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Prévia do material em texto

Tecnologia e Materiais 
de Construção
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Luiz Boscardin
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
• Substratos;
• Revestimentos em Argamassa;
• Pinturas;
• Alvenarias.
• Abordar dois dos principias tipos de revestimentos utilizados na Construção Civil: re-
vestimentos em argamassa e pinturas, e identificar os processos prévios à instalação 
desses revestimentos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Substratos e Revestimentos 
em Argamassa e Pinturas
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Substratos
Definimos como substratos os materiais nos quais são aplicados os elementos 
finais de acabamento de uma edificação. 
Os substratos mais comuns são os tijolos, os blocos cerâmicos ou de concreto, 
além dos próprios sistemas estruturais.
Nos revestimentos argamassados, a aplicação do revestimento ao substrato é 
executada em camadas, cujas características de base são muito importantes e po-
dem influenciar no desempenho final do revestimento. Dentre essas características, 
é de grande importância a capacidade de absorção de água e a textura superficial.
No que se refere à textura superficial, é de se esperar que quanto mais rugosa 
a superfície, tanto maior será a resistência de aderência, sobretudo, devido ao 
incremento gerado na resistência ao cisalhamento (esforço de rompimento no sen-
tido vertical), pois a rugosidade fornece capacidade de ancoragem das camadas a 
serem aderidas.
Observa-se uma diferença significativa entre as bases em alvenaria de bloco e a 
estrutura de concreto, presentes nas estruturas convencionais: enquanto os pilares 
e as vigas de concreto apresentam textura lisa, sobretudo quando executadas com 
formas plastificadas, os blocos de vedação, em geral, apresentam textura mais ru-
gosa, favorecendo o aumento da resistência ao cisalhamento (Figura 1).
Figura 1 – Substratos de bloco cerâmico e concreto
Fonte: Getty Images
Importante!
As contaminações do substrato por sujeira, óleo, pó ou graxa impedem o contato das 
argamassas e das pinturas com as superfícies em que elas foram aplicadas, formando 
uma espécie de filme que, por consequência, reduz a área de contato.
Importante!
8
9
Revestimentos em Argamassa
Argamassa é a mistura homogênea de agregados miúdos (como areia), ligante 
(como cal, gesso ou cimento) e água. Possui propriedades de aderência e endure-
cimento, podendo ser produzida em obra ou de maneira industrializada. A relação 
entre a quantidade desses componentes é denominada traço.
Os revestimentos argamassados são muito comuns na cultura da construção brasi-
leira. Tradicionalmente, essa modalidade de revestimento é aplicada sobre as alvena-
rias internas ou externas e nos elementos estruturais, em diversas camadas (Figura 2).
Atualmente, revestimentos mais modernos permitem a execução do revestimen-
to numa única camada.
Fi gu ra 2 – Esquema de revestimento externo em camadas sobre parede de bloco de concreto
Fonte: Adaptado de construnormas.pini.com.br
Uma aplicação de revestimento argamassado tradicional obedece à sequência de 
camadas exposta a seguir.
Argamassa de aderência (chapisco)
Tem como finalidade regularizar as superfícies de maneira preliminar e aumen-
tar a rugosidade desses substratos (elementos estruturais e alvenarias) muito lisos, 
de modo que a argamassa de revestimento encontre melhores condições de aderên-
cia (capacidade de ancoragem). Outra finalidade do chapisco é a de homogeneizar 
a absorção de água, já que os elementos estruturais e as alvenarias possuem dife-
rentes capacidades de absorção. O traço para execução do chapisco é de 1:3 (uma 
parte de cimento para três partes de areia) e sua espessura varia de 5 a 10 mm.
A aplicação tradicional dessa camada consiste em arremessá-la com a colher 
de pedreiro sobre as alvenarias (Figura 3), proporcionando sua fixação. Quando 
aplicada sobre alvenaria de blocos porosos, aconselha-se a molhagem prévia dos 
blocos para que eles não absorvam a água de amassamento da argamassa, pois 
essa perda de umidade compromete a aderência da camada de argamassa.
9
UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Figura 3 – Alvenaria em bloco cerâmico recebendo camada de chapisco
Fonte: cbic.org.br
Sobre as estruturas e os fechamentos em concreto armado, o chapisco, ge-
ralmente, é feito com argamassa industrializada, na qual é necessário adicionar 
somente água. Sua aplicação é realizada com desempenadeira denteada. Para re-
vestimentos internos, o chapisco pode ser aplicado com rolo (imagem abaixo).
Nesse caso, a argamassa é mais fluida, obtida por meio da mistura de cimento 
e areia, com adição de água e aditivo (geralmente de base PVA). O tempo de cura 
do chapisco é de três dias. Somente após esse período deve-se realizar a execução 
da camada de emboço.
Aplicação de chapisco em desempenadeira denteada ou com rolo.
Disponível em: https://goo.gl/puQpCr e https://goo.gl/e4ypuv.Ex
pl
or
Argamassa de regularização (emboço)
Constituída por argamassa de areia e cal, proporciona o suporte para o acaba-
mento final, devendo ser perfeitamente regular e com pouca rugosidade. Por conta 
da proteção contra os agentes agressivos, sua espessura deve ser maior (de 40 a 
50 mm) em ambientes externos e menor (de 15 a 20 mm) em ambientes internos.
Para a execução, devem-se colocar as guias), que consistem em placas de ar-
gamassa com espaçamento nunca superior a 1,50 m entre elas, seja no sentido 
vertical, seja no horizontal, encabeçadas por uma talisca de madeira ou um caco de 
cerâmica, em que são fixados o prumo e o alinhamento.
Feito isso, aplica-se o emboço com colher de pedreiro, em processo semelhan-
te à execução do chapisco. Em seguida, espalha-se a argamassa com a ajuda de 
uma régua-sarrafo, orientada pelas guias deixadas anteriormente. Depois, com o 
auxílio de desempenadeira, procede-se ao desempeno, com a finalidade de uni-
formizar a superfície.
Passo a passo sobre a aplicação de reboco, acesse o link: https://youtu.be/aY40i9U5w0M.
Ex
pl
or
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Caso seja necessária uma aplicação de emboço com espessura maiselevada, 
 superior a 50mm, deve ser previsto reforço na aplicação, geralmente utilizando 
telas metálicas (Figura 4). O tempo de cura do emboço varia de 7 a 28 dias, depen-
dendo do tipo de acabamento que será aplicado sobre essa camada.
Figura 4 – Aplicação de emboço com reforço em tela metálica
Fonte: dcc.ufpr.br
Argamassa de acabamento (reboco)
Também conhecida como massa fina, é constituída por uma fina camada de ar-
gamassa (5 mm), podendo representar o acabamento final ou, ainda, servir de subs-
trato para a aplicação dele. É constituído por argamassa de areia e cal (ambientes 
internos) ou de areia e cimento (ambientes externos), apresentando granulometria 
bem mais fina que a do emboço. O reboco pode ser preparado na obra ou pode 
ser industrializado, adquirido com a mistura já pronta.
É aplicado com desempenadeira de madeira ou PVC em movimentos circu-
lares e o acabamento final dever ser realizado com desempenadeira de espuma 
(Figura 5). O tempo de cura do reboco é de 25 dias.
Figura 5 – A plicação de reboco em movimentos circulares
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Em superfícies extensas, a camada de reboco deve ser sarrafeada, para retirar 
excessos de argamassa, tornando a superfície o mais plana possível antes de alisar 
com a desempenadeira. 
Pode ser substituído pela aplicação de massa corrida em ambientes internos e 
massa acrílica em ambientes externos. 
Como tipos mais comuns de acabamento (Figura 6), temos:
Figura 6 – Variações de acabamento em reboco
Fonte: sefaz.ba.gov.br
Liso
Depois de sua aplicação, desempena-se com desempenadeira de aço (Figura 7). 
A massa utilizada pode ser Massa Fina ou Massa Corrida.
Figura 7 – Execução de reboco liso
Fonte: Getty Images
Camurçado
O reboco é desempenado com desempenadeira de madeira revestida com bor-
racha macia ou esponja.
Travertino
Com o reboco ainda bem molhado, comprime-se com uma estopa limpa ou 
pano seco, de maneira que na superfície se determinam pequenos sulcos típicos do 
mármore. Desempena-se com a desempenadeira de aço levemente, de maneira a 
não desmanchar os sulcos feitos.
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Raspado
Obtido com a passagem de um pente de aço ou pedaço de lâmina de serra, 
após 2 horas, aproximadamente, da sua aplicação, removendo a parte superficial 
do reboco, que deve ser lavada para a remoção do pó, como procedimento final.
Queimado
Após a aplicação da argamassa de emboço, polvilha-se pó de cimento sobre a 
superfície, borrifando água com a broxa; em seguida, alisa-se com a desempena-
deira de aço, garantindo o aspecto liso uniforme.
Reb oco tipo cimento queimado, diponível em: https://goo.gl/3UKYsw.
Ex
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or
Revestimento decorativo monolítico
O RDM (Revestimento Decorativo Monolítico), conhecido também como Mono-
capa, é uma argamassa produzida industrialmente, constituída de cimento branco 
estrutural, agregado leve, cal hidratada, pigmentos minerais inorgânicos, retentor 
de água, incorporador de ar, fungicidas e plastificantes.
É aplicada em camada única, diretamente sobre alvenaria de blocos cerâmicos 
ou de concreto (Figuras baixo), podendo receber acabamentos tipo raspado, floca-
do e travertino na superfície.
Figura 8 – Esqu ema de revestimento externo com aplicação de revestimento Monocapa
Fonte: Adaptado de construnormas.pini.com.br
Revest imento monocapa finalizado e em processo de execução.
Disponível em: https://goo.gl/Pcva2w e https://goo.gl/pMeYkT.Ex
pl
or
As argamassas são aplicadas diretamente sobre blocos de alvenaria. Entretanto, 
nas superfícies de concreto armado, a exemplo de vigas, colunas e painéis, é exigi-
da a aplicação de chapisco para formar ponte de ancoragem entre a estrutura e o 
revestimento a ser aplicado. Como o RDM já possui pigmentos em sua composi-
ção, a pintura não é necessária, garantindo, ainda, que a coloração escolhida esteja 
presente de forma homogênea por todo o revestimento.
13
UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Para um acabamento satisfatório, sem ressaltos, fissuras ou outras deformidades, 
as alvenarias e os elementos estruturais devem estar perfeitamente alinhados. Caso 
não haja essa garantia, deve-se executar uma camada de chapisco antes da aplica-
ção do RDM, a fim de regularizar as superfícies em questão.
Frisos técnicos
Além da função formal, a utilização de frisos (horizontais ou verticais) é impor-
tante na dispersão de água, evitando possíveis patologias associadas à umidade 
e infiltração.
Os frisos podem servir para dissimular defeitos nas emendas das argamassas 
de revestimento e também serem utilizados nas áreas em ocorre mudança de cor, 
ou mesmo para atenuar possíveis problemas de coloração. No entanto, a principal 
função que os frisos técnicos desempenham é a de evitar fissuras e possíveis rom-
pimentos dos revestimentos de fachada.
Num edifício, todo pavimento necessita de uma junta de trabalho horizontal 
na região entre a última fiada de alvenaria e a face inferior da viga (sendo esta de 
concreto ou metálica).
Além de esta região apresentar um grande acumulo de esforços, devemos ficar 
atentos aos diferentes índices de retração e expansão de cada material existente na 
composição do edifício.
De preferência, o posicionamento desses frisos pode seguir o alinhamento su-
perior das aberturas de portas e janelas, no caso de elas estarem imediatamente 
abaixo das vigas (Figuras abaixo).
Figura 9 – Localização de friso técnico
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons e Getty Images
Aplicação técnica e formal de frisos: https://goo.gl/LVK9Xs e https://goo.gl/cGDXuw.
Ex
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Executa-se o friso com a argamassa ainda fresca, com profundidade de 1,00 cm. 
Geralmente, o processo é realizado com um frisador de alumínio e o corte realiza-
do não pode descobrir a estrutura ou a alvenaria (Figura no link a seguir).
Frisador de alumínio, diponível em: https://goo.gl/noqa4Y.
Ex
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Pinturas
Tintas e Vernizes – Definições 
Como definição geral, tinta é uma mistura homogênea de solventes, aditivos, 
resinas e pigmentos que tem por finalidade revestir uma superfície de modo a 
protegê-la contra a ação de intempéries e contatos físicos, além de desempenhar 
função estética.
Trata-se de uma mistura estável entre pigmentos e cargas, dispersos numa resina 
líquida que, ao ser estendida numa fina película, forma um filme aderente ao subs-
trato em que é aplicada.
O Verniz é uma película de acabamento quase transparente, usada em ma-
deira, ferro ou aço, para proteção e realce de profundidade e brilho. Tradicional-
mente, é constituído por óleo secante, resinas e solvente (como a aguarrás, por 
exemplo). Atualmente, são utilizados em sua composição derivados do petróleo 
como poliuretano ou epóxi. Ao contrário das tintas, o verniz não possui pigmen-
to, a fim de ressaltar a textura ou cor natural. Pode ser utilizado também como 
última camada de acabamento, sobre pintura, para maior proteção e efeito de 
profundidade (contraste).
As primeiras tintas e vernizes produzidos pelo homem utilizavam compostos na-
turais, vegetais ou animais. Atualmente, são utilizados recursos da indústria química 
ou petroquímica, originando polímeros que conferem propriedades de resistência 
e durabilidade.
A pintura é uma das últimas etapas de uma obra, mas, como toda disciplina 
envolvida num projeto de construção ou reforma, deve ter suas especificações defi-
nidas desde o início do processo projetual, pois devemos levar em consideração as 
condições do ambiente em relação ao clima da região e o tipo de ocupação, entre 
outros aspectos relevantes.
Podemos classificar as modalidades de pintura em três grupos:
• Pintura arquitetônica: aquela empregada por motivos formais e decorativos, 
além de cumprir função protetora. Inclui o conjunto de tintas e vernizes para 
aplicação interna ou externa, em madeira, metais alvenaria e argamassa;
15
UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
• Pintura industrial: constituída por pinturas aplicadasao ferro e ao aço (anti-
corrosivos), impermeabilizantes, pinturas com a função de diminuição da rugo-
sidade de superfícies e absorsores de calor;
• Pintura de comunicação: aquela cujo propósito primário é a prevenção de 
acidentes, a identificação de equipamentos de segurança, a delimitação de 
áreas, além de advertir contra perigo, classificando categorias de operários etc.
Sobre a composição, as tintas e vernizes são compostos por resinas, pigmentos, 
solventes e aditivos:
• Resina: parte não volátil da tinta, cuja função é aglomerar as partículas de 
pigmentos. As resinas podem ser à base de água ou à base de óleos e sintéti-
cos não solúveis em água. Essas características são fundamentais na definição 
dos vários tipos de tintas empregados por arquitetos e designers. As resinas 
também são responsáveis pela formação da película protetora na qual se con-
verte a tinta após a secagem. Outra função é proporcionar brilho, aderência, 
elasticidade e resistência;
• Pigmento (ausente nos vernizes): material sólido, finamente dividido e inso-
lúvel. Empregado para conferir cor, opacidade, certas características de resis-
tência e outros efeitos. São divididos em pigmentos coloridos (conferem cor), 
não coloridos (função específica) e anticorrosivos (de grande importância para 
proteção dos metais);
• Aditivo: ingrediente que proporciona características especiais ou melhora suas 
propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases da fabricação e conferir 
características necessárias à aplicação. Podem ser secantes, niveladores, an-
tiespumante etc.;
• Solventes: líquido volátil, geralmente, de baixo ponto de ebulição, utilizado nas 
tintas e correlatos para dissolver a resina.
Tipos de tintas
No âmbito da Construção Civil, são utilizadas as tintas da chamada Linha Imo-
biliária. Numa tinta, o tipo de acabamento está diretamente ligado à quantidade de 
pigmento. O volume e a concentração de pigmentos nas tintas regulam os diferen-
tes níveis de brilho e interferem inclusive na resistência do produto. As variações 
de brilho são calculadas por meio de um índice chamado PVC (Pigmento-Volume-
-Concentração).
Assim, quanto menor for o índice, mais baixo será o volume de pigmentos e maior 
o brilho da tinta. Segundo esse índice, uma tinta imobiliária é dividida em três tipos: 
semibrilho (menor pigmentação), acetinada e fosca (maior pigmentação).
16
17
ACABAMENTOS DAS TINTAS IMOBILIÁRIAS
PVA
LÁTEX
ACRÍLICAS
Fosco 
aveludado
Semi-brilho
Acetinado
Fosco
Brilhante
Acetinado
Fosco
Brilhante
Acetinado
Fosco
Lisa
Média
Grossa
ESMALTES
SINTÉTICOS
VERNIZES TEXTURAS
Figura 10 – Acabamentos das Tintas Imobiliárias
Fonte: Adaptado de MARTINS, 2009
Observando os tipos de resina empregados, temos os seguintes tipos de tinta:
• Látex PVA: fabricado à base de acetato de polivinila, esse tipo de tinta tem 
uma base solúvel em água e por isso é de fácil aplicação, vez que o pintor pode 
preparar seus pincéis e rolos apenas com água. Se no processo de pintura a 
tinta respingar em algum outro revestimento, a limpeza também é realizada 
apenas com água. A pintura em látex PVA é adequada para os ambientes in-
ternos (Figura 11) da edificação que necessitem apenas de limpeza rápida (as 
superfícies pintadas com látex PVA devem ser limpas apenas com pano ume-
decido em água), tem bom rendimento, rápida secagem e baixo nível de odor. 
Entretanto, o látex PVA não deve ser utilizado em áreas molhadas (cozinha, 
banheiro, área de serviço etc.) ou em ambientes externos que recebam chuva. 
O Látex PVA não é indicado para superfícies de metal ou madeira e não pro-
duz acabamento em alto brilho.
Figura 11 – Ambiente pint ado com tinta látex PVA
Fonte: Getty Images
17
UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
• Tinta acrílica: tem características similares ao látex PVA, sendo também 
 solúvel em água e de rápida secagem. Sua fórmula, porém, contém resinas 
acrílicas, o que proporciona a esse tipo de tinta alta impermeabilidade, tornan-
do-o ideal para pinturas externas (Figura 12) e para áreas molhadas internas. 
Os ambientes pintados com tinta acrílica podem ser lavados, ao contrário dos 
pintados com látex PVA, que devem ser limpos apenas superficialmente. Em 
comparação ao látex PVA, possui acabamento mais brilhante, embora possua 
versão de acabamento fosco.
Figura 12 – Mural pintado com tinta acrílica pelo 
artista brasileiro Kobra, em São Francisco, EUA
Fonte: Eduardo Kobra
• Esmalte: tinta não solúvel em água, geralmente classificada como “base a 
óleo”, material que antigamente fazia parte de sua fórmula. Atualmente, sua 
base é composta por produtos sintéticos, derivados do petróleo. O esmalte 
é indicado para a pintura de superfícies em ferro (Figura 13) ou madeira e 
oferecem opções para acabamento em alto brilho ou fosco. Permite, tam-
bém, boa limpeza das superfícies em que é aplicado. Não é indicado para 
aplicação direta sobre alvenarias, pois pode produzir patologias como bolhas 
e descascamento. As opções com formulação mais antiga produzem mui-
to odor durante a aplicação, impossibilitando a permanência nos ambientes 
em que foi aplicado por até três dias. Versões mais modernas já têm essa 
deficiên cia corrigida.
• Tintas epóxi e de poliuretano: sintéticas e não solúveis em água, tem usos 
específicos, como aplicação em áreas molhadas e até inundadas, como qua-
dras esportivas (Figura 14), piscinas e caixas d’água. Devem ser aplicadas por 
mão de obra especializada, que conheça o material e os processos, para evitar 
18
19
a formação de bolhas e mau acabamento. Pode ser usada como revestimento 
para banheiros, cozinhas e outras áreas molhadas, substituindo os tradicionais 
revestimentos cerâmicos.
Figura 13 – Corrimão em fer ro pintado com esmalte
Fonte: Getty Images
Figura 14 – Quadra poliespor tiva pintada com tinta epóxi
Fonte: Getty Images
Uma criativa aplicação de pintura epóxi em pisos. Acesse: https://youtu.be/Q0s-FvQ3liI.
Ex
pl
or
Tabela 1 – Tintas e vernizes – Características de aplicação
Tipo
Ficha Técnica
Descrição Substrato/Aplicação Acabamento
Látex PVA
Resina à base de dispersão aquosa 
de polímeros vinílicos, pigmentos isentos 
de metais pesados, cargas minerais 
inertes, glicóis e tensoativos etoxilados 
e carboxilados. 
 · Tinta à base de água;
 · Não lavável;
 · Secagem rápida;
 · Média cobertura.
A aplicação deve ser feita com rolo de lã, 
pincel/trinha ou pistola
 · Alvenarias:
– Interiores.
 · Fosco aveludado.
Acrílica
 · Tinta à base de água;
 · Excelente lavabilidade e cobertura.
 · Alvenarias:
– Exteriores;
– Interiores.
 · Fosco;
 · Acetinado;
 · Semi-brilho.
Esmaltes 
Sintéticos
 · Tinta à base de solventes;
 · Ótima acabamento;
 · Resistência a intempéries.
 · Superfícies internas de:
– Madeiras;
– Metais.
 · Fosco;
 · Acetinado;
 · Semi-brilho.
Vernizes
 · Produtos à base de solventes;
 · Acabamento e proteção transparente; 
 · Conservação do aspecto natural 
da madeira.
 · Superfícies:
– Internas;
– Externas.
 · Brilho;
 · Semiibrilho;
 · Fosco;
 · Pigmentado.
Texturas
 · Tinta à base de água com efeito;
 · Textura em alto relevo;
 · Ação hidrorrepelente.
 · Superfícies: 
– Internas;
– Externas.
Variado.
Fonte: MARTINS, 2009
Atualmente, os maiores fabricantes de tintas e vernizes têm equipamentos que 
permitem aos fornecedores finais, por exemplo, as grandes lojas de materiais de 
construção, fazer a mistura da tinta no próprio estabelecimento comercial, possi-
bilitando ao cliente escolher uma entre as milhares de cores oferecidas pela escala 
19
UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
PANTONE, sem se preocupar com disponibilidade de estoque. As tintas, verni-
zes e massas utilizadas no processo de pintura, geralmente, são oferecidas em 
embalagens de 18 e 3,6 litros ou 900 ml.
Equipamentos de pintura
Para uma pintura residencial, o profissional deve ter os seguintes itens (Figura 15):
• Equipamentos de proteção individual: óculos de proteção e luvas de borracha;• Massa corrida e massa acrílica: para cobrir imperfeições das superfícies. 
A massa corrida é usada em ambientes internos e a acrílica nos ambientes exter-
nos. As massas devem ser aplicadas com espátula ou desempenadeira de aço; 
• Lixas: para remover os excessos decorrentes da aplicação de massa ou cama-
das de pinturas anteriores. Quanto maior a numeração da lixa, mais fina ela é;
• Panos de limpeza: para retirar a poeira depois de lixar os respingos durante 
a pintura;
• Rolos de pintura: para esmaltes e vernizes, são utilizados os de espuma. Para 
látex PVA e tinta acrílica usa-se o rolo de lã de carneiro. Para superfícies lisas, 
usa-se os de pelo baixo (5 a 12 mm); os de pelo médio e alto (19 a 25 mm) são 
para paredes rugosas ou texturizadas;
• Trinchas para fazer os recortes (quinas, juntas etc.). Pincéis de cerdas escuras 
são indicados para aplicação de tintas à base de solvente (como esmalte, tinta 
óleo e vernizes) e os de cerdas grisalhas para tintas à base de água (látex PVA 
e acrílica);
• O uso de pistola de pintura é opcional. Ela atua junto com um compressor, que 
deve ser compatível com a pistola. Se bem utilizada, garante melhor cobrimen-
to e maior economia de tinta;
• Bandeja para despejar tinta, lona plástica ou jornais para cobrir o piso e os obje-
tos, fita crepe para proteger batentes e rodapés e escada completam o conjunto.
Figura 15 – Equipamentos para pintura
Fonte: BOSCARDIN, 2016
20
21
Sistemas de pintura
Para que se tenha um bom resultado na aplicação de tintas e vernizes, é preciso 
considerar a pintura como um Sistema que envolve várias etapas a serem seguidas 
de forma criteriosa, pois delas depende a qualidade do resultado final.
 À primeira vista, paredes internas ou externas, esquadrias em ferro ou madeira 
parecem ter aspecto ideal para receber a pintura. Entretanto, a aplicação de pintura 
não é um processo tão simplificado que se inicia e termina com a simples aplicação 
da tinta de acabamento na superfície.
Os materiais de construção empregados na preparação e no acabamento das 
paredes são quimicamente agressivos, podendo, consequentemente, atacar e des-
truir as tintas aplicadas sobre elas. Para evitar possíveis problemas na aplicação 
da pintura, utilizam-se fundos e seladores, também chamados de primer, que têm 
a finalidade de preparar a superfície, corrigindo defeitos e uniformizando a ab-
sorção da superfície, proporcionando durabilidade à pintura e economia de tinta 
de acabamento.
As massas, por sua vez, têm a finalidade de regularizar defeitos ou imperfeições 
existentes nas faces das alvenarias.
Importante!
Atualmente, existe a possibilidade de ser utilizado em pinturas residenciais o Sistema 
de Pintura Airless, em que a tinta é pulverizada por um equipamento de alta pressão, 
de maneira direta nas superfícies a serem pintadas. É um sistema de alto rendimento, 
podendo chegar até 1.000m² a cada hora
Você Sabia?
Alvenarias
O processo de pintura das alvenarias deve aguardar pelo menos 25 dias para 
que ocorra a cura inicial do cimento e da cal presente nas argamassas. Pinturas 
sobre superfícies mal curadas podem gerar problemas que acabam por danificar o 
revestimento.
Em relação à preparação da superfície em que será aplicada a tinta, ela deverá 
estar isenta de sujeira de qualquer natureza (graxas, óleos, poeira etc.) e umidade. 
Em superfícies com histórico de umidade (banheiros, por exemplo) é acon-
selhável que seja aplicado na superfície um banho de solução de hipoclorito de 
sódio a 50%, ou seja, 1/2 parte de água e 1/2 parte de hipoclorito, deixando-a 
agir por 15 minutos, utilizando equipamentos de proteção individual. É importan-
te lavar a superfície para eliminar resíduos de cloro e continuar os procedimentos 
de pintura.
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
A superfície deve estar isenta de imperfeições (buracos, saliências etc.), que de-
verão ser tratadas previamente com massa corrida PVA ou acrílica. Para melhor 
fixação sobre o substrato, deve-se utilizar massa corrida PVA para pinturas internas 
e, nas superfícies externas, massa corrida acrílica. Ainda para melhor aplicabilidade 
e maior durabilidade da pintura, após a massa corrida, pode-se dar uma demão de 
selador acrílico.
Problemas de durabilidade estão diretamente ligados à má qualidade da primeira 
demão (Fundo/Primer) ou à negligência em providenciar boa base para a tinta. A 
segunda demão e as subsequentes só poderão ser aplicadas quando a anterior esti-
ver inteiramente seca, sendo observado, em geral, o intervalo mínimo de 24 horas 
entre as diferentes aplicações.
Serão dadas tantas demãos quantas forem necessárias, até que seja obtida a 
coloração uniforme desejada.
As ferragens, vidros, acessórios, luminárias, dutos diversos etc., já colocados, 
precisam ser removidos antes da pintura. Deverão ser evitados escorrimentos ou 
respingos de tinta nas superfícies não destinadas à pintura, tais como concreto ou 
tijolos aparentes, por exemplo.
É aconselhável a proteção dessas partes com papel, fita-crepe etc., principal-
mente, nos casos de pintura efetuada com pistola. Os respingos que não puderem 
ser evitados terão de ser removidos com emprego de solventes adequados, enquan-
to a tinta estiver fresca.
Esquadrias em Ferro
Nas esquadrias de ferro, após a limpeza da peça para remoção de todos os vestí-
gios de oxidação, será aplicada uma demão de fundo antióxido de ancoragem (zar-
cão ou cromato de zinco), para a proteção do substrato quanto à ação da umidade. 
Depois, pode ser necessária a aplicação de massa acrílica para corrigir eventuais 
imperfeições da superfície; passa-se, então, um selador para fazer a ponte entre a 
base e a pintura e, finalmente, à pintura, geralmente, do tipo esmalte, com o nú-
mero necessário de demãos a fim de uniformizar a superfície.
Esquadrias em madeira
Devem estar limpas e secas. As madeiras verdes ou com excesso de umidade 
não oferecem boa base para aplicação de revestimentos. 
Deverão estar devidamente aparelhadas e isentas de óleos, graxas, sujeiras ou 
outros agentes contaminantes.
Madeiras resinosas ou áreas que contém nós devem ser previamente seladas.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Airless Paint Sprayers
https://youtu.be/WWjGw0lJvS4
Aprenda a pintar
https://youtu.be/x5PzCVd6_oo
Papo de Obra – Chapisco e reboco
https://youtu.be/wbN7F_diaRs
Projeção Revestimento monocapa
https://youtu.be/zVyVgOZt_yY
Revestimento Decorativo Monocamada x Método tradicional
https://youtu.be/nbhC_NEkFuM
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Referências
BARROS, M. M.; CRESCENCIO, R. M. Pini-web – Revestimento decorativo 
monocamada. Disponível em: <http://piniweb.pini.com.br/construcao/noticias/
revestimento-decorativo-monocamada-79501-1.aspx>. Acesso em 27 jan. 2016.
BOTELHO, M. H. C; MARCHETTI, O. Concreto armado eu te amo. São Paulo: 
Edgard Blucher, 2004.
BRUAND, Yves. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Perspec-
tiva, 1981.
CICHINELLI, G. Equipe de obra – Chapisco, emboço e reboco. Disponível em 
<http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/55/artigo275577-1.aspx>. 
Acesso em: 27 jan. 2016.
COHEN, J. L. O futuro da arquitetura desde 1889: uma história mundial. São 
Paulo: Cosac Naif, 2013.
COSTA, C. et al. Estudo de Argamassas de Base Cimentícia por Microscopia 
Eletrônica de Varrimento, Revista Ciência & Tecnologia dos Materiais, v. 21, 
n. 3/4, p. ????, 2009.
MARTINS, P. Tintas e Vernizes. Apostila Gold Icep. Monte Castelo: 2009.
PINHEIRO, A. C. F; CRIVELARO, M. Materiais de Construção – Série Eixos. 
São Paulo: Érica, 2016.
SALGADO, M. S. Revestimentos Argamassados. Rio de Janeiro: Faculdade de 
Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, 2006.
SILVA, A. J. C. Revestimentos – Apostila Resumo. Universidade Católica de 
Pernambuco. Recife: Editora, 2004.
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Outros materiais