Buscar

JN018 - ENEM-2017 - 1092 Páginas - Reduzido

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 1092 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 1092 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 1092 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LINGUAGENS,
CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Nossa Equipe
Título da obra: 
ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio
• Matriz de Referência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Autores:
Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Ronaldo Sena e Silva
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Rosa Thaina Santos
Suelen Domenica Pereira
Capa
Bruno Fernandes
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
Apresentação
Curso Online
PARABÉNS! ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO.
A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas. 
Vamos ajudar você a alcançar o tão desejado cargo público. 
Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. Assim a matéria 
é organizada de forma que otimize o tempo do candidato. Afinal corremos contra o tempo, por isso a 
preparação é muito importante. 
Aproveitando, convidamos você para conhecer nossa linha de produtos “Cursos online”, conteúdos pre-
paratórios e por edital, ministrados pelos melhores professores do mercado. 
Estar à frente é nosso objetivo, sempre. 
Contamos com índice de aprovação de 87%*. 
O que nos motiva é a busca da excelência. Aumentar este índice é nossa meta. 
Acesse www.novaconcursos.com.br e conheça todos os nossos produtos. 
Oferecemos uma solução completa com foco na sua aprovação, como: apostilas, livros, cursos online, 
questões comentadas e treinamentos com simulados online. 
Desejamos-lhe muito sucesso nesta nova etapa da sua vida! 
Obrigado e bons estudos!
*Índice de aprovação baseado em ferramentas internas de medição.
PASSO 1
Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaporte
PASSO 2
Digite o código do produto no campo indicado 
no site.
O código encontra-se no verso da capa da 
apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-17
PASSO 3
Pronto!
Você já pode acessar os conteúdos online.
Sumário
MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Competência de área 1 –Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no 
trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. ..................................................................... 01
H1 –Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracteriza-
ção dos sistemas de comunicação. 
H2 –Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação 
para resolver problemas sociais.
H3 –Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a 
função social desses sistemas.
H4 –Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de 
comunicação e informação.
Competência de área 2 –Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de 
acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais. .................................................................... 12
H5 –Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 –Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades 
de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 –Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 –Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade 
cultural e linguística.
Competência de área 3 –Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria 
vida, integradora social e formadora da identidade. ............................................................................... 46
H9 –Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades coti-
dianas de um grupo social.
H10 –Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessida-
des cinestésicas.
H11 –Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de 
desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.
Competência de área 4 –Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação 
e integrador da organização do mundo e da própria identidade. ......................................................... 82
H12 –Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios 
culturais.
H13 –Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de 
beleza e preconceitos.
H14 –Reconhecer o valor da diversidade artística e das interrelações de elementos que se apresen-
tam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
Competência de área 5 –Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacio-
nando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização e estrutura das mani-
festações, de acordo com as condições de produção e recepção. .................................................. 114
H15 –Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos 
do contexto histórico, social e político.
H16 –Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto 
literário.
H17 –Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimô-
nio literário nacional.
Sumário
Competência de área 6 –Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como 
meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comuni-
cação e informação. ....................................................................................................................................132
H18 –Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e 
estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 –Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocu-
ção.
H20 –Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da iden-
tidade nacional.
Competência de área 7 –Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas 
manifestações específicas. ..........................................................................................................................217
H21 –Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a 
finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 –Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 –Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise 
dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24 –Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do públi-
co, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
Competência de área 8 –Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora 
de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. ..........................221
H25 –Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as varieda-
des linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 –Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 –Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comu-
nicação.
Competência de área 9 –Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da 
comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, 
associando-os aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecno-
logias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar. .............................223
H28 –Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e infor-
mação.
H29 –Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
H30 –Relacionar as tecnologias da comunicação e informação ao desenvolvimento dassociedades 
e ao conhecimento que elas produzem.
Redação .........................................................................................................................................................225
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
1
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
H1 – Identificar as diferentes linguagens e seus re-
cursos expressivos como elementos de caracteriza-
ção dos sistemas de comunicação.
H2 – Recorrer aos conhecimentos sobre as lingua-
gens dos sistemas de comunicação e informação 
para resolver problemas sociais.
H3 – Relacionar informações geradas nos siste-
mas de comunicação e informação, considerando a 
função social desses sistemas.
H4 – Reconhecer posições críticas aos usos so-
ciais que são feitos das linguagens e dos sistemas de 
comunicação e informação.
A comunicação constitui uma das ferramen-tas mais importantes que os líderes têm à sua disposição para desempenhar as suas 
funções de influência. A sua importância é tal que 
alguns autores a consideram mesmo como o “san-
gue” que dá vida à organização. Esta importância 
deve-se essencialmente ao fato de apenas através 
de uma comunicação efetiva ser possível:
- Estabelecer e dar a conhecer, com a participa-
ção de membros de todos os níveis hierárquicos da 
organização, os objetivos organizacionais por forma 
a que contemplem, não apenas os interesses da or-
ganização, mas também os interesses de todos os 
seus membros.
- Definir e dar a conhecer, com a participação 
de membros de todos os níveis hierárquicos da orga-
nização, a estrutura organizacional, quer ao nível do 
desenho organizacional, quer ao nível da distribuição 
de autoridade, responsabilidade e tarefas.
- Definir e dar a conhecer, com a participação 
de membros de todos os níveis hierárquicos da orga-
nização, decisões, planos, políticas, procedimentos e 
regras aceites e respeitadas por todos os membros 
da organização.
- Coordenar, dar apoio e controlar as atividades 
de todos os membros da organização.
- Efetuar a integração dos diferentes departa-
mentos e permitir a ajuda e cooperação interdepar-
tamental.
- Desempenhar eficazmente o papel de influên-
cia através da compreensão e atuação em confor-
midade satisfação das necessidades e sentimentos 
das pessoas por forma a aumentar a sua motivação.
 
Elementos do Processo de Comunicação
Para perceber desenvolver políticas de comu-
nicação eficazes é necessário analisar antes cada 
um dos elementos que fazem parte do processo de 
comunicação. Assim, fazem parte do processo de 
comunicação o emissor, um canal de transmissão, 
geralmente influenciado por ruídos, um receptor e 
ainda o feedback do receptor.
- Emissor (ou fonte da mensagem da comunica-
ção): representa quem pensa, codifica e envia a 
mensagem, ou seja, quem inicia o processo de co-
municação. A codificação da mensagem pode ser 
feita transformando o pensamento que se pretende 
transmitir em palavras, gestos ou símbolos que sejam 
compreensíveis por quem recebe a mensagem.
- Canal de transmissão da mensagem: faz a liga-
ção entre o emissor e o receptor e representa o meio 
através do qual é transmitida a mensagem. Existe 
uma grande variedade de canais de transmissão, 
cada um deles com vantagens e inconvenientes: 
destacam-se o ar (no caso do emissor e receptor es-
tarem frente a frente), o telefone, os meios eletrôni-
cos e informáticos, os memorandos, a rádio, a televi-
são, entre outros.
- Receptor da mensagem: representa quem re-
cebe e descodifica a mensagem. Aqui é necessário 
ter em atenção que a descodificação da mensa-
gem resulta naquilo que efetivamente o emissor pre-
tendia enviar (por exemplo, em diferentes culturas, 
um mesmo gesto pode ter significados diferentes). 
Podem existir apenas um ou numerosos receptores 
para a mesma mensagem.
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos 
intensas ao processo de comunicação e podem 
ocorrer em qualquer uma das suas fases. Denomi-
nam-se ruídos internos se ocorrem durante as fases de 
codificação ou descodificação e externos se ocorre-
rem no canal de transmissão. Obviamente estes ruí-
dos variam consoante o tipo de canal de transmissão 
utilizado e consoante as características do emissor e 
do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos critérios uti-
lizados na escolha do canal de transmissão quer do 
tipo de codificação.
- Retroinformação (feedback): representa a res-
posta do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e 
pode ser utilizada como uma medida do resultado 
da comunicação. Pode ou não ser transmitida pelo 
mesmo canal de transmissão.
 
Embora os tipos de comunicação sejam inúme-
ros, podem ser agrupados em comunicação verbal e 
comunicação não verbal. Como comunicação não 
verbal podemos considerar os gestos, os sons, a mí-
mica, a expressão facial, as imagens, entre outros. É 
frequentemente utilizada em locais onde o ruído ou 
COMPETÊNCIA DE ÁREA 1: APLICAR AS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO 
E DA INFORMAÇÃO NA ESCOLA, NO TRABALHO E EM OUTROS 
CONTEXTOS RELEVANTES PARA SUA VIDA.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
2
a situação impede a comunicação oral ou escrita 
como por exemplo as comunicações entre “dealers” 
nas bolsas de valores. É também muito utilizada como 
suporte e apoio à comunicação oral.
Quanto à comunicação verbal, que inclui a co-
municação escrita e a comunicação oral, por ser a 
mais utilizada na sociedade em geral e nas organi-
zações em particular, por ser a única que permite a 
transmissão de ideias complexas e por ser um exclusi-
vo da espécie humana, é aquela que mais atenção 
tem merecido dos investigadores, caracterizando-a 
e estudando quando e como deve ser utilizada.
Comunicação Escrita
A comunicação escrita teve o seu auge, e ain-
da hoje predomina, nas organizações burocráticas 
que seguem os princípios da Teoria da Burocracia 
enunciados por Max Weber. A principal característi-
ca é o fato do receptor estar ausente tornando-a, 
por isso, num monólogo permanente do emissor. Esta 
característica obriga a alguns cuidados por parte do 
emissor, nomeadamente com o fato de se tornarem 
impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e as 
novas explicações para melhor compreensão após 
a sua transmissão. Assim, os principais cuidados a ter 
para que a mensagem seja perfeitamente recebida 
e compreendida pelo(s) receptor(es) são o uso de 
caligrafia legível e uniforme (se manuscrita), a apre-
sentação cuidada, a pontuação e ortografia corre-
tas, a organização lógica das ideias, a riqueza vo-
cabular e a correção frásica. O emissor deve ainda 
possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve 
tentar prever as reações/feedback à sua mensagem.
Como principais vantagens da comunicação es-
crita, podemos destacar o fato de ser duradoura e 
permitir um registro e de permitir uma maior atenção 
à organização da mensagem sendo, por isso, ade-
quada para a transmitir políticas, procedimentos, 
normas e regras. Adequa-se também a mensagens 
longas e que requeiram uma maior atenção e tempo 
por parte do receptor tais como relatórios e análises 
diversas. Como principais desvantagens destacam-
se a já referida ausência do receptor o que impossibi-
lita o feedback imediato, não permite correções ou 
explicações adicionais e obriga ao uso exclusivo da 
linguagem verbal.
Comunicação Oral
No caso da comunicação oral, a sua principal 
característica é a presença do receptor (exclui-se, 
obviamente, a comunicação oral que utilize a televi-
são, a rádio, ou as gravações). Esta característica ex-
plica diversas das suas principais vantagens, nomea-
damente o fato de permitir o feedback imediato, 
permitir a passagem imediata do receptor a emissor 
e vice-versa, permitir a utilização de comunicação 
não verbal como os gestos a mímica e a entoação, 
por exemplo, facilitar as retificações e explicações 
adicionais, permitir observar as reações do receptor, 
e ainda a grande rapidez de transmissão. Contudo, 
e para que estas vantagens sejam aproveitadasé 
necessário o conhecimento dos temas, a clareza, a 
presença e naturalidade, a voz agradável e a boa 
dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
Como principais desvantagens da comunicação 
oral destacam-se o fato de ser efêmera, não permi-
tindo qualquer registro e, consequentemente, não se 
adequando a mensagens longas e que exijam análise 
cuidada por parte do receptor.
Gêneros Escritos e Orais
Gêneros textuais são tipos específicos de textos 
de qualquer natureza, literários ou não. Modalidades 
discursivas constituem as estruturas e as funções so-
ciais (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas 
como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, 
podem ser considerados exemplos de gêneros tex-
tuais: anúncios, convites, atas, avisos, programas de 
auditórios, bulas, cartas, comédias, contos de fadas, 
crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, de-
cretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, 
letras de música, leis, mensagens, notícias. São textos 
que circulam no mundo, que têm uma função especí-
fica, para um público específico e com características 
próprias. Aliás, essas características peculiares de um 
gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da 
textualidade, tais como coerência e coesão textuais, 
impessoalidade, técnicas de argumentação e outros 
aspectos pertinentes ao gênero em questão.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes for-
mas de expressão textual. Nos estudos da Literatura, te-
mos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam es-
tes e todos os textos produzidos por usuários de uma 
língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos 
também identificar a carta pessoal, a conversa tele-
fônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros 
que circulam em nossa sociedade.
Quanto à forma ou estrutura das sequências lin-
guísticas encontradas em cada texto, podemos classi-
ficá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estrutu-
ras e estilos composicionais.
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária 
Ficcional.
Aspectos tipológicos: Narrar.
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses 
de ação através da criação da intriga no domínio do 
verossímil.
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fa-
das, fábula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de 
ficção científica, narrativa de enigma, narrativa mítica, 
sketch ou história engraçada, biografia romanceada, 
romance, romance histórico, novela fantástica, conto, 
crônica literária, adivinha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documenta-
ção e memorização das ações humana.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
3
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Aspectos tipológicos: Relatar.
Capacidade de linguagem dominante: Represen-
tação pelo discurso de experiências vividas, situadas 
no tempo.
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de ex-
periência vivida, relato de viagem, diário íntimo, teste-
munho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum 
vitae, notícia, reportagem, crônica social, crônica es-
portiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil bio-
gráfico, biografia.
Domínios sociais de comunicação: Discussão de 
problemas sociais controversos.
Aspectos tipológicos: Argumentar.
Capacidade de linguagem dominante: Sustenta-
ção, refutação e negociação de tomadas de posi-
ção.
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opi-
nião, diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de 
solicitação, deliberação informal, debate regrado, 
assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso 
de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de 
opinião ou assinados, editorial, ensaio.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e 
construção de saberes.
Aspectos tipológicos: Expor.
Capacidade de linguagem dominante: Apresen-
tação textual de diferentes formas dos saberes.
Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositi-
vo, exposição oral, seminário, conferência, comunica-
ção oral, palestra, entrevista de especialista, verbete, 
artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de 
notas, resumo de textos expositivos e explicativos, re-
senha, relatório científico, relatório oral de experiência.
Domínios sociais de comunicação: Instruções e 
prescrições.
Aspectos tipológicos: Descrever ações.
Capacidade de linguagem dominante: Regula-
ção mútua de comportamentos.
Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de 
montagem, receita, regulamento, regras de jogo, ins-
truções de uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Linguagem
Observe a fala do vendedor:
“Quem sabe o senhor desenha para nós?”
Se o comprador soubesse desenhar, o problema 
estaria resolvido facilmente. Ele poderia lançar na mão 
de outro meio de expressão que não fosse a fala. O 
homem dispõe de vários recursos para se expressar e 
se comunicar. Esses recursos podem utilizar sinais de di-
ferente natureza. Tais sinais admitem a seguinte classi-
ficação:
- Verbais;
- Não-Verbais;
Quando esses sinais se organizam formando um sis-
tema, eles passam a constituir uma linguagem. Observe:
Incêndio destruiu o Edifício Z.
Para expressar o mesmo fato, foram utilizadas duas 
linguagens diferentes:
- Linguagem Não Verbal - Qualquer código que 
não utiliza palavra;
- Linguagem Verbal - Código que utiliza a palavra 
falada ou escrita;
Linguagem é todo sistema organizado de sinais que 
serve como meio de comunicação entre os indivíduos. 
Quando se fala em texto ou linguagem, normalmente 
se pensa em texto e linguagem verbais, ou seja, naque-
la capacidade humana ligada ao pensamento que se 
concretiza numa determinada língua e se manifesta por 
palavras (verbum, em latim). Mas, além dessa, há outras 
formas de linguagem, como a pintura, a mímica, a dan-
ça, a música e outras mais. Com efeito, por meio des-
sas atividades, o homem também representa o mundo, 
exprime seu pensamento, comunica-se e influencia os 
outros. Tanto a linguagem verbal quanto à linguagem 
não verbal expressam sentidos e, para isso, utilizam-se 
de signos, com a diferença de que, na primeira, os sig-
nos são constituídos dos sons da língua (por exemplo, 
mesa, fada, árvore), ao passo que nas outras exploram-
se outros signos, como as formas, a cor, os gestos, os sons 
musicais, etc. Em todos os tipos de linguagem, os signos 
são combinados entre si, de acordo com certas leis, 
obedecendo a mecanismos de organização.
Semelhanças e Diferenças
Uma diferença muito nítida vai encontrar no fato de 
que a linguagem verbal é linear. Isto quer dizer que seus 
signos e os sons que a constituem não se superpõem, 
mas se sucedem destacadamente um depois do outro 
no tempo da fala ou no espaço da linha escrita. Em ou-
tras palavras, cada signo e cada som são usados num 
momento distinto do outro. Essa característica pode ser 
observada em qualquer tipo de enunciado linguístico. 
Na linguagem não verbal, ao contrário, vários signos po-
dem ocorrer simultaneamente. Se na linguagem verbal, 
é impossível conceber uma palavra encavalada em 
outra, na pintura, por exemplo, várias figuras ocorrem 
simultaneamente. Quando contemplamos um quadro, 
captamos de maneira imediata a totalidade de seus 
elementos e, depois, por um processo analítico, pode-
mos ir decompondo essa totalidade.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
4
O texto não verbal pode em princípio, ser conside-
rado dominantemente descritivo, pois representa uma 
realidade singular e concreta, num ponto estático do 
tempo. Uma foto, por exemplo, de um homem de capa 
preta e chapéu, com a mão na maçaneta de uma por-
ta é descritiva, pois capta um estado isolado e não uma 
transformação de estado, típica da narrativa. Mas po-
demos organizar uma sequência de fotos em progres-
são narrativa, por exemplo, assim:
- foto de um homem com a mão na maçaneta da 
porta;
- foto da porta semiaberta com o mesmo homem 
espreitando o interior de um aposento;
- foto de uma mulherdeitada na cama, gritando 
com desespero;
Como nessa sequência se relata uma transforma-
ção de estados que se sucedem progressivamente, 
configura-se a narração e não a descrição. Essa disposi-
ção de imagens em progressão constitui recurso básico 
das histórias em quadrinhos, fotonovelas, cinema etc. 
Sobretudo com relação à fotografia, ao cinema ou a 
televisão, pode-se pensar que o texto não verbal seja 
uma cópia fiel da realidade. Também essa impressão 
não é verdadeira. Para citar o exemplo da fotografia, 
o fotógrafo dispõe de muitos expedientes para alterar 
a realidade: o jogo de luz, o ângulo, o enquadramento, 
etc.
A estatura do indivíduo pode ser alterada pelo ân-
gulo de tomada da câmera, um ovo pode virar uma 
esfera, um rosto iluminado pode passar a impressão de 
alegria, o mesmo rosto, sombrio, pode dar impressão de 
tristeza. Mesmo o texto não verbal, recria e transforma 
a realidade segundo a concepção de quem o produz. 
Nele, há uma simulação de realidade, que cria um efei-
to de verdade. Os textos verbais podem ser figurativos 
(aqueles que reproduzem elementos concretos, produ-
zindo um efeito de realidade) e não figurativos (aque-
les que exploram temas abstratos). Também os textos 
não verbais podem ser dominantemente figurativos (as 
fotos, a escultura clássica) ou não figurativos e abstra-
tos. Neste caso, não pretendem sumular elementos do 
mundo real (pintura abstrata com oposições de cores, 
luz e sombra; esculturas modernas com seus jogos de 
formas e volumes).
Comunicação – Os processos da comunicação
Existem vários tipos de comunicação: as pessoas 
podem comunicar-se pelo código Morse, pela escrita, 
por gestos, pelo telefone, por e-mails, internet, etc.; uma 
empresa, uma administração, até mesmo um Estado 
podem comunicar-se com seus membros por intermé-
dio de circulares, cartazes, mensagens radiofônicas ou 
televisionadas, e-mails, etc. Toda comunicação tem por 
objetivo a transmissão de uma mensagem, e se constitui 
por certo número de elementos, indicados no esquema 
abaixo:
Os Elementos da Comunicação
a) O emissor ou destinador é o que emite a mensa-
gem; pode ser um indivíduo ou um grupo (firma, orga-
nismo de difusão, etc.).
b) O receptor ou destinatário é o que recebe a men-
sagem; pode ser um indivíduo, um grupo, ou mesmo um 
animal ou uma máquina (computador). Em todos estes 
casos, a comunicação só se realiza efetivamente se a 
recepção da mensagem tiver uma incidência observá-
vel sobre o comportamento do destinatário (o que não 
significa necessariamente que a mensagem tenha sido 
compreendida: é preciso distinguir cuidadosamente re-
cepção de compreensão).
c) A mensagem é o objeto da comunicação; ela 
é constituída pelo conteúdo das informações transmi-
tidas.
d) O canal de comunicação é a via de circulação 
das mensagens. Ele pode ser definido, de maneira ge-
ral, pelos meios técnicos aos quais o destinador tem 
acesso, a fim de assegurar o encaminhamento de sua 
mensagem para o destinatário:
- Meios sonoros: voz, ondas sonoras, ouvido...
- Meios visuais: excitação luminosa, percepção da 
retina...
De acordo com o canal de comunicação utilizado, 
pode-se empreender uma primeira classificação das 
mensagens:
- as mensagens sonoras: palavras, músicas, sons di-
versas;
- as mensagens tácteis: pressões, choques, trepida-
ções, etc.;
- as mensagens olfativas: perfumes, por exemplo;
- as mensagens gustativas: tempero quente (api-
mentado) ou não...
Observação: um choque, um aperto de mão, um 
perfume só constituem mensagens se veicularem, por 
vontade do destinador, uma ou várias informações di-
rigidas a um destinatário. A transmissão bem-sucedida 
de uma mensagem requer não só um canal físico, mas 
também um contato psicológico: pronunciar uma frase 
com voz alta e inteligível não é suficiente para que um 
destinatário desatento a receba.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
5
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
e) O código é um conjunto de signos e regras de 
combinação destes signos; o destinador lança mão 
dele para elaborar sua mensagem (esta é a operação 
de codificação). O destinatário identificará este sistema 
de signos (operação de decodificação) se seu repertó-
rio for comum ao do emissor for comum ao do emissor. 
Este processo pode se realizar de várias maneiras (repre-
sentaremos por dois círculos os repertórios de signos do 
emissor e do receptor):
1º Caso:
A comunicação não se realizou; a mensagem é re-
cebida, mas não compreendida: o emissor e o recep-
tor não possuem nenhum signo em comum. Exemplos: 
mensagem cifrada recebida por um receptor que ig-
nora o código utilizado; neste caso, poderá haver uma 
operação de decodificação, mas ela será longa e in-
certa; Conversa (?) entre um brasileiro e um alemão, em 
que um não fala a língua do outro.
2º Caso:
A comunicação é restrita; são poucos os signos em 
comum. Exemplo: Conversa entre um inglês eu um estu-
dante brasileiro de 1º grau que estuda inglês há um ano. 
3º Caso:
A comunicação é mais ampla; entretanto, a inteli-
gibilidade dos signos não é total: certos elementos da 
mensagem proveniente de E não serão compreendi-
dos por R. Exemplo: um curso de alto ministrado a alunos 
não preparados para recebê-lo.
4º Caso:
A comunicação é perfeita: todos os signos emitidos 
por E são compreendidos por R (o inverso não é ver-
dadeiro, mas estamos considerando um caso de uma 
comunicação unidirecional). Não basta, no entanto, 
que o código seja comum para que se realize uma co-
municação perfeita; por exemplo, dois brasileiros não 
possuem necessariamente a mesma riqueza de vo-
cabulário, nem o mesmo domínio sintaxe. Finalmente, 
deve ser observado que certos tipos de comunicação 
podem recorrer simultaneamente à utilização de vários 
canais de comunicação e de vários códigos (exemplo: 
o cinema).
f) O referente é constituído pelo contexto, pela si-
tuação e pelos objetos reais aos quais a mensagem re-
mete.
Há dois tipos de referentes:
Referente situacional: constituído pelos elementos 
da situação do emissor e do receptor e pelas circunstân-
cias de transmissão da mensagem. Assim é que quando 
uma professora dá a seguinte ordem a seus alunos: “co-
loquem o lápis sobre a carteira”, sua mensagem remete 
a uma situação espacial, temporal e a objetos reais.
Referente textual: constituído pelos elementos do 
contexto linguístico. Assim, num romance, todos os re-
ferentes são textuais, pois o destinador (o romancista) 
não faz alusão salvo raras exceções - à sua situação no 
momento da produção (da escrita) do romance, nem 
a do destinatário (seu futuro leitor). Os elementos de sua 
mensagem remetem a outros elementos do romance, 
definidos no seu próprio interior. Da mesma forma, co-
mentando sobre nossas recentes férias na praia, num 
bate-papo com os amigos, não remetemos, com a pa-
lavra “praia” ou com a palavra “areia”, as realidades 
presentes no momento da comunicação.
Tipos de Comunicação
Comunicação Unilateral é estabelecida de um 
emissor para um receptor, sem reciprocidade. Por 
exemplo, um professor, um professor durante uma aula 
expositiva, um aparelho de televisão, um cartaz numa 
parede difundem mensagens sem receber resposta.
Comunicação Bilateral se estabelece quando 
o emissor e o receptor alternam seus papéis. É o que 
acontece durante uma conversa, um bate-papo, em 
que há intercâmbio de mensagens.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
6
Publicidade, entretenimento e outros sistemas.
Olhando para este anúncio, talvez sintamos vonta-
de de comer maçã ou um doce feito da fruta. Mas é 
curioso: não estamos vendo uma maçã na nossa frente. 
Chegamos a sentir vontade de comer, uma vez que a 
maçã desenhada parece apetitosa e o nome da em-
presa é “Docemel”. Porém, a fruta que está aí é apenas 
um pedaço de papel desenhado.
É possível, então, afirmarmos que o desenho repre-
sentou a fruta “real”. Aliás, nesse mesmo anúncio, há ou-
tra forma de representar a maçã: a palavra. Naexpres-
são “sobremesas de frutas”, sabemos que uma das refe-
ridas é a maçã, desenhada ao lado. Assim, temos uma 
imagem e uma palavra escrita representando a fruta. E 
os sons? Se imaginarmos esse anúncio da Docemel no 
rádio ou na televisão, talvez possamos ouvir o barulho 
de uma dentada em uma maçã. Novamente, o que 
temos é uma representação. Vamos dar um nome para 
todas essas possibilidades de representar a realidade, 
que podem ser compartilhadas pelas pessoas: lingua-
gens. O desenho da fruta, a palavra “maçã” escrita, o 
som da “dentada” no anúncio são objetos que se ca-
racterizam como possibilidades de alguma linguagem.
Terra de Samba e Pandeiro 
As linguagens verbal, visual e sonora não interagem 
sempre da mesma maneira nos diferentes objetos que 
integram. Para perceber outra possibilidade de intera-
ção das linguagens, diferente do anúncio publicitário, 
analisemos algumas estrofes da canção Aquarela do 
Brasil, de Ary Barroso.
Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
(...)
ô, (oi) ouve essas fontes murmurantes
oi onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Oi esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil!
Brasil!
Pra mim...
Pra mim...
Nesses trechos, predominam as linguagens sonora 
e verbal. Provavelmente, se você conhece essa letra, 
deve se recordar também da melodia. Nas versões 
já gravadas dessa música, o ritmo parece ser sempre 
alegre, festivo. A mesma sensação pode ser encon-
trada nas palavras da canção. Nosso país aparece 
como uma “terra de samba e pandeiro”, de satisfação 
(“onde eu mato a minha sede”) e brincadeira (“onde a 
lua vem brincar”). Alguns aspectos visuais que existam 
nessa canção poderão ser visualizados pelas imagens 
que formamos. Outros aspectos visuais só serão rele-
vantes na capa do CD ou no encarte (aquele “livrinho” 
anexo aos CDs, com as letras das músicas e demais in-
formações técnicas).
UMA CIDADE IMAGINÁRIA
Se você mora em alguma cidade, visualize agora 
sua rua. Se você mora no campo, pense em alguma 
rua que tenha visto. Caminhando por esse ambiente, 
o que vê?
Provavelmente casas, árvores, pessoas, portões... 
Até aqui, as coisas que vimos não são objetos represen-
tando outros objetos. Mas isso não significa que cada 
uma dessas coisas não seja uma forma de interação do 
homem com a realidade que o cerca.
Se destacarmos a casa – por que tem aquele tama-
nho, aquela quantidade de janelas e portas? Por que 
está naquele lugar específico do terreno, naquela rua 
e naquele bairro?
Essa casa também representa valores humanos, 
sentimentos, atitudes, questões financeiras etc. Só que 
essa representação talvez pareça menos visível. Sinteti-
zando: interagir com o mundo é uma condição huma-
na. Essa interação sempre se dará em aspectos visuais, 
sonoros, pelo gosto e pelas palavras.
Pode haver alguma coisa em comum entre anún-
cios publicitários e letras de música?
Vimos acima que o anúncio publicitário Docemel 
e a letra da canção Aquarela do Brasil combinam as 
linguagens de forma diferente. Isso acontece porque 
os dois objetos foram concebidos para diferentes fina-
lidades. Enquanto o primeiro quer levar o consumidor à 
compra do produto, o segundo quer distrair o ouvinte 
ou despertar sua imaginação, combinando música de 
ritmo alegre com imagens festivas de nosso país. Quer 
dizer, tudo depende de qual é a função do objeto na 
vida das pessoas. Quando olhamos para os objetos à 
nossa volta, começamos a perceber que vários deles 
podem ser agrupados em um só bloco, devido a uma 
função social semelhante.
Se perguntarmos: o que há em comum, por exem-
plo, entre embalagens, rótulos e anúncios publicitários? 
Para que existem? Uma resposta possível é: para tornar 
um produto à venda atraente para o consumidor. Ter 
a mesma função social traz ainda outra consequên-
cia: várias empresas e pessoas, com funções diferentes, 
estão unidas na realização de certo objeto construí-
do pela combinação das linguagens. É só pensarmos 
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
7
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
quantas empresas e pessoas estão envolvidas, direta ou 
indiretamente, na produção de um jornal, escrito ou fa-
lado. O que organizará a ação dessas empresas e pes-
soas é o objetivo comum: elaborar o produto final que é 
o jornal. Denominamos sistemas de comunicação todas 
essas organizações sociais com um objetivo comum, 
que têm como princípio organizador a combinação 
das diferentes linguagens. Neste capítulo, trabalharemos 
apenas com quatro sistemas de comunicação: o publi-
citário, o informativo, o artístico e o de entretenimento.
- Desenvolvendo competências
Mais do que um rótulo de garrafa
Analise o rótulo de garrafa acima, do ponto de vista 
das linguagens verbal e visual. Relacione o sentido do 
que está escrito (o que as palavras ou frases querem 
dizer) com aspectos visuais (o desenho abaixo da ex-
pressão “sem gás”, os tipos de letras ou qualquer outro 
aspecto que você considerar relevante).
O Caso do Magrão
Magrão é o apelido de um rapaz que vive de con-
sertar e vender máquinas de lavar roupas usadas. Pen-
sando nisso, ele fica com dúvida: “O que devo fazer 
como anuncio às pessoas que quero vender?” Se esti-
vesse no lugar dele, o que você faria?
O Magrão quer vender essas máquinas. O objeto 
que ele quer criar é justamente o meio que lhe permita 
estabelecer contato com seus possíveis compradores.
ANÚNCIO A
Vendem-se 4 máquinas de lavas roupa
Falar com o Magrão
ANÚNCIO B
Vendem-se 4 máquinas de lavar roupa
Tratar aqui 
Qual das duas versões apresenta uma integração 
das linguagens verbal e visual? Você acha que essa in-
tegração facilita o entendimento de quem vê a placa?
Refletindo um pouco mais, podemos afirmar que 
uma empresa que venda um produto ou um serviço 
também passa por essa situação. Afinal, como uma em-
presa entra em contato com o público, se não for atra-
vés de um anúncio ou propaganda?
E será que o anúncio de qualquer objeto desses, 
que sirva para a venda de um produto ou serviço, deve 
ter algumas características básicas, ou cada um pode 
anunciar o seu produto do jeito que quiser?
Liberdade existe, não há dúvida. Porém, mais do que 
liberdade, é necessária à criatividade. Observe o anúncio 
publicitário a seguir:
Nota-se que é um anúncio publicitário de uma com-
panhia aérea chamada Lane. Há dois convites explícitos 
para que embarquemos no avião: na linguagem verbal 
(“Voe Lane”) e na linguagem visual (o desenho do avião 
indica movimento, pois existem rastros saindo das três tur-
binas). O texto escrito associa esse embarque ao prazer 
por meio da expressão “E boa viagem”. Percebe- se, por-
tanto, um apelo emocional. E o que tem a ver com tudo 
isso a criatividade pedida acima? Tudo a ver, justamente 
porque as pessoas ou empresas que produzem os anún-
cios publicitários sabem que o consumidor não tem um 
único critério para comprar um produto ou escolher um 
serviço. Pode-se comprar pelo preço, pela beleza da em-
balagem, pela lembrança de um anúncio na televisão, 
(pelo fato do anúncio ser engraçado, pela associação 
do objeto anunciado ao prazer etc.). E essas pessoas que 
estão produzindo esses anúncios sabem disso?
Qualquer tentativa de venda de produto ou servi-
ço está dentro desse sistema, de forma mais ou menos 
consciente por parte de seu produtor. Isso ocorre porque 
o objetivo essencial de qualquer pessoa envolvida nes-
sa atividade (a venda) é o mesmo de todos os outros 
que também estão desenvolvendo uma atividade se-
melhante.
Só querer vender não basta
Vamos nos centrar novamente na criação do meio, 
para que uma venda possa se efetivar. Vimos lá atrás que 
esse meio deverá levar em conta critérios racionais (o pre-
ço do produto, por exemplo) e critérios ligados ao dese-
jo, ou ao lado menos “prático” do consumidor (comprar 
um produto por ter gostado de um anúncio). O objetivo 
será observar como alguns recursos de linguagem ver-
bal, visual, sonora e mesmogustativa são mobilizados na 
construção desses anúncios. Na construção dos anúncios 
publicitários, os recursos das linguagens são manipulados 
de maneira tal que, muitas vezes, ao entrar em contato 
com eles, não nos damos conta de que um mundo ima-
ginário e sedutor se formou diante de nossos olhos.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
8
Se voltarmos ao anúncio da empresa aérea Lane, 
notamos que a imagem do avião, a simulação de 
seu rastro no espaço, por meio de linhas que saem 
das turbinas (linguagem visual), associadas à expres-
são verbal “E boa viagem!” despertam no especta-
dor a vontade de viajar, associando-a a satisfação 
de um desejo. Quer dizer: o anúncio publicitário liga-
rá o produto ao prazer, criando um mundo “perfeito” 
e “ideal”, dissociado de problemas de qualquer na-
tureza. Ele nos afastará, de forma ainda mais brutal, 
de uma questão importante: até que ponto deve-
mos gastar dinheiro adquirindo esse produto? Para a 
publicidade, não existe nada supérfluo. Só que boa 
parte dos produtos anunciados ou são realmente su-
pérfluos na nossa vida, pois vivemos muito bem sem 
eles, ou são produtos realmente necessários, ainda 
que apresentados em seu aspecto mais irrelevante.
Por exemplo, arroz e feijão são produtos alimen-
tícios consumidos por muitos brasileiros. Culturalmen-
te, essa mistura é tida como típica do Brasil. Mas ne-
nhum anúncio publicitário vai vender arroz e feijão 
dizendo que esses produtos nos alimentam e ponto 
final. Isso ocorre porque, como os produtos são co-
mercializados por diferentes empresas, a distinção 
entre um produto e outro acabará se concentrando 
em algum aspecto supérfluo deles. Afinal, o essencial 
todos têm.
Perdido no Posto de Saúde 
Infelizmente, você certamente já ficou doente al-
guma vez e precisou ir a um hospital ou posto de saú-
de. Lá chegando, você precisou pedir atendimen-
to. E o que fez? Conseguiu falar com alguém para 
solucionar suas dúvidas? Precisou ler alguma placa, 
preencher algum papel?
Talvez você tenha encontrado algo parecido 
com o aviso abaixo:
HORÁRIO PARA MARCAR CONSULTAS:
De segunda a sexta, das 14h às 16h
Nos guichês 4, 5 e 6 da recepção
É necessária a apresentação do documento de 
identidade
Alguém que vai a um hospital querendo saber 
os dias e horários para marcação de consultas en-
contrará nesse aviso as informações de que necessi-
ta. Pode-se afirmar, portanto, que a finalidade desse 
objeto é informar as pessoas. Vamos agora analisá-lo 
sob o ponto de vista da organização das linguagens. 
Em geral, os objetos construídos com a finalidade de 
informar alguém sobre alguma coisa dão bastan-
te destaque à linguagem verbal (aquela que tem 
como base as palavras). 
O que temos no aviso acima são frases claras e 
objetivas, informando sobre uma questão específica: 
o que é necessário saber para se marcar uma con-
sulta naquele posto de saúde. Aí temos duas carac-
terísticas importantes das informações, construídas a 
partir de um tema único (no caso, a marcação de 
consultas). As informações dadas a partir do tema 
são essenciais e devem ser claras para a pessoa que 
veio buscá-las (no nosso exemplo, saber os dias, os 
horários, o local e os documentos necessários para 
marcar a consulta).
Buscando Informações: Olhando em Volta
Outros objetos perto de nós também parecem ter 
como objetivo principal nos informar sobre alguma coi-
sa. Pense. Vê-se televisão ou ouve rádio, você consegue 
identificar objetos que foram construídos para nos infor-
mar?
Talvez você tenha pensado em telejornais ou em bo-
letins de notícias. De fato, eles têm uma função básica: 
informar-nos sobre o que está acontecendo na nossa re-
gião, no nosso país e no mundo. O que eles informam, de 
uma forma direta ou indireta, pode afetar algum aspec-
to de nossa vida. Se há crise no Oriente Médio, podemos 
estar vendo o desencadear de uma guerra sangrenta, 
com consequências políticas, econômicas e sociais no 
mundo (os países árabes, localizados no Oriente Médio, 
são grandes fornecedores de petróleo, matéria-prima 
da gasolina, usada no mundo inteiro, e a crise pode ter 
inúmeras consequências). Na informação jornalística, 
mesmo havendo um papel muito importante para a 
linguagem verbal (a base de uma notícia é o que o re-
pórter fala ou escreve), a linguagem visual acaba tendo 
um papel também muito importante, tanto nas imagens 
que aparecem nos jornais da televisão quanto nas fotos 
que acompanham reportagens em jornais.
Podemos, pois, afirmar que a combinação das lin-
guagens em objetos informativos auxilia na construção 
da clareza e da objetividade daquilo que nos está sendo 
apresentado. Em geral, quando prestamos atenção a 
uma notícia, somos perfeitamente capazes de entender 
qual é o assunto e quais são as informações essenciais 
que ela quer nos passar. Essa não é uma atitude passi-
va de nossa parte. Há milhares de situações em nossas 
vidas que nos exigem a busca de informações. Apenas 
para citar algumas possibilidades, pense nas seguintes 
circunstâncias: você deve visitar um parente em uma 
cidade desconhecida; seu filho precisa de uma fonte 
de informações sobre um tema qualquer, para realizar 
uma atividade na escola; se você trabalha no comér-
cio, você precisa saber o preço médio de um produto 
em alguns concorrentes da sua empresa.
Precisamos, então, reconhecer que inúmeros obje-
tos são construídos dentro desse sistema informativo, ou 
seja, há muitos objetos concebidos para informar as pes-
soas sobre alguma coisa. Quais objetos construídos pelas 
linguagens você classificaria como informativos?
Tipologia e Gêneros Textuais
 A todo o momento nos deparamos com vários 
textos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a 
presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência 
daquilo que está sendo transmitido entre os interlocuto-
res. Estes interlocutores são as peças principais em um 
diálogo ou em um texto escrito.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
9
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
 É de fundamental importância sabermos clas-
sificar os textos com os quais travamos convivência no 
nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem 
tipos textuais e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, 
um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos 
nossa opinião sobre determinado assunto, descreve-
mos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato ver-
bal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. 
É exatamente nessas situações corriqueiras que classi-
ficamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: 
Narração, Descrição e Dissertação.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
tos de ordem linguística
Os tipos textuais designam uma sequência definida 
pela natureza linguística de sua composição. São obser-
vados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, rela-
ções logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, 
argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
 - Textos narrativos – constituem-se de verbos de 
aão demarcados no tempo do universo narrado, como 
também de advérbios, como é o caso de antes, agora, 
depois, entre outros:
Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
pois de muita conversa, resolveram...
 - Textos descritivos – como o próprio nome in-
dica, descrevem características tanto físicas quanto 
psicológicas acerca de um determinado indivíduo ou 
objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados no 
presente ou no pretérito imperfeito:
“Tinha os cabelos mais negros como a asa da graú-
na...”
 - Textos expositivos – Têm por finalidade expli-
car um assunto ou uma determinada situação que se 
almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões 
de ela acontecer, como em:
O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de 
dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob 
pena de perder o benefício.
 - Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de 
uma modalidade na qual as ações são prescritas de 
forma sequencial, utilizando-sede verbos expressos no 
imperativo, infinitivo ou futuro do presente.
Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador 
até criar uma massa homogênea. 
 - Textos argumentativos (dissertativo) – Demar-
cam-se pelo predomínio de operadores argumentati-
vos, revelados por uma carga ideológica constituída de 
argumentos e contra-argumentos que justificam a posi-
ção assumida acerca de um determinado assunto. 
 A mulher do mundo contemporâneo luta cada 
vez mais para conquistar seu espaço no mercado de 
trabalho, o que significa que os gêneros estão em com-
plementação, não em disputa.
Gêneros Textuais
 São os textos materializados que encontramos 
em nosso cotidiano; tais textos apresentam caracterís-
ticas sócio-comunicativas definidas por seu estilo, fun-
ção, composição, conteúdo e canal. Como exem-
plos, temos: receita culinária, e-mail, reportagem, mo-
nografia, poema, editorial, piada, debate, agenda, 
inquérito policial, fórum, blog, etc.
 A escolha de um determinado gênero discur-
sivo depende, em grande parte, da situação de pro-
dução, ou seja, a finalidade do texto a ser produzido, 
quem são os locutores e os interlocutores, o meio dis-
ponível para veicular o texto, etc. 
 Os gêneros discursivos geralmente estão liga-
dos a esferas de circulação. Assim, na esfera jornalísti-
ca, por exemplo, são comuns gêneros como notícias, 
reportagens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera 
de divulgação científica são comuns gêneros como 
verbete de dicionário ou de enciclopédia, artigo ou 
ensaio científico, seminário, conferência.
Fontes de pesquisa:
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-
textual.htm
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto 
Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – 
São Paulo: Saraiva, 2010.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gra-
mática – volume único / Samira Yousseff Campedel-
li, Jésus Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 
2002.
Linguagem Verbal e não verbal
O que é linguagem? É o uso da língua como for-
ma de expressão e comunicação entre as pessoas. A 
linguagem não é somente um conjunto de palavras 
faladas ou escritas, mas também de gestos e ima-
gens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala 
ou escrita. 
A linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a 
analogia ao verbo. Assim, a linguagem verbal é a que 
utiliza palavras quando se fala ou quando se escreve.
A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da 
verbal, não utiliza vocábulo (palavras) para se comu-
nicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbal-
mente o que se quer dizer ou o que se está pensando, 
mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: 
placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos sig-
nos visuais.
Vejamos: 
- um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma 
entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televi-
sionado, um bilhete = Linguagem verbal
- o semáforo, o apito do juiz numa partida de fute-
bol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dan-
ça, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, 
a identificação de “feminino” e “masculino” através 
de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito 
= Linguagem não verbal
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
10
A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons 
e anúncios publicitários.
Há, ainda, a linguagem mista, como as histórias em quadrinhos, o cinema, o teatro e os programas de 
televisão, que reúnem diferentes linguagens, como o desenho, a palavra, o figurino, a música, o cenário, etc.
Recentemente, com o uso da informática, surgiu também a linguagem digital, que permite armazenar 
informações em meios eletrônicos.
Aquele que produz a linguagem – que fala, pinta, dança – é chamado de locutor; aquele que recebe a 
linguagem, locutário. No processo de comunicação e interação, ambos são interlocutores.
Fontes de pesquisa:
http://www.brasilescola.com/redacao/linguagem.htm
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=117&evento=3
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – 
São Paulo: Saraiva, 2010.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, 
Jésus Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
Diferença entre fato e opinião
Distinguir “fato” de “opinião” é fundamental na hora de desenvolver um texto dissertativo. A dissertação 
é caracterizada por apresentar a predominância da opinião. Deixar que o fato prevaleça num texto que 
se quer opinativo é cometer um sério equívoco, pois isso levará à produção de outra tipologia textual. No 
caso, uma narração, motivo de sobra para se eliminar o candidato. Ou seja, trocar fato por opinião é trocar 
dissertação por narração. Leia atentamente os exemplos abaixo e veja que não é tão difícil fazer essa dife-
renciação.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
11
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Conceituando:
Fato: algo cuja existência independe de quem escreve.
Opinião: maneira pessoal de ver o fato. A depreensão de conceitos e valores a partir de algo pré-existente, 
que é o fato. 
Exemplos de fato e opinião:
Fato:
A educação brasileira patina no atraso e na defasagem, em relação à dos países desenvolvidos.
Opinião: 
Equacionar a problemática da educação no país é inadiável.
Fato: 
Novamente, a discussão acerca da redução da maioridade penal ocupa lugar de destaque no congresso.
Opinião: 
Como em todo tema polêmico, discutir a maioridade penal requer, pela gama de aspectos envolvidos, 
sensatez e muita responsabilidade dos legisladores.
Fato: 
Volta à pauta de discussões da câmara a possibilidade de se liberar a maconha.
Opinião: 
A liberação da maconha, no Brasil, não pode ser levada a cabo antes de se promover um amplo, objetivo 
e transparente debate com toda a sociedade brasileira.
Fato: 
O progresso célere e a qualquer custo tem levado à exaustão dos recursos naturais do planeta.
Opinião:
O homem moderno, sempre ávido por progresso, precisa, agora mais do que nunca, rever sua postura no 
tocante à maneira como lida com os recursos naturais ainda disponíveis no planeta, sob pena de colocar em 
xeque o próprio futuro da humanidade.
Fato: 
Vive-se um momento de um crescente e irrefreável consumismo.
Opinião:
As pessoas são levadas a acreditar que só poderão ser plenamente felizes se consumirem cada vez mais. 
Não percebem que a felicidade e a realização pessoal nada têm a ver com a posse material e o ter mais e mais.
Fonte de pesquisa:
http://lingua-agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-algo-cuja-existencia-independe-de.html
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
12
H5 –Associar vocábulos e expressões de um texto 
em LEM ao seu tema.
H6 –Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus 
mecanismos como meio de ampliar as possibilida-
des de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 –Relacionar um texto em LEM, as estruturas lin-
guísticas, sua função e seu uso social.
H8 –Reconhecer a importância da produção cul-
tural em LEM como representação da diversidade 
cultural e linguística.
As Línguas Estrangeiras Modernas em nossa So-
ciedade 
Olá! Hola! Hello! Ciao! Salut!
Veja que falamos em línguas no plural e é isso mesmo: o intuito não é estudar uma língua em especial, mas sim, descobrir caminhos 
que tornem possível a leitura de pequenos textos em 
algumas das línguas estrangeiras presentes em nos-
sa sociedade. Nesse sentido, vamos ler textos com os 
quais é bem possível que você já se tenha deparado 
em algum momento de sua vida: o manual de um 
equipamento eletroeletrônico, a embalagem de um 
produto importado, um anúncio em Língua Portugue-
sa com palavras em língua estrangeira, enfim, textos 
que nos rodeiam e que, às vezes, nem sequer são li-
dos, por nos julgarmos incapazes de entendê-los.
A presença de várias línguas em nosso cotidiano
Sem dúvida, vocêsabe ligar um aparelho para 
ouvir uma música e sabe, também, interrompê-la no 
momento em que quiser. Mas será que você já per-
cebeu o que está escrito nos botões do aparelho?
power – play – stop
Essas palavras não pertencem à Língua Portugue-
sa, mas nós as dominamos sem hesitar. Veja só outra 
situação bastante corriqueira. Quando você liga seu 
aparelho de televisão para assistir a um jogo de fute-
bol da nossa seleção, é bem provável que queira ver 
o time marcar muitos gols. Você vai ficar aborrecido 
se um craque perder um pênalti e vai vibrar com os 
dribles dos atacantes. Pois é, mas, apesar de ser uma 
emoção bem brasileira, na verdade, várias palavras 
do trecho acima são, originalmente, inglesas.
football, team, goal, dribble e penalty 
São alguns exemplos. Você sabia que foi o paulis-
ta Charles Miller que, em 1894, trouxe o esporte para 
o Brasil após ter passado uma temporada estudando 
na Inglaterra, onde o esporte já era bastante difun-
dido? Se puder, converse com pessoas mais velhas 
sobre isso. Elas devem se lembrar de que, até os anos 
50, não se dizia escanteio, mas sim, corner; zagueiro 
era back e o goleiro era o (goal) keeper.
Aliás, nos programas de esportes na televisão, há 
uma verdadeira enxurrada de palavras estrangeiras 
sendo utilizadas. Veja se você consegue identificar a 
quais esportes se relacionam as seguintes palavras da 
língua inglesa:
a) backhand, slice, set point, smash
b) jab, corner, knockdown, punch
c) cockpit, grid, pole position
E então, conseguiu identificar os esportes? O pri-
meiro grupo relaciona-se ao tênis, esporte em que 
temos o Guga, o primeiro brasileiro a ocupar a po-
sição de número 1 no ranking mundial (ôpa! ranking 
também é uma palavra inglesa). O segundo grupo 
relaciona-se ao boxe, de nossos expoentes Maguila 
e Popó. O terceiro grupo é da Fórmula 1, de Émerson 
Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Rubens Barri-
chello. Agora que você já parou para pensar sobre 
o assunto, vale a pena afirmar que, apesar de você 
morar no Brasil e falar português, que é, portanto, a 
sua língua materna, você está constantemente em 
contato com outras línguas.
O fato de vivermos em uma sociedade plurilíngue, 
ou seja, na qual participam muitas línguas, não é algo 
novo. Trata-se de algo que faz parte da formação de 
nossa própria língua portuguesa. Você certamente 
conhece as palavras bombom, ressaca e serenata, 
não é mesmo? Mas você sabe de onde elas vêm? Se 
não sabe, descubra, lendo os trechos a seguir:
BOMBOM: do francês bonbon, guloseima. Nome 
genérico com o qual denominamos balas, chocola-
tes, doces. É frequente o francesismo bonbonnière 
para designar as pequenas lojas especializadas na 
venda desses produtos.
RESSACA: do castelhano resaca, denominação 
dada ao refluxo da maré, depois de chegar à praia 
ou ter seu movimento impedido por algum obstácu-
lo. Seu significado literal é o de sacar de novo, uma 
vez que o prefixo re – indica repetição.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 2: CONHECER E USAR LÍNGUA(S) 
ESTRANGEIRA(S) MODERNA(S) COMO INSTRUMENTO DE ACESSO A 
INFORMAÇÕES E A OUTRAS CULTURAS E GRUPOS SOCIAIS.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
13
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
SERENATA: do italiano sera, noite, formou-se sere-
nata, concerto dado à noite. O português conservou 
a grafia e o significado.
SILVA, Deonísio da. 
De onde vêm as palavras: frases e curiosidades 
da língua portuguesa. 
São Paulo: Mandarim, 1997.
Pois é… Essas palavras já foram incorporadas à 
nossa língua a ponto de sequer estranharmos sua 
presença em nosso cotidiano. Outras, como as que 
vimos anteriormente, parecem invadir, a todo o mo-
mento, nossas vidas e, sem percebermos, usamos 
como se fossem nossas.
Língua Estrangeira - Inglês
Técnica de Leitura de Texto de Língua Inglesa
No Brasil, de um modo geral, o inglês instrumental 
é uma das abordagens do ensino do Inglês que cen-
traliza a língua técnica e científica focalizando o em-
prego de estratégias específicas, em geral, voltadas 
à leitura. Seu foco é desenvolver a capacidade de 
compreensão de textos de diversas áreas do conhe-
cimento. O estudo da gramática restringe-se a um 
mínimo necessário normalmente associado a um tex-
to atual ou similar que foi veiculado em periódicos. O 
conhecimento de uma boa quantidade de palavras 
também faz parte das técnicas que serão relaciona-
das abaixo.
Dependendo do objetivo de sua leitura, você 
terá que saber utilizar algum dos três níveis diferentes 
de compreensão:
1. Compreensão Geral: obtida através de uma 
leitura rápida, “uma passada de olho rápida no tex-
to”, para captarmos as informações gerais acerca 
dele, ou seja, aquilo que é de maior importância, seu 
tema geral, seu assunto principal.
2. Compreensão de Pontos Principais: exige que 
tenhamos maior atenção na busca das informações 
principais espalhadas pelo texto, observando cada 
parágrafo distintamente para identificar dados espe-
cíficos que o autor quis destacar.
3. Compreensão Detalhada: requer um nível de 
leitura mais aprofundado que nos níveis anteriores. 
Exige a compreensão de detalhes do texto, minúcias, 
palavra por palavra, e demanda, assim, mais tempo 
e atenção do leitor. Para tanto, em alguns casos, 
será preciso reler várias vezes o texto.
Para obter um bom nível de acerto durante os 
níveis de compreensão, temos que por em prática 
algumas técnicas de auxílio à leitura que passaremos 
a ver agora.
Background knowledge (conhecimento pré-
vio): para que um leitor consiga identificar e enten-
der certas informações em qualquer tipo de texto, 
torna-se extremamente importante que ele possua 
algum conhecimento prévio sobre seu assunto. Po-
demos comparar esta situação com a de um estu-
dante tentando fazer uma prova de redação. Se ele 
nunca tiver lido, discutido, estudado ou ouvido falar 
do tema daquela redação, como poderá dissertar? 
Suas ideias podem até ir para o papel, mas correrá 
um grande risco de não ter o vocabulário necessário, 
consistência, profundidade, argumentos, conheci-
mento de causa, exemplos a citar, etc. sua redação 
será pobre. Da mesma maneira, se o leitor de um tex-
to técnico em língua inglesa não tiver conhecimento 
de mundo, vivência, experiências variadas de vida, 
conhecimento prévio sobre o assunto, seu nível de 
compreensão será mais superficial. Por isso, o ponto 
de partida para uma leitura eficiente está sempre 
em você. Mas também não adianta buscar ape-
nas informação de coisas que te atraem, coisas que 
você gosta de saber. É preciso ampliar sua visão de 
mundo. Se você for mulher, busque saber algo sobre 
futebol também, sobre carros, sobre coisas do mun-
do masculino. Se você for homem, busque também 
conhecer assuntos do mundo feminino como cosmé-
ticos e vestuário. Busquem ambos interessar-se por 
assuntos relacionados a crianças, idosos, povos dife-
rentes do seu, países variados, regiões do mundo so-
bre as quais que você normalmente não sabe nada. 
Leia jornais, revistas, sites da internet, pesquise coisas 
curiosas, assista a programas de TV jornalísticos, de 
variedades, de humor, de esportes, de ciência, de 
religião, de saúde, de entretenimento, converse com 
pessoas de opiniões, idades e classes sociais diferen-
tes da sua, dê valor a todos os assuntos porque você 
nunca sabe qual tema será abordado num texto de 
uma prova. Esteja preparado para todos eles. Des-
ta forma podemos agilizar sua compreensão acerca 
de um texto. Desta forma você terá mais prazer ao 
ler, pois compreenderá os mais variados textos. Desta 
forma você verá que é capaz de adquirir conheci-
mento em uma língua estrangeira. Desta forma po-
deremos minimizar seus problemas e aumentar suas 
chances de obter o sucesso.
Skimming (ler ou examinar superficialmente; des-
natar; retirar aquilo de maior peso ou importância): 
é uma técnica que permite rapidez e eficiência na 
busca de algum direcionamento inicial acerca do 
texto. Realizar o skimming significa ler rapidamente o 
texto para saber o assunto principal trabalhadopelo 
autor. Esta atividade de leitura nos proporciona um 
nível de compreensão geral, visando nos dar uma 
visão global, aberta e ampla do texto. Ao realizar-
mos o skimming, não podemos nos deter em detalhes 
como palavras novas nem palavras das quais nos es-
quecemos. Estamos em busca do assunto principal e 
do sentido geral do texto.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
14
Prediction: Com esta estratégia o leitor lança mão do seu próprio conhecimento, através das experiên-
cias de vida que possui, e da informação linguística e contextual. Após realizar o skimming, o leitor precisa 
concentrar-se para tentar ativar as informações que já possui sobre o tema e prever que tipos de palavras, 
frases ou argumentos podem estar presentes naquele texto. É um momento de reflexão. É a hora de buscar 
na memória tudo o que foi lido, estudado, discutido, e visto na mídia a respeito daquele tema. Além do 
mais, esta é uma estratégia de leitura que também permite ao leitor prever o que vem a seguir em um texto. 
Trata-se do desenvolvimento sequenciado do pensamento. Isso só é possível porque quem escreve, o faz 
de maneira organizada, porque as pessoas pensam de maneira semelhante e porque alguns tipos de textos 
possuem estruturas previsíveis levando nós leitores a atingir certas formas de compreensão. Quanto mais 
experiente for o leitor, maior será sua capacidade de prever. Nesta etapa, passamos a associar o assunto do 
texto com as dicas tipográficas usadas pelo autor para transmitir significados.
Grifo de palavras cognatas, das palavras já conhecidas pelo leitor e das repetidas: Muito comuns entre 
as línguas inglesa e portuguesa, os cognatos são termos bastante parecidos tanto na escrita como no signifi-
cado em ambas as línguas. Grifar todas estas palavras em um texto é um recurso psicológico e técnico que 
visa mostrar e provar visualmente para o leitor que ele tem conhecimento de muitas das palavras daquele 
texto e de que, assim, ele é capaz de fazer uso dessas informações para responder às questões propostas. 
Trata-se de um recurso que usamos para dar mais relevância e importância às palavras que já sabemos em 
um texto, pois é nelas que nos apoiaremos para resolver exercícios e para entender os textos. É muito mais 
inteligente voltar nosso foco para as palavras que têm algum significado para nós do que destacar aquelas 
que não conhecemos. Além disso, ao grifar, você acaba relendo as informações de uma maneira mais len-
ta, o que faz com que perceba certos detalhes que não havia percebido antes. É uma forma de quantificar 
em porcentagem aproximada o quanto se sabe daquele texto. É preciso lembrar que há um número muito 
grande de palavras repetidas nos textos e isso facilita para o estudante, pois ele poderá grifar mais de uma 
vez a mesma palavra. 
Scanning: esta técnica de leitura visa dar agilidade na busca por informações específicas. Muitas vezes, 
após ler um texto, nós queremos reencontrar alguma frase ou alguma palavra já lida anteriormente. Para efe-
tuar esta busca não precisamos ler o texto inteiro de novo, podemos simplesmente ir direto ao ponto aonde 
podemos encontrar tal informação. Isso é o scanning, significa encontrar respostas de uma forma rápida e 
direta sem perder tempo relendo o texto todo. Esta técnica em geral deve ser aplicada após uma ou mais 
leituras completas do texto em questão. Assim o leitor diminuirá o risco de confundir informações, perder tem-
po ou de dar respostas erradas. Se desejar, o estudante pode ler o que os exercícios pedirão antes de fazer 
o scanning, pois assim ele irá selecionar mais facilmente o que for mais importante para responder àquelas 
questões direcionando-se melhor.
Lexical Inference (inferência lexical): Inferir significa deduzir. Às vezes será preciso deduzir o sentido de 
um termo, decifrando o que ele quer dizer. Mas isso não pode ser feito de qualquer maneira. Para inferirmos 
bem, é necessário entender o significado daquela palavra desconhecida através do contexto no qual ela 
está inserida, observando as palavras vizinhas, as frases anteriores e posteriores, o parágrafo onde ela está, as 
noções gerais que temos do texto, etc. Precisamos observar o meio no qual a palavra está posta. Neste caso 
teremos de nos fazer valer de nossos conhecimentos de classes gramaticais (substantivos, adjetivos, preposi-
ções, verbo, etc.), de afixos, de singular e plural, conhecimento sobre a estrutura de textos, etc. Tudo isso em 
conjunto pode ajudar numa aproximação do sentido real daquele termo que não sabemos.
É preciso lembrar que estas estratégias serão mais ou menos eficazes dependendo do tamanho do voca-
bulário que você possui e também do seu nível de conhecimento gramatical.
Há estudos que relacionaram as palavras que mais aparecem em textos e livros técnicos em língua in-
glesa. Desses estudos foram feitas diferentes listas com as 318 palavras que mais caem nos textos, as 500 
mais, as 700 mais, etc. Para facilitar seu estudo, incluímos aqui as 318 mais comuns para serem estudadas. Ao 
memorizar estas palavras você obterá um magnífico subsídio preparando-se para enfrentar qualquer texto. 
Você verá que várias destas palavras já são conhecidas por você, assim, na verdade, terá que memorizar 
bem menos destas. Um número bem significativo delas está presente em qualquer tipo de texto. Quanto mais 
palavras você souber, mais poderá grifar! Apoie-se nelas e bom estudo!
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
15
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
001 Although - embora 107 Good – bom(ns), boa(s) 213 Poor - pobre
002 Able - capaz 108 Government – governo 214 Power – poder, força
003 About - sobre, aproxi-madamente 109 Great - grande, maravilhoso 215 Present – presente
004 Above - acima 110 Ground – chão 216 Prince – príncipe
005 According to - de acor-do com 111 Half – metade 217 Public – público
006 After - depois, após 112 Hand – mão/entregar 218 Quite – completamente, muito
007 Again – novamente, de novo 113 He – ele (pessoa) 219
Rather – preferencial-
mente
008 Against – contra 114 Head – cabeça, líder 220 Reason – razão
009 Age – idade 115 Heart – coração 221 Reign – reino
010 Air – ar 116 Her – dela (pessoa) 222 Religion – religião
011 All – tudo 117 Here – aqui 223 Room – cômodo, quarto
012 Almost – quase 118 High – alto 224 Round – redondo
013 Alone – só, sozinho 119 Him – ele, o (pessoa) 225 Same – mesmo(a)
014 Along – ao longo de 120 Himself – ele mesmo (pessoa) 226 Sea – mar
015 Already – já 121 His – dele (pessoa) 227 Second – segundo
016 Also – também 122 History – história 228 Set – conjunto
017 Always – sempre 123 Home – casa, lar 229 Seven – sete
018 Among – entre(3 ou mais coisas) 124 Horse – cavalo 230 Several – vários(as)
019 Na – um, uma 125 Hour – hora 231 She – ela (pessoa)
020 Ancient – antigo 126 House – casa 232 Short – pequeno(a), curto(a)(s)
021 And – e 127 How – como 233 Side – lado
022 Another – um outro 128 However – entretanto 234 Sight – vista, visão
023 Any – algum(a), qual-quer 129 Human – humano 235 Since – desde
024 Anything – qualquer coi-sa 130 Hundred – cem, centena 236 Sir – senhor
025 Arm - braço 131 Idea – ideia 237 Six – seis
026 Army - exército 132 If – se 238 Small – pequeno(s), pequena(s)
027 Around – em torno de, perto de 133 Ill – doente 239 So – então
028 Art – arte 134 In – em, dentro (de) 240 Some – algum(ns), alguma(s)
029 As – como, assim como 135 Indeed – de fato, realmente 241 Something – algo, algu-ma coisa
030 At – em, ás 136 Into – para dentro de 242 Sometimes – algumas vezes
031 Authority - autoridade 137 It – ele(a) (coisa, animal) 243 Son – filho
032 Away – distante, longe 138 Its – seu(a) (coisa, animal) 244 Soon – logo, em breve
033 Back – de volta, atrás 139 Itself – a si mesmo (coisa, animal) 245 Spirit – espírito
034 Because – porque 140 Just – apenas, justo 246 State – estado, situação
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
16
035 Before– antes 141 Kind – tipo, gentil 247 Still – ainda
036 Behind – atrás 142 King – rei 248 Street – rua
037 Best – melhor (superlati-vo) 143 Knowledge – conhecimento 249 Strength – força
038 Better – melhor (compa-rativo) 144 Land – terra 250 Strong – forte
039 Between – entre (duas coisas) 145 Large – largo, amplo, grande 251 Subject – assunto, sujeito
040 Beyond – além 146 Law – lei 252 Such – então
041 Big – grande 147 (at) Least – (pelo) menos 253 Sure – certo (certeza)
042 Black – preto(a) 148 Left – esquerdo 254 Ten – dez
043 Blood – sangue 149 Less - menos 255 Than – do que
044 Body – corpo 150 Life – vida 256 That – aquele(a), esse(a)
045 Both – ambos 151 Light – luz, leve 257 The – o(s), a(s)
046 Boy – menino, garoto 152 Little – pouco(a) 258 Their – deles, delas
047 Brother – irmão 153 Long – longo 259 Them – eles, os
048 But – mas, porém, exce-to 154 Longer – mais longo 260 Themselfs – eles mesmos
049 By – próximo a, perto de, por 155 Love – amor 261
Then – então, em segui-
da
050 Captain – capitão 156 Man/Men – homem/homens 262 There – lá
051 Care – cuidado 157 Manner – maneira 263 Therefore – por esta ra-zão
052 Case – caso 158 Many – muitos(as) 264 These – estes
053 Certain – certo 159 Master – mestre 265 They – eles, elas
054 Chapter – capítulo 160 Matter – matéria 266 Thing – coisa
055 Character – caráter, personalidade 161 Me – me, mim 267 Thirty – trinta
056 Child - criança 162 Miles – milhas 268 This – este(a), isto
057 Children – crianças 163 Mind – mente 269
Those – aquele(s), 
aquela(s), esse(s), 
essa(s)
058 Church – igreja 164 Mine – meu(s), minha(s) 270 Thousand – mil, milhar
059 City – cidade 165 Moment – momento 271 Three – três
060 Common – comum 166 Money – dinheiro 272 Through – através
061 Country – país, zona ru-ral 167 More – mais 273
Time – tempo, momen-
to, vez
062 Course – curso 168 Morning – manhã 274 To – para, em direção a
063 Day – dia 169 Most – mais 275 Together – junto(s), junta(s)
064 Dead – morto 170 Mother – mãe 276 Too – também
065 Death – morte 171 Mr. – senhor 277 Towards – na direção de
066 Different – diferente 172 Mrs. – senhora 278 Town – cidade
067 Door – porta 173 Much – muito 279 True – vedade
068 Down – para baixo 174 My – meu(s), minha(s) 280 Truth – verdade
069 During – durante 175 Myself – eu mesmo 281 Twenty – vinte
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
17
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
070 Each – cada 176 Name - nome 282 Two – dois
071 Earth – Terra (planeta) 177 Nation – nação 283 Under – sob
072 Either... Or – ou... ou 178 Natural – natural 284 Until/Till – até (que)
073 Emperor – imperador 179 Nature – natureza 285 Up – para cima
074 Empire – império 180 Near – próximo, perto 286 Upon – sobre
075 End - fim 181 Neither... Non – nem... nem 287 Us – nós, a nós
076 Enemy – inimigo 182 Never – nunca 288 Very – muito
077 England – Inglaterra 183 New – novo(a)(s) 289 Voice – voz
078 Enough – suficiente 184 Next – próximo, a seguir 290 War – guerra
079 Even – mesmo 185 Night – noite 291 Water – água
080 Ever – em qualquer mo-mento, já 186 No – não 292
Way – caminho, manei-
ra, jeito
081 Every – cada, todo 187 Non – não 293 We – nós
082 Eye – olho 188 Not – não 294 Well – bem
083 Fact – fato 189 Nothing – nada 295 Waht – o que, qual, quais
084 Family – família 190 Now – agora 296 When – quando
085 Far – distante 191 Number – número 297 Where – onde
086 Father – pai 192 Of – de 298 Whether – se
087 Fear – medo 193 Off – afastado, desligado 299 Which – (o, a) qual, (os, as) quais
088 Few – poucos(as) 194 Often – frequentemente 300 While – enquanto
089 Fire – fogo 195 Old – velho(s), velha(s) 301 White – branco
090 First – primeiro 196 On – sobre, em cima 302 Who/Whom – quem, a quem
091 Five – cinco 197 Once – uma vez 303 Whole – completo, intei-ro
092 Foot/Feet – pé/pés 198 One – um(a) 304 Whose – de quem, cujo(a)(s)
093 Footnote – notas de ro-dapé 199 Only – apenas, único, somente 305 Why – por que?
094 For – para, por 200 Or – ou 306 Wife – esposa
095 Fource – força, forçar 201 Other – outro 307 With – com
096 Four – quatro 202 Our – nosso(a), nossos(as) 308 Within – dentro de
097 France – França 203 Out – fora 309 Without – sem
098 Free – livre, grátis 204 Over – acima, encerrado 310 Woman/Women – mu-lher/mulheres
099 French – Francês 205 Part - parte 311 Word – palavra
100 Friend – amigo(a) 206 Peace – paz 312 World – mundo
101 From – de (origem) 207 People – pessoas 313 Year – ano
102 Full – completo, cheio 208 Perhaps - talvez 314 Yes – sim
103 General – geral 209 Period – período 315 Yet – ainda, já
104 Girl – menina, garota 210 Person – pessoa 316 You – você(s)
105 God – Deus 211 Place - lugar 317 Young – jovem
106 Gold – ouro 212 Point - ponto 318 Yours – seu(s), sua(s)
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
18
Interpretação de Textos
Qualquer porção de linguagem, seja ela falada, 
escrita, gesticulada, desenhada etc., pode ser con-
siderada texto. Assim, um texto pode constituir-se 
de uma frase, uma palavra, um sinal, uma imagem, 
ou alguma porção maior e mais longa como um ro-
mance ou uma novela. Por isso, a comunicação não 
envolve somente a linguagem verbal, como na es-
crita e na fala, mas também envolve a linguagem 
não-verbal. Este tipo de linguagem se desenvolve de 
maneira complexa na sociedade contemporânea e 
relaciona-se com outras linguagens como a moda, 
os gestos, a arte, os sinais, etc.
Leia o texto seguinte para as questões 38 a 40.
The future of English
Is English set to dominate the world? It is more 
widespread than any language has ever been. The 
ECONOMIST described it as “impregnably established 
as the world’s standard language.” It is used globally 
in business, diplomacy, sport, music, advertising and 
technology. A fifth of the world’s population speak it 
to some level of competence, another fifth are hur-
rying to learn it, and ___ seems to want it written on 
their T-shirts.
Will this dominance continue and increase until 
English is spoken absolutely ___? Many think the ans-
wer is obvious: yes. But not everyone is so certain. 
Some claim that the dominance if English is unheal-
thy. Others go further, saying the uncontrolled expan-
sion of English is leading it towards disintegration.
(Taken from Speak Up #226)
Glossary:
Set to – determinado a, prestes a
Widespread – difundido
01. Fill in the blanks with the suitable options:
(A) nobody - nowhere
(B) anybody - somewhere
(C) everyone - everybody
(D) everybody - everywhere
02. “go further”, in bold type in the text, indicates 
that some people have a more ____ opinion about 
the widespread use of English.
(A) logical
(B) extreme
(C) obvious
(D) confusing
03. Which phrase, from the text, presents a passive 
structure?
(A) “…is spoken…”
(B) “…is leading…”
(C) “…is so certain…”
(D) “…is unhealthy…”
Leia o texto seguinte para as questões 41 a 46.
I’m Peter and I live in Germany. In summer I like to 
travel to Italy, because of the weather and the peo-
ple there. Last summer I took a plane ____ Munich to 
Rome. From the airport we went to our hotel ____ bus. 
We stopped at a small restaurant for a quick meal. 
The driver parked the bus behind the restaurant. No-
body could find the bus and the driver, so we waited 
outside the restaurant for an hour. The driver was wal-
king through the small park near the restaurant that 
we did not know. So we were very angry with him. But 
my holidays were great.
(Adapted from Internet)
04. The correct prepositions to fill in the blanks 
are, respectively:
(A) for / by
(B) till / with
(C) from / by
(D) from/ on
05. All alternatives are in the comparative, ex-
cept:
(A) driver
(B) greater
(C) shorter
(D) smaller
06. “We stopped at a small restaurant for a quick 
meal”, means that they:
(A) had plenty of time for a meal.
(B) wanted something cheap to eat.
(C) had something very heavy for a meal.
(D) wanted something easier and fast to eat.
07. According to the text, all the alternatives are 
correct, except:

Continue navegando