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BANPARA Conhecimentos Gerais 2018 Rogerio silva pdf

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CONHECIMENTO GERAIS PROFESSOR: ROGÉRIO SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO ESTRUTURA POLÍTICA 
O Brasil é formado por 26 Estados, a União, o Distrito Federal (cuja 
capital é Brasília) e os Municípios, sendo ele uma República 
Federativa. Cada ente federativo possui sua autonomia financeira, 
política e administrativa, em que cada Estado deve respeitar a 
Constituição Federal e seus princípios constitucionais, além de ter sua 
Constituição própria; e também, cada município (através de sua lei 
orgânica), poderá ter sua própria legislação. 
Essa organização é formada pelos três poderes: Poder Executivo, 
Poder Judiciário, Poder Legislativo, adotando a teoria da tripartição dos 
poderes. A administração pública federal é feita em três níveis, cada 
qual com sua função geral e específica: 
Nível Federal – a União realiza a administração pública, ela é um 
representante do governo federal, composta por um conjunto de 
pessoas jurídicas de direito público. 
Nível Estadual – os Estados e o Distrito Federal realizam a 
administração pública. 
Nível Municipal – os Poderes Legislativo e Executivo realizam a 
administração pública nos municípios. 
Além dessas divisões dentro dos órgãos existem outras 
subdivisões (como conselho, coordenação, diretoria, etc.) chamado 
de Organização ou Estrutura do Poder. 
 
Divisão dos Poderes no Brasil 
A separação dos poderes no Brasil passou a existir com a 
Constituição outorgada de 1824 que prevaleceu até o fim da 
Monarquia, mas além dos três poderes, na época, havia também o 
quarto poder, chamado de Moderador, que era exercido pelo 
Imperador, mas foi excluído da Constituição da República, em 1891. 
No art. 2º da Constituição Federal de 1988 vemos os Poderes 
da União que são: Legislativo, Judiciário e Executivo. 
Além disso, existe o Ministério Público (MP). Elle tem total 
independência dos outros poderes em algumas situações. Seu objetivo 
principal é garantir que a lei seja cumprida e agir na defesa da ordem 
jurídica. 
 
Poder Legislativo no Brasil 
O Poder Legislativo é realizado pelo Congresso Nacional. 
Esse poder é responsável por criar as leis e é formado pela Câmara 
dos Deputados (representantes do povo), Senado 
Federal (representantes dos Estados e Distrito Federal), e Tribunal de 
Contas da União (órgão regulador e fiscalizador das ações externas, 
prestando auxílio para o Congresso Nacional). 
O Congresso Nacional elabora as leis e realiza a fiscalização 
financeira, contábil, operacional, patrimonial e orçamentária da União e 
entidades ligadas à Administração direta e indireta. 
O Poder Legislativo é organizado em duas casas 
(bicameralismo), tradição desde o período da Monarquia (1822-1889). 
No caso, as Casas são: Câmara Baixa (Câmara dos Deputados) 
e Câmara Alta (Senado). O objetivo é que uma Casa realize o trâmite e 
discussões das matérias e a outra Casa melhore e revise os trabalhos 
e vice-versa. Assim, as duas casas poderão contribuir para a 
elaboração das normas jurídicas. 
A Câmara dos Deputados tem como função, além de 
representar o povo, discutir sobre os assuntos nacionais e legislar 
sobre eles, fazendo a fiscalização dos recursos públicos. 
 
Poder Executivo no Brasil 
Com a preferência do sistema presidencialista, proposto na 
Constituição de 1988, esse poder é exercido pelo Presidente da 
República com a ajuda dos ministros de Estado. 
O Presidente da República age liderando, sancionando, 
promulgando, dando ordens para publicação das leis, criando cargos, 
funções ou empregos públicos na administração pública, aumentando 
salários, vetando projetos de leis e coordenando a administração 
federal. 
É crime presidencial, art. 85, atos do Presidente da República 
que impedem o exercício do Poder Legislativo, Judiciário, Ministério 
Público e as constituições das demais unidades da federação. 
Poder Judiciário no Brasil 
O judiciário tem o poder de julgar e garantir o cumprimento 
das leis, promovendo a paz social. Ele tem uma estrutura singular e 
existe uma hierarquia dos seus órgãos, nomeados de 'instâncias'. 
 
Instâncias do Poder Judiciário 
Supremo Tribunal Federal (STF) – é formado por onze 
ministros, nomeados pelo Presidente e aprovados pelo Senado 
Federal. Ele é responsável por julgar os casos referentes a violação da 
Constituição Federal. O Conselho Nacional de Justiça controla a 
administração e a parte financeira do Judiciário. 
Superior Tribunal de Justiça (STJ) – é formado por no 
mínimo 33 ministros, nomeados pelo Presidente e aprovados pelo 
Senado. Ele torna as leis federais uniformes e harmônicas às decisões 
dos tribunais regionais federais e estaduais (2ª instância), além de 
apreciar recursos especiais que contestam as leis federais. 
Justiça Federal – controlado administrativa e 
financeiramente pelo Conselho da Justiça Federal, é formado pelos 
Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais. Ele julga as 
ações judiciais dos Estados, da União, autarquia ou empresa pública 
federal. Temos também Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral, 
Justiça Militar e Justiça Estadual. 
Quantos são e de que forma é definido o número de Deputados 
O art. 45 da Constituição Federal determina que o número 
total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo 
Distrito Federal, deve ser estabelecido por lei complementar, 
proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes 
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma das 
unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta 
Deputados. 
A Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993, 
estabelece que o número de Deputados não pode ultrapassar 
quinhentos e treze. A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística fornece os dados estatísticos para a efetivação do 
cálculo. Assim, desde 1993, a Câmara dos Deputados é composta 
por exatamente 513 Deputados. No Pará temos 17 deputados 
Federais e 41 Estaduais. 
Feitos os cálculos, o Tribunal Superior Eleitoral encaminha 
aos Tribunais Regionais Eleitorais e aos partidos políticos o número de 
vagas a serem disputadas. 
Além do número mínimo de representantes, a lei determina que 
cada Território Federal será representado por quatro Deputados 
Federais. 
 
Senado Federal 
O Senado tem 81 integrantes. Eles são eleitos para mandatos de 
oito anos de duração. 
A cada quatro anos, são realizadas eleições em que são eleitos 
27 ou 54 senadores. Ou seja, de quatro em quatro anos a Casa é renovada 
(em uma eleição, 1/3 dela é mudada; em outra; 2/3). 
1-POLÍTICA 
 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
2 
Diferentemente da Câmara, onde há representação da população 
de forma proporcional por estado, no Senado há três senadores para cada 
estado e para o Distrito Federal. 
 
 SISTEMA ELEITORAL: Voto Distrital 
Além de estreitar as relações entre o político e a sua base eleitoral, 
o eleitor passa a ter consciência plena de quem o representa na sua 
localidade. Essa aproximação facilita na hora de fiscalizar, cobrar e 
saber o que o político da sua região está fazendo. 
Uma das maiores virtudes do voto distrital é eliminar a lógica dos 
puxadores de voto, o famoso efeito Tiririca. O sistema atual permite que 
você vote em um e acabe elegendo outro sem nem saber. Nas eleições 
de 2014, por exemplo, apenas 38 dos 513 deputados foram eleitos por 
suas próprias pernas. O restante contou com votos dados a outros 
políticos ou às suas legendas. 
No sistema proporcional, os candidatos a deputado federal e 
estadual e vereador precisam percorrer todo o estado (ou cidade) em 
carreatas caras para se fazerem conhecidos. Já no voto distrital, eles 
se limitariam a uma área bem menor,diminuindo significativamente os 
gastos com campanha. Campanhas mais baratas refreiam a corrupção 
e abrem caminho à eleição de lideranças locais. 
Em vez de ter que escolher entre mais de 1.000 candidatos a 
deputado federal, por exemplo, como ocorre no sistema proporcional, 
você optaria por no máximo 35 nomes - número total de partidos que 
existe atualmente, já que cada legenda só poderia indicar um candidato 
por distrito. A multidão de políticos que fazem aparições relâmpago na 
propaganda eleitoral televisiva desapareceria. E ficaria muito fácil 
estudar a trajetória dos pretendentes. 
(Fonte: http://www.euvotodistrital.org.br/#entenda) 
 
 FIM DA REELEIÇÃO 
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (27), 
por 452 a favor, 19 contra e uma abstenção, o fim da reeleição para 
presidente da República, governador e prefeito. A votação foi parte da 
série de sessões iniciada nesta semana, destinada à apreciação das 
propostas de reforma política. 
O texto do fim da reeleição, de autoria do relator, deputado Rodrigo 
Maia (DEM-RJ), não altera o tempo atual de mandato (quatro anos), 
mas, nesta quinta-feira (28), o plenário analisará a ampliação da 
duração do mandato para cinco anos. Antes de votar o fim da reeleição, 
os deputados rejeitaram nesta quarta o financiamento exclusivamente 
público das campanhas e aprovaram a doação de empresas a partidos, 
mas não a candidatos. 
A proposta de emenda à Constituição da reforma política começou 
a ser votada no plenário nesta terça (26). Por decisão dos líderes 
partidários, cada ponto da PEC, como o fim da reeleição, será votado 
individualmente, com necessidade de 308 votos para a aprovação de 
cada item. Ao final, todo o teor da proposta de reforma política será 
votado em segundo turno. Se aprovada, a PEC seguirá para análise do 
Senado. 
Fim da reeleição: Pelo texto aprovado pelos deputados, a nova 
regra de término da reeleição não valerá para os prefeitos eleitos em 
2012 e para os governadores eleitos em 2014, que poderão tentar pela 
última vez uma recondução consecutiva no cargo. O objetivo desse 
prazo para a incidência da nova regra foi obter o apoio dos partidos de 
governantes que estão atualmente no poder. 
(g1.globo.com/politica/noticia/2015- 28/05/2015) 
 
 ELEIÇÕES-2018 
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi inscrito por um 
grupo de parlamentares do partido para as prévias tucanas que 
definirão o candidato ao governo estadual. 
Foram reunidas 1.704 assinaturas de apoio à pré-candidatura, o 
que representa 47% dos delegados do partido no Estado, dizem os 
apoiadores de Doria. 
O prefeito é esperado para ato organizado por apoiadores na sede 
do Diretório Estadual da legenda, nesta segunda-feira. Na ocasião, ele 
deve "aceitar" a inscrição e declarar que está na disputa. 
Os adversários do prefeito João Doria nas prévias que definirão o 
candidato tucano ao governo de São Paulo acusam o diretório estadual 
da legenda de favorecê-lo na disputa. A direção do partido nega. 
O cientista político Luiz Felipe d'Ávila e o secretário estadual de 
Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, que disputam a vaga, dizem 
que a distribuição das urnas na eleição interna do próximo domingo 
privilegiou militantes da capital, administrada por Doria, em detrimento 
do interior do Estado. 
 
 IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF 
Em 31 de agosto de 2016, a presidente do Brasil, Dilma Vana 
Rousseff, foi destituída do cargo após a conclusão de um processo 
de impeachment, aberto contra ela em 12 de maio do mesmo ano. 
Entretanto, Dilma Rousseff não perdeu seus direitos políticos com a 
destituição, isto é, não ficou inabilitada para exercer cargos públicos por 
um período de oito anos, como prevê a Constituição Federal em 
seu artigo 52. 
Segundo a Constituição Federal do Brasil, durante o processo 
de impeachment, os senadores desempenham função de juízes. 
Portanto, foi montada uma Comissão Especial de Impeachment para 
apurar as denúncias do processo, ouvir testemunhas da acusação e da 
defesa e debater política e juridicamente o caso. 
No pedido que foi acolhido, os denunciantes formularam a 
acusação de crime de responsabilidade contra a presidente Dilma com 
base no artigo 85 da Constituição Federal e Lei 1. 079/1050. O 
argumento principal dizia respeito à violação, por parte da presidente, 
de leis relativas ao orçamento e ao controle fiscal, como a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF). 
 
 OPERAÇÃO LAVA JATO 
O nome do caso, ―Lava Jato‖, decorre do uso de uma rede de 
postos de combustíveis e lava a jato de automóveis para movimentar 
recursos ilícitos pertencentes a uma das organizações criminosas 
inicialmente investigadas. Embora a investigação tenha avançado para 
outras organizações criminosas, o nome inicial se consagrou. 
A operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e 
lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. Estima-se que o volume de 
recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal do país, 
esteja na casa de bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão 
econômica e política dos suspeitos de participar do esquema de 
corrupção que envolve a companhia. 
No primeiro momento da investigação, desenvolvido a partir de 
março de 2014, perante a Justiça Federal em Curitiba, foram 
investigadas e processadas quatro organizações criminosas lideradas 
por doleiros, que são operadores do mercado paralelo de câmbio. 
Depois, o Ministério Público Federal recolheu provas de um imenso 
esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobras. 
Nesse esquema, que dura pelo menos dez anos, grandes empreiteiras 
organizadas em cartel pagavam propina para altos executivos da 
estatal e outros agentes públicos. O valor da propina variava de 1% a 
5% do montante total de contratos bilionários superfaturados. Esse 
suborno era distribuído por meio de operadores financeiros do 
esquema, incluindo doleiros investigados na primeira etapa. 
As empreiteiras - Em um cenário normal, empreiteiras 
concorreriam entre si, em licitações, para conseguir os contratos da 
Petrobras, e a estatal contrataria a empresa que aceitasse fazer a obra 
pelo menor preço. Neste caso, as empreiteiras se cartelizaram em um 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
3 
―clube‖ para substituir uma concorrência real por uma concorrência 
aparente. Os preços oferecidos à Petrobras eram calculados e 
ajustados em reuniões secretas nas quais se definia quem ganharia o 
contrato e qual seria o preço, inflado em benefício privado e em 
prejuízo dos cofres da estatal. O cartel tinha até um regulamento, que 
simulava regras de um campeonato de futebol, para definir como as 
obras seriam distribuídas. Para disfarçar o crime, o registro escrito da 
distribuição de obras era feito, por vezes, como se fosse a distribuição 
de prêmios de um bingo (veja aqui documentos). 
Funcionários da Petrobras - As empresas precisavam 
garantir que apenas aquelas do cartel fossem convidadas para as 
licitações. Por isso, era conveniente cooptar agentes públicos. Os 
funcionários não só se omitiam em relação ao cartel, do qual tinham 
conhecimento, mas o favoreciam, restringindo convidados e incluindo a 
ganhadora dentre as participantes, em um jogo de cartas marcadas. 
Segundo levantamentos da Petrobras, eram feitas negociações diretas 
injustificadas, celebravam-se aditivos desnecessários e com preços 
excessivos, aceleravam-se contratações com supressão de etapas 
relevantes e vazavam informações sigilosas, dentre outras 
irregularidades. 
Operadores financeiros - Os operadores financeiros ou 
intermediários eram responsáveis não só por intermediar o pagamentoda propina, mas especialmente por entregar a propina disfarçada de 
dinheiro limpo aos beneficiários. Em um primeiro momento, o dinheiro 
ia das empreiteiras até o operador financeiro. Isso acontecia em 
espécie, por movimentação no exterior e por meio de contratos 
simulados com empresas de fachada. Num segundo momento, o 
dinheiro ia do operador financeiro até o beneficiário em espécie, por 
transferência no exterior ou mediante pagamento de bens. 
http://lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso 
 
 REFORMA DA PREVIDÊNCIA 
 As armadilhas da proposta de Temer para a 
Previdência 
por Rodrigo Martins — publicado 07/12/2017. Carta Capital 
O que vamos fazer de mais importante é combater os 
privilégios. Tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito 
e se aposenta cedo‖, diz uma das propagandas bancadas pelo governo 
federal na televisão, em nova tentativa de reduzir a ampla rejeição 
popular à reforma da Previdência. 
O peemedebista (M. Temer) não corre, porém, o risco de 
perder tais privilégios. As mudanças só valerão para quem entrar no 
serviço público após a aprovação da reforma. 
Com um custo estimado em 20 milhões de reais, a nova 
campanha publicitária, produzida pelas três agências que atendem o 
Planalto (Calia, Artplan e NBS), aponta para os supostos privilégios que 
os servidores teriam na comparação com os trabalhadores da iniciativa 
privada. A propaganda ignora as diversas alterações nas regras de 
aposentadoria do funcionalismo desde a promulgação da Constituição 
de 1988. 
Quem entrou no serviço público a partir de 2013, quando 
passou a vigorar a última mudança, já está submetido a exigências de 
idade mínima e tempo de contribuição, além de não poder receber 
benefícios superiores ao teto do Regime Geral de Previdência Social, 
hoje fixado em 5.531 reais. Aqueles que desejam uma aposentadoria 
maior precisam contribuir adicionalmente para um fundo complementar 
de previdência. 
―A reforma do setor público está feita. Dentro de 25 ou 30 
anos não haverá mais servidores em regimes anteriores, recebendo 
benefícios elevados, como é o caso de Temer‖, afirma Floriano Martins 
de Sá Neto, presidente da Anfip, a associação nacional dos auditores 
fiscais. 
 De acordo com as projeções do próprio governo, incluídas no 
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2017, atualmente o 
déficit do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores 
corresponde a 1,1% do PIB. Em 2060, esse porcentual estará 
reduzido a 0,4%. ―De forma ardilosa, o governo parece querer jogar a 
população contra o servidor, ora convertido no grande vilão da 
Previdência.‖ 
Oito em cada dez brasileiros rejeitam a reforma da 
Previdência proposta pelo governo, atesta a última rodada da pesquisa 
CUT/Vox Populi. Diante da resistência dos parlamentares em aprovar o 
impopular pacote a menos de um ano das eleições, o ministro da 
Fazenda, Henrique Meirelles, aceitou um projeto mais enxuto, capaz 
de poupar 480 bilhões de reais em dez anos, segundo os cálculos 
palacianos, 60% da economia prevista no texto original. 
Os números parecem tão suspeitos quanto o empenho do 
governo em aprovar, no Congresso, a Medida Provisória nº 795/17, que 
reduz impostos para as petroleiras até 2040 e geraria renúncia fiscal de 
40 bilhões por ano, ou 1 trilhão em 25 anos, segundo um estudo da 
Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. 
―Isso representa mais de 20 anos da suposta economia que 
seria obtida com a reforma da Previdência‖, afirma Eduardo Fagnani, 
professor do Instituto de Economia da Unicamp. O especialista alerta 
para o risco de as receitas previdenciárias despencarem nos próximos 
anos. 
Primeiro, em decorrência dos precários contratos autorizados 
pela reforma trabalhista, que devem reduzir a massa salarial sobre a 
qual incidem as contribuições para o INSS. Em segundo lugar, pelas 
exigências impostas ao trabalhador para se aposentar. As dificuldades 
são tantas que boa parte dos brasileiros deve migrar para a previdência 
privada. 
 Não bastasse, Fagnani aponta uma série de pegadinhas na 
nova proposta de reforma. Um exemplo: o tempo mínimo de 
contribuição para os trabalhadores da iniciativa privada continua a ser 
de 15 anos. No entanto, quem se aposentar logo após cumprir essa 
exigência terá direito a apenas 60% do benefício integral, enquanto 
hoje receberia 85%. Dessa forma, um trabalhador com rendimento 
médio de dois salários mínimos (1.874 reais) ganhará 1.124 reais ao se 
aposentar após 15 anos de contribuição. Pelas regras atuais, ele 
receberia 1.592 reais. 
LEIA O TEXTO COMPLETO EM: 
https://www.cartacapital.com.br/revista/981/as-armadilhas-da-proposta-de-
temer-para-a-previdencia 
 
 STF concede salvo-conduto ao ex-presidente Lula até 
julgamento final de habeas corpus 
22/03/2018 
Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal 
(STF) concedeu liminar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 
impedir a implementação de ordem de prisão em decorrência de 
execução provisória da pena até a conclusão do julgamento do Habeas 
Corpus (HC) 152752, que será retomado na próxima sessão plenária, a 
ser realizada no dia 4 de abril. O habeas corpus começou a ser 
apreciado nesta quinta-feira (22) e, após os ministros admitirem a 
tramitação do pedido, o julgamento foi suspenso e será retomado com 
a análise do mérito. 
No HC 152752, a defesa do ex-presidente busca evitar a 
execução provisória da pena a ele imposta, tendo em vista a 
confirmação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de 
sua condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de 
dinheiro. A corrente majoritária conheceu (permitiu a tramitação) do HC, 
entendendo possível a apreciação do habeas impetrado contra decisão 
do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
PGR 
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se 
pronunciou no sentido da manutenção da atual jurisprudência do STF, 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
4 
que autoriza a prisão após condenação em segunda instância. Ela 
reiterou posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) 
quanto à matéria e manifestou-se pela denegação do pedido de habeas 
corpus. 
Preliminar 
O ministro Edson Fachin (relator) submeteu à Corte preliminar 
quanto à admissibilidade do habeas corpus. Seu entendimento foi no 
sentido da inviabilidade de conhecimento do pedido, por ser substitutivo 
do recurso ordinário previsto no artigo 102, inciso II, alínea ―a‖, da 
Constituição Federal – a seu ver, instrumento específico para impugnar 
esse tipo de decisão. Também votaram pelo não conhecimento do HC 
os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e a presidente do STF, 
ministra Cármen Lúcia. 
No entanto, a maioria do Plenário acompanhou a divergência 
iniciada pelo ministro Alexandre de Moraes pelo cabimento da 
impetração. Apesar da existência de recurso próprio, Moraes entende 
que a Constituição abriu uma dupla possibilidade. ―Da mesma forma 
que prevê o recurso ordinário constitucional, o artigo 102, inciso I, letra 
―i‖ traz como competência do Supremo processo e julgamento de HC 
quando o coator for tribunal superior‖, avaliou. 
Para o ministro, a interpretação a ser aplicada deve proteger 
da melhor forma a liberdade de locomoção. ―O HC é antigo mas não 
envelhece, porque tem a destinação mais importante de todas as ações 
constitucionais, que é a proteção da liberdade de ir e vir‖, concluiu. No 
mesmo sentido votaram os ministros Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo 
Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello. 
Liminar 
Diante da decisão de suspender o julgamento, o advogado 
solicitou a concessão de cautelar a fim de que não haja implementaçãode prisão até a conclusão do julgamento do HC. Por maioria, o Tribunal 
acolheu o pedido, com o entendimento de que o ex-presidente não 
poderia ficar nesse intervalo sujeito à prisão. 
A maioria dos ministros seguiu a posição adotada pela 
ministra Rosa Weber, para quem, uma vez que o julgamento foi 
suspenso, decorre impedir as consequências do adiamento. ―É inviável 
atribuir a um jurisdicionado (qualquer jurisdicionado, 
independentemente de quem está sendo tratado nesse processo) o 
ônus da nossa inviabilidade de julgá-lo com maior celeridade‖, afirmou. 
Seguiram essa linha os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, 
Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello 
Os demais ministros acompanharam a posição do relator, 
ministro Edson Fachin, para quem o ato questionado pelo HC não 
contraria a jurisprudência do STF sobre a execução provisória da pena. 
Nessa linha votaram os ministros Alexandre de Moraes, Roberto 
Barroso, Luiz Fux e a presidente, ministra Cármen Lúcia. 
http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo 
 
BATERIA-01___________________________________________ 
1. (FADESP-SALINAS-17) De um lado há a versão de que ela está 
sendo implantada com o objetivo de promover o crescimento da 
economia brasileira, propondo-se a garantir os direitos dos 
trabalhadores e com o único objetivo de fortalecer as negociações 
coletivas, dando-lhes mais segurança jurídica. De outro lado, 
argumenta-se que uma de suas principais razões é a pressão de 
grandes empresas transnacionais e grandes corporações para que os 
governos tomem medidas para extinguir a legislação vigente e facilitar 
a exploração capitalista. Estamos falando da reforma 
A) do Sistema Único de Saúde. 
B) previdenciária. 
C) da Lei de Proteção Ambiental. 
D) trabalhista 
2. (FADESP-Cosanpa-17) A Proposta de Emenda Constitucional do 
fim do foro privilegiado foi aprovada, em primeiro turno, pelo 
Senado Federal. Na prática, esta PEC busca alterar a regra que 
vigora atualmente, a qual estabelece que 
A) prefeitos de municípios de grande porte ou de capitais não sejam 
julgados. 
B) governadores recebam benefícios fundiários após o término de seus 
mandatos. 
C) políticos em exercício possam receber verbas públicas em negócios 
particulares. 
D) senadores podem ser investigados e julgados apenas pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
 
3. (QUADRIX-CRA-AC-16) A grave e multifacetada crise política 
atravessada atualmente por nosso país possibilita que a estrutura 
de poder brasileira seja diariamente repercutida nos principais 
meios de comunicação. Além do debate acerca de diversas 
propostas de reformas políticas, temos a oportunidade atualmente 
de conhecer e discutir a fundo as características de nossa 
estrutura política. Com base em seus conhecimentos acerca do 
sistema político brasileiro, analise as afirmativas. 
I. O Poder Legislativo brasileiro adota o chamado sistema bicameral. 
II. A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo. 
Eles são eleitos, proporcionalmente, em cada Estado, território e no 
Distrito Federal. 
III. O Senado Federal é composto por mais de trezentos membros, 
denominados senadores. Eles são os principais representantes dos 
municípios brasileiros. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I 
b) II 
c) I e II 
d) III 
e) todas 
 
4. (FADESP-SALINAS-17) Recentemente, no âmbito do processo de 
discussão sobre a reforma política na Câmara dos Deputados, a 
Comissão da Reforma Política decidiu que, a partir das eleições de 
2018, o novo sistema eleitoral para deputados federais, estaduais e 
vereadores será o 
A) Distritão. 
B) Proporcional. 
C) Transferível. 
D) Coletivo. 
 
5. (RS-18) A linha sucessória do executivo Federal, na ordem 
correta é: 
a) Presidente da Câmara de Deputados, Presidente do Senado e 
Presidente do STJ. 
b)Presidente da Câmara de Deputados e Presidente do Senado 
apenas. 
c) Presidente da Câmara de Deputados, Presidente do Senado e 
Presidente do STF. 
d)Presidente do Senado, Presidente da Câmara de Deputados e 
Presidente do STF. 
e) Presidente do Supremo Tribunal, Presidente do Superior Tribunal 
Federal e Presidente da Assembleia Legislativa. 
 
6. (RS-18) O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, decidiu 
nesta terça-feira (27, fev.) trocar o comando da Polícia Federal e demitir 
o atual diretor-geral da corporação, Para o lugar do mesmo, que 
permaneceu por pouco mais de 3 meses no cargo, Jungmann indicou 
o atual secretário nacional de Segurança Pública. O Diretor Geral da 
PF demitido foi: 
a) Fernando Segovia. 
b) Rogério Galloro. 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
5 
c) Rodrigo Maia. 
d) Sergio Moro. 
e) Eunicio de Oliveira. 
 
7. (Fadesp-Salinas-17) De um lado há a versão de que ela está sendo 
implantada com o objetivo de promover o crescimento da economia 
brasileira, propondo-se a garantir os direitos dos trabalhadores e com o 
único objetivo de fortalecer as negociações coletivas, dando-lhes mais 
segurança jurídica. De outro lado, argumenta-se que uma de suas 
principais razões é a pressão de grandes empresas transnacionais e 
grandes corporações para que os governos tomem medidas para 
extinguir a legislação vigente e facilitar a exploração capitalista. 
 Estamos falando da reforma 
A) do Sistema Único de Saúde. 
B) previdenciária. 
C) da Lei de Proteção Ambiental. 
D) trabalhista. 
 
 
 
ECON ciência que estuda os fenômenos relacionados com a 
obtenção e a utilização dos recursos materiais necessários ao bem-
estar. 
 
 SISTEMA CAPITALISTA 
O capitalismo teve seu início na Europa e começou a brotar por 
volta do século XV com a decadência do sistema feudal, e começou a 
florescer por volta do século XIII, com o aparecimento da burguesia, 
classe social que possuía os meios de produção e com a expansão 
comercial, neste período várias cidades cresceram, foram abertas 
novas rotas marítimas, que permitiram o contato com novos centros 
comerciais, descoberta de metais preciosos no novo mundo e 
ampliação do comércio entre as cidades européias. 
A expansão do capitalismo comercial, ocorreu entre os séculos 
VIII e XVII, com a difusão das idéias mercantilista, no qual estimulou os 
sentimentos nacionalistas, provocou o florescimento do comercio e 
criou condições para o surgimento do modo de produção capitalista. 
As riquezas acumuladas durante o período mercantilista deixaram 
de funcionar como capital comercial e capital usurário (empréstimos a 
juros), para assumir a forma de capital industrial. 
 
– Evolução do capitalismo 
O capitalismo toma seu grande3 impulso a partir da segunda 
metade do século XVIII, com a Revolução Industrial iniciada na 
Inglaterra, e estendendo-se nos países da Europa Ocidental e 
posteriormente aos Estados Unidos. 
A Revolução Industrial iniciou um processo ininterrupto de 
produção coletiva em massa, geração de lucros e acumulo de capital. 
Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e 
político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da 
aristocracia, acabando com o privilégio de nascimento e a força do 
capital se impõe e começam a surgir as primeiras teorias econômicas. 
Essas teorias conhecidas como liberalismo econômico defendia a 
livre iniciativa e a não interferência do Estado na economia. Em pouco 
tempo, o liberalismo econômico mostrou suas primeiras imperfeições e 
as empresas passaram a enfrentar dificuldades para comercializar os 
seus produtos, pois o mercado consumidor não cresciam na mesma 
proporção que a capacidade produtiva da indústria. 
– O capitalismo no século XX 
No século XIX a economia capitalista vivia a fase do 
capitalismo competitivo, ondecada ramo de atividade econômica era 
ocupada por um grande numero de empresas, normalmente pequenas, 
que concorriam intensamente entre si. O Estado quase não interferia na 
economia, limitando-se apenas à política. 
No século XX, a partir da primeira guerra mundial, o 
capitalismo passou por várias mudanças, primeiramente os Estados 
Unidos passa a liderar o mercado capitalista, o capitalismo deixou de 
ser competitivo para ser capitalismo monopolista, essa transformação 
deu-se através de dois processos principais: 
Várias empresas foram a falência, as maiores compraram a 
menores e outras se unificaram (surge a sociedade anônima). AS 
grandes empresas passaram a controlar sozinha um ramo de atividade. 
Com as grandes crises econômicas ocorrida principalmente 
entre 1929 e 1933 o Estado passou a interferir na economia , 
exercendo influências decisiva em todas as atividades econômicas. 
Agora o Estado passou a controlar os créditos, os preços, as 
exportações e importações, mas sempre levando em conta os 
interesses das grandes empresas capitalistas. 
O capitalismo do século XX passou a manifestar crises que se 
repetem a intervalos. O período que as separam tornam-se 
progressivamente mais curtas. O desemprego, as crises nos balanços 
de pagamentos, a inflação, a instabilidade do sistema monetário 
internacional e o aumento da concorrência entre os grandes 
competidores caracterizam as chamadas crises cíclicas do sistema 
capitalista. 
 
 GLOBALIZAÇÃO 
O fim das tradicionais estruturas socialistas do leste europeu 
e da União Soviética deu origem a uma nova ordem internacional. Ao 
contrario da bipolaridade ideológica e política, e conseqüentes 
alinhamentos, surgiu a plena hegemonia capitalistas, sob a liderança de 
poderosos blocos econômicos, tornando o fator econômico o principal 
elemento definidor de uma ordem mundial em estruturação. 
 Assim, as relações internacionais têm consolidado a 
supremacia mundial de três grandes blocos econômicos: a América do 
Norte, cujos três países se organizaram no NAFTA; a Comunidade 
Econômica Européia, em progressiva união de seus países; e bloco 
oriental, envolvendo toda a bacia do Pacifico. 
 Em contraposição, evidenciou-se o mundo pobre; que em 
1992, mostrava que 65% da população mundial vivia em alto grau de 
sofrimento humano. Evidenciou-se que o fator econômico é a chave de 
acesso ao poder e à qualidade de vida e constatou-se o agravamento 
da situação dos grupos humanos menos favorecidos. 
 Considerando o conjunto da população mundial, pode-se 
concluir que tanto o socialismo quanto o capitalismo não conseguiram 
resolver todos os desafios socioeconômicos e político do final do século 
XX. O socialismo não conseguiu acompanhar a dinâmica econômica 
dos países capitalistas, alem de não oferecer as liberdades 
democráticas exigidas por sua população, e muito menos superou os 
entraves burocráticos estabelecidos. Já o capitalismo também não foi 
capaz de dar respostas adequadas a miséria da maioria da população 
e ás suas crescentes carências, exceto em alguns pontos do planeta. 
Mais grave ainda é que os imensos bolsões de pobreza e 
marginalidade alcançam hoje até mesmo aqueles países tidos 
tradicionalmente como desenvolvidos. 
 Alem dos blocos econômicos e o mundo pobre, destacam-se 
ainda alguns países comunistas, como China e Cuba. O primeiro tem 
empreendido reformas econômicas sem uma correspondente abertura 
econômica, com bons resultados, Cuba, por sua vez, sob um forte 
cerco dos EUA, tem mergulhado em dificuldades crescentes, 
destacando-se de forma positiva somente nas áreas da saúde e da 
educação. 
 
 Globalização 
Chama-se de globalização, ou mundialização, o crescimento 
da interdependência de todos os povos e países da superfície terrestre. 
2-ECONOMIA 
 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
6 
O elemento básico desse sistema de mundo é o processo de 
globalização da economia, que atinge todo um conjunto de fatores 
econômicos: a produção, as patentes, as finanças, o comércio e a 
publicidade. Numa economia mundial integrada, o processo econômico 
das grandes empresas é pensado em escala global. 
A globalização da economia manifesta-se em diferentes 
aspectos das relações econômicas mundiais, como: 
-Criação de organizações econômicas macrorregionais: uma série 
de acordos políticos, envolvendo setores públicos (Estado) e privados 
(empresas particulares) de diversas nações, deram origem a 
organizações econômicas macrorregionais que interligam os países de 
uma determinada região do mundo. O objetivo dessas organizações 
supra é reduzir as barreiras alfandegárias e facilitar as trocas 
comerciais e financeiras, tornando cada vez mais livres a circulação de 
bens e serviços entre os países envolvidos. Entre as unidades 
econômicas podemos destacar: Nafta, MERCOSUL, União Européia. 
-Crescimento do comércio internacional: o mundo se integrou num 
imenso mercado planetário, vencendo as barreiras da distância, das 
línguas, das raças e das culturas distintas. Vários fatores explicam esse 
enorme crescimento do comércio: o progresso econômico dos países 
em vias de desenvolvimento, a expansão das empresas multinacionais, 
os acordos de cooperação comercial entre países, o desenvolvimento 
de novas tecnologias de comunicação internacional, o barateamento 
dos custos dos transportes de cargas. 
- Fluxo financeiro: o crescimento do intercâmbio internacional 
provocou enorme aumento dos fluxos financeiros que circulam pelo 
mundo. 
-Mundialização da produção: a maior parte da produção industrial e 
do comércio do mundo é controlada por poderosas empresas 
multinacionais, que estão desenvolvendo um novo processo de divisão 
internacional do trabalho. Com filiais em diversas regiões do mundo, a 
empresa multinacional pode instalar as várias fases de sua operação 
econômica em unidades situadas em diferentes países, escolhendo-os 
segundo critérios que lhe pareçam mais vantajosos em termos de 
salário, qualificação profissional, pagamento de tributos, infra-estrutura 
urbana local, etc. 
 
- Efeitos da globalização: 
- Comunicação mundial integrada; 
- Aumento do desemprego; 
- A concorrência dos novos fatores econômicos - os novos países 
industrializados estão concorrendo no mercado internacional com 
produtos similares aos das grandes potências, a um preço mais 
acessível; 
- ônus para o Terceiro Mundo - a maioria dos países do terceiro mundo 
ainda continuam como meros exportadores de matéria-prima ou de 
alguns poucos produtos primários. Com economias debilitadas, 
incapazes de competir em pé de igualdade no mercado global, grande 
parte dos países subdesenvolvidos tem demonstrado mais 
conseqüências negativas do que vantagens em relação à globalização. 
 
 Neoliberalismo 
A prática do neoliberalismo é norteada, fundamentalmente 
pela ideia de Estado mínimo, que significa intervenção estatal mínima 
sobre a atividade econômica, e esta deve ser regulada pelo mercado e 
suas leis, segundo a doutrina liberal da ―Mão invisível‖, cuja referencia 
central é a obra de Adam Smith. 
A Doutrina político-econômica neoliberal foi elaborada para adaptar 
o modelo liberal as condições do sistema capitalista do século XX. Para 
os neoliberais acreditam que a sociedade civil deve buscar soluções 
para seus problemas, e não o Estado. A ele cabe apenas a tarefa de 
garantir o bem comum e o equilíbrio social, os neoliberais são contra a 
postura assistencialista do poder público. 
A política neoliberal só seria consolidada de fato nos anos 70 e 80, 
principalmente nos governos de Margaret Thacher, Ronald Regan e de 
Helmut Kohl, se difundido posteriormente para outros países do mundo. 
No Brasil e em outrospaíses, essa perspectiva gerou uma onda de 
privatizações de empresas publicas, que foram criticadas por parte da 
sociedade privada. 
 
 BRASIL: Algumas Características. 
 Sétima maior economia do mundo em 2010 segundo o FMI, e o 
Banco Mundial, e a segunda maior do continente americano, atrás 
apenas dos Estados Unidos. 
 60% das exportações principalmente de produtos manufaturados e 
semimanufaturados. 
 Os principais parceiros comerciais do Brasil: MERCOSUL e 
América Latina, União Europeia, Estados Unidos. 
 Fabricante de submarinos a aeronaves 
 Atuante na pesquisa espacial: 
 Pioneiro no campo econômico do etanol 
 Forte no petróleo. 
 Possui montadoras de automóvel em seu território nacional. 
 
- Brasil Exportador 
1. Soja-triturada; 
2. Minérios de ferro e seus concentrados; 
3. Óleos brutos de petróleo; 
4. Açúcar de cana, em bruto; 
5. Carne de frango congelada, fresca ou refrigerados, inclusive 
miúdos; 
6. Farelo e resíduos da extração de óleo de soja; 
7. Celulose 
 
 PRIVATIZAÇÕES 
Entende-se por privatização o processo de transferência de órgãos 
ou empresas estatais (pertencentes ao Estado, portanto, públicos) para 
a iniciativa privada por meio da realização de vendas, que costumam 
ser instrumentalizadas a partir de leilões públicos. 
Diferentemente do que muitos imaginam, esse processo é 
considerado comum, ocorrendo de forma menos intensa no Brasil 
desde a década de 1980. No entanto, podemos dizer que o Brasil 
ingressou, de fato, na era das privatizações a partir dos anos 1990, 
com destaque para o Governo FHC. Ao todo, foram privatizadas mais 
de 100 empresas, que, até 2005, geraram uma receita de 95 bilhões de 
dólares, o que, corrigindo para valores de 2013, equivale a 143 bilhões 
de dólares. 
As privatizações no Brasil tiveram direta relação com o Consenso 
de Washington, realizado em 1989, que apresentava uma série de 
recomendações econômicas que funcionaram como instrumento de 
pressão internacional para a adoção do neoliberalismo, principalmente 
pelos países subdesenvolvidos. Dessa forma, muito instrumentalizadas 
pelo FMI, as recomendações desse consenso foram amplamente 
difundidas no Brasil, das quais as privatizações são destaque. 
Os defensores das privatizações no Brasil argumentam que a 
administração pública centralizadora é bastante precária, impede a 
evolução das empresas e trava a economia. Com as privatizações, a 
lucratividade dessas instituições elevar-se-ia, gerando mais riquezas 
(embora essas mesmas riquezas não mais pertençam ao poder 
público, e sim ao grupo de empresários investidores). 
No cerne dessa proposição está a minimização dos gastos com a 
folha salarial, uma vez que o número excessivo de funcionários é 
diminuído e, sempre que possível, os cargos passam a ser 
terceirizados. Para se ter uma ideia, entre 1995 e 2005, o número de 
empregados em empresas privatizadas nesse período caiu de 95.000 
para 28.000 trabalhadores, assinalando uma queda superior a 70%. 
Enquanto isso, nessas mesmas empresas, a lucratividade saltou de 11 
bilhões de reais para 110 bilhões de reais, um aumento de 900%. 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
7 
É justamente nesse ponto, no entanto, que se encontra boa parte 
das críticas direcionadas às privatizações no Brasil. As argumentações 
estão no fato de que elas foram responsáveis por acelerar o processo 
de terceirização da economia e precarização das relações de trabalho, 
aumentando o desemprego e diminuindo a renda dos assalariados. 
Os críticos – geralmente representados por grupos e partidos de 
esquerda – afirmam que essa difusão somente foi possível graças à 
estruturação feita pelo governo a partir da década de 1960 que permitiu 
a integração nacional das redes de telefonia. Além disso, questiona-se 
a qualidade dos serviços das empresas de telefonia, frequentes alvos 
de reclamações dos consumidores. 
Outro assunto que gera polêmica no debate entre ―privatistas‖ e 
―estatistas‖ foi a venda da Companhia da Vale do Rio Doce, uma das 
maiores empresas de minérios do mundo e que, até então, era uma 
das principais estatais brasileiras. Os questionamentos referem-se, 
principalmente, aos valores da venda (pouco mais de 3 bilhões de 
dólares na época), considerados muito baixos para os padrões de 
operacionalização das empresas. 
A seguir, um resumo das principais etapas das privatizações 
ocorridas no Brasil, com base em informações fornecidas pelo BNDES 
(Banco Nacional do Desenvolvimento): 
- Década de 1980: privatização de quase 40 empresas, todas de 
pequeno porte; 
- 1990: Criação do Plano Nacional de Desestatização (PND); 
- 1990-1992: venda de 18 empresas atuantes no setor primário da 
economia, com ênfase no setor siderúrgico. Foi gerada uma receita de 
4 bilhões de dólares; 
- 1993: Privatização da CSN, Companhia Nacional de Siderurgia; 
- 1995: Criação do Conselho Nacional de Desestatização (CND); 
- 1996: Arremate de mais 19 empresas, com uma arrecadação de 5,1 
bilhões de dólares. Privatização da Light, empresa do setor de 
eletricidade; 
- 1997: Venda da Vale do Rio Doce, privatização de vários bancos 
estaduais (alguns federalizados antes da venda) e início do processo 
de privatização do setor de telefonia; 
- 1998: Privatização de empresas de energia na região Sul, além de 
ferrovias e rodovias na região Sudeste; 
- 1999: Venda da Damatec (empresa no setor de informática) e do 
Porto de Salvador, além da CESP (Companhia Elétrica do Estado de 
São Paulo); 
- 2000: Redução nas ações estatais de participação na Petrobras e 
venda do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), além de inúmeros 
outros bancos estaduais. 
- 2002-2008: Continuação da privatização de bancos e empresas 
elétricas estaduais. Vendas e concessões para o uso de rodovias. 
 
 INFLAÇÃO: Inflação oficial é a mais baixa para janeiro desde o 
início do Plano Real. 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 
que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,29% em janeiro deste 
ano. 
Em dezembro de 2017, a taxa havia sido de 0,44%. Já em 
janeiro de 2017, foi de 0,38%. Essa é a inflação mais baixa para os 
meses de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994. 
Os dados foram divulgados hoje (8), no Rio de Janeiro, pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, a 
inflação acumulada é de 2,86%. 
Em janeiro, as principais altas vieram dos grupos de 
transportes (1,10%) e alimentos (0,74%). Também tiveram alta de 
preços os grupos de saúde e cuidados pessoais (0,42%), despesas 
pessoais (0,22%), educação (0,22%), artigos de residência (0,14%) e 
comunicação (0,11%). 
Ao mesmo tempo, os gastos com habitação (com deflação, 
ou seja, queda de preços de 0,85%) e com vestuário (-0,98%), 
contribuíram para segurar a inflação de janeiro e torná-la a menor taxa 
para meses de janeiro dentro da série histórica iniciada com o Plano 
Real.(EBC 08/02/2018) 
 
 PIB: Crescimento de 1% 
 
 
 
 DESEMPREGO 
Desemprego no Brasil é maior da América Latina e Caribe, diz 
CEPAL. 
De 2015 para 2016, o desemprego no Brasil passou de 9,3% para 13%, 
dados coletados em 20 regiões metropolitanas do país. 
De 2015 para 2016, o desemprego no Brasil passou de 9,3% 
para 13%, segundo dados coletados em 20 regiões metropolitanas do 
país. O índice de desocupação é o maior da América Latina e do 
Caribe, revela a nova edição do Anuário Estatístico da Comissão 
Econômica da ONU para a região, a CEPAL (Comissão Econômica 
para a América Latina e o Caribe). 
Em 2016, ano em que foram obtidos dados desagregados por 
gênero sobre desemprego, as mulheres eram as mais afetadas pela 
falta de postos de trabalho — a desocupação entreelas chegou a 
14,7%, ao passo que, entre os homens, o índice era de 11,6%. 
Tanto em 2015 quanto em 2016, o Brasil teve taxas de 
desemprego acima das médias da América Latina e Caribe, apesar da 
tendência crescente identificada na região. Em 2015, a desocupação 
afetava 7,4% da população latino-americana e caribenha. Em 2016, o 
índice subiu para 8,9%. As desigualdades de gênero também foram 
observadas a nível regional. Quase 11% das mulheres não tinham 
trabalho em 2016. Entre os homens, a proporção era de 7,9%. 
Em 2015, apesar de o desemprego ultrapassar 9%, o Brasil 
estava melhor que países como Bahamas, Barbados, Belize, Jamaica e 
Costa Rica. No ano seguinte, o país chegou à pior posição da lista 
organizada pela CEPAL, com o mais alto índice de desocupação. 
(07/02/2018). 
 
 Caminhões parados em rodovia no PA causam prejuízo. 
Caminhoneiros passam até 125 horas retidos em rodovia, segundo o 
Dnit. 
Transportadoras das regiões médio-norte e norte de Mato 
Grosso contabilizam um prejuízo diário de R$ 9 milhões após 
caminhoneiros que seguem para os portos do Pará passarem dias 
parados na BR-163. Pelo menos mil veículos carregados, em sua 
maioria, com soja, enfrentam dificuldades em um trecho não 
pavimentado da rodovia, na subida da serra do município de Moraes 
Almeida (PA). 
Nesta segunda-feira (5), o Departamento Nacional de 
Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou, por meio de nota, que os 
caminhões estão sendo retidos em Novo Progresso por pelo menos 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
8 
125 horas, a fim de evitar acúmulo de veículos em Moraes Almeida, 
onde o tempo de parada é estimado em 9 horas. 
Segundo Geison Tanchela, gerente de uma transportadora, o 
prejuízo no faturamento é resultado dos dias a mais de viagem, uma 
vez que, normalmente, o tempo médio para fazer o transporte dos 
grãos de Mato Grosso aos portos do Pará – Miritituba e Santarém – 
é de cinco dias. 
―Hoje são mil caminhões parados a um custo de frete de R$ 
220 por tonelada, fechando a conta de algo em torno R$ 9 milhões por 
dia a todas as transportadoras que transportam os grãos para esses 
dois portos‖, disse. (G1.com 05/02/2018). 
 
BATERIA-02_____________________________________________ 
1. (FADESP) A globalização é responsável pelo alto nível de 
concentração de capitais das mega empresas, pela agilidade nas 
comunicações e deslocamentos, contribuindo, assim, para o 
encurtamento das distâncias e para a capacidade de intervenção 
dessas empresas na economia mundial. Sobre esse processo, é 
correto afirmar que 
(A) o comércio internacional de produtos manufaturados e de 
combustíveis, a partir da globalização, tem restringido sua produção ao 
mercado dos países desenvolvidos. 
(B) os principais protagonistas e beneficiários desse processo de 
mundialização são as empresas, pois podem planejar e executar suas 
ações econômicas, objetivando o mercado mundial. 
(C) a maioria dos países que apresentam produção científica 
expressiva inclui-se no grupo dos três grandes pólos da economia 
mundial (Estados Unidos, África do Sul e América do Sul, com Brasil e 
Argentina). 
(D) o maior volume de recursos para compra e fusões entre empresas 
foi movimentado pela União Europeia e Japão, com isso houve a 
redução da capacidade de intervenção desses pólos na economia 
mundial. 
 
2. (RS-18) Produto Interno Bruto (PIB) é um dos principais 
indicadores para se avaliar a atividade econômica de um país. 
Ele representa a soma, em valores monetários, de todos 
os bens e serviços finais produzidos durante um período. O PIB do 
Brasil em 2017 foi estimado, aproximadamente: 
a) Seiscentos bilhões de reais. 
b) Dez bilhões de reais. 
c) Doze Trilhões de reais. 
d) Seis trilhões de reais. 
 
3. (EXCELENCIA-17) A PEC 241 é uma das principais propostas 
do governo de Michel Temer para reequilibrar as contas 
públicas e viabilizar a recuperação da economia brasileira. 
Hoje a dívida bruta supera 70% do PIB e, se os gastos públicos 
continuarem a subir, pode chegar a 132,5% em 2026. 
http://especiais.g1.globo.com/economia/2016/pec241-
umtetoparaosgastospblicos/> Acesso em: 25 out. de 2016. 
Sobre a PEC 241 é INCORRETO afirmar: 
a) A PEC 241 prevê um limite anual de despesas para os três poderes 
ao longo das próximas duas décadas. Se a regra for aprovada, os 
gastos públicos só poderão aumentar de acordo com a inflação do 
ano anterior. 
b) A premissa que orientou a criação da PEC 241 é pôr fim à 
sequência de rombos nas contas públicas brasileiras. O ano de 
2016 será o terceiro seguido com as contas no vermelho. 
c) Pelas regras da PEC 241, saúde e educação só terão que 
obedecer à regra de teto de gastos a partir de 2018. O Conselho 
Nacional de Saúde calcula em mais de R$ 400 bilhões as perdas 
para a saúde nos próximos 20 anos com a PEC 241 
d) Nenhuma das alternativas. 
 
4. (R-18) A política econômica neoliberal esta consolidada no 
Brasil e isso ficou explicito quando o governo federal atual 
privatizou: 
a) Usinas Hidrelétricas em Minas Gerais. 
b) A Usina recém construída de Belo Monte e Itaipu. 
c) Todo o sistema ferroviário do Sul, Sudeste, Norte e Nordeste. 
d) Os aeroportos de Fortaleza, Belém e São Paulo. 
e) O sistema telefônico da Telebrás e da ANA ( Agência nacional de 
Águas). 
 
5. (DETRAN-CE-18) Durante o período de 1969 a 1973, o Brasil 
registrou um excepcional e invejável crescimento econômico, muito 
embora, paralelamente, as desigualdades sociais tenham sido 
acentuadas e a classe trabalhadora tenha sofrido com arrocho salarial. 
Esse período ficou conhecido na história do Brasil como 
a) onda de estagnação. 
b) milagre econômico brasileiro. 
c) ciclo de financeirização do capital. 
d) reprimarização ou desindustrialização da economia. 
 
6.(FCC-17-PCAP) Em passado recente as três grandes agências 
internacionais de classificação de risco voltaram suas atenções para a 
economia brasileira. Sobre esse fato considere as afirmações: 
I. A classificação de risco (rating) soberano é a nota dada por agências 
classificadoras de risco que avaliam a capacidade e a disposição de um 
país em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida. 
II. As agências atribuem as notas de risco de crédito apenas a Estados 
nacionais, mas excepcionalmente podem avaliar empresas, 
especialmente estatais que estão em vias de desestatização. 
III. Desde final de 2016 as principais agências de risco incluíram o 
Brasil no grupo de países com classificação A-, isto é, país com baixo 
grau de investimento financeiro. 
IV. Quanto pior for a classificação de risco maior são os juros cobrados 
pelos investidores para emprestar dinheiro, o que amplia a crise 
econômica do país endividado. 
Está correto o que se afirma APENAS em Parte superior do 
formulário 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e IV. 
e) III e IV 
 
7. (CONSUPLAN-17) ―Quase metade das empresas que passarão 
a enviar, a partir do eSocial, informações em tempo real ao 
governo a partir de 2018 ainda não se preparou para o novo 
sistema. A Receita Federal estima que 14 mil companhias estarão 
sujeitas ao eSocial a partir de janeiro. As demais entram no 
sistema no segundo semestre de 2018.‖ 
(www1.folha.uol.com.br/ mercado/2017/07/ 1901776-empresas-
nao-se-preparam-para-novo-esocial-vigente-a-partir-de-2018) 
Em relação ao chamado eSocial é correto afirmar que 
trata-se de um 
a) Instrumento de fiscalização única para controlar o pagamento ou 
não do Imposto de Renda. 
b) Sistema operacional que permite a negociação entre patrões e 
empregados sem a necessidade da sindicalização. 
c) Sistema nacional que permite a unificação de negociações salariais 
para impedirou minimizar as discrepâncias sociais. 
d) Instrumento de unificação das informações referentes à 
escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas. 
 
 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
9 
 
 
 URBANIZAÇÃO 
O maior aumento da população urbana em relação à 
população do campo, ou seja, é quando ritmo de crescimento da 
população urbana e superior ao ritmo da população rural. É um 
aumento no sentido demográfico, é o mais tradicional conceito de 
urbanização. 
 A instalação de equipamentos urbanos (infra-estrutura), como 
energia elétrica, água e esgotos, pavimentação, estradas, 
equipamentos transmissores de informação, transportes coletivos, 
escolas, hospitais, comércio e outros serviços. 
O sentido mais imediato sugere o aparecimento de novas cidades. 
A expansão do modo de vida urbano, e de algumas formas 
espaciais urbanas (valores sócio-culturais e equipamentos urbanos) 
além dos limites territoriais urbanos, penetrando nas zonas rurais mais 
distantes, onde os valores e as formas espaciais eram outras. Esse 
modo e ritmo de vida são ditados por uma sociedade industrial, com 
relações de trabalho tipicamente industrial, tais como: assalariamento; 
especialização e divisão do trabalho. 
- Evolução do processo de Urbanização no Brasil: 
 Problemas sócio – econômicos decorrentes da decadência econômica 
das demais regiões brasileiras. 
Contexto: Séc. XVI até o início do século XX. 
Ocupação portuguesa da faixa litorânea criando núcleos urbanos 
portuários. As cidades estavam ligas às atividades econômicas que se 
desenvolviam dentro da organização espacial na forma de 
―arquipélago‖. 
 
-Urbanização na Fase de industrialização e formação do Mercado 
Nacional: 
Contexto: Início do século XX até meados dos anos 40. 
Esse momento corresponde ao início do processo de industrialização e 
ao surgimento do embrião de um mercado de escala nacional. A 
modernização econômica do país ficou concentrada principalmente na 
região Sudeste do país, tendo as cidades do Rio de Janeiro e São 
Paulo concentrado nos ano 30, aproximadamente 60% da produção 
industrial brasileira tornando essa região o principal pólo de atração 
demográfica das demais regiões brasileiras, inclusive pela retração das 
atividades econômicas das mesmas. 
 
- A Urbanização Brasileira no Pós – Guerra: 
A partir desse marco o país aprofundou o processo de 
modernização. Nosso espaço econômico amplia-se e é interpenetrado 
por empresas multinacionais de produção de bens de consumo 
duráveis e de bens intermediários. As grandes cidades eram o meio 
técnico apto a receber inovações tecnológicas e ramos produtivos mais 
avançados. Dessa forma intensa urbanização ocorrida no Brasil a partir 
deste momento está diretamente relacionada à intensificação da 
modernização econômica do país assim como ao agravamento dos 
problemas sócio – econômicos decorrentes da decadência econômica 
das demais regiões brasileiras. 
 
- Fatores responsáveis pela Urbanização Brasileira: 
A extrema concentração fundiária herdada do processo de 
colonização. As péssimas condições de vida existentes na zona rural, 
em função da estrutura fundiária bastante concentrada, dos baixos 
salários, da falta de apoio aos pequenos agricultores, do arcaísmo, das 
técnicas de cultivo, etc., aparecem como grandes agentes motivadores 
da migração campo-cidade. 
O processo de industrialização, especialmente em alguns 
estados do Centro-Sul, que motivou a migração para as grandes 
cidades que passam a polarizar a economia do país. 
A modernização do processo produtivo no campo, que passa a 
absorver cada vez menos mão-de-obra. A integração nacional pós-50, 
que com o surgimento das rodovias, facilitou a migração do campo para 
as grandes cidades, assim como a difusão dos valores urbanos através 
dos meios de comunicação como o rádio e televisão, que seduziam a 
população rural a migrar para a cidade. 
Os excluídos do campo criam perspectiva em 
relação ao espaço urbano e acabam se inserindo no espaço urbano no 
Circuito Inferior da Economia (mercado informal). 
As políticas públicas em regiões como a Amazônia em que o processo 
de ocupação se deu com base no núcleo urbano criado as margens 
das rodovias. 
- Características da urbanização do Brasil: 
O Processo de intensa urbanização é recente, ocorrendo, 
sobretudo após-segunda guerra mundial. 
Urbanização terciária, ou seja, grande parte da população atraída para 
a cidade foi absorvida no setor terciário. 
Intenso processo de metropolização, ou seja, os fluxos 
migratórios se direcionaram para as grandes cidades que cresceram de 
maneira acelerada, criando uma série de problemas urbanos. Tais 
problemas são resultado de um fenômeno urbano característico de 
muitos países subdesenvolvidos: a macrocefalia urbana. O crescimento 
rápido de algumas cidades, que acaba culminando no fenômeno da 
metropolização, é resultado da incapacidade de criação de empregos, 
seja na zona rural, seja em cidades pequenas e médias, o que força o 
deslocamento de milhões de pessoas para as cidades que polarizam a 
economia de cada país. 
 
 O POVO BRASILEIRO 
―A expansão do domínio português terra adentro, na constituição do 
Brasil, é obra dos mamelucos… O mameluco abriu seu mundo vasto 
andando descalço, em fila, por trilhas e estreitos sendeiros, carregando 
cargas no próprio ombro e no de índios e índias cativas…‖ – Darcy 
Ribeiro em ―O Povo Brasileiro‖. 
O Censo 2010 compreendeu um levantamento minucioso de todos 
os domicílios do país. Nos meses de coleta de dados e supervisão, 191 
mil recenseadores visitaram 67,6 milhões de domicílios nos 5.565 
municípios brasileiros para colher informações sobre quem somos, 
quanto somos, onde estamos e como vivemos. 
 A população brasileira cresceu, em 138 anos, quase 20 
vezes, segundo apontam os resultados do Censo Demográfico 2010, 
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, 
atingimos a marca de 190.755.799 habitantes. Dados preliminares 
divulgados pelo IBGE em novembro do ano passado apontavam 
190.732.694. Em 1872, quando foi realizado o primeiro recenseamento, 
éramos 9.930.478. 
Os dados fazem parte da Sinopse do Censo Demográfico 
2010, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE. O documento, 
segundo o instituto, apresenta os primeiros resultados definitivos do 
último recenseamento. Alguns números divulgados preliminarmente em 
novembro de 2010 foram ajustados, a exemplo do total da população, 
com a inclusão de estimativas sobre a população dos domicílios 
considerados fechados durante a coleta de dados. 
Os censos demográficos são realizados no Brasil a cada dez 
anos. Participaram desta edição, segundo o IBGE, cerca de 230 mil 
recenseadores, supervisores, agentes censitários e analistas 
censitários. A coleta do Censo 2010 foi realizada entre 1º de agosto e 
30 de outubro de 2010. 
Desde 1872, o maior índice de crescimento da população 
brasileira foi registrado na década de 50, quando o Brasil crescia 2,99% 
ao ano. Isso, de acordo com Fernando Albuquerque, gerente da 
Coordenação de População e Indicadores Sociais, porque o Brasil 
registrou o declínio de mortalidade após a Segunda Guerra Mundial, 
em 1945 e manteve altos os níveis de fecundidade. 
Albuquerque explica ainda que a fecundidade só começa a declinar no 
início dos anos 60. "Com isso, há diminuição da taxa de crescimento. 
Já o declínio de fecundidade se acentua no início dos anos 80", afirma. 
 
3-SOCIEDADE 
 
 
 
 Atualidade – Professor: RogérioSilva 
 
 
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-População por cor ou raça 
Além da Sinopse com dados definitivos do Censo 2010, o 
IBGE divulgou, também nesta sexta-feira, resultados preliminares do 
Universo do Censo Demográfico 2010. Segundo o levantamento, o 
Brasil tem mais de 91 milhões de pessoas que se declaram brancas; 
82,2 milhões que se declaram pardas (veja gráfico ao lado). 
A maioria da população branca prevalece entre a população 
urbana, segundo o IBGE (80.212.529 do total de 160.925.792). Já entre 
a população rural (29.830.007), 16,1 milhões se declaram pardos. 
-Crescimento populacional 
Apesar do crescimento significativo da população em quase 
140 anos, entre 2000 e 2010 o Brasil registrou crescimento médio anual 
de 1,17% - a menor taxa observada na série. No período, as maiores 
taxas de crescimento foram observadas nas regiões Norte (2,09%) e 
Centro-Oeste (1,91%). 
As dez Unidades da Federação que mais aumentaram suas 
populações se encontram nessas regiões: Amapá (3,45%), Roraima 
(3,34%), Acre (2,78%), Distrito Federal (2,28%), Amazonas (2,16%), 
Pará (2,04%), Mato Grosso (1,94%), Goiás (1,84%), Tocantins (1,80%) 
e Mato Grosso do Sul (1,66%). De acordo com o IBGE, a componente 
migratória contribuiu significativamente para esse crescimento. 
Dentre as outras três grandes regiões, a Unidade da 
Federação que mais cresceu, segundo o IBGE, foi Santa Catarina 
(1,55%), influenciada pelo alto crescimento de Florianópolis e seu 
entorno, além das regiões de Tijucas, Itajaí, Blumenau e Joinville, todas 
no leste do estado. 
As regiões Nordeste e Sudeste apresentaram um crescimento 
populacional semelhante, de pouco mais de 1% ao ano, ainda que esta 
última tenha apresentado uma queda mais pronunciada, quando 
comparada com a taxa de crescimento entre os censos de 1991 e 
2000. 
 
A Região Sul, que desde o Censo Demográfico 1970 vinha 
apresentando crescimento anual de cerca de 1,4%, foi a que menos 
cresceu (com taxa de 0,87%), tendo sido influenciada pelas baixas 
taxas observadas nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, de 
0,49% e 0,89%, respectivamente. 
Em 2000, o ranking de estados mais populosos era formado, 
segundo o IBGE, por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, 
Bahia, Paraná, Ceará e Rio Grande do Sul. Em 2010, o ranking passou 
a ser formado por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, 
Ceará, Goiás, Bahia e Maranhão (o Rio Grande do Sul passou a ocupar 
a 15ª posição). Em 2017 a projeção é de 207 milhões de pessoas. 
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/04/ibge-atualiza-dados-do-
censo-e-diz-que-brasil-tem-190755799-habitantes.html 
 
 NATALIDADE E MORTALIDADE 
A taxa de natalidade e mortalidade são dados estatísticos segundo 
o número de nascidos e o número de mortes e, por isso, eles 
determinam o crescimento demográfico da população. 
Sendo assim, a taxa de natalidade (TN) indica a número de 
nascimentos por mil habitantes no período de um ano, enquanto a taxa 
de mortalidade (TM) corresponde ao número de óbitos anuais por mil 
habitantes. A diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade é 
chamada de crescimento vegetativo (CV). 
Para exemplificar melhor esses conceitos, podemos pensar numa 
cidade de mil habitantes, onde o nascimento de bebês durante um ano 
foi de 30 crianças, o que significa que a taxa de natalidade naquele ano 
foi de 30%. Da mesma maneira, se o número de mortes na mesma 
cidade durante um ano foi de 10 pessoas, a taxa de mortalidade será 
de 10%. 
- Crescimento Vegetativo 
O crescimento Vegetativo é um conceito que está associado 
ao crescimento populacional, sendo determinado de acordo com as 
condições sócio econômicas e culturais de um país. Em resumo, o 
crescimento vegetativo corresponde à diferença entre a taxa de 
natalidade e a taxa de mortalidade. 
Esses valores estatísticos são classificados de duas 
maneiras, ou seja, o crescimento vegetativo é positivo quando o 
número de nascimentos for superior ao número de mortes, e pode 
ser negativo quando o número de mortes for superior ao de 
nascimentos. Por fim, o crescimento vegetativo pode ser nulo, ou seja, 
quando o número de nascimento registrados é equivalente ao número 
de mortes num mesmo espaço de tempo. 
 
- Taxa de Fecundidade 
Associado ao conceito de natalidade, a taxa de fecundidade é 
um dado estatístico que indica a média do número de filhos que uma 
mulher tem durante sua idade fértil (de 15 a 50 anos 
aproximadamente). 
Nas últimas décadas, as pesquisas sobre a taxa de 
fecundidade indicam uma diminuição em diversas partes do mundo, 
sobretudo nos países desenvolvidos. De tal modo, esse dado é muito 
relativo, uma vez que varia muito de país para país, segundo as 
condições socioeconômicas. 
Segundo dados do IBGE, no Brasil a taxa de fecundidade tem 
diminuindo, de forma que no ano 2000 era de 2,4 e em 2015 é de 1,7. 
 
- Expectativa de Vida 
A expectativa de vida, também chamada de ―esperança de vida‖ 
corresponde ao número de anos atingidos por uma população num 
determinado espaço de tempo. Com o passar dos anos, esse dado 
felizmente tem aumentado em diversas partes do mundo. Atualmente, 
no Brasil, a esperança de vida é de 75 anos. 
 
 
 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
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- Mortalidade Infantil 
A mortalidade infantil corresponde a morte de crianças entre 
os zero e doze meses de vida. Embora a mortalidade infantil tenha 
diminuído, ainda é uma realidade em muitos locais do mundo, 
sobretudo naqueles locais que apresentem as piores condições de 
vida, desde falta de saneamento básico e acesso à educação e saúde, 
proliferação de doenças, dentre outros. 
 
 
- Taxa de Natalidade e Mortalidade Brasileira 
Durante as últimas décadas, o Brasil tem apresentado grande 
redução na taxa de natalidade e de mortalidade. Isso indica que houve 
melhora nas condições de vida da população, desde melhoria na 
alimentação, avanço da medicina, acesso à educação e saúde, dentre 
outros fatores. 
Segundo pesquisas do IBGE, a taxa bruta de natalidade no 
Brasil por mil habitantes era de 20,86 no ano 2000 e, em 2015 passou 
para 14,16. Já a taxa de mortalidade em 2000 era de 6,67 e em 2015 
de 6,08. 
PARÁ 
 
 
 ESTRUTURA ETÁRIA 
A divisão populacional de um determinado local conforme a faixa 
etária ocorre da seguinte forma: 
Jovens – do nascimento até aos 19 anos de idade; 
Adultos – corresponde à população que possui entre 20 a 59 anos de 
idade; 
Idosos ou melhor idade – pessoas que apresentam 60 anos de idade 
ou mais. 
No Brasil, em consequência da desaceleração do aumento médio 
anual da população (crescimento demográfico) e o envelhecimento 
populacional, está havendo a mudança do desenho da pirâmide etária. 
Até os anos 1980, a pirâmide era afunilada na ponta e larga na base, 
setor em que estão representadas as camadas de jovens. No ano de 
2000, a pirâmide mostrou uma base mais estreita e formato menos 
afunilado, indicando a tendência de crescimento da população adulta. 
Nas últimas décadas, aumentou o percentual de idosos e adultos e 
diminuiu a porcentagem de jovens. Esse fato é o resultado da 
diminuição das taxas de mortalidade e natalidade e aumento da 
expectativa de vida. 
Em 1950, a distribuição era a seguinte: idosos, 4,6%; adultos, 
43,1%; e jovens, 52,3%. Conforme dados do último recenseamento 
geral da população, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), a faixa etária dos jovens abrange 40,2%, a dos 
adultos 50,5%, e a dos idosos, 9,3% do total da população. 
A média da expectativa de vida da população brasileira só não é 
maior devido à grande quantidade de assassinatos entre os indivíduos 
da faixa etária compostapor jovens. 
 
 
 
 
 MERCADO DE TRABALHO 
Nas pesquisas de emprego realizadas pelo IBGE, é considerada 
população economicamente ativa (PEA) a parcela dos trabalhadores 
ocupados e desocupados na semana em que é realizado o 
levantamento dos dados. 
As pessoas ocupadas são aquelas que estão exercendo algum 
trabalho, o qual pode ser formal, ou seja, com carteira de trabalho 
registrada ou ligado às profissões liberais (prestação de serviços, em 
geral), participando do sistema de arrecadação de impostos, ou 
informal, realizado pelas pessoas subempregadas, que obtêm renda, 
ou complementam-na, sem registro em carteira e sem participar 
diretamente do sistema tributário. São os camelos, vendedores 
ambulantes, guardadores de carros, diaristas urbanos e rurais (bóias-
frias), trabalhadores sem carteira assinada, artesãos, barqueiros, etc. 
Os desempregados também são considerados ativos, por estarem 
apenas temporariamente desocupados e, portanto, interferirem no 
mercado de trabalho. Quando os índices de desemprego se elevam, há 
 
 
 Atualidade – Professor: Rogério Silva 
 
 
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uma tendência de rebaixamento dos salários, decorrente da maior 
oferta de mão-de-obra disponível no mercado, naquelas categorias 
profissionais nas quais as taxas de desemprego são mais elevadas. 
Os dados censitários de população inativa costumam incluir 
também o desempregado oculto, ou seja, as pessoas que desistiram de 
procurar ocupação na semana em que o IBGE realiza a pesquisa. Esse 
órgão só classifica como desempregado quem está à procura de 
serviço na semana em que é realizado o levantamento, ou seja, se uma 
pessoa está desempregada há alguns meses e naquela semana não 
procurou ocupação, ela é classificada como inativa, e não como 
desempregada. 
Em 2008, a População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil 
alcançou cerca de 100 milhões de pessoas (crescimento anual de 1,6% 
em relação ao ano anterior). Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra 
de Domicílios - PNAD, aproximadamente 93 milhões de pessoas 
estavam ocupadas em 2008 sendo que 7 milhões se encontravam em 
situação de desemprego. 
As informações publicadas no Brasil em números de 2010 do IBGE, 
também revelaram a menor taxa de desempregados da década, que 
correspondeu a 7,1% da População Economicamente Ativa. Além 
disso, 52% da população ocupada contribuíam para a previdência 
social, enquanto que em 2007 esse número correspondeu a 50%. 
O desemprego é classificado em duas categorias: conjuntural e 
estrutural. Quando a conjuntura econômica é desfavorável – recessão 
econômica, desemprego elevado, redução nos índices de consumo -, 
muitos trabalhadores são dispensados de seus postos, mas os 
empregos podem ser recuperados, caso a situação econômica 
melhore, por meio de investimentos para a criação de novos postos de 
trabalho. Usando outro exemplo, uma seca prolongada, uma forte 
geada, ou qualquer outra adversidade que provoque redução da 
produção agrícola faz com que um número menor de pessoas seja 
empregado no setor. Caso a produção volte a crescer, o número de 
postos também aumentará. Esse é o desemprego conjuntural. 
Já o desemprego estrutural é provocado pelo desenvolvimento de 
novas tecnologias, que extinguem definitivamente muitos postos de 
trabalho. A robotização e a informatização, por exemplo, substituem os 
trabalhadores por máquinas em indústrias e bancos. Nessas situações, 
os postos de trabalho estão estruturalmente extintos, determinadas 
funções deixam de existir. 
No Brasil, com a abertura econômica (maior abertura do 
mercado consumidor interno aos produtos importados e aos 
investimentos estrangeiros), que se iniciou em 1988, houve 
modernização da estrutura produtiva, fusão de empresas e aumento da 
concorrência entre as empresas em praticamente todos os setores da 
economia. 
Essa mudança estrutural levou as empresas a buscarem aumento 
da produtividade por meio da modernização da produção 
(investimentos em informática, mecanização, robotização, etc.), o que 
provocou a extinção de muitos postos de trabalho, ou seja, causando 
desemprego estrutural, também chamado desemprego tecnológico. 
Em 1990, iniciou-se o processo de privatização de empresas 
estatais em vários setores da economia: siderurgia, petroquímica, 
mineração, bancos estaduais, telefonia, transporte, energias entre 
outras atividades. Ao longo desse processo, ainda em andamento, as 
empresas estatais receberam investimentos para modernizar a 
produção e passaram por enxugamento em seu quadro de 
funcionários, aumentando os índices de desemprego. 
Por outro lado, a modernização do parque industrial brasileiro e 
da produção agropecuária, além dos investimentos em infra-estrutura 
nos setores de transportes, comunicações e energia, tem permitido a 
criação de novos postos de trabalho, que exigem utilização de mão-de-
obra com maior qualificação. Em alguns setores de alta tecnologia tem 
faltado mão-de-obra e, ao mesmo tempo, os trabalhadores de menor 
qualificação profissional e de baixa escolaridade têm encontrado sérias 
dificuldades para arrumar emprego. 
No Brasil, não apenas a modernização do parque industrial 
provoca desemprego, mas também o re-direcionamento dos 
investimentos no setor. A dispersão espacial do parque industrial 
provoca desemprego em regiões que se industrializaram há mais 
tempo, como o ABC paulista, e geração de novos postos nos lugares 
que estão recebendo investimentos, no estado do Ceará por exemplo. 
Apesar da globalização, o número de pessoas ocupadas cresceu, 
mas em ritmo inferior ao necessário para absorver o aumento da 
população economicamente ativa. 
 
 
 NOTICIAS DA SOCIEDADE 
1-IDH no Brasil e Pará: 
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é 
uma medida semelhante ao IDH que avalia o desenvolvimento de um 
município a partir de uma série de fatores como renda, acesso a 
educação, expectativa de vida, entre outros. A partir do IDHM é que 
podemos avaliar o quão avançada está uma cidade em relação a outra. 
Para chegar até o índice geral, é feito um cálculo levando em 
consideração os índices de educação, renda e longevidade. 
Dentro de educação, entram, por exemplo, a porcentagem de 
crianças matriculadas em escolas; de jovens formados no Ensino 
Médio e de adultos com pelo menos o Ensino Fundamental completo. 
O índice também em consideração esperança de vida, mortalidade e 
taxas de fecundidade, bem como condições financeiras dos habitantes 
de cada município (renda per capita, por exemplo). 
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, realizado pelo 
PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), em 
parceria com a Fundação João Pinheiro e o Instituto de Pesquisa 
Econômica aplicada compila todas essas informações. 
Confira nessa lista as 10 cidades brasileiras com maior índice 
de desenvolvimento, de acordo com informações do Atlas do 
Desenvolvimento Humano no Brasil. Os dados são do ano de 2010 (os 
mais recentes do atlas). 
Obs: Os dados específicos citados na lista (como expectativa de 
vida e renda per capita) servem como exemplos, e não são os 
únicos levados em consideração para a obtenção do índice geral. 
1º – São Caetano do Sul/SP – 0,862 
São Caetano do Sul é a cidade do Top10 com a maior renda per capita, 
o que compensa outros fatores e a classifica como a cidade com maior 
IDH do Brasil. De acordo com o ranking, a renda per capita de São 
Caetano do Sul era de R$ 2.043,74 em 2010. 
2º – Águas de São Pedro/SP – 0,854 
Com índices de renda consideravelmente inferior a da primeira 
colocada (R$ 1.580,72), Águas de São Pedro esbanja grandes índices 
de longevidade. A expectativa de vida dos nascidos na cidade paulista 
é de 78,37