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GeoGrafia capítulo 5 – clima do Brasil do Brasil – essa Capítulo 5
Clima do Brasil
Massas de ar são porções ou volumes da atmosfera que possuem praticamente as mesmas características de pressão, temperatura e umidade por causa de sua localização e são bastante espessas e homogêneas.
As massas de ar se formam sobre grandes áreas de terra ou água uniformes, onde não há muito vento. Assim, o ar vai adquirindo características de acordo com a superfície sobre a qual se encon- tra. Uma massa de ar localizada sobre um oceano, por exemplo, costuma ser bastante úmida, ao contrário de uma massa de ar formada sobre um continente que, geralmente, é seca.
Os processos ou fenômenos que fazem com que a massa de ar vá adquirindo características adaptadas à superfície são a radiação solar, a convecção vertical (quando o ar morno próximo à superfície da terra subitamente levanta indo para a camada superior da troposfera e depois retorna em questão de dias), a advecção (movimento horizontal da massa de ar quando uma substitui outra de características diferentes) e a turbulência.
As massas de ar se movimentam pela troposfera devido à diferença de pressão e temperatura caracterizando as áreas de alta e baixa pressão. As áreas de baixa pressão são áreas de grande nebulosidade e precipitação elevada devido ocasionada pela grande instabilidade atmosférica e ao fato de serem menores receptoras de ventos. Já as áreas de alta pressão são livres de nebulosidade e com maior estabilidade atmosférica, tendendo a temperaturas menores.
Duas massas de ar, ao se encontrarem, não se misturam como seria de se esperar, pelo contrário, elas mantêm as ca- racterísticas adquiridas no local de origem. Isso faz com que surja uma “frente” ou uma “descontinuidade” ao longo da zona limítrofe das massas de ar (é o que chamamos de “frente fria”, por exemplo, quando duas massas de ar frio se encontram). De qualquer forma, quando uma massa de ar cruza uma região ela causa uma mudança brusca na temperatura por causa da substituição de um ar pelo outro.
As massas de ar podem ser classificadas de acordo com o local e latitude onde se originam e de acordo com a tempe- ratura em relação à superfície de contato. Quanto ao local de origem, podemos classificá-las em “continental” ou “marí- tima”, quando se formam sobre continentes ou sobre o mar respectivamente. Quanto à latitude de origem, classificamos as massas de ar em “polares”, “tropicais” ou “equatoriais”. E, quanto à temperatura com relação à superfície de contato (local sobre o qual se encontram no momento), classificamos em “quentes” ou “frias”.
Através do conceito de massas de ar, podemos entender todas as mudanças no comportamento dos fenômenos atmosfé- ricos, pois elas atuam sobre as temperaturas e índices pluviomé- tricos nas várias regiões do Brasil. Existe uma certa movimentação de massas onde cada uma vai empurrando a outra, passando a ocupar o seu lugar. Toda essa dinâmica é responsável pelas alterações do tempo de uma determinada região.
No território brasileiro ocorrem as seguintes massas de ar representadas no mapa-figura a seguir:
24
Fonte: www.oguiageografico.com.br
Características das massas de ar:
• MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA (mEa): quente e úmida
• MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL (mEc): quente e muito úmida
• MASSA TROPICAL ATLÂNTICA (mTa): quente e úmida
• MASSA TROPICAL CONTINENTAL (mTc): quente e seca
• MASSA POLAR ATLÂNTICA (mPa): fria e úmida
Tipos climáticos do Brasil
MApA de CliMAs do BrAsil
MApA de MAssAs de Ar no BrAsil
Fonte: www.geografiaparatodos.com.br
GeoGrafia do brasil – essa capítulo 5 – clima do brasil
25
Clima Equatorial (úmido e semi-úmido):
CliMogrAMA
Fonte: www.geografiaparatodos.com.br
Principais Características:
• quente e úmido
• pouca variação de temperatura durante o ano
• compreende a Amazônia brasileira
• é um clima dominado pela mec em quase toda sua exten- são e durante todo o ano. Na parte litorânea da Amazônia existe um pouco de influência da mea, e algumas vezes, durante o inverno a frente fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, ocasionando uma queda da temperatura chamada friagem.
Clima Litorâneo Úmido
Fonte: www.geografiaparatodos.com.br
Principais Características:
• influenciado pela mTa
• compreende as proximidades do litoral desde o Rio Grande do Norte até a parte setentrional do estado de São Paulo.
Clima Tropical (alternadamente úmido e seco)
Fonte: www.geografiaparatodos.com.br
Principais Características:
• é o clima predominante na maior parte do Brasil
• é um clima quente e semi-úmido com uma estação chu- vosa (verão) e outra seca ( inverno)
Clima Semi-Árido
Fonte: www.geografiaparatodos.com.br
GeoGrafia capítulo 5 – clima do Brasil do Brasil – essa 26 Principais Características:
• predominante no sertão do nordeste
• clima quente mais próximo do árido
• as chuvas não são regulares e são mal distribuídas
Clima Subtropical
Fonte: www.geografiaparatodos.com.br
Principais Características:
• abrange a porção do território brasileiro ao sul do Trópico de Capricórnio.
• Predomina a mTa, provocando chuvas abundantes, principalmente no verão. No inverno há o predomínio das chuvas frontais.
• Apesar de chover o ano todo, há uma maior concentração no verão.
EXErCÍCios dE FiXaÇÃo
01. durante o inverno, pode ocorrer a chamada friagem, por
meio da ação da: a) Massa Tropical Atlântica, que diminui as chuvas no Rio
Grande do Sul. b) Massa Equatorial Atlântica, que abaixa as temperaturas em
São Paulo. c) Massa Equatorial Continental, que aumenta a temperatura
no Ceará. d) Massa Tropical Continental, que incrementa as chuvas em
Brasília. e) Massa Polar Atlântica, que reduz a temperatura no Amazonas.
02. no Brasil, este clima apresenta elevadas temperaturas sem- pre superiores a 24 °C e pequena amplitude térmica anual, pois a diferença entre a média do mês mais quente e a do mês mais frio não ultrapassa 3 °C. Mas o que torna este clima singular é o volume de precipitações, que varia entre 1.800
e 3.000 mm. As chuvas do tipo convectivo ocorrem durante todo o ano, não existindo um período seco. As características descritas referem-se ao clima: a) tropical de altitude. b) equatorial. c) litorâneo úmido. d) tropical típico. e) úmido de encosta.
03. A massa de ar que abrange grande parte do território bra- sileiro é a equatorial continental. Quente, úmida e instável, provoca chuvas abundantes, conhecidas como: a) chuvas de verão ou frontais. b) chuvas de verão ou orográficas. c) chuvas de verão ou convectivas. d) chuvas de inverno ou frontais. e) chuvas de inverno ou orográficas.
04. observe os mapas a seguir
Atuação das massas de ar no Brasil: inverno e verão
A dinâmica das massas de ar é um dos fatores que explica a caracterização climática de uma área. A leitura e a interpretação dos mapas indicam que o clima do território goiano é influen- ciado pela atuação da massa:
a) Equatorial continental durante o ano todo. b) Tropical atlântica no verão e Polar atlântica durante o inverno. c) Equatorial continental no verão e Equatorial atlântica no
inverno. d) Tropical atlântica durante o ano todo. e) Equatorial continental no verão e Tropical atlântica no
inverno.
05. Ao sair de porto Alegre em sentido norte, passando pela es- carpa do planalto, um passageiro pode perceber alterações dos fatores climáticos no ambiente através da sensação de desconforto nos ouvidos e da mudança de temperatura. essas alterações se devem: a) à diminuição da pressão atmosférica e da temperatura,
causada pelo aumento da altitude. b) à diminuição da pressão atmosférica e ao aumento da
temperatura, provocados pelo aumento da altitude. c) ao aumento da pressão atmosférica e da temperatura,
decorrente do aumento da altitude.
GeoGrafia do brasil – essa capítulo 5 – clima do brasil
27
d) ao aumento da pressão atmosférica e à diminuição da
temperatura, independentemente da altitude. e) à diminuição da pressão atmosférica e da temperatura,
independentemente da altitude.
EXErCÍCios ComPlEmENTarEs
01. observeos climogramas a seguir, que apresentam as médias mensais de chuvas e de temperatura do ar atmosférico, de quatro cidades brasileiras.
(Adaptado de ADAS, M. “Panorama Geográfico do Brasil”. São Paulo: Moderna, 1998.)
os diferentes tipos de clima identificados pelos números i, ii, iii e iV são, respectivamente:
a) equatorial úmido - tropical semi-árido - desértico - subtro-
pical úmido b) tropical semi-úmido - subtropical úmido - desértico - equa-
torial úmido c) tropical semi-úmido - desértico - tropical semi-árido -
equatorial úmido d) equatorial úmido - tropical semi-úmido - tropical semi-árido
- subtropical úmido e) equatorial semi-úmido – desértico – tropical – tropical
semi-árido
02. o ecossistema amazônico abriga cerca de 80 mil espécies vegetais e 30 milhões de espécies animais. Toda essa riqueza em biodiversidade resulta da interação de diversos fatores ecológicos, dentre os quais destaca-se a dinâmica das massas de ar que regulam as condições climáticas da região. pode-se afirmar que, na Amazônia, ocorre:
a) o domínio das massas de ar Equatorial Atlântica e Equatorial Continental, que contribuem para a alta pluviosidade e para as elevadas temperaturas médias na região; b) o predomínio da massa Tropical Atlântica no inverno, que desloca a Massa Equatorial Pacífica e provoca elevadas pluviosidade e temperatura, no verão; c) o permanente deslocamento da massa Tropical Pacífica - car- regada de umidade - para o centro da região, promovendo fortes chuvas ao longo do outono e da primavera; d) o controle das massas Tropical Continental e Equatorial Atlântica, dividindo a região em duas estações bem defini- das - quente e seca no verão, chuvosa e fria no inverno;
e) o encontro das massas Polar Atlântica e Tropical Pacífica no inverno, e das massas Polar Pacífica e Tropical Conti- nental no verão, promovendo elevadas taxas de umidade o ano inteiro.
03. encontra-se em uma região úmida que recebe forte influ- ência da Massa Tropical Atlântica, recebe muita insolação devido à sua localização tropical e sofre com enchentes em épocas de chuvas. Trata-se da cidade de: a) Manaus. b) Salvador. c) Fortaleza. d) Brasília. e) Porto Alegre.
04. Assinale a alternativa correta sobre a dinâmica de massas
de ar no Brasil: a) A massa equatorial atlântica origina-se no Atlântico Norte
e influencia o clima de todo o interior do país. b) A massa tropical continental origina-se na Depressão do Chaco e provoca chuvas torrenciais de inverno no litoral sul e sudeste. c) A massa tropical atlântica originária do Atlântico Sul atua principalmente na faixa litorânea desde o nordeste até o sul do país. d) A massa equatorial continental origina-se na Amazônia Ocidental e é uma das responsáveis pela seca do Nordeste. e) A massa polar atlântica, originária da Antártida, tem atuação
restrita ao extremo sul do país.
05. o clima é a síntese do tempo num determinado lugar, duran- te um período de aproximadamente 30 a 35 anos, e resulta principalmente da: a) expansão das massas de ar. b) diferenciação da pressão atmosférica. c) distribuição das chuvas. d) variação da temperatura. e) temperatura global.
06. (essA) sobre a dinâmica das massas de ar brasileiras pode- mos afirmar que as chuvas de inverno no litoral da porção oriental do nordeste e as geadas no Centro-sul do país são provocadas, respectivamente, pela: a) mTa e mPa b) mea e mEc c) mPa e mTc d) mea e mTa e) mTc e mTa
Gabarito:
EXErCÍCios dE FiXaÇÃo 01. e 02. b 03. c 04. e 05. a
GaBariTo - EXErCÍCios ComPlEmENTarEs 01. d 02. a 03. b 04. c 05. a 06. a
GEOGRAFIA CAPíTULO 6 – HIDROGRAFIA DO BRASIL DO BRASIL – EsSA Capítulo 6
HidroGraFia do Brasil
A bacia hidrográfica é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio princi- pal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas.
Os principais elementos componentes das bacias hidrográficas são os “divisores de água” – cristas das elevações que separam a drenagem de uma e outra bacia, “fundos de vale” – áreas adja- centes a rios ou córregos e que geralmente sofrem inundações; “sub-bacias” – bacias menores, geralmente de alguma afluente do rio principal; “nascentes” – local onde a água subterrânea brota para a superfície formando um corpo d’água; “áreas de descarga” – locais onde a água escapa para a superfície do terreno, vazão; “recarga” – local onde a água penetra no solo recarregando o lençol freático; e “perfis hidrogeoquímicos” ou “hidroquímicos” – características da água subterrânea no espaço litológico.
Às vezes, as regiões hidrográficas são confundidas com “ba- cias hidrográficas”. Porém, as bacias hidrográficas são menores – embora possam se subdividir em sub-bacias (por exemplo: a bacia amazônica contém as sub-bacias hidrográficas dos rios Tapajós, Madeira e Negro), e as regiões hidrográficas podem abranger mais de uma bacia.
De acordo com a Resolução CNRH n.o32 de 15/10/03, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, o Brasil está dividido em regiões hidrográficas denominadas: região hidrográfica Amazô- nica, região hidrográfica do Tocantins-Araguaia, do Atlântico nordeste ocidental, do parnaíba, Atlântico nordeste oriental, do são Francisco, do Atlântico leste, do Atlântico sudeste, do paraná, do Uruguai e a região hidrográfica do Atlântico sul.
MApA de BACiAs HidrográFiCAs do BrAsil
28
Fonte: www.ibge.gov.br
Já as bacias hidrográficas são inúmeras, mas as quatro prin- cipais bacias hidrográficas do Brasil são: a bacia Amazônica, do Tocantins, bacia platina (paraná, paraguai e Uruguai) e a bacia do rio são Francisco. Juntas, elas cobrem cerca de 80% do território brasileiro, porém de forma bastante irregular.
A Bacia Amazônica responde sozinha por 70% da disponi- bilidade de recursos hídricos no Brasil; enquanto as bacias da região sudeste respondem por apenas 6%. Assim, as bacias da região sudeste estão sendo usadas no seu limite uma vez que abastecem mais de 42% da população brasileira.
A Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas é, ainda, a maior e mais extensa rede hidrográfica do mundo, com uma área total de 6.110.000 km2, desde sua nascente nos Andes Peruanos até sua foz no Atlântico na região norte do Brasil. Ela é considerada uma bacia continental por se estender sobre diversos países da América do Sul.
Características Gerais da rede Hidrográfica Brasileira
• Rica em rios e pobre em lagos.
• Os rios brasileiros dependem das chuvas para se “alimen- tarem”. O Rio Amazonas embora precise das chuvas, tam- bém se alimenta do derretimento da neve da Cordilheira dos Andes, onde nasce.
• A maior parte dos rios é perene (nunca seca totalmente).
• As águas fluviais deságuam no mar, porém podem desa- guar também em depressões no interior do continente ou se infiltrarem no subsolo.
• A hidrografia brasileira é utilizada como fonte de energia (hidrelétricas) e muito pouco para navegação.
Caracterísiticas das principais bacias hidrográficas do Brasil
• Bacia Amazônica: considerada a maior do planeta, ela abrange na América do Sul, uma área de 6 milhões de km2.
• Bacia do Tocantins: ocupa quase 10% do território na- cional. É a maior bacia localizada inteiramente dentro do território brasileiro.
• Bacia do São Francisco: também é totalmente brasileira, juntamente com a Bacia do Tocantins.
• Bacia do Paraná: essa bacia é usada na construção de usinas hidrelétricas, dentre elas, Furnas, Marimbondo e a maior hidrelétrica do mundo – itaipu – (entre o Brasil e Paraguai).
• Bacia do Uruguai: apesar de não ser muito usada para a fabricação de usinas hidrelétricas podemos destacar as usinas garibaldi, socorro, irai, pinheiro e Machadinho.
• Bacias secundárias: formada por rios que não pertencem a nenhuma bacia principal, porém foram reunidas em 3 grupos de bacias isoladas devido a sua localização:
• Bacia do Norte-Nordeste
• Bacia do Leste
• Bacia do Sudeste-Sul
GEOGRAFIA DO BRASIL – EsSA CAPíTULO 6 – HIDROGRAFIA DO BRASIL
29
VegeTAção do BrAsil
Vários fatores como luz, calor e tipo de solo contribuem para o desenvolvimentoda vegetação de um dado local.
MApA dos prinCipAis BioMAs BrAsileiros
Foto extraída do site: www.viarural.com.br
Com 7 milhões de km2 e ocupando regiões de 10 países, a Floresta Amazônica divide-se em três tipos distintos: as flo- restas montanhosas andinas, as florestas de terra firme e as florestas fluviais alagadas.
A floresta de terra firme, que não difere muito da floresta andina, exceto pela menor densidade, apresenta um solo ex- tremamente pobre em nutrientes. Isto forçou uma adaptação das raízes das plantas que, através de uma associação simbiótica
Fonte: www.ibge.gov.br
A FloresTA AMAzôniCA
com alguns tipos de fungos passaram a decompor rapidamente a matéria orgânica depositada no solo a fim de absorver os nutrientes antes de eles serem lixiviados.
Em tempos remotos a floresta amazônica possuía um clima quente-seco e, devido às condições de baixa pluviosidade, era composta basicamente por vegetações do tipo cerrado, caa- tinga e campinaranas, mais resistentes à seca. Apenas algumas regiões mais altas eram ocupadas por uma vegetação mais densa que, com a diminuição da temperatura e o aumento da pluviosidade se alastraram dando origem a floresta de terra firme. Hoje, são as vegetações do tipo cerrado que se escasse- aram nessa região sendo encontrada apenas em alguns lugares de transição com outros tipos de biomas.
A floresta alagada também apresenta algumas adaptações às condições do ambiente como raízes respiratórias e sapo- pembas (árvore da família das figueiras, também conhecida como gameleira, em que a raiz pode se desenvolver até dois metros de altura para fora da água acompanhando o tronco). As áreas alagadas por águas brancas, ou turvas, provenientes de rios de regiões ricas em matéria orgânica, são chamadas de florestas de várzea. E as áreas alagadas por águas escuras, que percorrem terras arenosas e pobres em minerais e que assumem uma coloração escura devido à matéria orgânica presente, são chamadas de florestas de igapó. A oscilação do nível das águas pode chegar a até 10 metros de altura.
A fauna da floresta amazônica é muito rica com a presen- ça de muitas espécies endêmicas. Entretanto, a macrofauna que habita o solo das regiões de florestas de terra firme não é muito variada, destacando-se as antas e a queixada. As es- pécies que habitam as áreas alagadas possuem em comum a característica de serem exímios nadadores. São nessas regiões onde encontramos mamíferos aquáticos como os botos e as lontras. Outros animais que habitam a floresta amazônica são os primatas, muito abundantes nas regiões de floresta de terra firme, além de marsupiais, morcegos e roedores que também habitam a copa das árvores. Nas águas da floresta amazônica, podemos encontrar, além dos exemplos já citados, as ariranhas, piranhas, e diversas espécies de peixes, algumas das quais, se alimentam de frutos que caem das árvores (são os chamados peixes frugívoros).
Principais Características:
• milhares de espécies vegetais;
• não perde suas folhas no outono, ou seja, está sempre verde;
• é dividida em 3 tipos de matas: igapó, Várzea e Terra Firme;
• vive do seu próprio material orgânico;
• a fauna é rica e variada;
• espécies ameaçadas: mogno (tipo de madeira) e a onça -pintada;
• Desmatamento da Amazônia;
GEOGRAFIA CAPíTULO 6 – HIDROGRAFIA DO BRASIL DO BRASIL – EsSA 30
Foto extraída do site: www.webluxo.com.br
Considerada a quinta área mais ameaçada do mundo, a Mata Atlântica é uma formação vegetal brasileira que original- mente se estendia do Rio Grande do Sul até o Piauí, mas por se localizar em uma região de fácil acesso e que foi rapidamente colonizada (62% da população brasileira se encontra em região de Mata Atlântica) é o bioma brasileiro que mais sofreu (e sofre) com a ocupação do homem. Atualmente restam apenas 7% de sua cobertura original.
Ao todo, o domínio da Mata Atlântica ocupava uma região de 1.300.000 km2 chegando até a Argentina e o Paraguai em áreas de baixadas, faixas litorâneas, matas interioranas e campos de al- titude que correspondem por cerca de 15% do território nacional. Já foram registradas mais de 1.361 espécies diferentes das quais, muitas são endêmicas (cerca de 567 espécies de animais que só existem ali). Sem contar a vegetação que, devido às carac- terísticas do solo, altitude e clima diferenciados desenvolveu ca- racterísticas peculiares a cada região. São mais de 20 mil espécies de plantas. Algumas espécies da Mata Atlântica já são famosas como o mico-leão-dourado que, infelizmente, ficou conhecido por ser o símbolo dos animais em extinção deste bioma.
A região da Mata Atlântica é o local onde existe a maior concentração de pessoas do país. As duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, se encontram em regiões onde inicialmente o desmatamento era causado pelo plantio de culturas como o café, que por muitos anos foi o “carro chefe” das exportações brasileiras. Desta forma, é impossível não levar em consideração o fator econômico e social em qualquer tentativa de preservar o que ainda resta da Mata Atlântica.
Diversos programas de pesquisa e conservação, não só da mata, mas também, do patrimônio cultural da região, vêm sendo desenvolvidos a fim de preservá-la e evitar que mais e mais áreas sejam degradadas.
Trabalhos como o desenvolvido pela ONG SOS Mata Atlântica e a criação de parques e até reservas extrativistas onde a explo- ração de recursos é controlada, tentam conciliar a preservação
A MATA ATlânTiCA
da Mata Atlântica com o atendimento das necessidades básicas da população que já habita a região da formação florestal, eco- nomicamente, mais importante do país.
Explorada desde a época da colonização pela extração do pau-Brasil e, depois pelo cultivo de monoculturas como o café e a cana-de-açúcar, a Mata Atlântica se reduz hoje, a apenas, 7% da sua cobertura original. Com isso cerca de 261 espécies de mamíferos, 1020 de pássaros, 197 espécies de répteis, 340 de anfíbios, 350 de peixes e cerca de 20 mil espécies vegetais, estão seriamente ameaçadas. Sem contar que a grande maioria dessas espécies são endêmicas, ou seja, só existem aqui.
Na tentativa de preservar o que restou dessa riqueza, foram criadas diversas Unidades de Conservação (áreas de preserva- ção previstas em Lei), totalizando 860 unidades. A maior delas com 315 mil hectares é o parque estadual da serra do Mar. Com o mesmo intuito, foi aprovada a lei da Mata Atlântica (Lei No285/99) em 2006, que acaba com as controvérsias acerca de sua extensão e características principais, além de definir medidas de preservação.
Mesmo assim, a Mata Atlântica sofre a pressão do crescen- te aumento das cidades e da poluição que põem em risco as tentativas de preservá-la.
No último levantamento realizado pelo inpe (Instituto Na- cional de Pesquisas Espaciais) em parceria com a ONG. SOS Mata Atlântica, que abrangeu 60% do bioma, foi constatado que, mesmo com a diminuição de 71% no ritmo de desmatamento, as áreas degradadas somam 95.066 hectares. Destes, 73.561 estão concentrados em Santa Catarina e Paraná trazendo diversos problemas não só ao meio ambiente, mas, também ao homem. Vale lembrar que o desmatamento é uma das principais causas da desertificação (processo de transformação de terras férteis em terras inférteis) que vem afetando seriamente o sul do país. Entretanto, apesar dos dados, a história nos mostra que é possível recuperar o que perdemos. Em 1862, ao passar uma grave crise de escassez hídrica, o Governo Imperial iniciou a re- cuperação da área de Mata Atlântica que havia sido degradada pelos cerca de 160 engenhos e lavouras de café que existiam na região da cidade do Rio de Janeiro. Através do replantio de árvores típicas foi recuperado o que hoje é a Floresta da Tijuca.
Principais Características:
• é menos densa que a Floresta Amazônica;
• quase 100% dela já foi destruída, porém, antes podíamos encontrar o pau-brasil, cedro, peroba e o jacarandá (leia mais sobre o desmatamento da Mata Atlântica);
• os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e aarara-azul-pintada são originários da Mata Atlântica, porém, estão ameaçados de extinção. Vivem ainda na mata, os gambás, tamanduás, preguiça, mas estão fora do perigo da extinção;
• Em razão da Mata Atlântica tenha sido muito utilizada no passado para a fabricação de móveis, hoje calcula-se que apenas 5% de sua área ainda permaneça.
GEOGRAFIA DO BRASIL – EsSA CAPíTULO 6 – HIDROGRAFIA DO BRASIL
31
Foto extraída do site: www. ematerce.ce.gov.br
Principais Características:
• vegetação típica do clima semi-árido do sertão nordestino;
• vegetação pobre, com plantas que são adaptadas à aridez, são as chamadas plantas xerófilas (mandacaru, xiquexique, faveiro), elas possuem folhas atrofiadas, caules grossos e raízes profundas para suportar o longo período de estiagem;
• arbustos e pequenas árvores (juazeiro, aroeira e braúna) também fazem parte da paisagem.
MATA de ArAUCáriA
Também chamada de Pinheiros-do-paraná (Araucária angus- tifolia) , ou, cientificamente, de Floresta ombrófila Mista, está seriamente ameaçada de extinção. Apenas 1,2% de sua cober- tura original encontra-se preservada, e apenas 0,22% (40.774 hectares) está sob a proteção de Unidades de conservação (UC), o que põe em risco a preservação da floresta.
Originalmente as Matas de Araucárias se estendiam entre os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, com incidências em áreas esparsas de São Paulo e Minas Gerais em regiões altas e
CAATingA
de clima frio com chuvas regulares o ano todo, fazendo parte do domínio da Mata Atlântica. Geralmente, a Floresta Ombrófila Mista se desenvolve em locais com uma altitude maior que 500 metros e menor que 800 metros, mas, em alguns lugares, podem ser encontradas em altitudes de 1.000 metros.
A Araucária angustifólia pode atingir até 50 metros de altura e produz sementes comestíveis conhecidas como “pi- nhão”. Uma característica comum nos pinheiros e que foi um dos fatores a contribuir para a quase extinção da espécie é a “alelopatia”, ou, a tendência que essas plantas têm de inibir o crescimento de outras plantas próximas a elas, facilitando sua extração.
ArAUCáriAs
Foto extraída do site: www.vivaterra.org.br
Outro fator que contribuiu para a exploração da araucária foi o fato de ela se encontrar quase que totalmente em regiões de solo muito fértil, a famosa “terra-roxa” (solo de origem vulcânica e altamente produtivo presente em apenas 1% do território nacional), fazendo com que a Araucária fosse supri- mida, na maior parte da região onde incide, para o plantio de monoculturas e pastoreio.
A Araucária pertence à família das Coníferas (plantas gim- nospermas – sem fruto – presentes nas regiões temperadas) que é a espécie que atinge maior longevidade entre todas as outras espécies de plantas. Outras plantas podem ser encontra- das em uma Floresta Ombrófila Mista, como a erva-mate (llex paraguariensis) que se beneficia da alelopatia da Araucária, ou a imbuia (Ocotea porosa).
Dentre os animais que dependem da Floresta de Arau- cária estão os tucanos, beija-flores, saíras, gaturanos, sanhaço, jibóia, etc. e mais de 20 espécies de primatas, a maioria endêmica.
Principais Características:
• corresponde às áreas de clima subtropical, é uma mata homogênea, pois há o predomínio de pinheiros, erva -mata, imbuia, canela, cedros e ipês;
• Quanto à fauna, destacam-se a cutia e o garimpeiro (espécie de ave);
GEOGRAFIA DO BRASIL – EsSA CAPíTULO 6 – HIDROGRAFIA DO BRASIL
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Foto extraída do site: www.unb.br
Cerrado é o nome dado às savanas brasileiras caracteriza- das por árvores baixas, arbustos espaçados e gramíneas, e pode ser classificado como cerradão, cerrado típico, campo cerrado, campo sujo de cerrado ou campo limpo, sendo que o cerradão é o único que apresenta formação florestal.
Presente nos estados de Minas gerais, Mato grosso, Bahia, Mato grosso do sul, Tocantins e goiás o cerrado cobre cerca de 197 milhões de hectares do território brasileiro; sendo o segundo bioma mais produtivo do país. Formações de cerrado podem ser encontradas em outras regiões do país como áreas de transição para outros ecossistemas. Essas áreas de transição de cerrado são chamadas de ecótonos ou periféricas e estão nas divisas com a Caatinga, a Amazônia e a Mata Atlântica.
A principal marca do bioma cerrado são seus arbustos de galhos retorcidos e o clima bem definido, com uma esta- ção chuvosa e outra seca. entretanto, na região do cerrado encontram-se três das maiores bacias hidrográficas do país. este bioma é o berço de rios caudalosos como o são Francisco. Acredita-se, pois, que as peculiaridades da flora (por exemplo, troncos tortuosos e com casca espessa...) se devam à falta de alguns micronutrientes específicos e não à falta de água necessariamente.
os solos nestas regiões são geralmente muito profun- dos, antigos e com poucos nutrientes, exigindo uma adapta- ção da flora que possui, geralmente, folhas grandes e rígidas. Algumas espécies, apresentam depósitos subterrâneos de água como uma espécie de adaptação às queimadas cons- tantes, permitindo que elas voltem a florir após o incêndio. Outra adaptação são as raízes bastante profundas, podendo alcançar de 15 a 20 metros por causa da distância do lençol freático até a superfície.
Aliás, os incêndios criminosos são as principais ameaças a esse bioma. Até os anos 1970 o solo do cerrado era considera- do improdutivo, mas, com a evolução da tecnologia (correção da acidez do solo feita pela eMBrApA) a região tornou-se responsável por cerca de 40% da produção de soja no Brasil e mais de 70% da produção de carne bovina. Sem contar
CerrAdo
que, além das inúmeras minerações e carvoarias que vem destruindo cada vez mais o cerrado, a pressão do crescimento populacional das cidades, principalmente em Minas Gerais e na região Centro-Oeste, tem colocado o cerrado entre os biomas mais ameaçados do mundo.
Acredita-se que o cerrado brasileiro seja o tipo de savana mais rico em biodiversidade do planeta com mais de 4.400 espécies vegetais endêmicas (de um total de 10.000 espécies), 837 espécies de aves e 161 espécies de mamíferos.
Mesmo assim, a despeito de toda a riqueza natural do cerra- do e de seu povoamento tardio, hoje ele conserva apenas 20% de sua área total. Diversas tentativas no sentido de preservá-lo vêm sendo tomadas, mas até então, apenas cerca de 6,5% de sua área natural está protegida pela lei sob a forma de Unidades de Conservação (UC).
Principais Características:
• plantas tropófilas, ou seja, plantas adaptadas a uma es- tação seca e outra úmida;
• Intenso processo de desmatamento devido as atividades ligadas a agropecuária e ao crescimento urbano;
• segundo maior bioma do Brasil;
• o bioma que tem sido mais destruído na atualidade.
pAnTAnAl
Foto extraída do site: www.impactotour.com.br
O Pantanal é uma vegetação heterogênea: plantas higró- filas (em áreas alagadas pelo rio) e plantas xerófilas (em áreas altas e secas), palmeiras, gramíneas.
o pantanal sofre a influência de vários ecossistemas (Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica), ou seja, o pantanal é a união de diferentes formações vegetais.
Por causa da sua localização e também às temporadas de seca e cheia com altas temperaturas, o Pantanal é o local com a maior reunião de fauna do continente americano, encontramos jacarés, araraunas, papagaios, tucanos e tuiuiú.
GEOGRAFIA DO BRASIL – EsSA CAPíTULO 6 – HIDROGRAFIA DO BRASIL
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animais encontrados no Pantanal
Fotos extraídas do site: www.cefetmt.br
Quase todas as espécies de plantas e animais dependem do fluxo das águas. durante um período de 6 meses (de outubro a abril) as chuvas aumentam o volume dos rios que inundam a planície, por esta razão muitos animais buscam abrigo nas terras firmes ocupando todas as áreas que não fo- ram inundadas, assim vários peixes se reproduzem e as plantas aquáticas entram em processo de floração.
Quando as chuvas começam a parar (entre junho e se- tembro), as águas voltam ao seu curso natural, deixando no solo todos os nutrientes necessários que fertilizarão o solo. o pantanal tem sofridointenso processo de destruição devido às atividades agropecuárias (plantio de cana e pecu- ária), mineração e o turismo.
Principais Características:
• Fica alagado por boa parte do ano.
• Tem no ecoturismo uma de suas principais atividades econômicas;
• Bioma rico em vida animal.
OS CAMPOS
Os Campos, também chamados de pampas (termo de ori- gem indígena que significa “região plana”) ou Campos sulinos, são formações abertas compostas basicamente por gramíneas com alguns arbustos como Matas Ciliares (nos leitos dos rios). Típicos de regiões de clima subtropical e com chuvas regulares, é a vegetação típica do sul do Brasil e de regiões da Argentina e Uruguai.
A nomenclatura de Pampas geralmente se atribui aos cam- pos da região sul do Rio Grande do Sul e partes da Argentina e Uruguai onde o relevo é bastante plano. Nas outras regiões, são comuns os chamados campos do alto da serra em áreas de
transição com a Mata de Araucária, ou, ainda, campos semelhan- tes às savanas em locais mais secos. existem pontos isolados com vegetação de campos como na região norte do Brasil.
o solo, na maior parte dos campos, apresenta baixa concentração de nutrientes e são muito suscetíveis a erosão, o que torna ainda mais rápido o processo de degradação dos campos.
os pampas são o único bioma do país a ocupar o terri- tório de apenas um estado, o rio grande do sul, tomando cerca de 63% do território gaúcho. Desde o período de sua colonização, os pampas gaúchos vêm sendo utilizados como pastagens naturais e só em 2004 é que os Pampas tiveram sua importância reconhecida e foram alçados ao nível de Bioma.
O problema é que a maioria das atividades de pastagem não leva em conta a fragilidade do equilíbrio dos campos suli- nos, além de terem forçado a evolução seletiva de espécies que melhor se adaptaram à atividade de pastoreio (pisoteamento). Entretanto, outros problemas vêm se somar aos impactos do sobrepastoreio (pastoreio excessivo, sem controle adequado), o plantio de espécies exóticas (por exemplo, eucalipto). em- presas de celulose (fabricação de papel) como Votorantim Celulose e papel, stora enso e Aracruz Celulose vêm aumen- tando cada vez mais a exploração das áreas agriculturáveis dos campos sulinos.
Principais Características:
• Os campos são uma vegetação rasteira e está localizada em diversas áreas do Brasil;
• Tem sofrido com o crescimento do plantio de eucalipto e da agropecuária;
• É predominante no Rio Grande do Sul;
• solo de baixa de baixa qualidade;
• predomínio da de gramíneas.
VegeTAções liTorâneAs
Foto extraída do site: www.brasilescola.com
As principais V. L. são mangues ou manguezais, a vegetação de praias, a vegetação das dunas e a vegetação das restingas. O Mangue, ou Manguezal, é um ecossistema típico de áreas costeiras alagadas em regiões de clima tropical ou subtropical.
GEOGRAFIA CAPíTULO 6 – HIDROGRAFIA DO BRASIL DO BRASIL – EsSA 34 Mesmo com uma variedade pequena de espécies, o man- gue ainda é considerado um dos ambientes naturais mais produtivos do Brasil devido às grandes populações de crus- táceos, peixes e moluscos existentes.
O manguezal desenvolve-se nos estuários e na foz dos rios sendo um berçário para muitas espécies de animais.
O mangue é composto por apenas três tipos de árvores (Rhizophora mangle – mangue-bravo ou vermelho; Avicena schaueriana – mangue-seriba ou seriúba; e Laguncularia race- mosa – mangue-branco) que podem chegar até a 20 metros de altura em alguns lugares do país. esse tipo de ecossistema se desenvolve onde há água salobra e em locais semi abriga- dos da ação das marés, mas com canais chamados gamboas que permitem a troca entre água doce e salgada. seu solo é bastante rico em nutrientes e matéria orgânica com carac- terísticas lodosas e, composto por raízes e material vegetal parcialmente decomposto (turfa).
o Brasil possui a maior faixa de mangue do planeta com cerca de 20 mil km2 que se estendem desde o nordeste (Cabo orange – Amapá) até o sul do país (laguna – santa Catarina). Os manguezais também são encontrados na Oceania, África, Ásia e outros países da América.
no Brasil, a lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, esta- belece o mangue como área de preservação permanente (App). A resolução ConAMA n.o 369 de 28 de março de 2006 estabelece que as áreas de mangue não podem sofrer supressão de sua vegetação ou qualquer tipo de interven- ção, salvo em casos de utilidade pública. Mesmo assim, o mangue é o ecossistema brasileiro mais ameaçado. os piores inimigos dos manguezais brasileiros, além da super -exploração dos seus recursos naturais, são a poluição lan- çada pelas cidades costeiras e indústrias e derramamentos de petróleo. Há ainda quem afirme que os mangues serão os ecossistemas mais afetados com a elevação da temperatura do planeta e do nível dos oceanos, uma vez que ele depende de um equilíbrio frágil entre os rios e as marés para manter suas características constantes.
principais Características:
• Um dos biomas mais produtivos do Brasil;
• Desenvolvem-se em áreas litorâneas;
• Um dos ecossistemas mais ameaçados do Brasil devido a intensa exploração econômica.
eXerCÍCios de FiXAção
01. A vida útil das grandes represas está diminuindo, no Brasil,
devido: a) ao processo de infiltração. b) à falta de aprofundamento do canal principal. c) ao processo de assoreamento. d) ao reflorestamento excessivo das margens do rio principal. e) ao processo de voçorocamento no talvegue do rio principal.
02. Assinale a alternativa que contém duas causas que prejudi-
cam a navegação fluvial no Brasil. a) A maior parte dos rios é de planalto e os rios de planícies
situam-se longe das áreas mais desenvolvidas. b) Os rios não têm volume de água suficiente e as embarcações
são muito deficitárias. c) A rede de drenagem é endorrêica e os rios de planícies
encontram-se fora das áreas mais desenvolvidas. d) O custo de transporte rodoviário é baixo e a expansão da
rede ferroviária foi rápida. e) A maioria dos rios é intermitente e as embarcações possuem
pequeno calado.
03. Associe adequadamente cada uma das afirmações apresentadas na coluna 1, à respectiva bacia hidrográfica citada na coluna 2: Coluna 1 1 - Bacia Amazônica 2 - Bacia do Tocantins 3 - Bacia do São Francisco 4 - Bacia do Paraná 5 - Bacia do Uruguai Coluna 2 ( ) É a segunda maior bacia hidrográfica situada inteiramente
em território brasileiro. ( ) Parte do regime de alimentação do rio principal dessa
bacia hidrográfica é do tipo nival. ( ) É a bacia hidrográfica que sofreu o maior número de
represamentos para geração de energia. ( ) Nessa bacia hidrográfica, destaca-se a atuação do Movi- mento dos Atingidos por Barragens (MAB), que luta pelos direitos das famílias desalojadas pelas usinas hidrelétricas. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 3 - 1 - 4 - 5. b) 3 - 1 - 2 - 4. c) 2 - 1 - 5 - 4. d) 2 - 3 - 4 - 5. e) 2 - 4 - 5 - 3.
04. Atualmente, o rio são Francisco centraliza uma polêmica na- cional provocada por um projeto do uso de suas águas para a perenização de outros rios e açudes da região nordestina. A bacia do são Francisco: a) caracteriza-se por ser tipicamente de planície. b) apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do País. c) liga as duas regiões brasileiras de mais antigo povoamento
- Nordeste e Sudeste. d) possui suas vertentes delimitadas pelos divisores de água
do Planalto das Guianas. e) n. r. a.
05. sobre as grandes bacias hidrográficas brasileiras, é correto
afirmar que: a) A bacia do Amazonas é a que apresenta maior índice de
poluição. b) A bacia do Tocantins possui o maior número de usinas
hidrelétricas. c) A bacia do Paraná possui número reduzido de hidrelétricas. d) A bacia do São Francisco apresenta o maior índice de poluição. e) A bacia do Atlântico Sul, trecho Norte-nordeste, apresenta
escassez hídrica.
GEOGRAFIA DO BRASIL – EsSA CAPíTULO 6 – HIDROGRAFIA DO BRASIL
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EXErCÍCios ComPlEmENTarEs
01. existem formações vegetais nas áreas tropicais, que são adaptadas aos ambientes que apresentamcondições cli- máticas de muita umidade e alta pluviosidade. no Brasil, há inúmeros exemplos de tais formações, que são generi- camente denominadas de: a) xerófilas b) ambrófilas c) hiperxerófilas d) apifitas e) aciculifoliadas
02. dentre os grandes biomas brasileiros, assinale o mais densamente povoado e com as mais evidentes marcas de degradação ambiental: a) Floresta equatorial. b) Caatinga. c) Cerrado. d) Mata atlântica. e) Mata de Araucária.
03. dentre os grandes biomas terrestres, pode-se afirmar, corre-
tamente, que o único bioma exclusivamente brasileiro é a: a) mata atlântica. b) caatinga. c) floresta amazônica. d) floresta de araucárias. e)Savanas.
04. A Mata das Araucárias cobria, nas primeiras décadas do sé- culo XX, quase todo o território dos estados do paraná e de santa Catarina, além de boa parte do estado do rio grande do sul. Hoje, essa vegetação original está reduzida a, apenas, 20% da sua extensão. identifique a opção que explica essa brutal redução:
a) A densa e veloz urbanização regional que provocou o des- matamento das áreas de araucária para dar lugar aos atuais subúrbios metropolitanos. b) O plantio extensivo de eucaliptos que, por possuir maior valor econômico, passou a concorrer com a araucária pelo uso do solo regional. c) As mudanças climáticas sucessivas que alteraram o ecos- sistema regional e reduziram as condições naturais de florescimento da araucária. d) O desmatamento provocado pela exploração em grande escala do pinheiro-brasileiro e a expansão territorial da agricultura comercial. e) A migração do litoral para o interior da Região Sul, promo- vendo uma ocupação desordenada das terras e difundindo o uso da queimada na agricultura.
05. As florestas são os ecossistemas mais complexos do ambiente terrestre. o aumento das áreas naturais impactadas, as altas taxas de desmatamento e os problemas ambientais justificam o esforço mundial para o plantio de grandes áreas com espécies arbóreas. no Brasil, o fator fogo ocorre com maior frequência: a) na floresta atlântica. b) no cerrado. c) na floresta amazônica. d) no manguezal. e) na floresta de araucária.
Gabarito:
EXErCÍCios dE FiXaÇÃo 01. c 02. a 03. a 04. c 05. e
GaBariTo EXErCÍCios ComPlEmENTarEs 01. b 02. d 03. b 04. d 05. b
aNoTaÇõEs
GeoGrafia capítulo 7 – form. e orG. do território Brasileiro do Brasil – essa Capítulo 7
FormaÇÃo E orGaNizaÇÃo do TErriTório BrasilEiro
O território do Brasil ocupa uma área de 8 514 876 Km2. Devido à extensão territorial o Brasil é considerado um país continental por ocupar grande parte da América do Sul, o país se encontra em quinto lugar em tamanho de território no mundo.
A população brasileira está irregularmente distribuída, pois grande parte da população habita em região litorânea do território, onde se encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do que herança histórica, a forma com que o Brasil foi povoado, assim, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.
Até o século XVI o Brasil possuía apenas a área estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por Portugal e Espanha, tratado que dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha.
TrATAdo de TordesilHAs
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Fonte: www.infoescola.com
Os principais acontecimentos históricos – geográficos que contribuíram para a transformação/organização do espaço brasileiro foram:
o ciclo da cana de açúcar no século XVi: A ocupação se limitava ao litoral. A principal atividade econômica desse período foi o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa. A produção dele era destinada à exportação. As propriedades rurais eram grandes extensões de terra que eram cultivadas com força de trabalho escravo. O crescimento da exportação urbanizou o litoral com os primeiros centros urbanos: as cidades portuárias.
Fonte: www.grupoescolar.com
o ciclo da mineração nos século XVii e XViii: Foi marcado pela produção pastoril que adentrou a oeste do país, e também, descoberta de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Esse período foi chamado de aurí- fero, no qual fez surgir várias cidades como Ouro Preto, em MG.
oUro preTo - Mg
Fonte: www.theodora.com
o ciclo do café no século XiX: No século XIX, a atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a produção de café, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Ge- rais e Espírito Santo. Essa atividade contribuiu para o surgimento de várias cidades como Vassouras e Valença no RJ e a infra-estrutura (ferrovias) necessária para a industrialização do Brasil.
VAlençA – rJ
Fonte: www.estacoesferroviarias.com.br
GeoGrafia do brasil – essa capítulo 7 – form. e orG. do território brasileiro
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BrAsil
nome oficial: República Federativa do Brasil descobrimento: 22 de Abril de 1500 independência: 07 de Setembro de 1822 proclamação da república: 15 de Novembro de 1889 governo: República presidencialista presidente da república: Luís Inácio Lula da Silva sistema: República presidencialista divisão administrativa: 26 estados e 1 Distrito Federal Chefe de estado e de governo: Luís Inácio Lula da Silva, eleito por voto direto, para o período de 01.01.2007 à 31.12.2010 poder legislativo: Bicameral, Senado Federal e Câmara dos Deputados
senado Federal: 81 membros deputados: 513 membros, eleitos para mandatos de 4 anos nacionalidade: Brasileira área: 8.514.205 km2 Capital: Brasília (2.455.903 habitantes, 2007) piB: R$ 2,148 trilhões, 2005 (fonte: IBGE) localização: Leste da América do Sul Climas: Equatorial, tropical, tropical de altitude, atlântico, subtropical e semi-árido.
expectativa de vida: 73,48 anos (2010) área de Floresta: 5.511.000 km2 desmatamento: 25.544 km2 ao ano (1995-2000).
População no Brasil
No último mês de Julho(2009) o iBge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o Brasil ultrapassou a marca de mais de 190 milhões de habitantes.
Desse total, 18% - cerca de um em cada cinco - vivem nos dez municípios mais populosos do País. Ainda de acordo com o IBGE, São Paulo é a unidade da federação mais populosa, com 41,4 milhões de habitantes, seguida por Minas Gerais (20 milhões) e Rio de Janeiro (16 milhões). Nessas três unidades da federação da região sudeste se concentram cerca de 40,4% da população brasileira.
De acordo com a Agência Brasil, a cidade com o maior núme- ro de habitantes continua sendo São Paulo, com 11,04 milhões, seguida por Rio de Janeiro (6,9 milhões), Salvador (3 milhões), Brasília (2,61 milhões) e Fortaleza (2,51 milhões).
Entre os dez municípios mais populosos, há uma novidade: a capital do Pará, Belém, passou a ocupar a 10a posição, que antes pertencia a Porto Alegre. A cidade paraense tem um total de 1,44 milhão de habitantes.
Considerando as dez mais populosas que não são capitais, a relação continua a mesma, com Guarulhos na primeira colo- cação, com 1,3 milhão de pessoas, seguida por Campinas, com 1,06 milhão, São Gonçalo, com 991 mil, Duque de Caxias, com 872 mil, e Nova Iguaçu, com 865 mil.
Já entre as cidades com menor número de habitantes, está a paulista Borá, com 837 pessoas. Em seguida, aparece a mineira Serra da Saudade, com 890, a goiana Anhanguera, com 1.018, a mato-grossense Araguainha, com 1.115, e a paulista Nova Castilho, com 1.112.
a distribuição da População Brasileira
A população brasileira está irregularmente distribuída no território. Isso fica evidente quando se compara algumas regiões ou estados, o sudeste do país, por exemplo, apresenta uma densidade demográfica que chega a 100 hab/km2, as regiões nordeste, sudeste e sul reúnem juntas 88% da popu- lação, distribuída em 36% de todo o território. Fato contrário à densidade demográfica do norte e centro-oeste que é inferior a 1hab/km2 correspondendo a 64% do território total.
Até 1960, predominava no Brasil a população rural. no recenseamento de 1970 já se constatou o predomínio da população urbana, com 56% do total nacional. À medida que um país se desenvolve industrialmente, a tendência geral é o abandono do campoem direção às cidades. O homem procura nos centros urbanos melhores condições de vida, conforto, salários e garantias. É o fenômeno do êxodo rural. Atualmente, 75% da população brasileira urbana, isto é, vive nas cidades. No estado do Rio de Janeiro, a população urbana é de 95%.
Ano Urbana % Rural %
1940 31,23 68,77
1950 36,16 63,84
1960 44,67 55,33
1970 55,92 44,08
1980 67,60 32,40
1991 75,47 24,53
Fonte: IBGE/1991
Com relação a cor, o povo brasileiro é composto etnica- mente por brancos de origem europeia, negros de origem africana, amarelos (indígenas e asiáticos) e mestiços.
Conceitos demográficos
Taxa de crescimento vegetativo ou natural: É a diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. Não inclui os estrangeiros residentes no país.
Fonte: IBGE
Taxa de Natalidade: É a relação entre o número de nasci- mentos ocorridos em 1 ano e o número de habitantes. Uma taxa de natalidade de 30% ( por mil ) significa que nasceram trinta crianças ( vivas ) para cada grupo de mil habitantes em 1 ano.
GeoGrafia capítulo 7 – form. e orG. do território Brasileiro do Brasil – essa 38 Taxa de mortalidade: É a relação entre o números de óbitos ocorridos em 1 ano e o número de habitantes (mortalidade geral). Além desse tipo de mortalidade, a mortalidade infantil, que é o número de crianças mortas antes de completar 1 ano de vida para cada grupo de mil crianças com menos de 1 ano de idade. Essa taxa é um importante indicador do nível de desenvolvi- mento sócio-econômico dos diversos países do mundo.
TAXA de MorTAlidAde inFAnTil por esTAdo
População absoluta: É o número total de habitantes de um lugar ( país, cidade etc.).
CresCiMenTo popUlACionAl do BrAsil
Fonte: www.ibge.gov.br
População relativa ou Densidade demográfica: É o número (a média) de habitantes por Km2. Para obtê-la, basta dividir a população absoluta pela área da região analisada.
Fonte: www.portalbrasil.com.br
Recenseamento ou censo demográfico: É o levantamento ou a coleta periódica dos dados estatísticos (como nascimentos, migrações etc.) da população de um país, cidade etc.
Taxa de fecundidade: Número médio de filhos por mulher em idade de procriar, que, por convenção, tem entre 15 e 49.
Fonte: www.ibge.gov.br
Pirâmides etárias
As pirâmides etárias são representações gráficas (histo- grama) da população classificada por sexo e idade. no eixo vertical (y) estão indicadas as diversas faixas etárias, enquan- to que no eixo horizontal (x) está indicada a quantidade de população. As barras da esquerda representam a população masculina, e as barras da direita representam a população feminina. Observe duas pirâmides etárias correspondentes a dois países que apresentam um perfil sócio-econômico bas- tante diferente.
Fonte: www.estudantes.com.br
A forma da pirâmide está associada ao nível de desenvol- vimento do país. As pirâmides com forma irregular, topo largo e base estreita, correspondem aos países com predomínio de
GeoGrafia do brasil – essa capítulo 7 – form. e orG. do território brasileiro
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população adulta e população envelhecida, caso dos países desenvolvidos que atingiram ou estão próximos de atingir a fase de estabilização demográfica.
pirâMide eTáriA do JApão – pAÍs desenVolVido
Fonte: www.infoescola.com.br
As pirâmides de base larga e forma triangular represen- tam países com população predominante jovem e baixa expectativa de vida, caso dos países subdesenvolvidos, em fase de crescimento acelerado, ainda na primeira fase da transição demográfica.
pirâMide eTáriA de UM pAÍs sUBdesenVolVido
Fonte: www. infoescola.com.br
No Brasil, a pirâmide etária tem se modificado a cada déca- da. Sua forma revela uma situação intermediária entre as duas primeiras pirâmides apresentadas, de acordo com as alterações recentes ocorridas do padrão demográfico brasileiro. Observe estas mudanças através da sobreposição das pirâmides de 1980 a 2000.
Fonte: www.educacao.uol.com.br
moVimENTos iNTEr E iNTrarrEGioNais
Há décadas prevalece no território brasileiro o desloca- mento populacional do Nordeste para o Sudeste, sendo que esse fluxo migratório se dirige principalmente para o Estado de São Paulo.
FlUXos MigrATórios no BrAsil
Fonte: www. geografiaparatodos.com.br
A migração de nordestinos para São Paulo manteve-se em níveis semelhantes nos períodos de 1986-1991 e 1995-2000, verificando-se, inclusive, um aumento da participação relativa dos nordestinos no total de migrantes do estado: de 51,7%, entre 1986-1991, para 57,7%, entre 1995-2000.
Apesar desses números, as correntes migratórias no Brasil estão se diversificando. Os movimentos populacionais estão mais intensos dentro do próprio estado ou da região de origem. Contribuem para isso: (a) a falta de oportunidades de emprego no Sudeste, o que causa o retorno de parte dos migrantes às regiões de onde vieram, e (b) o surgimento de novos pólos de desenvolvimento, o que atrai mão-de-obra de outras regiões.
Segundo os números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amos- tras de Domicílios) de 2006, realizada pelo IBGE (Instituto Bra- sileiro de Geografia e Estatística), 40% da população brasileira (ou 74.935 milhões) não vive no município onde nasceu. Além disso, 16% (ou 29.892 milhões) da população não é natural do estado em que reside.
A região com mais migrantes é o Centro-oeste, onde 35,8% da população é proveniente de outros estados. A região nordeste é a que apresenta menor número de migran- tes, com 7,6% da população originária de outras unidades da federação.
De acordo com os dados do IBGE, os deslocamentos popu- lacionais no Brasil, no período 1995-2000, totalizaram 5.196.093 pessoas, cifra que é 3,7% superior aos 5.012.251 observados entre 1986-1991.
Cerca de 65% desse total é composto por deslocamentos ocorridos entre as regiões brasileiras (migração inter-regional) e 35% no interior destas regiões (migração intrarregional). Adian- te, serão discutidos com mais profundidade os deslocamentos inter-regionais e intrarregionais.
GeoGrafia capítulo 7 – form. e orG. do território Brasileiro do Brasil – essa movimentos inter-regionais
No período que compreende os anos de 1995-2000, os movimentos migratórios entre as regiões brasileiras totaliza- ram 3.363.546 pessoas, resultado 4,3% maior ao verificado no período de 1986/1991.
Quando se considera esse número total de migrantes, constata-se que o sudeste ainda é o destino preferido dos brasileiros (1.404.873), apesar da redução no volume de imigrantes (1,5%) e do aumento no volume de emigrantes (20,3%) em comparação com o período de 1986-1991.
O Censo de 2000, em relação ao período 1986-1991, mos- tra que as regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste registraram ao mesmo tempo uma redução do fluxo de imigrantes e um aumento do volume de emigrantes.
A região Centro-Oeste, embora tenha registrado uma va- riação negativa da imigração em apenas 0,3%, apresentou um aumento da emigração de quase 8%. Já as regiões Nordeste e Sul apresentaram comportamentos diferentes das demais regiões, principalmente o Sul, onde se registrou um aumento de quase 16% dos fluxos imigratórios, juntamente com uma redução de 25,7% do volume de emigrantes.
Com relação à região nordeste, observou-se um cres- cimento expressivo do fluxo de imigrantes (a maioria proveniente do sudeste), chegando a 35,5% no período de 1995-2000. Mas continua sendo a região que mais perde população para as demais.
movimentos intrarregionais
Trata-se da migração de pessoas dentro de uma mesma re- gião. O surgimento de novos polos de atração vem promovendo o movimento de migrantes no interior do próprio estado ou região. Essa tendência tem sido mais forte nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste.
Os movimentos migratórios intrarregionais totalizaram 1.832.547 pessoas no período 1995-2000, o que representa um crescimento de 2,6% em relação ao período 1986-1991. Observou-se um forte dinamismo migratório no interior da re- gião Norte, que é respaldado pelo crescimento de quase 39% de trocas intra-regionais, o maior dentre todas as regiões do país. o sul foi outraregião que apresentou um aumento dos fluxos intrarregionais. o estado de santa Catarina mostrou intenso dinamismo migratório ao registrar um crescimento nos volumes de imigrantes e emigrantes.
Já o Estado do Paraná obteve não somente um aumento do fluxo de imigrantes como uma redução no volume de emigrantes. Esta tendência também foi observada nas trocas inter-regionais e reforça o processo de retomada do desenvol- vimento por parte desse estado.
No que se refere ao Rio Grande do Sul, teve reduzido seu volume de imigrantes. Por outro lado, houve um aumento dos fluxos de emigrantes para os demais estados da região Sul, principalmente para Santa Catarina.
O crescimento de 21,8% nos deslocamentos intrarregionais da região Centro-Oeste deveu-se sobretudo ao grande dina-
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mismo migratório observado nos estados de Goiás e Distrito Federal. No caso de Goiás, houve um crescimento de 50,8% dos fluxos de imigrantes.
No Distrito Federal o crescimento do volume de emi- grantes foi superior ao de imigrantes. Os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram queda dos fluxos de imigrantes.
A região sudeste, por outro lado, registrou queda de 1,5% no volume de migrantes intrarregionais. os estados do espírito santo e são paulo registraram queda no volume imigratório e aumento dos fluxos de emigrantes, ao contrário de Minas gerais e rio de Janeiro, que apresentaram compor- tamentos opostos.
Em especial no Estado de São Paulo, houve uma queda de 23,4% no volume de imigrantes. Ao mesmo tempo, au- mentou o fluxo de emigrantes em 36,7%. Esta expressiva redução das trocas de São Paulo com os demais estados da região Sudeste deveu-se principalmente ao aumento dos fluxos de emigrantes para Minas Gerais, chegando a 38,5% no período analisado.
Por outro lado, houve redução de 24% nos fluxos que parti- ram de Minas Gerais com destino a São Paulo. Esses resultados indicam uma forte migração de retorno em direção a Minas Gerais, mas também podem estar mostrando um aquecimento do mercado de trabalho mineiro.
o nordeste, por sua vez, registrou redução de 11,1% nos fluxos migratórios intrarregionais, movimento contrário ao observado nas trocas com as demais regiões do país, onde se observou um aumento de 35,5% no volume de imigrantes.
Todos os estados nordestinos obtiveram queda tanto nos fluxos de imigrantes quanto de emigrantes, com exceção do Ceará, onde houve um aumento de 5,4% no volume de imi- grantes. Esses resultados indicam um esfriamento das trocas migratórias entre os estados do Nordeste e a intensificação das trocas com os demais estados brasileiros.
Tipos de migração
A migração é um movimento que de um lado se configura em emigração, quando o movimento é de saída de um deter- minado país; e imigração, quando o movimento é de entrada em um determinado país.
Com isso temos países que são considerados países de emi- gração (aqueles onde predomina a saída de pessoas), e países de imigração (aqueles onde predomina a entrada de pessoas). As migrações podem ser de vários tipos. Se considerarmos o espaço de deslocamento temos:
a) Migração internacional ou externa: aquela que se realiza de um país para o outro.
b) Migração nacional ou interna: aquela que se realiza dentro do mesmo país. Essa se subdivide em :
b.1) Migração inter-regional: aquela que se realiza de uma região para outra.
b.2) Migração intrarregional: aquela que se realiza dentro da mesmo região.
GeoGrafia do brasil – essa capítulo 7 – form. e orG. do território brasileiro
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Se levarmos em consideração o tempo de permanência do migrante temos:
a) Migração definitiva: quando a migração se dá sem que o migrante saia mais do local para onde foi, ou que não volte mais para o local de onde saiu.
b) Migração temporária: quando a migração se dá por um tempo que pode ser determinado ou indeterminado.
b.1) Migração Sazonal ou Transumância: ocorre num espaço de tempo longo e que dura no mínimo três meses.
Ex: Bóia-Fria. b.2) Migração Pendular: ocorre num curtos espaço de tem- po, ou seja, é uma movimentação diária. Ex: deslocamento de casa para o trabalho nos grandes centros urbanos.
Se considerarmos a forma como se deu a migração temos: a) Migração espontânea: quando ela se dá por vontade própria do migrante.
b) Migração forçada: quando ela se dá por uma vontade externa ao interesse do migrante. Ex: Guerras
c) Migração planejada: quando ela se dá de forma planejada a fim de cumprir um determinado objetivo.
EXErCÍCios dE FiXaÇÃo
01. segundo dados do iBge (2006), o estado de são paulo tem- -se caracterizado por um número maior de pessoas que dele saem. segundo estudiosos, tal fenômeno é relativamente novo e diz respeito, principalmente, à: a) “migração de retorno” de estrangeiros radicados no Estado os quais, por motivos de ordem econômica, estão voltando a seus países de origem, cujas economias demonstram, na atualidade, maior dinamismo. b) emigração de paulistas para os Estados Unidos, atraídos por melhores condições de trabalho e de vida, bem como pela possibilidade de remeter valores às suas famílias que aqui permanecem. c) “migração de retorno” de brasileiros, sobretudo nordestinos, que, ao buscarem melhores condições de vida, e por não as encontrarem, retornam a seus estados de origem. d) migração de paulistas para outros estados do país, em busca de novas frentes de emprego e qualidade de vida, dada a estagnação do setor terciário paulista. e) emigração de um grande número de paulistas descendentes de japoneses, para o Japão (decasséguis), devido às exce- lentes condições de vida a eles oferecidas naquele país.
02. o Brasil com seus mais de 180 milhões de habitantes, é a quinta nação mais populosa do planeta. sobre esse assunto assinale a afirmativa que não corresponde a realidade: a) Apesar de o deslocamento da população do Nordeste para o Sudeste continuar ocorrendo, as correntes migratórias internas do país estão sofrendo uma diversificação. b) O crescimento demográfico brasileiro vem acompanhan- do uma certa tendência mundial, ou seja, apresentando uma aceleração em face da taxa de fecundidade que se encontra crescente.
c) O aparecimento de novos polos de atração vem incentivan- do o movimento de migrantes no interior dos estados ou das macroregiões. d) A urbanização do Brasil consolidou-se na década de 1970, época em que a população residente nas cidades excede o número de moradores das áreas rurais. e) A mortalidade infantil, no Brasil, varia bastante de uma região para outra, esse problema associa-se à qualidade de vida nas localidades e, também, ao grau de instrução dos pais.
03. observe o mapa para responder à questão.
Assinale a alternativa que indica o fenômeno socioeconô- mico representado no mapa:
a) Taxa de analfabetismo entre adultos. b) Taxa de fecundidade entre adolescentes. c) Mortos em conflitos de terra. d) Proporção de desempregados. e) Índice de desenvolvimento humano.
04. É comum nas grandes metrópoles brasileiras, o trabalhador residir em uma cidade da região metropolitana e se deslocar diariamente até a cidade principal para trabalhar. esse vai e vem diário do trabalhador é chamado de: a) Migração pendular. b) Transumância. c) Êxodo rural. d) Emigração. e) Imigração.
05. As migrações internas no território brasileiro tiveram papel de destaque, com movimentos variáveis no tempo e no es- paço. os fluxos migratórios internos, durante a década de 1990, direcionaram-se predominantemente para: a) o Sudeste por causa da expansão da atividade industrial. b) as grandes metrópoles em consequência dos deslocamentos
da população rural em direção às cidades. c) o Centro-Oeste em decorrência da Marcha para o Oeste. d) os municípios de pequeno e médio porte, em razão do
acesso ao emprego e pelo custo de vida mais baixo. e) o Sul, estimulados pelas políticas desenvolvidas pelo go-
verno federal.
GeoGrafia capítulo 7 – form. e orG. do território Brasileiro do Brasil – essa 42 EXErCÍCios ComPlEmENTarEs
01. Considere as seguintes afirmações, relacionadas a questões
populacionais brasileiras. I - Atéa década de 1930, o crescimento populacional foi fortemente influenciado pela imigração. A partir de então, esse crescimento passou a depender muito mais do crescimento vegetativo. II - Os dados do Censo Demográfico brasileiro de 2000 demons-
tram a queda na taxa de fecundidade brasileira. III - A Região Centro-Oeste continua apresentando o maior índice de mortalidade infantil entre as regiões brasileiras, sendo Mato Grosso o estado que apresenta as taxas mais altas: 53 mortes em cada mil crianças nascidas. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III.
02. o lamentável episódio que culminou no assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes em londres remete à lembrança de que o Brasil é um país de emigrantes. os principais destinos de brasileiros geraram denominações como “brazucas”, “dekasseguis” e “brasiguaios”, que são associados, respectivamente, a brasileiros que foram para: a) Estados Unidos, Japão e Paraguai. b) União Européia, China e Bolívia. c) Reino Unido, Coreia do Sul e Paraguai. d) Estados Unidos, Coreia do Sul e Bolívia. e) Reino Unido, Japão e Equador.
03. segundo os critérios de cor e raça, adotados pelo iBge, a distribuição da população brasileira, com predomínio de brancos e pardos, pode ser compreendida se forem consi- derados também os processos de povoamento e ocupação do território nacional. esse predomínio explica-se na região: a) Sudeste, desde o início da colonização, pela miscigenação
entre índios, negros e brancos. b) Centro-Oeste, desde o período da mineração, pelo contato
entre indígenas e negros. c) Sul, desde a guerra do Brasil com o Paraguai, pelo contato
entre indígenas e colonizadores brancos. d) Nordeste, desde o período da economia açucareira, pela
miscigenação entre indígenas e negros. e) Norte, desde a construção da Rodovia Transamazônica, pela
mestiçagem entre indígenas e negros.
04. o Brasil ocupa a 65o posição no idH (Índice de desenvolvi- mento Humano). para a definição deste índice, são utilizadas variáveis básicas, referentes ao modo como vive a população. entre essas variáveis, fazem parte do idH: a) Expectativa de vida, renda per capita e taxa de importação. b) Taxa de exportação, consumo de energia e educação. c) Renda per capita, expectativa de vida e educação. d) Taxa de desemprego, taxa de exportação e expectativa de vida. e) Educação, taxa de fecundidade e taxa de desemprego.
05. em 2003, o governo brasileiro propôs mudanças no sistema da previdência social que culminaram numa ampliação do tempo de contribuição do trabalhador brasileiro para a previdência social. Assinale a mudança na dinâmica populacional brasileira que foi utilizada como argumento pelo governo para justificar o aumento do tempo de contribuição do trabalhador:
a) Crescimento da população jovem. b) Crescimento da população infantil. c) Aumento na expectativa de vida. d) Queda das taxas de fecundidade. e) Diminuição da taxa de crescimento vegetativo.
Gabarito:
EXErCÍCios dE FiXaÇÃo 01. c 02. b 03. e 04. a 05. d
GaBariTo - EXErCÍCios ComPlEmENTarEs 01. d 02. a 03. a 04. c 05. c
aNoTaÇõEs
GEOGRAFIA DO BRASIL – ESSA CAPíTULO 8 – MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
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Capítulo 8
maTriz ENErGéTiCa BrasilEira
As fontes de energia podem ser convencionais ou alter- nativas. Energia convencional é caracterizada pelo baixo custo, grande impacto ambiental e tecnologia difundida. Já a energia alternativa é aquela originada como solução para diminuir o impacto ambiental. Com essas duas fontes de energia, surgem também duas distinções: renováveis e não-renováveis.
renovável: é a energia que é extraída de fontes naturais capaz de se regenerar. Ex: energia solar, energia eólica, etc.
não-renovável: é a energia que se encontra na natureza em quantidades limitadas, que com sua utilização se extingue. Ex: petróleo, carvão mineral, etc.
as principais fontes de energia no Brasil
Dentre as formas de obtenção de energia, a hidrelétrica está entre as que menos poluem, principalmente se comparada com os combustíveis fósseis, tendo em vista que não gera resíduos que poluem o ambiente.
energia hidrelétrica é um tipo de energia concebida a partir da força das águas, geralmente utiliza um rio para im- pulsionar as turbinas, além dos desníveis do relevo ou quedas construídas pelo homem.
Apesar de aparentemente não ser nociva ao ambiente, a geração de energia a partir de usina hidrelétrica requer a construção de enormes reservatórios que represam as águas de um rio de modo que formem quedas, responsá- veis por movimentar as turbinas. Diante disso, percebemos que, ao represar um rio, enormes áreas são inundadas, cobrindo florestas, matando animais, comprometendo rios menores e seus peixes, além de fazendas antigas, povoados, cidades e etc.
UsinA HidrelÉTriCA BinACionAl (BrAsil e pArAgUAi) de iTAipU
Fonte: www.brasilescola.com
Nesse tipo de geração de energia é necessário que se tenha rios com grande volume de água e corram sobre relevo do tipo planalto, propiciando assim quedas de água. em razão
desse requisito, nem todo país tem condições naturais para a implantação de usinas hidrelétricas. Os países que possuem grande potencial para geração de energia hidrelétrica são: Rússia, Canadá, Estados Unidos e Brasil. Todos eles possuem territórios de dimensões continentais e abrigam uma grande quantidade de rios.
A produção desse tipo de energia é limitada em virtude das condições naturais necessárias, porém, apesar de sua limitação, apresenta vantagens em relação a outros tipos de fontes energé- ticas (petróleo, carvão e energia atômica). Dentre as vantagens estão: não gera diretamente poluição e não esgota.
No Brasil a energia elétrica é a forma mais utilizada devido a grande quantidades de rios e a forma do nosso relevo.
Segundo dados da ABrAge e da Cesp, até o ano de 2002, as maiores usinas hidrelétricas brasileiras por capacidade ins- talada, eram:
1) Itaipú (Rio Paraná) - 12.600 MW (*); 2) Tucuruí (Rio To- cantins) - 4.245 MW; 3) Ilha Solteira (Rio Paraná) - 3.444 MW; 4) Xingó (Rio São Francisco) - 3.000 MW; 5) Paulo Afonso IV (São Francisco) - 2.460 MW; 6) Itumbiara (Rio Paranaíba) - 2.082 MW; 7) São Simão (Rio Paranaíba) - 1.710 MW; 8) Foz do Areia (Rio Iguaçu) - 1.676 MW; 9) Jupiá (Rio Paraná) - 1.551 MW; 10) Itaparica (Rio São Francisco) - 1.500 MW; 11) Itá (Rio Uruguai) - 1.450 MW; 12) Marimbondo (Rio Grande) - 1.440 MW; 13) Porto Primavera (Rio Paraná) - 1.430 MW; 14) Salto Santiago (Rio Iguaçu) - 1.420 MW; 15) Água Vermelha (Rio Grande) - 1.396 MW; 16) Corumbá (Rio Corumbá) - 1.275 MW; 17) Segredo (Rio Iguaçu) - 1.260 MW; 18) Salto Caxias (Rio Iguaçu) - 1.240 MW; 19) Furnas (Rio Grande) - 1.216 MW; 20) Emborcação (Rio Paranaíba) - 1.192 MW; 21) Salto Osório (Rio Iguaçu) - 1.078 MW; 22) Estreito (Rio Grande) - 1.050 MW; 23) Sobradinho (Rio São Francisco) - 1.050 MW.
(*) Itaipú é considerada usina binacional (Brasil/Paraguai). Assim, inteiramente nacional, a maior é a de Tucuruí, no Pará.
recursos energéticos fósseis
A natureza oferece uma série de recursos indispensáveis ao homem, dentre eles podemos citar os minerais e os recursos energéticos fósseis.
Os recursos energéticos fósseis, além de serem utilizados para a geração de energia, são agregados na produção de inúmeros produtos industriais. Os principais são: petróleo e carvão mineral. Esses são de importância fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação, tendo em vista que países desprovidos de tais recursos enfrentam muitas dificuldades nos seguimentos industriais, comerciais e agrícolas.
O petróleo se formou há milhões de anos, a partir de matéria orgânica (restos de animais, vegetais e microrganismos) que se armazenou no fundo dos oceanos. Em razão da temperatura e da pressão sofrida, a matéria orgânica se transformou em um líquido viscoso, de coloração escura.
Esse importante recurso mineral é extraído todos os dias em várias partes do mundo. A unidade de medida usada é o barril, que equivale a 159 litros de petróleo. Após a extração do petróleodo subsolo ou do fundo do mar, ele
GEOGRAFIA CAPíTULO 8 – MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA DO BRASIL – ESSA é transportado para as refinarias, onde o minério bruto é beneficiado e transformado em produtos como: gasolina, óleo diesel e querosene.
A partir do petróleo são fabricados ainda: plásticos, bor- rachas sintéticas, asfalto, fertilizantes, fibras e muitos outros.
O carvão se formou há milhões de anos através da de- composição de matéria orgânica (vegetais e animais) que se transformou, em face da abundância em carbono, num ele- mento rochoso, o próprio carvão mineral. Uma das principais utilizações desse minério é de servir de energia em fornos siderúrgicos, nos quais é produzido o aço. O carvão também é agregado na fabricação de corantes, inseticidas, plásticos, medicamentos, entre outros.
o gás natural
O gás natural é um tipo de gás constituído, majoritariamen- te, por metano. Geralmente, é encontrado junto com combus- tíveis fósseis (petróleo ou carvão mineral). Esse gás pode ser usado como combustível, sendo aproveitado como um dos componentes dos adubos.
O gás natural pode ser encontrado de duas formas, sendo diluído no óleo ou mesmo em composição gasosa, além de se apresentar isoladamente próximo à superfície terrestre. Esse tipo de fonte energética tem sido bastante usada no mundo como combustível, por isso responde por 20% de todas as energias produzidas.
Estima-se que, por volta do ano de 2020, o consumo de gás natural aumente aproximadamente 86%, disponibilizando duas maneiras de aproveitamento, sendo utilizado de forma líqui- da ou gasosa. E o melhor é que existem significativas jazidas espalhadas no mundo. Outro atrativo dessa fonte de energia é que sua queima emite um percentual menor de poluentes em relação aos combustíveis fósseis.
O uso do gás natural tem aumentado no Brasil e no mundo, isso é explicado pelo fato desse gás possuir um custo mais baixo se comparado ao petróleo e o carvão mineral, além de ser mais fácil de ser transportado, uma vez que ele se desloca por meio de gasodutos.
O gás em questão tem seu uso difundido como com- bustível (combustão mais limpa, além de pouco danificar os equipamentos) automotivo (usado para movimentar motores de caminhões, ônibus e carros, gerando uma economia de aproximadamente 70%) e na indústria (utilizado com uma das matérias-primas na fabricação de metanol, amônia e ureia).
Energia Nuclear
A energia nuclear é uma espécie alternativa de energia gerada a partir de usinas nucleares, onde a fissão do átomo é realizada. Desse modo, a quebra do átomo produz energia elétrica. Para a produção é necessário urânio ou tório, que são minérios extremamente radioativos.
Os principais produtores de energia nuclear são os países europeus. Atualmente, de acordo com a Agência Internacional
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de Energia Atômica, cerca de 7% de toda energia produzida no mundo são oriundas das usinas nucleares.
É comum que as pessoas relacionem usinas nucleares com fabricação de bombas, entretanto, elas podem ser usadas unicamente com finalidade pacífica, como por exemplo, na produção de energia elétrica.
O Brasil é um dos vários países que produz energia nuclear, apesar dos possíveis riscos esse tipo de energia, tem ganhado mais espaço como uma das formas de substituição aos com- bustíveis fósseis.Recentemente o governo Brasileiro conseguiu a liberação para (re)iniciar as obras na Usina de Nuclear em Angra dos Reis-RJ.
UsinA nUCleAr – AngrA dos reis/rJ
Fonte: www.baixaki.com.br
Fontes alternativas
existe hoje no Brasil uma gama de fontes alternativas de geração de energia, as mais conhecidas são: a solar, eólica e os biocombustíveis.
Os biocombustíveis são combustíveis com fontes reno- váveis, obtidos a partir do beneficiamento de determinados vegetais, entre os quais podemos citar: cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, resíduos agropecuários, eucalipto, soja, o girassol, a mamona, etc.
Essa fonte de energia, de acordo com especialistas, é uma alternativa relativamente eficiente para amenizar diversos problemas relacionados à emissão de gases e, automatica- mente, combater o efeito estufa. Para isso é preciso promover gradativamente a substituição do uso dos combustíveis fósseis pelos biocombustíveis.
Atualmente, a produção de energia a partir de produtos agrícolas é classificada em: etanol, biogás, biodiesel, florestas e resíduos. em relação à produção do etanol, pretende-se obter totalmente a partir da cana-de-açúcar.
O biogás é uma fonte de energia produzida de restos de matéria orgânica em fase de decomposição, como por exemplo, palhas, estercos, bagaços de diversos tipos de vegetais ou lixo. O biodiesel é uma fonte de energia obtida a partir do pro- cessamento de determinadas sementes, como de mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim e soja. Os óleos derivados
GEOGRAFIA DO BRASIL – ESSA CAPíTULO 8 – MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
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desses vegetais podem ser usados integralmente ou agregados ao diesel (fóssil) em quantidades variadas.
no entanto, é bom ressaltar que a produção de bicombus- tíveis age negativamente nos ambientes naturais. inclusive, pode comprometer a produção de gêneros alimentícios, aumentar o desmatamento e a concentração da terra, assim como, o desgaste dos solos.
EXErCÍCios dE FiXaÇÃo
01. A adoção de usinas nucleares para gerar energia voltou ao debate no Brasil em função da anunciada crise energética. entre as implicações mais graves que este modelo de geração de energia cria, está a) o aumento do poder militar do Brasil, que ganhará um posto
no Conselho de Segurança da ONU. b) o lixo atômico, cuja atividade prolonga-se por gerações. c) a ameaça de explosão por ambientalistas radicais. d) a obrigação do país de não produzir armas nucleares, que
mantém o ‘status quo’ nuclear mundial. e) o risco de acidentes fatais, dado o vazamento frequente de
material radioativo.
02. A crescente urbanização do território brasileiro, aliada ao processo de industrialização e aperfeiçoamento dos sistemas técnicos, contribuiu para uma reorganização do setor hidrelétrico, tornando possível comunicar as linhas através de estações e subestações de conversão. Assinale a alternativa que contém as usinas que formam o subsistema hidrelétrico do norte/nordeste. a) Tucuruí, Paulo Afonso, Sobradinho e Furnas b) São Samuel, Ilha Solteira, Jupiá e Balbina c) Paulo Afonso, Boa Esperança, Três Marias e Tucuruí d) Boa Esperança, Moxotó, Balbina e Xingó e) Madeira, Tucuruí, Sobradinho e Balbina.
03. As fontes de energia podem ser classificadas como modernas (carvão, petróleo, água e átomo) e alternativas (biomassa, sol, hidrogênio, mares e ventos). Associe adequadamente as afirmações apresentadas na coluna 2, às respectivas fontes de energia, listadas na coluna 1.
Coluna 1 1. carvão 2. petróleo 3. água 4. calor da Terra 5. biomassa Coluna 2 ( ) No Brasil, essa fonte de energia gera cerca de 36% da energia total e cerca de 90% da energia elétrica consu- mida no país. ( ) Juntamente com o gás natural, essa fonte de energia gera
cerca de 55% da energia consumida mundialmente. ( ) É uma fonte de energia produzida a partir de plantas das
quais se extrai o álcool. ( ) De acordo com a porcentagem de carbono, essa fonte de
energia pode ser chamada de linhito, hulha e antracito.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 2 - 1 - 3 - 4. b) 5 - 3 - 1 - 2. c) 3 - 2 - 4 - 1. d) 4 - 5 - 2 - 3. e) 3 - 2 - 5 - 1.
04. nos últimos anos, a política energética brasileira vem apon- tando a necessidade de diversificação da matriz energética, fazendo com que sejam ampliados os investimentos em fontes de energia renováveis como, por exemplo: a) gás natural, petróleo, energia eólica e energia nuclear. b) petróleo, energia solar, energia geotérmica e energia
eólica. c) gás natural, energia geotérmica, energia hidrelétrica e
energia biológica. d) energia eólica, energia biológica, energia solar e energia
hidrelétrica. e) energia biológica, energia nuclear, energia eólica e gás
natural.
05. em 2006, o Brasil alcançou a auto-suficiência

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