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OBRAS HIDRÁULICAS 8º SEMESTRE ENG. CIVIL Introdução Prof. Henrique Barreto OBRAS HIDRÁULICAS O que você entende por obras hidráulicas? OBRAS HIDRÁULICAS EMENTA Introdução. Tipos de Barragens. Escolha da seção tipo. Investigações geológico-geotécnicas. OBRAS HIDRÁULICAS EMENTA Áreas de empréstimo e materiais. Programa de ensaios. Solos e Enrocamentos Compactados. Fundações em solos e rochas. OBRAS HIDRÁULICAS EMENTA Tratamento de fundações. Percolação. Dimensionamento de drenos e filtros. Estabilidade de Taludes. OBRAS HIDRÁULICAS EMENTA Análise tensão-deformação. Cálculo de recalques. Instrumentação. Aspectos construtivos. OBRAS HIDRÁULICAS NOTAS Serão realizadas duas atividades avaliativas. 1 trabalho + 1 prova Definir a data e o modelo de trabalho Definir a data e o modelo de prova OBRAS HIDRÁULICAS Água como recurso – Essencial para vida: humanos, animais, vegetais – Ciclo hídrico Distribuição das chuvas, rios e aquíferos é irregular → geomorfologia, climatologia e antropização – Recursos são móveis e de caráter aleatório Estoque de recurso – Ser humano aplica técnicas de Engenharia Hidrológica e Engenharia de Recursos Hídricos OBRAS HIDRÁULICAS Usos da água – Geração de energia elétrica – Abastecimento doméstico – Abastecimento industrial – Irrigação de culturas agrícolas OBRAS HIDRÁULICAS Usos da água – Navegação – Psicultura – Pesca – Assimilação e afastamento de esgotos OBRAS HIDRÁULICAS OBRAS HIDRÁULICAS Intervenção humana no ciclo hidrológico Quantidade do recurso estocado Qualidade do recurso estocado Erosão hídrica / sedimentação Controle de esgotos além da autodepuração do rio Ictiofauna (peixes) Concentração de NH3 / NH4: amônia Demanda bioquímica de oxigênio: decomposição microbiana aeróbia Relação entre Qualidade x Quantidade é indissosiável OBRAS HIDRÁULICAS OBRAS HIDRÁULICAS OBRAS HIDRÁULICAS A Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia possui uma área de 918.822 km² (11% do território nacional) e abrange os estados de Goiás (21%), Tocantins (30%), Pará (30%), Maranhão (4%), Mato Grosso (15%) e o Distrito Federal (0,1%). Sua configuração é alongada, com sentido Sul-Norte, seguindo a direção predominante dos cursos d'água principais, os rios Tocantins e Araguaia, que se unem na parte setentrional da região, a partir de onde é denominado rio Tocantins, que segue até desaguar na Baía da Ilha de Marajó OBRAS HIDRÁULICAS Consumo dos recursos hídricos relaciona-se – Aumento da população – Aumento do consumo do população – Aumento do consumo de energia hidrelétrica OBRAS HIDRÁULICAS Consumo dos recursos hídricos relaciona-se – Ineficiência e desperdício das redes de distribuição de água ou sistemas de irrigação – Consumo irregular e inconsciente ou desperdício pela população – Aumento da produção de sistemas industriais que demandam grandes volumes de água e energia OBRAS HIDRÁULICAS OBRAS HIDRÁULICAS Uso Consuntivo: OCORRE perdas no volume captado e o volume que retorna ao curso d’água natural – Abastecimento doméstico, abastecimento industrial, irrigação, psicultura Uso Não-Consuntivo: NÃO OCORRE perdas no volume captado e o volume que retorna ao curso d’água natural – Geração de energia elétrica, navegação, pesca, recreação, diluição de esgotos, OBRAS HIDRÁULICAS Condicionantes de utilização dos recursos hídricos – Controle do regime hidrológico • Águas superficiais • Águas subterrâneas • Controle de cheias • Controle de estiagens – Controle de poluição – Controle de erosão ENGENHARIA HIDROLÓGICA Hidrologia: – Estuda a água na terra: ocorrência, circulação, distribuição, características físico-químicas, interfaces com fauna e flora Engenharia Hidrológica – Parte da hidrologia relativa ao planejamento, projeto e operação de obras de engenharia de controle e uso da água CICLO HIDROLÓGICO ENGENHARIA HIDROLÓGICA Balanço hídrico – Simplificado Considera que o volume captado em uma bacia é totalmente escoada para um ponto mas baixo, sem ocorrer perdas na vazão, devido a um solo / rocha impermeável Balanço hídrico – Completo Considera que ocorrem perdas no volume captado na bacia por infiltração, evaporação e consumo fitológico das plantas ENGENHARIA HIDROLÓGICA Unidades físicas – Vazão (Q): L/s; m³/s; L/h; L/min; m³/dia – Volumes (V): L; m³ – Altura de chuva: mm; cm – Intensidade de chuva: mm/h – Evaporação: mm, cm – Declividades: m/km; m/m; cm/m; cm/km – Velocidades (v): m/s; km/h ENGENHARIA HIDROLÓGICA Fatores que influenciam o escoamento superficial – Climáticos • Tipo de precipitação • Intensidade da precipitação • Duração da chuva • Distribuição espacial da chuva ENGENHARIA HIDROLÓGICA Fatores que influenciam o escoamento superficial – Climáticos • Chuva antecedente • Umidade do solo antecedente • Evaporação • Transpiração ENGENHARIA HIDROLÓGICA Fatores que influenciam o escoamento superficial – Fisiográficos • Área de drenagem • Uso da terra • Cobertura vegetal • Tipo de solo • Forma e drenagem ENGENHARIA HIDROLÓGICA Fatores que influenciam o escoamento superficial – Fisiográficos • Relevo • Altitude média • Comprimento do rio principal (talvegue) • Declividade da bacia • Reservatórios naturais ou artificiais BACIA HIDROGRÁFICA MODELOS DE CHUVA VAZÃO NÃO CALIBRADOS Determinação da vazão Q em uma bacia – Método Racional: A ≤ 80ha – Método Racional Modificado: 80ha < A ≤ 200ha MODELOS DE CHUVA VAZÃO NÃO CALIBRADOS Determinação da vazão Q em uma bacia – Sendo: • Q: Vazão máxima de escoamento, em m³/s • C: coeficiente de runoff: razão entre o volume de água escoado superficialmente na bacia e o volume de água precipitado (adimensional). Varia com o tipo de solo e o tipo de cobertura vegetal. Quanto MENOR o volume escoado, menor será a vazão crítica do dispositivo de engenharia a ser dimensionado MODELOS DE CHUVA VAZÃO NÃO CALIBRADOS Determinação da vazão Q em uma bacia – Sendo: • I: intensidade média máxima da chuva, em mm/h • A: área de contribuição da bacia, em ha DETERMINAÇÃO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL Medição do Nível de Água – Mais preciso – Requer vários postos fluviométricos Modelo Chuva-Vazão Calibrado – Boa precisão – Baseado em hidrógrafa (hidrograma unitário) Fórmulas empíricas – Baixa precisão – Meyer, Gregory, etc DETERMINAÇÃO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL Réguas linimétricas e Linígrafo DETERMINAÇÃO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL Hidrograma unitário OUTRAS DEFINIÇÕES Tempo de concentração – Tempo gasto para toda água precipitada na bacia contribua para o escoamento superficial no local de estudo Tempo de recorrência – Período de tempo médio em que uma determinada vazão é igualado ou superado pelo menos uma vez Inclinação do talvegue Velocidade do rio OUTRAS FERRAMENTAS Medidas de precipitação – Pluviômetro: leitura manual – Pluviógrafo: leitura contínua Medidores de umidade Medidores de evapotranspiração Aplicação de Estatística para calibração de modelos matemáticos de chuva. Regressão linear simples ou múltipla ELEMENTOS DE UM BARRAMENTO D’AGUA Reservatório Barragem Extravasores Controladores de vazão Dispositivos de saída COTA ÁREA E COTA VOLUME TIPOS DE BARRAGENS ESFORÇOS SOBRE BARRAGENS DIMENSIONAMENTO DE COTA DAS BARRAGENS NA máx: cota máxima operacional da barragem NA min: cota mínima operacional da barragem Volume útil: volume armazenado entreNA máx e NA min Volume morto: volume abaixo de NA min. Serve para sedientação Borda Livre: distância entre o coroamento da barragem e o NA máx MÉTODOS CONSTRUTIVOS BARRAGENS DE GRAVIDADE MÉTODOS CONSTRUTIVOS BARRAGENS DE CONTRAFORTE E DE TERRA OBRAS HIDRÁULICAS EXTRAVASORES Extravasor de Crista livre Extravasor Tipo Tulipa CONTROLADORES DE VAZÃO Pranchões de Madeira Comportas UHE Luís E. Magalhães DISPOSITIVOS DE SAÍDA - Tomada d’água submersa - Torres de tomada d’água - Adufas - Válvula de agulha - Ponto de entrada de água no conduto forçado que leva água os sistema de turbinas - Cotem sistema de comportas para drenagem do contudo para manutenção de turbinas CONTROLE DE CHEIAS Reservatório de retardamento CANAIS ARTIFICIAIS: NAVEGAÇÃO CANAIS ARTIFICIAIS: IRRIGAÇÃO OBRAS HIDRÁULICAS Histórico Baixo e alto Egito Observando o mapa acima, percebemos que o rio Nilo deságua no mar Mediterrâneo e sua foz tem forma de um delta. Essa região, situada no norte da África, ficou conhecida como Baixo Egito. Ali se encontravam as terras mais férteis, devido à grande quantidade de água rica em detritos orgânicos despejados no delta do rio. OBRAS HIDRÁULICAS Histórico A fertilidade do Nilo e as obras hidráulicas Assim como ocorria na Mesopotâmia, no período das cheias, as águas do rio Nilo inundavam as terras de suas margens e depositavam ali uma rica camada de húmus. Quando o rio retornava ao seu nível normal, o solo que tinha sido inundado estava fertilizado e propício para o cultivo. OBRAS HIDRÁULICAS Histórico A fertilidade do Nilo e as obras hidráulicas Devido à fertilidade que essas inundações periódicas traziam ao solo, a população do Egito antigo se concentrava às margens do Nilo. Por isso, a região por onde esse rio passa pode ser comparado a um oásis, ou seja, uma área fértil que possibilita o desenvolvimento da agricultura em meio à aridez de um deserto. O deserto em torno dele servia como uma proteção ou barreira natural, que dificultava o ataque de inimigos à região. Se insistissem, teriam de enfrentar o calor, as tempestades de areia e a falta de água. Muitos invasores conseguiram, mas a tarefa não era fácil OBRAS HIDRÁULICAS Histórico Aquedutos Romanos DENTRE todas as realizações da engenharia antiga, os aquedutos romanos estão entre as mais notáveis. “Com tantas estruturas indispensáveis para o transporte de águas, quem se atreveria a compará-las às inertes pirâmides ou às inúteis, mas célebres, obras gregas?”, escreveu Sexto Júlio Frontino (35–103 AC), governador e comissário de águas. OBRAS HIDRÁULICAS Histórico Aquedutos Romanos - Por que eram necessários? As cidades antigas eram geralmente construídas perto de onde havia muita água, como foi o caso de Roma. Originalmente, o rio Tibre e as fontes e poços nas proximidades forneciam toda água de que a cidade precisava. Mas, do quarto século AC em diante, Roma cresceu rapidamente, assim como sua demanda por água OBRAS HIDRÁULICAS Histórico Aquedutos Romanos - Construção e manutenção Quando ouve as palavras “aqueduto romano”, será que você pensa em arcos imponentes enfileirados até onde a vista alcança? Na verdade, os arcos constituíam menos de 20% desse antigo sistema de transporte de água. Por exemplo, o Aqua Marcia, que ficou pronto em 140 AC, tinha 92 quilômetros de extensão, mas apenas 11 quilômetros de arcos. A maior parte dos aquedutos era subterrânea, o que os tornava mais econômicos. Isso também os protegia contra danos provocados por fatores climáticos e causava menos transtornos a quem vivia no campo e nas áreas urbanas. OBRAS HIDRÁULICAS Histórico Aquedutos Romanos - Construção e manutenção Antes de construir um aqueduto, engenheiros avaliavam a qualidade de uma potencial fonte de água para consumo, examinando a limpidez, a vazão e o sabor. Também levavam em conta a saúde dos moradores da região que bebiam dessa água. Se o local fosse aprovado, calculava-se o percurso, o declive, a largura e o comprimento dos condutores de água. Para realizar essas construções, era utilizada mão de obra escrava. Talvez levasse anos para um aqueduto ficar pronto. Isso tornava o projeto caro — especialmente se tivesse arcos. OBRAS HIDRÁULICAS OBRAS HIDRÁULICAS Histórico Holanda – O país das águas A luta contra as águas é presença constante nos Países Baixos. Fez parte de sua história marcando profundamente a alma desse povo e por isso suas características tão assertivas. Faz parte de seu presente através do controle absoluto e preciso do nível das águas. E com igual importância fará parte de seu futuro com tantos desafios a serem superados num planeta em que o aquecimento global é um fato constante e determinante. Olhando para o passado têm-se uma ideia dos constantes esforços para a proteção das terras baixas. Por volta de 1927/33 quando foi construído o grande dique Afsluitdijk, no norte, já havia planos para a proteção da costa no sul das frequentes inundações. Devido à II Guerra Mundial e outras questões o plano foi adiado. OBRAS HIDRÁULICAS Histórico Holanda – O país das águas O fator decisivo para a implementação do projeto foi em 1953 quando houve um grande acidente climático, grandes inundações onde as marés altas e um furacão destruíram um dique de proteção no sudoeste do país (onde se encontra o delta dos rios Reno, Escalda e Mosa) causando a morte de milhares de pessoas e destruindo mais de 160.000 hectares de terra. O fato foi determinante para que as autoridades revissem o sistema de proteção, empreendendo de vez seu maior projeto hidráulico de contenção das águas, o DELTAWORK. OBRAS HIDRÁULICAS OBRAS HIDRÁULICAS Histórico Holanda – O país das águas Refiro-me ao espetacular projeto Delta Works (Deltawerken) uma enorme série de barragens, diques, represas, eclusas e comportas que protegem a Holanda da invasão das águas. Seja do mar, dos afluentes dos rios, de inundações por chuvas ou qualquer evento que ameace as terras abaixo do nível do mar. Uma maravilhosa obra de engenharia já chamada pela American Society of Civil Engineers como uma das Sete maravilhas do Mundo Moderno. O projeto delta demorou cerca de 30 anos para ser finalizado. MUITO OBRIGADO! Prof Henrique Barreto Civil.Henrique@gmail.com http://www.13snhct.sbhc.org.br/resources/anais/10/1344867897_ARQUIVO_artigoIvoneideCost a1.pdf - Escrever um resumo sobre o artigo acima. - Entrega no dia 19/02.
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