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AULA 9 INVESTIMENTOS EM COLIGADAS E CONTROLADAS

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Contabilidade Internacional
Aula 9: Investimentos em coligadas e controladas, negócio em
conjunto e custos dos empréstimos
Apresentação
Aprenderemos a distinguir investimentos em coligadas, controladas e negócio em conjunto, bem como veri�car
evidências da in�uência signi�cativa de acordo com o NBC TG 18. Por �m, veremos as de�nições de ativo quali�cável para
a determinação e reconhecimento no ativo dos custos dos empréstimos de acordo com o NBC TG 20.
Objetivo
Identi�car os investimentos em coligadas e controladas;
Reconhecer um ativo quali�cável.
Pronunciamento contábil - NBC TG 18
 Fonte: pixabay
O Pronunciamento contábil que trata do reconhecimento, mensuração e divulgação dos investimentos e participação no capital
social de outras empresas é a NBC TG 18 em correlação ao CPC 18 – em correlação com as normas contábeis internacionais
IAS 28.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
O objetivo do referido pronunciamento contábil é: “estabelecer a
contabilização de investimentos em coligadas e em controladas e de�nir os
requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial quando
da contabilização de investimentos em coligadas, em controladas e em
empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures).”
O referido pronunciamento deve ser aplicado “por todas as entidades que sejam investidoras com o controle individual ou
conjunto de investida ou com in�uência signi�cativa sobre ela. ”
Para compreendermos melhor o assunto a ser abordado sobre as avaliações desses investimentos e participações societárias,
é necessário assimilar os termos e de�nições mais utilizados, como a NBC TG 18 (R3). São eles:
Coligada: entidade sobre a qual o investidor tem in�uência signi�cativa;
Demonstrações consolidadas: demonstrações contábeis de um grupo econômico em que ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e �uxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem
uma única entidade econômica;
Método da equivalência patrimonial: método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente
reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para re�etir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre
os ativos líquidos da investida. As receitas ou despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da
investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem sua participação em outros resultados abrangentes
da investida;
Negócio em conjunto: negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto;
Controle conjunto: compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de negócio, que existe somente
quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o
controle;
Empreendimento controlado em conjunto (joint venture): acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o
controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo;
Investidor conjunto (joint venturer): parte de um empreendimento controlado em conjunto (joint venture) que tem o
controle conjunto desse empreendimento.
In�uência signi�cativa: poder de participar das decisões sobre políticas �nanceiras e operacionais de uma investida, mas
sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas;
Controladora: entidade que controla uma ou mais controladas;
Controlada: entidade controlada por outra entidade.
Saiba mais
Leia a NBC TG 18 (R3).
Os investimentos em coligadas, controladas e controle em conjunto são classi�cados no balanço patrimonial da companhia
no Ativo Não Circulante, no subgrupo dos investimentos.
Coligada
javascript:void(0);
 Fonte: pixabay
Um investimento é quali�cado como coligado de acordo
com o artigo 243, parágrafo 1º, quando a investidora tem
in�uência signi�cativa sobre a investida.
Presume-se que ocorra a in�uência signi�cativa quando a
investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do
capital votante da investida, sem controlá-la, de acordo com
o parágrafo 5º, artigo 243, da Lei 6.404/76 e suas
alterações.
No parágrafo 4º da mesma lei, considera-se que há a in�uência signi�cativa quando a investidora detém ou exerce o poder de
participar nas decisões das políticas �nanceiras ou operacionais da investida, sem controlá-la.
 In�uência signi�cativa
 Clique no botão acima.
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade NBC TG 18 e o Pronunciamento Contábil CPC 18 (R2),
in�uência signi�cativa é o poder de participar das decisões sobre políticas �nanceiras e operacionais de uma
investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas.
A Norma versa sobre investimentos em coligada, em controlada e em empreendimento controlado em conjunto.
Ressalta-se que, quando o investidor tem in�uência signi�cativa sobre a investida, esta é denominada de coligada.
Se o investidor mantém direta ou indiretamente 20% ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha
in�uência signi�cativa, a menos que seja comprovado o contrário.
Se o investidor detém, direta ou indiretamente, menos de 20% do poder de voto da investida, presume-se que ele não
tenha in�uência signi�cativa, a menos que essa in�uência possa ser demonstrada. Destaca-se que um investidor
mantém in�uência signi�cativa sobre uma investida de forma indireta, por meio de uma controlada.
Evidências de in�uência signi�cativa
Quando um investidor tem in�uência signi�cativa sobre a investida, essa in�uência geralmente é evidenciada por uma
ou mais das seguintes formas:
Representação no Conselho de Administração ou na Diretoria da investida;
Participação no processo de elaboração de políticas, inclusive decisões sobre dividendos e outras distribuições;
Operações materiais entre o investidor e a investida;
Intercâmbio de diretores ou gerentes;
Fornecimento de informação técnica essencial.
Cumpre mencionar que a dependência por si só não é su�ciente para determinar in�uência signi�cativa. O intercâmbio
de diretores, gerentes ou pessoal somente é considerado para determinação da in�uência signi�cativa quando estes
forem responsáveis pelo poder decisório sobre as políticas operacionais da investida. Para existir in�uência
signi�cativa, basta o investidor participar do processo decisório.
Potencial direito de voto
Para a determinação da in�uência signi�cativa, é necessário considerar também o direito de voto potencial. Dessa forma, uma
entidade pode possuir valores mobiliários prontamente conversíveis em ações com direito a voto, tais como bônus de
subscrição, opções de compra de ações, bem como debêntures e outros instrumentos (de capital ou de dívida) conversíveis em
ações com poder de voto.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Perda de in�uência signi�cativa
A entidade perde in�uência signi�cativa sobre a investida quando perde poder de participar nas decisões sobre as políticas
�nanceiras e operacionais daquela investida. A perda da in�uência signi�cativa pode ocorrer com ou sem mudança no nível de
participação acionária absoluta ou relativa.
São exemplos de perda de in�uência sobre a investida:
Investidor vende uma parcela signi�cativa das ações ou da participação de capital com direito a voto;
Não tem mais representação nos colegiados internos nos quais as decisões são tomadas.
Atenção
Ressalta-se que a perda de in�uência signi�cativa pode ensejar em controle compartilhado ou obtenção de controle. Da mesma
forma, é possível que o investidor perca a in�uência signi�cativa e não obtenha nenhuma relação signi�cativa.
Controladora e controlada
A sociedade é considerada controlada quando outra sociedade, denominada
controladora, direta ou indiretamente obtém controle dela. Ou seja, a
sociedade controladora é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de
forma permanente, a preponderância nas deliberações sociais e o poder de
eleger a maioria dos administradores na sociedade controlada, conforme
artigo 243 da Lei6.404/76.
No Grá�co 1, podemos identi�car a controlada e a coligada:
 Gráfico 1 – Controlada e coligada
Conforme o Grá�co 1, quando a investidora obtiver preponderância nas deliberações e poder de eleger a maioria dos
administradores na investida, esta sociedade é considerada controlada. E, quando esta mesma sociedade não obtiver a
preponderância nas deliberações, mas possuir in�uência signi�cativa nas políticas operacionais e �nanceiras, esta sociedade é
coligada.
No Grá�co 2, veri�camos os tipos de controles que podem ocorrer pela sociedade investidora na sociedade investida:
 Gráfico 2 – Controle direto e indireto
Conforme o Grá�co 2, a investidora “A” obtém o controle direto da investida “B” de 100%. No controle indireto, a investidora “A”
tem o controle indiretamente de “C”, por intermédio da investida “B”.
Controle
De acordo com o CPC 36 (R3), um investidor controla uma investida quando
está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu
envolvimento com a investida, e tem a capacidade de afetar esses retornos
por meio do seu poder sobre a investida.
Poder
São direitos existentes que dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes (atividades da investida que afetam
signi�cativamente os retornos da investida). O poder não se trata de um poder legal advindo de uma estrutura formal da
investida. Ressalta-se que, quando o investidor controla a investida, esta é chamada de controlada. Caso esse controle seja
integral (100%), a investida é conhecida como subsidiária integral.
Para ter poder sobre a investida, o investidor deve ter direitos existentes que lhe garantam capacidade de dirigir as
atividades relevantes. Esse poder vem por meio de direitos, que, para �ns de caracterização do controle, devem ser
considerados somente direitos substantivos e que não sejam de proteção.
Direitos substantivos
São aqueles em que o titular tem a capacidade prática de exercer esse direito. É necessária uma análise de um conjunto de
fatos e circunstâncias para determinar esse tipo de direito.
Sempre que houver mecanismos que exijam consenso de mais de uma parte para que determinado direito seja exercido,
menor a probabilidade que esse direito seja entendido como substantivo. Por exemplo, se for necessária a aprovação de 70%
dos acionistas em assembleia para mudar a atual diretoria, esse direito de destituição não é entendido como substantivo.
Direitos de proteção
Referem-se a mudanças fundamentais nas atividades da investida, ou aplicam-se a circunstâncias excepcionais. Ou seja,
protegem os direitos do seu detentor em questões na entidade, como, por exemplo, o direito de veto e o contrato de franquia (a
investida sendo a Franqueada, geralmente garante aos franqueadores direitos que se destinam a proteger a marca da franquia).
Os direitos de proteção não conferem capacidade de controlar uma investida.
Avaliação do controle
Em conformidade com o item 7 do CPC 36 para determinar o controle da investida, o investidor deve avaliar se possui todos os
requisitos a seguir:
Poder sobre a investida;
Exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida, e;
Capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos.
Em essência, para caracterizar o controle sobre a investida, é necessário conferir a capacidade do investidor de dirigir as
atividades relevantes da investida. Quando a entidade é gerida pelo poder de voto, no qual para cada ação ordinário há um voto,
o detentor de 50% + 1% tem preponderância nas deliberações sobre políticas �nanceiras e operacionais da investida. Ou seja,
quem tem mais poder de voto é o controlador.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Atenção
Contudo, quando a entidade não é gerida pelo poder de voto, é mais difícil identi�car a parte controladora, pois há questões
estatutárias, acordo de acionistas e outros instrumentos �rmados entre as partes.
Em casos mais complexos, pode ser necessário considerar alguns ou todos os fatores a seguir:
objetivo e estrutura da investida;
atividades relevantes e decisões sobre essas atividades;
se os direitos do investidor lhe dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes;
se o investidor está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida,
e;
se o investidor tem a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos.
Saiba mais
Quando o objetivo e a estrutura da investida são considerados, pode �car claro que a investida é controlada por meio de
instrumentos patrimoniais que conferem ao seu titular direito de votos proporcionais, como, por exemplo, ações ordinárias da
investida.
Controle conjunto
De acordo com o CPC 18 (R2):
“controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado,
do controle do negócio, que existe somente quando decisões sobre as
atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que
compartilham o controle.” Ressalta-se que o empreendimento controlado
em conjunto também é conhecido como joint venture.
Quando dois sócios X e Y têm participação de capital somada em 60% do capital votante e se juntam, por meio de acordo entre
acionistas, podem tomar o controle da companhia. Contudo, se o sócio X deixa de participar das decisões e delega essa
atividade para o sócio Y, o acordo contratual não caracteriza controle conjunto (o sócio X continua a classi�cação como
participação em coligada e o sócio Y reconhece contabilmente a obtenção de controle).
Caso o sócio X e o sócio Y assinem um acordo de acionistas, no qual estabelecem que decisões sobre atividades relevantes da
companhia serão tomadas em consenso, o controle conjunto foi caracterizado, e nenhuma decisão poderá ser tomada se
ambas as partes não aprovarem.
Avaliação do controle conjunto
Para avaliar se uma entidade detém o controle conjunto de negócio, a entidade deverá avaliar primeiramente se todas as partes
integrantes do acordo, ou grupo de partes integrantes, controlam um negócio.
Quando todas as partes, ou grupo de partes, consideradas coletivamente têm a capacidade de governar atividades que afetam
signi�cativamente os retornos do negócio (ou seja, as atividades relevantes), essas partes controlam o negócio coletivamente.
Após concluir que todas as partes controlam o negócio coletivamente, a entidade deve avaliar se tem o controle conjunto do
negócio. O controle conjunto existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem um consentimento
unânime das partes que controlam coletivamente o negócio.
O requisito do consentimento unânime signi�ca que qualquer parte com controle conjunto do acordo pode impedir qualquer
das outras partes, ou grupo de partes, de tomar decisões unilaterais sobre as atividades relevantes sem o seu consentimento.
Método da equivalência patrimonial
O valor do investimento avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial – MEP – será reconhecido inicialmente pelo custo,
e serão aumentados (lucro) ou reduzidos (prejuízos) em função dos resultados gerados pela investida, após a aquisição.
Portanto, a Equivalência Patrimonial é o método que consiste na atualização do valor contábil do investimento ao valor
equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da investida, na qual os efeitos desta
atualização devem ser reconhecidos no resultado do exercício do período de avaliação.
As variações apuradas em decorrência dos resultados apurados pela investida serão reconhecidas como ganho ou perda com
equivalência patrimonial, e registradas contabilmente diretamente no resultado da investidora, em contrapartida da conta
investimento.
As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento.
O valor do investimento deverá ser determinado mediante a aplicação do percentual de participação no capital social e sobre
os lucros e/ou perdas de cada sociedade coligada ou controlada.De acordo com o artigo 248 da Lei 6.404/76 e suas alterações:
No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que
façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle
comum serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial.
- Nome do Autor
Mensuração e reconhecimento
As participações societárias identi�cadas como coligadas e controladas devem ser reconhecidas e mensuradas inicialmente
ao custo de aquisição e, subsequentemente, à aplicação do método da equivalência patrimonial – MEP.
O investimento em outra sociedade identi�cada como coligada ou controlada deve ser inicialmente contabilizado no balanço
patrimonial da investidora pelo custo de aquisição. Posteriormente, sua atualização será mensurada pela aplicação do método
de equivalência.
O critério de avaliação das participações societárias, de acordo com a Lei 6.404/76 e suas alterações (artigo 183), será pelo
custo de aquisição deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, ressalvados os casos previstos nos
artigos 248 a 250 da referida Lei, que tange aos investimentos em coligadas e controladas avaliadas pelo MEP.
Portanto, os investimentos podem ser avaliados:
Pelo método de custo
Investimentos não relevantes e que não
sejam em sociedades coligadas e
controladas. Efeitos na investidora: lucro
na investida – somente é reconhecido
quando do recebimento dos dividendos;

Pelo método da equivalência
patrimonial
Investimentos em sociedades coligadas e
controladas. Efeitos na Investidora:
lucro/prejuízos na investida – é
reconhecido no período em que é gerado.
 Exemplo de Contabilização pelo MEP E pelo Método de Custo
 Clique no botão acima.
Exemplos de contabilização pelo MEP:
Caso 1: Empresa Alfa adquiriu 80% de participação no capital de Beta por R$ 100.000,00 à vista.
Débito – Conta de investimento (ANC) *
Crédito – Banco conta corrente (AC) **
Caso 2: Atualização do valor contábil do investimento. Beta obteve um lucro de R$ 50.000,00.
# 50.000,00*0,80 = 40.000,00 
Débito – Conta de investimento (ANC) *
Crédito – Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial (Resultado)
Caso 3: Alfa recebeu dividendos de Beta no valor de R$ 5.000,00.
Débito – Banco conta corrente (AC) *
Crédito – Conta de investimento (ANC) *
*Ativo Não Circulante
** Ativo Circulante
Exemplos de contabilização pelo Método de Custo:
Caso 1: Empresa Alfa adquiriu 10% de participação no capital de Beta por R$ 10.000,00 a vista.
Débito – Conta de investimento (ANC) *
Crédito – Banco conta corrente (AC) **
Caso 2: Alfa recebeu dividendos de Beta no valor de R$ 1.000,00.
Débito – Banco conta corrente (AC) *
Crédito – Dividendos recebidos (Resultado)
*Ativo Não Circulante
** Ativo Circulante
Lucros não realizados
 Fonte: pixabay
Em conformidade com o artigo 248 da Lei 6.404/76 e suas alterações, o inciso III determina que a diferença entre o valor do
investimento e o custo de aquisição corrigido monetariamente somente será registrado como resultado do exercício se
decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada, e se corresponder comprovadamente aos ganhos e perdas
efetivas do período.
Ou seja, a controladora deverá deduzir do montante apurado na equivalência patrimonial o valor correspondente ao lucro ou
prejuízo efetivamente não realizado no período, aplicando o percentual de participação no lucro ou prejuízo que não foi
realizado na controlada ou coligada.
O lucro não realizado pode ocorrer, por exemplo, na venda de estoque da controladora para a controlada, se esta, por sua vez,
não efetivou toda a venda para terceiros deste estoque.
Exemplo
Suponha que a Empresa A vendeu por R$ 500,00 estoques que custaram R$ 300,00 para a sua controlada B. No encerramento do
Balanço Patrimonial, 50% destes estoques ainda não haviam sido vendidos a terceiros.
Temos:
No momento do cálculo da equivalência patrimonial, a controladora deverá deduzir do montante apurado da participação
societária os lucros não realizados correspondentes ao percentual da sua participação societária.
Custos de empréstimos NBC TG 20 em correlação ao CPC 20 e
IAS 23
De acordo com a NBC TG 20, os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção
de um ativo quali�cável formam parte do custo de tal ativo. Outros custos de empréstimos devem ser reconhecidos como
despesa.
Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos.
Mas não são todos os custos de empréstimos que podemos ativar, ou seja, reconhecer como parte do ativo identi�cado como
ativo quali�cável.
Ativo quali�cável
É um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para �car pronto para seu uso ou venda
pretendidos.
Os custos dos empréstimos podem incluir:
a) encargos �nanceiros calculados com base no método da taxa efetiva de juros, como descrito no CPC 08 – Custos de
Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários e no CPC 48 – Instrumentos Financeiros;
b) juros sobre passivos de arrendamento mercantil reconhecidos de acordo com o CPC 06 – Operações de Arrendamento
Mercantil; e
c) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda estrangeira, na extensão em que elas sejam consideradas como
ajuste, para mais ou para menos, do custo dos juros.
Em conformidade com o item 7 do Pronunciamento Contábil CPC 20, dependendo das circunstâncias, um ou mais dos
seguintes ativos podem ser considerados ativos quali�cáveis:
a) estoques;
b) plantas industriais para manufatura;
c) usinas de geração de energia;
d) ativos intangíveis;
e) propriedades para investimentos;
f) plantas portadoras.
Atenção
Importante salientar que Ativos �nanceiros e estoques que são manufaturados, ou de outro modo produzidos, a um curto período
de tempo, não são ativos quali�cáveis. Ativos que estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando adquiridos tampouco
são ativos quali�cáveis.
Reconhecimento
Custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo quali�cável devem ser
capitalizados como parte do custo do ativo quando for provável que irão resultar em benefícios econômicos futuros para a
entidade, e que tais custos possam ser mensurados com con�abilidade.
A entidade deve iniciar a capitalização dos custos de empréstimos como parte do custo de um ativo quali�cável na data de
início.
A data de início para a capitalização é a primeira data em que a entidade satisfaz todas as seguintes condições:
a) incorre em gastos com o ativo;
b) incorre em custos de empréstimos; e
c) inicia as atividades necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos.
A entidade deve suspender a capitalização dos custos de empréstimos durante períodos extensos em que suspender as
atividades de desenvolvimento de um ativo quali�cável.
A entidade deve divulgar:
a) o total de custos de empréstimos capitalizados durante o período; e
b) a taxa de capitalização utilizada na determinação do montante dos custos de empréstimos elegíveis à capitalização.
Atividades
1. Complete as lacunas:
a) digite a resposta é a entidade sobre a qual o investidor tem in�uência signi�cativa.
b) digite a resposta é o método que consiste na atualização do valor contábil do investimento ao valor equivalente à
participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da digite a resposta , na qual os efeitos desta
atualização devem ser reconhecidos no resultado do exercício do período de avaliação.
c) digite a resposta é um ativo que, necessariamente, demanda um período substancial para �car pronto para seu uso
ou venda pretendidos.
d) d. Importante salientar que Ativos �nanceiros e estoques que são manufaturados, ou de outro modo produzidos a 
digite a resposta período de tempo, não são ativos quali�cáveis.
Notas
goodwill1
Valor pago a mais pelo patrimônio líquido adquirido da investida após a identi�cação e alocação dos valores justos dos ativose
passivos identi�cados na operação.
compra vantajosa2
Diferença entre o valor pago a menos após a identi�cação e alocação dos valores justos dos ativos e passivos reconhecidos na
operação.
Referências
BRAGGIO, M. B. Contabilidade Internacional. Rio de Janeiro: SESES, 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução NBCTG18(R3). Disponível em:
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG18(R3).doc. Acesso em: 9 set. 2019.
Próxima aula
Tratamento contábil das receitas e despesas associadas aos contratos de construção;
Obrigação de desempenho;
De�nições das contas regulatórias diferidas.
Explore mais
Leia o texto:
Investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial - erro na contabilização de dividendos quando existem
lucros não realizados;
Acesse os sites:
Conselho Federal de Contabilidade – SER-Sistema de Resoluções;
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2015/NBCTG20(R1);
Presidência da República – Lei 6.404 compilada.
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