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OAB Damasio Dir. Civil

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OAB Damásio de Jesus
Disciplina de Direito do Civil
Prof. Brunno Giancolli 
Parte Geral do Código Civil
A parte geral do Código Civil é divido em 3 livros:
Livro I ( Das Pessoas (1 ao 78)
Livro II (Dos Bens
Livro III (Fatos Jurídicos
Livro I:
Sujeitos
A expressão “Sujeito de direito” representa um gênero - que são todos aqueles que podem participar de relações jurídicas.
Sujeito -- Pessoas
 Entes despersonalizados (apesar do Código não ter sistematizados
Cuidado: nem todos os sujeitos são pessoas.
O que é preciso para ser pessoa? A condição jurídica de pessoa resulta de um atributo, qual seja a personalidade;
O que diferencia os entes despersonalizados das pessoas é a personalidade jurídica (atributo)
A personalidade garante a titularidade de direitos e deveres.
O condomínio pode participar de relações jurídicas? Entrar com ação? O condomínio é enquadrado como ente despersonalizado, porque exercem direitos de outras pessoas (dos condôminos) e não direitos próprios; é o caso do espólio, massa falida.
Qual o momento da aquisição e extinção da personalidade jurídica? Precisa-se, portanto, saber qual a espécie de pessoa que estar se tratando.
Aquisição de personalidade jurídica
Aquisição para as pessoas naturais ocorre de acordo com o artigo 2º do CC/02, que estabelece que se dá a partir do nascimento com vida. Por esta razão podemos concluir de acordo com a doutrina, que o CC adotou a chamada TEORIA NATALISTA (corrente doutrinária).
Observa que quem interpreta isso é a doutrina. Desta feita, tem-se outras interpretações.
Observação: parte minoritária da doutrina afirma que a aquisição de personalidade ocorre a partir da concepção (chamada teoria concepcionista);
Qual a relevância entre essa discussão? O NASCITURO que são as pessoas já concebidas que ainda não nasceram (o não nascido).
De acordo com a teoria Natalista, como pode tratar o nascituro? Não é pessoa, mas já ostenta a condição de sujeito de direito. (tem uma atuação restrita)
E, conforme a teoria Concepcionista? Ele já é pessoa, passando a titularizar todos os direitos.
A pessoa que nasce morta não herda. Se adotássemos a teoria concepcionista herdaria, e sendo assim, teríamos que abrir inventário.
Aquisição de personalidade das Pessoas Jurídicas:
Regulada no art. 45 do CC - que trata do registro dos atos constitutivos.
Da mesma forma das pessoas naturais - significa que adotamos um modelo teórico. De acordo com a doutrina, o art.. 45 do CC adota a teoria da REALIDADE TÉCNICA (corrente majoritária).
A PJ é um ente de existência 
O ordenamento jurídico atribui personalidade, mas que depende de uma técnica jurídica, que aqui é o registro.
E a lei por meio de uma realidade técnica que serão tratados como pessoa.
A aquisição de personalidade da PJ é formal, daí porque um equívoco registrário não permite a existência do ente. Como regra, deve-se fazer o registro em Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas lei 6.015/77. 
Exceções:
Cuidado, a Junta Comercial é um órgão de suma importância, contudo, ela é exclusivamente usada para SOCIEDADES EMPRESÁRIAS. 
Outra exceção prevista no ordenamento, diz respeito às Sociedades de Advogados, cujo registro deve ser feito na OAB
Observação final: apenas as PJ de direito privado (art. 44 do CC/02) dependem do registro para a aquisição de personalidade.
As PJ de direito público apresentam um sistema diferenciado. O art. 45 do CC nos leva a uma pegadinha - adquirem personalidade de outra forma (p.ex. uma autarquia quando da criação de uma lei)
Extinção da Personalidade
Extinção da personalidade da pessoa natural ocorre nos termos do art. 6º do CC - com a morte (óbito) - 
É um ato formal/administrativo, conforme Lei de registros públicos. (médico habilitado tem que atestar ou testemunhas)
Em alguns casos, não é possível atestar por não haver o cadáver, é o caso da morte presumida, tratado nos artigo 7º do CC (é genérico, diz apenas sobre catástrofes naturais) e art. 88 da Lei de registros públicos.
A morte presumida é um instituto utilizado quando não for possível atestar regularmente o óbito do sujeito, desde que exista probabilidade extrema do seu falecimento. (procedimento judicial; cautelar de justificativa) - mecanismo subsidiário
Obs.: a morte presumida não se confunde com o instituto da ausência previsto nos artigos 22 e seguintes do CC.
Para que serve a ausência? A ausência é um instituto que regula os efeitos civis das pessoas desaparecidas.
Fases da ausência:
Curadoria dos bens do ausente - a idéia é nomear um curador para cuidar dos bens - possui efeitos exclusivamente patrimoniais;
Sucessão provisória - pedido de abertura que será feito após 1(regra geral) ou 3 anos (se o ausente deixou mandatário) da arrecadação dos bens (a arrecadação é um ato que ocorre antes da sucessão)
Diferença da sucessão provisória para definitiva? Na sucessão geral o herdeiro passa para proprietário (sistema sine); Na sucessão provisória o herdeiro toma apenas a posse dos bens.
Sucessão definitiva - neste caso o pedido da sucessão definitiva será após 10 anos do trânsito em julgado da sucessão provisória
Na fase de sucessão definitiva ocorre a declaração da morte presumida do ausente.
Existe morte presumida independente da ausência? Sim, hipótese do art. 7º do CC
Ausência necessariamente leva a morte presumida? Não porque pode voltar. 
Extinção de personalidade da Pessoa Jurídica:
Tem previsão no art. 51 do CC. 
Como regra ocorre por meio da dissolução. Contudo, existem outras hipóteses de extinção da PJ, são elas: cassação da autorização de funcionamento (empresas de Radiofusão); falência
A dissolução é uma hipótese de extinção da personalidade realizada de forma voluntária.
Para criar precisa realizar um ato, o registro, que em regra é feito no Cartório; e a extinção? Precisa fazer outro registro a AVERBAÇÃO.
 Obs.: a dissolução da personalidade é diferente da desconsideração da personalidade Jurídica.
Dissolução da personalidade é uma hipótese de extinção; Enquanto a desconsideração é um mecanismo para ampliar a responsabilidade civil, tema este previsto no art. 51 do CC/02 e art. 28 do CDC.
A desconsideração não extingue a personalidade da PJ. Somente é usada nas hipóteses em que a PJ pratica atos abusivos. (para responsabilizar os sócios, o administrador).
Capacidade
Personalidade está relacionada à titularidade, enquanto a capacidade está relacionada ao exercício.
A capacidade é uma expressão plúrima, pois envolve conceitos distintos.
Capacidade no direito pode diferenciar em capacidade de direito Civil
p.ex. uma criança de 4 anos de idade pode alugar uma casa? Comprar imóvel? Sim, pode comprar, poder herdar, ou seja, pode exercer direitos. É justamente aqui, o ponto de discussão, poderá fazer sozinha?
Capacidade de direito - é a permissão conferida pelo sistema que permite a todos os sujeitos o exercício de direitos em relações jurídicas.
Atenção: todos os sujeitos SEMPRE possuem capacidade de direito. Não há, portanto, o conceito de incapacidade de direito.
A criança de 2 anos é incapaz de DIREITO? NÃO, TEM CAPACIDADE DE DIREITO, PODE EXERCER DIREITO. Se é sujeito tem capacidade de direito; todos os entes despersonalizados;
A criança de 2 anos pode exercer sozinha, de forma autônoma? Não, então é capacidade de fato
Capacidade de fato/exercício: trata da possibilidade de exercer de forma pessoal (autônoma) direitos na ordem civil.
Capacidade de fato pessoas incapazes
 Pessoas capazes
Existem determinadas pessoas que não compreendem os atos da vida civil e, com sua prática será prejudicada sua pratica sozinha.
Estágios de capacidade:
1º) Absolutamente incapazes: art. 3º do CC/02 - podem praticar atos da vida civil? Sim; podem exercer atos sozinhos? NÃO - para o exercício dos atos civil precisa de REPRESENTAÇÃO. O representante assume a vontade do representado. (o filho pede alimentos para o pai, representadopela mãe);
2º) Relativamente incapazes: art. 4º do CC/02 - ASSISTÊNCIA (regra, acompanha) ou AUTORIZAÇÃO (deixa ou não praticar outro ato); e
3º Capazes: art. 5º do CC - pode exercer de maneira autônoma dos atos da vida civil.
Emancipação prevista no art. 5º do CC/02 - interfere na capacidade de fato - mecanismo que permite um adiantamento da capacidade de fato/exercício
Existem 3 espécies de emancipação:
Emancipação voluntária - é realizada pelos pais, por meio de instrumento público (depois levar a registro);
Emancipação legal - são hipóteses descritas na lei que geram a emancipação do indivíduo (casamento; colação de grau em ensino superior; emprego público efetivo; e relação de emprego e estabelecimento comercial, desde que o menor tenha economia própria) - basta que a situação ocorra; e
Pode casar com menos de 16 anos? SIM, gravidez; pode ser emancipado antes de 16 anos? sim, gravidez (única espécie)
Emancipação judicial - realizada pelo juiz - quando o menor estiver sob tutela. A tutela é um ônus, e se extingue com a maioridade;
Domicílio
Previsto no art. 70 a0 76 do CC/02
No art. 70 do CC tem-se um conceito de domicílio - que é a residência com ânimo definitivo. 
É necessária para vida civil uma referência espacial. (questão de cidadania; normas de competências;)
Residência é o elemento material - permanência duradoura
A intenção de permanecer num determinado lugar por período.
Características do domicílio:
O CC adotou o conceito de domicílio plúrimo ou plural art. 71 e 72; 
O CC permite o chamado domicílio APARENTE art. 73 (pessoas que trabalham em circo sujeito não tem residência material, fixa) - o art. 73 será utilizado nas hipóteses em que o sujeito não tiver residência fixa. Neste caso, onde o sujeito se encontrar lá será tratado como sua residência - ficção jurídica;
Domicílio necessário art. 76 - é aquele imposto por lei (p.ex. presos; incapazes; marítimo; funcionário público)
Aula dia 08/12/2011
Fatos jurídicos
Fatos jurídicos estão previstos no art. 104 a 232 do CC/02
É um tema muito polêmico na doutrina
 Definição de fato jurídico: trata-se de um acontecimento natural OU uma conduta humana previsto numa norma jurídica que lhe outorga direitos.
Casamento, noivado é fato jurídico
Fato atípico é a não incidência de uma norma, p.ex. namoro, não é considerado relação jurídica
 Classificação dos fatos jurídicos: os fatos jurídicos podem ser divididos em 2 grupos:
 Em sentido estrito - acontecimentos naturais, são os fatos que não têm intervenção humana (nascimento, morte) 
Fatos jurídicos 
 Atos jurídicos - são as condutas humanas, portanto, aqui tem-se uma conduta volitiva
Atos jurídicos por sua vez, também são divididos em:
 Ilícitos - tem sanção (art. 186, regra geral, e art. 187 do CC/02, trata do abuso de direito)
Atos jurídicos
 Lícitos - uma vez produzidos geram conseqüências, o que é importante para o direito civil
Os atos jurídicos lícitos são divididos em:
 Atos jurídicos em sentido estrito
Atos jurídicos lícitos 
 Negócio Jurídico - 
Negócio jurídico é uma espécie de negócio como todo. Ambos são lícitos; o que marca vossa existência é a conduta volitiva;
P.ex. reconhecimento de filiação: o ato de reconhecer filho (sem ação judicial) é por vontade própria, só que do reconhecimento, não consegue alterar os efeitos (p.ex. reconhece o filho La no cartório, só que não quer pagar alimentos, isso não é por sua vez).
Os atos jurídicos em sentido estrito permitem atuação da vontade de uma forma mais restrita. Já os negócios a atuação é mais ampla.
 Nos atos jurídicos em sentido estrito depende da vontade e tem a LEI definindo os efeitos; Já os negócios jurídicos têm-se a vontade tanto na formação COMO TAMBÉM NOS EFEITOS.
Ao tratar dos negócios jurídicos fala-se em autonomia privada/autonomia de vontade.
 Teoria Geral dos negócios Jurídicos:
O negócio jurídico é uma das principais categorias do direito civil.
Muito embora a sua criação decorra da vontade, os agentes devem respeitar os limites legais.
 - quando estiver criando um negócio jurídico, cria por vontade própria, mas a liberdade não é absoluta, tem-se limites - pode negociar a venda de rins? Não, porque a lei regula. 
Os limites legais do negócio jurídico dão origem ao tema da validade. Assim, válido é o negócio que atende aos requisitos impostos na lei
O art. 104 do CC traz o rol dos requisitos de validades. Só que faltam 2 requisitos que não está no referido artigo.
Exteriorização de vontade; (implicitamente)
Agente capaz (art. 104, I)
Objeto lícito, possível, determinado/determinável (II)
Forma (III)
Legitimidade do agente * (não aparece nem implícito)
Exteriorização de vontade
A exteriorização de vontade se dá tanto pela declaração como também pela manifestação
Quais as formas de exteriorização? Tem 2 formas:
 Expressa - sinais de linguagem (fala, escrita, símbolos)
Formas
 Tácita - manifestação comportamental
E no caso concreto? As vezes a lei exige, p.ex. no casamento a lei exige que seja expressa; na união estável não precisa, apenas o fato de estar juntos com intuito de constituir família.
Silêncio - art. 111 do CC/02 - é uma forma de exteriorização? O silêncio não é forma de exteriorização de vontade. Porém, em situações específicas o silêncio poderá ter efeito de anuência negocial. O silêncio SOMENTE PODERÁ SER UTILIZADO, QUANDO OS USOS E COSTUMES AUTORIZAREM E NÃO FOR NECESSÁRIA A MANIFESTAÇÃO EXPRESSÃO DE VONTADE.
Permanecer silêncio é não exteriorizar vontade alguma. 
p.ex. aprovação de ata de assembléia “se permanecerem em silêncio, concordam, é um costume do direito empresarial”.
A RESERVA MENTAL - previsto no art. 110 do CC/02
Via de regra, há uma compatibilidade entre vontade interna e externa.
No mundo jurídico não está interessado na vontade interna, mas sim na externa. Aquilo que não manifesta recebe o nome técnico de reserva mental e não produz efeito jurídico.
A reserva mental é justamente a vontade não manifestada e não declarada. Estabelece o CC que a reserva não produz efeitos, SALVO SE o destinatário tinha conhecimento dela (é óbvio que não é mais reserva, porque exteriorizou)
p.ex. contrato de locação de uma sala (o locatário não diz que a locação é para instalação de uma clínica - é reserva mental)
Capacidade do agente
Capacidade do agente é a capacidade do fato/exercício.
A pessoa incapaz pode praticar negócios jurídicos válidos.
Obs.: as pessoas incapazes podem praticar negócios válidos desde que devidamente representadas ou assistidas - a falta de representação torna o negócio inválido.
Incapacidade - art. 105 do CC ***
Quando contratar com uma pessoa incapaz (e sabe da incapacidade) não poderá alegar incapacidade, uma vez que sabia de sua incapacidade.
Aquele que negocia com pessoa relativamente incapaz NÃO pode invocar a capacidade para dela se beneficiar. Trata-se, portanto, de uma conduta contraditória que é vedada pelo nosso ordenamento jurídico.
Legitimidade do agente
 Pessoa com mais de 18 anos, pode casar livremente; e casar com a irmã? Não pode; com a prima pode; pode contratar com a irmã; pode comprar imóvel do pai, desde que os demais irmãos concordam.
A legitimidade se traduz numa permissão ou numa restrição específica para que um determinado agente pratique um ato específico
Legitimidade = a permissão
 A restrição (específico)
Se a pessoa é absolutamente incapaz o negócio é nulo; se é relativo o negócio é anulável
A legitimidade tanto interfere na validade do negócio como também em sua eficácia. Não há no CC uma sistematização da matéria.
Objeto
A palavra objeto gera muita confusão.
p.ex. a compra e venda do apagador de lousa/código, qual é o objeto? O objeto não é ocódigo/lousa, isso é coisa e, sim, a transmissão da coisa (propriedade)
Objeto é o direito ou interesse que permite a configuração da relação jurídica
O objeto do ponto de vista civil tem 3 requisitos, são eles:
Licitude - permitido pelo direito, p.ex. vender os órgãos humanos
Possibilidade
Determinabilidade - pode especificar qual
Os 3 requisitos são obrigatórios para a configuração válida do objeto
Forma do negócio jurídico
Forma se traduz pelo suporte físico da vontade
Como regra, art. 107 do CC, é livre 
Atenção: as formas especiais dos negócios jurídicos SEMPRE possuem previsão expressa em lei, p.ex. art. 108 e 109 do CC
Invalidade do negócio jurídico
Previsto no art. 166 a 184 do CC
Invalidade é sinônimo de irregularidade. Ocorrerá todas as vezes que os requisitos específicos não forem respeitados.
Espécies de invalidade:
 Nulidade
espécies
 Anulabilidade 
	Nulidade
	Anulabilidade
	Fere interesses do estado
	Fere interesses das partes
	Reconhecimento se dá tanto de ofício, pelas partes envolvidas, ou pelo MP
	Apenas pelas partes
Precisa de sentença judicial
	Sem prazo
	4 anos*¹ /2 anos *²
	Efeito “ex tunc” retroage
	Efeito “ ex nunc” não retroage
	Não pode convalidar ou confirmar, existindo tão somente a CONVERSÃO (art. 170 do CC)
p.ex. comprou uma casa (e não sabia que a escritura era pública) a lei criou a barreira (escritura pública). Só que a vontade das partes não foi viciada, sendo assim, converte o negócio nulo em válido - o contrato mais próximo é o compromisso de compra e venda
	Autoriza a convalidação(tornar válido) /confirmação
*¹ prazo de 4 anos para hipóteses de vícios OU incapacidade relativa
*² prazo de 2 anos na hipótese de omissão da lei - p.ex. se a lei falar que o ato é anulável, só que não diz até quando.
A conversão permite a transformação de um negócio nulo em outro negócio válido, desde que o interesse das partes seja preservado assim como a finalidade.
p.ex. conversão da compra e venda nula em um compromisso de compra e venda.
Eficácia do Jurídico
São os efeitos negociais. Pretendem com eles a: constituição, extinção ou a conservação de relações jurídicas
Cada negócio jurídico tem efeitos próprios (compra e venda - constitui)
Em razão da vontade pode modificar os efeitos jurídicos, precisando inserir elementos novos, que dá origem aos elementos acidentais do negócio jurídico
Elementos acidentais
Os elementos acidentais do negócio jurídico são disposições inseridas em razão da vontade das partes que permitem a modificação dos efeitos regulares.
O CC prevê 3 elementos acidentais distintos: 
Condição - evento futuro e incerto
Termo - futuro e certo 
Encargo - ônus criado para uma das partes - o ônus é criado por meio de um ato de liberalidade
Aula dia 09/12/11
Vícios de vontade
São falhas na exteriorização da vontade do declarante capaz de prejudicar a validade do negócio jurídico.
Vício: efeito geral: anulação
 Prazo: 4 anos (decadencial
Vícios de vontade: classificação
Vícios de consentimento são aqueles que prejudicam o próprio declarante
Vícios sociais: prejudicam terceiros que não realizaram o negócio
Vícios
Erro:
Erro ou ignorância art. 138 a 144 CC
O erro se traduz uma falsa percepção do declarante em relação a um aspecto do negócio capaz de interferir no seu interesse.
Atenção: apenas o erro essencial afeta a validade do negócio (art. 139 do CC)
Erro essencial ou substancial
O erro essencial é aquele que atinge a essência da manifestação de vontade, ou seja, a razão de ser do negócio jurídico.
Obs.: o erro de cálculo não atinge o núcleo não autoriza a anulação do negócio, mas tão somente a retificação da declaração.
Observações importantes
Obs.1: erro de cálculo
Comecei daqui em diante
Obs.2: O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso no negócio. Isso porque, como regra, a reserva mental não atinge a validade;
Obs.3: Não existe diferença entre o erro e a ignorância. Trata-se apenas de uma distinção de intensidade (quando a pessoa erra tem uma falsa percepção da realidade e, a ignorância quando não tem percepção da realidade).
Dolo
Previsto no art. 145 a 150 do CC/02 
Conceito: Dolo trata-se da intenção manifesta de prejudicar o declarante na realização de um negócio jurídico.
Obs.: a conduta dolosa pode ter como causa tanto atitude do outro contratante como também de um terceiro
Quando estiver falando do dolo, igualmente - todas condutas dolosas interfere na validade? Não, algumas condutas não interferem na validade, se a conduta atingir um dolo acidental permite a verificação de perdas e danos. 
Apenas o dolo essencial autoriza a anulação do negócio jurídico. O dolo acidental OU periférico permite apenas a satisfação das perdas e danos correspondentes (art. 146 do CC). O declarante realizaria o negócio de qualquer forma
Dolo essencial atinge a causa do negócio;
Dolo acidental atinge um aspecto periférico. O declarante realizaria o negócio de qualquer forma. P.ex. comprar um carro, e o vendedor diz que o seguro é o mais barato. O comprador iria comprar o carro (tinha a intenção), sendo assim, não anula a compra e venda e, tão somente o seguro.
Principais características da conduta dolosa
O silêncio intencional pode configurar o dolo;
Se ambas as partes agir de forma dolosa, o negócio NÃO poderá ser anulado;
O direito civil clássico diferencia o “dolus bonus***” do “dolus malus”. Compreende por “dolus bonus” é uma malícia negocial, não sendo possível a anulação do negócio; Já o “dolus malus” é a verdadeira conduta dolosa, é de fato o dolo.
Obs.***: Modernamente o “dolus bonus” é visto como uma prática comercial abusiva nas relações de consumo, art. 39 CDC. O subterfúgio não é mais tolerado, só que não está embutido no direito civil e sim no CDC.
Coação
Previsto nos artigo 151 a 155 do CC/02
Conceito: coação trata-se da pressão física ou psicológica exercida sobre o declarante capaz de incutir temor de dano.
A coação é uma conduta que por si só apresenta receio. Incutir temor é criar o medo. O medo não é uma paranóia, afobia do sujeito, de fato, pode ocorrer o dano. O temor de dano recai sobre o próprio declarante, patrimônio, pessoas da família do declarante.
O ponto essencial é que a coação é um ato de potência, uma pressão.
Ao avaliar a coação, o magistrado levará em consideração as condições pessoais do declarante, tais como: idade, sexo, condições sociais e econômicas.
Principais características da coação: 
O simples temor reverencial não caracteriza a coação; temor reverencial é o medo da pessoa (tom de voz, forma de agir; também aspecto hierárquico, parente) tem que querer coagir. Da mesma forma as fobias em geral não podem ser enquadradas como este vício;
Exercício normal de um direito não permite a configuração da coação - nos limites da lei é claro que existe coação (credor que vai cobrar, sanções da lei).
Estado de perigo
Previsto no art. 156 do CC/02
O Estado de perigo tem uma causa obrigatória de configuração ( que é a necessidade de SALVAR. Necessariamente tem que ter o verbo SALVAR, que está relacionado exclusivamente a salvar a VIDA.
Pergunta-se se sua vida está em jogo, o sujeito tem capacidade de pensar em um negócio jurídico? É óbvio, porque a necessidade de sobrevivência do ser humano fala mais alto, realizando assim, um mau negócio.
Conceito: o estado de perigo configura quando o declarante em razão da necessidade de salvar assume obrigação excessivamente onerosa.
CAUSA CONSEQUÊNCIA
NECESSIDADE DE SALVAR OBRIGAÇÃO EXCESSIVAMENTE ONEROSA.
Cuidado, a lei não usa palavra inutilmente, é EXCESSIVAMENTE (superlativo)
p.ex. mãe com filho doente e sem condições econômicas, leva a um hospital mais caro da cidade, configura o estado de perigo? NÃO, porque é cobrado para todos, temque ser um preço excessivamente oneroso.
A obrigação excessivamente onerosa se configura quando o sujeito declarante realiza o negócio explora com a necessidade de salvar, ou seja, a parte tem ciência do dano. 
Lesão
Prevista no art. 157 do CC/02
 Premente necessidade É sinônimo de URGÊNCIA
A lesão tem 2 causas:
 Inexperiência
A lesão afeta o DIREITO DE PROPRIEDADE DO DECLARANTE
Consequência da lesão:
O declarante assume uma obrigação manifestamente desproporcional.
O negócio jurídico lesionário além da sua possibilidade de anulação também permite a revisão (art. 157,§2º do CC/02). A revisão é um efeito que permite a manutenção do negócio e, portanto, encontra-se um alinhamento com o princípio da conservação.
Tais vícios podem ser anulados em até 4 anos.
Fraude contra credores
 Previsto nos artigos 158 ao art. 165 do CC/02
Conceito: ocorre quando um negócio jurídico é realizado com o intuito de prejudicar o crédito alheio.
p.ex.: o credor “A” que fez um empréstimo de um valor $$ a “B” devedor;
“B” tem como patrimônio uma casa de moradia e um apartamento.
No momento do pagamento, atrasa, não paga, gerando sua insolvência.
“B” chama seu irmão e diz que irá doar seu apartamento para ele. A doação tem o intuito de desfazer o patrimônio para não pagar, uma vez que irá alegar que só tem o bem de família, não negando a dívida.
A fraude contra credores depende de 2 requisitos de configuração, a saber:
Evento danoso ao crédito/ “eventus damni”: a fraude cria uma situação que permite o esvaziamento do patrimônio do devedor, inviabilizando qualquer medida judicial para a satisfação do crédito;
Conluio fraudulento/ “consilium fraudis”: o conluio ocorre em razão da participação de MÁ-FÉ do terceiro que realizou o negócio com o devedor. Na fraude contra credores a má-fé pode ser provada pela simples circunstância do negócio jurídico a exemplos das hipóteses do art. 158 e 159 do CC.
Após a identificação da fraude contra credores, a próxima medida é a anulação, que será feita por meio de AÇÃO PAULINA/REVOCATÓRIA, que é uma ação anulatória como qualquer outra, devido tratamento histórico.
Simulação 
Prevista no art. 167 do CC/02
Vale ressaltar que é tratada como uma hipótese especial de nulidade.
TODOS OS VÍCIOS GERAM A ANULAÇÃO.
O ato simulado é um ato falso, criado para mascarar uma determinada situação jurídica, a fim de prejudicar terceiros. A Simulação no código de 1916 foi tratada como vício social, porém, atualmente, é estudada aliada ao tema da nulidade.
Pode ser alegada em qualquer momento.
Prescrição/ decadência
Tanto a prescrição quanto à decadência estão relacionadas à segurança jurídica pelo decurso do tempo. O tempo interfere sensivelmente nas relações jurídicas.
Os prazos prescricionais e decadenciais servem para estabilizar as relações jurídicas.
p.ex. pode cobrar uma dívida depois de 50 anos? NÃO
Prescrição: é tratado no CC do art. 189 a 204 
A prescrição atinge a pretensão de um direito. O que é a pretensão de um direito? Trata-se da exigibilidade jurídica que todos os direitos possuem. Ao falar de prescrição, quer dizer, continua preservando o direito, só que não pode exigi-lo. 
A prescrição não atinge o direito em si. Desta forma, é possível imaginar exercícios voluntários, mas não há neste caso qualquer mecanismo jurídico capaz de coativamente exigir a pretensão. (tem uma dívida e está prescrita, o credor não pode cobrar mais, ingressar com ação, todavia o devedor pode ir pagar livremente).
Principais características da pretensão:
Os prazos prescricionais são de ordem pública e, não podem ser alterados por vontade das partes (é o que estiver na lei);
A prescrição pode ser alegada em QUALQUER GRAU DE JURISDIÇÃO, qualquer momento;
O CC autoriza a renúncia da prescrição após a consumação do prazo; e
A prescrição iniciada contra uma pessoa CONTINUA correndo com o seu SUCESSOR
No artigo 205 do CC, tem-se o prazo geral da prescrição 10 ANOS;
No art. 206 do CC, tem-se as regras especiais, cujos prazos vão de 5 a 1 ano
Dica: prescrição sempre em anos
Decadência: é tratado do art. 207 ao 211 do CC/02
A decadência atinge a existência do próprio direito, especialmente os direitos potestativos. E o que são direitos potestativos? São aqueles em que o titular pode exercer uma faculdade, independentemente do consenso de outra (refere-se de um poder que um determinado sujeito tem). 
O art. 49 do CDC - possibilidade de se arrepender em 7 dias - tal prazo é um direito potestativo; Passado o prazo, não pode mais exercê-lo.
A decadência envolve 2 conceitos distintos:
 Legal - lei
Decadência
 Convencional - resulta de uma disposição negocial
A decadência legal pode ser conhecida de OFÍCIO pelo magistrado. Contudo, o mesmo não ocorre com a decadência convencional, que somente pode ser alegada pela parte envolvida.
Aula dia 14/12/11 
Direito das obrigações
Direito das obrigações será estudado sob a óptica de:
A - Modalidades obrigacionais
B - Transmissão
C - Pagamento - Adimplemento
D - Inadimplemento
Conceito de obrigação: a obrigação é uma espécie de relação jurídica que vincula dois sujeitos em torno de uma prestação
O que é a prestação? É entendida como o comportamento do devedor para atender um interesse do credor. (tudo gira em torno da expressão “interesse”, fugindo até um pouco da área jurídica, indo para o campo social. Existe toda uma estrutura para atender o interesse.
O CC apenas traça os elementos gerais: se o interesse por lícito, permitido, pode fazer, ele nos trouxe ao tratar das modalidades, alguns exemplos de relacionamento, (temos as modalidades mais comuns para atender os interesses alheios)
Modalidades obrigacionais
Obrigação de dar
Art. 233 a 246
O que caracteriza uma obrigação de dar? É o seu objeto, ou seja, tem como objeto a TRANSFERÊNCIA da propriedade, da posse ou de um direito real sobre determinada coisa.
P.ex.: Contrato de compra e venda transferência da propriedade
Locação - transferência da posse (o interesse do credor recai sobre a transferência).
Submodalidades: 
 Coisa certa
obrigação de dar
 coisa incerta
Está relacionada ao interesse do CREDOR
Na coisa certa (tem-se um bem especificado pelo interesse do credor (ele criou todos os elementos identificadores)
Na coisa incerta (tem-se um bem MINIMAMENTE especificado pelo interesse do credor. Quais são os elementos mínimos de especificação? São o gênero e a quantidade.
p.ex. comprar cabeças de gado (não há interesse em um determinado gado daquele rebanho).
Características peculiares da obrigação de dar coisa incerta:
A obrigação de dar coisa incerta nasce incerta - as obrigações de dar coisa incerta sempre serão cumpridas de forma certa, cabendo ao devedor como regra proceder uma escolha das espécies que compõe o gênero.
p.ex. compra e venda - rebanho de gado (várias espécies de gado) e o comprador quer comprar apenas 2 espécies - cabendo ao devedor fazer a escolha - no momento da escolha, transforma-se a obrigação incerta em coisa certa
O ato de escolha é conhecido tecnicamente como concentração obrigacional, porque está saindo do gênero e adentrado à espécie (é o divisor de águas!!!)
A obrigação de dar coisa incerta impõe ao devedor à escolha criando, portanto, o fenômeno da concentração obrigacional.
Atenção: de acordo com o artigo 244 do CC/02, a escolha não pode ser realizada de forma discricionária, cabendo ao devedor realizar o ato de forma razoável (nem a melhor nem a pior).
Obs.: conforme art. 244 do CC/02, quando silentes às partes, a escolha caberá ao devedor 
Obrigação de fazer e obrigação de não fazer:
Art. 247 ao art. 251 do CC
Conceito: é o seu objeto que
Trata-se da relação cuja prestação se traduz num ato realizadovia de regra, pelo devedor para atender um interesse do credor
Aqui o interesse é no ato, ou seja, comportamento do devedor, o credor espera o comportamento positivo ou negativo do devedor, também poderá ser praticado por terceiro.
Classificação das obrigações de fazer:
Obrigações fungíveis: são aquelas que podem ser realizadas pelo devedor ou um terceiro. 
Obrigações infungíveis: são aquelas que SOMENTE podem ser realizadas pelo devedor. Também são chamadas de obrigações personalíssimas - características pessoais que foi contratado.
Como regra, as obrigações de fazer ou não fazer são fungíveis ou infungíveis? Como regra, as relações obrigacionais são fungíveis, conforme se depreende da leitura do art. 304 do CC. “qualquer interessado pode satisfaze a obrigação”.
Obrigações alternativas:
As obrigações não analisam o objeto em si, mas sim a composição da relação obrigacional, porque aqui, a relação obrigacional é formada com a presença de mais de uma prestação.
p.ex. contrato de empreitada é uma obrigação de fazer uma obra (é um ato). Contudo, poderá fazer um contrato de empreitada com fornecimento de materiais (aqui obrigação de fazer a obra e conjuntamente com a realização da obra da os materiais (fornecer).
Contrato de seguro: a seguradora poderá fazer o concerto do carro do segurado OU indenizar o segurado.
O aspecto marcante das obrigações alternativas é justamente a possibilidade de escolha de uma das prestações para o cumprimento da obrigação. A escolha como regra, deve ser realizada pelo DEVEDOR.
Atenção: a obrigação de dar coisa incerta existe escolha; Na obrigação alternativa também temos escolha. Contudo, qual é a diferença? 
Na coisa incerta a escolha recai sobre coisa que fazem parte do gênero (é uma escolha de bens). Já na alternativa a escolha recai sobre a prestação. 
Na coisa incerta tem-se apenas uma obrigação, quanto na obrigação alternativa tem-se no mínimo 2 prestações e, não tem critério para a escolha (não há distinção entre uma prestação e outra).
Obrigações divisíveis e indivisíveis:
Art. 257 ao 263 do CC
A divisibilidade se traduz pela possibilidade de fracionamento da prestação (o ato). A possibilidade de fracionamento decorre da convenção entre as partes, lei, ou da natureza das coisas. 
Existem obrigações que a natureza e a lei não autorizam a divisão.
Como regra, as obrigações são indivisíveis, tendo em vista que o interesse do credor deve ser satisfeito a um só momento.
Atenção: todas as obrigações quando convertidas em perdas e danos passam a condição e obrigações divisíveis, nos termos do art. 263 do CC. 
Obrigações solidárias:
 Art. 264 ao 285 do CC
 Conceito de obrigação solidária dado pelo CC, no art. 264: há solidariedade, quando da mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Elementos de configuração: 
Pluralidade de sujeitos: ativos (credores) ou passivos (devedores);
Obrigação sobre toda a dívida; crédito sobre todo o direito
Principais características das obrigações solidárias:
A solidariedade não se presume, resulta da lei ou de convenção entre as partes;
A solidariedade permite a existência de créditos e débitos na mesma relação com configurações distintas. Art. 266 do CC
A solidariedade não se transmite aos herdeiros, por tratar-se de um vínculo personalíssimo; e
A solidariedade é mantida mesmo quando a obrigação é convertida em perdas e danos
Transmissão das obrigações
 Cessão de crédito (art. 286 a 298 do CC)
Transmissão das obrigações 
Assunção de dívida (art. 299 a 303 do CC)
As formas de transferências são variadas, que são feitas de formas negocial (isso porque pode ocorrer transferência do crédito ou do debito)
A cessão de crédito e a assunção de dívida podem ocorrer em razão de diferentes mecanismos. O CC no livro de obrigações limita-se a tratar da forma negocial de transferência.
Na cessão do crédito surge o um negócio jurídico com as partes: CEDENTE - credor originário e o CESSIONÁRIO - novo cessionário.
O dever do cedente é de transferir o crédito garantindo a sua existência. O cedente não é obrigado a garantir o pagamento da dívida, salvo se existir estipulação contratual, nesse sentido o artigo 296 do CC.
O que existe de particular na cessão de crédito é o DEVER de notificação ao devedor. (deve ser informado da realização da cessão), a notificação deve ser feita de forma obrigatória, para este saber a quem pagar.
Observação importante: a falta de notificação não interfere na validade da cessão, mas tão somente na eficácia do negócio perante o devedor.
Assunção de dívida - Também é um negócio jurídico, neste caso as partes do negócio são:
CEDENTE - devedor originário
CESSIONÁRIO - novo devedor.
Aqui, diferentemente, o credor é um anuente, ou seja, precisa da concordância, porque a relação obrigacional nasce para satisfazer o interesse do credor. 
Exceção quanto à anuência, nos termos do art. 303 do CC.
Pagamento = Adimplemento
Trata-se da extinção da relação jurídica
Ao falar de pagamento, tem-se o pagamento direto e o indireto (alternativo)
Pagamento direto é o que foi convencionado.
Elementos do pagamento direto:
Quem deve efetuar o pagamento - em regra, o pagamento deve ser feito pelo devedor. Todavia, a lei autoriza que terceiros possam realizar o pagamento.
Terceiro interessado é aquele que tem algum vínculo com a obrigação (fiador)
Terceiro não interessado é aquele que não tem nenhum tipo de vínculo
A quem se deve pagar - ao credor ou seu representante legal (com poderes para dá quitação)
Objeto do pagamento - a prestação (comportamento estipulado entre as partes) - o credor não é obrigado a aceitar prestação distinta, ainda que mais valiosa.
Prova do pagamento - realizada por meio da quitação, que é um ato de credor
Lugar do pagamento - como regra a dívida deve ser paga no DOMICÍLIO DO DEVEDOR (dívida “quesíveis”)
Tempo do pagamento - em que momento deve efetuar o pagamento - as dívidas devem ser satisfeitas a vista, ou seja, o parcelamento, o pagamento fracionado pressupõe uma convenção entre as partes.
Aula dia 15/12/11
Pagamento
Cont.
Nada mais é que o mecanismo técnico para a extinção da relação obrigacional.
Ao tratar de pagamento existe 2 espécies possíveis:
Pagamento direto
Pagamento indireto/alternativo - algo inviabilizou o pagamento direto - somente utiliza o pagamento indireto quando da impossibilidade do pagamento direto.
Modalidades de Pagamento direto:
Consignação em pagamento
Previsto nos artigos 334 ao 345 do CC/02
Hipóteses da consignação: ocorre quando existe um ato ou fato obstativo ao pagamento imputável ao credor.
Na consignação existe uma barreira ao pagamento regular.
O próprio código traz as principais situações da consignação, nos termos do art.335 do CC/02
 Extrajudicial - apenas para dívidas em dinheiro
Espécies de consignação: 
 Judicial - dívida em dinheiro/entrega de coisa.
Obs.: a consignação não é utilizada como forma de pagamento nas obrigações de fazer, tendo em vista que o ATO NÃO PODE SER DEPOSITADO.
É uma ação de rito especial.
Pagamento com subrrogação
Previsto nos artigos 346 a 351 do CC/02
Conceito: Trata-se de uma modalidade de pagamento realizado por um terceiro que permite além da extinção da dívida a transferência do crédito.
Primeiro efeito: extinção da dívida e por segundo a transferência do crédito. 
Na subrrogação a extinção é o efeito primário; A transferência é o efeito secundário.
p.ex. pagamento realizado pelo fiador - a dívida será extinta, podendo o fiador cobrar a dívida, porque houve a transferência da obrigação.
Não confundir subrrogação com cessão de crédito, uma vez que nessa última tem-se apenas a transferência do crédito.
 Subrrogação legal (art. 346) a lei que estabeleceEspécies
 Subrrogação convencional (art. 347)
Imputação do Pagamento
Previsto nos art. 352 ao 355 do CC/02
Conceito: imputar é a mesma coisa de INDICAR - indicar qual dívida deseja pagar.
A imputação ocorre quando existe entre dois sujeitos uma pluralidade de relações obrigacionais, todas certas, fungíveis entre si e vencidas.
p.ex. correntista com o Banco
Nesta hipótese a lei faculta ao devedor escolher (indicar) qual das dívidas deseja pagar.
A imputação cabe ao devedor, sujeitando ao inadimplemento
Atenção: a imputação também poderá ser realizada pelo credor. Porém, neste caso ele deverá observar as regras fixadas nos artigos 354 e 355 do CC
(verificar a forma de escrever sub-rogação ou subrrogação com a nova ortografia -dúvida)
Dação em pagamento
Previsto nos artigo 356 ao 359 do CC/02
Conceito: a dação ocorre quando o credor aceita um objeto da prestação distinto daquele que foi originariamente pactuado.
 A dação, portanto, traduz-se por uma idéia de substituição (trocar) - tinha que receber um celular e estará recebendo outro bem.
A dação em pagamento é uma FACULDADE EXCLUSIVA DO CREDOR - tal regra é devido ao interesse do credor, porque a mudança do objeto afronta diretamente o interesse do credor.
Novação de dívida
Previsto nos artigos 360 ao 367 do CC/02
Conceito: Ocorre com o surgimento de uma nova relação obrigacional para extinguir uma relação anterior.
A novação é sinônima de uma nova dívida - cria uma nova dívida para que a velha dívida seja totalmente extinta. Existe uma relação entre a nova e velha dívida? SIM.
Atenção: é importante observar que existe entre a nova dívida e a anterior uma relação de causa e efeito, mas não há qualquer subordinação ou dependência
O artigo 360 do CC traz as hipóteses de novação
 Novação objetiva - alteração da prestação na nova relação (p.ex. refinanciamento)
Hipóteses:
 Novação Subjetiva - alteração dos sujeitos (credor ou devedor)
 Novação Mista/Híbrida - altera os sujeitos e o objeto da prestação 
Diferenças:
Na cessão e na assunção do crédito tem a extinção da dívida? NÃO
Na novação subjetiva - nasce um contrato para extinguir um contrato anterior.
Também no aspecto de prescrição e vícios quando diante de uma cessão ou assunção - você recebe uma relação jurídica em andamento (prazos correndo); Já a novação é uma nova relação jurídica, e tem a extinção da dívida originária.
Compensação
Previsto nos artigos 368 a 380 do CC/02
Definição pelo CC: Existe créditos e débitos recíprocos entre os mesmos sujeitos.
A compensação não pode ser utilizada de forma aleatória, uma vez que o próprio código em seu art. 369 traz os critérios para se utilizar desse instituto. As dívidas deve ser LÍQUIDAS, VENCIDAS E DE COISAS FUNGÍVEIS
P.ex. se “A” deve a “B” $ 1000,00, só que “B” também deve $ 1000,00 a “A” - aqui as dívidas se compensam.
Tem a idéia de trânsito de pagamento.
Confusão
Previsto nos artigos 381 ao 384 do CC/02
Conceito: Ocorre quando sujeito passa a ocupar a condição de credor e devedor na mesma relação obrigacional.
A confusão se traduz numa mistura dos polos obrigacionais - a mesma pessoa é credor e devedor - ... 
A confusão obrigacional decorre de um fato posterior a formação do vínculo 
Remissão de dívida
Previsto nos artigos 385 ao 388 do CC/02
Conceito: a remissão traduz-se pelo perdão obrigacional - decorre da falta de interesse do credor no cumprimento da obrigação. 
A remissão é um ato bilateral, pois depende da anuência do devedor.
Inadimplemento 
O inadimplemento é o não cumprimento da obrigação.
 Inadimplemento absoluto - ocorre quando não há qualquer interesse no cumprimento da obrigação. Neste caso, a prestação deixa de ter utilidade ao credor
Espécies
 Inadimplemento relativo - já no nesse, o interesse continua, porém, podem surgir efeitos desdobrados. (está relacionado ao atraso)
Responsabilidade civil
A responsabilidade civil surge em razão da violação de um dever jurídico
Atenção: a simples violação não permite por si só, a caracterização da obrigação de indenizar
p.ex. pessoa tem o nome negativado no SCPC - gera dano moral, porque abalou o crédito; Se, no entanto, a pessoa tem várias indenizações, não gera abalo no crédito.
A obrigação de indenizar depende da presença obrigatória de diversos elementos constitutivos, cuja falta impede a regular indenização da vítima.
 Conduta ilícita do agente
Elementos essenciais: nexo de causalidade
Dano 
Seja em qualquer tipo de indenização têm que estarem presentes tais elementos, podendo ainda ter outros elementos.
Outros elementos: (culpa/risco - integram a análise da obrigação de indenizar.
Conduta 
Ação/omissão imputável a uma determinada pessoa (o responsável) 
Regra => é a da responsabilidade por ato próprio (regra ética)
Incapazes ( respondem por ato próprio de forma subsidiária, nos termos do art. 928 do CC
Qual é a repercussão da responsabilidade civil? É uma repercussão patrimonial, ou seja, é o patrimônio. 
Os incapazes serão responsabilizados quando os representantes legais não tiverem meios ou não forem obrigados ao ato.
Cuidado: no conceito de incapacidade não fazer entender somente em relação aos menores, porque diante desses os pais tem total responsabilidade, mas sim entre os interditados, pródigos.
Exceções: 2
Responsabilidade por ato de terceiro, nos termos do art. 932 e 933 do CC/02 - quando um terceiro que não realizou a conduta danosa sofre imputação de responsabilidade (p.ex. pai que responde por ato dos filhos; empregador pelos atos do empregado, tutor pelos pupilos)
Atenção: na hipótese de responsabilidade por ato de terceiro este responderá perante a vítima de forma objetiva, podendo na via regressiva exigir do causador do dano o pagamento da quantia.
Responsabilidade pelo fato da coisa: nesta situação específica é a coisa que gera dano, não podendo imputar responsabilidade à coisa, porque não são sujeito de direito, devendo ser a responsabilidade da pessoa ligada de alguma forma à coisa -
Hipóteses: responsabilidade por dano provocado por animal (dono ou detentor) p.ex. adestrador está andando na rua com o cachorro e este morde uma pessoa - responderá o adestrador
Responsabilidade por ruína de edifício por falta de reparos - art. 937 do CC
Responsável por objetos que caem ou são lançados de edifício - é o habitante (não precisa ser o dono, locatário)
Nexo causal/nexo de causalidade
Nada mais é que uma relação lógico-jurídica entre a conduta imputável do agente e o dano experimentado pela vítima. trata-se de um elemento de ligação.
No Brasil, de acordo com o STF, adotamos a teoria da causa direta e imediata.
p.ex. acidente da Tam - causa direta - ato de transportar
Dano
É a lesão/prejuízo de um bem jurídico tutelado
Atenção: apenas as lesões socialmente relevantes autorizam a imputação de responsabilidade. Algumas lesões são disabores da vida em sociedade, não sendo assim, passível de indenização.
Classificação do dano:
 Patrimoniais - direito de propriedade
Quanto à origem (natureza) do bem jurídico violado
 Extrapatrimoniais - direitos da personalidade
Teoria geral dos contratos
Contrato ( traduz-se pela relação jurídica moderna (operação econômica.
Princípios contratuais:
Liberdade contratual - ligada à autonomia de vontade
Atualmente a liberdade contratual deve ser exercida nos limites da função social, nos termos do artigo 421 do CC/02
p.ex. contratar uma pessoa para trabalhar - pode; estabelecendo normas de jornadas; salários - a idéia de contratar existe uma limitação como no exemplo de contrato de trabalho o contratodeixa de ser um instrumento de relacionamento privado, para ser de relacionamento social.
“Pacta sunt servanda”/ princípio da vinculação - o contrato vincula as partes. O contrato gera um fenômeno obrigacional que impõem direitos e deveres entre os contratantes.
Princípio da boa-fé objetiva *** - previsto expressamente no art. 422 do CC/02
Ele exige um padrão ético de conduta de todos os participantes da relação contratual - é o dever de informação.
Quando o contrato não for devidamente cumprido sofrerá algumas consequências
A boa-fé objetiva gera os chamados deveres anexos de conduta. Estes deveres resultam de norma de ordem pública e devem ser observados independentemente da vontade das partes (p.ex. dever de informação, dever de solidariedade, dever de assistência, etc.)
Contrato é um mecanismo de relacionamento, uma das matérias mais importante do direito civil
Formação do contratual
Fases de formação: a doutrina distingue 3 fases:
Negociações preliminares / fase de puntuação - aqui ainda não é obrigado a contratar - 
Tem-se apenas uma expectativa na formação de uma possível relação contratual.
Os negociantes nesta fase, não definiram de forma clara os interesses para a realização do contrato. Porém, já nessa fase o princípio da boa-fé objetiva já produz efeitos.
A quebra abusiva das negociações preliminares permite a caracterização da chamada responsabilidade civil pré-contratual/pré-negocial - apenas quando existir abuso.
Fase de proposta/oferta/policitação: aqui já é tratado como negócio jurídico unilateral. Ela permite a fixação dos interesses do proponente para a realização de um contrato. A partir deste momento, o proponente está vinculado ao negócio, tendo por principal efeito a força vinculante.
Todavia, a força vinculante comporta exceções, conforme art. 428 do CC (quando perde o efeito prático)
A proposta ainda não é um contrato, porque é unilateral.
Fase da aceitação: traduz-se por um ato de adesão ao conteúdo da proposta formulada. É o ato de concordar.
Atenção: a modificação do conteúdo da proposta formulada pelo aceitante dá origem a uma nova proposta, também chamada de contra-proposta (não sendo mais aceitante e sim proponente)
A aceitação também é chamada de OBLAÇÃO (oblato é o aceitante)
( Proposta + aceitação = CONTRATO
A partir da aceitação o contrato se formou! Teoria da agnição contratual adotada por nós.
Muito embora, após a aceitação já se tem contrato, poderá ocorrer que não se tem um contrato definitivo, sendo assim, tem-se os contratos preliminares ou pré-contrato.
Atenção: antes da formação definitiva da relação contratual, o CC permite às partes a celebração de um contrato preliminar. Este instituto é tratado do artigo 462 a 466 do CC.
O contrato preliminar deve conter todos os requisitos essenciais do contrato, com exceção da forma.
Qual a diferença entre contrato preliminar e contrato definitivo? A forma.
Contrato preliminar já é contrato, uma vez que o art. 462 do CC obriga todos os requisitos.
Se o contratante se recusar ao cumprimento do contrato preliminar poderá o interessado requerer ao juiz que supra a vontade da parte inadimplente permitindo a celebração do contrato definitivo (art. 464 do CC).
Efeitos contratuais
Vícios redibitórios
Previsto nos artigos 441 a 446 do CC/02
Conceito: é uma falha oculta na coisa objeto de um contrato capaz de prejudicar o seu uso e fruição ou diminuir-lhe o valor econômico
Os vícios redibitórios acarretam 2 efeitos possíveis no contrato.
 Redibição do contrato: a extinção
Efeitos OU (escolher um dos efeitos - o contratante que escolhe)
 Abatimento proporcional do preço
O exercício do direito depende da OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA DOS PRAZOS FIXADOS NO ARTIGO 445 DO CC/02. Estes prazos possuem natureza decadencial.
Para os bens móveis prazo de 30 dias - contados a partir da entrega do bem
Vício complexo prazo de 180 dias - contados a partir da ciência do vício (o vício se revela bem depois)
Para os bens imóveis prazo de 1 ano - contados da entrega, regra geral
Para vício complexo prazo de 1 ano - contagem a partir da constatação.
Obs.: se o adquirente do bem já estiver na posse do mesmo, o prazo será reduzido pela metade (p.ex. locatário comprou o imóvel - prazo de metade - por tem condições de ter verificado o vício).
Evicção
Previsto nos art. 447 ao 457 do CC/02
O que é evicção? A evicção é aplicada aos contratos onerosos, sendo ela uma garantia contratual. 
Em que situação será utilizada? A evicção será utilizada quando adquirente perder a coisa objeto de um contrato em razão de uma sentença judicial.
p.ex. contrato de compra e venda
o vendedor -----------(comprador
alienante adquirente
 terceiro
O terceiro promove ação judicial alegando que a coisa vendida ao adquirente é sua. Quem promove a evicção é o terceiro (denominado de evictoR), e ganha por sentença judicial. O adquirente quem perde a coisa, é denominado de evictO. 
A evicção é uma garantia, uma proteção do evicto, que irá pleitear perante o alienante a restituição da quantia + perdas e danos 
Efeitos: restituição da quantia paga + perdas e danos
Obs.: a garantia de evicção PODE SER AFASTADA por cláusula contratual expressa. Da mesma forma, a garantia de evicção poderá reforçar o dever do alienante (art. 448 do CC).
Extinção dos contratos
O contrato não é permanente, sendo assim, sempre haverá a extinção do contrato.
Tem-se a extinção regular do contrato, que se dá com o cumprimento da prestação.
Extinção irregular/anômala: aqui tem algum descumprimento: rescisão
 Resilição
 resolução 
Cuidado que tais palavras têm aplicação em outros ramos do direito, contudo não confundir.
Rescisão do contrato
É hipótese de inadimplemento, quando o contratante deixar de cumprir culposamente o contrato;
Resilição 
 É a falta de interesse em cumprir o contrato, podendo ser unilateral ou bilateral.
Na resilição unilateral também é conhecida como DENÚNCIA; E a bilateral de DISTRATO.
Resolução 
 Decorre de um fato externo que impede o regular cumprimento da obrigação, p.ex. é o disposto no art. 478 do CC - resolução por onerosidade excessiva
Espécies principais de contratos:
Compra e venda
Doação
Mandato
Transporte
Ler os artigos sobre os assuntos.
Direito de Família
Prof. Nelson
Concubinato # de união estável
A união estável surgiu na CF/88
Pessoas que viviam como se casado fossem, assim era entendido o concubinato. Com a CF/88 confundiram estes institutos. Contudo, com o advento do CC/02, acabam tais divergências, sendo concubinato puro a união estável, e o impuro é o próprio concubinato.
Art. 1.727 do CC: relação não eventual entre homem e mulher impedido de se casar, salvo se separado de fato e judicialmente. Não se tem concubinato entre homoafetivos.
Essa ressalva é de suma importância, porque estão impedidos de se casar pela própria lei, mas não configura concubinato. 
Se estiver casado, mas separado de fato, tendo outra pessoa, não configura concubinato.
Impedidos: os casados que não estão separados de fato e os parentes que não podem casar, estes sim, configuram a relação de concubinato.
Amante é sinônimo de concubinato, relação extraconjugal - tem que participar, porque é uma relação constante e contínua. (p.ex. toda sexta-feira)
Principal diferença entre a união estável e o concubinato é no tocante ao aspecto patrimonial.
Quando se tem direito a bens no concubinato? É necessário provar o esforço comum, quando houve dispêndio de dinheiro, contribuiu para comprar o apartamento.
Cuidado: NÃO É MEAÇÃO, TEM QUE PROVAR COM O QUANTO AJUDOU PARA COMPRAR O APARTAMENTO, P.EX. SE CONTRIBUIU COM $ 30.000,00 (TERÁ DIREITO DE RECEBER COM CORREÇÃOE JUROS OS $ 30.000,00).
Art. 1.723 do CC trata da união estável: duração duradoura entre homem e mulher. 
União homoafetiva declarada pelo STF, reconheceu como entidade familiar.
Na União homoafetiva têm todos os direitos da união estável, por isso que tem concedido a conversão para o casamento, entendimento de alguns juízes (art. 226, 3º da CF/88). Aqui é chamado de parceiro e, não de companheiro/convivente, cônjuge ou concubino. Aqui tem direito a alimentos, sucessórios (mesmos direitos da união estável).
União estável: entre homem e mulher desimpedidos, incluídos os separados de fato e judicialmente, com o objetivo de constituir família, duradouro (não tem prazo - pode ser em qualquer tempo).
A grande diferença é que a expressão duradoura está intimamente ligada ao objetivo de constituir família.
União estável de direito - feita de forma escrita por contrato público ou particular.
Fato é que mais tem, são pessoas que vivem como se casados fossem sem nenhum contrato, dificultando o reconhecimento em casos de dissolução
Regime na união estável: art. 1.725 do CC: o regime é o da comunhão parcial de bens, salvo de contrato escrito - aqui basta provar que os bens vieram na constância da união e de forma onerosa, ou seja, é MEAÇÃO. 
Contrato de namoro: é importante para não dá união estável, e ter direito a patrimônio. ( é interessante, porque diz que não há intuito de constituição de família.
Parentesco:
Dentro do parentesco tem-se graus, linhas e espécies 
Art. 1.591 do CC
Dependendo da linha é infinita, outras até o 4º grau.
Portanto, parentesco em linha reta: ascendentes e descendentes, aqui os graus são infinitos
Colateral /transversal: parentes que provém de um tronco ancestral comum, p.ex. irmãos, vêm dos mesmos pais, primos, vem dos mesmos avós - o CC limitou até o 4º grau.	
Espécies de parentesco:
 Duplo: filhos dos mesmos pais (irmãos germanos)
Natural/consangüíneos simples: irmãos unilaterais 
 Consangüíneo - são os filhos dos mesmo pai e mães diferentes (p.ex. Pai comum com M¹; Pai comum M²; PC e M³
 Uterino -são os filhos da mesma mãe com pais diferentes
p.ex. Duplamente primos: por parte dos pais e das mães: porque dois irmãos se casaram com duas irmãs; Os filhos destes serão duplamente primos. Em regra, o primo é unilateral. (natural duplo)
Parentesco Civil: a lei civil autoriza o parentesco, p.ex. adoção e filhos decorrentes de inseminação artificial heterológa (art. 1.7 ) nascendo o filho a mãe é legítima, e o pai que autorizou é legítimo, mas não natural.
Parentesco por afinidade: art. 1.595 do CC: decorre do casamento e da união estável: sogro, sogra, (não se desfaz), genro, nora, enteados, cunhados 
Art. 1.521, II: não se pode casar com parentes por afinidade.
Cunhado é linha colateral 2º grau - aqui se desfaz, ou seja, tem-se ex-cunhado.
Contagem de parentesco:
Parentes em linha reta: pai para o filho é 1ª linha reta; do avô para o neto é 2º grau em linha reta; bisavó para o neto é 3º grau em linha reta.
Linha colateral: parente ancestral comum, quem são eles? Irmãos são os primeiros na linha colateral ( do filho 1 para o filho 2, tem-se que encontrar o parente comum, que no caso são os pais, assim, descendo para o filho 2, que o 2º grau colateral (cuidado, na linha colateral não se tem 1º grau, inicia-se em 2º grau colateral).
3º grau na linha colateral: tios e sobrinhos: do irmão1 para o pai, que é o ancestral comum, o tronco (1º grau em linha reta); do pai para o outro filho (2º irmão), (também tem-se um 1º grau em linha reta); do irmão 1 para o irmão 2, é 2º grau colateral. E o filho do irmão 1, que é o sobrinho do irmão 2, é 3º grau colateral.
4º grau na linha colateral: primos; 
Tio avô e sobrinho-neto: é o irmão do seu avô 1 (transpassa o parente comum, neste caso o bisavô)
Igual: quando estiver na mesma linha colateral ( primos)
Desigual: linha transversal (4º grau na linha colateral tio-neto)
Casamento
Impedimentos matrimoniais: 
Impedimentos matrimoniais art. 1.521 do CC: não pode casar, caso ocorra o casamento é nulo, é chamada de nulidade absoluta, tem efeito “ex tunc”retroage;
Parentes não podem casar (ascendentes com descendentes)
Cuidado com o inciso IV do art. 1.521 do CC: tio e sobrinha (3º grau colateral). Contudo, tem um decreto 3.241/40, na qual permite o casamento, desde que exame pré-nupcial, com 2 médicos atesta (LINBD art. 2º, §2º, lei especial prevalece sobre a lei geral)
Segurança jurídica e direito adquirido: e as pessoas casadas sob a égide do decreto, seria inválido o seu casamento? Não, por isso prevalece o entendimento de que está válido o decreto, na qual permite o casamento entre parentes de 3º grau colateral
Anulação - casamento será anulado, chamado de nulidade relativa, tem-se efeito “ex nunc” não retroage - existe um prazo para pedir a anulação do casamento.
Art. 1.557 do CC erro essencial sobre a pessoa (ignorância)
Transexual (pessoa que fez cirurgia dos órgãos sexuais)
Se não sabia, pode gerar anulação
Erro essencial sobre a boa fama (homoafetivo), pode anular; esconder
Doença grave transmissível, o desconhecimento da AIDS; doença transmissível para os filhos
Crime - casar com criminoso sem saber.
Defeito físico irremediável é considerado erro essencial, é a “impotência coeundi” (não consegue mais ter relações sexuais), e coitofobia (mulher) - precisa de perícia.
A anulação tem prazo de 3 anos art. 1557 do CC, contados a partir da celebração do casamento (art. 1.560 do CC)
Causas de suspensão
Art. 1.523 do CC: não devem casar!, podem, mas não deveriam - aqui o casamento não é nulo ou anulado, haverá aqui uma penalidade, casará sob o regime de separação obrigatória de bens. 
Exceção: parágrafo único do art. 1.523 do CC: se casar antes do 10º mês, se apresentar exame de que não estar grávida.
Aula 3
Efeitos do casamento:
Efeitos com o casamento válido: 
Sociais - aqueles que interessam o meio social (parentesco por afinidade), altera o status civil, emancipa o menor a se casar (16 anos)
Pessoais - deveres dos cônjuges - (art. 1.566 do CC):
- fidelidade recíproca (que o marido é só da mulher e a mulher é só do marido) que se divide em 3 fidelidades: fidelidade física, é o que dá ensejo ao adultério; fidelidade moral, (um paquera, beijo, abraço - comprova por testemunha); fidelidade virtual (emails amorosos, MSN,sms)
- coabitação ou vida comum - débito conjugal 
- mútua assistência: moral, material
- educação e sustento dos filhos menores 
- respeito e considerações mútuas (moral e física)
 Patrimoniais - regime de bens ( tem 3 princípios
O primeiro princípio dos pactos antenupciais - é o contrato antenupcial, quando quiser escolher outro regime
Regime de bens
Regimes legais: comunhão parcial e separação obrigatória, os demais precisam de pacto antenupcial
O pacto é feito por escritura pública, e para ter efeito “erga omnes” tem que ser registrado (art. 1.657 do CC).
Princípio da mutabilidade - significa dizer que o regime poderá ser alterado na constância do casamento, desde que preenchido 3 requisitos: feito via judicial; de forma consensual; pedido motivado.
Art. 1.639, §2º do CC
Variedade dos regimes de bens (3º princípio):
O 1º regime é o da comunhão parcial de bens, que é denominado de regime legal, porque basta não escolher outro (não falar nada), que foi a partir 6.515/77 conhecida por lei do divórcio.
Alguns bens comunicarão: os bens adquiridos na constância do casamento a títulos onerosos;
Bens adquiridos por fato eventual com ou não trabalho (loteria, fazenda, show, big brother)
Bens adquiridos por frutos, juros, benfeitoras e as acessões mesmos nos bens particulares.
Bens que NÃO SE comunicam na comunhão parcial de bens:
Bens adquiridos antes do casamento
Bens adquiridos pordoação, herança (é a título gratuito), e subrrogação mesmo na constância do casamento.
Na subrrogação quando se tinha uma casa antes do casamento, após o casamento vende e compra outro imóvel do mesmo valor, isso é sub-rogação/substituição - tem que provar.
Proventos do trabalho - os salários, honorários (1.659 do CC) - o recentemente o STJ entendeu que comunica sim.
Instrumentos de profissão: os aparelhos da dentista, o carro do taxista, o alvará do taxista, livros do advogado
Dívidas que não convertam em proveito comum, p.ex. cirurgia plástica, instrumentos de profissão (caminhão para serviço)
 Aula 4:
Regime Universal de bens
Lei 6.515/77 alterou
Comunica tudo, para tanto tem que fazer pacto
Bem que não comunica na comunhão universal:
 proventos do salário (FGTS)
 instrumentos de profissão
 dívidas que não são do proveito comum
 bens gravados com cláusula de incomunicabilidade 
Participação final nos aquestos:
Feito por meio de pacto antenupcial. É denominado como regime misto.
1ª etapa: na constância do casamento como se fosse regime separação total de bens;
2ª etapa: no final do casamento o regime é o de comunhão parcial de bens. Porém só se comunica os frutos e juros dos bens particulares.
Regime da separação de bens:
2 espécies do regime de separação de bens:
 separação obrigatória (1.641) - todos que dependerem das causas suspensivas, das pessoas maiores de 70 anos (12.), todos que dependerem de autorização judicial para se casar
Súmula 377 do STF: os bens adquiridos na constância do casamento se comunicam.
Absoluta/ total/convencional - feito por pacto. A regra é que nada se comunica.
Dissolução da sociedade conjugal
Emenda 66/10 - nova lei do divórcio - alterou o art. 226, §6º da CF/88
Antes, para se divorciar tinha que ter 1 ano separado judicialmente ou 2 anos separados de fato. Atualmente, não se tem mais prazo para se divorciar.
Alienação parental 
Lei 12.318/10
Significa mexer com a mente entre os parentes. A alienação parental é a desqualificação de forma reiterada, agressiva do pai, mãe, avós, daqueles que tem a guarda da criança. Tem o intuito de prejudicar a outra pessoa (o outro cônjuge). A vítima é sempre a criança.
Os meios de prova são os laudos: biopsicológicos, Biopsicosocial 
Sanções: 
Perda do poder parental
Alteração ou modificação de guarda
Extensão ou encurtação da visita
Multa diária por alienação parental
Guarda
Guarda natural: decorre da própria natureza, p.ex. casamento, união estável, família monoparental
Guarda judicial: tem-se 4 espécies - quando os pais estiver separados
- Guarda única: tem a figura do guardião e a do não-guardião.
O guardião no Brasil normalmente é a mãe, mas o CC fala em aquele que tem melhores condições para cuidar (afetivo, moral, educacional, econômica).
Na guarda única o guardião tem-se o poder da Guarda física: tem a posse do menor; e o poder da imediatividade, que é a escolha imediata - quem escolhe a escola, o médico. Ao Não guardião: cabe apenas a fiscalização. 
Guarda alternada: alterna a guarda física e o poder da imediatividade por períodos longos (não é muito bom para a criança).
Guarda compartilhada
Lei 11.698/08 - trata da guarda compartilhada. Alterou os artigos 1.583 e 1.584 do CC/02.
Guarda compartilhada é um sistema de corresponsabilização dos pais separados pelos filhos menores. O STJ diz que os avôs têm direito a guarda compartilhada.
A guarda física e o poder da imediatividade são dos pais (dois), são simultâneos.
De fato, seria a melhor guarda para a criança.
Nidação
É como se fosse um ninho, a criança fica numa casa fixa e os pais alternam. 
Aula 5
Alimentos
Previsto
Servir para a subsistência do ser humano
Espécies de alimentos:
Naturais: necessidade x possibilidade - é para a sobrevivência
Civis/sociais ou côngulos: esse é para manter o status social (luxo), nível - não é para as necessidades (p.ex. manter viagens, carro zero, empregadas) - tem que ser mantido se inocente.
Legais: pessoas que podem pedir alimentos: todos os parentes em linha reta, e reciprocamente somente entre pais e filhos (neto pedir alimento para avô), e na linha colateral até 2º grau (irmãos); cônjuges, conviventes e ex-cônjuges e ex- conviventes; parceiros.
Voluntários: são ofertados voluntários
Indenizatórios: decorre de um ato ilícito, responsabilidade civil (p.ex. atropelar um rapaz de 23 anos de idade que sustentava toda família - não cabe prisão
Gravídicos: lei 11.804/08 trata-se de alimentos gravídicos.
Quem são as partes? a autora é a mulher grávida e o réu o suposto pai
Consiste em consultas médicas, internações, alimentação especial e mais o que o juiz e o médico entender necessário.
Para se concedida à liminar basta o juiz ter indícios de que o réu é o pai.
Contestação: é em 5 dias
Nascida à criança com vida os alimentos gravídicos converte para alimentos (que tem uma presunção da paternidade).
Características dos alimentos:
- alimentos são personalíssimos
- incessíveis não pode ceder a terceiros
- impenhoráveis 
- irrenunciáveis para os filhos, parentes
Exceção: para o ex-cônjuge no divórcio pode renunciar.
Desistência: no momento não preciso, contudo poderá pleitear em outro período
- são irrestituivéis 
- incompensáveis 
- imprescritíveis - é a ação de alimentos que é imprescritível	
Os alimentos não retroagem
Obs.: Art. 206, §2º a cobrança dos alimentos prescreve em 2 anos - serve para os filhos maiores de 18 anos e ex-cônjuges. (é uma ação de execução de alimentos e não de alimentos).
Art. 197, II não corre prescrição contra descendente, ascendente - poder familiar vai até aos 18 anos
Investigação de paternidade 
Ação negatória de paternidade: o pai é o autor, é personalíssima do pai, o réu é o filho.
Essa ação é imprescritível (pode-se negar paternidade de filho de 30 anos)
Cabimento: tem que ter vício de consentimento (foi enganado), conforme precedente do STJ.
Desbiologização de paternidade - entra o pai natural e sai o artificial (quando a criança é registrada por outro) - ação imprescritível, e o filho também pode ingressar com essa ação.
Investigação de paternidade: o autor é o filho, se menor representado pela mãe, o réu é o suposto pai.
É imprescritível.
Cabimento: quando cabível? Atualmente basta ter indícios que houve um relacionamento amoroso entre a mãe do autor e o réu.
Lei 12.004/09 - é a lei do DNA - era a Súmula 301 do STJ.
O exame de DNA é o mais sugerido e o mais contundente. Se o suposto réu foi intimado para fazer o exame e não comparecer, (tendo também outras provas), presume-se pai. (presunção “iuris tantum” - relativa, ou seja, passível de prova)
Aula 6
Direito das sucessões
Ordem vocacional hereditária art. 1.829 do CC: o autor faleceu “ab intestatum”, sem testamento.
Quem é o autor da herança? É o morto, falecido, “de cujus”
D - descendentes (filhos, netos)
A - ascendentes (pais, avôs)
C - cônjuge sobrevivente
I - irmãos (2º grau colateral) + 
S - sobrinhos e tios (os sobrinhos preferem os tios, 1.843 do CC) são 3º grau colateral e em 4º grau colateral (primos, tio-avô e sobrinho-neto) não existe preferência no 4º grau, partes iguais por cabeça.
Art. 1.845 do CC: herdeiros necessários são: descendentes, ascendentes e cônjuge - significa dizer que não poderá dispor mais de 50% por testamento (está assegurada a legítima. O restante são todos herdeiros legítimos.
Aqui é indiferente o regime de bens, p.ex. se casou no regime de separação total, se morrer a esposa terá direito em 50% da herança (cuidado não confundir regime de bens com herança).
Distribuições:
Na sucessão de descendentes os mais próximos excluírem os mais remotos
Cabeça é por direito próprio estão recebendo diretamente do autor da herança. Estirpe é por representação herdam representando o pai pré-morto (aquele que teria direito próprio).
Se, estão recebendo na mesma classe é direito próprio.Na sucessão de ascendente
Os mais próximos excluem os mais remotos.
É também por direito próprio. Na linha reta ascendente não existe representação art. 1.852 do CC
Exceção art. 1.836, §2º CC havendo diversidade em linha e em igualdade em grau divide-se em metade. (não é representação).
Sucessão do cônjuge:
A sucessão pura: p.ex. eram casados no regime da comunhão universal de bens. O cônjuge vem a falecer, a esposa terá por direito de meação 50% (isso referente ao regime de bens) e mais 50 % no tocante à herança. Cuidado o que importa é o imposto que pagará apenas de 50% o (ITCM).
p.ex. separação total - não tem direito à meação; contundo, não tem descendente,ascendente irá os 100% para o cônjuge (aqui é herança, transferência), recolherá 100% do imposto de ITCM.
Cônjuge sobrevivente em concorrência com os descendentes do de cujus: art. 1.829, I do CC:
Salvo (não concorrerá MAIS) comunhão universal de bens, separação obrigatória, e se na comunhão parcial de bens se não deixou bens particulares
	Quando o cônjuge sobrevivente não concorre com os descendentes
	Quando o cônjuge sobrevivente concorre com os descendentes
	Se casados na comunhão universal de bens (pacto)
Se casados na separação obrigatória (imposição da lei), e
Se na comunhão parcial de bens e não deixou bens particulares (deixando apenas bens comuns, o que terá direito na meação)
	Separação absoluta (pacto)
Participação final nos aquestos
Comunhão parcial de bens, com bens particulares
	Onde tem meação, não tem sucessão.
	Onde não tem meação, tem sucessão
Se o cônjuge concorrer com seus próprios filhos (sendo eles 4 ou mais filhos) terá direito a ¼ parte da herança.
Filho somente do “de cujus” e demais filhos comuns - aqui o cônjuge sobrevivente concorrerá em partes iguais e por cabeça, não tendo assegurado a ¼ parte da herança.
Aula 7
Cônjuge concorre com ascendentes:
Art. 1.829, II do CC
Na falta dos descendentes o cônjuge sobrevivente concorre com ascendentes, não mencionando o regime, concorre em todos os regimes em igualdade.
Se o cônjuge sobrevivente concorrer com os ascendentes do “de cujus” concorre:
Se concorrer com o sogro E com a sogra concorrem em 1/3;
Se concorrer com o sogro OU com a sogra concorre em ½
Se concorrer com os avôs do “de cujus”, concorre em metade
Sucessão dos colaterais:
Se uma pessoa morre e não tinha cônjuge, ascendentes e descendentes, irá para os irmãos, os mais próximos excluem os mais remotos - direito próprio
Se o “de cujus” tinha 2 irmãos, só que um dos seus irmãos é pré-morto, deixando os sobrinhos, estes herdam por representação.
Se, no entanto, os 2 irmãos do “de cujus” são pré-mortos (morreram antes do autor da herança), e que tinha 2 filhos (sobrinhos do autor da herança) e, estes por sua vez também tiveram 3 filhos (1 tem 2 filhos e o outro 1 filho) (sobrinhos-netos do autor da herança), vindo a falecer os pais do sobrinho-neto, estes não herdam por representação, somente por direito próprio, e como ficou 1 filho (sobrinho do autor da herança) vivo, por isso que não herda. Só herdará, se no caso todos tivessem morrido, sendo assim, por direito próprio - art. 1.840 do CC - a representação só vai até os filhos dos irmãos pré-mortos (aos sobrinhos do autor da herança)
Sucessão do companheiro
Sucessão na união estável
Art. 1.790 “caput”: o convivente sobrevivente tem direito na sucessão do de cujus, dos bens adquiridos na constância do casamento e onerosos.
A regra, é que o regime é o da comunhão parcial e tem direito na sucessão ao contrário do casamento.
Inciso I: se filhos comum tem direito a quota parte para a companheira
Na união estável diferentemente do casamento, se tiver bens particulares a companheira não tem direito na sucessão, o que esposa (cônjuge supérstite) tem; E, nos bens comuns a companheira tem direito na sucessão o que a esposa não tem no casamento.
Dica: a base é o contrário ao casamento
Os demais incisos estão sob uma ADI no STF
Sucessão testamentária
Características do testamento:
Personalíssimo - não existe direito de representação
Formal e solene - (forma escrita, não existe testamento verbal)
Revogável
Gratuito (não tem encargos ou ônus)
Formas de testamentos:
Ordinária: testamento público - lavrado por escritura pública pelo tabelião, precisando de 2 testemunhas (cego e analfabeto só podem fazer este)
 cerrado - costurado, secreto, misto é aberto somente após a morte do testamento, tem que ter 2 testemunhas no momento da lavração do auto de aprovação - juiz de direito competente, o dos autos de inventários
 particular - não tem registro, não é em cartório, tem que 3 testemunhas, desde que não impugnado.
Especial: testamento especial aéreo - porque é em situações especiais, com pessoas especiais. A bordo de uma aeronave - será sempre em situação de emergência da pessoa; perante um comandante; 2 testemunhas; prazo decadencial de 90 DIAS, a partir da chegada em terra firme do testador (ou seja, tem 90 dias para “morrer”).
Marítimo a bordo de um navio
Militar - das forças armadas (marinha, aeronave e exército), situação de emergência; perante o oficial; 2 ou 3 testemunhas (2 se estiver em condições de assinar o testamento a terceira para assinar a rogo); prazo decadencial de 90 DIAS, a partir de cessado o perigo do testador, caduca o prazo.
Testamento nuncupativo: chamado de “in extremis” ou “in articulo mortis”, ou seja, na beira da morte, extrema urgência, por isso não precisa de um oficial, apenas de 2 testemunhas (1 escreve a outra testemunha assiste); não há prazo decadencial, se convalescer seus sedimentos.
Inventário e partilha
Foro competente: é o último domicílio do “de cujus”, art. 1.785 do CC e art. 96 do CPC.
Exceções:
Se o “de cujus” tinha vários domicílios, art. 96, parágrafo único, I, do CPC local dos bens, se não possuía domicílio certo.
Bens em vários lugares, art. 96, parágrafo único, II do CPC local do óbito
Prazo para propositura da ação: art. 1.796 do CC era de 30 dias, e a lei 11.441/07, alterou para 60 dias

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