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Bases de Gestão para Engenharia 5

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Bases de Gestão para Engenharia
Aula 5 - O pensamento econômico
INTRODUÇÃO
Diariamente, temos que fazer escolhas do que comprar, do que abrir mão de comprar em detrimento de outro bem ou um plano futuro, enfim... tomamos decisões a todo o momento na nossa vida. As escolhas fazem parte e elas também compõem o cerne da Economia.
Tanto indivíduos como a sociedade precisam tomar uma série de decisões econômicas, para conciliar o uso dos recursos escassos com as infinitas necessidades e os desejos. É importante estudar Economia para entender o mundo que nos cerca e as escolhas necessárias que fazemos.
Pela escassez dos fatores ou recursos de produção, a produção total de um país tem um limite máximo, ou seja, há uma produção potencial quando todos os recursos disponíveis estão empregados. Precisamos de um modelo que, de forma simplificada, mas suficientemente exata, represente esses dilemas na alocação de recursos, incorporando, necessariamente as noções de eficiência e de crescimento em um sentido econômico.
A curva de possibilidades de produção é que nos permite conhecer e operar, em bases simplificadas, um modelo que retrate essas condições, e o custo de oportunidade, ou custo da escolha, ou custo alternativo.
Para entender o funcionamento do sistema econômico há necessidade de analisar os fluxos reais e monetários assim como os agentes econômicos e os fatores de produção.
Para participar das discussões acadêmicas sobre a economia atual temos que nos debruçar no que já foi escrito e estudado. A evolução sumária da Economia, ao longo dos tempos, faz-se necessária para o entendimento das teorias e dos pressupostos atuais.
Outro objetivo desta aula é diferenciar o sistema econômico capitalista do socialista e destacar como a Economia se divide de forma didática. Nas próximas aulas, inclusive, vamos trabalhar sumariamente com essas divisões: Micro e Macroeconomia.
Por fim, vamos fazer uma contextualização da Ciência Econômica e, principalmente, da sua relação com as diferentes profissões.
OBJETIVOS
Reconhecer a questão fundamental da Ciência Econômica que é a escassez dos fatores de produção;
Identificar a classificação dos sistemas econômicos;
Definir cada um dos cinco fatores de produção;
Reconhecer a curva de possibilidades de produção como forma de representar a capacidade máxima de produção de uma economia em certo momento;
Compreender o conceito de Custo de Oportunidade de um fator de produção;
Analisar o fluxo circular de renda e produção;
Reconhecer a evolução e as principais referências da história econômica;
Distinguir a Economia de planejamento central da Economia de mercado;
Distinguir os ramos da Economia.
Uma breve contextualização
A todo o momento somos “bombardeados” por questões econômicas nos jornais, na televisão e nas redes.
Questões como aumento de preços, desemprego, comportamento das taxas de juros, deficit governamental, vulnerabilidade externa, período de crise econômica ou de crescimento dentre outros, são temas que fazem parte da nossa rotina e são discutidos por cidadãos comuns.
Outras questões que a Economia estuda e que afetam o consumidor, o assalariado, o empresário etc., são:
Como controlar a inflação?
Como fazer a Economia crescer mais?
O que foi a crise econômica mundial? Ela já acabou?
Qual o problema do aumento da importação de produtos chineses?
Por que os impostos são tão altos no Brasil?
O que é uma reforma fiscal?
Por que a renda no Brasil é muito concentrada?
O estudo da Economia nos ajuda a despertar o interesse por esses assuntos e a tentar formular respostas para estas e outras perguntas.
A importância de estudar Economia
O conhecimento de Economia é muito útil no dia a dia. É tão benéfico, que vários desses dados você já tem e não se deu conta disso.
Vejamos um exemplo:
Seu time de futebol, que tem uma grande torcida, vai fazer um jogo decisivo no sábado. Você vai deixar para comprar o ingresso, no próprio sábado, um pouco antes da partida?
Claro que não! Pois, neste caso, você vai comprar de cambista e pagar muito caro.
O cambista vende caro porque, a essa altura, não há mais ingressos disponíveis nas bilheterias, mas ainda tem pessoas querendo comprar.
Dito de outra forma:
Ensinou, e você aprendeu, por que é algo útil no dia a dia. Mas a “escola da vida” não ensina tudo, caso contrário ninguém faria faculdade. Vejamos agora um tipo de situação em que o conhecimento de Economia é importante.
Suponha que você queira comprar uma televisão nova e existam duas opções, a vista ou em 24 vezes com juros de 2% ao mês, mas com uma prestação baixa.
Suponha também que a inflação seja de 0,5% ao mês e a caderneta de poupança renda 0,6% ao mês. A maioria das pessoas optaria por pagar a prazo, afinal a prestação é baixa e cabe bem no salário. Essa solução é a mais cômoda, mas não é a melhor.
Você estará pagando de juros o equivalente a 4 vezes o valor da inflação e durante 24 meses!
Não é necessário fazer cálculos para confirmar, é evidente que, nesse caso, “o barato sai caro”.
Para chegar a essa conclusão você comparou a taxa de juros com a taxa de inflação e o rendimento da caderneta de poupança, e (implicitamente) confrontou o preço a vista com o preço a prazo. Com noções de Economia é mais fácil fazer esse tipo de raciocínio.
O objeto de estudo da ECONOMIA...
Mas do que trata a economia?
A definição mais conhecida de Economia é:
“uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade escolhem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e os grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas da melhor maneira possível”.
(BRAGA; VASCONCELLOS, 2011)
Nessa definição, temos vários conceitos importantes:
Para satisfazer o maior número dessas necessidades, a sociedade conta com recursos ou fatores de produção como:
Esses recursos, no entanto, são bastante limitados e, assim, nem todas as necessidades podem simultaneamente ser satisfeitas.
Desejos de consumo da sociedade
Como já foi dito, o objetivo principal da atividade econômica é o de atender as necessidades humanas. Hoje, pelos novos conceitos e realidades, pode-se ampliar esse entendimento para as necessidades do planeta (sustentabilidade).
Objetivando apenas em nós, seres humanos, as necessidades representam os desejos de consumo da sociedade.
Observa-se que são ilimitadas e diversificadas. De um modo geral, quando as necessidades básicas são atendidas, o indivíduo passa a ter outras.
Atenção!
Uma vez atendidas plenamente as necessidades ditas materiais, o indivíduo passa a sentir outro tipo de necessidade: a estima dos amigos, o reconhecimento e a aceitação do grupo social que frequenta, necessidade de status e assim por diante.
A definição de ECONOMIA sugere que existem dois lados a serem conciliados.
É fato que toda ciência possui sua própria terminologia, e a Ciência Econômica não é diferente.
Por esse motivo, para que você já possa ir se familiarizando e conseguindo mais facilidade nas leituras dos textos, apresentamos, a seguir, alguns dos conceitos mais frequentes encontrados na literatura econômica.
As questões econômicas fundamentais, escassez e necessidades
A escassez dos recursos ou fatores de produção e as necessidades ilimitadas da sociedade geram os chamados “problemas econômicos fundamentais”:
O QUE E QUANTO PRODUZIR:
A sociedade terá que escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais os produtos a serem produzidos e em que quantidades.
COMO PRODUZIR:
A sociedade terá que escolher quais recursos ou fatores de produção serão utilizados para gerar os produtos e que tecnologia utilizar.
PARA QUEM PRODUZIR:
A sociedade deverá decidir o mercado consumidor se pretende agir.
Como já foi dito, essas questões só existem porque há escassez e necessidades a serem atendidas.
Estamos tratando aqui apenas dos
bens econômicos, que são aqueles relativamente escassos e precisam ser produzidos e, portanto, não são abundantes e oferecidos gratuitamente pela natureza, como é o caso dos bens livres (ex.: ar, água, luz solar etc.). As necessidades vão definir o tamanho do mercado consumidor de um produto.
O modo como as sociedades tentam resolver os problemas econômicos fundamentais dependendo da forma que cada país organiza sua economia, ou seja, do sistema econômico.
Um sistema econômico pode ser definido da seguinte maneira:
“Forma política, social e econômica pela qual está organizada a sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e do consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e no bem-estar”.
Problemas econômicos fundamentais
São gerados pela escassez dos recursos ou fatores de produção e as necessidades ilimitadas da sociedade:
O que e quanto produzir — a sociedade terá que escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais os produtos a serem produzidos e em que quantidades. 
Como produzir — a sociedade terá que escolher quais os recursos ou fatores de produção serão utilizados para gerar os produtos e que tecnologia utilizar.
Para quem produzir — a sociedade deverá decidir o mercado consumidor se pretende atingir.
Grupos de sistemas econômicos
De forma geral, os sistemas econômicos podem ser classificados em dois grandes grupos.
Nos dois sistemas, ocorrem as trocas econômicas que são vantajosas aos agentes econômicos perante a escassez de recursos porque possibilitam a divisão e a especialização da produção, da distribuição, da comercialização e do consumo em uma organização econômica.
SISTEMA ECONÔMICO CENTRALIZADO OU PLANIFICADO: Organizado diretamente por uma agência de Estado, onde todo e qualquer planejamento das condições econômicas está vinculado diretamente pelas decisões desta entidade e onde os meios de produção pertencem, de uma maneira geral, a ela.	
SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA OU DE MERCADO: O fundionamento da economia é regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Fatores ou recursos de produção
Como vimos, consideram-se fatores de produção os meios disponíveis para se gerar os produtos que a sociedade necessita.
	
Sua principal característica é a escassez, no sentido de que, na maioria das vezes, são limitados em quantidade. Esse é, sem dúvida, o cerne da questão econômica: a escassez dos fatores de produção.
Outra característica é a versatilidade, significando que um mesmo fator de produção possui a capacidade de poder ser utilizado em vários processos produtivos. Isso fica demonstrado, por exemplo, ao observarmos que um mesmo trator pode ser utilizado...
Fator de produção terra ou recursos naturais
Constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos.
Tratam-se das reservas naturais (solo e subsolo), águas (oceanos, mares, rios, lagos), pluviosidade e clima, flora e fauna e até fatores extraterrestres (como, por exemplo, a fonte inesgotável da energia solar e a influência lunar sobre as marés).
FATOR DE PRODUÇÃO TRABALHO
A parcela da população apta a desenvolver uma atividade econômica é considerada de fator trabalho. Trata-se, portanto, da população total deduzindo-se as crianças e os idosos. A esse contingente de pessoas aptas dá-se o nome de população econômica (PE).
FATOR DE PRODUÇÃO CAPACIDADE TECNOLÓGICA
O conjunto de conhecimentos e habilidades que uma sociedade possui.
FATOR DE PRODUÇÃO CAPITAL
Vem a ser o somatório de construções, máquinas e equipamentos. Isso significa dizer que é considerado como fator de produção capital de uma economia as suas disponibilidades para a geração de novas riquezas.
FATOR DE PRODUÇÃO CAPACIDADE EMPRESARIAL
Vem a ser a capacidade de organizar o fluxo de produção, ou seja, a capacidade de gestão. Em última análise, é a forma de administrar da melhor maneira possível a utilização dos quatro primeiros fatores de produção no processo produtivo.
Custo de Oportunidade
Vimos, na aula anterior, que a Economia é uma ciência que lida com escolhas, pois devemos decidir quais desejos serão atendidos com a utilização de quais recursos.
Sempre que escolhemos produzir determinado bem devemos abrir mão de recursos que poderiam ser empregados na produção de outros bens, significando o custo de oportunidade na produção de um bem.
Este é um dos conceitos mais importantes da Economia, se aplicando tanto à alocação de recursos como às decisões entre investimentos alternativos.
Curva de Possibilidades de Produção
O custo de oportunidade não é o ganho relativo a uma escolha, nem ao custo da produção do que foi escolhido, mas corresponde ao que se deixou de ter ou ao sacrifício do que se deixou de produzir ao se fazer determinada escolha.
Esse dilema nas escolhas é representado pela Curva de Possibilidades de Produção (ou Curva de Transformação da Produção). A curva é um bom exemplo de um modelo utilizado para, de forma simplificada, representar a realidade.
Essa curva, que é uma representação simplificada de uma economia, é sempre côncava e, em cada eixo, há um produto.
A área delimitada pela curva é a de possibilidades de produção para aquela economia em relação aos dois produtos, que são os únicos produzidos, no caso alimentos (em toneladas) e máquinas (quantidade). 
DESLOCAMENTO “PARA FORA”
Isso significa que qualquer ponto além da curva é impossível de ser alcançado. A produção máxima é alcançada quando a economia está em algum ponto da borda da curva. Esse é seu limite, o limite das possibilidades de produção.
Havendo mais produtividade ou disponibilidade de fatores a curva se desloca para a direita (“para fora”).
A área delimitada pela curva é dada pela capacidade produtiva da economia, que por sua vez depende da disponibilidade de fatores produtivos. Portanto, quanto maior a disponibilidade de fatores de produção, maior a capacidade produtiva da economia.
Curva de Possibilidades de Produção
DESLOCAMENTO “PARA DENTRO”
Havendo menos produtividade ou disponibilidade, o deslocamento é para a esquerda (“para dentro”). 
Fluxo circular de renda e produção
Trata-se apenas de empréstimo, com regras definidas, dos fatores produtivos e não venda desses fatores. Se fosse venda, no caso do trabalho, estaríamos no regime de escravidão e não de trabalho assalariado. O trabalhador pode, a hora que quiser, pedir demissão, e o acionista pode vender suas ações quando desejar.
A contrapartida da utilização dos fatores de produção no processo produtivo é sua remuneração. No caso do trabalho, a contrapartida são os salários, e no caso do capital são os lucros.
Supondo-se uma economia onde existam apenas famílias e empresas, os proprietários dos fatores de produção são as famílias, que emprestam esses fatores produtivos às empresas, para que elas viabilizem a produção de bens. Os agentes econômicos são, portanto, as famílias e as empresas, que são as entidades que propiciam o processo produtivo.
As famílias e as empresas interagem em dois mercados:
MERCADO DE FATORES
As famílias emprestam capital e trabalho para as empresas utilizarem na produção em troca de uma remuneração, no caso, salários e lucros/dividendos. O valor da remuneração é negociado entre as partes.
MERCADO DE PRODUTOS
As empresas vendem seus produtos às famílias que para comprá-los utilizam a renda obtida no mercado de fatores. Portanto, os dois mercados estão interligados como mostra a figura do fluxo circular.
No mercado de produtos, as empresas vendem seus produtos às famílias que para comprá-los utilizam a renda obtida no mercado de fatores. Portanto, os dois mercados estão interligados como mostra a Figura 10.
	
História do pensamento econômico
Há um consenso em que a teoria econômica foi sistematizada, em 1776, com Adam Smith.
Mas como era tratada a economia nos períodos anteriores?
Na antiguidade, a atividade econômica era tratada como parte da Filosofia, Moral e Ética.
No século XVI, podemos destacar o mercantilismo, com as preocupações sobre a acumulação de riquezas de uma nação pela quantidade de metais preciosos que a nação possuía. E, no século XVII, a fisiocracia, com a ideia da sustentação da economia regida pela lei natural.
Mas foi Adam Smith (Figura 11) que conseguiu sintetizar, estabelecer um corpo teórico próprio.
Adam Smith (1723-1790)
Com a publicação da obra A riqueza das nações, em 1776, ele estabeleceu as bases científicas da teoria econômica moderna. Ao contrário dos mercantilistas e fisiocratas que acreditavam serem os metais preciosos e a terra, respectivamente, os geradores da riqueza nacional, para Adam Smith a riqueza da nação é dada pelo trabalho produtivo.
Como veremos, a microeconomia é o ramo da Economia que estuda a interação, no mercado, entre empresas e consumidores.
Escola clássica
A Economia, como uma ciência específica, nasce com os economistas clássicos. Para eles, o liberalismo e o individualismo estavam associados ao bem comum: o homem, ao maximizar sua satisfação pessoal, como o mínimo de esforço, estaria contribuindo para o máximo do bem-estar social.
Vamos destacar alguns pensadores da Escola Clássica:
As duas principais ideias de Adam Smith permanecem no debate econômico atual:
a “mão invisível” e a “divisão de trabalho”.
	
Segundo Adam Smith, somos todos individualistas e procuramos, no mundo econômico, sempre o que é melhor para nós. Só que ao fazer isso, como que guiados por uma mão invisível, estamos contribuindo para o melhor da sociedade. Ou seja, imagine a costureira, ela fará a melhor costura possível; assim como o padeiro fará o melhor pão. No final das contas, a sociedade terá a melhor costura e o melhor pão, pelo melhor preço.
Mas por que a costureira e o padeiro agem dessa forma?
Por existir a pressão da concorrência e porque querem ser bem-sucedidos e ter lucro. O interessante, na teoria de Smith, é que os agentes econômicos não possuem plano prévio ou orientação externa, é a mão invisível!
Ou seja, se cada um procurar fazer o melhor, chega-se a uma situação que é a melhor para a sociedade.
Atenção!
Mas é necessário destacar um ponto importante: isso só é possível frente à livre concorrência, e a não intervenção do governo nas questões econômicas. 
Essa filosofia se perpetua nos dias de hoje, por aqueles que defendem pouca intervenção do governo na economia: “deixe o mercado em paz, não intervenha governo, pois a mão invisível vai solucionar os problemas econômicos”.
A ideia de Smith era a menor intervenção do governo na economia, mas não uma ausência de governo. O governo tinha um papel importante, por exemplo, nas áreas sociais e de infraestrutura.
Outro ponto a ser destacado é a divisão do trabalho. Ela traz a especialização, uma maior produção por trabalhador (maior produtividade) e, consequentemente, o barateamento do produto, pois se produz mais com o mesmo número de trabalhadores.
O crescimento do mercado é o que impulsiona a especialização.
David Ricardo
O trabalho de Adam Smith foi aperfeiçoado pelo discípulo David Ricardo (1772-1823). A maior contribuição de Ricardo à teoria econômica foi provavelmente a teoria das vantagens comparativas, apresentada no livro Princípios de Economia política e tributação.
Para Ricardo, o país deveria se especializar no produto em que tem mais vantagens comparativas. O que significa isso? Um país tem vantagem comparativa em um produto, quando o outro, com quem compete, tem alto custo de oportunidade ao fabricar produto, mesmo sendo mais eficiente na produção.
EXEMPLO
No exemplo construído por esse autor, existem dois países (Inglaterra e Portugal), dois produtos (tecido e vinho) e apenas um fator de produção (mão de obra). A partir da utilização do fator trabalho, obtém-se a produção dos bens mencionados, conforme o...
Quadro 1 a seguir:
Em termos absolutos, Portugal é mais produtivo em ambas as mercadorias. Mas, em termos relativos, o custo de produção de tecidos, em Portugal, é maior que o da produção de vinho; e, na Inglaterra, o custo da produção de vinho é maior que o da produção de tecidos. Comparativamente, Portugal tem vantagem relativa na produção de vinho, e a Inglaterra na produção de tecidos.
A Economia Neoclássica
Podemos destacar como o principal economista da corrente neoclássica, 
 
Alfred Marshall (1842-1924).
Ele escreveu o livro Princípios de Economia, que foi a base conceitual fundamental da Microeconomia nas suas fórmulas matemáticas e apresentação gráfica.
Escola Keynesiana
O destaque é para John Maynard Keynes (1883-1946), citado como o criador da Macroeconomia.
Na sua obra, Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, ele criticava o pensamento dominante da época, a Lei de Say. Para essa “lei”, toda oferta gera sua demanda.
Para Keynes, a demanda da economia é composta pelo consumo das famílias, o investimento e os gastos do governo, em uma economia fechada. Em épocas de recessão, caberia ao governo gerar a demanda através de gastos públicos.
Milton Friedman
(1912-2006), com o monetarismo, significou reação do pensamento neoclássico à Revolução Keynesiana.
Celso Furtado
(1920-2004), como o estruturalismo, foi divisor de águas apresentando o pensamento de que o desenvolvimento econômico da Amárica Latina dependia da sua industrialização.
Resumo
Ao tratar como as pessoas físicas e jurídicas (e a sociedade) decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, a Economia pode fazer isso basicamente através de duas metodologias ou divisões de análise.
As duas divisões ocupam as mesmas questões da ciência econômica, mas se fixam em perspectivas distintas.
MICROECONOMIA
Analisa o comportamento individual das unidades econômicas.
MACROECONOMIA
Analisa o funcionamento da Economia como um todo, de um país. Realiza uma visão simplificada e abstrata da Economia.
Os gestores e os contadores precisam de conhecimentos econômicos para obter uma visão do mercado onde atuam, assim como o país e o mundo.
No âmbito do Direito, algumas leis têm implicações econômicas, como na área da concorrência e da defesa do consumidor. Além da ligação estreita com o Direito Comercial.
A relação com Economia é também muito estreita nas áreas de Publicidade, Propaganda e Marketing, pois são necessários estudos de mercado, captação de recursos, preferências dos consumidores.
As questões que envolvem a Geografia determinam as decisões de produção, da localização de portos, a Economia do meio ambiente, dentre outras.
O curso de História é uma das bases do estudo da Economia. Não é possível entender uma sem a outra.
Resumo do conteúdo
O funcionamento do sistema econômico analisa os fluxos reais e monetários assim como os agentes econômicos e os fatores de produção.
O sistema econômico capitalista do socialista.
A Economia se divide de forma didática para seu estudo: Microeconomia e Macroeconomia.
Contextualização da Ciência Econômica e, principalmente, da sua relação com as diferentes profissões.

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