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Aula 13 Toxicologia Social

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Toxicologia 
Prof. Me. Vinicius Cardoso 
 
vinicius.cardoso@uni9.pro.br 
Graduação em Farmácia e 
Bioquímica 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 libertar dos limites de sua existência e entrar, 
temporariamente, em mundos fascinantes; 
 privação do indivíduo de razão, de entendimento e 
da realidade; 
 substâncias usadas pelo homem que alteram a 
função do Sistema Nervoso Central. 
 HISTÓRICO 
HISTÓRICO 
Desde que o homem descobriu como chegar neste 
estado o vem fazendo nos mais variados momentos. 
As primeiras utilizações com estes fins foram a partir 
de plantas em ritos religiosos de culturas primitivas. 
 Europa, na Idade Média e no Renascimento, que 
este uso chegou ao seu auge nos cultos praticados por 
feiticeiras e mágicos 
 Principais plantas utilizadas eram a beladona 
(Atropa belladona), o meimendro (Hyosciamus niger) 
e Mandragora officinarum. 
 HISTÓRICO 
HISTÓRICO 
Revolução Industrial, as plantas alucinógenas 
deram lugar às substâncias sintéticas; 
 Crack, a cocaína, a heroína, o LSD (ácido lisérgico), 
o ecstase. 
O consumo agora de forma ilegal, como constam na 
Lei Antidrogas ou na Portaria 344, ao invés das 
situações ritualísticas. 
 Algumas são lícitas, como o álcool e o cigarro, mas 
causam efeitos deletérios sobre o organismo. 
 HISTÓRICO 
HISTÓRICO 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
Estudo dos efeitos nocivos dos agentes químicos 
usados pelo homem individualmente ou em 
sociedade/grupo, capazes de induzir a 
toxicomania. 
 
 Toxicomania: estado de intoxicação nociva ao 
indivíduo e à sociedade dado o consumo excessivo 
e repetido da droga que acarreta problemas de 
ordem legal, moral e ética. 
 Dependência Química 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
É uma síndrome comportamental, decorrente 
caracterizada pela perda de controle (compulsão) 
sobre o consumo da droga (fissura) mesmo com 
intensos prejuízos individuais e sociais. 
 
É uma doença crônica, incurável e sujeita à 
recaída.  
 Dependência Química 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 Alterações neuronais que ocorrem com o consumo da 
droga motivada pela hiperestimulação do Sistema 
mesolímbico dopaminérgico, ou seja, aumento de atividade 
do sistema de recompensa e prazer do SNC. 
 
 São neurônios dopaminérgicos na área tegmentar 
ventral (ATV) com projeções especialmente no núcleo 
acumbens (NAc) e também no hipocampo e córtex frontal. 
 Dependência Química 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
Sistema mesolímbico dopaminérgico = recompensa e prazer 
 Dependência Química 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
O CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) 
possui classificação para dependência. 
 F10 a F19 – Transtornos mentais e 
comportamentais devido ao uso de drogas de 
abuso 
 
Segundo ele, a dependência pode ser 
determinada quando se envolve três ou mais 
critérios abaixo, ocorrendo a qualquer momento 
no período de 12 horas: 
 Dependência Química – CID-10 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 forte desejo ou compulsão para consumo da droga; 
 dificuldade para controlar o comportamento de consumo (início, 
meio e fim); 
 abandono progressivo de prazeres ou interesse alternativos em 
favor do uso; 
 aumento do tempo necessário para obter, consumir ou 
recuperar-se de seu efeito; 
 persistência do uso a despeito de clara evidência de 
consequências nocivas; 
 evidência de tolerância; 
 estado de abstinência ou consumo do fármaco/droga para alívio 
dos sintomas de abstinência. 
 Consequências da dependência química 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
1. Potencial de Reforço = capacidade da droga gerar a auto-
administração repetida sem a necessidade de outros 
mecanismos externos de indução. 
Quanto maior a capacidade de reforço de uma determinada 
substância, maior a probabilidade de induzir dependência. 
 Consequências da dependência química 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
2. Tolerância = é o fenômeno resultante do consumo repetido 
da droga (uso crônico) que causam adaptações do organismo 
com diminuição do efeito da dose mantida, tornando-se 
necessário o aumento da exposição/dose para se atingir o 
mesmo grau de efeito inicial. 
Os mecanismos envolvidos 
são: dessensibilização de 
receptores da droga; 
internalização destes receptores; 
e desacoplamento da droga 
no receptor. 
 Consequências da dependência química 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
3. Abstinência = ou Síndrome de Abstinência, é um conjunto 
de sinais e sintomas característicos, desencadeados após a 
redução abrupta ou suspensão do uso. São fenômenos 
resultantes de adaptações fisiológicas reversíveis. Os 
sinais/sintomas característicos são: 
sonolência; 
alteração de apetite; 
tremores; 
irritabilidade; 
alucinações e convulsões; 
Fadiga; 
humor ansioso ou depressivo. 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
Drogas de Abuso 
 Drogas de Abuso 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
São substâncias que possuem um potencial de abuso, ou seja, 
substâncias capazes de induzir dependência química. Elas 
podem ser classificadas em diferentes classes ou grupos de 
acordo com sua ação no Sistema Nervoso Central (SNC), mas 
todas atuam no Sistema de Recompensa Cerebral e 
provocam de forma direta ou indireta o aumento da liberação 
de dopamina no Núcleo Accumbens. 
1. Estimulantes SNC – são todas aquelas usadas para gerar ou 
manter estado alterado de consciência e, principalmente, de euforia  
Via mesolímbica dopaminérgica 
 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
  Cocaína: é um alcaloide obtido das folhas da 
planta Erytroxylum coca. Pó inalado/aspirado. É potente 
anestésico local e atua como poderoso agente 
simpaticomimético 
 
  Crack: obtida como subproduto na extração da 
cocaína (pasta da coca). Pedra fumada em cachimbos. Induz 
efeitos semelhantes, além de danos respiratórios 
(bronqueolite, broncoespasmos, dispneia, tosse). 
1. Estimulantes do SNC 
 São todas aquelas substâncias usadas para gerar ou 
manter estado alterado de consciência e, principalmente, 
de euforia  Via mesolímbica dopaminérgica 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
1. Estimulantes do SNC 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
  Anfetamínicos: correspondem ao grupo de 
substâncias composto pela anfetamina e seus derivados 
(clorfentermina, efedrina, metanfetamina, ecstase). No Brasil, 
a anfetamina é um importante fármaco de abuso entre os 
caminhoneiros que fazem uso dos chamados “rebites”. Sua 
ação estimulante do SNC é acentuada e mais persistente que 
da cocaína. São capazes de estimular o centro respiratório 
medular, aumentar a atividade motora, melhorar o humor, 
aumentar o limiar da fadiga e causar insônia. 
Tratamento de obesidade devido ao efeito anorexígeno. 
2. Depressores do SNC 
 São todas aquelas substâncias usadas para gerar ou manter 
estado alterado de consciência e, principalmente, de sedação  Via 
GABAérgica 
 Inicialmente representam uma resposta excitatória com euforia, 
bem-estar, desinibição e alucinações visuais e, posteriormente a 
resposta é de anestesia e sedação. 
 No período de depressão central pode ocorrer: confusão, 
desorientação, perda do autocontrole, diplopia, cefaleia, palidez. O uso 
crônico pode acarretar danos no cérebro, coração, pulmão, fígado, rins e 
medula óssea. 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
2. Depressores do SNC 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
  Álcool/etanol: é uma das primeiras drogas 
experimentada e iniciada na juventude; 
 Inicialmente tem ativação noradrenérgica (aumenta 
produção e liberação de noradrenalina) causando efeitos 
excitatórios/estimulantes centrais. Com a exposição mantida, 
o álcool inibe receptor excitatório (GABAa) = mesmo receptor 
dos benzodiazepínicos. 
 Causa sedação, diminuição da ansiedade, fala lenta 
(pastosa), ataxia, prejuízo da capacidade de julgamento e 
desinibição do comportamento. 
2. Depressoresdo SNC 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
  Álcool/etanol: o uso crônico pode levar à tolerância 
do etanol pelos receptores e despertar resposta de 
dependência/abstinência. 
 Alto risco de sedação durante a associação de etanol + 
benzodiazepínico. 
2. Depressores do SNC 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
  Solventes e gases inalantes: representado pelas 
colas, tíner, tintas, aerossóis, clorofórmio, lança-perfume, 
propelentes de aerossóis (gás de buzina). 
 Efeito semelhante ao do etanol com excitação e 
desinibição inicial seguida de depressão e sedação com a 
inibição do receptor GABAa. Causa tolerância à droga levando 
à síndrome de abstinência. 
3. Perturbadores do SNC = Alucinógenos 
 Referem-se ao grupo de substâncias que 
modificam qualitativamente a atividade do cérebro = 
perturbação. Seus efeitos são de distorção do funcionamento 
cerebral, deixando para percepções alteradas como: visões 
deformadas (parecidas com as imagens dos sonhos). 
 Este grupo de substâncias é também chamado 
de alucinógenos, psicodélicos, alucinantes, psicodislépticos e 
psicoticomiméticos. 
 Principais representantes são: maconha, 
fungos/cogumelo (Pcilocybe), LSD, cacto (Lophophora 
williansii) e anticolinérgicos. 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
3. Perturbadores do SNC 
  Maconha (Cannabis sativa): o efeito é dado pela 
presença do alcaloide THC (=tetra hidrocanabinol). 
 Os efeitos são divididos por natureza: 
  os euforizantes: aumento do desejo sexual; 
sensação de lentificação do tempo; aumento da 
autoconfiança e grandiosidade; risos imotivados; aumento da 
sociabilidade; sensação de relaxamento; aumento da 
percepção das sensações; aumento da capacidade de 
introspecção. 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
3. Perturbadores do SNC 
  Maconha (Cannabis sativa): o efeito é dado pela 
presença do alcaloide THC (=tetra hidrocanabinol). 
 Os efeitos são divididos por natureza: 
  os físicos: taquicardia; vermelhidão nos olhos; 
boca seca; hipotermia; tontura; retardo psicomotor; redução 
da capacidade para execução de atividades motoras 
complexas; ataxia; redução da acuidade auditiva; aumento da 
acuidade visual; broncodilatação; aumento do apetite; tosse; 
e dilatação da pupila. 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
3. Perturbadores do SNC 
  Maconha (Cannabis sativa): o efeito é dado pela 
presença do alcaloide THC (=tetra hidrocanabinol). 
 Os efeitos são divididos por natureza: 
  psíquicos: despersonalização; desrealização; 
depressão; alucinações e ilusões; sonolência; ansiedade; 
irritabilidade; prejuízos à concentração; prejuízo da memória 
de curto prazo; ataques de pânico; auto-referência e 
paranoia; prejuízo do julgamento. 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
3. Perturbadores do SNC 
  LSD (dietilamina do ácido lisérgico): efeitos 
aparecem de 35 a 45 minutos, durando aproximadamente 6 
horas. Inicia-se então um estágio de recuperação com 
duração de 7 a 9 horas após a administração, em que os 
sintomas tendem a diminuir. Ocorre uma oscilação entre 
alucinações e os sentidos normais, conhecidas como “ondas 
de LSD”. No estágio final são verificados efeitos de tensão e 
de fadiga, que podem durar vários dias. 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
3. Perturbadores do SNC 
  Cogumelo: Os sintomas de intoxicações por 
cogumelos alucinógenos estão presentes de 30 a 60 minutos 
após a ingestão. Representam euforia, desorientação, 
ansiedade e medo, despersonalização e desrealização, 
vertigem, alucinações, agitação, hipertermia, cefaleia, 
bradicardia, hipotensão, convulsões, náusea, vômitos e 
sintomas simpaticomiméticos (=midríase, sudorese, 
hipertensão, taquicardia e tremores). 
 A fase alucinógena dura menos que 6 horas com visões 
coloridas (visões caleidoscópicas), sensação de leveza, 
alteração da percepção do tempo e espaço. 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
4. Opióides 
 Termo referente a todos os compostos derivados e ou 
relacionados ao ópio, tanto os de origem natural (morfina, 
codeína, heroína), sintética (pentazocina, propoxifeno, 
metadona) e semissintética (heroína, oxicodona). 
 O ópio é uma das drogas naturais mais antigas, é obtido 
do exsudato leitoso da planta papoula (Papaver somniferum). 
 O cérebro possui receptor opióide (m, k, d). 
 A heroína é o opióide mais utilizado como droga de 
abuso deste grupo, usada principalmente na forma injetável 
(endovenosa). 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
5. Tabaco (Solanaceae) – Nicotínico 
 Presente na folha de fumo, seu principal 
alcalóide ativo é a nicotina. Os efeitos iniciais são 
excitatórios seguido de efeitos de relaxamento e 
prazer sem sedação. O uso crônico causa tolerância à 
nicotina, causando dependência e crise de 
abstinência (= transtornos do sono, náusea, 
irritabilidade, fadiga, cefaleia, ansiedade, dificuldade 
na concentração e na coordenação psicomotora, 
ganho de peso e redução da frequência cardíaca e da 
pressão arterial 
 TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
Dúvidas? 
Obrigado! 
Prof. Me. Vinicius Cardoso 
 
vinicius.cardoso@uni9.pro.br

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