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Gestão de Negócios Internacionais Autor: Indiara Beltrame Brancher Tema 01 Alicerces do comércio Interna- cional seç ões Tema 01 Alicerces do comércio Internacional BRANCHER, Indiara Beltrame. Gestão de Negócios Internacionais: Alicerces do comércio Internacional. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2017. SeçõesSeções LEITURAOBRIGATÓRIA FINALIZANDO REFERÊNCIAS GABARITO CONTEÚDOSEHABILIDADES AGORAÉASUAVEZ GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES 4 Tema 01 Alicerces do comércio Internacional 5 Conforme Ianni (2004, p. 11), “a globalização do mundo emerge um novo ciclo de expansão do capitalismo, como modo de produção e processo civilizatório de alcance mundial”. Considerando esse cenário, nessa aula, você estudará os seguintes conteúdos: • Os aspectos introdutórios ao estudo da gestão de negócios internacionais, por meio do estudo dos alicerces do comércio internacional. • Qual é o papel dos organismos e órgãos intervenientes no comércio internacional e como esses intervêm nos processos pertinentes às relações de comércio entre as nações. • A importância dos acordos internacionais de comércio no desenvolvimento das relações de comércio internacional. • Como e porque se dá o processo de integração econômica e sua importância nas relações de comércio internacional. Ao final, você terá desenvolvido e exercitado as seguintes habilidades: • Capacidade de análise da construção da gestão de negócios internacionais, por meio do estudo dos alicerces do comércio internacional. • Entender a dinâmica dos processos de integração econômica e sua importância nas relações de comércio internacional. • Compreender o papel dos organismos e órgãos intervenientes no comércio internacional e como esses intervêm nos processos pertinentes às relações de comércio entre as nações. • A importância dos acordos internacionais de comércio no desenvolvimento das relações de comércio internacional. CONTEÚDOSEHABILIDADES 6 LEITURAOBRIGATÓRIA Alicerces do Comércio Internacional As trocas de mercadorias, atualmente, ultrapassaram as fronteiras nacionais, transformando- se, assim, em Negócios Internacionais (MAIA, 2008). Esses implicam em atividade econômica regulada, no plano interno, pelos estados-nacionais, e, no plano internacional, por um sem-número de acordos comerciais, tarifários, de transporte, entre outros (FARO; FARO, 2010). Cada vez mais, o mundo tem sido visto como um grande mercado, onde os países podem realizar atividades comerciais de compra e venda de mercadorias. Desde os primórdios da civilização, há troca de mercadorias entre os homens. Dos antigos mercadores das companhias de comércio até os padrões de comércio da atualidade, o comércio entre os países vem se desenvolvendo em um ambiente favorável ao desenvolvimento conjunto das diferentes nações, cada qual, segundo sua vocação comercial principal (DIAS; RODRIGUES, 2004). Considerando esse cenário, é necessário esclarecermos conceitos relevantes para a área de negócios internacionais, os quais nos ajudarão a entender o papel dos organismos e órgãos intervenientes e dos acordos internacionais de comércio relativos aos processos de integração econômica. A proximidade entre os países, impulsionada pela globalização, no que se refere ao processo de integração econômica, oferece condições para a liberalização comercial (FARO; FARO, 2010). No que é pertinente à globalização, verificamos que essa não pode ser retardada, muito menos ignorada, uma vez que é constituída por forças ligadas à evolução da tecnologia (principalmente no que se refere à comunicação), além disso, a globalização tem uma dinâmica própria, sendo independente dos governos. Nesse sentido, podemos perceber que participar ou não da globalização não é uma questão de escolha, tendo em vista as mudanças irreversíveis em todos os âmbitos da sociedade, principalmente, no contexto internacional (VASCONCELLOS; LIMA; SILBER, 2010). 7 LEITURAOBRIGATÓRIA Considerando esse cenário de globalização, a integração econômica pode ser definida como processo que engloba medidas cujo objetivo é eliminar as distinções entre as unidades econômicas pertencentes a diferentes Estados nacionais (CAVUSGIL; KNIGHT; RIESENBERGER, 2010). Nessa perspectiva, tendo em vista a integração crescente na economia mundial, podemos observar que ela acrescenta custos econômicos e sociais, tendo em vista a exposição de setores até então protegidos de uma concorrência global, fazendo com que as empresas tenham que concorrer em escala mundial, em um contexto de mercado aberto (VASCONCELLOS; LIMA, SILBER, 2010). O fenômeno da globalização pode ser conceituado como a intensificação das relações internacionais entre os países. Essas se manifestam por meio da troca de bens e serviços, assim como de investimentos diretos efetivados pelas empresas transnacionais, fluxos financeiros, além dos acordos comerciais preferenciais, os quais têm impulsionado a criação dos blocos econômicos regionais (BRAGA; VASCONCELLOS, 2010). Podemos dizer que há uma diversidade de formas para demonstrar o grau de integração de um país na economia mundial, sendo que, dentre elas, é possível destacar, como indicadores da exposição do país à concorrência mundial, o grau de abertura da economia e a participação das exportações no Produto Interno Bruto (PIB) (VASCONCELLOS; LIMA; SILBER, 2010). De acordo com o grau de interdependência, é possível verificar estágios diversificados, os quais podem ir desde a elaboração e ratificação de acordos comerciais de alcance limitado até a integração econômica total (FARO; FARO, 2010). Nesse sentido, o processo de criação de um bloco econômico implica em interesses comuns, assim como: na necessidade do fortalecimento da posição de seus estados membros, na eliminação de barreiras comerciais e na diminuição de impostos e taxas sobre as mercadorias. Além disso, a progressiva integração de políticas econômicas busca ajudar os membros de um bloco econômico a sustentarem sua participação no mercado global, por meio de ações desenvolvidas de forma integrada (CAMPOS; FALKOWISKI, 2016). Apontados como uma tendência emergente da globalização, a construção e a implementação de blocos comerciais são bastante significativas, uma vez que a integração de economias nacionais, a nível regional, reflete no comércio global, criando um espaço comercial dentro 8 LEITURAOBRIGATÓRIA da zona de integração, com a diminuição, redução ou eliminação de obstáculos para o comércio entre componentes do bloco; além de alterar a dinâmica com os países não membros (CAVUSGIL; KNIGHT; RIESENBERGER, 2010). O complexo de relações de integração econômica, por meio da formação dos blocos econômicos, contribui para que o desempenho econômico de uma nação dependa não somente do que acontece internamente, mas, também, dos eventos que acontecem nos países parceiros (BRAGA; VASCONCELLOS, 2010). Um bloco econômico passa por um processo de maturação, que demanda que o mesmo passe por uma série de fases, indispensáveis para o sucesso da integração. Faro e Faro (2010) explicam os estágios relacionados à criação e à evolução de um bloco: a) Primeiro Estágio, a “Área de Livre Comércio”: também denominada como Zona de livre comércio, é o primeiro estágio do processo de integração econômica. Essa fase tem como principal objetivo a redução, e até mesmo a eliminação, das barreiras tarifárias no comércio entre os países membros, facilitando o comércio entre eles. No entanto, os países ainda mantêm políticas tarifárias independentes com relação às nações que não fazem parte do acordo. b) Segundo Estágio, a “União Aduaneira”: nesta fase, os países membros progridem na flexibilização das políticas tarifárias, assim como na quebra de barreiras entre os países- membros. Nesse estágiobuscam também balizar o relacionamento no que se refere aos países não membros, por meio do acordo de uma tarifa externa comum (TEC), que é a aplicação, pelos países membros, de uma mesma tarifa sobre as mercadorias advindas de nações que não integram o bloco econômico. Dessa forma, os membros procuram aproximar, gradativamente, dispositivos legais, buscando uma sincronia nas ações pertinentes aos países não signatários. c) Terceiro Estágio, o “Mercado Comum”: corresponde a um nível mais profundo de integração. Esse estágio é caracterizado pela harmonização de políticas que permitam a livre circulação de mão de obra, bens, serviços e capital. Além disso, há o desenvolvimento de uma política comercial executada de forma semelhante no que se refere a negociações conjuntas dos países membros e não membros. d) Quarto Estágio, a “União Econômica”: trata-se de um dos estágios significativamente avançados da integração econômica. Nessa fase, os membros buscam o alinhamento 9 LEITURAOBRIGATÓRIA das políticas monetária e fiscal. É possível verificar um forte grau de convergência no que se refere às políticas externas e de defesa comercial, além do estabelecimento de uma autoridade supranacional central, a qual tem a incumbência de estabelecer e monitorar as políticas comerciais. e) Quinto Estágio, a “Integração Econômica Total”: trata-se do estágio mais avançado da integração econômica. Nessa fase é onde os países membros operam as mais significativas modificações, no que se refere à unificação de suas leis, de forma a possibilitar um processo de unificação da moeda, das políticas econômicas, assim como, dos processos decisórios pertinentes aos países membros. Atualmente, a União Europeia é o único bloco econômico a atingir esse estágio de maturidade, compartilhando políticas econômicas comuns e moeda própria (Euro). As rápidas mudanças, principalmente na área tecnológica, aceleram também os processos de integração econômica, como foi possível observar no que se refere à formação dos blocos econômicos. No entanto, é relevante destacar que significativos avanços na aproximação entre as nações foram decorrentes de uma série de fatores políticos, tais como: o fim da Guerra Fria, a edificação do capitalismo, e o consequente processo de abertura dos mercados (FARO; FARO, 2010). Considerando esse cenário, no que é pertinente aos negócios internacionais, falaremos, inicialmente, a respeito do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) e da criação da Organização Mundial do Comércio (OMC). Sequencialmente, apresentaremos outros órgãos supranacionais relevantes, tais como a Organização das Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Bando Mundial. No que se refere ao Acordo Geral de Tarifas e Comércio - GATT (General Agreement on Tariffs and Trade), o mesmo foi criado em um cenário onde o mundo estava se reconstruindo no período pós-Segunda Guerra Mundial, ao mesmo tempo em que os países buscavam uma aceleração das relações comerciais. Algumas aspirações da época eram que houvesse o estabelecimento de uma ordem comercial negociada, para que as relações de comércio internacional se dessem de maneira igualitária, onde não houvesse restrições quantitativas, e que problemas de ordem geral fossem discutidos e solucionados em plenárias conciliatórias (MAIA, 2008. Firmado e negociado no ano de 1947, o GATT foi criado como resultado de negociações para diminuir as barreiras comerciais nascidas no pós-guerra, sob a liderança dos Estados 10 LEITURAOBRIGATÓRIA Unidos e da Inglaterra (NAIDIN, 2010). No entanto, podemos dizer que o GATT era somente um acordo, ou seja, ele não podia ser considerado um organismo internacional (MAIA, 2004), sendo o antecessor da Organização Mundial do Comércio - OMC (CAMPOS; FALKOWISKI, 2016). A Organização Mundial do Comércio (OMC) foi criada em 1995, e, desde o seu nascimento, vem atuando como a principal instância do sistema de comércio entre as nações (ITAMARATY, 2017). Conforme Naidin (2010), a OMC tem como funções: 1) Possibilitar a implantação dos acordos e instrumentos jurídicos negociados. 2) Ser foro para negociações de regras multilaterais para a liberalização do comércio. 3) Ser supervisor da aplicação das regras acordadas por meio de seus comitês e conselhos, como os subsídios, por exemplo. 4) Ser instrumento do mecanismo de exame das políticas comerciais. 5) Em cooperação com outros órgãos, como o FMI e o Banco Mundial, buscar coerência na elaboração de políticas econômicas em escala global. 6) Procurar ser espaço de solução de conflitos contenciosos comerciais, assim como procurar o entendimento a respeito da solução de controvérsias. A OMC tem como objetivo ser um marco institucional comum para regulamentar as relações de comércio estabelecidas entre os países signatários. Ela procura atuar como um mecanismo para a solução negociada das controvérsias comerciais, considerando os acordos comerciais em vigor, criando um ambiente propício para a negociação de novos acordos comerciais (ITAMARATY, 2017). No ano de 2017, a OMC tinha 160 países membros, sendo que o Brasil é um dos fundadores dessa Organização. Tem três línguas oficiais (espanhol, francês e o inglês) e sua sede fica em Genebra, na Suíça. Embora possa ser considerada uma organização supranacional jovem, ela herdou o legado do GATT, assim como o conjunto de princípios que são os fundamentos da regulação do comércio internacional, conforme a Figura 1. 11 LEITURAOBRIGATÓRIA Figura 1 - Princípios da Organização Mundial do Comércio Fonte: Itamaraty (2017) A OMC, além de dar continuidade aos itens acordados nas rodadas do GATT, tem como incumbência a defesa do desenvolvimento sustentável, a defesa e a proteção do meio ambiente e o monitoramento do desgaste do planeta frente ao desenvolvimento econômico dos países signatários (FARO; FARO, 2010). A OMC emergiu com uma atuação universal de maneira que o GATT nunca teve, pois esse vivenciou a época da divisão Leste-Oeste, durante o período da Guerra Fria. Atualmente a China faz parte da OMC (ingresso em 2001), após um longo e complexo período de negociação (SERAPIÃO; MAGNOLI, 2006). Podemos citar, conforme Itamaraty (2017), que os órgãos que fazem parte da estrutura da OMC são: a) Conferência Ministerial, instância máxima da organização composta pelos Ministros das Relações Exteriores ou de Comércio Exterior dos Membros. b) Conselho Geral, órgão composto pelos representantes permanentes dos Membros 12 LEITURAOBRIGATÓRIA em Genebra, que ora se reúne como Órgão de Solução de Controvérsias (OSC), ora aparece como Órgão de Revisão de Política Comercial. c) Conselho para o Comércio de Bens. d) Conselho para o Comércio de Serviços. e) Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio. f) Diversos Comitês, entre eles os Comitês de Acesso a Mercados, Agrícola e de Subsídios, entre outros. g) Secretariado, que tem como função apoiar as atividades da organização e é composto por cerca de 700 funcionários, dirigidos pelo Diretor Geral da OMC. Em relação à OMC, podemos destacar ainda que ela busca o desenvolvimento dos negócios internacionais; além de procurar articular os direitos e serviços de propriedade intelectual. É um organismo internacional permanente e com personalidade jurídica (MAIA, 2008). 13 Consulte o site da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (FUNCEX) e leia o artigo Os acordos comerciais de serviços: é hora de rever a posição do Brasil? Disponível em: <http://www.funcex.org.br/publicacoes/rbce/material/rbce/127_Veiga&Rios.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2017. Revista Brasileira de Comércio Exterior (RBCE- Revista da Funcex). Ano XXX, abril/maio/junho de 2016. O artigo apresenta um panorama dos principais modelos de acordos comerciaisde serviços e resume os compromissos negociados por alguns dos parceiros comerciais brasileiros nesse setor de serviços. Consulte o site da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (FUNCEX) e leia o artigo Tratados de Investimentos Brasileiros: um novo modelo de tratados de investimentos? <http://www.funcex.org.br/publicacoes/rbce/material/rbce/RBCE128_Perrone&Cesar.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2017. Revista Brasileira de Comércio Exterior (RBCE- Revista da Funcex). Ano XXX, julho/agosto/setembro de 2016. O trabalho trata dos aspectos relativos ao regime internacional de investimentos, de que o Brasil se tornou, formalmente, autor. Acesse o site do Ministério das Relações Exteriores e leia a respeito da Organização Mundial do Comércio. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/ diplomacia-economica-comercial-e-financeira/132-organizacao-mundial-do-comercio- omc>. Acesso em: 22 ago. 2017. O artigo apresenta informações a respeito da criação e dos objetivos da Organização Mundial do Comércio. Assista ao vídeo: Conexão Mundo - A Formação dos Blocos Econômicos (Parte 1) < https:// www.youtube.com/watch?v=Wyb2U4kLPMw>. Acesso em: 22 ago. 2017. Ele apresenta uma reflexão acerca dos tratados e políticas com vistas à integração econômica, por meio dos blocos econômicos. Assista ao vídeo: OMC (Organização Mundial de Comércio). Disponível em: < https://www. youtube.com/watch?v=u7GUY-5hYeA>. Acesso em: 22 ago. 2017. O vídeo fala a respeito do surgimento da OMC, seus princípios, objetivos e áreas de atuação. LINKSIMPORTANTES 14 Instruções: Agora chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. Bom estudo! AGORAÉASUAVEZ Questão 1: A economia vive sob permanente avaliação que é conduzida por uma lógica financeira geral de lucratividade. Estar no mercado atual pode representar estar frente a um ar- senal diversificado de influência, proposto pela globalização. As grandes corporações industriais e as organizações financeiras manejam uma massa de ativos financeiros e de moedas que compõem suas estraté- gias de valorização ao lado de seus ativos operacionais. Considerando esse contexto de crescimento latente das relações co- merciais, o papel de órgãos internacionais como a OMC é cada vez mais relevante. Cite, ao menos, três funções da OMC. Questão 2: Em termos mundiais, os blocos econômi- cos foram concebidos para impulsionar o desenvolvimento de seus países membros. Existem diferentes nomenclaturas relacio- nadas ao estabelecimento destes blocos e sua finalidade. Assinale a alternativa que apresenta um dos estágios de um bloco econômico. a) Área comum de interesse internacional. b) Área de livre comércio. c) Zona econômica plena. d) Zona comercial comum. e) Zona de cooperação comercial. 15 Questão 3: Quarenta por cento são a favor da retirada do Reino Unido na União Europeia, o mes- mo percentual do grupo contrário à ideia — os indecisos são cerca de 15% e 5% dizem que não vão votar. De um lado estão elei- tores preocupados com a onda migratória dos refugiados e com a perda de sobera- nia. De outro, estão os que acham que o Reino Unido é mais poderoso junto com os vizinhos. Embora seja uma votação local, o que está em jogo é mais do que o desti- no dos 64 milhões de ingleses, escoceses, galeses e habitantes da Irlanda do Norte. Fonte: O Reino Unido deve sair ou não da União Europeia? (EXAME, 2016). Disponí- vel em: http://exame.abril.com.br/revista- -exame/o-reino-unido-deve-sair-ou-nao- -da-uniao-europeia/ Acesso em: 13 ago. 2017. Considerando as definições das fases de formação de blocos econômicos, assinale a opção que corresponde à fase em que se encontra o bloco econômico União Eu- ropeia: a) União Aduaneira. b) Mercado Comum. c) Integração Econômica Total. d) Áreas de Livre Comércio. e) Tarifa Externa Comum. AGORAÉASUAVEZ Questão 4: A União Europeia (UE) ampliou a área de Mato Grosso do Sul autorizada a exportar carne bovina in natura para os países do bloco. “A partir do dia 1º de julho, todo o Es- tado estará apto a vender o produto para a UE”, disse, em nota, o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel. A área autoriza- da compreende os municípios de Corumbá e Ladário e a região localizada a 15 quilôme- tros das fronteiras externas nos municípios de Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antô- nio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Japorã e Mundo Novo. O restante do território de Mato Grosso do Sul e, ainda, Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo já tinham permissão para exportação aos paí- ses da União Europeia desde 2008. Fonte: UE amplia área de MS autorizada a exportar carne ao bloco. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/agronego- cios/ noticia/2016/06/ue-amplia-area-de-ms- auto rizada-a-exportar-carne-ao-bloco.html>. Acesso em: 13 ago. 2017. Considerando a relevância da UE, quais são os estágios de formação de blocos econômi- cos, conforme sua evolução (ordem cronoló- gica de desenvolvimento)? 16 Questão 5: A decisão entre a Amazon e a Apple de não obrigar autores a manterem exclusividade na distribuição de audiolivros, por meio de suas plataformas, deve impulsionar a con- corrência, disseram reguladores antitruste da União Europeia, nesta quinta-feira (19). As empresas anunciaram a decisão em 5 de janeiro, após conversarem com a Co- missão Europeia e o Escritório Federal de Cartéis da Alemanha. As exigências de ex- clusividade provocaram uma queixa da As- sociação Alemã de Editores e Vendedores a ambos os reguladores, desencadeando uma investigação da autoridade alemã em novembro de 2015. “A Comissão Europeia apoia um acordo para pôr fim a todas as obrigações de exclusividade relativas à oferta e distribuição de audiolivros entre a subsidiária da Amazon, a Audible, e a Ap- ple”, afirmou a autoridade de concorrência da UE em comunicado. Fonte: União Europeia apoia acordo en- tre Amazon e Apple para audiolivros. (G1, 2017). Disponível em: http://g1.globo.com/ tecnologia/noticia/uniao-europeia-apoia- -acordo-entre-amazon-e-apple-para-au- diolivros.ghtml Acesso em: 13 ago. 2017. A União Europeia é um exemplo de bloco econômico. Explique os interesses existen- tes na formação dos blocos econômicos. AGORAÉASUAVEZ 17 FINALIZANDO Podemos perceber que não foi somente o comércio que se tornou internacional, mas também outros atos relacionados com a atividade econômica. As atividades comerciais não respeitaram mais as fronteiras nacionais e se tornaram um conjunto de atividades que constituem a Economia Internacional. Ao longo desse estudo, pudemos entender os principais aspectos introdutórios da gestão de negócios internacionais, por meio do estudo dos alicerces do comércio internacional. Verificamos o papel dos organismos e órgãos intervenientes no comércio internacional e como eles intervêm nos processos pertinentes às relações de comércio entre as nações, assim como compreendemos a importância dos acordos internacionais de comércio no desenvolvimento das relações de comércio internacional. E, por fim, verificamos o porquê do processo de integração econômica e sua importância nas relações de comércio internacional. 18 GLOSSÁRIO Integração Econômica: processo estimulado pela globalização, uma vez que a proximidade entre os países oferece reais condições para que os países busquem acordos de cooperação comercial. MRE - Ministério das Relações Exteriores: Atua no comércio exterior, nos aspectos relacionados à promoção e à divulgação de oportunidadescomerciais, assim como estabelece parcerias com consulados, embaixadas e chancelarias. Acordos Comerciais: acordo ou tratado internacional trata-se de um contrato ou outro tipo de documento escrito o qual liga dois ou mais países sob a ótica do direito internacional. Órgãos Intervenientes: surgiram com a missão de oferecer aos países comprometidos com a integração econômica oportunidades para o alcance de níveis cada vez mais altos de bem-estar social. OMC (Organização Mundial de Comércio): iniciou suas atividades em 1º de janeiro de 1995, foi criada com o objetivo de estabelecer um marco institucional comum com vistas a articular as relações comerciais entre os diversos signatários do acordo, estabelecer um mecanismo de solução pacífica das controvérsias comerciais, tendo como base os acordos comerciais atualmente em vigor, e criar um ambiente que permita a negociação de novos acordos comerciais entre os Membros. 19 Questão 1 Resposta: Conforme Naidin (2010), a OMC tem como funções: possibilitar a implantação dos acordos e instrumentos jurídicos negociados; ser foro para negociações de regras multilaterais para a liberalização do comércio; ser supervisor da aplicação das regras acordadas por meio de seus comitês e conselhos, como os subsídios, por exemplo; ser instrumento do mecanismo de exame das políticas comerciais; em cooperação com outros órgãos, como o FMI e o Banco Mundial, buscar coerência na elaboração de políticas econômicas em escala global; e procurar ser espaço de solução de conflitos contenciosos comerciais, assim como procurar o entendimento a respeito da solução de controvérsias. Questão 2 Resposta: Área de livre comércio. (Trata-se do primeiro estágio do processo de integração, em que os países signatários se comprometem em buscar reduzir (eliminar) as barreiras tarifárias entre eles). Questão 3 Resposta: Integração Econômica Total. (Trata-se do estágio final do processo de integração dos países que fazem parte de um bloco econômico. Estágio onde se encontra, atualmente, a União Europeia). GABARITO 20 GABARITO Questão 4 Resposta: São os estágios da formação de bloco econômico: Estágio 1: Área de livre comércio; Estágio 2: união aduaneira; Estágio 3: mercado comum; Estágio 4: união econômica; e Estágio 5: Integração Econômica total. (São os estágios de formação de blocos econômicos). Questão 5 Resposta: Ao formarem blocos econômicos, os países querem diminuir as barreiras de comércio, fortalecer politicamente seus integrantes e desenvolver competências díspares entre os seus membros, na busca da integração econômica. 21 REFERÊNCIAS BRAGA, Márcio Bobik; VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de. A macroeconomia do setor externo: uma introdução. In: VASCONCELLOS, Marco Antonio S.; LIMA, Mi- guel; SILBER, Simão (Orgs). Gestão de Negócios Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2010. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502112070/ cfi/0!/4/2@100:0.00>. (PLT). Acesso em: 13 ago. 2017. CAMPOS, Ivan Ferreira de; FALKOWISKI, Lissandro de Souza. Negócios internacio- nais. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. 208 p. CANAL ILB. Conexão Mundo - A Formação dos Blocos Econômicos (Parte 1). Dispo- nível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Wyb2U4kLPMw>. Acesso em 22 ago. 2017. CAVUSGIL, S. 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O Exportador: ferramentas para atuar com sucesso nos mercados internacionais. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice, 2008. Minha Biblioteca. Disponível em: <http://anhanguera.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788582123089/pages/5>. Acesso em: 13 ago. 2017. NAIDIN, Leane Cornet. Regulação do comércio internacional e impactos nos negócios: os acordos de defesa comercial sobre dumping, subsídios e salvaguardas. In: VAS- CONCELLOS, Marco Antonio S.; LIMA, Miguel; SILBER, Simão (Orgs). Gestão de Ne- gócios Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2010. Disponível em: <https://integrada. minhabibliote ca.com.br/#/books/9788502112070/cfi/0!/4/2@100:0.00> (PLT). Acesso em: 13 ago. 2017. PERRONE, Nicolás M. César; CERQUEIRA, Gustavo Rojas de. Tratados de Investimen- tos Brasileiros: um novo modelo de tratados de investimentos? Revista Brasileira de Comércio Exterior (RBCE- Revista da Funcex). Ano XXX, julho/agosto/setembro de 2016. 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