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Contabilidade Societária - Influência e Controle

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Plano de Aula: Aula 02 - Influência significativa, controle e controle conjunto 
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA I - GST0089 
Título 
Aula 02 - Influência significativa, controle e controle conjunto 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
Influência significativa, controle e controle conjunto 
Objetivos 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
 - Compreender o conceito de influência significativa; 
 - Identificar as características de controle; 
 - Compreender o conceito de controle conjunto. 
Estrutura do Conteúdo 
Uma empresa (investidora) pode ter participações em outras 
empresas (investida) e essa participação pode significar influência 
significativa, controle ou controle conjunto sobre a investida. 
Existe um conjunto de normas brasileiras que trata sobre 
investimentos nessas investidas, contudo, antes de ir para essas 
normas, é interessante entender os conceitos sobre influência 
significativa, controle e controle conjunto. 
Influência significativa 
De acordo com o pronunciamento contábil CPC 18 (R2), influência 
significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas 
financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o 
controle individual ou conjunto dessas políticas. 
O CPC 18 (R2) versa sobre investimentos em coligada, em controlada 
e em empreendimento controlado em conjunto. 
Ressalta-se que quando o investidor tem influência significativa sobre 
a investida, esta é denominada de coligada. 
Se o investidor mantém direta ou indiretamente 20% ou mais do poder 
de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, 
a menos que seja comprovado o contrário. 
Se o investidor detém, direta ou indiretamente, menos de 20% do 
poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência 
significativa, a menos que essa influência possa ser demonstrada. 
Destaca-se que um investidor mantém influência significativa sobre 
uma investida de forma indireta, por meio de uma controlada, por 
exemplo. 
 
Evidências de influência significativa 
Quando um investidor tem influência significativa sobre a investida, 
essa influência geralmente é evidenciada por uma ou mais das 
seguintes formas: 
a) Representação no Conselho de Administração ou na Diretoria da 
investida; 
b) Participação no processo de elaboração de políticas, inclusive 
decisões sobre dividendos e outras distribuições; 
c) Operações materiais entre o investidor e a investida; 
d) Intercâmbio de diretores ou gerentes, ou; 
e) Fornecimento de informação técnica essencial 
Cumpre mencionar que a dependência por si só não é suficiente para 
determinar influência significativa. É necessários verificar mais 
características para verificar essa influência. 
O intercâmbio de diretores, gerentes ou pessoal somente é 
considerado para determinação da influência significativa quando 
estes forem os responsáveis pelo poder decisório sobre as políticas 
operacionais da investida. 
A influência significativa não significa que o investidor deve formatar 
como uma decisão deve ser tomada. Para existir influência 
significativa, basta o investidor participar do processo decisório. 
Potencial direito de voto 
Para a determinação da influência significativa, é necessário 
considerar também o direito de voto potencial. Dessa forma, uma 
entidade pode possuir valores mobiliários prontamente conversíveis 
em ações com direito a voto, tais como bônus de subscrição, opções 
de compra de ações, bem como debêntures e outros instrumentos (de 
capital ou de dívida) conversíveis em ações com poder de voto. 
Se esses valores mobiliários forem exercidos ou convertidos, 
conferem à entidade poder de voto adicional ou reduzem o poder de 
voto de outra parte sobre as políticas financeiras e operacionais da 
investida. 
A existência ou a efetivação dos potenciais direitos de voto detidos por 
outras entidades, devem ser considerados na avaliação de a entidade 
possuir ou não influência significativa. 
Ressalta-se que potenciais direitos de voto não são exercíveis ou 
conversíveis quando, por exemplo, não podem ser exercidos ou 
convertidos até uma data futura ou até a ocorrência de evento futuro. 
Ao avaliar se potenciais direitos de voto contribuem para influência 
significativa, a entidade deve examinar todos os fatos e circunstâncias 
(inclusive os termos do exercício dos potenciais direitos de voto e 
quaisquer outros acordos contratuais considerados individualmente ou 
em conjunto) que possam afetar os direitos potenciais, exceto a 
intenção da administração e a capacidade financeira de exercê-los ou 
convertê-los. 
Perda de influência significativa 
A entidade perde a influência significativa sobre a investida quando ela 
perde o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras 
e operacionais daquela investida. A perda da influência significativa 
pode ocorrer com ou sem mudança no nível de participação acionária 
absoluta ou relativa. 
São exemplos de quando há perda de influência sobre a investida: 
 Investidor vende uma parcela significativa das ações ou da 
participação de capital com direito a voto; 
 Não tem mais representação nos colegiados internos onde as 
decisões são tomadas. 
Ressalta-se que a perda de influência significativa pode ensejar em 
controle compartilhado ou obtenção de controle. Da mesma forma, é 
possível que o investidor perca a influência significativa e não obtenha 
nenhuma relação significativa. 
Controle 
De acordo com o CPC 36 (R3), um investidor controla uma investida 
quando está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis 
decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade 
de afetar esses retornos por meio do seu poder sobre a investida. 
Poder são direitos existentes que dão a capacidade atual de dirigir as 
atividades relevantes (atividades da investida que afetam 
significativamente os retornos da investida). O poder não se trata de 
um poder legal advindo de uma estrutura formal da investida. 
Ressalta-se que quando o investidor controla a investida, esta é 
chamada de controlada. Caso esse controle seja integral (100%), a 
investida é conhecida como subsidiária integral. 
Poder 
Para ter poder sobre a investida, o investidor deve ter direitos 
existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades 
relevantes. Esse poder vem por meio de direitos, que para fins de 
caracterização do controle, devem ser considerados somente direitos 
substantivos e que não sejam de proteção. 
Direitos substantivos são aqueles em que o titular tem a capacidade 
prática de exercer esse direito. É necessário uma análise de um 
conjunto de fatos e circunstâncias para determinar esse tipo de direito. 
Sempre que houver mecanismos que exijam consenso de mais de 
uma parte, para que determinado direito seja exercido, menor a 
probabilidade que esse direito seja entendido como substantivo. Por 
exemplo, se for necessário a aprovação de 70% dos acionistas em 
assembleia para mudar a atual diretoria, esse direito de destituição 
não é entendido como substantivo. 
Direitos de proteção referem-se a mudanças fundamentais nas 
atividades da investida ou aplicam-se a circunstâncias excepcionais, 
ou seja, protegem os direitos do seu detentor em questões que lhe 
envolva na entidade, como por exemplo, o direito de veto e o contrato 
de franquia (investida sendo a franqueada geralmente dá ao 
franqueador direitos que se destinam a proteger a marca da franquia). 
Os direitos de proteção não confere a capacidade de controlar uma 
investida. 
Avaliação do controle 
 
Para determinar se controla a investida, o investidor deve avaliar se 
possui todos os requisitos a seguir: 
a) Poder sobre a investida; 
b) Exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveisdecorrentes de 
seu envolvimento com a investida, e; 
c) A capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o 
valor de seus retornos. 
Em essência, para caracterizar o controle sobre a investida, é 
necessário conferir a capacidade do investidor de dirigir as atividades 
relevantes da investida. 
Quando a entidade é gerida pelo poder de voto, onde para cada ação 
ordinário um voto, o detentor de 50% + 1% tem preponderância nas 
deliberações sobre políticas financeiras e operacionais da investida, 
ou seja, quem tem mais poder de voto é o controlador. 
Contudo, quando a entidade não é gerida pelo poder de voto, é mais 
difícil identificar a parte controladora, pois envolve questões 
estatutárias, acordo de acionistas e outros instrumentos firmados entre 
as partes. 
Em casos mais complexos, pode ser necessário considerar alguns ou 
todos os fatores a seguir: 
a) O objetivo e a estrutura da investida; 
b) Quais são as atividades relevantes e como as decisões sobre 
essas atividades são tomadas; 
c) Se os direitos do investidor lhe dão a capacidade atual de dirigir as 
atividades relevantes; 
d) Se o investidor está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos 
variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida, e; 
e) Se o investidor tem a capacidade de utilizar seu poder sobre a 
investida para afetar o valor de seus retornos. 
Quando o objetivo e a estrutura da investida são considerados, pode 
ficar claro que a investida é controlada por meio de instrumentos 
patrimoniais que conferem ao seu titular direito de votos proporcionais, 
como por exemplo, ações ordinárias da investida. 
Nesse caso, na ausência de quaisquer acordos adicionais que alterem 
a tomada de decisões, a avaliação do controle se concentra em qual 
das partes, se houver, está apta a exercer direitos de voto suficientes 
para determinar as políticas operacional e financeira da investida. No 
caso mais simples, o investidor detém a maioria desses direitos de 
voto, a ausência de quaisquer outros fatores, controla a investida. 
Exemplos de atividades que, dependendo das circunstâncias, podem 
ser atividades relevantes incluem, dentre outras: 
a) Compra e venda de bens e serviços; 
b) Gestão de ativos financeiros durante sua vida (incluindo em caso 
de inadimplência); 
c) Seleção, aquisição e alienação de ativos; 
d) Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou processos, e; 
e) Determinação da estrutura de capital para obtenção de recursos. 
Exemplos de decisões sobre atividades relevantes incluem, entre 
outras: 
 
a) Estabelecimento de decisões operacionais e de capital da investida, 
incluindo orçamentos, e; 
b) Nomeação e remuneração do pessoal-chave da administração ou 
prestadores de serviços da investida e período de seus mandatos ou 
término de seus serviços. 
Para ter poder sobre a investida, o investidor deve ter direitos 
existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades 
relevantes. Exemplos de direitos que, individualmente ou combinados, 
podem dar poder ao investidor incluem, entre outros: 
a) Direitos na forma de direito de voto (ou direitos potenciais de voto) 
da investida; 
b) Direitos de nomear, realocar ou destituir membros do pessoal-
chave da administração da investida que tenham a capacidade de 
dirigir as atividades relevantes; 
c) Direitos de nomear ou destituir outra entidade que dirija as 
atividades relevantes; 
d) Direitos de instruir a investida a realizar transações, ou vetar 
quaisquer mudanças a essas transações, em benefício do investidor, 
e; 
e) Outros direitos (tais como os direitos de tomada de decisão 
especificados em contrato de gestão) que deem ao titular a 
capacidade de dirigir as atividades relevantes. 
Ao avaliar se tem controle sobre a investida, o investidor deve 
determinar se está exposto a, ou se tem direitos sobre, retornos 
variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida, como: 
a) Dividendos, outras distribuições de benefícios econômicos da 
investida (por exemplo, juros de títulos da dívida emitidos pela 
investida) e mudanças no valor do investimento do investidor nessa 
investida; 
b) Remuneração pela administração dos ativos ou passivos da 
investida, taxas e exposição a perdas em decorrência da prestação 
de suporte de crédito ou de liquidez, participações residuais nos 
ativos e passivos da investida por ocasião da liquidação desta, 
benefícios fiscais e acesso a liquidez futura que o investidor tenha em 
decorrência de seu envolvimento com a investida; 
c) Retornos que não estejam disponíveis a outros detentores de 
participação. Por exemplo, o investidor pode usar seus ativos em 
combinação com os outros ativos da investida, como combinando 
funções operacionais para obter economias de escala, economias de 
custos, suprimentos de produtos escassos ou acesso a 
conhecimentos de propriedade exclusiva ou limitando algumas 
operações e ativos, a fim de aumentar o valor dos outros ativos do 
investidor. 
Ao avaliar se controla a investida, o investidor com direitos de tomada 
de decisão (tomador de decisão) deve determinar se é um principal ou 
um agente. O investidor deve determinar também se outra entidade 
com direitos de tomada de decisão está atuando como agente em seu 
nome. 
Agente é uma parte comprometida a agir primariamente em nome e 
em benefício de outra parte ou partes (principal) e, portanto, não 
controla a investida quando exerce a autoridade de tomada de 
decisão. Assim, algumas vezes, o poder do principal pode ser detido e 
exercido por agente, mas em nome do principal. 
Cumpre mencionar que o investidor pode delegar sua autoridade de 
tomada de decisão ao agente com relação a algumas questões 
específicas ou a todas as atividades relevantes. 
 
Controle Conjunto 
De acordo com o CPC 18 (R2), controle conjunto é o 
compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle do 
negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades 
relevantes exigem o consentimento unânime das partes que 
compartilham o controle. 
Ressalta-se que o empreendimento controlado em conjunto também é 
conhecida como joint venture. 
Quando dois sócios X e Y tem participação de capital somada em 60% 
do capital votante e se juntam, por meio de acordo entre acionistas, 
eles podem tomar o controle da companhia. Contudo, se o sócio X 
deixa de participar das decisões e delega essa atividade para o sócio 
Y, o acordo contratual não caracteriza controle conjunto (O sócio X 
continua a classificação como participação em coligada e o sócio Y 
reconhece contabilmente a obtenção de controle). 
Caso o sócio X e o sócio Y assinem um acordo de acionistas, onde 
estabelecem que decisões sobre atividades relevantes da companhia 
serão tomadas em consenso, o controle conjunto foi caracterizado e 
nenhuma decisão poderá ser tomada se ambas as partes não a 
aprovem. 
 
Avaliação do controle conjunto 
Para avaliar se uma entidade detém o controle conjunto de negócio, a 
entidade deverá avaliar primeiramente se todas as partes integrantes 
do acordo, ou grupo de partes integrantes, controlam um negócio. 
Quando todas as partes, ou grupo de partes, consideradas 
coletivamente, têm a capacidade de governar atividades que afetam 
significativamente os retornos do negócio (ou seja, as atividades 
relevantes), essas partes controlam o negócio coletivamente. 
Após concluir que todas as partes controlam o negócio coletivamente, 
a entidade deve avaliar se tem o controle conjunto do negócio. O 
controle conjunto existe somente quando decisões sobre as atividades 
relevantes exigem um consentimento unânime das partes que 
controlam coletivamente o negócio. 
O requisito do consentimento unânime significa que qualquer parte 
com controle conjunto do acordo pode impedir qualquer das outras 
partes ou grupo de partes de tomar decisões unilateraissobre as 
atividades relevantes sem o seu consentimento. 
Aplicação Prática Teórica 
Exercício 01. Julgue as afirmações a seguir 
( ) Se o investidor mantém direta ou indiretamente 20% ou mais

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