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Toxicologia Prof. Me. Vinicius Cardoso vinicius.cardoso@uni9.pro.br Graduação em Farmácia e Bioquímica TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS CONTAMINANTES AMBIENTAIS (parte 1) TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS O veneno está em sua mesa – Parte 1 https://www.youtube.com/watch?v=fnyZwI7022I TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Praguicidas: grupo de substâncias químicas destinadas ao controle e extermínio de pragas na agricultura, empregadas na erradicação dos vetores transmissores de doenças em saúde pública, bem como, em produtos de aplicação doméstica e uso veterinário. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS cerca de 2000 substâncias descritas para este fim Brasil está entre os primeiros mercados mais consumidores. O Brasil, com seu clima tropical, quente e úmido, favorece o crescimento de diversas pragas na lavoura, o que provoca perdas excessivas de alimentos cultivados e prejuízos para a economia. Territorialidade; Commodities e PIB; Promoção para o desenvolvimento econômico do setor primário exportação. TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Legislação classifica praguicidas em: TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS 1- Finalidade de uso 2- Nível de Toxicidade 3- Toxicidade Aguda Legislação classifica praguicidas em: TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS 1- finalidade de uso Inseticidas: possuem ação de combate a insetos, larvas e formigas. Fungicidas: agem no combate aos fungos. Herbicidas: combatem ervas daninhas. Raticidas: utilizados no combate a roedores. Acaricidas: ação de combate a ácaros diversos. Nematicidas: combate aos nematóides. Moluscicidas: ação de combate aos moluscos. Fumigantes: agem no combate a insetos e bactérias. Legislação classifica praguicidas em: TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS 2- de acordo com nível de toxicidade (informação deve estar no rótulo diferenciada por cores) Classe Toxicidade Cor da Faixa Classe I Extremamente tóxicos Vermelha Classe II Altamente tóxicos Amarela Classe III Moderadamente tóxicos Azul Classe IV Pouco tóxicos Verde Legislação classifica praguicidas em: TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS 2- de acordo com nível de toxicidade (informação deve estar no rótulo diferenciada por cores) Legislação classifica praguicidas em: TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS 2- de acordo com nível de toxicidade (informação deve estar no rótulo diferenciada por cores) Legislação classifica praguicidas em: TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS 3- de acordo com nível de toxicidade aguda (DL50): Formulação DL50 Oral (mg/kg) Classe Toxicidade Líquida Sólida I Altamente tóxico <200 <100 II Medianamente tóxico 200 – 2.000 100 - 500 III Pouco tóxico 2.000 – 6.000 500 – 2.000 IV Praticamente não tóxico > 6.000 > 2.000 Brasil, Ministério da Saúde. Toxicidade oral de líquidos e sólidos Legislação classifica praguicidas em: TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS 3- de acordo com nível de toxicidade aguda (DL50): Organização Mundial da Saúde. Toxicidade oral e dérmica de líquidos e sólidos Classe Toxicidade Oral (mg/kg) Dérmica (mg/kg) sólido líquido sólido líquido Ia Extremamente tóxico <5 <20 <10 <40 Ib Altamente tóxico 5 - 50 20 - 200 10 - 100 40 – 400 II Moderadamente tóxico 50-500 200-2000 100-1000 400 - 4.000 III Levemente tóxico > 500 > 2.000 > 1.000 > 4.000 Preocupação toxicológica TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Toxicologia ocupacional: trabalhadores agrícolas e dedetizadores (manipulação e pulverização); profissionais de saúde pública (pulverização); profissionais da indústria (síntese e formulação); população (acidentes e clima). Toxicologia ambiental: ecossistema aquático e terrestre resíduos da pulverização, acidentes (derramamento), descarte inadequado (embalagens). Toxicologia clínica: efeitos na população exposta Grupos químicos e efeitos TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Organoclorados: DDT (diclorodifeniltricloroetano)*, lindano, clordano, heptacloro, aldrin, dieldrin e endrin. - São hidrocarbonetos policlorados derivados do clorobenzeno, do ciclo- hexano ou do ciclodieno. Foram muito utilizados na agricultura, como inseticidas, porém, seu emprego tem sido progressivamente restringido ou mesmo proibido devido ao seu acúmulo no ambiente e em organismos vivos. - Importante toxicidade crônica para o homem com potencial neurotóxico, hepatotóxico e carcinogênico. Grupos químicos e efeitos TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Organofosforados: dissulfoton, diazinon sumition, malathion, paration, diclorvós, mevinfós e temenfós. -São compostos orgânicos derivados dos ácidos fosfórico, tiofosfórico, ditiofosfórico ou fosfônico. Não se acumulam no ambiente e nem no organismo humano e possuem um menor risco de exposição crônica comparados aos organoclorados. - São de elevada toxicidade aguda para o homem pelo efeito anticolinesterásico, atuam como inibidores irreversíveis das colinesterases sanguíneas e provocam uma síndrome tóxica conhecida como “crise colinérgica” nas intoxicações agudas pode ser fatal. Grupos químicos e efeitos TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Carbamatos: São derivados do ácido carbâmico (compostos nitrogenados), como o moban, aldicarb, e carbaril. - São anticolinesterásicos, porém reversíveis, possuindo um menor risco de intoxicações fatais (agudas), embora possa ocorrer. Grupos químicos e efeitos TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Piretróides: são compostos sintéticos semelhantes à piretrina: Grupos químicos e efeitos TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Piretróides: alguns desses compostos são: deltametrina, aletrina, resmetrina, decametrina, cipermetrina e permetrina. - São de baixo risco de exposição e baixa toxicidade para o homem, sendo os efeitos irritantes das vias respiratórias e reações alérgicas. Grupos químicos e efeitos TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Outros grupos: Avermectinas (ivermectina), Bipiridílicos (paraquat), Fosfonometil (glifosato) entre outros. TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS ANVISA TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS CRF/SP - 30 de agosto de 2016 Abordagem clínica TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS O pronto atendimento: medidas gerais de suporte e conforto. As medidas gerais de suporte são representadas pela estabilização do paciente com a manutenção dos sinais vitais (respiração, circulação e perfusão tecidual); Tratamento farmacológico pode ser sintomático/inespecífico, ou específico, quando houver antídotos/antagonista. Processos de descontaminação: dérmica e ocular: lavagem com água em abundância. gástrica em casos de ingestão: lavagem gástrica e administração de carvão ativado. Abordagem clínica TOXICOLOGIA DOS PRAGUICIDAS Pronto atendimento Para a maioria dos compostos o tratamento farmacológico é sintomático e inespecífico, ou seja, os fármacos são administrados de acordo os sintomas apresentados. No entanto, para reversão da crise colinérgica (sinal e sintoma mais comum dentre os praguicidas), provocada pelos anticolinesterásicos, como carbamatos e organofosforados, são usados como antídotos a Atropina e Pralidoxima. Dúvidas? Obrigado! Prof. Me. Vinicius Cardoso vinicius.cardoso@uni9.pro.br
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