Buscar

Resumo SKINNER A possibilidade de uma ciencia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Resumo do texto a possibilidade de uma ciência do comportamento humano
No Capítulo 1, Skinner faz uma pergunta inicial essencial “A ciência pode ajudar?”. Trata-se de uma pergunta retórica porque ele já aponta uma resposta quando fala sobre o mau uso da ciência, numa época em que havia um grande trauma de toda a sociedade sobre como os avanços da ciência propiciaram as tragédias ocorridas durante as duas grandes guerras mundiais. E ele já parte para um caminho construtivo: a ciência pode funcionar como um corretivo auxiliando o ser humano a obter sabedoria e evitar essas tragédias.
Entretanto, para lançar mão desse valioso auxílio, a humanidade terá que abrir mão de alguns paradigmas tradicionais em que o homem seria um "agente livre, cujo comportamento é produto, não de condições antecedentes específicas, mas de mudanças interiores espontâneas." Essa teoria incomoda tanto quanto o paradigma copernicano do sistema solar. Mas a história da ciência mostrou o quão relevante foi que Copérnico trouxe para humanidade. Para ele, é natural que ocorra esse apego às tradições filosóficas e até uma confusão – entre as respostas do passado e as novas respostas trazidas por esse pensamento nascente – pois é um momento de transição. 
No capítulo 2, ele se debruça sobre essa nascente ciência do comportamento de modo bem assertivo, defendendo que os seus resultados tangíveis e imediatos a faz se destacar diante de áreas do conhecimento como filosofia, arte, poesia ou teologia. A ciência é um conjunto de atitudes em que se deve se debruçar sobre a natureza e até mesmo rejeitar suas autoridades quando estas se opõem às evidências da natureza. É também uma disposição de aceitar os fatos mesmo quando eles são opostos aos seus desejos, ou seja, o cultivo da honestidade intelectual. Nesta linha, as premissas são: os experimentos nem sempre dão o resultado que se espera, mas devem permanecer os fatos e perecer as expectativas; nem sempre uma resposta satisfatória pode ser encontrada; e conclusões prematuras devem ser evitadas. Ainda sobre as premissas há que se observar uma uniformidade nos eventos da natureza. 
O estágio mais avançado da ciência deve estabelecer regras que ajudem a estabelecer novas regras. O que se pretende é prever acontecimentos e se preparar para enfrentá-los e, posteriormente, alcançar controle de modo a gerar esses acontecimentos, bem como moldar suas características.
Dentre os principais desafios no estabelecimento da nova disciplina é que seu objeto, o comportamento, é um elemento que permeia a vida de todas as pessoas o tempo inteiro. O excesso de familiaridade e proximidade é quase uma desvantagem porque pode gerar inferências plausíveis com uma pseudo precisão bastante convincente. Para ultrapassar o senso comum, ele propõe a aplicação de técnicas matemáticas experimentais que são usadas para descobrir e expressar uniformidade nas ciências em geral. Vale ressaltar que o comportamento é uma matéria extremamente complexa porque se refere a um processo e não a uma coisa que pode ser facilmente imobilizada para observação. 
Sobre as objeções à ciência do comportamento, ele a compara à física em que as leis em nível subatômico quebraram os paradigmas que até então havia sido observados. Por isso, Skinner abre uma prerrogativa de possíveis falhas e lacunas na ciência do comportamento, já que o objeto a ser observado é enormemente complexo. Seu argumento contra essas objeções se pautam sobre uma regra geral de todas as ciências: não é preciso conhecer todos os fatos mas sim todas as espécies de fatos e a partir daí estabelecer leis gerais que possam se aplicar a casos particulares. Outra objeção é sobre a distorção do objeto observado pelo observador: entretanto, esse modo de atuar é aceito como princípio geral do método científico. Uma terceira objeção é a aplicabilidade dos dados obtidos em ambiente controlado, já que o comportamento real sofre interferência de uma série de fatores em ambientes naturais, portanto sem controle. Ele defende que, mesmo em fatos reais, há um considerável grau de controle sobre muitas das condições relevantes sobre as quais a ciência do comportamento se debruça. 
Finalmente no Capítulo 3, o pesquisador refere-se à inquietação histórica do ser humano com a pergunta “Por que os organismos se comportam?”. Algumas causas surgem do consenso popular: um evento visível que coincida com a emissão de um comportamento humano pode ser tomado como sua causa; ou a estrutura corporal de um indivíduo interfere em sua maneira de se portar. As causas internas foram uma tendência tentadora ao longo da história, mas os eventos que se localizam no interior de um sistema são difíceis de observar e, portanto, de terem qualquer ratificação científica. Até a neurologia e a fisiologia passaram por momento similar, do qual se libertaram somente após o surgimento das técnicas de mensuração dos processos químicos e elétricos do sistema nervoso. Os reais fatores que interferem no comportamento estão fora do organismo, em seu ambiente imediato e em sua história ambiental. Ele defende que os estados interiores não são relevantes para uma análise funcional, já que não é possível mensurar nenhum sistema estando inteiramente dentro dele. 
Skinner cria uma espécie de roteiro a ser seguido de modo a preservar o caráter científico nas observações, abordando cuidados na coleta de dados em diversas fontes: observações casuais, observação de campo controlada, observação clínica, observações amplas de comportamento, estudos em laboratório do comportamento humano e de animais. Para finalizar, ele sumaria o seu método de análise de dados: um plano que vai de passos iniciais simples a ações complexas, propondo uma investigação profunda e rigorosa.

Outros materiais