Buscar

geriatria completa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
273
MED RESUMOS 2011
ARLINDO UGULINO NETTO 
LUIZ GUSTAVO C. BARROS € YURI LEITE ELOY
MEDICINA – P8 – 2011.1
GERIATRIA
REFERÊNCIAS
1. Material baseado nas aulas ministradas pela Professora Januária Medeiros na FAMENE durante o período letivo 
de 2011.1.
2. PERRACINI, M. R. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
274
MED RESUMOS 2011
NETTO, Arlindo Ugulino; ELOY, Yuri Leite.
GERIATRIA
INTRODUÇÃO À GERIATRIA
(Professora Janu€ria Medeiros de Queiroga)
Medicina geri€trica ou Geriatria  o ramo da medicina que foca o estudo, 
a preven‚ƒo e o tratamento de doen‚as e da incapacidade em idades avan‚adas. 
O termo deve ser distinto de gerontologia, que  o estudo do envelhecimento em 
si. Geriatras sƒo mdicos especializados no cuidado com o idoso e t„m a sua 
forma‚ƒo vari€vel em diferentes pa…ses, mas geralmente esta passa por uma 
forma‚ƒo generalista (medicina interna, medicina de fam…lia, etc.) e a seguir sƒo 
treinados nos aspectos espec…ficos da sa†de do idoso. 
O estudo da Geriatria se faz importante diante dos dados epidemiol‡gicos 
atuais, que mostram um evelhecimento generalizado da popula‚ƒo mundial, uma 
vez que esta faixa et€ria  caracterizada por comportamento e patologias 
diferenciadas, o que faz com que a abordagem para com o paciente idoso deve 
ser diferenciada.
CONSIDERA‚ES GERAIS
As pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat…stica), ao longo dos anos, v„m demonstrando um 
aumento consider€vel do n†mero de pacientes idosos. Isso se deve particularmente aos seguintes motivos: (1) as 
fam…lias estƒo tendo menos filhos e, com isso, proporcionalmente, os idosos ficam em maior n†mero; (2) o aumento da 
expectativa de vida, com melhorias da sa†de p†blica e pol…ticas de preven‚ƒo; (3) descoberta dos antibi‡ticos e v€rios 
outros medicamentos; (4) intensifica‚ƒo dos cuidados com a sa†de do homem; etc.
Diante disso, foi necess€rio criar uma especialidade mdica que se responsabilizasse com a sa†de do idoso, j€ 
que, essa parcela da popula‚ƒo vem crescendo e est€ predisposta a uma srie de doen‚as. Com isso, foi criada a 
Geriatria – especialidade m‚dica que tem como principal objetivo se preocupar com a saƒde do idoso (acima de 60 anos 
de idade), preocupando-se com o diagn„stico, tratamento e preven…†o das principais doen…as que acometem essa faixa 
et€ria.
Entretanto, antes da cria‚ƒo da Geriatria, criou-se a Gerontologia (Gero – Velhice; logia – estudo). Podemos 
definir a Gerontologia como todo e qualquer profissional que estude a “velhice”, ou seja, nƒo se restringe somente ao 
mdico, estando incluindo tambm, o fisioterapeuta, psic‡logo, enfermeira. 
OBS1: Termos adicionais:
 Senescência: envelhecimento normal
 Senilidade: envelhecimento patol‡gico
 Gerontologia: estudo do envelhecimento
HISTƒRICO
 1903 – Elie Metchnikoff (Fran‚a)
 1909 – Ignatz Nascher (EUA) 
 Sculo XX – surgimento de grande n†mero de estudos com interesse no envelhecimento devido ao aumento de 
idosos 
 Cria‚ƒo da Sociedade Americana de Geriatria – 1942
 Cria‚ƒo da Sociedade Brasileira de Geriatria – 1961
 Cria‚ƒo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – 1968
 Primeiro servi‚o universit€rio: 1975 – Universidade Cat‡lica do RS
 Primeira resid„ncia mdica: 1975 - Servi‚o de Geriatria do HC- SP
 Disciplina obrigat‡ria na faculdade: 1992 – Universidade de Sƒo Paulo 
ENVELHECIMENTO
O envelhecimento pode ser explicado por dois conceitos distintos: (1) conceito simplista:  o processo pelo qual
o jovem se transforma em idoso; (2) conceito biol‡gico: sƒo fen‹menos que levam Œ redu‚ƒo da capacidade de 
adapta‚ƒo a sobrecargas funcionais. Portanto, o envelhecimento pode ser definido como uma srie mudan‚as 
morfofuncionais ao longo da vida que comprometem a capacidade de resposta dos indiv…duos ao estresse ambiental e a 
manuten‚ƒo da homeostasia.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
275
Consiste em um processo dinâmico e progressivo com mudanças morfológicas, funcionais, bioquímicas, 
psicológicas, que determinam uma perda da capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente, causando maior 
vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos, que terminam por levá-lo à morte. (Papaleo 1996).
Outros autores definem envelhecimento como a redução da capacidade de adaptação homeostática, perante 
situações de sobrecarga funcional do organismo (Confort 1979). Ou mesmo, consiste na última etapa da vida.
Em termos mais simples, o envelhecimento é um fato inevitável, que acontece com a maioria das coisas, 
inerente à passagem do tempo. O processo de envelhecimento ocorre devido a atuação de fatores internos e externos. 
 Os fatores internos são aqueles inevitáveis, ou seja, são decorrentes das mudanças fisiológicas do organismo, 
tais como:
 Mecanismos de morte, regeneração e divisão celular 
 Reações bioquímicas 
 Oxidação. 
 Os fatores externos são aqueles que influenciam e aceleram o processo de envelhecimento, e podem ser 
modificados quando se atua sobre mudanças comportamentais. Entre os principais, temos: 
 Mudanças térmicas 
 Água 
 Radiação solar
 Traumatismos 
 Microorganismos 
 Insetos
 Alimentação
Como foi dito, o envelhecimento depende de 
vários fatores que estão divididos em externos e 
internos. Esses fatores atuam em uma base genética 
e determinam o processo de envelhecimento do 
organismo.
O processo de envelhecimento é 
determinado por uma série de alterações funcionais, 
celulares e moleculares. Isso determina uma perda 
da capacidade de manutenção do equilíbrio 
homeostático, predispondo o organismo à uma maior 
incidência de doenças.
Com relação a isso, quanto mais um 
paciente é exposto a processos patológicos, mais se
intensifica o processo de envelhecimento; daí a 
importância da realização de uma política preventiva, 
especialmente em relação a doenças crônicas como 
hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes.
PARTICULARIDADES DO ENVELHECIMENTO
Deve-se salientar que o envelhecimento é um processo constitucional de cada indivíduo e o processo de 
intensificação se deve a atuação, ao longo da vida, dos fatores internos e externos citados anteriormente. Sobre isso, 
podemos observar um paciente tabagista, alcoolista, hipertenso e diabético com 45 anos que, fisiologicamente, é mais 
velho que um paciente de 70 anos sem qualquer co-morbidade.
Desta forma, devemos salientar que o envelhecimento não ocorre de forma igualitária em todos os sistemas do 
organismo. Obviamente um paciente tabagista terá um envelhecimento do sistema cardiopulmonar mais rápido que os 
demais. Da mesma forma um alcoolista terá um processo degenerativo do TGI e hepático mais intenso que o pulmonar, 
por exemplo.
CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS NAS MUDANÇAS DO ENVELHECIMENTO
Podemos associar o processo de envelhecimento a mudanças inerentes ao tempo e que devem obedecer aos 
seguintes critérios:
 Devem ser deletérias: reduzir a funcionalidade.
 Devem ser progressivas: estabelecer gradualmente.
 Devem ser intrínsecas: o ambiente tem forte influência sobre o aparecimento e velocidade dessas mudanças, 
apesar de não ser a sua causa.
 Devem ser universais: dentro de uma mesma espécie.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
276
SENESCÊNCIA VERSUS SENILIDADE
 Senescência, eugeria ou envelhecimento primário: constitui um grupo de alterações fisiológicas já esperadas 
para o organismo, resultado do processo de envelhecimento e que é inevitavelmente inerente a uma certa idade, 
o que inclui as seguintes alterações:
Distúrbios Visuais
 Surdez
 Fraqueza Muscular
 Marcha lenta
 Senilidade, patogeria ou envelhecimento secundário: alterações produzidas pelas doenças que podem 
acometer o idoso.
 Longevidade: tempo transcorrido entre a vida e a morte.
OBJETIVOS DA GERIATRIA
 Manutenção da Saúde em idades avançadas
 Manutenção da funcionalidade
 Prevenção de doenças
 Detecção e tratamento precoce
 Promover o máximo grau de independência
 Cuidado e apoio durante doenças terminais
 Tratamentos seguros
EPIDEMIOLOGIA
Atualmente, a ONU considera que a 
humanidade vive uma Era do Envelhecimento, 
que teve início em 1975, quando se observou a 
necessidade de ter uma abordagem mais 
adequada do idosos, assim como, uma 
especialidade médica voltada para essa
população, estendendo até 2025, em que 
acredita-se ter o maior número de idosos já 
registrados. De acordo com a ONU, a vida 
média da população em geral ao longo da 
História ocorreu da seguinte forma:
 Período Greco Romano:18 a 25 anos
 Secúlo XVII Europa: 28 a 30 anos
 Secúlo XVIII Europa: 30 a 45 anos
 Secúlo. XX França (1900): 52 anos
 Secúlo XXI Europa (2000): 70 anos
Com isso, percebe-se um maior crescimento da população idosa com relação às demais. Segundo dados do 
IBGE, estima-se que a população idosa Brasileira esteja em torno de 15 milhões, desde o último censo de 2000, 
representando 9% da população. Em 2020 estima-se que essa porcentagem esteja em torno de 18%. 
Podemos dizer que a causa base para todo esse processo de expansão da população idosa, se deve aos 
seguintes fatores:
 Alta fecundidade no passado (décadas de 50 e 60);
 Redução de mortalidade;
 Lançamento de políticas de saúde pública (saneamento, vacinas);
 Avanço tecnológico.
Além disso, percebeu-se que as mulheres têm uma expectativa de vida mais elevada a que dos homens, 
especialmente com os cuidados que a mesma possui ao longo de sua vida, por exemplo, consultas frequentes ao 
ginecologista, não envolvimento com violência etc. Esse fato gera uma maior demanda na saúde pública, uma vez que, 
viver mais, não quer dizer viver melhor: este grupo é mais acometido por patologias debilitantes (físicas e/ou mentais).
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
277
PERSPECTIVAS FUTURAS
ESTADO CONJUGAL
 Homens
 Casados: 79,1%
 Separados: 5,6 %
 Vi†vos: 11,7%
 Solteiro: 3,6 %
 Mulheres
 Casados: 40,5%
 Separados: 7 %
 Vi†vos: 45,3%
 Solteiro: 7,1 %
Tais dados mostram que o homem, assim que se separa, tende a procurar uma nova parceira; j€ a mulher, uma 
vez vi†va, tende a permanecer solteira.
PRINCIPAIS PROBLEMAS
 Gastos da previd„ncia – aposentadorias e penses
 Utiliza‚ƒo de servi‚os p†blicos, como os Hospitais (maior tempo de interna‚ƒo)
 Grande aumento de idosos
 Baixo n…vel s‡cio econ‹mico
 Baixo n…vel educacional
 Alta preval„ncia de doen‚as cr‹nicas e incapacitantes
PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE
 Doen‚as do aparelho circulat‡rio: IAM, AVC
 Doen‚as do aparelho respirat‡rio: DPOC, Pneumonia
 Neoplasias
 Doen‚as end‡crinas: Diabetes
CONSIDERA‚ES FINAIS
Como conclusƒo, podemos dizer que o envelhecimento nada mais  que uma fase da vida do ser humano 
caracterizada por uma srie de mudan‚as mentais e f…sicas. Diante dessa perda da capacidade funcional orgŽnica e 
maior predisposi‚ƒo a doen‚as, a atua‚ƒo da Geriatria nƒo se restringe somente ao idoso, mas tambm em outras 
faixas et€rias, com intuito de promover um envelhecimento saud€vel para tais pessoas. 
Entre as principais medidas temos:
 Prevenção Primária: Estilo de vida, Nutri‚ƒo, Exerc…cio, Repouso, Vacinas, Controle da obesidade, Tabagismo.
 Prevenção Secundária: Preven‚ƒo de doen‚as e complica‚es cardiovasculares, cŽncer (pr‡stata, mama 
†tero, pulmƒo) dist†rbios Metab‡licos e nutri‚ƒo
 Prevenção Terciária: Prevenir recidivas de quadros j€ existentes ou tratados e seu impacto na qualidade de 
vida, reeduca‚ƒo de estilo de vida e preven‚ƒo.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
278
MED RESUMOS 2011
NETTO, Arlindo Ugulino; ELOY, Yuri Leite.
GERIATRIA
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO IDOSO
(Professora Januária Medeiros de Queiroga)
A avaliação clínica do idoso difere das outras especialidades, pois ela não se restringe somente a realização de 
um exame voltada para um grupo de patologias específicas; na Geriatria, espera-se realizar uma avaliação completa da 
função orgânica e ainda avaliação do estado mental do paciente.
Além disso, é importante salientar que a avaliação clínica do paciente idoso deve ser multidisciplinar, envolvendo 
diversos outros profissionais da saúde tais como: Psicólogos, Fisioterapêutas, Terapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogos.
Com isso, podemos dizer que a avaliação completa do Idoso é feita através da abordagem de uma equipe 
multidisciplinar, tendo como intenção avaliar todas as funções físicas e mentais desse paciente. A forma com que o 
médico geriatra faz a avaliação desses pacientes é denominada de Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), que se 
diferencia das demais abordagens semiológicas por ser complementada por Escalas de Avaliação voltadas para o idoso.
Em resumo, a AGA consiste, basicamente, na análise dos seguintes parâmetros:
I. Anamnese
II. Exame físico
III. Escalas de Avaliação: complementam a anamnese
 Finalidades: diagnosticar patologias utilizando como base critérios pré-estabelecidos na literatura.
 Avaliar as funções:
Física 
Cognitiva
Emocional 
Social
ANAMNESE
A anamnese não difere dos conceitos básicos da semiologia médica e, portanto, é composta pelos seguintes 
tópicos:
1. Identificação: Nome; Idade; Sexo; Estado civil; Naturalidade. 
2. Queixa principal (QP) e duração: é a principal queixa que levou o paciente a procurar o médico.
3. História da doença atual (HDA): é a parte principal da anamnese e costuma ser a chave-mestra para se chegar 
ao diagnóstico de certas patologias. Neste momento, devemos determinar o início do sintoma (época, modo, 
causa desencadeante), duração, características do sintoma na época em que teve início (caráter do sintoma; 
localização corporal e irradiação; intensidade; fatores desencadeantes, de piora ou de melhora; relação da 
queixa com funções do organismo), evolução, repercussões do problema sobre a vida do paciente, relação com 
outras queixas, situação do sintoma no momento atual; etc.
4. Interrogatório sistemático: constitui um complemento da história da doença atual. Permite levantar 
possibilidades e reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na 
HDA. Também ajuda a confirmar ou afastar possibilidades diagnósticas sugeridas pelos sintomas presentes. 
Sugere-se a sistematização proposta a seguir: Sintomas gerais; Cabeça e pescoço; Tórax; Sistema 
gastrintestinal; Sistema genitourinário; Sistema hemolinfopoiético; Sistema endócrino e metabólico; Sistema 
musculoesquelético; Sistema nervoso; Exame psíquico e avaliação das condições emocionais.
5. Antecedentes pessoais fisiológicos 
 Antecedentes de quedas no último ano 
 Independência para atividades de vida diária (AVD): banho, alimentação, deambulação; 
 Queixa de solidão; 
 Antecedente de viuvez
 Aposentadoria 
6. Antecedentes Pessoais Patológicos
 Doenças da Infância (embora geralmente não se lembram).
 Doenças apresentadas na vida adulta
 Cirurgias
 Hospitalizações: época, diagnóstico
 Medicações atuais e passadas
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
279
7. Antecedentes Familiares
 Hist‡ria de Dem„ncia na fam…lia
 Hipertensƒo
 Diabetes
 Depressƒo
8. Hábitos e costumes
 Tabagismo
 Alcoolismo
 Depend„ncia de drogas ou f€rmacos
OBS1: Na HDA geri€trica percebe-seuma dificuldade maior para se estabelecer uma cronologia correta da doen‚a atual, 
uma vez que, na maioria das vezes, os pacientes t„m uma tend„ncia de fugir da queixa principal, correlacionando com 
hist‡rias paralelas muitas vezes sem importŽncia cl…nica. Entretanto, nos pacientes idosos, esse fato tem grande 
importŽncia, pois geralmente pode indicar dist†rbios mentais, ou algumas vezes, a “dor” pode ser somente um motivo 
para aten‚ƒo.
EXAME F„SICO GERAL
A avalia‚ƒo do estado geral do paciente, da hidrata‚ƒo, dos sinais de insufici„ncia de ‡rgƒos ou sistemas  
fundamental para a correta interpreta‚ƒo das patologias na faixa et€ria idosa.
Durante o exame f…sico geral do paciente idoso, devemos proceder, pelo menos, com a avalia‚ƒo cardiovascular, 
respirat‡ria, abdominal e neurol‡gica. Os dados obtidos ao exame f…sico devem ser complementadas com os achados as 
escalas.
ESCALAS DE AVALIA…O
Essas escalas sƒo utilizadas principalmente para realiza‚ƒo de pesquisas cient…ficas, ou ainda, para avalia‚ƒo se 
o idoso necessita ou nƒo de um cuidador. Alm disso, elas podem servir como critrios diagn‡sticos de certas 
patologias.
Dessa forma, podemos dizer 
que as escalas de avalia‚ƒo t„m 
como inten‚ƒo principal avaliar a 
capacidade funcional do idoso. As 
duas escalas de avalia‚ƒo geral mais 
utilizadas sƒo as de Katz e Barthel.
O ndice de Katz, por 
exemplo, foi utilizado para avalia‚ƒo 
das AVDs relacionadas com os 
cuidados pessoais. composto por 06 
atividades b€sicas: banho, vestir-se, 
higiene pessoal, transfer„ncia, 
contin„ncia e alimenta‚ƒo. Uma 
pontua‚ƒo 6 indica que o idoso  
independente, ou seja, possui 
habilidade para desempenhar tarefas 
cotidianas. Uma pontua‚ƒo 4 indica 
uma depend„ncia parcial, podendo o 
idoso requerer ou nƒo aux…lio. Uma 
pontua‚ƒo igual ou inferior a 2 implica 
na necessidade de assist„ncia, 
indicando uma depend„ncia 
importante.
Outras escalas mais espec…ficas sƒo utilizadas na geriatria com o intuito de diagnosticar certas condi‚es de 
an€lise subjetiva, como a depressƒo, a dem„ncia de Alzheimer, a dem„ncia vascular, alm do Mini Exame do Estado 
Mental, que consiste em um teste neurol‡gico e de cogni‚ƒo bastante simples, tanto na sua aplica‚ƒo quanto na sua 
interpreta‚ƒo.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
280
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA (YESAVAGE)
É uma escala de fácil aplicação, podendo ser executada em cerca de 5 a 15 minutos, sendo ela aplicada pelo 
médico e direcionada ao paciente. Ela consta de 30 perguntas com respostas de Sim ou Não. As perguntas devem ser 
respondidas de acordo com os acontecimentos da última semana.
De acordo com os resultados, podemos interpretá-los da seguinte forma:
 Normal: 5 (±4)
 Leve: 14 (±6).
 Intensa: 23 (±5).
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)
O MEEM consiste em um teste padronizado que pode ser utilizado durante a anamnese para uma avaliação um 
pouco mais profunda do paciente. É um teste bastante simples, tanto na sua aplicação quanto na sua interpretação. 
O Miniexame do Estado Mental, frequentemente usado para quantificar a função cognitiva, é limitado pela falta 
de um elemento de linguagem verdadeiro e pela incapacidade de teste para a maioria das disfunções do lobo frontal, por 
exemplo. Além disto, o nível de escolaridade, evidentemente, interfere nos resultados do exame, sendo sempre o bom 
senso levado em consideração.
Tem, portanto, como intenção avaliar o estado mental do paciente, baseando-se na realização de perguntas e 
testes pré-determinados. O total possível é de 30 pontos; dizemos que o paciente está dentro do padrão de normalidade 
quando possui uma pontuação entre 24 a 30 pontos e anormal com pontuação inferior a 24, devendo-se assim iniciar 
uma investigação mais específica. 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
281
Esta escala tem, entretanto, algumas limita‚es, como o nível de escolaridade, o que pode variar a pontua‚ƒo 
obtida mesmo na aus„ncia de patologias espec…ficas. Desta forma, atualmente, faz-se algumas corre‚es quanto aos 
seus pontos de corte. Observe:
 Total de 30 pontos poss…veis
 26 – 30: normal 
 Pontuação < 25: investigar 
 Limita‚es:
 Corre‚ƒo do ponto de corte segundo o n…vel de escolaridade: 
- 13 pontos para analfabetos
- 18 pontos para indiv…duos entre 1-7 anos
- 26 pontos para indiv…duos com 8 ou mais anos
 Tem baixa sensibilidade para pacientes com dficits discretos 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
282
MED RESUMOS 2011
NETTO, Arlindo Ugulino; ELOY, Yuri Leite.
GERIATRIA
DEPRESSÃO
(Professora Januária Medeiros de Queiroga)
A depressƒo constitui a enfermidade mental mais frequente no idoso, comprometendo intensamente sua 
qualidade de vida, sendo considerada um fator de risco para processos demenciais.  uma condi‚ƒo que coloca em 
risco a vida, sobretudo daqueles que t„m alguma doen‚a cr‹nico-degenerativa ou incapacitante, pois h€ uma influ„ncia 
rec…proca na evolu‚ƒo cl…nica do paciente. 
As estratgias de tratamento mais utilizadas sƒo psicoterapia, interven‚ƒo medicamentosa e exerc…cio f…sico. A 
atividade f…sica, quando regular e bem planejada, contribui para a minimiza‚ƒo do sofrimento ps…quico do idoso 
deprimido, alm de oferecer oportunidade de envolvimento psicossocial, eleva‚ƒo da auto-estima, implementa‚ƒo das 
fun‚es cognitivas, com sa…da do quadro depressivo e menores taxas de reca…da. Uma das vantagens do exerc…cio f…sico 
 o efeito positivo tambm na preven‚ƒo e tratamento de outros agravos comuns nas pessoas idosas. Prope-se que as 
administra‚es municipais organizem programas de atividade f…sica, alm da inclusƒo exerc…cios f…sicos nas 
programa‚es dos Grupos de Terceira Idade.
De forma mais espec…fica, podemos conceituar a depressƒo como um transtorno da área afetiva de natureza 
multifatorial. No idoso pode se manifestar de v€rias formas:
 Queixas vagas de cansa‚o ou fadiga
 Queixas de doen‚as ou dist†rbios m†ltiplo, vagos e sem associa‚ƒo fisiopatol‡gica comum
 Esquecimento
 Altera‚ƒo do sono
 Exacerba‚ƒo de uma doen‚a de base
 Tristeza profunda
EPIDEMIOLOGIA
 Atualmente, a depressƒo consiste na quarta causa de incapacita‚ƒo em n…vel mundial.
 Em 2020: a OMS prev„ que Transtorno Depressivo ser€ a segunda maior causa de falta ao trabalho e uma das 
mais importantes do ponto de vista epidemiol‡gico (depois de doen‚as do cora‚ƒo, cŽncer e acidentes de 
trŽnsito)
 No idoso: sintomas depressivos 17-30 %, depressƒo maior em 1 a 3%.
 Jovem ‘ Idoso: menos idias suicidas, mais perda de peso
 Frequentemente nƒo  diagnosticada
FATORES DE RISCO
As causas de depressƒo no idoso configuram-se dentro de um conjunto amplo de componentes onde atuam 
fatores genticos, eventos vitais (como luto e abandono) e doen‚as incapacitantes, entre outros. Cabe ressaltar que a 
depressƒo no idoso frequentemente surge em um contexto de perda da qualidade de vida associada ao isolamento 
social e ao surgimento de doen‚as cl…nicas graves.
Enfermidades cr‹nicas e incapacitantes constituem fatores de risco para depressƒo. Sentimentos de frustra‚ƒo 
perante os anseios de vida nƒo realizados e a pr‡pria hist‡ria do sujeito marcada por perdas progressivas - do 
companheiro, dos la‚os afetivos e da capacidade de trabalho - bem como o abandono, o isolamento social, a 
incapacidade de reengajamento na atividade produtiva, a aus„ncia de retorno social do investimento escolar, a 
aposentadoria que visa apenas os recursos m…nimos de sobreviv„ncia, sƒo fatores que comprometem a qualidade de 
vida e predispem o idoso ao desenvolvimento de depressƒo.
Dentre as causas que foram citadas anteriormente, devemos dar destaque Œs polipatologias que acometem os 
pacientes idosos,tais como: osteoporose, fraqueza muscular, etc. Essas patologias levam a uma limita‚ƒo funcional 
que, dependendo da gravidade pode se tornar muito intensa a ponto de deprimir severamente o idoso. Como foi dito a 
respeito dos conceitos de envelhecimento, o idoso sofre uma perda funcional gradativa, que organicamente  
caracterizada por uma redu‚ƒo do n†mero de neur‹nios e neurotransmissores tais como: serotonina (conhecido como 
“neurotransmissor da felicidade”) e noraepinefrina.
Alm disso, ocorre uma altera‚ƒo do ciclo sono-vig…lia. Esse fato  importante, pois, geralmente os idosos 
atingem apenas um sono “leve”, e nƒo o sono REM como esperado. Alm disso, h€ uma redu‚ƒo dr€stica das horas de 
sono, enquanto um jovem dorme em torno de 8 a 9 horas, o idoso est€ em torno de 3 a 4 horas.
Outra condi‚ƒo importante  a sensa‚ƒo da proximidade da morte, especialmente com a morte de parentes da 
mesma faixa et€ria, tais como: falecimento de irmƒos, primos, viuvez etc.
Outras situa‚es psicossociais j€ foram citadas, e as que merecem destaque sƒo: menor renda, desamparo, 
Institucionaliza‚ƒo, solidƒo.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
283
DIAGNƒSTICO
CLÍNICO
O diagn‡stico da depressƒo passa por v€rias etapas: anamnese detalhada, com o paciente e com familiares ou 
cuidadores, exame psiqui€trico minucioso, exame cl…nico geral, avalia‚ƒo neurol‡gica, identifica‚ƒo de efeitos adversos 
de medicamentos, exames laboratoriais e de neuroimagem. Estes sƒo procedimentos preciosos para o diagn‡stico da 
depressƒo, interven‚ƒo psicofarmacol‡gica e progn‡stica, especialmente em fun‚ƒo da maior preval„ncia de 
comorbidades e do maior risco de morte.
Em pacientes idosos, alm dos sintomas comuns, a depressƒo costuma ser acompanhada por queixas
som€ticas, hipocondria, baixa auto-estima, sentimentos de inutilidade, humor disf‡rico, tend„ncia autodepreciativa, 
altera‚ƒo do sono e do apetite, idea‚ƒo paran‡ide e pensamento recorrente de suic…dio (cabe lembrar que nos pacientes 
idosos deprimidos o risco de suic…dio  duas vezes maior do que nos nƒo-deprimidos).
De acordo com o que foi dito a respeito dos sinais e sintomas de depressƒo, conclui-se que podem ser 
extremamente at…picos no idoso. Por isso destacamos alguns sintomas que devem levantar a suspeita de depressƒo no 
idoso. Com isso, temos:
 Cansa‚o e DesŽnimo;
 Observar as queixas e o modo de vestir:
 H€ descuido com a apar„ncia? Higiene?
 Indiferen‚a? Voz arrastada?
 Pode haver somatiza‚ƒo:
 Dores, dispnia, esquecimento
 Taquicardia, palpita‚ƒo
 Tonturas, vertigem
ESCALAS DE AVALIAÇÃO
As principais escalas utilizadas para avalia‚ƒo cl…nica da Depressƒo sƒo as que seguem:
 Escala de Depressƒo de Hamilton
 Invent€rio de Depressƒo de Beck
 Escala de Depressƒo Geri€trica
 Escala da Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders IV (DSM – IV)
As escalas de depressƒo desempenham um importante papel para o diagn‡stico de depressƒo no idoso, uma 
vez que, os sinais e sintomas cl…nicos sƒo at…picos, podendo ou nƒo haver somatiza‚ƒo. Com isso, podemos dizer que 
elas constituem elementos importantes para o diagn‡stico, evolu‚ƒo (acompanhamento cl…nico) e ainda efic€cia da 
terapia.
DSM - IV
Uma forma simples e pr€tica de e estabelecer o diagn‡stico de depressƒo no idoso  feita com a tabela dada 
pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders IV (DSM – IV). Alm do diagn‡stico a tabela permite fazer um 
acompanhamento cl…nico do paciente.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
284
Na tabela a seguir, observa-se diversos sinais cl…nicos de depressƒo, enumerados de 1 a 9. Para que seja 
estabelecida a depressƒo o paciente deve ter pelo menos 5 desses critrios, desde que, estejam presentes, por pelo 
menos 2 semanas, um dos seguintes sintomas: “humor deprimido” e/ou “perda de interesse ou prazer”.
 importante salientar que esses sintomas nƒo t„m nenhuma importŽncia cl…nica naqueles pacientes com 
patologias de base, em uso de medicamentos depressores do SNC ou situa‚es de luto (consideradas at 2 – 3 meses 
ap‡s ‡bito de um ente querido). Alm disso, os sinais e sintomas devem obrigatoriamente ocasionar um sofrimento ao 
idoso.
Escala de depressão de Hamilton.
 uma escala que faz uma avalia‚ƒo completa do paciente, entretanto, tem o inconveniente de ser muito extensa 
e demorada, e ainda, possui questionamentos que invadem a vida pessoal do paciente, podendo suscitar decep‚es e 
choros (por esta razƒo, nƒo  muito utilizada na pr€tica cl…nica). Tem sua importŽncia na possibilidade de graduar a 
intensidade da depressƒo (em leve, moderada, grave e muito grave).  feita pelo mdico, que deve interrogar o paciente.
Ela consiste em 21 itens com uma pontua‚ƒo de 0 a 50 pontos. Os resultados obtidos podem ser:
 Normal: < 7
 Depressƒo leve: 8-13
 Depressƒo moderada: 14-18
 Depressƒo grave: 19-22
 Depressƒo muito grave: acima de 23
Escala de Hamilton
1. Humor Deprimido (Tristeza, desesperança, desamparo, inutilidade) 
– 0. Ausente. 
– 1.Sentimentos relatados apenas ao ser inquirido. 
– 2.Sentimentos relatados espontaneamente com palavras. 
– 3.Comunica os sentimentos nƒo com palavras, isto , com a expressƒo facial, a postura, a voz e a 
tend„ncia ao choro. 
– 4. Sentimentos deduzidos da comunica‚ƒo verbal e nƒo-verbal do paciente. 
2. Sentimentos de culpa 
– 0. Ausente 
– 1. Auto-recrimina‚ƒo; sente que decepcionou os outros. 
– 2. Idias de culpa ou rumina‚ƒo sobre erros passados ou m€s a‚es. 
– 3. A doen‚a atual  um castigo. 
– 4. Ouve vozes de acusa‚ƒo ou den†ncia e/ou tem alucina‚es visuais amea‚adoras. 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
285
3. Suicídio 
– 0. Ausente. 
– 1. Sente que a vida não vale a pena. 
– 2. Desejaria estar morto ou pensa na probabilidade de sua própria morte. 
– 3. Idéias ou gestos suicidas. 
– 4.Tentativa de suicídio ( qualquer tentativa séria, marcar 4).
4. Insônia inicial 
– 0. Sem dificuldades para conciliar o sono. 
– 1. Queixa-se de dificuldade ocasional para conciliar o sono, isto é, mais de meia hora. 
– 2. Queixa-se de dificuldade para conciliar o sono todas as noites. 
5. Insônia intermediária 
– 0. Sem dificuldades. 
– 1. O paciente se queixa de inquietude e perturbação durante a noite. 
– 2. Acorda à noite - qualquer saída da cama marcar 2( exceto p/ urinar). 
6. Insônia tardia 
– 0. Sem dificuldades. 
– 1. Acorda de madrugada, mas volta a dormir 
– 2. Incapaz de voltar a conciliar o sono se deixar a cama.
7. Trabalho e atividades 
– 0. Sem dificuldades. 
– 1. Pensamento e sentimentos de incapacidade, fadiga ou fraqueza relacionada a atividades, trabalho ou 
passatempos. 
– 2. Perda de interesse por atividades (passatempos ou trabalho) quer diretamente relatada pelo 
paciente, quer indiretamente por desatenção, indecisão e vacilação (sente que precisa esforçar-se para 
o trabalho ou atividade). 
– 3. Diminuição do tempo gasto em atividades ou queda de produtividade. No hospital, marcar 3 se o 
paciente não passar ao menos 3 horas por dia em atividades externas (trabalho hospitalar ou 
passatempo). 
– 4. Parou de trabalhar devido à doença atual. No hospital, marcar 4 se o paciente não se ocupar com 
outras atividades, além de pequenas tarefas do leito, ou for incapaz de realizá-las sem ajuda.
8. Retardo (lentidão de idéias e fala; dificuldade de concentração; atividade motora diminuída) 
– 0. Pensamento e fala normais. 
– 1. Leve retardo à entrevista. 
– 2. Retardo óbvio à entrevista. 
– 3. Entrevista difícil. 
– 4. Estupor completo.
9. Agitação 
– 0. Nenhuma. 
– 1. Inquietude. 
– 2. Brinca com as mãos, com os cabelos,etc. 
– 3. Mexe-se, não consegue sentar quieto. 
– 4. Torce as mãos, rói as unhas,puxa os cabelos, morde os lábios. 
10. Ansiedade psíquica 
– 0.Sem dificuldade. 
– 1. Tensão e irritabilidade subjetivas. 
– 2. Preocupação com trivialidades. 
– 3. Atitude apreensiva aparente no rosto ou na fala. 
– 4. Medos expressos sem serem inquiridos. 
11. Ansiedade somática 
– Concomitantes fisiológicos de ansiedade, tais como: gastrointestinais: boca seca, flatulência, indisgestão, diarréia, 
cólicas, eructação; Cardiovasculares: palpitações, cefaléia; Respiratórios: hiperventilação, suspiros; Freqüência 
urinária; Sudorese 
– 0. Ausente : 
– 1. Leve 
– 2. Moderada 
– 3. Grave 
– 4. Incapacitante 
12. Sintomas somáticos gastrintestinais 
– 0. Nenhum 
– 1. Perda de apetite, mas alimenta-se voluntariamente. Sensações de peso no abdome
– 2. Dificuldade de comer se não insistirem. Solicita ou exige laxativos ou medicações para os intestinos 
ou para sintomas digestivos. 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
286
13. Sintomas somáticos em geral 
– 0. Nenhum 
– 1. Peso nos membros, nas costas ou na cabeça. Dores nas costas, cefaléia, mialgias. 
– Perda de energia e cansaço. 
– 2. Qualquer sintoma bem caracterizado e nítido, marcar 2. 
14. Sintomas genitais 
– Sintomas como: perda da libido, distúrbios menstruais 
– 0. Ausentes 
– 1. Leves 
– 2. Intensos
15. Hipocondria 
– 0. Ausente 
– 1. Auto-observação aumentada (com relação ao corpo) 
– 2. Preocupação com a saúde 
– 3. Queixas freqüentes, pedidos de ajuda,etc. 
– 4. Idéias delirantes hipocondríacas. 
16. Perda de peso (Marcar A ou B) 
– A - Quando avaliada pela história clínica 
 0. Sem perda de peso. 
 1. Provável perda de peso associada à moléstia atual. 
 2. Perda de peso definida ( de acordo com o paciente) 
 3. Não avaliada. 
– B - Avaliada semanalmente pelo psiquiatra responsável, quando são medidas alterações reais de peso 
 0. Menos de 0,5 Kg de perda por semana. 
 1. Mais de 0,5 Kg de perda por semana. 
 2. Mais de 1 Kg de perda por semana. 
 3. Não avaliada
17. Consciência 
– 0. Reconhece que está deprimido e doente. 
– 1. Reconhece a doença mas atribui-lhe a causa à má alimentação, ao clima, ao excesso de trabalho, a 
vírus, à necessidade de repouso, etc. 
– 2. Nega estar doente. 
18. Variação diurna 
– A - Observar se os sintomas são piores pela manhã ou à tarde. Caso NÃO haja variação, marcar 
"nenhuma". 
0. Nenhuma 
1. Pior de manhã. 
2. Pior à tarde. 
– B - Quando presente, marcar a gravidade da variação. Marcar "nenhuma" caso NÃO haja 
variação. 
0. Nenhuma. 
1. Leve 
2. Grave 
19. Despersonalização e perda de noção de realidade 
– Tais como: sensações de irrealidade, idéias niilistas 
– 0. Ausente 
– 1. Leve. 
– 2. Moderadas. 
– 3. Graves. 
– 4. Incapacitantes.
20. Sintomas paranóides 
– 0. Nenhum. 
– 1. Desconfiança. 
– 2. Idéias de referência. 
– 3. Delírio de referência e perseguição. 
21. Sintomas obsessivos e compulsivos 
– 0. Nenhum. 
– 1. Leves. 
– 2. Graves.
Somar os pontos obtidos em todos os ítens 
– CONTAGEM TOTAL: ____ (0-50) 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
287
INVENTÁRIO DE DEPRESSÃO DE BECK
A escala de depressão de Beck é mais bem aplicada clinicamente, uma vez que ela é preenchida pelo próprio paciente e 
ainda garante uma graduação da depressão. Consiste em 21 afirmações cada uma com uma pontuação de 0 a 3 pontos.
 Sem diagnóstico prévio: 
 > 15: humor alterado
 > 20: depressão
 Se já diagnosticado como depressivo:
 < 10: sem depressão
 10 - 18: depressão leve a moderada
 19 - 29: depressão moderada a grave
 30 - 63: depressão grave
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA
A escala de depressão geriátrica (reduzida) consiste em 
15 questionamentos bastante práticos, que devem ser dirigidos 
ao paciente. 
Para atribuir os resultados, devemos somar 1 ponto para 
cada resposta igual a dos parêntesis e 0 (zero) para cada 
resposta diferente. Quanto a interpretação dos resultados, temos: 
 Total < 5 pontos: aparentemente normal.
 Total > 5 pontos: suspeita de depressão.
Por ser resumida, tem muita boa aplicabilidade, muito 
embora não seja capaz de fornecer dados objetivos quanto a 
graduação do estado de depressão. Portanto, sua utilização 
serve como um ponto de corte: se mostrar resultados normais, 
definimos que o paciente é normal; se mostrar alterada, devemos 
utilizar a Escala de Depressão de Beck (ou a de Hamilton).
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
288
DEPRESS…O MEDICAMENTOSA
Algumas das seguintes medicações podem causar depressão, e a sua remoção ou substituição pode ser 
fundamental para o tratamento do quadro depressivo:
 Diuréticos
 Propanolol
 Metildopa
 Bloqueadores dos Canais Ca+
 Digitálicos
 Hipoglicemiantes
 Cimetidina
 Haldol
 Clorpromazina
 Benzodiazepínicos (por isso, o Diazepam e o Rivotril não devem ser utilizados 
como anti-depressivos)
 Morfina
 Meperidina
 Agentes quimioterápicos
 Corticóides
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
O tratamento da depressão no idoso tem por finalidade reduzir o sofrimento psíquico causado por esta enfermidade, diminuir 
o risco de suicídio, melhorar o estado geral do paciente e garantir uma melhor qualidade de vida.
Inicialmente, há a necessidade da identificação de fatores que estariam desencadeando o surgimento de um processo 
depressivo, ou mesmo, agravando uma depressão já existente. Assim, é pertinente verificar se o paciente possui alguma doença 
clínica que esteja relacionada com a depressão e observar se o uso de algum medicamento (antiinflamatório, anti-hipertensivo, 
remédio para insônia, etc.) não estaria levando ao surgimento de sintomas depressivos. A seguir, convém investigar aspectos de 
natureza psicológica e psicossocial, como lutos, isolamento social, abandono e outros fatores que tendem a desencadear sintomas 
depressivos.
O sucesso do tratamento está baseado em três pilares principais:
 Diagnosticar e tratar precocemente a depressão
 Afastar fatores desencadeantes
 Associar psicoterapia, se possível
 Base farmacológica: aumentar serotonina (5HT), noredrenalina (NA), dopamina (DO).
A escolha do tratamento irá depender do quadro clínico individual de cada paciente. De um modo geral, podemos lançar mão 
de iMAO, como a Selegilina. Para pacientes com critérios clínicos selecionados (como dor crônica, enxaquecas, etc.), podemos lançar 
mão de Antidepressivos Tricíclicos, como a Amitriptilina ou a Nortriptilina (mas que devem ser evitadas, devido aos seus efeitos 
colaterais). A Sertralina (um inibidor seletivo da recaptação da serotonina) pode ser utilizada como droga de primeira escolha; se esta 
não mostrar bons resultados, podemos optar pelo uso de inibidores da recaptação da noradrenalina e serotonina (como a 
Venlafaxina), que são drogas bastante eficazes, porém mais caras.
INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE (iMAO)
Estes fármacos inibem a enzima monoamina oxidase (MAO), responsável por metabolizar monoaminas como a 
noradrenalina, dopamina e serotonina. Uma vez inibida, ocorre aumento das concentrações sinápticas destas e 
condicionando maior excitação dos neurónios que possuem receptores para estes mediadores.
Os IMAOs causam uma inibição irreversível e não-seletiva, pois bloqueiam a ação dos dois subtipos da enzima 
(MAO-A e MAO-B). Esta característica confere-lhes uma longa duração de ação, mas está também relacionada com os 
seus efeitos adversos, uma vez que a inibição não-seletiva (e irreversível) leva à acumulação e consequente toxicidade 
de vários dos subtratos da MAO, sobretudo a serotonina. Por este motivo, é muitas vezes necessária a instituição de 
uma dieta alimentar específica para reduzir o consumo de substratos da enzima.
Indicações.
Com base em observações clínicas,o aumento da quantidade de mediadores na fenda sináptica está 
relacionado com a melhoria de sintomas depressivos, embora o mecanismo subjacente não seja perfeitamente claro. A 
resposta parece residir nas alterações no número e afinidade dos receptores, devidas ao aumento da concentração de 
mediadores, o que explica também a demora (mais de uma semana) entre o início da terapêutica e a manifestação dos 
efeitos.
Foram as primeiras drogas utilizadas para o tratamento da depressão e seu uso passou a ser utilizado para 
pacientes depressivos depois que observou-se uma melhora no humor de pacientes com parkinson tratados com estas 
drogas. Quanto as opções, temos:
 Tranilcipromina 10mg: pode aumentar os riscos de HAS
 Moclobemida (MAO-A) 100mg: pode causar alteração do sono
 Selegilina (Deprian®) (MAO-B): droga de escolha para pacientes que apresentam depressão e Parkinson.
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
São medicamentos relacionados a uma excelente resposta ao tratamento dos pacientes com depressão; 
entretanto, possuem muitos efeitos colaterais. Devido a isso, seu uso para o tratamento da depressão é extremamente 
restrito, utilizados para pacientes com critérios individualizados.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
289
Eles bloqueiam os transportadores membranares dos neur‹nios pr-sinapticos que recolhem monoaminas
neurotransmissoras do exterior (ou seja, da sinapse) e portanto maximizam a dura‚ƒo da sua a‚ƒo nos neur‹nios p‡s-
sin€pticos, ao permitir que atuem na biofase durante mais tempo. A maioria dos tric…clicos bloqueia os transportadores 
de noradrenalina, dopamina e serotonina.
Indicações.
Alm de sua utiliza‚ƒo na depressƒo, eles podem ser utilizados nas seguites situa‚es: depressƒo associada a
transtornos ansiosos (pŽnico e transtorno compulsivo obsessivo), bulimia, dor cr‹nica, etc. Estima-se que 80% dos 
pacientes que utilizam essa classe de droga ficam curados da depressƒo.
Os principais representantes dessa classe de drogas sƒo: 
 Amitriptilina (Amytril’; Neurotrypt’) 25-300mg - iniciar com 10mg
 Nortriptilina 10-150mg - menos efeitos colaterais e pode ser uma op‚ƒo para Amitriptilina
 Imipramina - 10mg 
OBS1: Deve-se informar ao paciente que pode haver um relaxamento muscular inicial nas primeiras 2 semanas de uso. 
Essa informa‚ƒo  importante, pois com esse efeito, o paciente pode pensar que houve uma piora do seu quadro 
depressivo.
Efeitos Colaterais.
 Bloqueios receptores colinérgicos Muscarínicos (efeitos anti-colinérgicos):
 Boca seca
 Constipa‚ƒo, reten‚ƒo urin€ria
 Pressƒo ocular - glaucoma
 Confusƒo mental, dficit cognitivo
 Taquicardia
 Ganho de peso
 Bloqueio receptor H1e H2:
 Sonol„ncia, seda‚ƒo, fadiga
 Tonturas, hipotensƒo com risco de queda
 Inibição da enzima ATPase Na/K: retardo da condu‚ƒo ventricular
OBS2: Devido a esses efeitos colaterais, esta classe de medicamentos nƒo deve ser utilizada como primeira escolha 
para tratamento de depressƒo nos idosos; mas apenas para casos bem selecionados. 
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA (ISRS)
Os ISRSs aumentam a concentra‚ƒo extracelular do neurotransmissor serotonina (5-HT) ao inibir a sua 
recapta‚ƒo pelo neur‹nio pr-sin€ptico, aumentando o n…vel de serotonina dispon…vel para se ligar ao receptor p‡s-
sin€ptico. O grau de seletividade para outros transportadores de monoaminas (como a dopamina ou noradrenalina)  
vari€vel, embora a afinidade seja de forma geral muito baixa.
Indicações.
Podem ser consideradas como as drogas de primeira escolha para o tratamento da depressão nos idosos. 
Os principais representantes dessa classe sƒo:
 Sertralina (Zoloft’; Tolrest’) 25-100mg 
 Fluoxetina (Prozac’, conhecida como a “p…lula da felicidade”; Daforin’) 10-80mg
 Paroxetina (Aropax’) 20-60mg: pode ser utilizada para pacientes com depressƒo ansiosa ou depressƒo 
associada Œ ins‹nia, uma vez que ela  respons€vel por apresentar um efeito benzodiazepínico-like.
 Citalopram (Cipramil’) 20-60mg
 Escitalopram 10mg
Efeitos Colaterais.
Possuem poucos efeitos quando comparados com outras classes de drogas. Entretanto alguns pacientes ainda 
podem relatar: altera‚es do TGI, ins‹nia, cefalia, tremores e ansiedade.
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DA NORADRENALINA E SEROTONINA (SNRI)
Os inibidores seletivos da recapta‚ƒo da serotonina e da noradrenalina (IRSN ou SNRI) sƒo f€rmacos 
relativamente recentes, utilizados no tratamento da depressƒo. Tal como os inibidores seletivos de recapta‚ƒo de
serotonina (ISRS), nƒo possuem a‚ƒo agonista sobre os receptores; a sua a‚ƒo farmacol‡gica limita-se a impedir a 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
290
recaptação de serotonina e noradrenalina, possuindo por isso um perfil farmacológico mais seguro e com uma potência 
semelhante dos antidepressivos tricíclicos, porém com menos efeitos adversos. 
Indicações.
Esses medicamentos são utilizados quando o paciente possui uma depressão mais grave, em que percebe-se 
uma ameaça a própria vida, ou seja, tendências suicidas. Portanto, podemos utilizar IRSN em situações em que o 
médico quer resultados mais rápidos quando não houve resposta ao tratamento com os inibodres seletivos da 
serotonina. Os principais representantes dessa classe de medicamentos são:
 Venlafaxina 37,5-225mg/dia
 Duloxetina 60/120mg/dia
Efeitos Colaterais.
 Náuseas 
 Insônia 
 Cefaléia 
 Anorexia 
 Elevação de PA 
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO / ANTAGONISTAS DA SEROTONINA-2
Possui uma fraca inibição da recaptação de 5HT, mas com um forte antagonismo de receptores pós-sinápticos. 
É uma medicação excelente principalmente para aqueles pacientes que associada a depressão possui um quadro de 
insônia, pois possui como principal efeito colateral a sedação.
Os principais representantes são:
 Trazodona (Donarem® 150mg)
 Nefazodona (Serzone® 100mg/ 12/12 hrs)
TRATAMENTO N…O-FARMACOLƒGICO
Deve sempre ser associado com o tratamento farmacológico. Os seguintes pontos devem ser orientados para o 
paciente:
 Prática regular de exercícios físicos
 Alimentação balanceada, 
 Rotina para o horário de sono 
 Redução ou a eliminação da ingestão de cafeína e de álcool
 Psicoterapia
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
291
MED RESUMOS 2011
NETTO, Arlindo Ugulino.
GERIATRIA
DEMÊNCIA DE ALZHEIMER
(Professora Januária Medeiros de Queiroga)
Dem„ncia pode ser compreendida como uma s…ndrome caracterizada pela presen‚a de decl…nio cognitivo 
persistente que interfere com as atividades sociais ou profissionais do indiv…duo e que independe de altera‚es do n…vel 
de consci„ncia. O principal tipo de dem„ncia  a doen‚a de Alzheimer.
A demência de Alzheimer (DA)  uma afec‚ƒo neurodegenerativa progressiva e irrevers…vel de aparecimento 
insidioso, que acarreta perda de mem‡ria e diversos dist†rbios cognitivos. Em outras palavras,  uma doen‚a
degenerativa do crebro caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se,
inicialmente, por altera‚es da mem‡ria epis‡dica. Estes dfices amnsicos agravam-se com a progressƒo da doen‚a, e 
sƒo posteriormente acompanhados por dfices visuo-espaciais e de linguagem. Nƒo h€, entretanto, altera‚ƒo da 
consci„ncia; mas sim, incapacita‚ƒo progressiva para atividades da vida di€ria (AVD).
 v€lido ressaltar que a DA  uma realidade comum na cl…nica geri€trica, o que justifica a importŽncia do 
diagn‡stico precoce desta entidade, no intuito de melhorar a qualidade de vida do indiv…duo, uma vez que as drogas 
dispon…veis atualmente nƒo revertem o quadro, mas apenas estabilizam a progressƒo e impedem a piora da dem„ncia.
CONSIDERA‚ES GERAIS
A base histopatol‡gica da doen‚a foi descrita pela primeira vez pelo neuropatologistaalemƒo Alois Alzheimer em 
1909, que verificou a exist„ncia juntamente com placas senis (hoje identificadas como agregados de prote…na beta-
amil‡ide), de emaranhados neurofibrilares (hoje associados a muta‚ƒo da prote…na tau, no interior dos neurot†bulos).
Atribui-se a Emil Kraepelin a denomina‚ƒo da doen‚a, depois de combinar os resultados histol‡gicos com a descri‚ƒo 
cl…nica.
Cerca de 60% de todas as dem„ncias  representada pela DA (15% delas  compreendida pela dem„ncia 
vascular, objeto de estudo do pr‡ximo cap…tulo; a dem„ncia mista  considerada uma associa‚ƒo entre Alzheimer e a 
vascular). 
A DA , portanto, a causa mais comum de dem„ncia, sendo considerada de in…cio precoce quando ocorre antes 
dos 65 anos e de in…cio tardio quando ocorre ap‡s 65 -70 anos. A DA desenvolve-se lentamente ao longo dos anos (a 
DA precoce apresenta progressƒo mais r€pida) e, geralmente, est€ associada ao comprometimento generalizado das 
fun‚es cognitivas.
DADOS EPIDEMIOLƒGICOS
A doen‚a de Alzheimer  a principal causa de dem„ncia, acometendo, com maior incid„ncia (30-40%),
indiv…duos acima de 85 anos; menos de 1% dos casos ocorre antes dos 65 anos. A partir desta idade, a incid„ncia 
cresce demasiadamente: 5 a 10% dos casos ocorre aos 65 anos e 30 a 40% com 85 anos ou mais. Nota-se que o 
Alzheimer  mais comum nas mulheres, podendo ser explicada, em parte, pela maior expectativa de vida feminina.
Atualmente, existem, pelo menos, tr„s obst€culos que dificultam o diagn‡stico e tratamento da DA: 
 Aus„ncia de teste diagn‡stico que possa ser aceito como "padrƒo-ouro" (apenas a bi‡psia cerebral post-mortem
pode garantir o quadro de dem„ncia).
 Interfer„ncia dos atuais critrios diagn‡sticos utilizados (DSM-III-R, do DSM-IV ou do CID-10)
 Dificuldade na utiliza‚ƒo de testes neuropsicol‡gicos validados em outros pa…ses que podem ter acur€cia muito 
diferente, dependendo de fatores culturais e sociais.
FATORES DE RISCO
A etiologia da doen‚a de Alzheimer nƒo  totalmente conhecida. Atribuem-se m†ltiplas causas, sugerem 
etiologia multifatorial relacionada aos fatores de risco. Os principais fatores relatados sƒo: idade (ocorre principalmente
ap‡s 64 anos, em 6 a 10%); hist‡ria familiar (os riscos aumentam em 3,5x se h€ parente de primeiro grau); gentica
(muta‚es nos cromossomos 21,14,1 sƒo descritas na literatura); ambientais, como TCE (devido Œ maior deposi‚ƒo de 
prote…nas β-amil‡ide, como ocorre em pugilistas) e baixo n…vel educacional (questiona-se a baixa reserva neuronal 
associada); vasculares (aterosclerose, ICO, HAS); sexo Feminino (devido baixo n…vel educacional que era mais 
associado a este sexo e/ou uma maior longevidade e expectativa de vida deste grupo sexual).
A idade  o fator primordial para dem„ncias, de um modo geral. Entretanto, nƒo se sabe ao certo qual a causa 
principal da DA. Por esta razƒo, defende-se que a associa‚ƒo entre v€rios fatores de risco aumentam a probabilidade de 
o paciente vir a cursar com DA; muito embora, alguns pacientes podem apresentar DA mas sem relatar fatores 
predisponentes. 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
292
Alguns estudos demonstram a base gentica da doen‚a de Alzheimer. Para alguns pesquisadores, a DA  uma 
doen‚a autoss‹mica dominante e, com isto, o risco  dobrado para os familiares de 1” grau de pacientes com Alzheimer. 
Em resumo, os v€rios fatores de risco para doen‚a de Alzheimer sƒo:
 Idade
 Hist‡ria familiar de DA
 Gentica
 Ambientais 
 Nutricionais
 Metab‡licos 
 Estilo de vida
 Infecciosos
 Traum€ticos (TCE)
 T‡xicos 
 S‡cio econ‹mico-culturais
ALTERA‚ES PATOLƒGICAS DO ALZHEIMER
O aspecto anatomopatol‡gico do Alzheimer  bastante 
t…pico: atrofia do c‡rtex cerebral dos lobos frontal, temporal e 
parietal. No exame histopatol‡gico, podemos evidenciar placas 
senis e emaranhados neurofibrilares. As placas senis 
representam a deposi‚ƒo excessiva de Prote…na β-amil‡ide no 
crebro, que  t‡xica para sinapses e neur‹nios adjacentes;
sƒo inerentes Œ destrui‚ƒo das membranas sin€pticas e morte 
celular. A prote…na β-amil‡ide  formada a partir da clivagem 
anormal da PPA (no crebro normal):
 Placas amilóides (senis): tambm conhecidas como 
placas neur…ticas, sƒo leses compostas por 
degenera‚ƒo neuronal, rea‚ƒo celular glial e dep‡sitos 
extracelulares de amorfos de prote…na β-amil‡ide.
 Emaranhados neurofibrilares: sƒo filamentos
intracelulares de uma forma fosforilada de uma 
prote…na associada Œ microt†bulos (Tau).
FISIOPATOLOGIA
O mecanismo fisiopatol‡gico bioqu…mico do Alzheimer  o seguinte: ocorrer€ uma redu‚ƒo de 50-90% da 
atividade da colina acetiltransferase no c‡rtex e no hipocampo devido ao acometimento dos neur‹nios colinrgicos 
destas regies por fatores histopatol‡gicos. 
Os neurotransmissores espec…ficos (acetilcolina) sƒo gradativamente perdidos, diminuindo a conexƒo entre o 
n†cleo basal de Meynert e o c‡rtex cerebral, havendo ainda a presen‚a dos corp†sculos de hirano. Tais conexes 
seriam importantes para um funcionamento normal do metabolismo cerebral. Pela sequ„ncia de estruturas que mais 
sofrem repercusses com a deple‚ƒo de acetilcolina, temos: hipocampo, temporal, parietal, frontal e occipital. 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
293
MANIFESTA‚ES CL„NICAS
As manifestações clínicas principais relacionadas com a doença de Alzheimer podem ser resumidas a: 
depressão; delírios; comprometimento psicótico; agitações; alucinações; etc. De um modo geral, podemos dividi-los em 
sintomas cognitivos e não-cognitivos.
SINTOMAS COGNITIVOS
 Transtornos de memória: incapacidade de 
memorizar dados novos.
 Alterações na linguagem (afasia): incapacidade de 
nomear objetos (anomia), mutismo.
 Alteração na motricidade (apraxia): dificuldade na 
realização de atividades motoras. Ex. incapacidade 
em pentear os cabelos.
 Alteração na cognição (agnosia): dificuldade no 
reconhecimento de objetos. Ex: incapacidade em 
reconhecer ou identificar um objeto com olhos 
fechados, utilizando outros sentidos.
 Alteração na capacidade de execução de tarefas. 
Ex: incapacidade em iniciar o alfabeto ou uma 
contagem regressiva.
SINTOMAS NÃO-COGNITIVOS
 Depressão (13-21%)
 Sintomas psicóticos
 Delírios (28-46%) relacionados a roubos, 
envenenamentos, infidelidades, etc.
 Alucinações (17-34%) auditivas e visuais 
 Agressividade física (11-51%)
 Agressividade verbal (10-56%)
 Incontinência urinária (26-40%)
 Transtornos do sono (41,8%)
 Transtornos da conduta alimentar (84,7%)
 Modificações do estado de ânimo
 Apatia (72%) Ex.: sem motivação
 Agitação (60%)
 Irritabilidade (42%) Ex.: sem paciência
 Desinibição (36%) 
 Euforia (38%) Ex.: ri com facilidade
 Incapacitação funcional em graus variados (a 
depender da intensidade da demência)
DIAGNƒSTICO
De fato, o diagnóstico da demência de Alzheimer é eminentemente clínico. Entretanto, a única certeza do 
diagnóstico se faz por meio da autópsia cerebral post mortem. Os exames complementares são importantes para realizar 
diagnóstico diferencial com outras patologias semelhantes. 
 História clínica: devemos avaliar justamente os relatos comuns feitos por acompanhantes, como vimos a 
propósito da descrição da síndrome clínica. Sinais de esquecimento e confusão que se iniciam banalmente, mas 
que se tornam cada vez mais frequentes, devem nos deixar atento para um possível quadro demencial.
Portanto, não só devemos questionar dados ao paciente, como também devemos coletar dados da família e do 
cuidador.
 Exame neurológico: a partir do momento que o diagnóstico do Alzheimer é dado por meio clínico, devemos 
realizar um exame neurológico criterioso, no intuito de avaliar as funções corticais superiores e o estado mental.
Para isso, podemoslançar mão dos seguintes métodos: Miniexame do Estado Mental (Folstein e colaboradores, 
1975); Teste do relógio; Teste de fluência verbal. 
 Exames complementares: 
o Laboratório: Hemograma, U, C, Na, K, Ca; Função tireoidiana e hepática; Sorologia para sífilis e HIV; 
Deficiência de vitamina B12, Dosagem de ácido fólico.
o Imagem: TC e RNM de Crânio, SPECT.
o Opcionais: EEG, LCR.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
294
EXAME NEUROLÓGICO
 Miniexame do Estado Mental (Folstein e colaboradores, 1975). Consiste em um teste padronizado que pode 
ser utilizado durante a anamnese para uma avalia‚ƒo um pouco mais aprofundada do paciente.  um teste 
bastante simples, tanto na sua aplica‚ƒo quanto na sua interpreta‚ƒo. 
O Miniexame do Estado Mental, frequentemente usado para quantificar a fun‚ƒo cognitiva,  limitado pela falta 
de um elemento de linguagem verdadeiro e pela incapacidade de teste para a maioria das disfun‚es do lobo 
frontal, por exemplo. Alm disto, o n…vel de escolaridade, evidentemente, interfere nos resultados do exame, 
sendo sempre o bom senso levado em considera‚ƒo.
Desta forma, temos:
 Total de 30 pontos poss…veis
 26 – 30: normal 
 Pontua‚ƒo < 25: investigar 
 Limita‚es:
 Corre‚ƒo do ponto de corte segundo o n…vel de escolaridade: 13 pontos para analfabetos; 18 pontos
para indiv…duos entre 1-7 anos; 26 pontos para indiv…duos com 8 anos ou mais.
 Tem baixa sensibilidade para pacientes com dficits discretos 
Miniexame do Estado Mental (Folstein, Folstein e McHugh, 1975)
Nome: Idade:
Escolaridade (em anos): Data:
ORIENTA•–O (10 Pontos). 
Pergunte pela data. Em seguida, pergunte as partes omitidas. Pergunte se o paciente sabe onde est€.
1 – Dia da semana 6 – Local onde se encontra
2 – Dia do m„s 7 – Endere‚o (ou como chegou ao local do exame)
3 – M„s 8 – Qual andar ou setor
4 – Ano 9 – Cidade 
5 – Hora aproximada 10 – Estado 
RETEN•–O OU REGISTRO DE DADOS (3 Pontos). 
Diga o nome de tr„s objetos, claramente, durante cerca de um segundo cada palavra, e pe‚a para ele repetir ap‡s ter ouvido tr„s. A pontua‚ƒo  
dada pela primeira repeti‚ƒo.
- Vaso, Carro, Tijolo.
ATEN•–O E C—LCULO (5 Pontos). 
Pe‚a para o paciente subtrair mentalmente 7 de 100, sucessivamente. Corrija quando estiver errado. Pare ap‡s cinco resultados e atribua um ponto 
para cada acerto. Ex: - 100 – 7= 93 – 7= 86 – 7= 79 – 7= 72 – 7 = 65. 
MEM˜RIA (3 Pontos)
Solicite ao paciente que repita os nomes dos tr„s objetos mostrados para ele durante o teste de reten‚ƒo feito a pouco.
LINGUAGEM (9 Pontos)
- Nomear uma caneta e um rel‡gio (2 pontos)
- Repetir: “Nem aqui, nem ali, nem l€” (1 ponto)
- Solicite o paciente para obedecer a seguinte ordem: “Pegue o papel com a sua mƒo direita, dobre ao meio e coloque no chƒo” (3 pontos).
- Escreva em um peda‚o de papel a seguinte frase, pe‚a para o paciente ler e obedecer: “Feche os olhos” (1 ponto).
- Solicite que o paciente escreva uma frase (1 ponto).
- Habilidade construtiva: solicite que paciente copie um desenho geomtrico (1 ponto).
TOTAL: (M€ximo para alfabetizados: 30 pontos; Ponto de corte para analfabetos ou com baixa escolaridade: 18 pontos). 
 Teste do relógio: O examinador desenha um 
rel‡gio comum, anal‡gico, e pede ao paciente para 
compor as horas ao longo do c…rculo. O paciente 
com Alzheimer tende a ter dificuldades para 
realiza‚ƒo deste ato, comprovando o 
comprometimento da fun‚ƒo executiva. Este teste 
pode estar alterado logo nas fases iniciais.
 Teste de fluência verbal: para avaliar a presen‚a 
de eventuais afasias, gnosias de objeto ou anomia, 
de fato. Os dficits de linguagem trazem outro 
obst€culo importante em um exame cognitivo 
detalhado ou para o Mini exame mental. Podemos 
apresentar algumas imagens familiares para o 
paciente e sugerir que ele identifique ou as 
memorize.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
295
EXAMES COMPLEMENTARES
No que diz respeito aos exames de imagem, a maioria deles (TC, RNM) são inespecíficos. Tais exames podem 
mostrar sinais de atrofia cerebral, mas que podem ocorrer também em pacientes normais, que não portam a doença. Na 
maioria das vezes, a RNM evidencia uma atrofia hipocampal que pode ser fisiológica ou não. Obviamente, ao longo dos 
anos, a atrofia cortical determinará uma diminuição do hipocampo, com hidrocefalia compensatória. 
Os exames de imagem se tornam importantes quando associamos a eles os dados obtidos da história clínica: a 
presença de uma imagem sugerindo atrofia cortical associada a uma clínica compatível com demência, praticamente 
fecha a nossa hipótese. Ainda mais quando a atrofia aumenta, em exames subsequentes.
RNM em sequência de aquisição T2 mostrando uma área inespecífica de atrofia cerebral que 
pode ser bastante sugestivo de Alzheimer ao ser associado a um quadro clínico clássico 
desta demência.
O PET-Scan (TC por emissão de prótons) fornece ótimos dados referentes 
a análise do metabolismo cerebral e, quanto melhor a sua resolução, maior 
sua sensibilidade. Entretanto, é um exame de alto custo, sendo mais 
utilizado em centros de pesquisa.
O cérebro de um paciente portador de Alzheimer se mostra com captação 
diminuída do metabólito da glicose, quando comparado ao de um paciente 
normal.
O SPECT-TC (TC por emissão de fóton único) é um exame mais acessível atualmente, 
quando comparado ao PET-Scan, muito embora não tenha a mesma sensibilidade deste 
exame.
Ele pode ser útil quando avaliamos o fluxo sanguíneo cerebral, em que se pode mostrar 
diminuição do fluxo nas regiões frontal e têmporo-parietais.
Na imagem ao lado, observamos hipoperfusão em córtex temporal, o que pode sugerir a 
demência.
Em resumo, os achados típicos nos exames complementares são: LCR normal; Eletroencefalograma (EEG)
inespecífico, mas podendo apresentar uma lentificação generalizada; TC e RNM sem alterações específicas, porém, 
podemos evidenciar atrofia cerebral em cortes coronais. 
A principal função da análise da diminuição do volume do lobo temporal está restrita nas ocasiões de 
precocidade de atrofia cortical, isto é, quando esta se manifesta ainda durante a vida adulta. Isso porque a senilidade 
evolui com graus de atrofia cortical e aumento do volume ventricular compensatório, fazendo com que estes testes 
percam ainda mais a sua especificidade. Caso a atrofia seja precoce, poderíamos indicar quadro demencial. 
OBS1: De uma forma geral, podemos considerar três modalidades de diagnóstico de Alzheimer:
 Diagnóstico definido: apenas obtido por meio da autópsia.
 Diagnóstico provável: paciente que apresenta sinais evidentes de Alzheimer, mas que não apresenta 
associação com qualquer outra doença, como o Parkinson, por exemplo.
 Diagnóstico possível: paciente com quadro clínico de Alzheimer e que apresenta associação a outra doença. 
Classicamente, as principais doenças associadas são: Parkinson, doenças vasculares cerebrais prévias, 
paralisia supra-nuclear progressiva (que também cursa com sinais extra-piramidais).
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
296
EST†GIOS CL„NICOS DA DEM‡NCIA DE ALZHEIMER
A avalia‚ƒo do est€gio cl…nico do paciente com Alzheimer pode determinar a real efic€cia do tratamento a ser 
institu…do. 
Est€gio da Demncia Caracter‚sticas
Est€gio inicial (demncia leve)
No est€gio inicial/leve das dem„ncias o paciente pode:
 Realizar atividades rotineiras
 Percorrer trajetos muitoutilizados ou curtos, sem ajuda
 Executar tarefas instrumentais mais simples (telefonar)
 Desempenhar atividades b€sicas da vida di€ria
 Parecer normal em um contato inicial
No est€gio inicial das dem„ncias, o paciente tem dificuldade em:
 Recordar onde colocou objetos
 Percorrer novos trajetos
 Recordar o nome das pessoas a quem foi apresentado recentemente
 Tirar proveito do que l„
 Planejar (Ex.: realizar pequenos consertos)
Est€gio moderado
No est€gio moderado das dem„ncias o paciente tem dificuldade em:
 Escolher roupas 
 Lembrar o nome de familiares pr‡ximos (Ex.: netos)
 Mas pode realizar as atividades de vida di€ria (AVD).
Com a progressƒo desta fase, pode haver dificuldade em:
 Lembrar nome dos filhos e c‹njuge
 Tomar banho ou vestir-se sem ajuda 
Est€gio avanƒado
No est€gio avan‚ado, o paciente:
 Tem vocabul€rio restrito, progredindo para perda da capacidade de expressƒo
 Est€ incontinente
 Nƒo se alimenta s‡, ou necessita de sonda
 Eventualmente perde a capacidade de deambular e, at mesmo, sentar
TRATAMENTO
O tratamento da dem„ncia de Alzheimer , de fato, sintom€tico e nƒo cur€vel. As principais metas deste 
tratamento sƒo, na verdade: Melhorar qualidade de vida do paciente; Melhorar o seu desempenho funcional; Promover 
autonomia. Para isso, devemos lan‚ar mƒo de quatro abordagens:
1. Terap„utica espec…fica, que tem como objetivo reverter processos patofisiol‡gicos que conduzem Œ morte 
neuronal e Œ dem„ncia; 
2. Abordagem profil€tica, que visa a retardar o in…cio da dem„ncia ou prevenir decl…nio cognitivo adicional, 
3. Tratamento sintom€tico, que visa restaurar, ainda que parcial ou provisoriamente, as capacidades cognitivas, as 
habilidades funcionais e o comportamento dos pacientes portadores de dem„ncia;
4. Terap„utica complementar, que busca o tratamento das manifesta‚es nƒo-cognitivas da dem„ncia, tais como 
depressƒo, psicose, agita‚ƒo psicomotora, agressividade e dist†rbio do sono.
TRATAMENTO FARMACOL„GICO
 Tracrina (Tacrinal…), 30mg, 4x/dia: foi a primeira droga a ser utilizada (Anvisa, 1994), mas que nƒo  mais 
atualmente; isso porque  uma droga com pouca tolerabilidade, muitos efeitos colaterais hep€ticos e dif…cil 
adesƒo, principalmente devido a sua dose de administra‚ƒo (4x ao dia durante toda a vida).
 Donepezil (Aricept…; Eranzs…), 5 - 10mg/dia:  um anticolinester€sico que diminui a hidr‡lise da Acetilcolina 
por inibir a a‚ƒo da acetilcolinesterase (AChE).  uma droga com maior tolerabilidade, menos efeitos colaterais e 
de f€cil administra‚ƒo (dose †nica di€ria). Entretanto,  uma droga de meia-vida muito longa.
 Rivastigmina (Prometax…; Exelon…), 3mg, 2x/dia: tambm  um anticolinester€sico que atua inibindo a a‚ƒo 
da acetilcolinesterase (AChE) e da butirilcolinesterase (BuChE), aumetando os n…veis de acetilcolina de forma 
sinrgica nos neur‹nios do SNC e diminuir a toxicidade provocada pelas prote…nas β-amil‡ide. Por esta razƒo,  
considerada como droga de primeira linha. Podemos iniciar com comprimidos de 1,5mg duas vezes ao dia 
(3mg/dia). A cada duas semanas, a dose pode ser aumentada em 1,5mg at que se chegue a uma dose m€xima 
de 6mg duas vezes ao dia (12mg/dia). Tem meia-vida de 5 horas, aproximadamente. Apresenta efeitos 
colaterais gastro-intestinais (n€useas, v‹mitos, etc.), o que pode indicar a interrup‚ƒo do seu uso. Nos †ltimos 
anos, foi lan‚ado Exelon’ em adesivo (patch), garantindo a administra‚ƒo de doses terap„uticas plenas e com 
menos efeitos colaterais.
 Galantamina (Reminyl…), 8 – 16mg, 1x/dia:  um inibidor da colinesterase implantado a pouco tempo no 
mercado farmac„utico. Pode ser uma boa op‚ƒo para pacientes que nƒo apresentaram boas respostas a 
Rivastigmina, que apresentaram efeitos colaterais intensos ou que apresentam dem„ncia de Alzheimer 
associada a dem„ncia vascular. Portanto, pode ser a droga de primeira linha para pacientes hipertensos e 
diabticos.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
297
 Memantina (Ebix®; Alois®), 10mg 2x/dia: é um antagonista do receptor de N-metil-D-Aspartato, utilizada para 
prevenir a atividade aumentada do glutamato no Alzheimer, o que é prejudicial. Deve ser utilizada em casos de 
DA moderados e graves, de forma isolada ou em associação. Principais efeitos adversos: fraqueza e cefaléia 
(5%).
TRATAMENTO COMPORTAMENTAL
A depender do distúrbio associado que o paciente com DA apresente, podemos lançar mão de outras classes de 
medicamentos que atuem nestas co-morbidades, como por exemplo:
 Antidepressivos, para pacientes que apresentam quadros depressivos que comprometam seu convívio social. 
Devemos optar por drogas com poucos efeitos anticolinérgicos (evitar, portanto, os anti-depressivos tricíclicos) 
 Drogas psicotrópicas, para pacientes que experimentam alucinação e delírios.
 Anti-psicóticos (como a Risperidona), neurolépticos ou benzodiazepínicos para pacientes com insônia e quadros 
de vagar noturno.
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
 Fisioterapia
 Fonoterapia 
 Psicologia e terapia ocupacional
 Nutrição
 Cuidados da enfermagem
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
298
MED RESUMOS 2011
NETTO, Arlindo Ugulino.
GERIATRIA
DEMÊNCIA VASCULAR
(Professora Januária Medeiros de Queiroga)
A demência vascular (DV) consiste na segunda maior causa de demência (15%), estando seu mecanismo de 
ação relacionado a uma queda do fluxo sanguíneo cerebral como consequência da arterioesclerose. Com o aumento da 
expectativa de vida e, consequentemente, da incidência de doenças cardiovasculares, como diabetes e hipertensão, 
acredita-se que a incidência de DV venha a aumentar.
Por definição, a DV refere-se a qualquer demência na qual a principal causa foi uma doença vascular encefálica. 
No Brasil é o segundo tipo mais comum de demência, sendo a primeira por Alzheimer. Cerca de 30% dos idosos com 
mais de 85 anos, sendo mais comum em homens. 
O termo DV tem conotações amplas, referindo-se a qualquer demência causada por doença cerebrovascular. É 
mais comumente utilizado para descrever os efeitos de grandes lesões tromboembólicas (demência por múltiplos 
infartos), mas inclui também os estados lacunares, os quadros causados por lesões únicas em territórios nobres (tálamo, 
giro angular), demências associadas a alterações crônicas da circulação cerebral, lesões extensas da substância branca 
(doença de Binswanger, leucoaraiose associada a demência), angiopatia amilóide e demências por AVC hemorrágicos. 
FATORES DE RISCO
 Sexo masculino
 Idade avançada
 Raça não-branca
 História prévia de Insuficiência coronariana (ICO), Hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), 
AVCI ou AIT, hiperlipidemia, tabagismo, etc.
ETIOLOGIA
Dentre as principais causas estão:
 Múltiplas lesões por embolia cerebral (AVC isquêmico)
 Única lesão em territórios estratégicos (como tálamo ou giro angular esquerdo)
 Síndrome lacunar
 Alterações crônicas da circulação cerebral
 Lesões extensas da substância branca (como por doença de Binswanger ou Leucoaraiose)
 Angiopatia amilóide cerebral (AAC)
 AVC hemorrágico
DIAGNƒSTICO
O diagnóstico da demência vascular pode ser estabelecido através de três vertentes:
 Quadro clínico + Fatores risco 
 Neuroimagem 
 Escalas
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
O diagnóstico clínico de DV é sugerido na presença de uma tríade: 
 Fatores clássicos de risco cerebrovascular
 Manifestações clínicas de episódios cerebrovasculares prévios 
 Existência do próprio quadro demencial. 
A demência por múltiplos infartos caracteristicamente apresenta-se como evento agudo seguido de curso 
flutuante ou que progride em escada.
NEUROIMAGEM
Diferentemente da demência de Alzheimer, a DV pode ser revelada por dados mais objetivos em exames 
neurológicospor imagem, na forma de leucomicroangiopatias e áreas de infarto cerebral na TC e na RM; presença de 
placas de ateroma no Doppler de carótidas; etc. A tendência atual é, de fato, valorizar aspectos de neuroimagem, 
avaliação neuropsicológica extensa e achados de necropsia, na tentativa de definir melhor os mecanismos vasculares de 
comprometimento da função cognitiva.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
299
RM mostrando €reas de m†ltiplos infartos lacunares compat…veis com 
leucomicroangiopatias ou leucoaraiose (achados caracter…sticos da dem„ncia de 
Binswanger, um tipo de DV).
ESCALAS
Ao longo das †ltimas dcadas, foram feitas diversas tentativas de padronizar os achados cl…nicos da DV sob a 
forma de critrios diagn‡sticos ou escalas de probabilidade. Entretanto, em estudos epidemiol‡gicos provenientes de 
diversos centros, um percentual muito variado de casos de dem„ncia  classificado como tendo origem vascular. As 
explica‚es para esta discrepŽncia  provavelmente m†ltipla.
Cerca de 11 escalas e conjuntos de critrios diagn‡sticos sƒo dispon…veis para o diagn‡stico da DV. Escalas 
como a de Hachinski ou a de Loeb e Gandolfo utilizam dados de anamnese e achados cl…nicos, eventualmente achados 
em exames de neuroimagem, e sugerem maior ou menor probabilidade de origem vascular em casos individuais.
A escala de Hachinski leva em considera‚ƒo parŽmetros eminentemente cl…nicos; j€ a escala de Loeb e Gandolf
consiste em uma altera‚ƒo mais recente da primeira escala, baseando-se em critrios cl…nicos e em dados tomogr€ficos. 
Ambas as escalas se baseiam em pontua‚es que sugerem o diagn‡stico de DV ou o descarta, podendo sugerir 
diagn‡stico de Alzheimer. 
Quanto Œs caracter…sticas apresentadas por tais escalas, algumas merecem certas considera‚es. A 
deteriora‚ƒo em escada, por exemplo, consiste em uma forma de comprometimento das fun‚es congnitivas que nƒo 
acontece de forma linear – como no Alzheimer – mas que piora de forma gradativa, a depender do n†mero de eventos 
vasculares que se somam ao quadro. 
TESTES NEUROPSICOLÓGICOS
Outros testes neuropsicol‡gicos podem auxiliar no diagn‡stico da dem„ncia, tais como:
 Mini-exame do estado mental (MEEM)
 Teste da flu„ncia verbal
 Teste de mem‡ria de 4 palavras 
 Teste de desenho do cubo
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
300
SUBTIPOS DA DEM‡NCIA VASCULAR
De forma sumária, os principais subtipos de demência vascular podem ser resumidos em:
 Demência vascular cortical (por Múltiplos Infartos): é causada por eventos vasculares de maior magnitude, 
sendo as principais causas: ateromatose grandes artérias (carótidas e cerebrais) e embolias (cardíacas). O 
quadro clínico tem início súbito, apresentando distúrbios de cognição e afasia, além de alterações neurológicas 
focais.
 Demência vascular subcortical: é causada por ateromatose de pequenos vasos ou por uma hipoperfusão 
cerebral generalizada. Apresenta um quadro clínico mais silencioso, que pode acontecer ao longo do 
envelhecimento do indivíduo mas se manifestar apenas nas suas últimas décadas de vida. Clinicamente, 
caracteriza-se por sinais neurológicos focais (hemiparesia motora; disartria; distúrbios de marcha, urinários; 
labilidade emocional) associados a degeneração cognitiva. A DV subcortical pode ser ainda subdividida em dois 
grupos:
o Demência por infartos lacunares: são causadas por alterações em pequenas arteríolas (as quais 
formam lacunas vasculares pequenas, com menos de 15 mm). Os pequenos ramos mais comumente 
ocluídos são: artérias perfurantes lenticuloestriadas, artérias talamoestriadas, pequenas artérias 
pontinas, ramos medulares longos, etc. O quadro clínico é heterogêneo, a depender do foco vascular 
acometido.
o Demência de Binswanger: também conhecida como leucoencefalopatia subcortical, caracteriza-se pelo 
comprometimento da substância branca da região frontal, principalmente. Seu diagnóstico é 
estabelecido através da TC ou da RNM, exames pelos quais pode ser observado o padrão conhecido 
como leucoaraiose difusa, caracterizada por hipodensidades subcorticais à TC.
TRATAMENTO DA DEM‡NCIA VASCULAR
Os objetivos do tratamento do paciente com DV envolve diversos níveis de cuidado: 
 Retardar a progressão da doença
 Atuar nos fatores de risco: prevenção primária (tratar diabetes e hipertensão, suspender o tabagismo, etc.) da 
demência e prevenção secundária (prevenção de novas lesões cerebrovasculares)
 Melhora sintomática: uso de Galantamina (Reminyl®), droga bastante utilizada quando se tem associação entre 
demência de Alzheimer e DV; drogas anti-agregantes plaquetárias; drogas para tratar diabetes e hipertensão; 
etc.
 Uso de drogas para ativação cortical (Piritinol; Hydergine) e neuroprotetores (Pentoxifilina). 
 Outros: Estruturação do ambiente, Déficits específicos, Cuidados à família. 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
301
Portanto, podemos resumir o tratamento da DV a, praticamente, cuidados gerais para com o paciente com 
dem„ncia, controle dos fatores de risco, anti-agrega‚ƒo plaquet€ria e, na prese‚a de altera‚es cognitivas importantes, 
associar o uso de Galantamina (anti-colinester€sico). 
Os objetivos do tratamento dos fatores de risco para DV com rela‚ƒo a fase da doen‚a estƒo resumidos na 
seguinte tabela:
Estágios Fatores de risco à prevenir
I - “Crebro em risco” para AVC e decl…nio cognitivo HAS, DM, hiperlipidemia, Tabagismo, alcoolismo, ICC, 
Fibrila‚ƒo atrial (FA)
II – Sinais precoces de decl…nio cognitivo e/ou achados de 
neuroimagem 
 Preven‚ƒo dos fatores de risco 
 Antiagregantes plaquet€rios: AAS 100mg 1x
 Anticoagulantes 
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – GERIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
302
MED RESUMOS 2011
NETTO, Arlindo Ugulino; ELOY, Yuri Leite.
GERIATRIA
DELIRIUM
(Professora Januária Medeiros de Queiroga)
Conceitua-se o delirium como uma alteração da consciência (diminuição da percepção do ambiente) por um 
déficit de atenção (incapacidade para mantê-la, focá-la ou alterá-la), alteração na percepção de estímulos fornecidos 
pelo meio ou pela presença de alterações cognitivas (esquecimentos, desorientação têmporo-espacial, distúrbio da 
linguagem), que não podem ser atribuídos a demência (em fase inicial ou em curso) ou a qualquer outra causa mais 
clara. 
Normalmente, há alterações no sensório: por exemplo, ilusões e/ou alucinações visuais. Comumente, seu início 
é agudo e seu curso é flutuante, variando muito ao longo do dia. Por fim, há necessidade da presença de uma evidência 
de causa física.
Em outras palavras, o delirium é conceituado como um estado confusional agudo que acomete o paciente 
idoso, especialmente aqueles com algum tipo de demência. É uma condição relativamente comum nos idosos e que 
possui uma alta mortalidade.
OBS1: O delirium deve ser encarado como uma urgência clínica, uma vez que pode caracterizar a única forma de 
apresentação de doença física importante no idoso
EPIDEMIOLOGIA
 Corresponde a 14 - 24% das internações clínicas
 Na hospitalização: 6% - 56% já possuem quadro de delirium
 Pós-operatório: 10% - 52% dos casos
 Mais frequente: idoso, Pós-operatório e UTI
 Não é diagnosticado em: 32-67% dos casos
 Mortalidade hospitalar em torno de 10-65%
FATORES PREDISPONENTES 
 Declínio cognitivo ou demência
 Doença subjacente severa
 Comorbidades: SNC ou outras
 Prejuízo funcional
 Idade avançada
 Desidratação
 Desnutrição
 Prejuízo visual e auditivo
FISIOPATOLOGIA
Fisiopatologicamente, o delirium pode ser conceituado como uma síndrome cerebral orgânica sem etiologia 
específica (o que pode se atribuir a ela uma etiologia multifatorial), que cursa, basicamente, com alterações

Outros materiais