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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Nossa Equipe Título da obra: ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio • Matriz de Referência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Autores: Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco Ronaldo Sena e Silva Gestão de Conteúdos Emanuela Amaral de Souza Produção Editorial/Revisão Elaine Cristina Igor de Oliveira Rosa Thaina Santos Suelen Domenica Pereira Capa Bruno Fernandes Editoração Eletrônica Marlene Moreno Apresentação Curso Online PARABÉNS! ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO. A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas. Vamos ajudar você a alcançar o tão desejado cargo público. Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. Assim a matéria é organizada de forma que otimize o tempo do candidato. Afinal corremos contra o tempo, por isso a preparação é muito importante. 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Sumário MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Competência de área 1 –Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. ..................................................................... 01 H1 –Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracteriza- ção dos sistemas de comunicação. H2 –Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais. H3 –Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas. H4 –Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação. Competência de área 2 –Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais. .................................................................... 12 H5 –Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema. H6 –Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas. H7 –Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social. H8 –Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística. Competência de área 3 –Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade. ............................................................................... 46 H9 –Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades coti- dianas de um grupo social. H10 –Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessida- des cinestésicas. H11 –Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. Competência de área 4 –Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade. ......................................................... 82 H12 –Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais. H13 –Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos. H14 –Reconhecer o valor da diversidade artística e das interrelações de elementos que se apresen- tam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos. Competência de área 5 –Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacio- nando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização e estrutura das mani- festações, de acordo com as condições de produção e recepção. .................................................. 114 H15 –Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político. H16 –Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário. H17 –Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimô- nio literário nacional. Sumário Competência de área 6 –Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comuni- cação e informação. ....................................................................................................................................132 H18 –Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. H19 –Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocu- ção. H20 –Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da iden- tidade nacional. Competência de área 7 –Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas. ..........................................................................................................................217 H21 –Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos. H22 –Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. H23 –Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados. H24 –Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do públi- co, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras. Competência de área 8 –Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. ..........................221 H25 –Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as varieda- des linguísticas sociais, regionais e de registro. H26 –Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social. H27 –Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comu- nicação. Competência de área 9 –Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-os aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecno- logias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar. .............................223 H28 –Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e infor- mação. H29 –Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação. H30 –Relacionar as tecnologias da comunicação e informação ao desenvolvimento dassociedades e ao conhecimento que elas produzem. Redação .........................................................................................................................................................225 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 1 ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS H1 – Identificar as diferentes linguagens e seus re- cursos expressivos como elementos de caracteriza- ção dos sistemas de comunicação. H2 – Recorrer aos conhecimentos sobre as lingua- gens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais. H3 – Relacionar informações geradas nos siste- mas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas. H4 – Reconhecer posições críticas aos usos so- ciais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação. A comunicação constitui uma das ferramen-tas mais importantes que os líderes têm à sua disposição para desempenhar as suas funções de influência. A sua importância é tal que alguns autores a consideram mesmo como o “san- gue” que dá vida à organização. Esta importância deve-se essencialmente ao fato de apenas através de uma comunicação efetiva ser possível: - Estabelecer e dar a conhecer, com a participa- ção de membros de todos os níveis hierárquicos da organização, os objetivos organizacionais por forma a que contemplem, não apenas os interesses da or- ganização, mas também os interesses de todos os seus membros. - Definir e dar a conhecer, com a participação de membros de todos os níveis hierárquicos da orga- nização, a estrutura organizacional, quer ao nível do desenho organizacional, quer ao nível da distribuição de autoridade, responsabilidade e tarefas. - Definir e dar a conhecer, com a participação de membros de todos os níveis hierárquicos da orga- nização, decisões, planos, políticas, procedimentos e regras aceites e respeitadas por todos os membros da organização. - Coordenar, dar apoio e controlar as atividades de todos os membros da organização. - Efetuar a integração dos diferentes departa- mentos e permitir a ajuda e cooperação interdepar- tamental. - Desempenhar eficazmente o papel de influên- cia através da compreensão e atuação em confor- midade satisfação das necessidades e sentimentos das pessoas por forma a aumentar a sua motivação. Elementos do Processo de Comunicação Para perceber desenvolver políticas de comu- nicação eficazes é necessário analisar antes cada um dos elementos que fazem parte do processo de comunicação. Assim, fazem parte do processo de comunicação o emissor, um canal de transmissão, geralmente influenciado por ruídos, um receptor e ainda o feedback do receptor. - Emissor (ou fonte da mensagem da comunica- ção): representa quem pensa, codifica e envia a mensagem, ou seja, quem inicia o processo de co- municação. A codificação da mensagem pode ser feita transformando o pensamento que se pretende transmitir em palavras, gestos ou símbolos que sejam compreensíveis por quem recebe a mensagem. - Canal de transmissão da mensagem: faz a liga- ção entre o emissor e o receptor e representa o meio através do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande variedade de canais de transmissão, cada um deles com vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do emissor e receptor es- tarem frente a frente), o telefone, os meios eletrôni- cos e informáticos, os memorandos, a rádio, a televi- são, entre outros. - Receptor da mensagem: representa quem re- cebe e descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção que a descodificação da mensa- gem resulta naquilo que efetivamente o emissor pre- tendia enviar (por exemplo, em diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos receptores para a mesma mensagem. - Ruídos: representam obstruções mais ou menos intensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em qualquer uma das suas fases. Denomi- nam-se ruídos internos se ocorrem durante as fases de codificação ou descodificação e externos se ocorre- rem no canal de transmissão. Obviamente estes ruí- dos variam consoante o tipo de canal de transmissão utilizado e consoante as características do emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos critérios uti- lizados na escolha do canal de transmissão quer do tipo de codificação. - Retroinformação (feedback): representa a res- posta do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser utilizada como uma medida do resultado da comunicação. Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de transmissão. Embora os tipos de comunicação sejam inúme- ros, podem ser agrupados em comunicação verbal e comunicação não verbal. Como comunicação não verbal podemos considerar os gestos, os sons, a mí- mica, a expressão facial, as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em locais onde o ruído ou COMPETÊNCIA DE ÁREA 1: APLICAR AS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO NA ESCOLA, NO TRABALHO E EM OUTROS CONTEXTOS RELEVANTES PARA SUA VIDA. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 2 a situação impede a comunicação oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre “dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada como suporte e apoio à comunicação oral. Quanto à comunicação verbal, que inclui a co- municação escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na sociedade em geral e nas organi- zações em particular, por ser a única que permite a transmissão de ideias complexas e por ser um exclusi- vo da espécie humana, é aquela que mais atenção tem merecido dos investigadores, caracterizando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. Comunicação Escrita A comunicação escrita teve o seu auge, e ain- da hoje predomina, nas organizações burocráticas que seguem os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max Weber. A principal característi- ca é o fato do receptor estar ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tornarem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e as novas explicações para melhor compreensão após a sua transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e uniforme (se manuscrita), a apre- sentação cuidada, a pontuação e ortografia corre- tas, a organização lógica das ideias, a riqueza vo- cabular e a correção frásica. O emissor deve ainda possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar prever as reações/feedback à sua mensagem. Como principais vantagens da comunicação es- crita, podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um registro e de permitir uma maior atenção à organização da mensagem sendo, por isso, ade- quada para a transmitir políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se também a mensagens longas e que requeiram uma maior atenção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e análises diversas. Como principais desvantagens destacam- se a já referida ausência do receptor o que impossibi- lita o feedback imediato, não permite correções ou explicações adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal. Comunicação Oral No caso da comunicação oral, a sua principal característica é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a comunicação oral que utilize a televi- são, a rádio, ou as gravações). Esta característica ex- plica diversas das suas principais vantagens, nomea- damente o fato de permitir o feedback imediato, permitir a passagem imediata do receptor a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunicação não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais, permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vantagens sejam aproveitadasé necessário o conhecimento dos temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto- domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir. Como principais desvantagens da comunicação oral destacam-se o fato de ser efêmera, não permi- tindo qualquer registro e, consequentemente, não se adequando a mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte do receptor. Gêneros Escritos e Orais Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções so- ciais (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros tex- tuais: anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, de- cretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias. São textos que circulam no mundo, que têm uma função especí- fica, para um público específico e com características próprias. Aliás, essas características peculiares de um gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes ao gênero em questão. Gênero de texto então, refere-se às diferentes for- mas de expressão textual. Nos estudos da Literatura, te- mos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. Para a linguística, os gêneros textuais englobam es- tes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa tele- fônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade. Quanto à forma ou estrutura das sequências lin- guísticas encontradas em cada texto, podemos classi- ficá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estrutu- ras e estilos composicionais. Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Ficcional. Aspectos tipológicos: Narrar. Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação através da criação da intriga no domínio do verossímil. Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fa- das, fábula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção científica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou história engraçada, biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada. Domínios sociais de comunicação: Documenta- ção e memorização das ações humana. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 3 ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Aspectos tipológicos: Relatar. Capacidade de linguagem dominante: Represen- tação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de ex- periência vivida, relato de viagem, diário íntimo, teste- munho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, reportagem, crônica social, crônica es- portiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil bio- gráfico, biografia. Domínios sociais de comunicação: Discussão de problemas sociais controversos. Aspectos tipológicos: Argumentar. Capacidade de linguagem dominante: Sustenta- ção, refutação e negociação de tomadas de posi- ção. Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opi- nião, diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio. Domínios sociais de comunicação: Transmissão e construção de saberes. Aspectos tipológicos: Expor. Capacidade de linguagem dominante: Apresen- tação textual de diferentes formas dos saberes. Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositi- vo, exposição oral, seminário, conferência, comunica- ção oral, palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de textos expositivos e explicativos, re- senha, relatório científico, relatório oral de experiência. Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescrições. Aspectos tipológicos: Descrever ações. Capacidade de linguagem dominante: Regula- ção mútua de comportamentos. Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, ins- truções de uso, comandos diversos, textos prescritivos. Linguagem Observe a fala do vendedor: “Quem sabe o senhor desenha para nós?” Se o comprador soubesse desenhar, o problema estaria resolvido facilmente. Ele poderia lançar na mão de outro meio de expressão que não fosse a fala. O homem dispõe de vários recursos para se expressar e se comunicar. Esses recursos podem utilizar sinais de di- ferente natureza. Tais sinais admitem a seguinte classi- ficação: - Verbais; - Não-Verbais; Quando esses sinais se organizam formando um sis- tema, eles passam a constituir uma linguagem. Observe: Incêndio destruiu o Edifício Z. Para expressar o mesmo fato, foram utilizadas duas linguagens diferentes: - Linguagem Não Verbal - Qualquer código que não utiliza palavra; - Linguagem Verbal - Código que utiliza a palavra falada ou escrita; Linguagem é todo sistema organizado de sinais que serve como meio de comunicação entre os indivíduos. Quando se fala em texto ou linguagem, normalmente se pensa em texto e linguagem verbais, ou seja, naque- la capacidade humana ligada ao pensamento que se concretiza numa determinada língua e se manifesta por palavras (verbum, em latim). Mas, além dessa, há outras formas de linguagem, como a pintura, a mímica, a dan- ça, a música e outras mais. Com efeito, por meio des- sas atividades, o homem também representa o mundo, exprime seu pensamento, comunica-se e influencia os outros. Tanto a linguagem verbal quanto à linguagem não verbal expressam sentidos e, para isso, utilizam-se de signos, com a diferença de que, na primeira, os sig- nos são constituídos dos sons da língua (por exemplo, mesa, fada, árvore), ao passo que nas outras exploram- se outros signos, como as formas, a cor, os gestos, os sons musicais, etc. Em todos os tipos de linguagem, os signos são combinados entre si, de acordo com certas leis, obedecendo a mecanismos de organização. Semelhanças e Diferenças Uma diferença muito nítida vai encontrar no fato de que a linguagem verbal é linear. Isto quer dizer que seus signos e os sons que a constituem não se superpõem, mas se sucedem destacadamente um depois do outro no tempo da fala ou no espaço da linha escrita. Em ou- tras palavras, cada signo e cada som são usados num momento distinto do outro. Essa característica pode ser observada em qualquer tipo de enunciado linguístico. Na linguagem não verbal, ao contrário, vários signos po- dem ocorrer simultaneamente. Se na linguagem verbal, é impossível conceber uma palavra encavalada em outra, na pintura, por exemplo, várias figuras ocorrem simultaneamente. Quando contemplamos um quadro, captamos de maneira imediata a totalidade de seus elementos e, depois, por um processo analítico, pode- mos ir decompondo essa totalidade. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 4 O texto não verbal pode em princípio, ser conside- rado dominantemente descritivo, pois representa uma realidade singular e concreta, num ponto estático do tempo. Uma foto, por exemplo, de um homem de capa preta e chapéu, com a mão na maçaneta de uma por- ta é descritiva, pois capta um estado isolado e não uma transformação de estado, típica da narrativa. Mas po- demos organizar uma sequência de fotos em progres- são narrativa, por exemplo, assim: - foto de um homem com a mão na maçaneta da porta; - foto da porta semiaberta com o mesmo homem espreitando o interior de um aposento; - foto de uma mulherdeitada na cama, gritando com desespero; Como nessa sequência se relata uma transforma- ção de estados que se sucedem progressivamente, configura-se a narração e não a descrição. Essa disposi- ção de imagens em progressão constitui recurso básico das histórias em quadrinhos, fotonovelas, cinema etc. Sobretudo com relação à fotografia, ao cinema ou a televisão, pode-se pensar que o texto não verbal seja uma cópia fiel da realidade. Também essa impressão não é verdadeira. Para citar o exemplo da fotografia, o fotógrafo dispõe de muitos expedientes para alterar a realidade: o jogo de luz, o ângulo, o enquadramento, etc. A estatura do indivíduo pode ser alterada pelo ân- gulo de tomada da câmera, um ovo pode virar uma esfera, um rosto iluminado pode passar a impressão de alegria, o mesmo rosto, sombrio, pode dar impressão de tristeza. Mesmo o texto não verbal, recria e transforma a realidade segundo a concepção de quem o produz. Nele, há uma simulação de realidade, que cria um efei- to de verdade. Os textos verbais podem ser figurativos (aqueles que reproduzem elementos concretos, produ- zindo um efeito de realidade) e não figurativos (aque- les que exploram temas abstratos). Também os textos não verbais podem ser dominantemente figurativos (as fotos, a escultura clássica) ou não figurativos e abstra- tos. Neste caso, não pretendem sumular elementos do mundo real (pintura abstrata com oposições de cores, luz e sombra; esculturas modernas com seus jogos de formas e volumes). Comunicação – Os processos da comunicação Existem vários tipos de comunicação: as pessoas podem comunicar-se pelo código Morse, pela escrita, por gestos, pelo telefone, por e-mails, internet, etc.; uma empresa, uma administração, até mesmo um Estado podem comunicar-se com seus membros por intermé- dio de circulares, cartazes, mensagens radiofônicas ou televisionadas, e-mails, etc. Toda comunicação tem por objetivo a transmissão de uma mensagem, e se constitui por certo número de elementos, indicados no esquema abaixo: Os Elementos da Comunicação a) O emissor ou destinador é o que emite a mensa- gem; pode ser um indivíduo ou um grupo (firma, orga- nismo de difusão, etc.). b) O receptor ou destinatário é o que recebe a men- sagem; pode ser um indivíduo, um grupo, ou mesmo um animal ou uma máquina (computador). Em todos estes casos, a comunicação só se realiza efetivamente se a recepção da mensagem tiver uma incidência observá- vel sobre o comportamento do destinatário (o que não significa necessariamente que a mensagem tenha sido compreendida: é preciso distinguir cuidadosamente re- cepção de compreensão). c) A mensagem é o objeto da comunicação; ela é constituída pelo conteúdo das informações transmi- tidas. d) O canal de comunicação é a via de circulação das mensagens. Ele pode ser definido, de maneira ge- ral, pelos meios técnicos aos quais o destinador tem acesso, a fim de assegurar o encaminhamento de sua mensagem para o destinatário: - Meios sonoros: voz, ondas sonoras, ouvido... - Meios visuais: excitação luminosa, percepção da retina... De acordo com o canal de comunicação utilizado, pode-se empreender uma primeira classificação das mensagens: - as mensagens sonoras: palavras, músicas, sons di- versas; - as mensagens tácteis: pressões, choques, trepida- ções, etc.; - as mensagens olfativas: perfumes, por exemplo; - as mensagens gustativas: tempero quente (api- mentado) ou não... Observação: um choque, um aperto de mão, um perfume só constituem mensagens se veicularem, por vontade do destinador, uma ou várias informações di- rigidas a um destinatário. A transmissão bem-sucedida de uma mensagem requer não só um canal físico, mas também um contato psicológico: pronunciar uma frase com voz alta e inteligível não é suficiente para que um destinatário desatento a receba. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 5 ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS e) O código é um conjunto de signos e regras de combinação destes signos; o destinador lança mão dele para elaborar sua mensagem (esta é a operação de codificação). O destinatário identificará este sistema de signos (operação de decodificação) se seu repertó- rio for comum ao do emissor for comum ao do emissor. Este processo pode se realizar de várias maneiras (repre- sentaremos por dois círculos os repertórios de signos do emissor e do receptor): 1º Caso: A comunicação não se realizou; a mensagem é re- cebida, mas não compreendida: o emissor e o recep- tor não possuem nenhum signo em comum. Exemplos: mensagem cifrada recebida por um receptor que ig- nora o código utilizado; neste caso, poderá haver uma operação de decodificação, mas ela será longa e in- certa; Conversa (?) entre um brasileiro e um alemão, em que um não fala a língua do outro. 2º Caso: A comunicação é restrita; são poucos os signos em comum. Exemplo: Conversa entre um inglês eu um estu- dante brasileiro de 1º grau que estuda inglês há um ano. 3º Caso: A comunicação é mais ampla; entretanto, a inteli- gibilidade dos signos não é total: certos elementos da mensagem proveniente de E não serão compreendi- dos por R. Exemplo: um curso de alto ministrado a alunos não preparados para recebê-lo. 4º Caso: A comunicação é perfeita: todos os signos emitidos por E são compreendidos por R (o inverso não é ver- dadeiro, mas estamos considerando um caso de uma comunicação unidirecional). Não basta, no entanto, que o código seja comum para que se realize uma co- municação perfeita; por exemplo, dois brasileiros não possuem necessariamente a mesma riqueza de vo- cabulário, nem o mesmo domínio sintaxe. Finalmente, deve ser observado que certos tipos de comunicação podem recorrer simultaneamente à utilização de vários canais de comunicação e de vários códigos (exemplo: o cinema). f) O referente é constituído pelo contexto, pela si- tuação e pelos objetos reais aos quais a mensagem re- mete. Há dois tipos de referentes: Referente situacional: constituído pelos elementos da situação do emissor e do receptor e pelas circunstân- cias de transmissão da mensagem. Assim é que quando uma professora dá a seguinte ordem a seus alunos: “co- loquem o lápis sobre a carteira”, sua mensagem remete a uma situação espacial, temporal e a objetos reais. Referente textual: constituído pelos elementos do contexto linguístico. Assim, num romance, todos os re- ferentes são textuais, pois o destinador (o romancista) não faz alusão salvo raras exceções - à sua situação no momento da produção (da escrita) do romance, nem a do destinatário (seu futuro leitor). Os elementos de sua mensagem remetem a outros elementos do romance, definidos no seu próprio interior. Da mesma forma, co- mentando sobre nossas recentes férias na praia, num bate-papo com os amigos, não remetemos, com a pa- lavra “praia” ou com a palavra “areia”, as realidades presentes no momento da comunicação. Tipos de Comunicação Comunicação Unilateral é estabelecida de um emissor para um receptor, sem reciprocidade. Por exemplo, um professor, um professor durante uma aula expositiva, um aparelho de televisão, um cartaz numa parede difundem mensagens sem receber resposta. Comunicação Bilateral se estabelece quando o emissor e o receptor alternam seus papéis. É o que acontece durante uma conversa, um bate-papo, em que há intercâmbio de mensagens. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 6 Publicidade, entretenimento e outros sistemas. Olhando para este anúncio, talvez sintamos vonta- de de comer maçã ou um doce feito da fruta. Mas é curioso: não estamos vendo uma maçã na nossa frente. Chegamos a sentir vontade de comer, uma vez que a maçã desenhada parece apetitosa e o nome da em- presa é “Docemel”. Porém, a fruta que está aí é apenas um pedaço de papel desenhado. É possível, então, afirmarmos que o desenho repre- sentou a fruta “real”. Aliás, nesse mesmo anúncio, há ou- tra forma de representar a maçã: a palavra. Naexpres- são “sobremesas de frutas”, sabemos que uma das refe- ridas é a maçã, desenhada ao lado. Assim, temos uma imagem e uma palavra escrita representando a fruta. E os sons? Se imaginarmos esse anúncio da Docemel no rádio ou na televisão, talvez possamos ouvir o barulho de uma dentada em uma maçã. Novamente, o que temos é uma representação. Vamos dar um nome para todas essas possibilidades de representar a realidade, que podem ser compartilhadas pelas pessoas: lingua- gens. O desenho da fruta, a palavra “maçã” escrita, o som da “dentada” no anúncio são objetos que se ca- racterizam como possibilidades de alguma linguagem. Terra de Samba e Pandeiro As linguagens verbal, visual e sonora não interagem sempre da mesma maneira nos diferentes objetos que integram. Para perceber outra possibilidade de intera- ção das linguagens, diferente do anúncio publicitário, analisemos algumas estrofes da canção Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Brasil! Meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos (...) ô, (oi) ouve essas fontes murmurantes oi onde eu mato a minha sede E onde a lua vem brincar Oi esse Brasil lindo e trigueiro É o meu Brasil brasileiro Terra de samba e pandeiro Brasil! Brasil! Pra mim... Pra mim... Nesses trechos, predominam as linguagens sonora e verbal. Provavelmente, se você conhece essa letra, deve se recordar também da melodia. Nas versões já gravadas dessa música, o ritmo parece ser sempre alegre, festivo. A mesma sensação pode ser encon- trada nas palavras da canção. Nosso país aparece como uma “terra de samba e pandeiro”, de satisfação (“onde eu mato a minha sede”) e brincadeira (“onde a lua vem brincar”). Alguns aspectos visuais que existam nessa canção poderão ser visualizados pelas imagens que formamos. Outros aspectos visuais só serão rele- vantes na capa do CD ou no encarte (aquele “livrinho” anexo aos CDs, com as letras das músicas e demais in- formações técnicas). UMA CIDADE IMAGINÁRIA Se você mora em alguma cidade, visualize agora sua rua. Se você mora no campo, pense em alguma rua que tenha visto. Caminhando por esse ambiente, o que vê? Provavelmente casas, árvores, pessoas, portões... Até aqui, as coisas que vimos não são objetos represen- tando outros objetos. Mas isso não significa que cada uma dessas coisas não seja uma forma de interação do homem com a realidade que o cerca. Se destacarmos a casa – por que tem aquele tama- nho, aquela quantidade de janelas e portas? Por que está naquele lugar específico do terreno, naquela rua e naquele bairro? Essa casa também representa valores humanos, sentimentos, atitudes, questões financeiras etc. Só que essa representação talvez pareça menos visível. Sinteti- zando: interagir com o mundo é uma condição huma- na. Essa interação sempre se dará em aspectos visuais, sonoros, pelo gosto e pelas palavras. Pode haver alguma coisa em comum entre anún- cios publicitários e letras de música? Vimos acima que o anúncio publicitário Docemel e a letra da canção Aquarela do Brasil combinam as linguagens de forma diferente. Isso acontece porque os dois objetos foram concebidos para diferentes fina- lidades. Enquanto o primeiro quer levar o consumidor à compra do produto, o segundo quer distrair o ouvinte ou despertar sua imaginação, combinando música de ritmo alegre com imagens festivas de nosso país. Quer dizer, tudo depende de qual é a função do objeto na vida das pessoas. Quando olhamos para os objetos à nossa volta, começamos a perceber que vários deles podem ser agrupados em um só bloco, devido a uma função social semelhante. Se perguntarmos: o que há em comum, por exem- plo, entre embalagens, rótulos e anúncios publicitários? Para que existem? Uma resposta possível é: para tornar um produto à venda atraente para o consumidor. Ter a mesma função social traz ainda outra consequên- cia: várias empresas e pessoas, com funções diferentes, estão unidas na realização de certo objeto construí- do pela combinação das linguagens. É só pensarmos Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 7 ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS quantas empresas e pessoas estão envolvidas, direta ou indiretamente, na produção de um jornal, escrito ou fa- lado. O que organizará a ação dessas empresas e pes- soas é o objetivo comum: elaborar o produto final que é o jornal. Denominamos sistemas de comunicação todas essas organizações sociais com um objetivo comum, que têm como princípio organizador a combinação das diferentes linguagens. Neste capítulo, trabalharemos apenas com quatro sistemas de comunicação: o publi- citário, o informativo, o artístico e o de entretenimento. - Desenvolvendo competências Mais do que um rótulo de garrafa Analise o rótulo de garrafa acima, do ponto de vista das linguagens verbal e visual. Relacione o sentido do que está escrito (o que as palavras ou frases querem dizer) com aspectos visuais (o desenho abaixo da ex- pressão “sem gás”, os tipos de letras ou qualquer outro aspecto que você considerar relevante). O Caso do Magrão Magrão é o apelido de um rapaz que vive de con- sertar e vender máquinas de lavar roupas usadas. Pen- sando nisso, ele fica com dúvida: “O que devo fazer como anuncio às pessoas que quero vender?” Se esti- vesse no lugar dele, o que você faria? O Magrão quer vender essas máquinas. O objeto que ele quer criar é justamente o meio que lhe permita estabelecer contato com seus possíveis compradores. ANÚNCIO A Vendem-se 4 máquinas de lavas roupa Falar com o Magrão ANÚNCIO B Vendem-se 4 máquinas de lavar roupa Tratar aqui Qual das duas versões apresenta uma integração das linguagens verbal e visual? Você acha que essa in- tegração facilita o entendimento de quem vê a placa? Refletindo um pouco mais, podemos afirmar que uma empresa que venda um produto ou um serviço também passa por essa situação. Afinal, como uma em- presa entra em contato com o público, se não for atra- vés de um anúncio ou propaganda? E será que o anúncio de qualquer objeto desses, que sirva para a venda de um produto ou serviço, deve ter algumas características básicas, ou cada um pode anunciar o seu produto do jeito que quiser? Liberdade existe, não há dúvida. Porém, mais do que liberdade, é necessária à criatividade. Observe o anúncio publicitário a seguir: Nota-se que é um anúncio publicitário de uma com- panhia aérea chamada Lane. Há dois convites explícitos para que embarquemos no avião: na linguagem verbal (“Voe Lane”) e na linguagem visual (o desenho do avião indica movimento, pois existem rastros saindo das três tur- binas). O texto escrito associa esse embarque ao prazer por meio da expressão “E boa viagem”. Percebe- se, por- tanto, um apelo emocional. E o que tem a ver com tudo isso a criatividade pedida acima? Tudo a ver, justamente porque as pessoas ou empresas que produzem os anún- cios publicitários sabem que o consumidor não tem um único critério para comprar um produto ou escolher um serviço. Pode-se comprar pelo preço, pela beleza da em- balagem, pela lembrança de um anúncio na televisão, (pelo fato do anúncio ser engraçado, pela associação do objeto anunciado ao prazer etc.). E essas pessoas que estão produzindo esses anúncios sabem disso? Qualquer tentativa de venda de produto ou servi- ço está dentro desse sistema, de forma mais ou menos consciente por parte de seu produtor. Isso ocorre porque o objetivo essencial de qualquer pessoa envolvida nes- sa atividade (a venda) é o mesmo de todos os outros que também estão desenvolvendo uma atividade se- melhante. Só querer vender não basta Vamos nos centrar novamente na criação do meio, para que uma venda possa se efetivar. Vimos lá atrás que esse meio deverá levar em conta critérios racionais (o pre- ço do produto, por exemplo) e critérios ligados ao dese- jo, ou ao lado menos “prático” do consumidor (comprar um produto por ter gostado de um anúncio). O objetivo será observar como alguns recursos de linguagem ver- bal, visual, sonora e mesmogustativa são mobilizados na construção desses anúncios. Na construção dos anúncios publicitários, os recursos das linguagens são manipulados de maneira tal que, muitas vezes, ao entrar em contato com eles, não nos damos conta de que um mundo ima- ginário e sedutor se formou diante de nossos olhos. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 8 Se voltarmos ao anúncio da empresa aérea Lane, notamos que a imagem do avião, a simulação de seu rastro no espaço, por meio de linhas que saem das turbinas (linguagem visual), associadas à expres- são verbal “E boa viagem!” despertam no especta- dor a vontade de viajar, associando-a a satisfação de um desejo. Quer dizer: o anúncio publicitário liga- rá o produto ao prazer, criando um mundo “perfeito” e “ideal”, dissociado de problemas de qualquer na- tureza. Ele nos afastará, de forma ainda mais brutal, de uma questão importante: até que ponto deve- mos gastar dinheiro adquirindo esse produto? Para a publicidade, não existe nada supérfluo. Só que boa parte dos produtos anunciados ou são realmente su- pérfluos na nossa vida, pois vivemos muito bem sem eles, ou são produtos realmente necessários, ainda que apresentados em seu aspecto mais irrelevante. Por exemplo, arroz e feijão são produtos alimen- tícios consumidos por muitos brasileiros. Culturalmen- te, essa mistura é tida como típica do Brasil. Mas ne- nhum anúncio publicitário vai vender arroz e feijão dizendo que esses produtos nos alimentam e ponto final. Isso ocorre porque, como os produtos são co- mercializados por diferentes empresas, a distinção entre um produto e outro acabará se concentrando em algum aspecto supérfluo deles. Afinal, o essencial todos têm. Perdido no Posto de Saúde Infelizmente, você certamente já ficou doente al- guma vez e precisou ir a um hospital ou posto de saú- de. Lá chegando, você precisou pedir atendimen- to. E o que fez? Conseguiu falar com alguém para solucionar suas dúvidas? Precisou ler alguma placa, preencher algum papel? Talvez você tenha encontrado algo parecido com o aviso abaixo: HORÁRIO PARA MARCAR CONSULTAS: De segunda a sexta, das 14h às 16h Nos guichês 4, 5 e 6 da recepção É necessária a apresentação do documento de identidade Alguém que vai a um hospital querendo saber os dias e horários para marcação de consultas en- contrará nesse aviso as informações de que necessi- ta. Pode-se afirmar, portanto, que a finalidade desse objeto é informar as pessoas. Vamos agora analisá-lo sob o ponto de vista da organização das linguagens. Em geral, os objetos construídos com a finalidade de informar alguém sobre alguma coisa dão bastan- te destaque à linguagem verbal (aquela que tem como base as palavras). O que temos no aviso acima são frases claras e objetivas, informando sobre uma questão específica: o que é necessário saber para se marcar uma con- sulta naquele posto de saúde. Aí temos duas carac- terísticas importantes das informações, construídas a partir de um tema único (no caso, a marcação de consultas). As informações dadas a partir do tema são essenciais e devem ser claras para a pessoa que veio buscá-las (no nosso exemplo, saber os dias, os horários, o local e os documentos necessários para marcar a consulta). Buscando Informações: Olhando em Volta Outros objetos perto de nós também parecem ter como objetivo principal nos informar sobre alguma coi- sa. Pense. Vê-se televisão ou ouve rádio, você consegue identificar objetos que foram construídos para nos infor- mar? Talvez você tenha pensado em telejornais ou em bo- letins de notícias. De fato, eles têm uma função básica: informar-nos sobre o que está acontecendo na nossa re- gião, no nosso país e no mundo. O que eles informam, de uma forma direta ou indireta, pode afetar algum aspec- to de nossa vida. Se há crise no Oriente Médio, podemos estar vendo o desencadear de uma guerra sangrenta, com consequências políticas, econômicas e sociais no mundo (os países árabes, localizados no Oriente Médio, são grandes fornecedores de petróleo, matéria-prima da gasolina, usada no mundo inteiro, e a crise pode ter inúmeras consequências). Na informação jornalística, mesmo havendo um papel muito importante para a linguagem verbal (a base de uma notícia é o que o re- pórter fala ou escreve), a linguagem visual acaba tendo um papel também muito importante, tanto nas imagens que aparecem nos jornais da televisão quanto nas fotos que acompanham reportagens em jornais. Podemos, pois, afirmar que a combinação das lin- guagens em objetos informativos auxilia na construção da clareza e da objetividade daquilo que nos está sendo apresentado. Em geral, quando prestamos atenção a uma notícia, somos perfeitamente capazes de entender qual é o assunto e quais são as informações essenciais que ela quer nos passar. Essa não é uma atitude passi- va de nossa parte. Há milhares de situações em nossas vidas que nos exigem a busca de informações. Apenas para citar algumas possibilidades, pense nas seguintes circunstâncias: você deve visitar um parente em uma cidade desconhecida; seu filho precisa de uma fonte de informações sobre um tema qualquer, para realizar uma atividade na escola; se você trabalha no comér- cio, você precisa saber o preço médio de um produto em alguns concorrentes da sua empresa. Precisamos, então, reconhecer que inúmeros obje- tos são construídos dentro desse sistema informativo, ou seja, há muitos objetos concebidos para informar as pes- soas sobre alguma coisa. Quais objetos construídos pelas linguagens você classificaria como informativos? Tipologia e Gêneros Textuais A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocuto- res. Estes interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 9 ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS É de fundamental importância sabermos clas- sificar os textos com os quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais. Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, descreve- mos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato ver- bal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que classi- ficamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação. As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec- tos de ordem linguística Os tipos textuais designam uma sequência definida pela natureza linguística de sua composição. São obser- vados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, rela- ções logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo. - Textos narrativos – constituem-se de verbos de aão demarcados no tempo do universo narrado, como também de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De- pois de muita conversa, resolveram... - Textos descritivos – como o próprio nome in- dica, descrevem características tanto físicas quanto psicológicas acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da graú- na...” - Textos expositivos – Têm por finalidade expli- car um assunto ou uma determinada situação que se almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela acontecer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o benefício. - Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma modalidade na qual as ações são prescritas de forma sequencial, utilizando-sede verbos expressos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente. Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea. - Textos argumentativos (dissertativo) – Demar- cam-se pelo predomínio de operadores argumentati- vos, revelados por uma carga ideológica constituída de argumentos e contra-argumentos que justificam a posi- ção assumida acerca de um determinado assunto. A mulher do mundo contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu espaço no mercado de trabalho, o que significa que os gêneros estão em com- plementação, não em disputa. Gêneros Textuais São os textos materializados que encontramos em nosso cotidiano; tais textos apresentam caracterís- ticas sócio-comunicativas definidas por seu estilo, fun- ção, composição, conteúdo e canal. Como exem- plos, temos: receita culinária, e-mail, reportagem, mo- nografia, poema, editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc. A escolha de um determinado gênero discur- sivo depende, em grande parte, da situação de pro- dução, ou seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem são os locutores e os interlocutores, o meio dis- ponível para veicular o texto, etc. Os gêneros discursivos geralmente estão liga- dos a esferas de circulação. Assim, na esfera jornalísti- ca, por exemplo, são comuns gêneros como notícias, reportagens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação científica são comuns gêneros como verbete de dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científico, seminário, conferência. Fontes de pesquisa: http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia- textual.htm Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português – Literatura, Produção de Textos & Gra- mática – volume único / Samira Yousseff Campedel- li, Jésus Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. Linguagem Verbal e não verbal O que é linguagem? É o uso da língua como for- ma de expressão e comunicação entre as pessoas. A linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e ima- gens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita. A linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Assim, a linguagem verbal é a que utiliza palavras quando se fala ou quando se escreve. A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não utiliza vocábulo (palavras) para se comu- nicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbal- mente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos sig- nos visuais. Vejamos: - um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televi- sionado, um bilhete = Linguagem verbal - o semáforo, o apito do juiz numa partida de fute- bol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dan- ça, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito = Linguagem não verbal Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 10 A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários. Há, ainda, a linguagem mista, como as histórias em quadrinhos, o cinema, o teatro e os programas de televisão, que reúnem diferentes linguagens, como o desenho, a palavra, o figurino, a música, o cenário, etc. Recentemente, com o uso da informática, surgiu também a linguagem digital, que permite armazenar informações em meios eletrônicos. Aquele que produz a linguagem – que fala, pinta, dança – é chamado de locutor; aquele que recebe a linguagem, locutário. No processo de comunicação e interação, ambos são interlocutores. Fontes de pesquisa: http://www.brasilescola.com/redacao/linguagem.htm http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=117&evento=3 Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. Diferença entre fato e opinião Distinguir “fato” de “opinião” é fundamental na hora de desenvolver um texto dissertativo. A dissertação é caracterizada por apresentar a predominância da opinião. Deixar que o fato prevaleça num texto que se quer opinativo é cometer um sério equívoco, pois isso levará à produção de outra tipologia textual. No caso, uma narração, motivo de sobra para se eliminar o candidato. Ou seja, trocar fato por opinião é trocar dissertação por narração. Leia atentamente os exemplos abaixo e veja que não é tão difícil fazer essa dife- renciação. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 11 ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Conceituando: Fato: algo cuja existência independe de quem escreve. Opinião: maneira pessoal de ver o fato. A depreensão de conceitos e valores a partir de algo pré-existente, que é o fato. Exemplos de fato e opinião: Fato: A educação brasileira patina no atraso e na defasagem, em relação à dos países desenvolvidos. Opinião: Equacionar a problemática da educação no país é inadiável. Fato: Novamente, a discussão acerca da redução da maioridade penal ocupa lugar de destaque no congresso. Opinião: Como em todo tema polêmico, discutir a maioridade penal requer, pela gama de aspectos envolvidos, sensatez e muita responsabilidade dos legisladores. Fato: Volta à pauta de discussões da câmara a possibilidade de se liberar a maconha. Opinião: A liberação da maconha, no Brasil, não pode ser levada a cabo antes de se promover um amplo, objetivo e transparente debate com toda a sociedade brasileira. Fato: O progresso célere e a qualquer custo tem levado à exaustão dos recursos naturais do planeta. Opinião: O homem moderno, sempre ávido por progresso, precisa, agora mais do que nunca, rever sua postura no tocante à maneira como lida com os recursos naturais ainda disponíveis no planeta, sob pena de colocar em xeque o próprio futuro da humanidade. Fato: Vive-se um momento de um crescente e irrefreável consumismo. Opinião: As pessoas são levadas a acreditar que só poderão ser plenamente felizes se consumirem cada vez mais. Não percebem que a felicidade e a realização pessoal nada têm a ver com a posse material e o ter mais e mais. Fonte de pesquisa: http://lingua-agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-algo-cuja-existencia-independe-de.html Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 12 H5 –Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema. H6 –Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilida- des de acesso a informações, tecnologias e culturas. H7 –Relacionar um texto em LEM, as estruturas lin- guísticas, sua função e seu uso social. H8 –Reconhecer a importância da produção cul- tural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística. As Línguas Estrangeiras Modernas em nossa So- ciedade Olá! Hola! Hello! Ciao! Salut! Veja que falamos em línguas no plural e é isso mesmo: o intuito não é estudar uma língua em especial, mas sim, descobrir caminhos que tornem possível a leitura de pequenos textos em algumas das línguas estrangeiras presentes em nos- sa sociedade. Nesse sentido, vamos ler textos com os quais é bem possível que você já se tenha deparado em algum momento de sua vida: o manual de um equipamento eletroeletrônico, a embalagem de um produto importado, um anúncio em Língua Portugue- sa com palavras em língua estrangeira, enfim, textos que nos rodeiam e que, às vezes, nem sequer são li- dos, por nos julgarmos incapazes de entendê-los. A presença de várias línguas em nosso cotidiano Sem dúvida, vocêsabe ligar um aparelho para ouvir uma música e sabe, também, interrompê-la no momento em que quiser. Mas será que você já per- cebeu o que está escrito nos botões do aparelho? power – play – stop Essas palavras não pertencem à Língua Portugue- sa, mas nós as dominamos sem hesitar. Veja só outra situação bastante corriqueira. Quando você liga seu aparelho de televisão para assistir a um jogo de fute- bol da nossa seleção, é bem provável que queira ver o time marcar muitos gols. Você vai ficar aborrecido se um craque perder um pênalti e vai vibrar com os dribles dos atacantes. Pois é, mas, apesar de ser uma emoção bem brasileira, na verdade, várias palavras do trecho acima são, originalmente, inglesas. football, team, goal, dribble e penalty São alguns exemplos. Você sabia que foi o paulis- ta Charles Miller que, em 1894, trouxe o esporte para o Brasil após ter passado uma temporada estudando na Inglaterra, onde o esporte já era bastante difun- dido? Se puder, converse com pessoas mais velhas sobre isso. Elas devem se lembrar de que, até os anos 50, não se dizia escanteio, mas sim, corner; zagueiro era back e o goleiro era o (goal) keeper. Aliás, nos programas de esportes na televisão, há uma verdadeira enxurrada de palavras estrangeiras sendo utilizadas. Veja se você consegue identificar a quais esportes se relacionam as seguintes palavras da língua inglesa: a) backhand, slice, set point, smash b) jab, corner, knockdown, punch c) cockpit, grid, pole position E então, conseguiu identificar os esportes? O pri- meiro grupo relaciona-se ao tênis, esporte em que temos o Guga, o primeiro brasileiro a ocupar a po- sição de número 1 no ranking mundial (ôpa! ranking também é uma palavra inglesa). O segundo grupo relaciona-se ao boxe, de nossos expoentes Maguila e Popó. O terceiro grupo é da Fórmula 1, de Émerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Rubens Barri- chello. Agora que você já parou para pensar sobre o assunto, vale a pena afirmar que, apesar de você morar no Brasil e falar português, que é, portanto, a sua língua materna, você está constantemente em contato com outras línguas. O fato de vivermos em uma sociedade plurilíngue, ou seja, na qual participam muitas línguas, não é algo novo. Trata-se de algo que faz parte da formação de nossa própria língua portuguesa. Você certamente conhece as palavras bombom, ressaca e serenata, não é mesmo? Mas você sabe de onde elas vêm? Se não sabe, descubra, lendo os trechos a seguir: BOMBOM: do francês bonbon, guloseima. Nome genérico com o qual denominamos balas, chocola- tes, doces. É frequente o francesismo bonbonnière para designar as pequenas lojas especializadas na venda desses produtos. RESSACA: do castelhano resaca, denominação dada ao refluxo da maré, depois de chegar à praia ou ter seu movimento impedido por algum obstácu- lo. Seu significado literal é o de sacar de novo, uma vez que o prefixo re – indica repetição. COMPETÊNCIA DE ÁREA 2: CONHECER E USAR LÍNGUA(S) ESTRANGEIRA(S) MODERNA(S) COMO INSTRUMENTO DE ACESSO A INFORMAÇÕES E A OUTRAS CULTURAS E GRUPOS SOCIAIS. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 13 ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS SERENATA: do italiano sera, noite, formou-se sere- nata, concerto dado à noite. O português conservou a grafia e o significado. SILVA, Deonísio da. De onde vêm as palavras: frases e curiosidades da língua portuguesa. São Paulo: Mandarim, 1997. Pois é… Essas palavras já foram incorporadas à nossa língua a ponto de sequer estranharmos sua presença em nosso cotidiano. Outras, como as que vimos anteriormente, parecem invadir, a todo o mo- mento, nossas vidas e, sem percebermos, usamos como se fossem nossas. Língua Estrangeira - Inglês Técnica de Leitura de Texto de Língua Inglesa No Brasil, de um modo geral, o inglês instrumental é uma das abordagens do ensino do Inglês que cen- traliza a língua técnica e científica focalizando o em- prego de estratégias específicas, em geral, voltadas à leitura. Seu foco é desenvolver a capacidade de compreensão de textos de diversas áreas do conhe- cimento. O estudo da gramática restringe-se a um mínimo necessário normalmente associado a um tex- to atual ou similar que foi veiculado em periódicos. O conhecimento de uma boa quantidade de palavras também faz parte das técnicas que serão relaciona- das abaixo. Dependendo do objetivo de sua leitura, você terá que saber utilizar algum dos três níveis diferentes de compreensão: 1. Compreensão Geral: obtida através de uma leitura rápida, “uma passada de olho rápida no tex- to”, para captarmos as informações gerais acerca dele, ou seja, aquilo que é de maior importância, seu tema geral, seu assunto principal. 2. Compreensão de Pontos Principais: exige que tenhamos maior atenção na busca das informações principais espalhadas pelo texto, observando cada parágrafo distintamente para identificar dados espe- cíficos que o autor quis destacar. 3. Compreensão Detalhada: requer um nível de leitura mais aprofundado que nos níveis anteriores. Exige a compreensão de detalhes do texto, minúcias, palavra por palavra, e demanda, assim, mais tempo e atenção do leitor. Para tanto, em alguns casos, será preciso reler várias vezes o texto. Para obter um bom nível de acerto durante os níveis de compreensão, temos que por em prática algumas técnicas de auxílio à leitura que passaremos a ver agora. Background knowledge (conhecimento pré- vio): para que um leitor consiga identificar e enten- der certas informações em qualquer tipo de texto, torna-se extremamente importante que ele possua algum conhecimento prévio sobre seu assunto. Po- demos comparar esta situação com a de um estu- dante tentando fazer uma prova de redação. Se ele nunca tiver lido, discutido, estudado ou ouvido falar do tema daquela redação, como poderá dissertar? Suas ideias podem até ir para o papel, mas correrá um grande risco de não ter o vocabulário necessário, consistência, profundidade, argumentos, conheci- mento de causa, exemplos a citar, etc. sua redação será pobre. Da mesma maneira, se o leitor de um tex- to técnico em língua inglesa não tiver conhecimento de mundo, vivência, experiências variadas de vida, conhecimento prévio sobre o assunto, seu nível de compreensão será mais superficial. Por isso, o ponto de partida para uma leitura eficiente está sempre em você. Mas também não adianta buscar ape- nas informação de coisas que te atraem, coisas que você gosta de saber. É preciso ampliar sua visão de mundo. Se você for mulher, busque saber algo sobre futebol também, sobre carros, sobre coisas do mun- do masculino. Se você for homem, busque também conhecer assuntos do mundo feminino como cosmé- ticos e vestuário. Busquem ambos interessar-se por assuntos relacionados a crianças, idosos, povos dife- rentes do seu, países variados, regiões do mundo so- bre as quais que você normalmente não sabe nada. Leia jornais, revistas, sites da internet, pesquise coisas curiosas, assista a programas de TV jornalísticos, de variedades, de humor, de esportes, de ciência, de religião, de saúde, de entretenimento, converse com pessoas de opiniões, idades e classes sociais diferen- tes da sua, dê valor a todos os assuntos porque você nunca sabe qual tema será abordado num texto de uma prova. Esteja preparado para todos eles. Des- ta forma podemos agilizar sua compreensão acerca de um texto. Desta forma você terá mais prazer ao ler, pois compreenderá os mais variados textos. Desta forma você verá que é capaz de adquirir conheci- mento em uma língua estrangeira. Desta forma po- deremos minimizar seus problemas e aumentar suas chances de obter o sucesso. Skimming (ler ou examinar superficialmente; des- natar; retirar aquilo de maior peso ou importância): é uma técnica que permite rapidez e eficiência na busca de algum direcionamento inicial acerca do texto. Realizar o skimming significa ler rapidamente o texto para saber o assunto principal trabalhadopelo autor. Esta atividade de leitura nos proporciona um nível de compreensão geral, visando nos dar uma visão global, aberta e ampla do texto. Ao realizar- mos o skimming, não podemos nos deter em detalhes como palavras novas nem palavras das quais nos es- quecemos. Estamos em busca do assunto principal e do sentido geral do texto. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 14 Prediction: Com esta estratégia o leitor lança mão do seu próprio conhecimento, através das experiên- cias de vida que possui, e da informação linguística e contextual. Após realizar o skimming, o leitor precisa concentrar-se para tentar ativar as informações que já possui sobre o tema e prever que tipos de palavras, frases ou argumentos podem estar presentes naquele texto. É um momento de reflexão. É a hora de buscar na memória tudo o que foi lido, estudado, discutido, e visto na mídia a respeito daquele tema. Além do mais, esta é uma estratégia de leitura que também permite ao leitor prever o que vem a seguir em um texto. Trata-se do desenvolvimento sequenciado do pensamento. Isso só é possível porque quem escreve, o faz de maneira organizada, porque as pessoas pensam de maneira semelhante e porque alguns tipos de textos possuem estruturas previsíveis levando nós leitores a atingir certas formas de compreensão. Quanto mais experiente for o leitor, maior será sua capacidade de prever. Nesta etapa, passamos a associar o assunto do texto com as dicas tipográficas usadas pelo autor para transmitir significados. Grifo de palavras cognatas, das palavras já conhecidas pelo leitor e das repetidas: Muito comuns entre as línguas inglesa e portuguesa, os cognatos são termos bastante parecidos tanto na escrita como no signifi- cado em ambas as línguas. Grifar todas estas palavras em um texto é um recurso psicológico e técnico que visa mostrar e provar visualmente para o leitor que ele tem conhecimento de muitas das palavras daquele texto e de que, assim, ele é capaz de fazer uso dessas informações para responder às questões propostas. Trata-se de um recurso que usamos para dar mais relevância e importância às palavras que já sabemos em um texto, pois é nelas que nos apoiaremos para resolver exercícios e para entender os textos. É muito mais inteligente voltar nosso foco para as palavras que têm algum significado para nós do que destacar aquelas que não conhecemos. Além disso, ao grifar, você acaba relendo as informações de uma maneira mais len- ta, o que faz com que perceba certos detalhes que não havia percebido antes. É uma forma de quantificar em porcentagem aproximada o quanto se sabe daquele texto. É preciso lembrar que há um número muito grande de palavras repetidas nos textos e isso facilita para o estudante, pois ele poderá grifar mais de uma vez a mesma palavra. Scanning: esta técnica de leitura visa dar agilidade na busca por informações específicas. Muitas vezes, após ler um texto, nós queremos reencontrar alguma frase ou alguma palavra já lida anteriormente. Para efe- tuar esta busca não precisamos ler o texto inteiro de novo, podemos simplesmente ir direto ao ponto aonde podemos encontrar tal informação. Isso é o scanning, significa encontrar respostas de uma forma rápida e direta sem perder tempo relendo o texto todo. Esta técnica em geral deve ser aplicada após uma ou mais leituras completas do texto em questão. Assim o leitor diminuirá o risco de confundir informações, perder tem- po ou de dar respostas erradas. Se desejar, o estudante pode ler o que os exercícios pedirão antes de fazer o scanning, pois assim ele irá selecionar mais facilmente o que for mais importante para responder àquelas questões direcionando-se melhor. Lexical Inference (inferência lexical): Inferir significa deduzir. Às vezes será preciso deduzir o sentido de um termo, decifrando o que ele quer dizer. Mas isso não pode ser feito de qualquer maneira. Para inferirmos bem, é necessário entender o significado daquela palavra desconhecida através do contexto no qual ela está inserida, observando as palavras vizinhas, as frases anteriores e posteriores, o parágrafo onde ela está, as noções gerais que temos do texto, etc. Precisamos observar o meio no qual a palavra está posta. Neste caso teremos de nos fazer valer de nossos conhecimentos de classes gramaticais (substantivos, adjetivos, preposi- ções, verbo, etc.), de afixos, de singular e plural, conhecimento sobre a estrutura de textos, etc. Tudo isso em conjunto pode ajudar numa aproximação do sentido real daquele termo que não sabemos. É preciso lembrar que estas estratégias serão mais ou menos eficazes dependendo do tamanho do voca- bulário que você possui e também do seu nível de conhecimento gramatical. Há estudos que relacionaram as palavras que mais aparecem em textos e livros técnicos em língua in- glesa. Desses estudos foram feitas diferentes listas com as 318 palavras que mais caem nos textos, as 500 mais, as 700 mais, etc. Para facilitar seu estudo, incluímos aqui as 318 mais comuns para serem estudadas. Ao memorizar estas palavras você obterá um magnífico subsídio preparando-se para enfrentar qualquer texto. Você verá que várias destas palavras já são conhecidas por você, assim, na verdade, terá que memorizar bem menos destas. Um número bem significativo delas está presente em qualquer tipo de texto. Quanto mais palavras você souber, mais poderá grifar! Apoie-se nelas e bom estudo! Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 15 ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 001 Although - embora 107 Good – bom(ns), boa(s) 213 Poor - pobre 002 Able - capaz 108 Government – governo 214 Power – poder, força 003 About - sobre, aproxi-madamente 109 Great - grande, maravilhoso 215 Present – presente 004 Above - acima 110 Ground – chão 216 Prince – príncipe 005 According to - de acor-do com 111 Half – metade 217 Public – público 006 After - depois, após 112 Hand – mão/entregar 218 Quite – completamente, muito 007 Again – novamente, de novo 113 He – ele (pessoa) 219 Rather – preferencial- mente 008 Against – contra 114 Head – cabeça, líder 220 Reason – razão 009 Age – idade 115 Heart – coração 221 Reign – reino 010 Air – ar 116 Her – dela (pessoa) 222 Religion – religião 011 All – tudo 117 Here – aqui 223 Room – cômodo, quarto 012 Almost – quase 118 High – alto 224 Round – redondo 013 Alone – só, sozinho 119 Him – ele, o (pessoa) 225 Same – mesmo(a) 014 Along – ao longo de 120 Himself – ele mesmo (pessoa) 226 Sea – mar 015 Already – já 121 His – dele (pessoa) 227 Second – segundo 016 Also – também 122 History – história 228 Set – conjunto 017 Always – sempre 123 Home – casa, lar 229 Seven – sete 018 Among – entre(3 ou mais coisas) 124 Horse – cavalo 230 Several – vários(as) 019 Na – um, uma 125 Hour – hora 231 She – ela (pessoa) 020 Ancient – antigo 126 House – casa 232 Short – pequeno(a), curto(a)(s) 021 And – e 127 How – como 233 Side – lado 022 Another – um outro 128 However – entretanto 234 Sight – vista, visão 023 Any – algum(a), qual-quer 129 Human – humano 235 Since – desde 024 Anything – qualquer coi-sa 130 Hundred – cem, centena 236 Sir – senhor 025 Arm - braço 131 Idea – ideia 237 Six – seis 026 Army - exército 132 If – se 238 Small – pequeno(s), pequena(s) 027 Around – em torno de, perto de 133 Ill – doente 239 So – então 028 Art – arte 134 In – em, dentro (de) 240 Some – algum(ns), alguma(s) 029 As – como, assim como 135 Indeed – de fato, realmente 241 Something – algo, algu-ma coisa 030 At – em, ás 136 Into – para dentro de 242 Sometimes – algumas vezes 031 Authority - autoridade 137 It – ele(a) (coisa, animal) 243 Son – filho 032 Away – distante, longe 138 Its – seu(a) (coisa, animal) 244 Soon – logo, em breve 033 Back – de volta, atrás 139 Itself – a si mesmo (coisa, animal) 245 Spirit – espírito 034 Because – porque 140 Just – apenas, justo 246 State – estado, situação Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 16 035 Before– antes 141 Kind – tipo, gentil 247 Still – ainda 036 Behind – atrás 142 King – rei 248 Street – rua 037 Best – melhor (superlati-vo) 143 Knowledge – conhecimento 249 Strength – força 038 Better – melhor (compa-rativo) 144 Land – terra 250 Strong – forte 039 Between – entre (duas coisas) 145 Large – largo, amplo, grande 251 Subject – assunto, sujeito 040 Beyond – além 146 Law – lei 252 Such – então 041 Big – grande 147 (at) Least – (pelo) menos 253 Sure – certo (certeza) 042 Black – preto(a) 148 Left – esquerdo 254 Ten – dez 043 Blood – sangue 149 Less - menos 255 Than – do que 044 Body – corpo 150 Life – vida 256 That – aquele(a), esse(a) 045 Both – ambos 151 Light – luz, leve 257 The – o(s), a(s) 046 Boy – menino, garoto 152 Little – pouco(a) 258 Their – deles, delas 047 Brother – irmão 153 Long – longo 259 Them – eles, os 048 But – mas, porém, exce-to 154 Longer – mais longo 260 Themselfs – eles mesmos 049 By – próximo a, perto de, por 155 Love – amor 261 Then – então, em segui- da 050 Captain – capitão 156 Man/Men – homem/homens 262 There – lá 051 Care – cuidado 157 Manner – maneira 263 Therefore – por esta ra-zão 052 Case – caso 158 Many – muitos(as) 264 These – estes 053 Certain – certo 159 Master – mestre 265 They – eles, elas 054 Chapter – capítulo 160 Matter – matéria 266 Thing – coisa 055 Character – caráter, personalidade 161 Me – me, mim 267 Thirty – trinta 056 Child - criança 162 Miles – milhas 268 This – este(a), isto 057 Children – crianças 163 Mind – mente 269 Those – aquele(s), aquela(s), esse(s), essa(s) 058 Church – igreja 164 Mine – meu(s), minha(s) 270 Thousand – mil, milhar 059 City – cidade 165 Moment – momento 271 Three – três 060 Common – comum 166 Money – dinheiro 272 Through – através 061 Country – país, zona ru-ral 167 More – mais 273 Time – tempo, momen- to, vez 062 Course – curso 168 Morning – manhã 274 To – para, em direção a 063 Day – dia 169 Most – mais 275 Together – junto(s), junta(s) 064 Dead – morto 170 Mother – mãe 276 Too – também 065 Death – morte 171 Mr. – senhor 277 Towards – na direção de 066 Different – diferente 172 Mrs. – senhora 278 Town – cidade 067 Door – porta 173 Much – muito 279 True – vedade 068 Down – para baixo 174 My – meu(s), minha(s) 280 Truth – verdade 069 During – durante 175 Myself – eu mesmo 281 Twenty – vinte Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 17 ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 070 Each – cada 176 Name - nome 282 Two – dois 071 Earth – Terra (planeta) 177 Nation – nação 283 Under – sob 072 Either... Or – ou... ou 178 Natural – natural 284 Until/Till – até (que) 073 Emperor – imperador 179 Nature – natureza 285 Up – para cima 074 Empire – império 180 Near – próximo, perto 286 Upon – sobre 075 End - fim 181 Neither... Non – nem... nem 287 Us – nós, a nós 076 Enemy – inimigo 182 Never – nunca 288 Very – muito 077 England – Inglaterra 183 New – novo(a)(s) 289 Voice – voz 078 Enough – suficiente 184 Next – próximo, a seguir 290 War – guerra 079 Even – mesmo 185 Night – noite 291 Water – água 080 Ever – em qualquer mo-mento, já 186 No – não 292 Way – caminho, manei- ra, jeito 081 Every – cada, todo 187 Non – não 293 We – nós 082 Eye – olho 188 Not – não 294 Well – bem 083 Fact – fato 189 Nothing – nada 295 Waht – o que, qual, quais 084 Family – família 190 Now – agora 296 When – quando 085 Far – distante 191 Number – número 297 Where – onde 086 Father – pai 192 Of – de 298 Whether – se 087 Fear – medo 193 Off – afastado, desligado 299 Which – (o, a) qual, (os, as) quais 088 Few – poucos(as) 194 Often – frequentemente 300 While – enquanto 089 Fire – fogo 195 Old – velho(s), velha(s) 301 White – branco 090 First – primeiro 196 On – sobre, em cima 302 Who/Whom – quem, a quem 091 Five – cinco 197 Once – uma vez 303 Whole – completo, intei-ro 092 Foot/Feet – pé/pés 198 One – um(a) 304 Whose – de quem, cujo(a)(s) 093 Footnote – notas de ro-dapé 199 Only – apenas, único, somente 305 Why – por que? 094 For – para, por 200 Or – ou 306 Wife – esposa 095 Fource – força, forçar 201 Other – outro 307 With – com 096 Four – quatro 202 Our – nosso(a), nossos(as) 308 Within – dentro de 097 France – França 203 Out – fora 309 Without – sem 098 Free – livre, grátis 204 Over – acima, encerrado 310 Woman/Women – mu-lher/mulheres 099 French – Francês 205 Part - parte 311 Word – palavra 100 Friend – amigo(a) 206 Peace – paz 312 World – mundo 101 From – de (origem) 207 People – pessoas 313 Year – ano 102 Full – completo, cheio 208 Perhaps - talvez 314 Yes – sim 103 General – geral 209 Period – período 315 Yet – ainda, já 104 Girl – menina, garota 210 Person – pessoa 316 You – você(s) 105 God – Deus 211 Place - lugar 317 Young – jovem 106 Gold – ouro 212 Point - ponto 318 Yours – seu(s), sua(s) Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ENEM - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 18 Interpretação de Textos Qualquer porção de linguagem, seja ela falada, escrita, gesticulada, desenhada etc., pode ser con- siderada texto. Assim, um texto pode constituir-se de uma frase, uma palavra, um sinal, uma imagem, ou alguma porção maior e mais longa como um ro- mance ou uma novela. Por isso, a comunicação não envolve somente a linguagem verbal, como na es- crita e na fala, mas também envolve a linguagem não-verbal. Este tipo de linguagem se desenvolve de maneira complexa na sociedade contemporânea e relaciona-se com outras linguagens como a moda, os gestos, a arte, os sinais, etc. Leia o texto seguinte para as questões 38 a 40. The future of English Is English set to dominate the world? It is more widespread than any language has ever been. The ECONOMIST described it as “impregnably established as the world’s standard language.” It is used globally in business, diplomacy, sport, music, advertising and technology. A fifth of the world’s population speak it to some level of competence, another fifth are hur- rying to learn it, and ___ seems to want it written on their T-shirts. Will this dominance continue and increase until English is spoken absolutely ___? Many think the ans- wer is obvious: yes. But not everyone is so certain. Some claim that the dominance if English is unheal- thy. Others go further, saying the uncontrolled expan- sion of English is leading it towards disintegration. (Taken from Speak Up #226) Glossary: Set to – determinado a, prestes a Widespread – difundido 01. Fill in the blanks with the suitable options: (A) nobody - nowhere (B) anybody - somewhere (C) everyone - everybody (D) everybody - everywhere 02. “go further”, in bold type in the text, indicates that some people have a more ____ opinion about the widespread use of English. (A) logical (B) extreme (C) obvious (D) confusing 03. Which phrase, from the text, presents a passive structure? (A) “…is spoken…” (B) “…is leading…” (C) “…is so certain…” (D) “…is unhealthy…” Leia o texto seguinte para as questões 41 a 46. I’m Peter and I live in Germany. In summer I like to travel to Italy, because of the weather and the peo- ple there. Last summer I took a plane ____ Munich to Rome. From the airport we went to our hotel ____ bus. We stopped at a small restaurant for a quick meal. The driver parked the bus behind the restaurant. No- body could find the bus and the driver, so we waited outside the restaurant for an hour. The driver was wal- king through the small park near the restaurant that we did not know. So we were very angry with him. But my holidays were great. (Adapted from Internet) 04. The correct prepositions to fill in the blanks are, respectively: (A) for / by (B) till / with (C) from / by (D) from/ on 05. All alternatives are in the comparative, ex- cept: (A) driver (B) greater (C) shorter (D) smaller 06. “We stopped at a small restaurant for a quick meal”, means that they: (A) had plenty of time for a meal. (B) wanted something cheap to eat. (C) had something very heavy for a meal. (D) wanted something easier and fast to eat. 07. According to the text, all the alternatives are correct, except:
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