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21/2/2012 1 Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias Aula 2: Propriedades dos fluidos Disciplina: Hidráulica Agrícola Prof.: D.Sc. Marcos Eric 2. PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FLUIDOS2. PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FLUIDOS 2.1. MASSA ESPECÍFICA, PESO ESPECÍFICO E DENSIDADE � Massa específica - ρρρρ (rô): volume massa =ρ � Peso específico - γγγγ (gama):� Peso específico - γγγγ (gama): Sistemas de unidades: SI: kg/m3; ST: kgf.s2/m3 (UTM/m3); CGS: g/cm3Sistemas de unidades: SI: kg/m3; ST: kgf.s2/m3 (UTM/m3); CGS: g/cm3 � Densidade - δδδδ (delta):� Densidade - δδδδ (delta): volume peso =γ Sistemas de unidades: SI: N/m3; ST: kgf/m3; CGS: dyn/cm3Sistemas de unidades: SI: N/m3; ST: kgf/m3; CGS: dyn/cm3 C graus 4 a água líquido ρ ρ =δ C graus 4 a água líquido γ γ =δ Variação de γγγγ da água com a temperatura (g = 9,80 m/s2). Temperatura (°C) γγγγ (N/m3) γγγγ (kgf/m3) Temperatura (°C) γγγγ (N/m3) γγγγ (kgf/m3) 0 9798,87 999,87 40 9723,95 992,24 2 9799,71 999,97 50 9682,4 988 4 9800,00 1000,00 60 9633,4 983 5 9799,90 999,99 70 9584,4 978 10 9797,35 999,73 80 9525,6 972 20 9792,45 999,23 90 9457,0 965 30 9757,57 995,67 100 9388,4 958 OBS: Em termos práticos, adota-se o valor de γ = 9800 N/m3 (1000 kgf/m3). 21/2/2012 2 2.2. COMPRESSIBILIDADE / ELASTICIDADE2.2. COMPRESSIBILIDADE / ELASTICIDADE p p + dp V V - dV dp.V. dV α−= sendo: ∝ – coeficiente de compressibilidade cúbica; V – volume inicial; dp – diferencial de pressão. OBS: o sinal negativo significa redução de volume. Coeficiente de elasticidade volumétrica “εεεε” (epsilo): α =ε 1 Variação de αααα e εεεε da água com a temperatura. Temperatura (°C) αααα (m2/N) εεεε (N/m2) 0 5,1277 x 10-10 1,9502 x 109 10 4,9295 x 10-10 2,0286 x 109 20 4,7461 x 10-10 2,1070 x 109 30 4,6594 x 10-10 2,1462 x 109 Exercício de Aplicação Que acréscimo de pressão deve ser aplicada a água à temperatura de 20 °C sob pressão atmosférica normal para que seu volume se reduza em uma milionésima parte? Solução: dp.V.dV α−= dp.1.10 7461,4000001,0 10x −−=−⇒ Pa2107dp =⇒ 2.3. VISCOSIDADE E ATRITO EXTERNO2.3. VISCOSIDADE E ATRITO EXTERNO dz v + dv v α β dz dv .A.F µ= Coeficiente de viscosidade dinâmica “µµµµ” (mi): � Natureza do líquido � Temperatura � Pressão Coeficiente de viscosidade dinâmica “µµµµ” (mi): � Natureza do líquido � Temperatura � Pressão Coeficiente de viscosidade cinemática “νννν” (ni):Coeficiente de viscosidade cinemática “νννν” (ni): ρ µ =ν SISTEMA DE UNIDADES µµµµ νννν CGS dyn.s/cm2 (poise - P) cm2/s (stoke - St) SI Pa.s (pouseuille – Pl) m2/s ST kgf.s/m2 m2/s 21/2/2012 3 Variação de µµµµ e νννν da água com a temperatura. Temperatura (°C) µµµµ (Pa.s) νννν (m2/s) 0 1,7934 x 10-3 1,792 x 10-6 2 1,6758 x 10-3 1,673 x 10-6 4 1,5680 x 10-3 1,567 x 10-6 10 1,3034 x 10-3 1,308 x 10-6 15 1,1466 x 10-3 1,146 x 10-6 20 1,0094 x 10-3 1,007 x 10-6 30 0,8036 x 10-3 0,804 x 10-6 40 0,6566 x 10-3 0,657 x 10-6 50 0,5488 x 10-3 0,556 x 10-6 60 0,4704 x 10-3 0,478 x 10-6 70 0,4116 x 10-3 0,416 x 10-6 80 0,3528 x 10-3 0,367 x 10-6 90 0,3136 x 10-3 0,328 x 10-6 100 0,2842 x 10-3 0,296 x 10-6 2.4. VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS ELÁSTICAS (celeridade – c)2.4. VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS ELÁSTICAS (celeridade – c) ρ ε =c Exemplo: Celeridade na água a 30 °C. Dados: ε = 2,1462E9 N/m2 e ρ = 995,67 kg/m3. Exemplo: Celeridade na água a 30 °C. Dados: ε = 2,1462E9 N/m2 e ρ = 995,67 kg/m3. /sm 17,1468 67,995 10 1462,2 c 9 x == 2.5. TENSÃO SUPERFICIAL E CAPILARIDADE2.5. TENSÃO SUPERFICIAL E CAPILARIDADE “Película contrátil” ou “membrana invisível” na superfície dos líquidos: � Forças de curto alcance (≅ 0,5 µm) – forças de coesão (London-van der Waals) � Resultante nula no interior da massa líquida e máxima na interface líquido-gás. � Trabalho para distender a película é proporcional a sua área “Película contrátil” ou “membrana invisível” na superfície dos líquidos: � Forças de curto alcance (≅ 0,5 µm) – forças de coesão (London-van der Waals) � Resultante nula no interior da massa líquida e máxima na interface líquido-gás. � Trabalho para distender a película é proporcional a sua área Coeficiente de tensão superficial “ττττ” (tau):Coeficiente de tensão superficial “ττττ” (tau): Variação de ττττ da água com a temperatura. Temperatura (°C) ττττ (N/m) Temperatura (°C) ττττ (N/m) 0 7,56 x 10-2 50 6,76 x 10-2 4 7,51 x 10-2 60 6,62 x 10-2 10 7,42 x 10-2 70 6,45 x 10-2 20 7,28 x 10-2 80 6,25 x 10-2 30 7,11 x 10-2 90 6,07 x 10-2 40 6,96 x 10-2 100 5,89 x 10-2 - líquido;- líquido; - temperatura- temperatura 21/2/2012 4 Capilaridade: θ θ r. cos..2 h γ θτ = θθθθ - ângulo de contato (plano tangente à superfície líquida na linha de contato e a parede)θθθθ - ângulo de contato (plano tangente à superfície líquida na linha de contato e a parede) θθθθ > 90° ⇒⇒⇒⇒ forças de coesão superam as de adesão → depressão capilarθθθθ > 90° ⇒⇒⇒⇒ forças de coesão superam as de adesão → depressão capilar θθθθ < 90° ⇒⇒⇒⇒ forças de adesão superam as de coesão → ascenção capilarθθθθ < 90° ⇒⇒⇒⇒ forças de adesão superam as de coesão → ascenção capilar Ascenção capilar → equilíbrio devido à igualdade entre as “forças capilares” e o peso da coluna líquida deslocada Ascenção capilar → equilíbrio devido à igualdade entre as “forças capilares” e o peso da coluna líquida deslocada Depressão capilar → equilíbrio devido à igualdade entre as “forças capilares” e o empuxo sobre a “película contrátil” Depressão capilar → equilíbrio devido à igualdade entre as “forças capilares” e o empuxo sobre a “película contrátil” Exercício de Aplicação Qual o erro que se comete (em % do valor real) ao se fazer uma leitura (virtual) de 10 cm de altura de líquido num tubo de diâmetro igual a 5 mm, em cada um dos seguintes casos: a) Água a 20 °C (τ = 0,0728 N/m; θ = 0°; γ = 9792,45 N/m3); b) Mercúrio a 20 °C (τ = 0,5135 N/m; θ = 148° graus; γ = 133280 N/m3). Exercício de Aplicação A água do solo chega até as folhas das plantas através de tecidos, especialmente o xilema, que é constituído de células mortas de paredes suberizadas. Entre tais células existem aberturas que permitem o movimento da água por diferença de potencial. O fenômeno da capilaridade garante a continuidade da coluna líquida em tais tecidos. Sendo assim, calcular o diâmetro máximo que podem ter estas aberturas para suprir as necessidades de transpiração de uma planta com 20 m de altura. Dados (fictícios): Temperatura da água = 20°C; Ângulo de contato (θ) da água com as paredes do tecido = 8°. 21/2/2012 5 2.6. PRESSÃO DE VAPOR2.6. PRESSÃO DE VAPOR É a pressão exercida pelo vapor do líquido nas superfícies que mantém contato Ebulição dos líquidos: � Temperatura � Pressão É a pressão exercida pelo vapor do líquido nas superfícies que mantém contato Ebulição dos líquidos: � Temperatura � Pressão Variação da pressão de vapor da água com a temperatura. Cavitação em bombas (↓ da pressão no eixo da bomba)Cavitação em bombas (↓ da pressão no eixo da bomba) Temperatura (°C) pv (Pa) Temperatura (°C) pv (Pa) - 10 284 55 15700 - 5 421 60 19874 0 608 65 24961 4 813 70 31115 5 872 75 38504 10 1225 80 47314 15 1705 85 57761 20 2332 90 70060 25 3156 95 84476 30 4204 100 101293 35 5606 105 120736 40 7350 110 143168 45 9545 115 169148 50 12299 120 198646 Variação da pressão atmosférica com a altitude. Altitude (m) patm (Pa) Altitude (m) patm (Pa) 0 101293 1800 81046 300 98000 2100 78400 600 94472 240075950 900 91140 2700 73500 1200 87808 3000 70952 1500 84476 - - Ponto de ebulição da água com a altitude. Altitude (m) 0 500 800 (São Paulo) 1000 1500 2000 3000 4000 (La Paz) Temp. (°C) 100 98 97 96 95 93 91 89 2.7. SOLUBILIDADE DOS GASES NO LÍQUIDO2.7. SOLUBILIDADE DOS GASES NO LÍQUIDO Em CNTP → água dissolve ar em ~ 3% de seu volume Lei de Henry: “A quantidade de gás dissolvido é proporcional a sua pressão, e o volume é o mesmo que o gás ocuparia no estado livre (não dissolvido), mas sujeito à mesma pressão”. Em CNTP → água dissolve ar em ~ 3% de seu volume Lei de Henry: “A quantidade de gás dissolvido é proporcional a sua pressão, e o volume é o mesmo que o gás ocuparia no estado livre (não dissolvido), mas sujeito à mesma pressão”. Solubilidade à base de volume (m3/m3 ou L/L) dos gases na água pura na pressão de 1 atm (nível do mar). ↓ da pressão na tubulação → liberação de gases↓ da pressão na tubulação → liberação de gases Gás 0 °°°°C 20 °°°°C Ar 0,03 - Ácido clorídrico 5,60 - Ácido sulfúrico 5,00 - Cloro 5,00 - Gás carbônico 1,87 0,92 Hidrogênio 0,023 0,020 Monóxido de Carbono 0,04 - Oxigênio 0,053 0,033 Nitrogênio 0,026 0,017
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