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UNIDESC- CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO- OESTE- MEDICINA VETERINÁRIA- ABRIL DE 2018 BABESIOSE CANINA Marília Braga Taimitra Rebeca Renato Oliveira Nataniel Lopez Ezequiel Rodrigues RESUMO A babesiose canina é uma doença causada por um ectoparasita do gênero Babesia, espécie B. canis, no Brasil os cães podem ser parasitados por diversas espécies de carrapatos, que estão diretamente relacionadas ao ambiente onde o animal vive. O presente trabalho relatará a forma de transmissão, sintomas, práticas na clínica, quais os tipos de exames são usados para chegar ao diagnostico da babesiose, tratamento, e por fim prevenção do parasito (carrapato). PALAVRAS CHAVES: Babesia Canis, Babesiose Canina, Cão. INTRODUÇÃO A babesiose canina é uma doença causada por um ectoparasita do gênero Babesia, espécie B. canis, no Brasil os cães podem ser parasitados por diversas espécies de carrapatos, que estão diretamente relacionadas ao ambiente onde o animal vive. A espécie Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) é a mais comum no ambiente urbano, e espécies do gênero Amblyomma Koch, 1844 no ambiente rural (LABRUNA; PEREIRA, 2001). O parasita se hospeda no hospedeiro definitivo e com a picada do carrapato (hospedeiro intermediário) é nesse momento inoculado no sangue do hospedeiro definitivo e invadem os glóbulos vermelhos se reproduzem e os destrói. Portanto, a doença se caracteriza por uma anemia hemolítica do tipo regenerativa. Outra forma de transmissão é através de transfusões sanguíneas de animais infectados (Vieira et al., 2013). Figura 1. Ciclo biológico do carrapato vermelho- Rhipicephalus sanguineus TRANSMISSÃO Este protozoário é transmitido através da picada do vetor (carrapato) infectado, junto às secreções salivares. Ao entrar na corrente sanguínea parasitam os glóbulos vermelhos (eritrócitos). Dentro dos eritrócitos eles se multiplicam rompendo a célula. SINTOMAS Devido as destruição dos eritrócitos, o animal irá apresentar um quadro de anemia hemolítica podendo levar a morte. Os sinais clínicos observados nos cães afetados são: febre intermitente (que ocorre quando os eritrócitos estão sendo rompidos), anorexia, desidratação, apatia, emagrecimento progressivo (por falta de apetite) palidez nas mucosas ou icterícia, letargia (semelhante a sono profundo), perturbações nervosas, urina escura, e insuficiência renal aguda, esplenomegalia. UNIDESC- CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO- OESTE- MEDICINA VETERINÁRIA- ABRIL DE 2018 Prática Clínica Ao chegar há clínica o animal será avaliado pela anamnese (onde seu tutor irá informar e relatar os sinais identificados em casa), exames físicos, coleta de dados sobre a Temperatura Corporal (TC), Frequência Cardíaca (FC) e Respiratória (FR), que pelo fato da destruição dos eritrócitos, ambos apresentaram alteração, colher material para exames complementares e assim chegar ao diagnóstico. EXAMES COMPLEMENTARES Esfregaço sanguíneo: Usado para identificar o parasita dentro da célula. Babesia canis em uma célula vermelha. Sorologia-Elisa: Detecta anticorpos contra a Basesia. Teste Molecular-PCR (Reação da Polimerase em Cadeia): É uma técnica precisa de detecção do DNA da Babesia no sangue de cães e apresenta especificidade de 100%. DIAGNÓSTICO O diagnóstico da Babesiose é baseado no histórico clínico, exame físico, exames específicos para detecção do parasita. A visualização do parasita nos esfregaços sanguíneos ou, na detecção de anticorpos circulantes por imunofluorescência são comumente empregados. Entretanto, a não detecção da Babesia spp em esfregaço não implica na ausência da infecção, pois durante a fase crônica da doença, o cão apresenta baixa parasitemia podendo ocorrer resultados falso negativo. Os testes sorológicos são úteis para identificar pacientes assintomáticos e diagnosticar infecções crônicas quando o nível de parasitemia geralmente está baixo ou não. O exame Elisa é considerado um teste com alta UNIDESC- CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO- OESTE- MEDICINA VETERINÁRIA- ABRIL DE 2018 sensibilidade e moderada especificidade para detecção de anticorpos contra Babesia Canis. A babesiose canina requer um diagnostico precoce e uma técnica diagnostica com alta sensibilidade, especificidade e acurácia. Como a maioria dos casos de doenças parasitárias apresentam moleculares como a PRC são de grade valia, pois permitem um diagnóstico conclusivo na detecção das doenças, a PCR apresenta uma especificidade e sensibilidade de 100%, pois identifica os animais positivos através do isolamento e amplificação do DNA do parasita presenta na amostra biológica. TRATAMENTO O tratamento é baseado no controle do parasita, na moderação da resposta imune e tratamento dos sintomas. Várias drogas denominadas babesicidas são efetivas sendo eles: Sulfato de quinurônio; Aceturato de diminazeno; Imicarbalida; Isetionato de fenamidina; Diproprinato de imidocarb. Os mais indicados e usados pelos médicos veterinários são o acenturato de diminazeno e o diproprinato de imidocarb (ação: interferem na glicólise aeróbia e na síntese de DNA do parasito). . Pode também ser feito o tratamento profilático em animais que irão viajar para áreas endêmicas, ou que vivem nelas, com o uso do imodocarb e doxiciclina. A imunidade celular é a mais importante no combate às infecções por Babesia spp. A fagocitose de hemácias danificadas, parasitas livres e intra- eritrocitários ocorre no baço e fígado (Taboada & Merchant, 1991). A atividade fagocítica dos macrófagos aumenta por ação direta do parasita. Interferon e fator de necrose tumoral também participam no mecanismo celular de imunidade contra Babesia spp. Os anticorpos detectados por imunofluorescência indireta aparecem cinco a doze dias após infecção experimental e alcançam um valor máximo em média 21 dias pós-infecção (Boudeau et al., 1995). A duração da imunidade protetora é de quatro a cinco meses após a infecção por Babesia canis. Não ocorre proteção cruzada contra cepas heterólogas de Babesia canis (Vercammem etal., 1997). A resposta imune desenvolvida pelos cães contra babesiose é fraca e requer estimulação contínua para sua manutenção (Bobade & Oduye, 1989). A resposta imune pode não eliminar completamente o parasita e os cães podem tornar-se portadores crônicos (Taboada, 1998). PREVENÇÃO A prevenção da Babesiose canica, como qualquer outra, doença transmitida por carrapatos é justamente a eliminação destes parasitas do ambiente e principalmente do canino. Utilizar preventivos contra carrapatos mensalmente ou de acordo com as indicações do produto e do medico veterinário, diminui muito a chance dos animais ser picados e com isso, contrair a doença. Verificar regulamente se o animal tem carrapatos, verificando cabeça, virilha e axilas. Caso seja notado à presença de carrapatos o ideal é remover o mais rápido possível. Utilização de carrapaticidas de aplicação direta no animal e da dedetização do ambiente com produtos à base de piretroides. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UNIDESC- CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO- OESTE- MEDICINA VETERINÁRIA- ABRIL DE 2018 https://www.infoescola.com/doencas/bab esiose-c acenturatode diminazeno anina/ http://www.redalyc.org/pdf/3978/397841 457003.pdf http://www.pubvet.com.br/uploads/bad86 087587022293545beb6419d16c9.pdf http://canaldopet.ig.com.br/cuidados/saud e/2017-11-28/babesiose-canina.html http://ftp.medicina.ufmg.br/clm/2013/Ma nual_de_Atendimento_Clinico_Semiologia _I_26082013.pdf http://www.vetdna.com.br/Cont_Default.a spx?lista=436 https://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7 %C3%A3o_em_cadeia_da_polimerase
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