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Redes de Computadores - Redes Virtuais Privadas sobre Tecnologia IP

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REDES VIRTUAIS PRIVADAS 
SOBRE TECNOLOGIA IP 
 
Edgard Jamhour 
VPN: VIRTUAL PRIVATE NETWORK 
Estende os privilégios de acesso a uma rede privada através da uma rede 
pública. 
ISOLAMENTO DE REDE 
VPN 
A 
VPN 
B 
Membros da VPN A 
não podem enviar 
pacotes para 
membros da VPN B 
Internet 
Pública 
ISOLAMENTO DE REDE 
Por Criptografia/Autenticação 
 
 
Exemplos: IPsec, PPTP, SSL, etc. 
 
 
1. Segurança embutida nos pacotes 
2. Segurança controlada pelo 
usuário final 
3. Isolamento de rede feito por 
firewalls 
4. Sem garantias de QoS 
Por Roteamento Seletivo 
 
 
Exemplos: ATM, Frame Relay, MPLS 
 
 
1. Segurança feita pela rede 
2. Segurança controlada pelo 
provedor 
3. Isolamento de rede feito por 
roteamento 
4. Pode ter garantias de QoS 
 
MPLS VPN: ARQUITETURA HUB X SPOKES 
 
Todos os sites 
(Spokes) enviam 
tráfego apenas para o 
Hub 
 
A comunicação entre 
Hub e Spoke usa 
endereçamento 
próprio, independente 
da Internet 
 
Implementado com as 
tecnologias MPLS, 
GRE, VRP pelo 
Provedor 
TIPOS DE VPN 
ENTRE DUAS MÁQUINAS 
ENTRE UMA MÁQUINA 
E UMA REDE 
(VPN DE ACESSO) 
ENTRE DUAS REDES 
(INTRANET OU 
EXTRANET VPN) 
rede 
Insegura 
rede 
Insegura 
rede 
Insegura 
VPN = TUNELAMENTO 
rede 
Insegura 
pacote protegido 
rede 
Insegura pacote 
desprotegido 
rede 
Insegura 
CONCEITOS BÁSICOS DE UMA VPN 
O que caracteriza uma tecnologia como VPN: 
 
TUNELAMENTO: 
• Permite transportar pacotes com IP privado ou com outros protocolos de rede 
através da Internet pública. 
 
AUTENTICAÇÃO/INTEGRIDADE: 
• Permite controlar quais usuários podem acessar a VPN 
• Reduz o risco de ataques por roubo de conexão e spoofing. 
 
CRIPTOGRAFIA: 
• Garante a confidencialidade dos dados transportados através da VPN. 
 
O QUE É TUNELAMENTO? 
Tunelar significa encapsular o pacotes do protocolo A dentro do campo de 
dados do protocolo B, de forma que apenas o protocolo B é interpretado 
pela rede. 
Usualmente o tunelamento implica em duplicar camadas do modelo de 
redes. 
L2 L3 
Tunelamento L3 
Tunelamento L2 
L4 Pacote Original L7 dados 
L2 L3 L3 L7 dados 
L2 L3 L2 L7 
L4 L7 dados 
L3 L7 dados 
TUNELAMENTO 
FISICA 
ENLACE 
REDE 
TRANSPORTE 
APLICAÇÃO 
FISICA 
ENLACE 
REDE 
SSL 
APLICAÇÃO 
FISICA 
ENLACE 
REDE 
TRANSPORTE 
APLICAÇÃO 
FISICA 
ENLACE 
REDE 
TRANSPORTE 
APLICAÇÃO 
TRANSPORTE 
REDE 
REDE 
ENLACE 
Aplicação 
S.O. 
Placa de 
Rede 
Pilha 
Normal SSL 
Tunelamento 
Camada 3 
Tunelamento 
Camada 2 
PROTOCOLOS PARA VPN (L2 E L3) 
L2F: Layer 2 Fowarding Protocol (Cisco) 
• Não é mais utilizado. 
 
PPTP: Tunelamento de Camada 2 
• Point-to-Point tunneling Protocol 
• Usa MPPE (Microsoft Point-to-Point Encryption) para segurança 
• Usa GRE (Generic Routing Encapsulation) para tunelamento 
 
L2TP: Tunelamento de Camada 2 
• Level 2 Tunneling Protocol (L2TP) 
• Combinação do L2F e PPTP 
• L2PTv3: (2005) 
 
IPSec: Tunelamento de Camada 3 
• IETF (Internet Engineering Task Force) 
VPN DE CAMADA 4 
Transport Layer Security (SSL/TLS) 
• Usado por OpenVPN e SoftEther VPN 
• Software Livre (GNU GPL) 
• Usado pelo SSTP (Secure Socket Tunneling Protocol) 
• Desenvolvido pela Microsoft 
 
Datagram Transport Layer Security (DTLS) 
• Usado por Cisco AnyConnect VPN e OpenConnectVPN 
 
Secure Shell (SSH) VPN 
• Implementado por SSH 
• Pouco escalável mas versátil e de fácil implementação 
 
PROTOCOLOS PARA VPN 
Protocolo Tunelamento Criptografia Autenticação Aplicação 
PPTP Camada 2 Sim Sim Transporta qualquer 
protocolo suportado pelo 
PPP 
L2TP Camada 2 Não Sim Transporta qualquer 
protocolo suportado pelo 
PPP 
IPsec Camada 3 Sim Sim Transporta apenas pacotes 
IP 
IPsec e 
L2TP 
Camada 2 Sim Sim Transporta qualquer 
protocolo suportado pelo 
PPP 
PONTO-A-PONTO VS MULTI-PONTO 
Serviço Multiponto: 
• Múltiplas entidades conectadas ao mesmo meio 
• Permite envio de mensagens em broadcast 
• Quadros precisam incluir o endereço do destinatário 
Serviço Ponto-a-Ponto: 
• Apenas duas entidades conectadas entre si 
• Usuários em conexões ponto-a-ponto diferentes não se comunicam por broadcast 
• Não precisa de endereçamento 
 
MODEM 
MODEM 
MODEM 
um modem para cada usuário (linha) 
RAS: Remote Acess Server ou 
NAS: Remote Acess Server 
PSTN 
Rede Remota 
MODEM 
Tecnologia Multi-Ponto 
PPP: POINT TO POINT PROTOCOL 
Permite criar conexão de rede através de enlaces ponto-a-ponto. 
• O PPP é um protocolo do nível de enlace destinado a transportar 
mensagens ponto a ponto. 
• O PPP supõem que o link físico transporta os pacotes na mesma 
ordem em que foram gerados. 
O PPP permite transportar 
diversos protocolos de rede. IP 
IPX 
link físico 
ARQUITETURA PPP 
Link Control Protocol (LCP) 
• Configura parâmetros do link como tamanho dos quadros. 
 
Protocolos de Autenticação (CHAP, PAP, EAP) 
• Determina o método para validar a senha do usuário no servidor. Pode variar de texto aberto até 
criptografia. 
 
Internet Protocolo Control Protocol (IPCP) 
• Configura parâmetros de rede de forma similar ao DCHP 
• Tipo específico de NCP (Network Control Protocol) para IP 
• Existem outros para IPx, Netbios, etc. 
 
 
DHCP é para redes Multiponto 
IPCP é para redes Ponto-a-Ponto 
PAP: Autenticação sem segurança 
EAP: Extensible Authentication Protocol 
(Usado em Wireless) 
AUTENTICAÇÃO CHAP: PPP 
 
CHAP: Chalenge Handshake Authentication Protocol 
• Autenticação One-Way 
• Depende de um segredo Pré-compartilhado 
FASE LCP 
2. Challenge String (CS) 
3. MD5 [Password + CS] 
5 
MD5 
Segredo + 
CS 
Digest 
COMPARAÇÃO 
4. VALIDAÇÃO 
4. OK ou Failure 
Suplicant Authenticator 
FRAME PPP: LINKS PONTO A PONTO 
O Frame PPP segue uma variante da estrutura do HDLC (High-level Data 
Link Control) 
FLAG ADDRESS CONTROL PROTOCOL FCS FLAG 
8 bits 8 bits 8 bits 16 bits 16 bits 8 bits 
DADOS 
0x7E 0xFF 0x03 0x0021 
IP TCP 
IPv4 
Dados 
EXEMPLO: ICMPV4 TRANSPORTADO POR 
PPP 
PPP identifica 
o protocolo 
com 2 bytes 
 
IPv4 identifica 
o protocolo 
com apenas 1 
byte 
PPTP: POINT-TO-POINT TUNNELING 
PROTOCOL 
• Publicado pela Microsoft em 1999 (RFC 2637) 
• Microsoft, Ascend (Nokia), 3Com e outros 
• Cria túneis baseados em GRE (Generic Routing Encapsulation) 
• O canal de controle para criação de túneis PPTP é baseado em TCP (Porta 1723) 
 
• Mecanismos de segurança utilizados: 
• MPPE (Microsoft Point-to-Point Encryption) 
• MS-CHAP v1 (inseguro) 
• MS-CHAP v2 (vulnerável a ataques de dicionário) 
 
• PPTP com MPPE é considerado VULNERÁVEL 
• Nativo para várias versões de Microsoft Windows 
• Versões mais recentes do Windows usam SSTP 
 
• SSTP (Secure Socket Layer Tuneling Protocol) 
• Suporta EAP-TLS para autenticação 
PPP VS 
PPTP 
IP 
PPP 
PSTN Rede 
Ethernet 
IP 
PPP Eth 
IP 
Eth 
linha telefônica meio compartilhado 
Destino 
IP 
PPTP 
PSTN Internet 
IP 
PPP XYZ 
IP 
Eth 
linha telefônica 
IP 
PPP 
N
A
S 
R
A
S 
P
N
S 
IP 
PPTP 
IP 
XYZ 
Eth 
Rede 
Ethernet 
PPP 
PPTP 
inseguro 
seguro 
Ambiente da Empresa 
Ambiente da Empresa 
NAS: Network Access Server 
PNS: PPTP Network Server 
TOPOLOGIASPPTP 
Usuários 
conectados a VPN 
A não podem 
enviar pacotes para 
membros da VPN B 
Internet 
Pública 
Servidor 
PPTP A 
Servidor 
PPTP B 
filtro de 
pacotes 
filtro de 
pacotes 
EXEMPLO 
Cliente e servidor possuem endereços PÚBLICOS pré-definidos: IPC e 
IPS. 
Após a conexão eles recebem endereços PRIVADOS 
IPC 
IPS 
SERVIDOR 
PPTP 
RANGE IP 
IPprivado1 
IPprivado2 
... 
EXEMPLO: 
192.168.0.1 
.. 
192.168.0.254 
INTERNET 
LOGIN + SENHA 
IPVPN + ROTAS 
SERVIDOR 
RADIUS 
INTERNET 
REDE VIRTUAL = TOPOLOGIA EM ESTRELA 
Apenas pacotes enviados para endereços virtuais são protegidos. 
O servidor PPTP funciona como um HUB 
VPN 
VPN 
VPN 
VPN 
SERVIDOR 
PPTP 
IPA IP2 
IP1 
IPS 
IPB IP3 
IPC IP4 
IPA IPS IP2 IP4 
IPS IPc IP2 IP4 
PPTP = GRE VERSÃO 2 
Pacotes de PPTP 
são identificados pelo IP 
como GRE 
47 = 0x2F 
GRE (Generic Routing 
Encapsulation) é uma técnica 
de tunelamento usada no core 
das redes ISP 
MSCHAP V1: PPTP 
1. Pedido de Login (Identificação) 
2. Challenge String (CS1) 
3. Challenge String (CS2) + 
MD4 (CS1+Password) 
5) chave (CS2 + password) 
chave (CS1 + password) 
RSA’s RC4 
40 ou 128 bits (negociado) 
6) chave (CS1 + password) 
chave(CS2 + password) 
RSA’s RC4 
40 ou 128 bits (negociado) 
4. OK + 
MD4(CS1, CS2, Password) 
> 1024 
TCP:1723 
• CHAP não gera uma chave para criptografia 
• MS-CHAP é uma extensão do CHAP para gerar uma chave de criptografia a partir de um segredo pré-compartilhado 
• A negociação é feita usando a porta de controle TCP 1723 
EXEMPLO DE VPN COM FIREWALL 
INTERNET 
1723 >1023 
IP_PPTP 
FIREWALL: 
• Liberar conexão TCP no servidor PPTP na porta 1723 
• Liberar envio de pacotes PPTP (0x2F) para IP de destino IP_PPTP 
Não há regras do 
firewall para 
servidores de 
destino ou IP de 
origem 
SSTP (SECURE SOCKET TUNNELING 
PROTOCOL) 
• Problemas do PPTP 
• Não é encapsulado em protocolos de transporte (TCP ou UDP) 
• Não pode atravessa NAPT 
• Utiliza o MPPE que é considerado inseguro 
 
• SSTP: Secure Socket Tunneling Protocol 
• Originalmente criado para Windows (2008 em diante) 
• Utiliza SSL/TLS para autenticação e transporte 
• Transporta pacotes PPP na porta TLS 443 (HTTPS) 
• Pode utilizar EAP-TLS para métodos fortes de autenticação 
 
 
 
TCP HTTPS SSTP PPP IP pacote usuário 
SSTP 
• Define 2 tipos de pacotes: 
• SSTP Control Packets 
• SSTP Data Packets 
 
• cliente SSTP  servidor SSTP 
1. O cliente faz uma conexão TCP na porta 443 do servidor 
2. O handshake TLS/SSL é efetuado 
3. O cliente negocia um túnel SSTP com o servidor 
4. O cliente negocia uma conexão PPP com o servidor 
5. Pacotes são transportados através do canal PPP 
 
CENÁRIO DE USO SSTP 
CLIENTE REMOTO 
• De forma similar a uma rede PPTP, o STP permite atribuir um endereço da 
rede privada para um usuário externo. 
• A comunicação feita com o endereço privado é protegida pelo túnel SSTP 
CENÁRIO DE USO SSTP 
SITE A SITE 
Usando o SSTP cliente como roteador, é possível usar 
o SSTP para conectar duas redes através a Internet 
L2TP: LAYER TWO TUNNELING PROTOCOL 
• Baseado nos Protocolos: PPTP + L2F 
• Oferece as seguintes funções de segurança: 
• Tunelamento , Autenticação, Anti-spoofing e Integridade 
• Não possui suporte nativo para criptografia. 
 
VPNS QUE USAM PPP 
PPTP: 
• Negociação TCP (Porta 1723) 
• Integridade feita apenas pelo PPP 
• Possui suporte nativo a 
criptografia 
 
L2TP: 
• Negociação UDP (Porta 1701) 
• Possui mecanismo forte de 
integridade. 
• Não possui suporte nativo a 
criptografia 
SSTP: 
• Negociação TCP (Porta 443) 
• Criptografia e integridade são 
feitos pelo TLS/SSL 
 
 
TUNELAMENTO L2TP COM IPSEC 
L2TP e IPsec podem ser combinados para implementar um mecanismo 
completo de VPN para procotolos de rede diferentes do IP, como IPx e 
NetBEUI. 
TUN/TAP 
Interfaces TUN/TAP permite redirecionar pacotes enviados ao sistema 
operacional para programas fora do kernel (espaço usuário) 
• TUN: Simula uma dispositivo que opera em camada 3 e transporta pacotes 
• TAP: Simula um dispositivo que opera em camada 2 e transporta quadros 
 
OPENVPN 
• Software “open-source” que implementa uma VPN baseada em 
SSL/TLS 
• Baseado em OpenSSL 
• Escrito por James Yonan 
• Publicado como GNU GPL (General Public License) 
 
• Suporta autenticação de clientes usando: 
• Chave Estática: segredos pré-compartilhados 
• TLS/SSL + certificados para autenticação e troca de chaves 
• Nome Usuários/ Senha (novo) 
 
• Protocolo de Transporte: Suporte a NAT 
• UDP: Tipicamente (porta 1195) 
• TCP: Opcional (porta 1194) 
OPENVPN 
EXEMPLO DE TOPOLOGIA 
Túnel entre o cliente remoto e o servidor de VPN 
Acesso ao Target (10.10.2.20) que não está associado a VPN 
OPENVPN SOBRE UDP 
NEGOCIAÇÃO DO CANAL SEGURO 
O canal seguro é criado utilizando-se o handshake SSL 
TRANSPORTE DE DADOS UDP E TCP 
CONCLUSÃO 
VPNs podem ser implementadas em diferentes camadas. 
 
As VPNs de camada 2 e 3 são implementadas na pilha de rede do 
sistema operacional. 
 
As VPNs de camada 4 pode ser implementadas usando SSL/TLS e não 
requerem suporte do sistema operacional. 
 
As VPNs de camadas 2 e 3 apresentam geralmente menos overhead 
(bytes adicionais usados para proteger os pacotes) e funcionam de 
maneira mais transparente para as demais aplicações.

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