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RESUMO F PESSOA

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Português 12ºano
Pseudónimo quer dizer «nome suposto ou falso em geral adotado por um escritor, artista... para assinar as suas obras». Assim, Miguel Torga é o pseudónimo literário de Adolfo Correia da Rocha. 
Heterónimo é «personalidade criada por um escritor, com mundividência e carácter próprios». Alberto Caeiro é um dos heterónimos de Fernando Pessoa. 
Ortónimo é o nome real, verdadeiro, por exemplo desse escritor (o ortónimo de Alberto Caeiro é Fernando Pessoa).sendo a heteronímia a busca de outros sentidos para a vida. cada um dos seus heterónimos exprime um novo modo de ser e uma visão própria do mundo.
Fernando Pessoa, Ortónimo
. Vertente modernista 
. Vertente saudosista (Saudosismo é a admiração excessiva por aspectos do passado, desde comportamentos, hábitos, princípios e outros ideais obsoletos e ultrapassados) e sebastionista (Mensagem, 1934)
- Sentir vs pensar / Inconsciência vs consciênciaTemáticas
- Nostalgia da infância
- Fragmentação do “eu”
Fernando Pessoa, Heterónimo
. Alberto Caeiro, o poeta da Natureza
. Ricardo Reis, o clássico pagão
. Álvaro de Campos, o filho indisciplinado da sensação     
- Decadentista (1ª Fase)
- Futurista/Sensacionalista (2ª Fase)
- Intimista, Pessoal e pessimista (3ª Fase)
TEMÁTICAS GERAIS DE FERNANDO PESSOA
DOR DE PENSAR
Fernando Pessoa é um homem que vive e pensa simultaneamente
a vida só vale a pena ser vivida quando vivida sem pensamento, uma vez que o próprio pensamento corrompe a inconsciência, inerente à felicidade de viver.
Mais feliz é aquele que vive na ignorância, alheio à realidade da vida, do que aquele que baseia a sua existência na lucidez. 
o seu sofrimento advém da sua constante autoanálise, não se permitindo sentir a felicidade, restando-lhe o sofrimento.
Em suma, tanto a dor de pensar como a obsessão pela análise, são fatores que invadem a mente do poeta e o impedem de viver plenamente a vida, ou seja, a extensão dos seus sentimentos é constantemente diminuída pela vastidão do seu pensamento e autoanálise.
(“Ela canta pobre ceifeira”/” Gato que brincas na rua”)
FRAGMENTAÇÃO DO “EU”
A fragmentação do “eu” de Fernando Pessoa resulta da constante procura de resposta para o enigma do ser, aliada à perda de identidade.
Pessoa procura, através da fragmentação do eu, a totalidade que lhe permita conciliar o pensar e o sentir.
Na verdade, Pessoa vê-se confrontado com a sua pluralidade, ou seja, com diferentes “eus”, sem saber quem é e se realmente existe. Contudo, a negação do “eu” como um todo, leva-nos à forma como os heterónimos foram criados, que nos demonstra a angústia da procura pelo desvendo da vida e da morte, da perfeição e da tristeza, da humanidade e da divindade 
 (“Hora absurda”/Chuva obliqua”)
NOSTALGIA DA INFÂNCIA
Uma das principais temáticas de Fernando Pessoa é a nostalgia da infância. O poeta procura recordar a sua primeira infância, mas não consegue lembrar mais que a vida após os cinco anos, data da morte do pai.
 
De facto, no poema Pobre e velha música, Pessoa imagina ter sido alguém diferente na infância, “outro”, não sabendo sequer se fora feliz: “E eu era feliz? Não sei: / Fui-o outrora agora”. Estas dicotomias, sempre presentes na sua obra, mostram a dualidade de pensamentos do poeta, a impossibilidade de se definir, desconhecendo esta infância fugaz.
 
Na realidade, este passado é como um refúgio para o presente, uma alegria na alma do poeta, ao tentar recordar esse tempo em que era “o menino da sua mãe”. No entanto, esta não passa de um sonho, memória perdida e remota, como o próprio refere no poema Quando as crianças brincam: “E toda aquela infância / Que não tive me vem, / (…) Que não foi de ninguém”.
 
Concluindo, a morte prematura do pai, aliada à morte do irmão, no ano seguinte, foram factos marcantes na vida de Pessoa, que não pôde aproveitar o passado nem voltar a vivê-lo, como procurou exaustivamente durante a sua existência e o demonstrou na poesia.
(“Quando as crianças brincam”/”Menino da sua mãe”/”Não sei, ama, onde era”)
FINGIMENTO POÉTICO
O poeta sente a dor, fingi-a e escreve-a tornando-a num poema.
Para F. Pessoa um poema é produto intelectual, pois não resulta do “momento da emoção”, mas sim da recordação. 
Encontra-se em pessoa ortónimo uma dualidade entre a sinceridade e o fingimento, o fingimento implica exprimir intelectualmente as emoções, no entanto o poeta fingidor que exprime chega a identificar-se com a sua própria poesia.
(“Autopsicografia”/”Isto”)
F. PESSOA ORTÓNIMO
Principais Temas da Poesia:
Tensão: 
sinceridade/fingimento, 
consciência/inconsciência
Oposição:
sentir/pensar,
 pensamento/vontade, 
esperança/desilusão
Identidade Perdida
O presente como único tempo
Características estilísticas:
. A simplicidade formal; rimas externas e internas; redondilha maior (gosto pelo popular) que dá uma ideia de simplicidade e espontaneidade
. Grande sensibilidade musical:
- Eufonia – harmonia de sons
- Aliterações, encavalgamentos, transportes, rimas, ritmo
- Verso geralmente curto (2 a 7 sílabas)
- Predomínio da quadra e da quintilha
. Adjetivação expressiva
. Pontuação emotiva
. Uso de símbolos
. Reaproveitamento de símbolos tradicionais (água, rio, mar.…)
Alberto CaeiroViveu quase toda a sua vida no campo. Não teve profissão, e só teve educação primária
Características de Caeiro: 
. Sensacionista (maior importância para a visão)
. Naturista (religião: panteísta)
. Apolíneo (positivo)
. Objectivo, concreto (usa comparações)
. Deambulatório (semelhança com Cesário Verde)
. Calmo (paz de espírito)
. Anti-metafísico (contra o pensamento)
Não define natureza, mas ama-a como mais ninguém o faz. 
Caeiro tem uma paz interior constante, estando em plena harmonia com o universo.
Alberto Caeiro é o poeta mais simples, mais claro e mais natural. Apresentando-se como ‘guardador de rebanhos’, preocupa-se com a observação da realidade tal e qual como ela é. 
É absolutamente anti metafísico, na medida em que, por palavras suas, «pensar é estar doente dos olhos». 
Descreve, aprecia a realidade, vive o presente sem pensar, analisar e sofrer. Tudo é uma grande e constante novidade porque tudo é diferente entre si. Só quando pensamos é que uniformizamos as coisas. Assim, é, na perspetiva pessoana, o Mestre quer do ortónimo, quer dos restantes heterónimos.
Segundo Caeiro, é preciso fazer uma «aprendizagem de desaprender», ou seja, pensar menos, libertar-se de tudo o que possa alterar a captação da 
realidade.
 
Estilo/Linguagem: 
. Linguagem simples, por vezes repetitiva; Tom coloquial/oralizante; predomínio do verbo “ser” e do Presente do Indicativo.
. Verso livre, métrica e estrofes díspares, ausência de rima
. Sintaxe simples, com predomínio da coordenação.
. Uso de comparações e metáforas simples; aliterações e de onomatopeias; paralelismos 
Ele escreve o que sente e, por isso, escreve de uma forma simples, parecendo que as palavras saem naturalmente, ingenuamente, num estilo coloquial e muito espontâneo.
O tempo:
O tempo é uma sucessão de instantes Só o presente existe ele vive e sente o presente/o agora (que é sua única realidade) como a aceita está bem consigo mesmo e com o mundo é feliz e não precisa de relembrar o passado ou premeditar o futuro (O que passou, já passou; o que ainda não passou, há-de passar) 
 
A morte: 
. Natural
. Inerente ao Homem e à Natureza
Caeiro vê a morte chegar todos os dias ás flores, plantas e animais. Sabendo-se parte da natureza como qualquer outro animal ou planta, ele sabe que, um dia, também vai morrer. Contudo, aceita-o porque é o decurso normal da vida. É o que acontece com cada pedacinho de natureza, portanto também há-de acontecer com ele. Não há drama: «Um dia, deu-me um sono/ E adormeci como uma criança.»
A visão:
Valorizando exclusivamente os sentidos, a visão assume um papel crucial, uma vez que é considerado o sentido mais importante e verdadeiro.
Ver é conhecer e compreender o mundo. 
O conhecimento assenta nas sensações, paraque a nossa realidade seja, simplesmente aquilo que está ao nosso alcance. «Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la», nada mais. Alberto Caeiro tem uma conceção da vida ao estilo do realismo sensorial. “Porque pensar é não compreender ...”
 “O Mundo não se fez para pensarmos nele 
(Pensar é estar doente dos olhos)”
  “Pensar incomoda como andar à chuva”
O Poeta da Natureza: 
Chamamos-lhe ‘poeta da natureza’ porque, efetivamente, ele a idolatra. Para ele a natureza é perfeita nas suas próprias imperfeições. Adota uma posição panteísta (Crença de que Deus e todo o universo são uma única e mesma coisa e que Deus não existe como um espírito separado. - a natureza é Deus porque, se Deus criou as árvores e a água, então Deus é as árvores e a água). 
Ricardo Reisfoi educado num colégio de jesuítas
Filosofias Base
Objetivo: tentar encontrar a calma e a tranquilidade de vida. No entanto o epicurismo é triste porque quem vive sempre com medo da morte nunca poderá atingir a felicidade e a calma.
Linguagem e Estilo
Ao analisar os poemas de Ricardo Reis (anexos) pode concluir que o poeta utiliza:
Composição poética: ode (tem a sua origem na poesia clássica grega), composição poética de exaltação, era dotada de um esquema rígido na época clássica, mas os poetas modernos abandonaram essa rigidez e usaram-na com esquemas variados.
Verso: regular – decassílabo alternado ou não com o hexassílabo; branco com recurso à assonância, à aliteração e à rima interior.
Linguagem: erudita, latinizante (recurso a latinismos – utilização de locuções ou palavras própria da língua latina), como “vólucres, “insciente”, “óbulo”, “ínfero”, “estígio”. Uso frequente do Gerúndio e do Imperativo.
Sintaxe: complexa, com predomínio da subordinação.
Estilo: denso, cuidadosamente construído, através de anástrofes (inversão da ordem normal das palavras para se dar mais realce ao pensamento), hipérbatos (alteração da ordem mais comum das palavras, prejudicando a clareza da expressão) e perífrases que remetem para a mitologia grega e latina. Submissão da forma ao conteúdo.
Linha de pensamento: 
 - Efemeridade da vida (que possui caráter temporário; de curta duração): ‘Aprendamos que a vida passa’
 - Defende Carpe Diem (vivamos a vida em pleno e aproveitemos o momento), mas depois começa a pensar e estraga o momento (Ponto de contacto com F. Pessoa)
 - Para não estragar ou modificar a paz interior, não se pode gozar a vida com os prazeres terrenos e paixões Isola-se do Mundo para não se apegar e sofrer.
 - Ricardo Reis tenta encontrar a felicidade na natureza (semelhança com Caeiro), mas não consegue porque pensa demais, quer prever tudo e não se deixa levar (diferença com Caeiro).
 - Vive o presente: o passado já passou e o futuro só ao destino pertence.
- Embora tema a morte, pois desconhece-a, não contesta as leis do destino, às quais nem os deuses são superiores
- A obra de R. Reis apresenta um epicurismo triste, uma vez que busca o prazer relativo, uma verdadeira ilusão de felicidade, pois sabe que tudo é transitório. 
 - Ricardo reis refugia-se na aparente felicidade pagã que lhe atenua o desassossego. Procura alcançar a quietude e a perfeição dos deuses, desenhando um novo mundo à sua medida: “E no seu calmo Olimpo/São outra Natureza.”
Influência clássica: Lídia (nome romano) e ‘óbulo ao barqueiro’ (mitologia grega)
Álvaro de Campos
Fases de Vida:Teve uma educação vulgar de liceu”; foi para a Escócia estudar engenharia, primeiro mecânica e depois naval
Fase 1: Decadentista
- Exprime o tédio, o cansaço e a necessidade de novas sensações. É como um jovem com a ânsia de viver, de experimentar, de quebrar barreiras. 
 - Faz uma viagem ao Oriente para encontrar a felicidade.
- Busca nos estupefacientes (ópio) o refúgio para esquecer a sociedade, apagar o tédio e saborear tentações. 
 
 No entanto, nunca chega a alcançar o que pretende. A procura pelo bem-estar não passa pela mudança de lugar ou ambiente. A viagem não lhe trouxe a paz interior. O ópio esconde os problemas existências, mas não os resolve e quando o sujeito poético regressa do estado de alienação ainda piora o seu estado de espírito. Então, acaba por desistir de procurar o equilíbrio: ‘Deixe-me estar aqui, nesta cadeira / E virem meter-me no caixão’.
 
Fase 2: Futurista/Sensacionista
- Dá-se a explosão das emoções. 
Neste momento, Álvaro de Campos é apologista do progresso, observa o desenvolvimento da civilização e regozija-se por isso. 
 
- Modernismo: acaba-se a conceção aristotélica da poesia:
         - Não há rima.
         - Não há escansão métrica.
         - Não há temas tradicionais de poesia (mulher, amor e saudade).
 
- Antiestética: os conceitos de beleza tradicional são substituídos pela beleza da máquina e do progresso. 
 
- Sensacionismo: Campos é um sensacionista, isto é, atribui grande ênfase às sensações – ponto de contacto com Caeiro. No entanto, ambos têm conceções de sensacionismo muito diferentes. Álvaro de Campos quer que todos os sentidos estejam alerta, no seu máximo, ao mesmo tempo, a todo o momento. É o uso bruto das sensações, selvagem: ‘Eu quero sentir tudo, de todas as maneiras, em mim’, ‘Tenho febre e escrevo’, ‘Rangendo os dentes’. Este sensacionismo compara-se ao movimento de unanimismo que se formou na mesma altura. Quer-se totalizar todas as possibilidades sensoriais e afetivas da humanidade, em todo o espaço, tempo ou circunstâncias, num mesmo processo psíquico individual. 
 Campos procura a totalização das sensações, conforme as sente ou pensa, e que lhe causa tensões profundas
Caeiro considera a sensação de forma tranquila e saudável, mas rejeita o pensamento
- Obsessão pelo desenvolvimento: 
         - Extrema adulação ao progresso e ao mundo mecânico. 
         - Conta o triunfo da máquina, do desenvolvimento da civilização.
         - Delira com os ruídos das fábricas, os cheiros nauseabundos, as cores sujas das fábricas. Tudo se torna belo, ideal, fantástico.
 
 - Perfeição: ‘Ah, não ser eu toda a gente e toda a parte’
Reflete-se o desejo do sujeito lírico em ser perfeito, omnipotente, omnipresente. Quer ser Deus, absorver tudo, poder tudo. Vê a máquina como perfeita. Se ele quer alcançar a perfeição, quer ser uma máquina. Seria perfeito, automático, autónoma, infalível. 
MAS não é possível, por isso há uma ponta de insatisfação, desilusão, frustração. Este tédio dá origem à 3ª fase de Campos. 
 
 - Estilo e linguagem: 
. Uso de interjeições e invocações
. Uso de onomatopeias
. Frisam o estado de êxtase em que ele se encontra - Uso de sinestesias
 
Fase 3: Intimista
- Perante a incapacidade de realizar o seu desejo de omnipotência, retorna ao estado de abulia, intimidade, cansaço. 
‘Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser / Ou até se não puder ser …’ 
- É o interior, a sua própria falibilidade que provoca nele o descontentamento. Sente-se desapontado porque deseja tudo e não alcança nada. Cansa-se de ambicionar, de amar, de se extasiar.
- Repara que não vale a pena, nunca conseguirá atingir a perfeição.
- Deixa-se levar por um imenso cansaço psicológico. 
A exaustão completa, o desmaiar de emoções. 
- Isolamento: Isola-se dos outros porque compara-se a eles e acha-se muito diferente. Ele já não tem ideais, não acredita. Está sem forças, sem garra, sem vontade, logo não consegue atingir nada, nem o possível, nem o impossível. Os outros acreditam em algo, mesmo que o saibam impossível, têm onde se agarrar e, assim, conseguem evoluir, mesmo que não atinjam o seu propósito. São os ‘idealistas’ que, apesar de nunca conseguirem chegar à utopia do seu objetivo, lutam e fazem alguma coisa nesse sentido. Já ele não produz, anda à deriva, sem saber o que quer e em que acreditar. Não tem força. 
Linguagem e Estilo:
Composição poética: ode; quadra; verso em geral muito longo; ausência de rima; recurso à onomatopeia, à aliteração, assonância e à rima interior.
Linguagem: simples, repetitiva, misturade registos de língua; uso de interjeições; estrangeirismos, neologismos.
Sintaxe: construções nominais infinitas e gerundivas.
Estilo: esfusiante, torrencial; com recurso a onomatopeias, anáforas, apóstrofes, enumerações, oximoros; pontuação expressiva (exclamação, interrogações, reticências).

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