º). Dentre os indicadores a serem 
observados, será fundamental retratar a taxa de alfabetização de adultos, nos quais o Chile 
apresenta a taxa de 98,6%, Argentina 97,8% e Brasil 90,3%. Outro indicador relevante é a 
taxa de satisfação com a qualidade da educação, sendo que o Chile aparece com o índice de 
44%, a Argentina 62,6% e Brasil 53,7%. Quanto à taxa de abandono escolar no ensino 
primário, o Chile apresenta o índice de 2,6%, Argentina 6,2% e Brasil 24,3%. 
Por fim, a avaliação da qualidade de ensino se vincula aos resultados do Programa 
Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) instituído pela Organização para a Cooperação 
e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que a cada três anos aplicam uma prova que mede o 
desempenho do aluno nas seguintes disciplinas: leitura, matemática e ciência. Segundo os 
resultados apresentados na última prova, em 2012, dentre as 65 nações avaliadas, os países da 
América do Sul tiveram um desempenho ruim, ocupando as últimas colocações no ranking 
geral. Neste sentido, destaca-se o Chile que apresentou o melhor resultado, ocupando a 51º 
colocação com as seguintes notas: 441 em leitura, 423 em matemática e 445 em ciência. Já o 
Brasil ocupou a 58º colocação com as notas: 410 em leitura, 391 em matemática e 405 em 
ciência. A Argentina veio na posição seguinte, 59º colocação, com as seguintes notas: 396 em 
leitura, 388 em matemática e 406 em ciência. É importante mencionar que todos os países sul 
americanos ficaram abaixo da média da OCDE que são as notas: 496 em leitura, 494 em 
matemática e 501 em ciência. 
 
7 CONCLUSÃO 
Com a análise expositiva sobre as legislações que efetivam o direito à educação no 
Brasil, Chile e Argentina constante no presente trabalho, ficou claro a diversidade de sistemas 
e formas de garantir esse direito social e da personalidade com êxito. Tratou-se da história do 
direito educacional em cada país e suas dificuldades enfrentadas até chegar ao patamar 
legislativo atual, principalmente após as ditaduras. Observou-se também a integração 
internacional entre os três Estados por meio de tratados e convenções internacionais que 
unificam a base normativa do ordenamento jurídico dos Estados Parte. 
Após disposições introdutórias, foram estudadas as organizações educacionais nos 
países sul americanos objetos do trabalho, trazendo explanações sobre seus respectivos níveis 
de ensino. Neste diapasão, esclareceu-se o dever do Estado para com a educação, bem como 
suas competências para administração e organização do sistema educacional local; a 
fiscalização dos recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino também foi 
abordada. Por fim, uma análise com base em dados oficiais, portanto neutra e realista, pode 
fazer com que ficassem claros os patamares de qualidade de ensino de cada país. 
A educação é necessária e de suma importância para que se forme um cidadão 
consciente, um trabalhador habilidoso e um ser humano plenamente satisfeito. Evita a 
alienação e a robotização humana. Conclui-se que finalmente o direito à educação foi 
reconhecido como um direito social fundamental e integrante essencial de uma democracia. 
Sua efetivação vem sendo trabalhada ao longo dos anos e as legislações chamam cada vez 
mais atenção a isso. De formas distintas, o presente trabalho mostrou que todas as legislações 
estudadas visam um princípio primitivo: a dignidade da pessoa humana por meio da 
educação. 
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