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Conhecendo a Economia - Parte 1

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Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 1 - 
 SEMANA 1: 25 a 31 de maio 
 
Nesta aula você entenderá o que é economia, no que esta ciência se preocupa e quais suas 
divisões. Qual a relação entre economia com outras ciências e principalmente com você. 
Bons estudos! 
Prof.ª Formadora Van’essa Côrtes 
 
1. CONCEITO DE ECONOMIA 
 
 A palavra economia deriva do grego oikonomía (de óikos: casa e nómos: lei), que significa 
a administração de uma casa, ou do Estado e pode ser assim definida. 
 Os economistas estudam a forma com que os 
indivíduos, os diferentes coletivos, as empresas de negócios e 
os governos alcançam seus objetivos no campo econômico. 
 Economia é a ciência social que estuda como o 
indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar 
recursos produtivos escassos na produção de bens e 
serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e 
grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades 
humanas. Estuda os processos de produção, distribuição, 
comercialização e consumo de bens e serviços. Bem como as 
variações e combinações na alocação dos fatores de 
produção (terra, capital, trabalho, tecnologia), na distribuição de renda, na oferta e procura e nos 
preços das mercadorias. Estuda também como as pessoas e a sociedade decidem empregar 
recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir os mais variados tipos de 
bens. 
 Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudo da 
Ciência Econômica: 
 Escolha; 
 Escassez; 
 Necessidades; 
 Recursos; 
 Produção; 
 Distribuição. 
 Em qualquer sociedade, os recursos produtivos ou fatores de produção (mão-de-obra, terra, 
capital, dentre outros) são limitados. Por outro lado, as necessidades humanas são ilimitadas e 
sempre se renovam, por força do próprio crescimento populacional e do contínuo desejo de 
elevação do padrão de vida. Independentemente do grau de desenvolvimento do país, nenhum 
deles dispõe de todos os recursos necessários para satisfazer todas as necessidades da 
coletividade. Tem-se então um problema de escassez: recursos limitados contrapondo-se a 
necessidades humanas ilimitadas. 
 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 2 - 
 Em função da escassez de recursos, toda sociedade tem de escolher entre alternativas de 
produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva entre os vários grupos da 
sociedade. Este é o desafio central do estudo da Economia: como alocar recursos produtivos 
limitados para satisfazer todas as necessidades da população? 
 Evidentemente, se os recursos não fossem limitados, ou seja, se não existisse escassez, não 
seria necessário estudar questões como inflação, desemprego, crescimento, déficit público, 
vulnerabilidade externa e outras. Mas a realidade não é assim e a sociedade tem de tomar decisões 
sobre a melhor utilização de seus recursos, de forma a atender ao máximo das necessidades 
humanas. 
 A Ciência Econômica é tratada como uma ciência social, porque ela relata às três questões 
fundamentais, vinculadas as pessoas, que são: 
 
 Para responder a todas estas perguntas necessita-se que se pense em indivíduos que 
querem ou necessitam consumir e pessoas, que possuem os fatores de produção, dispostas a 
produzir ou prestar os serviços para atender tais necessidades. 
 As pessoas detêm necessidades ilimitadas, porque seus desejos ou suas rotinas diárias as 
obrigam a consumir um determinado produto ou serviço. 
 As empresas que prestam serviços ou fabricam algo, possuem um fator muito importante que 
repercute na definição de economia, os recursos disponíveis são escassos, logo se cria uma 
condição de limite de produção. 
 Unindo estas duas abordagens, chega-se a definição de economia, enquanto ciência: 
 
 “É a ciência que estuda os recursos escassos e as alternativas de produção, para atender as 
necessidades ilimitadas dos indivíduos.” 
“... compete o estudo da ação econômica do homem, envolvendo essencialmente o processo 
de produção, a geração e a apropriação da renda, o dispêndio e a acumulação.” (Rossetti, 
pg.31) 
 
 A economia se relaciona com várias outras ciências, conforme abaixo, por exemplo: 
 Ética 
 Filosofia 
 Direito 
 Antropologia 
 Psicologia 
 Sociologia 
 Política 
 
 
 
 
 
 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 3 - 
1.1. Os Problemas Econômicos Fundamentais 
 
 Questão central do estudo da economia: como alocar recursos produtivos limitados 
(escassos) para satisfazer a todas as necessidades da população? Esse questionamento levou a 
sociedade a repensar sobre os modelos de sistema econômico. 
 Da escassez dos recursos ou fatores de produção, associada às necessidades ilimitadas do 
homem, origina-se os chamados problemas econômicos fundamentais. 
 o quê e quanto produzir: dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de 
escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais produtos serão produzidos e 
as respectivas quantidades a serem fabricadas; 
 como produzir: a sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão 
utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. A 
concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como serão produzidos os bens 
e serviços. Os produtores escolherão, entre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o 
menor custo de produção possível; 
 para quem produzir: a sociedade terá também de decidir como seus membros participarão 
da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da renda dependerá não só da 
oferta e da demanda nos mercados de serviços produtivos, ou seja, da determinação dos 
salários, das rendas da terra, dos juros e dos benefícios do capital, mas também da repartição 
inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança. 
 O modo como as sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais depende da 
forma da organização econômica do país, ou seja, do sistema econômico de cada nação. 
 Sua preocupação fundamental refere-se aos aspectos mensuráveis da atividade produtiva, 
recorrendo para isso aos conhecimentos matemáticos, estatísticos e econométricos. De forma geral 
esse estudo pode ter por objeto a unidade de produção (empresas – objeto de estudos pertencentes 
à macroeconomia), a unidade de consumo (famílias – objeto de estudos pertencentes à 
microeconomia) ou então a atividade econômica de toda a sociedade. 
 Como as empresas exigem competências que em muitos casos não existem, logo cargos 
vazios em são rotinas e perduram por algum tempo. Evidentemente a ciência econômica trabalha 
esta situação para explicar, demonstrar e mensurar salários, custos de produção, taxas de 
desemprego, PIB, arrecadação de impostos, entre outras situações que serão vistas mais adiante. 
 Seguem alguns itens de relevância para a economia: 
 Agentes: comportamento dos agentes econômicos. Ex: pessoas, empresas e governo. 
 
 Escassez: produtos escassos são de interesse desta ciência, enquanto bens existentes 
abundantemente não lhe interessam. Ex: água é de interesse, ar não é de interesse. 
 Deve-se salientar que existe uma diferença muito grande entre recursos naturais e produtos. 
Os recursos naturais estão escassos em muitas regiões do mundo e, portanto é de interesse da 
economia estudá-lo. Os produtos como possuem fontes diferentes de produção levam em seu 
processo produtivo algum ou alguns recursos naturais como matéria prima logo podem ser 
estudados pela economia, pois estes recursos estão ou poderão estar escassos. 
 Produção: processo produtivo para gerar riqueza e satisfação para consumidores. Ex: 
mercado de carros, mercado de boi, hospital, delegacia de polícia, etc. 
 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 4 - 
 Mercado: local onde se comercializamprodutos ou serviços. Ex: mercado de carros, mercado 
de boi, hospital, delegacia de polícia, etc. 
 
Preços, trocas, valor, moeda, concorrências, agregados, crescimento, equilíbrio e 
organização, são mais alguns itens que a ciência econômica se preocupa. 
 
 
1.2. Cronologia Do Estudo Da Economia 
 
 Eventos recentes que influenciaram os estudos da economia mundial: 
 Grande depressão de 30: estudiosos da economia buscaram encontrar caminhos para a 
estabilização ocorrida em virtude da quebra da bolsa de NY (1929); 
 1936: John Maynard Keynes postula a moderna teoria da análise econômica, onde propunha que 
as políticas econômicas adotadas não funcionavam adequadamente, e sugeria que o Estado 
deveria intervir como regulador da Economia. 
 1945: 55% da capacidade industrial voltada para armamentos (na época era considerado muito 
mais lucrativo e tinha grande demanda); também houve um grande despertar para o crescimento 
de povos subdesenvolvidos (foi motivado principalmente pela facilitação das economias 
internacionais e também pela busca do bem-estar); 
 1946: invenção do Eniac (Pensilvânia University) – equipamento pesando 30 tons, com a 
capacidade de fazer cálculos balísticos complexos. 
 Década de 50 e 60: busca pelo crescimento econômico por países subdesenvolvidos: 
o Desenvolvimento econômico = condição de bem estar (apesar de muitas vezes o bem-estar 
não estar relacionado ao progresso) 
o Globalização em fase acelerada no começo da década de 50. 
o As nações pobres sofriam com a explosão demográfica, desequilíbrio ecológico, exploração 
desequilibrada e consumo destrutivo. 
 1969: criação da primeira infra-estrutura global de comunicações e os respectivos protocolos 
(ARPANET – o precursor da Internet). 
 1985: instauração da Perestroika (que significa reconstrução, reestruturação) foi, em conjunto 
com a Glasnost, uma das políticas introduzidas na União Soviética por Mikhail Gorbachev, em 
1985. Ganhou a conotação de “reestruturação econômica”. (Gorbachev sentiu que a economia 
da União Soviética estava decaindo, e percebeu que o sistema socialista, apesar de não ter de 
ser substituído, certamente necessitava de uma reforma - uma das idéias principais era a de 
reduzir a quantidade de dinheiro gasta na defesa nacional). 
 Fim de 1989: queda do Muro de Berlim e reunificação das Alemanhas Oriental e Ocidental. 
 1990: operadores privados começaram a criar as suas próprias infra-estruturas, e as restrições à 
comercialização da Internet foram totalmente abolidas, aparecendo a World Wide Web, o 
desenvolvimento dos browsers, a diminuição de custos de acesso, o aumento de conteúdos, 
entre outros fatores, fizeram com que a Internet tivesse um crescimento exponencial. 
 Fim de 1991: decretado o fim da URSS. 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 5 - 
 1992: estabelecido o Tratado da União Européia (normalmente conhecido como Tratado de 
Maastricht), ou mercado único europeu (que nada mais é do que uma união aduaneira), com 
uma moeda única (o euro, adotado por 13 dos 27 estados membros) e políticas agrícola, de 
pescas, comercial e de transportes comuns. 
 fim do século XX: surgimento da questão crucial sobre a aceleração do crescimento econômico 
das economias periféricas. Globalização acelerada principalmente depois do tremendo avanço 
tecnológico das telecomunicações, dos computadores em rede e da Internet. 
 
1.3. Divisão Do Estudo Econômico 
 
 A análise econômica, para fins metodológicos e didáticos, é normalmente dividida em quatro 
áreas de estudo: 
A. Microeconomia ou teoria de formação de preços: estuda a relação entre indivíduos que 
produzem e as pessoas que se necessitam de algo ou estão dispostas a gastar seu dinheiro com 
algum bem. Essa relação se chama oferta e procura, que estabelece uma regra muito importante 
e que impulsiona os mercados a Lei da Oferta e Procura. Esta lei dita preços e quantidades 
consumidas ou produzidas. Por este motivo, por se tratar de algo tão próximo a nós, é muito 
importante conhecer e discutir um pouco sobre o assunto. A Microeconomia estuda o 
comportamento de cada “molécula econômica” do sistema, por meio de preços e quantidades 
relativas, ou seja, estuda o comportamento das unidades de consumo representadas pelos 
indivíduos e pelas famílias; as empresas, suas produções e custos; a produção e o preço de 
diversos bens, serviços e fatores produtivos. Para exemplificar, pode-se citar a análise do 
funcionamento de empresas. 
 
B. Macroeconomia: estuda/ analisa a determinação e o comportamento dos grandes agregados 
nacionais, como o produto interno bruto (PIB), investimento agregado, a poupança agregada, o 
nível geral de preços, entre outros. Seu enfoque é basicamente de curto prazo (ou conjuntural), e 
busca explicar como a economia opera sem a necessidade de compreender o comportamento de 
cada indivíduo ou empresa que dela participam. Preocupa-se com o comportamento da 
economia como um todo, por meio de preços e quantidades absolutos. Faz parte dela os 
movimentos globais nos preços, na produção ou no emprego. Têm como objeto de estudo as 
relações entre os grandes agregados estatísticos: a renda nacional, o nível de emprego e dos 
preços, o consumo, a poupança e o investimento totais. 
 
 
Fonte: Google Imagens 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 6 - 
C. Economia internacional: analisa as relações econômicas entre residentes e não-residentes do 
país, as quais envolvem transações com bens e serviços e transações financeiras. 
 
D. Desenvolvimento econômico: preocupa-se com a melhoria do padrão de vida da coletividade 
ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas centrado em questões 
estruturais e de longo prazo (como progresso tecnológico, estratégias de crescimento). 
 
 
1.4. Multidisciplinaridade da Economia 
 
 Embora a Economia tenha seu núcleo de análise e seu objeto bem definidos, ela tem 
correlação com outras ciências. Afinal, todas estudam a mesma realidade, e evidentemente há 
muitos pontos de contato, onde são estabelecidas relações entre a Economia e outras áreas do 
conhecimento. Outra boa justificativa para esta relação com outras disciplinas envolve buscar mais 
instrumental de trabalho. 
 
A. Economia, Física e Biologia: 
 O início do estudo sistemático da Economia coincidiu com os grandes avanços da técnica e 
das ciências físicas e biológicas nos séculos XVIII e XIX. A construção do núcleo científico inicial da 
Economia começou a partir das chamadas concepções organicistas (biológicas) e mecanicistas 
(físicas). Segundo o grupo organicista, a Economia se comportaria como um órgão vivo. Daí 
utilizarem-se termos como órgãos, funções, circulação e fluxos na teoria econômica. Já para o grupo 
mecanicista, as leis da Economia se comportariam como determinadas leis da Física. Daí advém os 
termos estática, dinâmica, aceleração, velocidade, forças e outros. Com o passar do tempo, 
predominou uma concepção humanística, que coloca em plano superior os móveis psicológicos da 
atividade humana. Afinal, a Economia repousa sobre os atos humanos, e é por excelência uma 
ciência social. 
 
B. Economia, Matemática e Estatística: 
 Apesar de ser uma ciência social, a Economia é limitada pelo meio físico, dado que os 
recursos são escassos, e se ocupa de quantidades físicas e das relações entre essas quantidades, 
como a que se estabelece entre a produção de bens e serviços e os fatores de produção utilizados 
no processo produtivo. Daí surge a necessidade da utilização da Matemática e da Estatística como 
ferramentas para estabelecer relações entre variáveis econômicas. A Matemática toma possível 
escrever de forma resumida importantes conceitos e relações de Economia e permite análises 
econômicas na forma de modelos analíticos, com poucas variáveis estratégicas, que resumem os 
aspectos essenciais da questão em estudo. 
 Tomemos como exemplo uma importanterelação econômica: "O consumo nacional está 
diretamente relacionado com a renda nacional". A expressão diz que o consumo (C) é uma função 
(f) da renda nacional (RN). Ou seja, dada uma variação na renda nacional (RN), teremos uma 
variação diretamente proporcional (na mesma direção) do consumo agregado (C). Como as relações 
econômicas não são exatas, mas probabilísticas, recorre-se à Estatística. Em economia tratamos 
de leis probabilísticas. Na relação vista anteriormente, conhecendo o valor da renda nacional num 
dado ano, não obtemos o valor exato do consumo, mas sim uma estimativa aproximada, já que o 
consumo não depende só da renda nacional, mas de outros fatores (como condições de crédito, 
juros, patrimônio). 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 7 - 
 Se a Economia tivesse relações matemáticas, tudo seria previsível. Porém, não existem no 
mundo econômico regularidades como equivalência entre massa e energia (leis de Newton). Na 
Economia, o "átomo" aprende, pensa, reage, projeta, finge. Imagine como seria a Física e a Química 
se o átomo pudesse aprender: aquelas regularidades desapareceriam. Os átomos pensantes logo 
se agrupariam em classes para defender seus interesses: teríamos uma "Física dos átomos 
proletários", "Física dos átomos burgueses" e outros. Contudo, a Economia apresenta muitas 
regularidades, sendo que algumas relações são invioláveis. Por exemplo: 
 O consumo nacional depende diretamente da renda nacional; 
 A quantidade demandada de um bem tem uma relação inversamente proporcional com seu 
preço, tudo o mais constante; 
 As exportações e as importações dependem da taxa de câmbio. 
 A área da Economia que está voltada para a quantificação dos modelos chama-se 
Econometria, que combina teoria econômica, Matemática e Estatística. 
 Lembremo-nos, porém, de que a Matemática e a Estatística são instrumentos, ou ferramentas 
de análise necessárias para testar as proposições teóricas com os dados da realidade. Permitem 
colocar à prova as hipóteses da teoria econômica, mas são meios, e não fins em si mesmas. A 
questão da técnica nos deve auxiliar, mas não predominar, quando tratamos de fatos econômicos, 
pois esses sempre envolvem decisões que afetam relações humanas. 
 
C. Economia com o Direito: 
 Os sujeitos da economia (indivíduos, empresas e governo) são ajustados e limitados pelas 
leis; buscam maior interdependência entre as áreas; e é ligada a estrutura jurídica do sistema. E 
compete à lei situar o homem, a empresa e a sociedade diante do poder político e da natureza. 
 
D. Economia e Política: 
 Começou com a Grécia e Roma antiga, onde os estudiosos procuravam entender a 
economia, a ética e a ciência política com a finalidade de desenvolver estudos sobre a agricultura, 
comércio, indústria, tributos, escravatura, organização sócio-política, moeda, valor, juros, salários. 
Mais tarde, na Idade Média, buscou-se também estudar a organização do estado e do 
relacionamento entre dirigentes e dirigidos. 
 No ocidente atual, a relação entre a economia e a ciência política foi acentuada a partir da 
grande depressão causada pela crise da bolsa de valores de NY (1929), ocorrendo uma modificação 
da estrutura do sistema capitalista. 
 A Economia e a política são áreas muito interligadas, tornando-se difícil estabelecer uma 
relação de causalidade (causa e efeito) entre elas. A política fixa as instituições sobre as quais se 
desenvolverão as atividades econômicas. Nesse sentido, a atividade econômica se subordina à 
estrutura e ao regime político do país (se é um regime democrático ou autoritário). Porém, por outro 
lado, a estrutura política se encontra muitas vezes subordinada ao poder econômico, Citemos 
apenas alguns exemplos: 
 Política do "café com leite", antes de 1930, quando Minas Gerais e São Paulo dominavam o 
cenário político do país; 
 Poder econômico dos latifundiários; 
 Poder dos oligopólios e monopólios; 
 Poder das corporações estatais, 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 8 - 
E. Economia e História: 
 Não é a principal fonte da analise econômica, mas auxilia bastante a acompanhar as 
mudanças e transformações culturais, a conhecer melhor o passado, entender o presente e 
antecipar o futuro. A pesquisa histórica é extremamente útil e necessária para a Economia, pois 
facilita a compreensão do presente e ajuda nas previsões. As guerras e revoluções, por exemplo, 
alteraram o comportamento e a evolução da Economia. Por outro lado, também os fatos econômicos 
afetam o desenrolar da História. Alguns importantes períodos históricos são associados a fatores 
econômicos, como os ciclos do ouro e da cana-de-açúcar no Brasil, e a Revolução Industrial, a 
quebra da Bolsa de Nova York (1929), a crise do petróleo, que alteraram profundamente a história 
mundial. Em última análise, as próprias guerras e revoluções são permeadas por motivações 
econômicas. 
 
F. Economia e Geografia: 
 
 A Geografia não é o 
simples registro de acidentes 
geográficos e climáticos. Ela nos 
permite avaliar fatores muito 
úteis à análise econômica, como 
as condições geoeconômicas 
dos mercados, a concentração 
espacial dos fatores produtivos, 
a localização de empresas e a 
composição setorial da atividade 
econômica. 
 Atualmente, algumas áreas 
de estudo econômico estão 
relacionadas diretamente com a 
Geografia, como a economia 
regional, a economia urbana, as 
teorias de localização industrial e 
a demografia econômica. 
 Estuda divergências ou 
diferenças do comportamento 
econômico (instituições 
econômicas, formas de 
organização da atividade 
produtiva) de país para país e as 
vezes de região para região em 
um país. 
 
G. Economia e Sociologia: 
 Analisa a interação social, os comportamentos entre os grupos, sua mobilidade e 
estratificação (formação de classes sociais), condições de vida, níveis de organização, e cultura da 
sociedade. 
 
 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 9 - 
H. Economia com a Religião, Moral, Justiça e Filosofia: 
 No período anterior à Revolução Industrial do século XVIII, que corresponde à Idade Média, a 
atividade econômica era vista como parte integrante da Filosofia, Moral e Ética. A Economia era 
orientada por princípios morais e de justiça. Não existia ainda um estudo sistemático das leis 
econômicas, predominando princípios como a lei da usura, o conceito de preço justo (discutidos, 
dentre outros filósofos, por Santo Tomás de Aquino). Ainda hoje, as encíclicas papais refletem a 
aplicação da filosofia moral e cristã às relações econômicas entre homens e nações. 
 
 
2. FATORES E SETORES DE PRODUÇÃO 
 
 Os indivíduos que detém algum ou vários destes fatores, são os responsáveis pelos 
investimentos, atualizações tecnológicas e sempre interessados em gerar riquezas. Portanto são 
pessoas interessadas em abrir empresas, construir estradas ou até fabricar e exportar produtos. 
Depois apresentarei de forma muito simples, quais são os três setores de produção. 
 Basta pesquisar nos livros de história do ensino médio e identificar que muitos povos da 
antiguidade exerciam atividades militares, rituais religiosos e agricultura. Até nos dias de hoje muitos 
países são citados através desta característica que é sua agricultura. O Brasil, por exemplo, é citado 
como um exportador de soja, milho, entre outros produtos. Os Estados Unidos são os maiores 
produtores de laranja do mundo e consomem quase tudo que produzem em seu próprio território. 
 Nos processos de produção, são empregados alguns fatores como recursos naturais, 
pessoas, tecnologia e capital. Os sistemas econômicos estabelecem uma interação e uma maneira 
racional de usá-los porque como já percebemos os recursos são escassos. Como os recursos são 
escassos e por mais eficiente seja o processo de produção, esta produção é limitada para atender 
as necessidades dos indivíduos que por sua vez são ilimitadas.Isto significa que o uso 
descontrolado de certos recursos naturais, a gestão equivocada de pessoal ou de tempo podem 
acarretar em um desequilíbrio no sistema econômico. 
 Quando citamos fatores de produção, devemos nos lembrar de alguns elementos que são 
essenciais para a atividade econômica, ou seja, extremamente necessário para produzir algo ou 
realizar algum tipo de serviço. 
 Os fatores de produção são: 
 Terra; 
 Trabalho; 
 Capital; 
 Tecnologia: e 
 Empresa 
 
2.1. Fator TERRA 
 
 Este conceito abrange os recursos naturais que encontramos no planeta e fora dele. O solo, 
subsolo, águas, clima, flora e fauna e energia do sol, na forma de radiação são exemplos deste fator. 
 As reservas naturais estão na base de todos os processos de produção, sendo renováveis ou 
não renováveis. Por mais que existam vastas regiões de terras espalhadas pelo mundo, sabe-se que 
muitas delas não são produtivas. 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 10 - 
 Portanto, o homem está em uma busca contínua de alternativas e ferramentas tecnológicas 
para explorar estas regiões e principalmente maximizar a utilização das propriedades já em 
produção. Uma consequência disto é o desmatamento que aflige todo o planeta, é irreversível este 
processo? Nós brasileiros somo dotados de uma região muito grande de terra e abençoados por 
uma costa imensa e maravilhosa, que nos permite explorar o turismo, exportar nossos produtos e 
simplesmente aproveitar nossas horas de ociosidade. 
 Você sabia que... 
 
“Apenas 35,3% do nosso solo não é produtivo logo poderíamos ser líderes em várias áreas 
da atividade primária. “(Rossetti) 
 
 
2.2. Fator TRABALHO 
 
 Não é segredo para ninguém que o emprego é escasso, logo é de interesse da economia. 
Mas se formos analisar essa escassez de oportunidades de trabalho, ela é necessária, porque se 
todos nós tivéssemos um trabalho como ficariam as negociações de salário e trocas de pessoas? 
Muito provavelmente não existira porque todos estariam felizes e satisfeitos com suas carreiras e as 
empresas produziriam essencialmente o necessário para atender o mercado de consumidores que 
desejam comprar algo. 
 
 Este gráfico mostra a distribuição econômica das pessoas quanto a sua faixa etária. 
 Vamos criar três divisões etárias, que são: de zero até 15 anos, de 15 anos até 60 anos e 
acima de 60 anos. 
 Quando falamos de porção não mobilizável, indivíduos que não estão aptos a exercer 
atividade laboral, refere-se às pessoas entre 0 e 15 anos e acima de 60 anos. 
 Onde de 0 a 15 anos são as pessoas pré-produtivas e acima de 60 pós-produtivas. 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 11 - 
 Enquanto entre 15 e 60 anos estão às pessoas aptas, considerando a idade, a pertencer ao 
processo produtivo. 
 Subdivide-se em economicamente ativa, quem realmente está trabalhando e as 
economicamente inativas, pessoas que por algum motivo não estão trabalhando. 
 A necessidade do Estado controlar a natalidade, as doenças, as aposentadorias, não é por 
questões políticas, mas para manter um nível adequado de indivíduos vivos e trabalhando para 
manter o sistema em que vivemos em funcionamento. Preparando crianças adequadamente para 
exercer algum cargo no processo de produção e estabelecendo as regras que as pessoas se 
aposentem e tenham uma velhice tranquila e sem preocupações. É necessário que quando um 
grupo se aposentar, obrigatoriamente deverá haver um outro grupo, pronto para ingressar em seu 
lugar. Deste modo o sistema nunca para e sempre se renova com ideias e novas tecnologia 
 Existe no mercado e tenho certeza que você conhece, pessoas que não estão trabalhando. O 
nosso sistema econômico e por definição, exige que exista obrigatoriamente pessoas 
desempregadas e pessoas no mercado de trabalho. Isso proporciona às empresas uma maior 
capacidade de negociar salários e cargos. 
 
2.3. Fator CAPITAL 
 
 Este fator representa o quanto uma pessoa conseguiu acumular de recursos. 
 Podemos falar de dinheiro propriamente dito ou terras. Com estes fatores as sociedades dão 
suporte e atendem aos diversos estágios do desenvolvimento econômico. 
 Para existir um investidor que é uma pessoa disposta a empregar seus recursos em troca de 
uma remuneração proporcional ao seu investimento, deve-se primeiramente acumular riquezas. 
 O sistema abaixo mostra como as pessoas conseguem formar capital: 
Fontes de acumulação: 
Internas : 
I ) Poupança das famílias 
II ) Poupança das empresas 
III ) Poupança do setor público 
 
Externas: 
I ) Ingresso líquido de capitais 
II ) Empréstimos e financiamentos 
III ) Transferências de governo 
 
 
 As poupanças das famílias e das empresas podem ser classificadas como espontâneas, 
estimuladas ou compulsórias. Enquanto o ingresso de capitais, empréstimos, financiamentos e 
transferências de governos formam uma poupança externa. As famílias e as empresas podem e 
devem por várias razões formar suas poupanças de modo espontâneo ou estimuladas por 
necessidades diversas. 
 Quando o governo achar conveniente ou necessário formar poupança, determinará com força 
de lei uma reserva obrigatória, tornando uma poupança compulsória. 
 As fontes externas ocorrem principalmente com a entrada de empresas externas no país, 
doações e dinheiro para financiar algum programa por exemplo. Um órgão que faz muito isto é o 
BID, Banco Internacional de Desenvolvimento, que rege vários assuntos dentro do nosso país como 
a nossa educação. 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 12 - 
 Poupar no Brasil é algo muito difícil por se tratar de uma situação cultural. Quando falamos 
cultural, é algo enraizado, difícil de ser mudado. 
 Para refletir: Você já viu nos meios de comunicação alguma propaganda direcionada para a 
poupança? NÃO, somente para consumir, gastar, comprar por meio de liquidações e promoções. 
 
2.4. Fator TECNOLOGIA 
 
 Quando o homem passou a utilizar o fogo para se aquecer, para cozinhar seus alimentos, 
para afugentar animais, isto foi um avanço tecnológico? Sim, pois o homem se viu diante de uma 
maneira diferente de fazer algo, possivelmente comia-se alimentos crus, o usava-se roupas feitas de 
peles de animais para se aquecer e gritava-se muito para afugentar outros animais. 
 Logo tecnologia não é microcomputador, mas criar ou aperfeiçoar um jeito novo de fazer algo. 
Simplesmente é inovar algo que já existe ou inventar algo para tornar a vida mais fácil. 
 Capacidade tecnológica é isto, inovar, aperfeiçoar, inventar processos novos para o sistema 
de produção. Todos sabem que as empresas cobram a criatividade. 
 Nada mais é do que a busca contínua de novos processos, otimizar espaço, maximizar tempo 
e produção, reduzir custos, enfim existem vários exemplos para ilustrar este conceito. 
 
2.5. Fator EMPRESARIAL 
 
 Existe no mundo uma diversidade de recursos naturais sendo utilizáveis ou não, renováveis 
ou não. Existem milhares de pessoas dispostas a trabalhar, uma gama muito grande de capital para 
ser empregado em algum projeto, todos estes recursos a espera de alguém que saiba usá-los de 
forma racional e empreendedora. 
Mobilizar, combinar estes fatores e alcançar resultados, garantem a quem consegue o título de 
empreendedor ou uma pessoa que possui capacidade empreendedora. 
 
 Setores de Produção 
 
 Os cinco fatores acima trabalhados, quando combinados entre si, formam o nosso sistema 
produtivo. A combinação entre eles se dá de acordo com as diversas atividades empresariais que 
existem no mercado. 
 Basicamente o mercado está divido em três setores, que são: 
a) Primário 
b) Secundário 
c) Terciário 
 
 Há ainda, a discussão para a introdução de um quarto setor, classificado por setor 
quaternário, composto por Instituições filantrópicas (sem fins lucrativos) como é o exemplo das 
ONG’s (Organizações Não Governamentais), Associações e outros.Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 13 - 
 
 
O resultado do processo de produção, em qualquer um dos setores é o bem ou o serviço. 
 
 Aqui uma definição muito importante para a economia e outras ciências. Os bens 
propriamente ditos são produtos que podemos pegar, sentir seu cheiro, comer, tomar, vestir, enfim 
utilizá-los de alguma forma tangível. 
 Quanto aos serviços, nós sabemos que algumas pessoas estão trabalhando por nós, mas não 
podemos pegar o serviço médico, não podemos sentir o cheiro do serviço bombeiro, ninguém veste 
um serviço de um advogado, logo estes produtos resultantes de um processo produtivo e que não 
podemos pegar, chama-se intangível. 
 
 
 
Conceitos de Economia 
Economiabr.net 
 
A economia pode ser definida assim: o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos 
escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados. 
Pode-se fazer a seguinte divisão no estudo econômico: 
- Macroeconomia- analisa o comportamento da economia como um todo, por meio de preços e quantidades 
absolutos. Faz parte dela os movimentos globais nos preços, na produção ou no emprego. 
- Microeconomia- estuda o comportamento de cada “molécula econômica” do sistema, por meio de preços e 
quantidades relativas. Para exemplificar, pode-se citar a análise do funcionamento de empresas. 
Enquanto a economia positiva ocupa-se da descrição de fatos, circunstâncias e relações econômicas, a economia 
normativa expressa julgamentos éticos e valorativos. As grandes divergências entre os economistas aparecem nas 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 14 - 
discussões de caráter normativo, como por exemplo o da dimensão do Estado e o poder dos sindicatos. 
Sofismas econômicos: 
- Post hoc - a conclusão de que “depois do acontecimento” implica necessariamente “devido ao acontecimento”. 
- Composição- leva a crer que o que é verdade para uma das partes também o é para o todo. 
O caminho mais seguro para um pensamento correto é o da análise científica: hipótese, confrontação com os 
fatos e síntese. 
Fatores produtivos ou inputs- bens ou serviços usados pelas empresas no processo de produção. São combinados 
de forma a se obterem produtos outputs, que serão consumidos ou empregados em outras fases mais avançadas 
do processo produtivo. São basicamente os seguintes: 
- Terra e recursos naturais. 
- Trabalho (o mais abundante e significativo). 
- Capital- bens duráveis produzidos para serem empregados na produção de outros bens. 
Problemas econômicos fundamentais: (1) que produtos produzir e em que quantidade; (2) como os produzir, isto 
é, através de que técnicas devem ser combinados os fatores produtivos; (3) para quem devem ser produzidos e 
distribuídos os produtos. 
Essas questões não seriam levantadas se os recursos fossem ilimitados - a “lei da escassez” estabelece que a 
limitação de recursos obriga a escolha entre bens relativamente escassos. 
“Eficiência produtiva”- não se pode aumentar a produção de um bem sem reduzir a de outro. 
Lei da Oferta e da Procura - a oferta e a procura atuam conjuntamente na determinação do preço e da quantidade 
em cada mercado. 
- curva de procura: baseia-se na utilidade de determinado produto para os consumidores. Quanto maior o preço, 
menor a quantidade procurada, e vice-versa. Determinantes da procura: preço do produto, rendimento médio dos 
consumidores, dimensão do mercado, preço e disponibilidade de outros bens, gostos ou preferências. O 
deslocamento da curva de procura ocorre em função da alteração desses fatores. 
- curva de oferta: baseia-se nos custos de produção de um bem ou serviço. É a relação entre os preços de mercado 
do produto e a quantidade que os produtores estão dispostos a oferecer. Quanto menor o preço, menor a 
quantidade de bens que os produtores vão querer vender. Determinantes da oferta: custos de produção, 
monopólios, concorrências de outros bens, imprevistos metereológicos. O deslocamento da curva de oferta 
ocorre em função da alteração desses fatores. 
- O preço de equilíbrio verifica-se quando a quantidade procurada for igual à quantidade oferecida. 
Observação: com frequência, confunde-se o deslocamento das curvas com o movimento ao longo das mesmas. 
Essa é a diferença entre o aumento da procura (deslocamento para a direita do gráfico) e o aumento da 
quantidade procurada (com o preço mais baixo, a quantidade demandada aumenta). 
Por meio da lei da oferta e da procura, as questões de “o que, como e para quem” ficam parcialmente resolvidas. 
Isso se deve à interdependência de cada mercado em relação aos mercados de outros bens na estruturação do 
“sistema de equilíbrio geral de preços”. 
Enquanto o equilíbrio parcial observa o comportamento de cada mercado individualmente, o equilíbrio geral 
analisa os processos simultâneos e interdependentes dos diferentes mercados - esse último é uma espécie de 
“teia invisível”. 
O modelo de “concorrência perfeita”é apenas idealizado, pois desconsidera diversos mecanismos da economia, 
como a existência de monopólios e de externalidades. 
O sistema de mercado é em sua totalidade eficiente: as ações egoístas dos indivíduos são orientadas por uma 
“mão invisível” para um resultado final harmonioso. 
“Eficiência de Pareto”: não é possível melhorar o bem-estar de uma pessoa sem piorar o de outra. A situação 
 Técnico em Serviços Públicos: Fundamentos da Economia - 15 - 
econômica revela eficiência se se encontar na fronteira das possibilidades de utilidade. 
Restrições à “Mão Invisível” 
- falhas no mercado: os preços não refletem os verdadeiros custos e as verdadeiras utilidades. Ex: monopólio e 
externalidades (efeitos colaterais da produção e do consumo são desconsiderados no mercado). 
- repartição do rendimento e do consumo é arbitrária. 
Dentro da realidade econômica imperfeita e interdependente, a intervenção dosada do Estado pode melhorar os 
resultados econômicos. 
Para saber mais: 
Samuelson e Nordhaus. Economia, Editora Mc Graw Hill, 12 edição. 
Dornbusch, Rudiger e Fischer, Satnley. Macroeconomia, Makron Books, 5 edição. 
Pindyck, Robert S. e Rubinfeld, Daniel L.. Microeconomia, Makron Books 
 
Referências: 
 
 AGUILAR, Professor Nilson. Fundamentos de Economia. 
 SILVA, Francisco G. da. Introdução à Economia. Rede e-Tec Brasil. Instituto Federal do 
Paraná. 
 _______. Conceitos de Economia. Disponível em: 
http://www.economiabr.net/economia/1_conceitos.html. Acesso em: 20/04/2015.

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