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Direitos Fundamentais Discussão sobre noticias: — presas mães (habeas corpus); — reforma previdenciária; — imigrantes Venezuela; — consequências da intervenção fed. no RJ; — segurança pública… Mas o que elas possuem em comum? TUDO ABRANGE O ESTADO. pontuar conflitos —> análise do conflito —> resolução Exemplo: Presas mães. De acordo com o CNJ, 622 mulheres presas grávidas até o último dia de 2017; deve-se analisar a gravidade do crime para que não se abuse do direito. ————————————————————————————————————————————————————————————————————————— Revisão a respeito dos direitos fundamentais: 1. Formação: A partir de quando podemos falar, historicamente, sobre direitos fundamentais? Tradições: Francesa: Declaração Universal de Direitos do Homem e do Cidadão; Norte Americana: A Constituição do País e declaração de independência; Inglesa: Magna Carta 1215 e Human Right; —> A Inglesa não pois deve-se tratar desse conceito na modernidade, conceito de sujeito de direito (sujeito na modernidade deve conferir uma individualidade), ou seja, a tradição inglesa não traz a questão de individualidade do sujeito, mas o sujeito pertencente a um extrato social. Partindo do ponto do sujeito e sua autonomia, temos o liberalismo, o qual deve ser usado em duas perspectivas, a Política e a Econômica, no “Direitos público-subjetivos de pessoas [físicas ou jurídicas], contidos em dispositivos constitucionais e , portanto, que encerram caráter normativo supremo dentro do Estado, tendo como finalidade limitar o exercício de poder estatal em face da liberdade individual”. Dimitri Dimoulis e Leonardo Martins, 2012. primeiro o Estado não deve intervir na vida privada, ou seja, em ambos os sentidos de liberalismo parte-se do principio de que o Estado deve ser mínimo, porém com finalidades diferentes. No começo do século XX (pós Rev. Russa e Crise de 1929) agrega a este rol de direitos liberais os direitos sociais que promovem igualdade material (econômica). Para exemplificar os direitos sociais, são eles, direito do trabalho, sindical, previdenciário [final do séc. XIX]. Todos esses consolidados como fruto de protesto! Após a II Guerra Mundial —> processo de internacionalização [ONU, OEA…], direitos devem ser defendidos independentemente de onde o sujeito nasce ou vive! => Direitos coletivos e difusos (alguns direitos não se podem individualizar). 2. Termos: direitos fundamentais X direitos humanos s é c X V I I I Direitos Fundamentais: — Direito à liberdade; — Direito à igualdade; — Direito à propriedade; — Direito à felicidade; (Const. EUA) — Direito à paz… DIREITO FUNDAMENTAIS previstos em algum ordenamento jurídico (CRFR/88) HUMANOS direitos previstos internacionalmente (tratados) GARANTIAS —> condição que protege requisito ao ser cumprido, garante. E qual a ≠ entre direitos e garantias? Apesar do objeto em vários casos ser o mesmo, o âmbito de aplicação é diferente. Ou seja, o direito é subjetivo e a garantia, “o mecanismo que garante”. Ex.: direito de ir e vir é inibido aos presos, direito à liberdade de expressão é inibido aos militares. Dada essas exceções, como se garante? Só exercerei o direito se tiver garantias de que ele não será violado. Mas em casos de abuso de poder? FAZER O USO DE MECANISMOS PROCESSUAIS. COMO: HABEAS CORPUS GARANTIA ≠ AÇÃO CONSTITUCIONAL ação constitucional pode estabelecer garantias! 3. Titularidade: titular de direitos fundamentais. Quem é? Brasileiros e estrangeiros residentes (caput art. 5º), mas apesar dessa relação alguns direitos são de titularidade de todos. Direitos Restringidos à presos e militares, por exemplo. Trata-se de uma relação especial de sujeição. Portanto, não sendo militar e não estando preso, presente em território nacional, sou titular de direitos fundamentais? Quais Direitos? Não se pode generalizar. Em relação à pessoa jurídica —> titulares de direitos fundamentais compatíveis a sua competência! ==> QUESTÕES: #1º Pessoa Jurídica tem liberdade de expressão? SÚMULA 37 do STJ (dano moral, sentido objetivo, em seu aspecto patrimonial); Portanto, de fato, possuem, mas não em absoluto. Por exemplo, não se pode esconder atras de uma Pessoa Jurídica para se fazer um discurso de ódio. #2º Pessoa Jurídica tem liberdade ou objeção de consciência? (art. 5º, inciso 8º) “Me recuso a servir você, pois você fez algo que eu não aprovo”; não tanto no ato de gestão, mas à prestação de serviços. Direito se refere à questão de valores, Pessoas Jurídicas tem valores em si? Direito à recusa, discriminatória? Nos EUA, o debate tem sentido. Relação Jurídica Titulares Destinatários Direito Público subjetivo destinado o cumprimento do direito fundamental Direitos individuais (ex. à vida, liberdade…) todos possuem! Direitos políticos (cidadãos possuem) Direitos de nacionalidade (natos ou naturalizados possuem) Direitos sociais (art. 6º, ex. trabalhador = +14 anos) Direitos difusos e coletivos Exemplo: Corte Suprema dos EUA julga dividida caso de bolo para casamento gay. Comissão estadual de direitos civis. O confeiteiro se recusou a atender o casal, objeção de consciência e alegou que sua questão, alem de alimentícia é artística. #1º Pessoa Jurídica tem liberdade de expressão? De fato, o alcance dos direitos e garantias fundamentais resta muito bem delimitado no que tange às pessoas físicas, não só porque o próprio caput do artigo 5º faz expressa menção aos brasileiros e estrangeiros, mas também pelo conteúdo do seu extenso rol que remete claramente aos seres humanos. Cabe, no entanto, verificar se os entes coletivos também seriam destinatários da proteção constitucional, e, em caso positivo, delinear os contornos referentes à incidência dela sobre eles. Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho sobre a finalidade e a necessidade da constituição de pessoas jurídicas pelo homem: “O Estado, as associações, as sociedades, existem como grupos constituídos para a realização de determinados fins. A personificação desses grupos, todavia, é construção da técnica jurídica, admitindo que tenham capacidade jurídica própria. (...) Ora, da análise desses dois dispositivos [18 do Código Civil de 1916 e 45 do Código Civil de 2002], nota-se que a personificação da pessoa jurídica é, de fato, construção da técnica jurídica, podendo, inclusive, operar-se a suspensão legal dos seus efeitos, por meio da desconsideração, em situações excepcionais admitidas por lei.” Veja-se, a respeito, a lição de Francisco Amaral:[26] “Conclui-se, portanto, que o direito permite a formação de centros unitários de direitos e deveres que, à semelhança das pessoas naturais, são dotados de personalidade jurídica para servir aos interesses dos seres humanos. Com uma diferença porém. Nas pessoas físicas, a sua personalidade jurídica é autônoma e original, no sentido de que é inerente ao ser humano como atributo de sua dignidade pessoal, enquanto nas pessoas jurídicas, ou coletivas, ela é meramente instrumental e derivada ou adquirida, meio de realização de infinita variedade dos interesses sociais.” Cite-se, a propósito, os comentários de Bruno Leal acerca do assunto:[37] “Os direitos fundamentais surgiram tendo como destinatários (ou titulares) as pessoas naturais. Com o passar dos tempos, os ordenamentos constitucionais passaram a reconhecer direitos fundamentais, também, às pessoas jurídicas. Modernamente, as constituições asseguram, ainda, direitos fundamentais às pessoas estatais, isto é, o próprio Estado passou a ser consideradotitular de direitos fundamentais. Aspecto importantíssimo este, senão vejamos: os direitos fundamentais surgiram colocando o Estado ‘contra a parede’, na condição de réu, por meio da imposição de limitações à sua atuação; hoje, em certas situações, o próprio Estado pode ser titular de direitos fundamentais. Não significa afirmar, porém, que todos os direitos fundamentais podem ser usufruídos por todos os titulares apontados acima (pessoas naturais, pessoas jurídicas e pessoas estatais). Assim, na nossa Constituição Federal de 1988 temos direitos fundamentais igualmente voltados para as pessoas naturais, jurídicas e estatais (direito de propriedade, por exemplo – art. 5º, XXII); temos direitos fundamentais extensíveis às pessoas naturais e às pessoas jurídicas (assistência jurídica gratuita e integral, por exemplo – art. 5º, LXXIV); temos direitos fundamentais exclusivamente voltados para a pessoa natural (direito de locomoção, por exemplo – art. 5º, XV); temos direitos fundamentais restritos aos cidadãos (ação popular, por exemplo – art. 5º, LXXIII); temos direitos fundamentais voltados exclusivamente para a pessoa jurídica (direito de existência das associações, direitos fundamentais dos partidos políticos – art. 5º, XIX, e art. 17, respectivamente); direitos fundamentais voltados exclusivamente para o Estado (direito de requisição administrativa, por exemplo – art. 5º, XXV).” Transcreva, por oportuno, a lição de Celso Ribeiro Bastos:[38] “Mais uma vez, aqui, quer-nos parecer que o Texto disse menos do que pretendia. A tomá-lo na sua literalidade seria forçoso convir que ele só beneficiaria às pessoas físicas. Mas, novamente, estaríamos diante de uma interpretação absurda. Em muitas hipóteses a proteção última ao indivíduo só se dá por meio da proteção que se confere às próprias pessoas jurídicas. O direito de propriedade é um exemplo disto. Se expropriável uma pessoa jurídica, ela há de o ser mediante as mesmas garantias por que o são as pessoas físicas.” Frise-se, nesse compasso, que o Supremo Tribunal Federal não só assentou o entendimento de que as pessoas jurídicas são titulares da proteção fundamental, como afirmou que tal proteção se estende, inclusive, as pessoas jurídicas de direito público.[39] Observe- se: “A QUESTÃO DOS DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS, NOTADAMENTE AQUELES DE CARÁTER PROCEDIMENTAL, TITULARIZADOS PELAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO. - A imposição de restrições de ordem jurídica, pelo Estado, quer se concretize na esfera judicial, quer se realize no âmbito estritamente administrativo (como sucede com a inclusão de supostos devedores em cadastros públicos de inadimplentes), supõe, para legitimar-se constitucionalmente, o efetivo respeito, pelo Poder Público, da garantia indisponível do ‘due process of law’, assegurada, pela Constituição da República (art. 5º, LIV), à generalidade das pessoas, inclusive às próprias pessoas jurídicas de direito público, eis que o Estado, em tema de limitação ou supressão de direitos, não pode exercer a sua autoridade de maneira abusiva e arbitrária. Doutrina. Precedentes.” Diante do exposto, pode-se afirmar que as pessoas jurídicas não são destinatárias de todos os direitos fundamentais, mas somente daqueles que se conectem com a execução da sua atividade institucional. Cite-se, por exemplo, a hipótese sugerida por Fernando Castelo Branco, de que não seria razoável deferir a uma associação sindical o direito à liberdade religiosa.[40] Ou seja, não haverá dúvidas quanto ao direito à invocação da proteção constitucional sempre que ele se vincular a atividade empreendida pela pessoa jurídica. Conclusão Pessoas jurídicas são titulares de direitos fundamentais. Com efeito, a avaliação do assunto sob o prisma da historicidade dos referidos direitos, bem como o exame da natureza jurídica, associado a evolução dos direitos individuais conduzem a necessária conclusão de que as pessoas coletivas não se encontram órfãs de tal proteção. Deveras, a concepção acerca dos destinatários dos direitos e garantias fundamentais evoluiu de forma a lhes conferir novos status, de maneira albergar também as pessoas jurídicas. Assim, restou comprovado que embora os direitos e garantias fundamentais tenham sua origem vinculada à proteção das pessoas naturais é inevitável concluir pela possibilidade da sua legítima invocação pelas pessoas jurídicas, desde que o direito a ser protegido revele-se pertinente com a atividade desempenhada e com a situação concreta vivida pela pessoa jurídica. 4. Destinatários: o Estado como principal instituição jurídico política Caso Lüth (1958) —> filme Jud Suß (1941) Horizontalidade, efeito horizontal. 5. Características: — inexauribilidade — cláusula de abertura (art 5º, §2º —> expressos, implícitos [não esta explicito, mas esta na decorrência lógica de demais garantias], tratados internacionais); são inesgotáveis no sentido de que podem ser expandidos, ampliados e a qualquer tempo podem surgir novos direitos — inalienabilidade — não existe possibilidade de transferência, a qualquer título, desses direitos; conflitos do ponto de vista moral, exemplo: contrato em algum tipo de jogo onde eu saiba que a morte é certa, na realidade, não posso assiná-lo, justamente por essa característica, há então uma garantia, não só ao direito a vida, mas também a dignidade (princípio que incide em…) da pessoa humana, a proibição disto é evitar a exploração da fragilidade humana, ou em outro exemplo o caso do “lançamento de anões”, na França. A França se recusou a conceder um alvará de funcionamento, um dos empregados do bar, ingressou com um processo embasado em impedimento a liberdade de execução do trabalho; a decisão foi em prol por um bem maior, proteção a dignidade. Quem define o que é digno ou não? Caso alemão, peep-show —> envolve uma colisão entre dois valores importantes: a autonomia da vontade e a dignidade da pessoa humana. — fundamentabilidade — Por que direitos fundamentais são fundamentais? São a base da sociedade (critério material) ou são fundamentais pois estão previstos em lei (ponto de vista positivo). — regras ou princípios As norma jurídicas que regulam o O.J se comportam como princípios. Regras e princípios analisadas pela estrutura da norma, regras tem aplicação direta, para Alexy a partir de determinada ordem jurídica é previsto de antemão uma decisão, para Dworkin, tudo ou nada, com exceção de imprevistos, por exemplo; principio nas duas características divergem, mandato ou mandamentos de otimização, obrigação de aumentar a aplicabilidade mas eu não sei de inicio ate onde ele pode alcançar. Conflito de princípios nos quais a resolução depende de ponderação e sopesamento, depende das circunstâncias do caso. Via de regra os direitos fundamentais tem estrutura de princípios, comum conflitos entre dtos. fundamentais, dever de não discriminar e o ato personalíssimo do artista, no caso do bolo do casamento gay. CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: [em síntese] a) direitos individuais (art.5º); b) direitos à nacionalidade (art.12); c) direitos políticos (arts.14 a 17); d) direitos sociais (arts.6º e 193 e ss.); e) direitos coletivos (art.5º); f) direitos solidários (arts.3º e 225). a) Homem-indivíduo, que são aqueles que reconhecem autonomia aos particulares, garantindo iniciativa e independência aos indivíduos diante dos demais membros da sociedade policia e do próprio Estado. E por liberdades civis e liwberdades-autnomia (liberdade, igualdade, segurança, propriedade); b) Homem-nacional, que são os que têm por conteúdo e objeto a definição de nacionalidade e suas faculdades; c) Homem-cidadão, são os direitospolíticos (art.14, direito de eleger e ser eleito), chamamos também de direitos democráticos ou direitos de participação política, e ainda, inadequadamente, liberdades políticas (ou liberdades-participação), pois estas constituem apenas aspectos dos direitos políticos; d) Homem-social, que constituem os direitos assegurados ao homem em suas relações sociais e culturais (art.6º: saúde, educação, seguridade social, etc.); e) Homem-membro de uma coletividade, que a Constituição adotou como direitos-coletivos (art.5º); f) Homem-solidário, direitos de terceira geração (direito à paz, ao desenvolvimento, comunicação, meio ambiente, patrimônio comum da humanidade). Direito à privacidade: Vida privada, menos secreta que a intimidade; trata-se da vida em família, trabalho… Ex.: súmula 11 (STF), possui um aspecto Penal, no ato da prisão não será usada algemas, apenas em casos excepcionais de fuga. Intimidade, “vida exclusiva ou secreta que alguém reserva para si, sem nenhuma repressão social, nem mesmo junto à sua família, aos seus amigos e ao seu trabalho”, ou seja, direito a proteção dos segredos do indivíduo. Honra, “dignidade pessoal refletida na consideração alheia e no sentimentos da própria pessoa”. Imagem, representação de alguma coisa ou pessoa pelo desenho, pintura, fotografia ou outro meio de caracterização de seus atributos físicos. Na esfera da publicidade: —> Fatos em domínio publico —> Prova ilícita = prova nula —> Atos administrativos praticados por agentes públicos —> Divulgação de salários portal de transparência — viola direito à intimidade e à privacidade? (AO 1823, STF) —> Lei de acesso à informação — 12.527/2011 Ainda sobre a intimidade, temos a casa como asilo inviolável, comporta o direito de vida domestica livre de intromissão estranha. Só permitindo a invasão em caso de flagrante ou risco de vida dos que estão dentro do ambiente. Direitos de Igualdade: “Todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza” [art.5º, caput, I; art.7º XXX, XXXI] Igualdade na lei e perante a lei! Mas, afinal, o que é igualdade? É o signo fundamental da Democracia; Para Montesquieu “a verdadeira igualdade consiste em tratar de forma desigual os desiguais, conferindo àqueles menos favorecidos economicamente um patrimônio jurídico inalienável mais amplo”. A C.F. de 1988 adotou o princípio da igualdade de direitos, prevendo a igualdade de aptidão, uma igualdade de possibilidades virtuais, ou seja, todos os cidadãos têm o direito de tratamento idêntico pela lei. O que se veda são as diferenciações arbitrárias, as discriminações absurdas, pois o tratamento desigual dos casos desiguais, na medida em que se desigualam, é exigência tradicional do próprio conceito de Justiça (igualdade material). Art.5º, X, CF Vida Privada Intimidade Honra Imagem Igualdade formal – todos são iguais perante a lei, que não podem impedir que ocorram as desigualdades de fato, ou seja no sentido que a lei e sua aplicação tratada todos igualmente, sem levar em conta distinções de grupos. Igualdade material (isonomia) – aquele que postula um tratamento uniforme de todos os homens são iguais perante a vida com dignidade, ou seja, algo concreto, tendo em vista as desigualdades; A especificação da justiça material, art. 7º, XXX e XXXI. (Esfera econômica) Igualdade em termos de reconhecimento, ultrapassa a esfera econômica, se tratando mais da aceitação não permitir que a identidade individual traga prejuízos ao individuo. Boaventura de Souza Santos, com uma das melhores concepções de igualdade: Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades. Direito à liberdade: - Interna e Externa; a primeira existe quando não existem bloqueios do pensar; a segunda, quando não existem bloqueios (ilegítimos) do agir. Introduzo este último parêntesis porque o pensamento pode ser totalmente livre, mas a acção não. - Liberdade e Legalidade; a primeira visa à realização da personalidade, devendo o cidadão democratizar o Estado, e não opor-se a ele. Já a legalidade (artigo 5º, I e II); é corolário da própria noção de Estado Democrático de Direito, afinal, se somos um Estado regido por leis, que assegura a participação democrática, obviamente deveria mesmo ser assegurado aos indivíduos o direito de expressar sua vontade com liberdade, longe de empecilhos. - Formas de liberdade objetiva: a. Pessoa física; b. Pensamento; c. Expressão coletiva; d. Ação profissional; e. Conteúdo economico/social (Constitucional III). Se tratando de PESSOA FÍSICA, o primeiro tópico a ser abordado será a liberdade de locomoção, a qual constitui o cerne da liberdade da P.F. no sistema jurídico, abolida que foi a escravidão. A constituição reservou- lhe um dispositivo, o que não era feito pelas anteriores. Ressaia, antes, como primeira manifestação da liberdade geral e ação. Agora, o art. 5º, XV, declara livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou Possuo o direito de ser racista; só não posso externalizá-lo. dele sair com os seus bens. Possui garantia do HC. Qualquer pessoa (denominada impetrante) física ou jurídica, nacional ou estrangeira, pode impetrar habeas corpus em favor de alguém (denominado paciente), independentemente de possuir habilitação técnica para tanto (desnecessário o patrocínio de advogado, conforme disposição expressa no art. 1º, § 1º do Estatuto da Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil Lei 8.906/94). Cabe explicitar, também, a circulação em locais de uso publico, cabendo acessibilidade ao uso publico. Quanto à liberdade de PENSAMENTO, “é o direito de exprimir, por qualquer forma, oque se pense em ciência, religião, arte ou o que for”. A liberdade de opinião, de certa forma, resume a própria liberdade de pensamento em suas varias formas de expressão (por isso a doutrina a chama de primária); Se tratando da comunicação social, o direito de se informar e ser informado. Consistem num conjunto de direitos, formas, processos e veículos, que possibilitam a coordenação desembaraçada da criação, expressão e difusão do pensamento e da informação. É o que se extrai dos incisos IV, V, IX, XII e XIV do art.5º combinados com arts. 220 e 224 da Constituição. Tratando-se da liberdade de informação em geral. Cabe salientar a AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.630 SANTA CATARINA; pelo relator: MIN. CELSO DE MELLO. Art.5º, IV Delação apócrifa Inq. 1957, Plenário, DJ 11/11/2015 DENUNCIA ANÔNIMA NAO DEVERIA SER ACEITA VISTO QUE É CONTRADITÓRIA Art. 220, §2º (proibição da censura), ENTRETANTO ESTABELECER REGRAS A MÍDIA NAO É CENSURA Escusa de consciência A Constituição diz que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou politica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa fixada em lei [art.5º, VIII, fine] Por conseguinte, à liberdade religiosa; ela se inclui entre as liberdades espirituais; sua exteriorização é forma de manifestação do pensamento. prevista a liberdade de culto no art. 5º, VI; havendo também a liberdade de crença assegurada como simples liberdade de consciência, a constituição de 1988 voltouà tradição da Constituição de 1946, declarando inviolável aa liberdade de consciência e de crença [art. 5º, VI], e logo no inciso VIII estatui que ninguém será privado de seus direitos por motivo de crença religiosa. Liberdade de expressão intelectual, artística e cientifica e direitos conexos; assegurada no art.5º, IX, da constituição. As manifestações intelectuais, artísticas e cientificas são formas de difusão e manifestação do pensamento, tomando esse termo em sentido abrangente dos sentimentos e dos conhecimentos intelectuais, conceptuais e intuitivos. A atividade intelectual é genérica. Não abrindo alas para o conhecimento artístico visto que este é intuitivo. Artigo 220, §3º; aborda as regulamentações de manifestações artísticas. Quanto à liberdade de transmissão e recepção do conhecimento, se trata das formas de comunicação e manifestação do pensamento; Referindo ao exercício do magistério [art. 206, II e III]; quando se põe como um dos principais princípios do ensino a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, dentro de uma visão pluralista de ideias, de concepções pedagógicas e instituições publicas e privados do ensino… Brevemente, sobre a liberdade de expressão coletiva, direito reunião [temporário e previsto no art. 5º, XVI] —> conteúdo; e direito de associação [duradouro e previsto no art. 5º, XVII e XXI] —> finalidade pacifica. A categoria dos direitos coletivos como especie dos direitos fundamentais do homem começa, agora, a se forjar e merecer consideração constitucional especifica. destacamos as liberdades de expressão coletiva, tais as de reunião e de associação. Mas aqui, em realidade, temos direitos individuais, porque imputáveis aos indivíduos. Consideramo-los de expressão coletiva, porque eram direitos individuais o eram em função de uma pluralidade de pessoas entre si vinculadas dentro de uma coletividade. Não nos encapava, assim, o interesse coletivo que fundamentava o reconhecimento desses direitos aos indivíduos. Liberdade de ação profissional, existem duas denominações: liberdade de profissão [art 5º, XIII] e acesso a função pública [art. 12, §3º; art. 37, I e II]; Trata-se de liberdade de trabalho. Não é, porém, como a concebemos, porque essa terminologia nao exprime bem a sua essência e porque nao constitui direito social do trabalho, o qual merecera consideração oportunamente. Será a liberdade de escolha do trabalho um de seus aspectos. É mais que isso, porque também é liberdade de exercício de oficio e de profissão, consoante o enunciado do art.5º, XIII: “é livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Se refere a um DIREITO INDIVIDUAL. Direito de Propriedade O regime jurídico da propriedade tem seu assento na Constituição. Esta garante o direito de propriedade, desde que este atenda sua função social. Se diz: é garantido o direito de propriedade [art. 5º, XXII], e a propriedade atendera a sua função social [art.5º, XXIII], não há como escapar ao sentido de que só perante o direito da propriedade que atenda sua função social. A própria Constituição da consequência a isso quando autoriza a desapropriação, com pagamento mediante título, de propriedade que nao cumpra sua função social [arts. 182, §4º, e 184]. Existem outras normas constitucionais que interferem com a propriedade mediante provisões especiais [arts. 5º, inc. XXIV a XXX, 170, II e III, 176, 177 e 178, 182, 183, 184, 185, 186, 191 e 222]. 1. Sentido histórico: século XIX com a liberdade ampla; 2. Alcance constitucional: constitucionalização [seguirá a lógica constitucional]; temas típicos do direito entraram na CF. Pensar a propriedade no SER e nao apenas no TER. Ou seja, passou-se a entender o direito de propriedade como uma relação entre um individuo [sujeito ativo] e um sujeito passivo universal integrado por todas as pessoas, o qual tem o dever de respeitá-lo, abstraindo-se de violá-lo, e assim o direito de propriedade se revela como um modo de imputação jurídica de uma coisa a um sujeito. 3. Tipos: [propriedades especiais] — autor — tradicional indigena — quilombola A propriedade autoral, assegurada no art. 5º, XXVII, deriva de um aspecto mais econômico, no âmbito de usufruir; e de um aspecto personalíssimo, no âmbito da moral, exemplo de um autor que recusa que usem sua música em uma campanha X; transmissível é apenas a parte econômica da obra. Quanto a propriedade tradicional indígena, assentado na Constituição federal no artigo 231, caput.; entretanto a propriedade é de incumbência da União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens, [art.20, inc. XI]. E se referindo aos Quilombolas, a propriedade é de fato, dispostas em registro. Ainda, há a função social da propriedade, que cabe no sistema capitalista; teoria oriunda do começo do século XX das constituições mexicana e alemã. A propriedade urbana, cabível ao artigo 182, §2º e §4º. E a propriedade rural no artigo 186, devendo haver um aproveitamento racional adequado, utilização dos recursos deve ser adequada vislumbrando a proteção do meio ambiente… Função social da propriedade, tal principio só terá sentido em um regime Capitalista, visto que é privativa. Mudança no entendimento sobre propriedade, que nao é mais apenas o PODER, mas também o DEVER, objetivando beneficio ao proprietário e em partes à sociedade. Direito de nacionalidade O Brasil utiliza do princípio de territorialidade, ou seja, nascido no Brasil, é brasileiro. Nacional é aquele que tem determinado vinculo jurídico, em determinado Estado. Podendo ser por ius solos, por nascimento em certo ambiente cultural ou por ius sanguinis, por descendentes nacionais. Os modos de aquisição da nacionalidade secundaria dependem da vontade: a) do individuo, nos casos em que se lhe dá o direito de escolher determinada nacionalidade, à vista de alternativas que se lhe oferecem, como prevê no art. 12, I, c (esclarecimento infra), e II, a, da Constituição; b) do Estado, mediante outorga ao nacional de outro, espontaneamente ou a pedido, como fora, para a primeira hipótese, a grande naturalização concedida pela Constituição de 1891 [art.69, IV e V] e como é, agora, a hipótese do art. 12, II, b, em que se reconhece a aquiescido da nacionalidade pelo fato residência há mais de quinze anos no Brasil (redação da ECR-3/94), bastando o pedido do interessado, havendo aqui uma combinação da vontade do individuo com a do Estado. Esses modos de aquiescido da nacionalidade secundaria variam de Estado para Estado. No Brasil é naturalização ordinária ou extraordinária [radicação precoce e a conclusão de curso superior], que a Constituição ja nao contempla, mas a lei referida no art. 12, II, a, poderá fazê-lo. Comentando agora sobre os apátridas ou heimatlos, se tratam de conflitos negativos entre nacionalidades. É o que se pode verificar, por exemplo, em principio, com um filho de brasileiro nascido na Italia, se seus pais nao estiverem em serviço do Brasil. Não adquire a nacionalidade italiana, porque adotando a Itália o principio do ius sanguini, ninguém será italiano só porque nasce em seu território, e nao será o filho da pessoa nacional de outro país. Não adquire, por outro lado, a nacionalidade brasileira, porque, acolhendo o Brasil o princípio do ius solos, ninguém será brasileiro só porque seja filho de um brasileiro, e não será filho deste, nascido do estrangeiro. Em se tratando de filho brasileiro, para que nao seja um heimatlos, um sem pátriaa CF da algumas soluções que estão escritas no seu artigo 12, I, b e c… Os tipos de nacionalidade, são: originaria dos nascidos e derivada daqueles que sentem vontade de se nacionalizar. ==> Nato e naturalizado Direitos Políticos [direitos de cidadania título V] Os direitos políticos são importantíssimos no estudo do Direito Eleitoral, uma vez que versam sobre as garantias dadas aos cidadãos de participarem do processo eleitoral, seja exercendo o direito de voto, seja exercendo o direito de ser votado. 1) Noção 2) Modalidades 3) Positivos-pressupostos 1) ativos 2) passivos 4) Negativos 1)Suspensão e perda 2)Iniligibilidades O primeiro aspecto mais importante seria em relação ao voto; Denominam-se direitos políticos ou cívicos as prerrogativas e os deveres inerentes à cidadania. Englobam o direito de participar direta ou indiretamente do governo, da organização e do funcionamento do Estado. A eleição e a tomada de decisões a partir do elegido, em nosso nome, em nome da sociedade; nossa democracia é semi-direta, ou seja, existem formas de participar sem nenhum tipo de mediação, como o plebicito, controle de adm. publica e ação popular; controle social frente a administração publica… Conceito de cidadão do ponto de vista jurídico quer dizer o exercício de direitos políticos; O meio pelo qual o cidadão participa direta ou indiretamente no governo, ligado à ideia de democracia [soberania popular e livre participação nas Diz respeito à situação do indivíduo perante o Estado, o vínculo territorial estatal por nascimento ou naturalização. Ligada ao regime político, em sentido estrito, é atribuído jurídico-político que o nacional obtém no momento em que se torna eleitor. Direitos políticos Cidadania Nacionalidade Modalidades de Direitos Políticos Direitos políticos ativos: Cuidam do eleitor e sua atividade Direitos políticos passivos: Referem-se aos elegíveis e aos eleitos Capacidade eleitoral ativa: Está consubstanciada nas condições do direito de votar Capacidade eleitoral passiva: Diz respeito à elegibilidade — atributo de quem preenche as condições do direito de ser votado Tais modalidades não devem ser confundidas com direitos políticos positivos e direitos políticos negativos, que assim são caracterizados: Quanto ao alistamento eleitoral, é prescrito que os direitos do cidadão são adquiridos por meio deste, ou seja, alistamento eleitoral é a inscrição da pessoa como eleitor perante a Justiça Eleitoral; o alistamento será obrigatório ou facultativo, de acordo com os requisitos do art. 14, §1º da CF/88. O alistamento depende da iniciativa da pessoa em comparecer ao cartório eleitoral de sua região; a qualidade do eleitor é adquirida a partir do recebimento do título de eleitor. É OBRIGATÓRIO aos maiores de 18 anos e menores de 70 anos, homens e mulheres. FACULTATIVO aos analfabetos, maiores de 16 e menores de 18 anos, maiores de 70 anos. Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. Direitos políticos positivos Direitos políticos negativos Normas que asseguram a participação no processo político eleitoral, votando ou sendo votado Envolve as duas modalidades de direito eleitoral Direitos políticos ativos Direitos políticos passivos Normas que impedem a atuação no processo eleitoral e tem seu núcleo nas inegibilidades. Não podem se alistar… Estrangeiros e CONSCRITOS Conscritos são os convocados para o serviço militar obrigatório Em resumo, quanto aos requisitos, há a exigência de idade, nacionalidade… Quanto aos conscritos: o termo que designa a pessoa que esta no serviço militar obrigatório, ou seja, nao é alistado, logo nao é inelegível. Dos pressupostos dos direitos passivos para que seja elegível: Art. 14: § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. Art. 142 III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014) —> Dos direitos políticos negativos, àquelas determinações constitucionais que, de uma forma ou de outra, importem em privar o cidadão do direito de participação no processo político e nos órgãos governamentais. São negativos porque consistem no conjunto de regras que negam, ao cidadão, o direito de eleger, ou de ser eleito, ou de exercer atividades político-partidárias ou de exercer função pública. Suspensão e Perda A suspensão consiste na privação temporária dos direitos políticos. Só pode ocorrer por uma destas 3 causas: a) incapacidade civil absoluta; Art. 37, §4º. b) condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; c) improbidade administrativa. CONTRADIÇÃO: como um militar pode ser elegível se ele não pode se filiar a nenhum partido, visto que é motivo para processo administrativo? Já a perda consiste na privação definitiva dos direitos políticos, com o que o individuo perde sua condigno de eleitor e todos os direitos da cidadania nela fundados. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; PERDA! II - incapacidade civil absoluta; SUSPENSÃO! III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; SUSPENSÃO! IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Por fim, quanto a ineligibilidade; Os tipos, podem ser absolutas [quaisquer cargos ou nenhum]; ou relativas [impedimento para alguns cargos]. ABSOLUTA; A inelegibilidade absoluta está relacionada a características pessoais, atingindo todos os cargos eletivos e não podendo, ser afastada por meio da desincompatibilização. Por seu caráter excepcional, apenas a própria Constituição pode rever tais hipóteses , como o faz em relação aos inalistáveis (estrangeiros e conscritos) e aosanalfabetos, de acordo com o artigo 14, 4º, ex vi : CF/88, Art. 14, 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. RELATIVA; As inelegibilidades relativas em razão do cargo ou em razão do parentesco estão relacionadas à chefia do Poder Executivo, podendo ser afastadas mediante desincompatibilização (Artigo 14, 6º a 8º). Além de tais hipóteses, a Constituição impõe restrições aos militares (artigo 14, 8º) e determina a criação, por lei complementar, de outros casos de inelegibilidade visando à proteção da probidade administrativa, da moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e da normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta (art. 14, 9º). O artigo 1º da LC 64/1990 estabelece as outras hipóteses de inelegibilidade. CF/88 ==> relativo —> parentesco §7º, art.14; exemplo: em relação ao parentesco é relativo, caso seja parente do presidente, é absoluto, visto que abrange ao país todo. A lei de inelegibilidade: antigo anseio popular, é chamada de Lei da Ficha limpa. Sancionada em 4 de junho de 2010, a Lei Complementar 135/2010 contou com o apoio de 1,3 milhão de assinaturas para a sua aprovação pelo Congresso Nacional. A legislação prevê 14 hipóteses de inelegibilidade que impedem a candidatura de políticos que tiveram o mandato cassado, de condenados em processos criminais por órgão colegiado ou dos que renunciaram aos seus mandatos para evitar um possível processo de cassação. A punição prevista na lei é de oito anos de afastamento das urnas como candidato. O impedimento da capacidade eleitoral possível, negação do direito de ineligibilidade passiva. Há uma ideia de moralidade e igualdade de concorrer. AÇÕES CONSTITUCIONAIS/ “writs” 1. Introdução [DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS ART.5º CF/88] 2. Habeas Corpus [LXVIII] 3. Habeas Data [LXIX e LXX] 4. Ação popular [LXXI] 5. Mandado de segurança [LXXII] 6. Mandado de injunção [LXXIII] Acoes constitucionais devem ter função de proteção aos direitos fundamentais, possuindo, portanto, proteção jurídica mais ampla; 1. HABEAS CORPUS: LXVIII: conceder-se-a “habeas corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Nao cabe, porem, em relação a punições disciplinares militares [art.142, §2º]. É, pois, um remedio destinado a tutelar o direito de liberdade de locomoção, liberdade de ir e vir, parar e fica. tem natureza de ação constitucional penal. Quem pode propor um habeas corpus? aquele que teve sua liberdade violada, sem requisitos específicos frente a uma analise técnica. O habeas corpus coletivo, nao esta previsto na CF, entretanto é cabível. Ex.: 2ª Turma concede HC coletivo a gestantes e mães de filhos Habeas Corpus preventivo [sem privação de liberdade, mas ha um receio CONCRETO que será privada] e repressivo [ja houve a repressão, então cabe para que ele seja libertado]. Qual a competência do HC? Depende do autor, depende de onde vem a determinação acerca da privação da liberdade. RESTRICAO: art. 142, §3º; não cabe HC em relação a punição disciplinar militar. Tribunais consideram que não ha como suspender o uso do HC, como caso de Estádio de Sitio, mesmo em exceções institucionais, deve existir o Habeas Corpus. Convenção de Viena estabelece o direito cogente, próximo a ideia de um direito absoluto. Quiça em uma perspectiva militar seria diferente, mas tratando-se de um âmbito civil. 2. HABEAS DATA: LXXII; um remédio constitucional que tem por objetivo proteger a esfera intima dos indivíduos contra: a) usos abusivos de registros de dados pessoais coletados por meios fraudulentos, desleais ou ilícitos; b) introdução nesses registros de dados sensíveis [assim chamados os de origem racial, opinião politica, filosófica ou religiosa, filiação partidária e sindical, orientação sexual, etc.]; c) conservação de dados falsos pu com fins diversos dos autorizados em lei. Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 3. AÇÃO POPULAR: sem custos. Exceto quando usado em má-fé [assim será punitiva]. LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; NÃO CONFUNDIR COM AÇÃO CIVIL PÚBLICA 4. MANDADO DE SEGURANCA: LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 1— direito líquido e certo [COMPROVAÇÃO DOCUMENTAL] 2— subsidiário [em cabimento de HC ou HD, será esgotada essas possibilidades, principio de fungibilidade] 3— ilegalidade ou abuso de poder 4— autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público 5— MANDADO DE INJUNÇÃO: LXXI; analogia à Lei 12.016/09 — Norma regulamentadora, seja formal ou administrativa, indiferente, é regulamentadora pois da ao alcance de algo que foi previsto na constituição; estabelece regras para que eu possa exercer o direito; Se tratando de uma norma de eficácia limitada. A falta da norma regulamentadora inviabiliza o direito que eu devo exercer de acordo com a constituição GREVE DO SERVICO PUBLICO ART.7, INC. 7 QUEM É LEGITIMADO A EXERCER O MANDADO DE INJUNCAO? Aquele que nao pode exercer seu direito em plenitude por falta de norma regulamentadora. Tradicionalmente o STF reconhecia a norma como NÃO CONCRETISTA; para aquele que propôs a ação ele nao tem nenhuma satisfação no ponto de vista concreto, ou seja, seria cabível informar ao órgão competente. CONCRETISTA, seria posição que após a sentença deveria proporcionar satisfação a uma das partes, podendo ser individual, apenas a parte que propôs a ação [intermediaria, STF dava um prazo pro legislador legislar, caso nao ocorra, ai sim daria uma satisfação ou direta, agora sem a parte do prazo para legislar e ja informava como o direito iria informar] ou geral; Assim como o mandado de segurança, o mandado de injunção pode ser individual ou coletivo. O mandado individual é feito por qualquer cidadão ou pessoa jurídica. Já o coletivo compete a alguns órgãos e entidades públicos: Ministério Público, partidos políticos, organizações sindicais e a Defensoria Pública. QUAL O EFEITO PRÁTICO DE UM MANDADO DE INJUNÇÃO? Até 2007, o STF se limitava a declarar a omissão do PoderLegislativo em regulamentar certa norma relacionada a um direito garantido na Constituição. Ou seja, na prática não mudava muita coisa. Isso passou a mudar naquele ano, quando os ministros passaram a adotar o entendimento de que eles próprios deveriam dar alguma resposta ao caso concreto, passando a conceder à pessoa ou grupo reclamante as condições sob as quais elas poderiam finalmente exercer o direito – sem precisar esperar por tempo indeterminado por uma ação do Poder Legislativo. Retomando o exemplo do direito de greve dos servidores: até 2007, não havia nenhuma lei que regulamentasse as condições para que os servidores pudessem fazer greve. Por isso, vários sindicatos de servidores entraram com mandado de injunção ao longo do tempo. A resposta do Supremo foi, além de declarar a omissão do Congresso Nacional, aplicar as mesmas regras da greve do setor privado ao setor público. LEI 13.300/2016, art. 8º e inc. II + paragrafo unico. Lei que limita os efeitos do mandado apenas aos seus autores (os chamados impetrantes) e com duração apenas até o momento em que for sancionada uma norma que regulamente o termo. Mas os efeitos do mandado podem ser mais abrangentes se isso for “inerente ou indispensável ao exercício do direito”, segundo a lei. Para deixar ainda mais claro: o tribunal que recebe o mandado, constatando que a lei de fato tem uma lacuna em relação a determinado direito, concede uma garantia à pessoa que entrou com o mandado de injunção, que valerá – via de regra – apenas para ela e LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; que deixará de existir quando o Poder Legislativo finalmente criar a lei que regulamenta o direito em questão. 6. Ação civil publica, regulada pela Lei 7.347/85: Quem pode propor? Art. 5º da lei. Ação Civil Pública pode ser proposta pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, os estados, municípios, autarquias, empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações interessadas, desde que constituídas há pelo menos um ano. Primeira diferença entre ação popular e civil publica, a primeira a legitimação cabe ao cidadão, ja a segunda nao, sendo mais abrangente. Conforme a lei, a ação civil pública, da mesma forma que a ação popular, busca proteger os interesses da coletividade. Um dos diferenciais é que nela podem figurar como réus não apenas a administração pública, mas qualquer pessoa física ou jurídica que cause danos ao meio ambiente, aos consumidores em geral, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Em relação a que? Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: […] 8 incisos. Cabe uma ação pública, por exemplo, quando uma comunidade é atingida pelo rompimento de uma barragem. Nesse caso, os responsáveis podem ser condenados a reparar, financeiramente, os danos morais e materiais da coletividade atingida. Esse tipo de ação também pode ser movido com o objetivo de obrigar o réu a corrigir o ato praticado ou, no caso de omissão, a tomar determinada providência. A ação civil pública também é regida subsidiariamente pelo Código de Processo Civil, mas somente naquilo que não contrarie a Lei 7.347/1985. Em regra, esse instrumento processual deve ser proposto no primeiro grau de jurisdição da Justiça Estadual ou Federal. Após a sentença as partes poderão apresentar recursos ao segundo grau de jurisdição. CONCEITO DE INTERESSES DIFUSO [do indígena, por exemplo] E COLETIVO VEM DO DISPOSTO PELO ART.81 DO CDC. —> PARA SABER SE É CASO DE ACAO CIVIL PUBLICA OU NAO. interesse difuso determina toda a titularidade, sem relação jurídica básica; ja o coletivo também ultrapassa o aspecto individual, entretanto demanda uma relação anterior algo que nao esta presente nos interesses difusos. Algo diferente da soma dos interesses individuais. —> Direitos difusos constituem direitos transindividuais, ou seja, que ultrapassam a esfera de um único indivíduo, caracterizados principalmente por sua indivisibilidade, onde a satisfação do direito deve atingir a uma coletividade indeterminada, porém, ligada por uma circunstância de fato. Por exemplo, o direito a respirar um ar puro, a um meio ambiente equilibrado, qualidade de vida, entre outros que pertençam à massa de indivíduos e cujos prejuízos de uma eventual reparação de dano não podem ser individualmente calculados. —> Direitos coletivos constituem direitos transindividuais de pessoas ligadas por uma relação jurídica base entre si ou com a parte contrária, sendo seus sujeitos indeterminados, porém determináveis. Há também a indivisibilidade do direito, pois não é possível conceber tratamento diferenciado aos diversos interessados coletivamente, desde que ligados pela mesma relação jurídica. Como exemplo, citem-se os direitos de determinadas categorias sindicais que podem, inclusive, agir por meio de seus sindicatos. Trata-se do interesse de uma categoria. Direitos Sociais — art.6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 1. Introdução —-> [o que eles tem em comum? um sentido econômico, exemplo, nao se pode falar de hospitais sem a contratação de médicos, ou seja, objetivam substrato para fornecer igualdade material!] 2. Desafios aplicação mínimo existencial X reservado possível Principio da reserva possivel, surgiu na alemanha, julgamento do caso conhecido como“Numerus Clausus” pelo Tribunal Federal da Alemanha, em 1972, questões orçamentarias que vinculam o estado e nao possibilitam que o estado exerça todos os seus direitos, ou seja, regulamenta a possibilidade e a abrangência da atuação do Estado no que diz respeito ao cumprimento de alguns direitos, como os direitos sociais, subordinando a existência de recursos públicos disponíveis à atuação do Estado. O mínimo existencial refere-se ao básico da vida humana e é um direito fundamental e essencial, previsto na Constituição Federal. Sendo assim, sua obtenção independe da existência de lei, pois é considerado inerente aos seres humanos, Sem o mínimo existencial, não é possível que um indivíduo possa ter uma vida digna, pois o princípio tem o objetivo de garantir condições mínimas para isso. Desta forma, aquele que se vir prejudicado em seu direito do mínimo existencial poderá entrar com as medidas judiciais pertinentes para garantir que seu direito fundamental seja garantido, mesmo com o princípio da reserva do possível. 3. Principio vedação do retrocesso, funciona como um limite à reforma, através do qual visa proteger os indivíduos contra a superveniência de lei que pretenda atingir, negativamente, o direito social já conquistado em sede material legislativa, de modo a vedar a propositura de normas tendentes a suprimir tal direito social. nao privar o direito e nao privar a aplicação do direito Ingo W. Sarlet, o princípio da proibição de retrocesso social significaria “toda e qualquer forma de proteção de direitos fundamentais em face de medidas do poder público, com destaque para o legislador e o administrador, que tenham por escopo a supressão ou mesmo restrição de direitos fundamentais (sejam eles sociais, ou não)”. Podemos considerá-lo, portanto,como um direito constitucional de resistência que se opõe à margem de conformação do legislador quanto à reversibilidade de leis concessivas de benefícios sociais.
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