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Aula 05 Noções de Direito Constitucional p/ PM-AL (Soldado) Com videoaulas Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale AULA 05 DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÍES DEMOCRçTICAS Sumrio Defesa do Estado e das Instituies Democrticas ......................................... 2 1- Sistema Constitucional de Crise: os estados de exceo ......................... 2 2- As Foras Armadas: ............................................................................... 12 3- Segurana Pblica: ............................................................................... 16 Questes Comentadas .................................................................................. 25 Lista de Questes ......................................................................................... 41 Gabarito ....................................................................................................... 48 Para tirar dvidas e ter acesso a dicas e contedos gratuitos, acesse nossas redes sociais: Facebook do Prof. Ricardo Vale: https://www.facebook.com/profricardovale Facebook da Profa. Ndia Carolina: https://www.facebook.com/nadia.c.santos.16?fref=ts Canal do YouTube do Ricardo Vale: https://www.youtube.com/channel/UC32LlMyS96biplI715yzS9Q Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Defesa do Estado e das Instituies Democrticas 1- Sistema Constitucional de Crise: os estados de exceo 1.1- Introduo: O regime democrtico tem como uma de suas caractersticas o equilbrio de poder entre os diferentes grupos sociais. No pode um grupo social sobrepujar os outros, sob pena de se chegar ao extremo de uma situao de crise constitucional. claro, os grupos sociais esto em plena competio por poder; todavia, essa competio dever sempre ocorrer segundo os parmetros constitucionais.1 Para fazer frente s situaes de anormalidade institucional, a CF/88 prev a existncia de um sistema constitucional de crises. Trata-se de um conjunto de normas constitucionais destinadas a regular as situaes de crise grave (calamidade pblica, guerra, golpe de estado, dentre outras) a fim de restabelecer a normalidade constitucional. Para o Prof. Jos Afonso da Silva, o sistema constitucional de crises consiste em Ònormas que visam a estabilizao e a defesa da Constituio contra processos violentos de mudana ou de perturbao da ordem constitucional, mas tambm a defesa do Estado quando a situao crtica derive de uma guerra externaÓ.2 A CF/ 88 teve especial preocupao em regular o sistema constitucional de crises porque ela no tem Òvocao suicidaÓ.3 Podemos afirmar isso porque, ao longo da histria, as situaes de crise grave sempre serviram de pretexto para a ruptura da ordem constitucional, levando, muitas vezes, instalao de ditaduras. Dessa maneira, importante que, mesmo em situaes de excepcionalidade, exista uma resposta jurdico-institucional dada pela Constituio, que manter, assim, a sua fora normativa. Em outras palavras, a prpria Constituio prev uma maneira de contornar a crise e garantir a sua sobrevivncia. O sistema constitucional de crises, conforme regulado pela CF/88, prev a existncia de 2 (dois) regimes jurdicos distintos: i) o estado de defesa e; ii) o estado de stio. So verdadeiros Òestados de exceoÓ, nos quais a 1 SILVA, Jos Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 35a edio. Ed. Malheiros, So Paulo, 2012, pp. 762-763. 2 SILVA, Jos Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 35a edio. Ed. Malheiros, So Paulo, 2012, pp. 762-763. 3 Por ocasio das manifestaes de junho de 2013, o Min. Carlos Ayres Brito comentou que a CF/88 no tem vocao suicida, fazendo referncia ao fato de que no h previso no texto constitucional sobre a possibilidade de convocao de uma nova Assembleia Constituinte. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale legalidade normal substituda pela legalidade extraordinria (excepcional). No estado de defesa e no estado de stio, h uma srie de medidas excepcionais tomadas pelo Estado, que incluem suspenso de direitos e garantias fundamentais. Tendo em vista a excepcionalidade desses Òestados de exceoÓ, eles se submetem aos seguintes princpios: a) Princpio da necessidade: O estado de defesa e o estado de stio so situaes excepcionais, somente podendo ocorrer em ltimo caso, na falta de solues menos gravosas para debelar a crise. b) Princpio da temporariedade: O estado de defesa e o estado de stio devem ser temporrios e devem ter a menor durao possvel, na medida do necessrio para se restabelecer a normalidade. c) Princpio da proporcionalidade: As medidas adotadas na vigncia do estado de defesa e do estado de stio devem ser proporcionais gravidade da crise. d) Princpio do controle poltico e judicial: O estado de defesa e o estado de stio esto submetidos tanto ao controle do Congresso Nacional quanto ao do Poder Judicirio.: 1.2- Estado de Defesa: A decretao do estado de defesa visa preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pblica ou a paz social ameaadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes propores na natureza (art. 136, caput). Assim, so pressupostos para a decretao do estado de defesa: a) ocorrncia de grave e iminente instabilidade institucional que ameace a ordem pblica ou a paz social ou; b) ocorrncia de calamidades de grandes propores na natureza que ameace a ordem pblica ou a paz social; O estado de defesa pode ser classificado, quanto ao momento, em preventivo ou repressivo. Ser preventivo quando busca evitar a crise; por outro lado, ser repressivo quando tem como objetivo colocar fim a uma crise j deflagrada. Em qualquer caso, porm, trata-se de medida excepcional decretada pelo Presidente da Repblica aps ouvidos o Conselho da Repblica e o Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Conselho de Defesa Nacional. Cabe destacar que esses rgos tm apenas funo consultiva, ou seja, suas manifestaes no vinculam o Presidente da Repblica. Assim, mesmo que os pareceres do Conselho da Repblica e do Conselho de Defesa Nacional sejam pela no decretao do estado de defesa, o Presidente poder faz-lo. As manifestaes do Conselho da Repblica e do Conselho de Defesa Nacional, apesar de no serem vinculantes, so obrigatrias e devem ocorrer previamente decretao do estado de defesa. Nesse sentido, o texto constitucional afirma que o Presidente tem a competncia para a decretao do estado de defesa aps ouvidos esses dois rgos consultivos. A decretao do estado de defesa ato discricionrio do Presidente da Repblica, que o faz mediante decreto executivo. O decreto que instituir o estado de defesa ter que observar algumasformalidades, quais sejam: a) determinar o tempo de sua durao. O tempo de durao do estado de defesa no ser superior a 30 dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual perodo, se persistirem as razes que justificaram a sua decretao. Cabe destacar que no h a possibilidade de uma segunda prorrogao do estado de defesa; caso a situao de crise no seja resolvida dentro do prazo do estado de defesa (30 dias, prorrogveis por mais 30 dias), a medida adequada ser a decretao do estado de stio. b) especificar as reas a serem abrangidas. O estado de defesa espacialmente limitado, devendo abranger locais restritos e determinados. c) indicar as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: - restries aos direitos de: i) reunio, ainda que exercida no seio das associaes; ii) sigilo de correspondncia e; iii) sigilo de comunicao telegrfica e telefnica; - ocupao e uso temporrio de bens e servios pblicos, na hiptese de calamidade pblica, respondendo a Unio pelos danos e custos decorrentes. Uma vez decretado o estado de defesa ou sua prorrogao, o Presidente da Repblica, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, submeter o ato com a respectiva justificao ao Congresso Nacional, que decidir por maioria absoluta. O Congresso Nacional apreciar o decreto dentro de 10 (dez) dias contados do seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. Se o Congresso Nacional estiver em recesso, ser convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale A manifestao do Congresso Nacional ocorre aps a decretao do estado de defesa pelo Presidente da Repblica; trata-se, portanto, de ato de aprovao. Caso o Congresso Nacional rejeite o decreto, cessar imediatamente o estado de defesa. O estado de stio uma medida mais gravosa que o estado de defesa, o que influencia na forma pela qual o Congresso Nacional participa da decretao de cada um desses Òestados de exceoÓ. a) O Congresso Nacional deve aprovar o estado de defesa (manifestao posterior decretao). b) O Congresso Nacional deve autorizar o estado de stio (manifestao anterior decretao). Por bvio, a medida mais gravosa dever exigir maiores formalidades, isto , deve ser de decretao mais difcil. Por isso que se exige prvia autorizao do Congresso Nacional para a decretao do estado de stio. Na vigncia do estado de defesa, a priso por crime contra o Estado pode ser determinada pelo executor da medida; em outras palavras, em caso de crime contra o Estado durante o estado de defesa, a priso no precisa ser determinada por autoridade judicial. De qualquer forma, o executor da medida dever comunicar imediatamente ao juiz competente, que relaxar a priso se esta no for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito autoridade policial. A comunicao autoridade judicial ser acompanhada de declarao do estado fsico e mental do detido no momento de sua autuao. A ordem de priso ou deteno de qualquer pessoa no poder ser superior a 10 (dez) dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judicirio. Embora o estado de defesa implique na adoo de uma srie de medidas coercitivas, a CF/88 veda a incomunicabilidade do preso. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale (MPT Ð 2015) O tempo de durao do estado de defesa no ser superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual perodo, se persistirem as razes que justificaram a sua decretao. Comentrios: A durao do estado de defesa de at 30 (trinta) dias, prorrogvel uma vez por igual perodo. Questo correta. (DPE Ð RS Ð 2014) Para a decretao do estado de defesa deve haver prvia solicitao de autorizao pelo Presidente da Repblica ao Congresso Nacional. Comentrios: No h necessidade de autorizao do Congresso Nacional para que o Presidente da Repblica decrete estado de defesa. Questo errada. (PC / AC Ð 2015) Na vigncia do estado de defesa vedada a incomunicabilidade do preso. Comentrios: E S TA D O D E D E FE S A FINALIDADE PRESERVAR OU PRONTAMENTE RESTABELECER, EM LOCAIS RESTRITOS E DETERMINADOS, A ORDEM PÚBLICA OU A PAZ SOCIAL AMEAÇADAS POR GRAVE E IMINENTE INSTABILIDADE INSTITUCIONAL OU ATINGIDAS POR CALAMIDADES DE GRANDES PROPORÇÕES NA NATUREZA REQUISITOS FORMAIS DECRETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA OUVIR O CONSELHO DA REPÚBLICA E O CONSELHO DE DEFESA NACIONAL TEMPO DE DURAÇÃO NÃO SUPERIOR A TRINTA DIAS, PODENDO SER PRORROGADO POR IGUAL PERÍODO DECRETO SUBMETIDO, DENTRO DE VINTE E QUATRO HORAS, À POSTERIOR APROVAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Em respeito aos direitos fundamentais, a incomunicabilidade do preso vedada no estado de defesa. Questo correta. (MPE/SC Ð 2014) O Presidente da Repblica pode, ouvidos o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pblica ou a paz social ameaadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes propores na natureza. O decreto que instituir o estado de defesa determinar o tempo de sua durao, que no poder ser superior 10 (dez) dias, podendo ser renovado, por igual perodo, sempre que persistirem as razes que justificaram a sua decretao. Comentrios: De fato, o Presidente da Repblica pode decretar estado de defesa aps ouvir o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional. O prazo de durao do estado de defesa de at 30 (trinta) dias, prorrogvel uma vez por igual perodo. Questo errada. 1.3- Estado de Stio: O estado de stio medida mais gravosa do que o estado de defesa, sendo decretado nos seguintes casos: a) comoo grave de repercusso nacional ou ocorrncia de fatos que comprovem a ineficcia de medida tomada durante o estado de defesa. A doutrina chama essa situao de Òestado de stio simplesÓ. b) declarao de estado de guerra ou resposta a agresso armada estrangeira. Esse o chamado Òestado de stio qualificadoÓ. A competncia para decretao do estado de stio do Presidente da Repblica. Para isso, ele dever ouvir previamente o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional e solicitar autorizao ao Congresso Nacional. As manifestaes do Conselho da Repblica e do Conselho de Defesa Nacional so obrigatrias, mas possuem carter meramente opinativo, no vinculando o Presidente da Repblica. A decretao do estado de stio ato discricionrio do Presidente. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale O Congresso Nacional, por sua vez, dever autorizar o estado de stio, ou seja, sua manifestao anterior decretao do estado de stio. Caso o Congresso Nacional no autorize a decretao do estadode stio, o Presidente da Repblica no poder faz-lo. O Presidente da Repblica, ao solicitar autorizao para decretar o estado de stio ou sua prorrogao, relatar os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta. A autorizao do Congresso necessria tanto para a decretao do estado de stio quanto para sua prorrogao. Caso seja solicitada autorizao para decretar o estado de stio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocar extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de 5 (cinco) dias, a fim de apreciar o ato. O Congresso Nacional permanecer em funcionamento at o trmino das medidas coercitivas. O decreto do estado de stio dever observar certas formalidades: a) indicar a durao do estado de stio. - O Òestado de stio simplesÓ (art. 137, I Ð comoo de grave repercusso nacional ou ocorrncia de fatos que comprovem a ineficcia de medida tomada durante o estado de defesa) no poder ser decretado por mais de 30 dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior a 30 dias. Observe que, nesse caso, so admitidas prorrogaes sucessivas; todavia, cada uma delas dever ter no mximo 30 dias. - O Òestado de stio qualificadoÓ (art. 137, II - declarao de estado de guerra ou resposta a agresso armada estrangeira), por sua vez, poder ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agresso armada estrangeira. b) normas necessrias execuo do estado de stio; c) garantias constitucionais que ficaro suspensas. Aps publicado o decreto do estado de stio, o Presidente da Repblica designar o executor das medidas especficas e as reas abrangidas. Na vigncia do estado de stio decretado em razo do art. 137, I (Òcomoo grave de repercusso nacional ou ocorrncia de fatos que comprovem a ineficcia de medida tomada durante o estado de defesaÓ), podero ser adotadas as seguintes medidas coercitivas contra as pessoas: - obrigao de permanncia em localidade determinada; Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale - deteno em edifcio no destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; - restries relativas inviolabilidade da correspondncia, ao sigilo das comunicaes, prestao de informaes e liberdade de imprensa, radiodifuso e televiso, na forma da lei. Ateno! No se inclui nessa restrio a difuso de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa - suspenso da liberdade de reunio; - busca e apreenso em domiclio; - interveno nas empresas de servios pblicos; - requisio de bens. Por outro lado, a CF/88 omissa quanto s medidas coercitivas que podero ser adotadas no caso de estado de stio decretado em razo da declarao de estado de guerra ou resposta a agresso armada estrangeira. Entende a doutrina que, em tese, qualquer garantia constitucional poder ser suspensa, desde que: i) observe os princpios da necessidade e da temporariedade; ii) exista autorizao do Congresso Nacional e; iii) o decreto do estado de stio tenha indicado as garantias constitucionais a serem suspensas.4 Segundo o art. 53, ¤ 8¼, CF/88, as imunidades de Deputados ou Senadores subsistiro durante o estado de stio, s podendo ser suspensas mediante o voto de 2/3 (dois teros) dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatveis com a execuo da medida. 4 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 15a edio. Editora Saraiva, So Paulo, 2011. pp. 831. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale 1.4- Disposies Comuns ao Estado de Defesa e Estado de Stio: H vrias disposies em comum acerca do estado de defesa e do estado de stio. A primeira delas est relacionada caracterstica da excepcionalidade desses dois regimes jurdicos. Em virtude de o estado de defesa e o estado de stio serem medidas excepcionais, a Constituio Federal no poder ser emendada na vigncia de qualquer um deles. A segunda disposio em comum entre o estado de defesa e o estado de stio que ambos esto sujeitos ao controle poltico (efetuado pelo Congresso Nacional) e ao controle judicial.5 No estado de defesa, o controle poltico ocorrer da seguinte forma: a) Controle poltico imediato: Segundo o art. 136, ¤ 4¼, CF/88, aps decretado o estado de defesa, o Presidente da Repblica, dentro de 24 (vinte e quatro horas), submeter o ato com a respectiva justificao ao Congresso Nacional, que decidir por maioria absoluta. b) Controle poltico concomitante: Segundo o art. 140, CF/88, a Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os lderes partidrios, designar Comisso composta de 5 (cinco) de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execuo das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de stio. 5 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 15a edio. Editora Saraiva, So Paulo, 2011. pp. 828-836 E S TA D O D E S ÍT IO CAUSAS COMOÇÃO GRAVE DE REPERCUSSÃO NACIONAL OCORRÊNCIA DE FATOS QUE COMPROVEM A INEFICÁCIA DE MEDIDA TOMADA DURANTE O ESTADO DE DEFESA DECLARAÇÃO DE ESTADO DE GUERRA OU RESPOSTA A AGRESSÃO ARMADA ESTRANGEIRA REQUISITOS FORMAIS AUTORIZAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL DECRETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, INDICANDO SUA DURAÇÃO OUVIR O CONSELHO DA REPÚBLICA E O CONSELHO DE DEFESA NACIONAL Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale c) Controle poltico sucessivo ( Òa posterioriÓ): Segundo o art. 141, pargrafo nico, CF/88, logo que cesse o estado de defesa ou o estado de stio, as medidas aplicadas em sua vigncia sero relatadas pelo Presidente da Repblica, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificao e justificao das providncias adotadas, com relao nominal dos atingidos e indicao das restries aplicadas. Por sua vez, no estado de stio, o controle politico ocorrer da seguinte maneira: a) Controle poltico prvio: O Presidente da Repblica dever solicitar ao Congresso Nacional autorizao para decretar o estado de stio, relatando os motivos determinantes do pedido (art. 137, pargrafo nico). O Congresso decidir por maioria absoluta. b) Controle poltico concomitante: Assim como no caso do estado de defesa, a execuo das medidas referentes ao estado de stio ser acompanhada e fiscalizada por Comisso composta de 5 membros designados pela Mesa do Congresso Nacional (art. 140, CF/88). c) Controle poltico sucessivo (Òa posterioriÓ): O Presidente dever, assim como estado de defesa, relatar ao Congresso Nacional as medidas aplicadas na vigncia do estado de stio (art. 141, pargrafo nico, CF/88). O estado de stio e o estado de defesa tambm esto sujeitos ao controle judicial. Na sua atuao, o Poder Judicirio no poder analisar a convenincia e a oportunidade da decretao do estado de defesa e do estado de stio. Todavia, poder efetuar amplo controle de legalidade, verificando se todosos requisitos previstos para a decretao dos Òestados de exceoÓ foram observados. Se o Presidente da Repblica, por exemplo, decretar estado de stio sem a prvia aprovao do Congresso Nacional, o Poder Judicirio poder invalidar o decreto que estabeleceu a medida. Cabe destacar, ainda, que o art. 141, caput, estabelece que Òcessado o estado de defesa ou o estado de stio, cessaro tambm seus efeitos, sem prejuzo da responsabilidade pelos ilcitos cometidos por seus executores ou agentesÓ. (TRF 1a Regio Ð 2015) O estado de stio pode ser decretado em locais restritos e determinados, a fim de preservar a ordem pblica ou a paz social ameaadas por grave e iminente instabilidade institucional. Comentrios: o estado de defesa que pode ser decretado em locais restritos e determinados, a fim de preservar a ordem pblica Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale e a paz social ameaadas por grave e iminente. Questo errada. (MPT Ð 2015) No caso de comoo grave de repercusso nacional ou ocorrncia de fatos que comprovem a ineficcia de medida tomada durante estado de defesa, o decreto de estado de stio poder ser prorrogado uma vez, por igual perodo, se persistirem as razes que justificaram a sua decretao. Comentrios: No caso de Òcomoo de grave repercusso nacional ou ocorrncia de fatos que comprovem a ineficcia de medida tomada durante o estado de defesaÓ, o estado de stio poder ser prorrogado sucessivas vezes, por perodos de, no mximo, 30 dias. Questo errada. (PGM Ð Niteri Ð 2014) No caso de comprovada ineficcia das medidas adotadas durante o estado de stio, autorizada a decretao do estado de defesa. Comentrios: o contrrio. Quando for comprovada a ineficcia de medidas adotadas durante o estado de defesa, autorizada a decretao do estado de stio. Questo errada. (DPE Ð RS Ð 2014) O controle poltico a ser exercido sobre a decretao do estado de stio ser realizado pelo Congresso Nacional por maioria simples de seus membros, dentro do prazo de 5 dias contados do recebimento do decreto. Comentrios: O Congresso Nacional decide acerca do estado de stio por maioria absoluta. 2- As Foras Armadas: Segundo o art. 142, CF/88, as Foras Armadas, constitudas pela Marinha, pelo Exrcito e pela Aeronutica, so instituies nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da Repblica, e destinam-se defesa da Ptria, garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale A misso central das Foras Armadas, como possvel se depreender a partir do conceito acima, a defesa da Ptria e a garantias dos poderes constitucionais. Como funo subsidiria, tem-se a atuao das Foras Armadas na garantia da lei e da ordem, dependendo, para isso, da iniciativa de um dos poderes constitucionais. O comando supremo das Foras Armadas do Presidente da Repblica (art. 84, XIII). Cabe a ele decidir sobre o emprego das Foras Armadas, seja por iniciativa prpria ou em atendimento a um pedido de qualquer dos poderes constitucionais. De acordo com a Constituio (art. 142, ¤ 1¼), lei complementar estabelecer as normas gerais a serem adotadas na organizao, no preparo e no emprego das Foras Armadas. Para essa finalidade, foi publicada a LC n¼ 97/1999. Os membros das Foras Armadas so denominados militares, aplicando-se- lhes, alm das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposies: a) As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, so conferidas pelo Presidente da Repblica e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os ttulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Foras Armadas. b) O militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego pblico civil permanente, ressalvada a hiptese prevista no art. 37, inciso XVI, alnea ÒcÓ, ser transferido para a reserva, nos termos da lei. Observao: Esse dispositivo faz uma ressalva ao art. 37, XVI, ÒcÓ, que trata da possibilidade de acumulao de 2 (dois) cargos ou empregos privativos de profissionais de sade. Assim, um militar do quadro de sade que tome posse em outro cargo pblico no ser transferido para a reserva, podendo acumular os dois cargos, desde que haja compatibilidade de horrios. Essa uma novidade da EC n¼ 77/2014. c) O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou funo pblica civil temporria, no eletiva, ainda que da administrao indireta, ressalvada a hiptese prevista no art. 37, inciso XVI, alnea "c", ficar agregado ao respectivo quadro e somente poder, enquanto permanecer nessa situao, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de servio apenas para aquela promoo e transferncia para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contnuos ou no, transferido para a reserva, nos termos da lei. d) Ao militar so proibidas a sindicalizao e a greve. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Observao: Esse dispositivo um dos que mais aparece em prova! e) O militar, enquanto em servio ativo, no pode estar filiado a partidos polticos. Observao: Apesar de no poderem estar filiados a partidos polticos, os militares podem se candidatar a cargos eletivos. Se contar menos de 10 anos de servio, o militar dever se afastar da atividade; por outro lado, se contar mais de 10 anos, ser agregado pela autoridade superior e, se eleito, passar automaticamente, no ato da diplomao, para a inatividade. f) O oficial s perder o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatvel, por deciso de tribunal militar de carter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra. g) O oficial condenado na justia comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentena transitada em julgado, ser submetido ao julgamento previsto no item anterior. h) Aplica-se aos militares o disposto no art. 7¼, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalncia da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alnea "c". Observao: O art. 7¼ trata dos direitos sociais dos trabalhadores. Os militares fazem jus a alguns desses direitos: 13¼ salario, salrio- famlia, frias anuais, licena gestante, licena-maternidade e assistncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at 5 (cinco) anos de idade em creches e pr-escolas. importante que voc saiba, tambm, que o STF permite que as praas prestadoras de servio militar (os famosos Òsoldados recrutasÓ) recebam remunerao inferior ao salrio-mnimo. Veja o que dispe a Smula Vinculante no 06, que poder ser cobrada em sua prova: ÒNo viola a Constituio o estabelecimento de remunerao inferior ao salrio mnimo para as praas prestadoras de servio militar inicialÓ. O art. 37, por sua vez, trata de disposies aplicveis aosservidores pblicos. Algumas delas tambm se aplicam aos militares. - Teto remuneratrio constante do art. 37, XI, da CF/88 (subsdio dos Ministros do STF), Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale - Vedao vinculao ou equiparao de sua remunerao a outra (s) do servio pblico (art. 37, XIII, CF), - Vedao de cmputo ou acmulo dos acrscimos pecunirios por eles percebidos para fins de concesso de acrscimos ulteriores; - Irredutibilidade de seus vencimentos, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV do art. 37 e nos arts. 39, ¤ 4¼, 150, II, 153, III, e 153, ¤ 2¼, I. - Possibilidade de acumulao de 2 (dois) cargos ou empregos privativos de profissionais de sade. Destaque-se que a CF/88 estabelece que, quando houver essa acumulao, dever haver prevalncia da atividade militar. Determina a Carta Magna (art. 142, X) que a lei dispor sobre o ingresso nas Foras Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condies de transferncia do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remunerao, as prerrogativas e outras situaes especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por fora de compromissos internacionais e de guerra. O servio militar obrigatrio nos termos da lei. Entretanto, s Foras Armadas compete, na forma da lei, atribuir servio alternativo aos que, em tempo de paz, aps alistados, alegarem imperativo de conscincia, entendendo-se como tal o decorrente de crena religiosa e de convico filosfica ou poltica, para se eximirem de atividades de carter essencialmente militar. As mulheres e os eclesisticos ficam isentos do servio militar obrigatrio em tempo de paz, sujeitos, porm, a outros encargos que a lei lhes atribuir. Por fim, a Constituio, em razo da hierarquia e da disciplina prprias das Foras Armadas, determina que no caber "habeas-corpus" em relao a punies disciplinares militares (art. 142, ¤ 2¼, CF). Entretanto, de acordo com o STF, possvel discutir os pressupostos de legalidade dessas punies6. O que no pode ser discutido por meio de Òhabeas corpusÓ o mrito dessas punies. (PC / SE Ð 2014) O militar, enquanto em servio ativo, somente pode se filiar a partidos polticos aps dez anos em atividade. Comentrios: Enquanto o militar estiver em servio ativo, no poder se 6 RHC 88.543, Rel. Min. Ricardo Lewandowsky, j. 03.04.2007, DJ de 27.04.2007. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale candidatar. Questo errada. (PC / SE Ð 2014) As mulheres e os eclesisticos ficam isentos do servio militar obrigatrio em tempo de paz, sujeitos, porm, a outros encargos que a lei lhes atribuir. Comentrios: O servio militar obrigatrio. Entretanto, as mulheres e os eclesisticos ficam isentos dessa obrigao em tempo de paz, sujeitando-se a outros encargos que a lei lhes atribuir. Questo correta. (PC / SC Ð 2014) Ao militar so permitidas a sindicalizao mas, enquanto em servio ativo, no pode estar filiado a partidos polticos. Comentrios: Aos militares vedada a sindicalizao e a greve. Questo errada. 3- Segurana Pblica: 3.1- Introduo: A Constituio Federal trata da Segurana Pblica no Captulo III do seu Ttulo V. Dispe a Carta Magna que a segurana pblica dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, sendo exercida com o objetivo de preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio, (art. 144, ÒcaputÓ, CF). A polcia de segurana, segundo Pedro Lenza, divide-se em 2 (duas) grandes reas: polcia administrativa e polcia judiciria. A polcia administrativa (preventiva ou ostensiva) atua preventivamente, evitando que o crime acontea, na rea do ilcito administrativo. J a judiciria (polcia de investigao) atua repressivamente, depois de ocorrido o lcito penal. SEGURANÇA PÚBLICA DEVER DO ESTADO DIREITO E RESPONSABILIDADE DE TODOS Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale 3.2- A Segurana Pblica e o Princpio da Solidariedade Federativa A Lei 11.473/2007 foi editada a partir da converso da Medida Provisria no 345/2007, com o objetivo de proteger a populao contra os efeitos danosos de interrupes nos servios de segurana pblica pelos Estados e Distrito Federal, muitas vezes motivadas por greves. Nesse sentido, dispe a lei que a Unio poder firmar convnio com os Estados e o Distrito Federal para executar atividades e servios imprescindveis preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio. Essa cooperao federativa compreende operaes conjuntas, transferncias de recursos e desenvolvimento de atividades de capacitao e qualificao de profissionais, no mbito da Secretaria Nacional de Segurana Pblica. Celebrado o convnio, Unio, por intermdio do Ministrio da Justia, poder colocar disposio dos Estados e do Distrito Federal, em carter emergencial e provisrio, servidores pblicos federais, ocupantes de cargos congneres e de formao tcnica compatvel, sem nus. Outro importante ato normativo que disciplina a cooperao entre os entes federados em aes de segurana pblica o Decreto no 5.289/2004. Esse decreto disciplina as regras gerais de organizao e funcionamento da administrao pblica federal, para desenvolvimento do programa de cooperao federativa denominado Fora Nacional de Segurana Pblica, ao qual podero voluntariamente aderir os Estados interessados, por meio de atos formais especficos. A Fora Nacional de Segurana Pblica poder ser empregada em qualquer parte do territrio nacional, mediante solicitao expressa do respectivo Governador de Estado, do Distrito Federal ou de Ministro de Estado. Seu emprego ser episdico e planejado, cabendo ao Ministro de Estado da Justia determinar sua oportunidade. O contingente mobilizvel da Fora Nacional de Segurana Pblica ser composto por servidores que tenham recebido, do Ministrio da Justia, treinamento especial para atuao conjunta, integrantes das polcias federais e P O L ÍC IA D E S E G U R A N Ç A POLÍCIA ADMINISTRATIVA PREVENTIVA OU OSTENSIVA VISA A EVITAR QUE O CRIME ACONTEÇA EXEMPLO: POLÍCIAS MILITARES ESTADUAIS POLÍCIA JUDICIÁRIA REPRESSIVA OU DE INVESTIGAÇÃO ATUA DEPOIS QUE O CRIME OCORREU EXEMPLO: POLÍCIA FEDERAL Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale dos rgos de segurana pblica dos Estados que tenham aderido ao programa de cooperao federativa. 3.3 - îrgos de Segurana Pblica: Segundo o art. 144, CF/88, a segurana pblica ser exercida pelos seguintes rgos: a) Polcia Federal; b) Polcia Rodoviria Federal; c) Polcia Ferroviria Federal; d) Polcias Civis; e) Polcias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. Esse rol taxativo (Ònumerus claususÓ). Estados, Distrito Federale Municpios no podem criar novos rgos encarregados da segurana pblica. Destaque-se que as Guardas Municipais no so responsveis pela segurana pblica. ÓRGÃOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA FEDERAL POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL POLÍCIAS CIVIS POLÍCIAS MILITARES CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale 3.3.1 - Polcias Federal, Rodoviria Federal e Ferroviria Federal A Polcia Federal, instituda por lei como rgo permanente, organizado e mantido pela Unio e estruturado em carreira, destina-se a: a) Apurar infraes penais contra a ordem poltica e social ou em detrimento de bens, servios e interesses da Unio ou de suas entidades autrquicas e empresas pblicas, assim como outras infraes cuja prtica tenha repercusso interestadual ou internacional e exija represso uniforme, segundo se dispuser em lei; b) Prevenir e reprimir o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuzo da ao fazendria e de outros rgos pblicos nas respectivas reas de competncia; c) Exercer as funes de polcia martima, aeroporturia e de fronteiras; d) Exercer, com exclusividade, as funes de polcia judiciria da Unio. Preste ateno! A Polcia Federal tem competncia para apurar infraes penais apenas em detrimento de bens, servios e interesses da Unio ou de suas entidades autrquicas e empresas pblicas. Isso no se estende s sociedades de economia mista! J a Polcia Rodoviria Federal e a Polcia Ferroviria Federal, rgos permanentes, organizados e mantidos pela Unio e estruturados em carreira, destinam-se, na forma da lei, respectivamente, ao patrulhamento ostensivo das rodovias e das ferrovias federais. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale 3.3.2 - Polcias dos Estados: A segurana pblica dos Estados foi atribuda s polcias civis, s polcias militares e ao corpo de bombeiros, que formam, em conjunto, as polcias dos Estados. Essas polcias, embora mantidas e organizadas pelos Estados, devero observar as normas gerais federais (da Unio) de organizao, efetivos, material blico, garantias, convocao e mobilizao das polcias militares e corpos de bombeiros militares, conforme o art. 22 da Carta Magna. A T R IB U IÇ Õ E S D A P O L ÍC IA F E D E R A L APURAR INFRAÇÕES PENAIS CONTRA A ORDEM POLÍTICA E SOCIAL OU EM DETRIMENTO DE BENS, SERVIÇOS E INTERESSES DA UNIÃO OU DE SUAS ENTIDADES AUTÁRQUICAS E EMPRESAS PÚBLICAS OUTRAS INFRAÇÕES CUJA PRÁTICA TENHA REPERCUSSÃO INTERESTADUAL OU INTERNACIONAL E EXIJA REPRESSÃO UNIFORME, SEGUNDO SE DISPUSER EM LEI PREVENIR E REPRIMIR O TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E DROGAS AFINS, O CONTRABANDO E O DESCAMINHO, SEM PREJUÍZO DA AÇÃO FAZENDÁRIA E DE OUTROS ÓRGÃOS PÚBLICOS NAS RESPECTIVAS ÁREAS DE COMPETÊNCIA EXERCER AS FUNÇÕES DE POLÍCIA EXERCER, COM EXCLUSIVIDADE, AS FUNÇÕES DE POLÍCIA JUDICIÁRIA DA UNIÃO POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL PATRULHAMENTO OSTENSIVO DAS RODOVIAS FEDERAIS POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL PATRULHAMENTO OSTENSIVO DAS FERROVIAS FEDERAIS Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Ës polcias civis, dirigidas por delegados de polcia de carreira, incumbem, ressalvada a competncia da Unio, as funes de polcia judiciria e a apurao de infraes penais, exceto as militares. Essa exceo no se aplica aos crimes praticados por militares, desde que estranhos s suas atividades. Segundo o STF, compete polcia civil a apurao de crimes comuns praticados por militares, ou seja, aqueles estranhos atividade militar. J s polcias militares cabem a polcia ostensiva e a preservao da ordem pblica (polcia administrativa), enquanto aos corpos de bombeiros militares, alm das atribuies definidas em lei, incumbe a execuo de atividades de defesa civil. As polcias militares e corpos de bombeiros militares, foras auxiliares e reserva do Exrcito, subordinam-se, juntamente com as polcias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territrios. Destaca-se que os militares compreendem os integrantes das Foras Armadas (Exrcito, Marinha e Aeronutica) e os integrantes das Foras Auxiliares e reserva do Exrcito (polcias militares e corpos de bombeiros militares). As Foras Armadas so nacionais, organizadas em nvel federal. J as polcias militares e os corpos de bombeiros militares so disciplinados em nvel estadual, distrital ou dos Territrios. Outro ponto de destaque que, ainda que no seja polcia judiciria, entende o STF que a polcia militar pode realizar flagrantes ou participar da busca e apreenso determinada por ordem judicial7. 3.3.3 - Polcias do Distrito Federal: As polcias civil, militar e o corpo de bombeiros do Distrito Federal so organizadas e mantidas diretamente pela Unio (art. 21, XIV, CF), devendo lei federal dispor sobre sua utilizao pelo Governador do Distrito Federal (art. 144, ¤ 6o, CF). 7 HC 91481 MG, DJe-202 DIVULG 23-10-2008 PUBLIC 24-10-2008 EMENT VOL-02338-02 PP-00340 RT v. 98, n. 879, 2009, p. 526-528 RF v. 104, n. 400, 2008, p. 491-493 POLÍCIA CIVIL POLÍCIA JUDICIÁRIA POLÍCIA MILITAR POLÍCIA ADMINISTRATIVA Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Desse modo, os integrantes dessas polcias esto sujeitos a um regime jurdico hbrido, cabendo lei federal fixar seus vencimentos (Smula 647 do STF, 294.09.2003). 3.3.4 Ð Guardas Municipais: Determina a Constituio (art. 144, ¤ 8o) que os Municpios podero constituir guardas municipais destinadas proteo de seus bens, servios e instalaes, conforme dispuser a lei. Trata-se, segundo Uadi Lammego Bulos, de polcia administrativa, que visa proteo do patrimnio contra a depredao dos demolidores da coisa alheia. Atualmente, portanto, as guardas municipais no possuem competncia para realizar policiamento ostensivo. Outro ponto importante que, como as guardas municipais no esto arroladas nos incisos do art. 144, elas no fazem parte dos rgos da segurana pblica, uma vez que aquele se trata de rol taxativo. 3.5- Segurana Viria: A Emenda Constitucional n¼ 82/2014 acrescentou ao art. 144, CF/88, o ¤ 10, que trata da segurana viria. Vejamos o que prev esse dispositivo: ¤ 10. A segurana viria, exercida para a preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do seu patrimnio nas vias pblicas: I - compreende a educao, engenharia e fiscalizao de trnsito, alm de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidado o direito mobilidade urbana eficiente; e II - compete, no mbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, aos respectivos rgos ou entidades executivos e seus agentes de trnsito, estruturados em Carreira,na forma da lei. Como voc pde perceber a partir da leitura do texto, a EC no 82/2014 cria a carreira de agentes de trnsito no sistema de segurana pblica. Em outras palavras, ela torna constitucional a competncia desses agentes, estruturados em carreira, no mbito dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios. competncia dos agentes de trnsito, bem como dos rgos ou entidades executivos dos Estados, Distrito Federal e Municpios, exercer a segurana viria, que compreende Òa preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do seu patrimnio nas vias pblicasÓ. O objetivo da EC no 82/2014 diminuir os acidentes e mortes no trnsito. No Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale conceito de segurana viria esto a educao e a engenharia, ao lado da fiscalizao de trnsito, demonstrando que a preocupao do legislador no apenas com a punio dos infratores, mas tambm com a preveno de acidentes. Para as provas de concurso, importante que voc: a) Memorize o objetivo da segurana viria, exercida para a Òpreservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do seu patrimnio nas vias pblicasÓ. b) Grave que, no conceito de segurana viria, esto a educao, a engenharia e a fiscalizao de trnsito, alm de outras atividades previstas em lei. Busca-se, com isso, garantir ao cidado o direito mobilidade urbana eficiente. (TRF 1a Regio Ð 2015) Ressalvada a competncia da Unio, as funes de polcia judiciria e a apurao de infraes penais civis e militares cabem s polcias civis. Comentrios: No compete s polcias civis apurar as infraes penais militares. Questo errada. (PC / DF Ð 2015) A polcia federal se destina a apurar quaisquer infraes que tenham repercusso interestadual ou internacional. Comentrios: A Polcia Federal tem competncia para apurar infraes que tenham repercusso interestadual ou internacional e que, alm disso, exijam represso uniforme. Assim, no so todas as infraes com repercusso interestadual ou internacional que so apuradas pela Polcia Federal. Para ser apurada pela Polcia Federal, a infrao dever exigir represso uniforme. Questo errada. (PC / DF Ð 2015) Compete polcia federal apurar infraes penais cometidas contra a Unio, suas fundaes, autarquias, empresas pblicas e sociedades de economia mista. Comentrios: A competncia da Polcia Federal no abrange infraes penais cometidas contra as sociedades de economia mista. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Questo errada. (PGE Ð RN Ð 2014) Os Municpios podero constituir guardas municipais destinadas proteo de seus bens, servios e instalaes, conforme dispuser lei complementar. Comentrios: De fato, os Municpios podero constituir guardas municipais. No entanto, essa matria no precisa ser objeto de lei complementar. A lei ordinria suficiente para regular essa matria. Questo errada. (PGE Ð RN Ð 2014) A segurana viria, exercida para a preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do seu patrimnio nas vias pblicas, compete, no mbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, aos respectivos rgos ou entidades executivos e seus agentes de trnsito, estruturados em carreira, na forma da lei. Comentrios: exatamente o que prev o art. 144, ¤ 10, II, CF/88, que trata da segurana viria. Questo correta. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Questes Comentadas 1. (CESPE / Delegado PC-PE Ð 2016) As polcias civis, dirigidas por delegados de polcia de carreira, exercem as funes de polcia judiciria e de apurao de infraes penais, sejam elas civis ou militares. Comentrios: As polcias civis no tem competncia para apurar infraes penais militares. Questo errada. 2. (CESPE / Delegado PC-PE Ð 2016) Dirigidas por delegados de polcia, as polcias civis subordinam-se aos governadores dos respectivos estados, com exceo da polcia civil do DF, que organizada e mantida pela Unio. Comentrios: A polcia civil do DF organizada e mantida pela Unio. No entanto, est subordinada ao Governador do DF. Questo errada. 3. (CESPE / TCE-RN Ð 2015) A decretao de estado de stio pode importar na restrio de direitos fundamentais como o direito de reunio, de propriedade e de inviolabilidade da correspondncia. Comentrios: Na vigncia do estado de stio, podem ser adotadas medidas coercitivas que implicam em restries a direitos fundamentais. Dentre elas esto as restries ao direito de reunio, ao direito de propriedade (possibilidade de requisio de bens) e inviolabilidade da correspondncia. Questo correta. 4. (CESPE / TRF 1a Regio Ð 2015) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional aprovar previamente a decretao do estado de defesa e determinar o seu tempo de durao, bem como as reas a serem abrangidas e as medidas coercitivas a vigorarem durante sua vigncia. Comentrios: A manifestao do Congresso Nacional posterior decretao do estado de defesa pelo Presidente da Repblica. Questo errada. 5. (CESPE / TRF 1a Regio Ð 2015) O estado de stio pode ser decretado em locais restritos e determinados, a fim de preservar a Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale ordem pblica ou a paz social ameaadas por grave e iminente instabilidade institucional. Comentrios: O estado de defesa que dever abranger locais restritos e determinados. Questo errada. 6. (CESPE / TJ-SE Ð 2014) A ocorrncia de calamidade de graves propores na natureza motivo para o presidente da Repblica decretar estado de defesa por um perodo mximo de trinta dias, prorrogvel, uma nica vez, por igual perodo. Comentrios: um pressuposto para a decretao do estado de defesa a ocorrncia de calamidade de graves propores na natureza que ameace a ordem pblica ou a paz social. O tempo de durao do estado de defesa no ser superior a 30 dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual perodo, se persistirem as razes que justificaram a sua decretao. Questo correta. 7. (CESPE / TJDFT Ð 2014) Em caso de calamidade de grandes propores na natureza, pode o presidente da Repblica decretar, em local restrito e determinado, o estado de stio. Comentrios: hiptese de decretao de estado de defesa a ocorrncia de calamidade de grandes propores na natureza. Questo errada. 8. (CESPE / TJDFT Ð 2014) A decretao do estado de defesa pelo presidente da Repblica deve ser precedida de autorizao do Congresso Nacional. Comentrios: A decretao do estado de defesa no precisa de autorizao do Congresso Nacional. O Presidente decreta o estado de defesa e, depois disso, o submete aprovao do Congresso. Questo errada. 9. (CESPE / TJDFT Ð 2014) A impossibilidade de a CF sofrer alteraes durante o estado de defesa configura uma limitao material ao poder constituinte reformador. Comentrios:Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale De fato, a CF no poder ser emendada na vigncia do estado de defesa. No entanto, trata-se de limitao circunstancial (e no limitao material!) ao poder de reforma. Questo errada. 10. (CESPE / PM-CE Ð 2014) O Presidente da Repblica pode, ouvidos o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa, cujo tempo de durao no ser superior a trinta dias podendo ser prorrogado uma vez, por igual perodo, se persistirem as razes que justificaram a sua decretao. Comentrios: Segundo o art. 136, ¤ 2¼, CF/88, o tempo de durao do estado de defesa no ser superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual perodo, se persistirem as razes que justificaram a sua decretao. Questo correta. 11. (CESPE / PM-CE Ð 2014) Na eventualidade de decretao de estado de defesa ou de estado de stio, competir mesa do Senado Federal, ouvidos os lderes partidrios, designar comisso composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execuo das medidas pertinentes. Comentrios: No a Mesa do Senado Federal que designa comisso para acompanhar e fiscalizar a execuo das medidas referentes ao estado de defesa ou de estado de stio. a Mesa do Congresso Nacional que detm tal competncia. Questo errada. 12. (ESAF / ATRFB Ð 2012) O Estado de Stio e o Estado de Defesa so institutos previstos no Texto Constitucional de 1988 e adotados em situaes extremas. Sobre eles , correto afirmar que: a) cabe ao governador do Estado, com a autorizao da Assembleia Legislativa, decretar o Estado de Stio no mbito do Estado respectivo. b) as imunidades de Deputados ou Senadores subsistiro durante o estado de stio, s podendo ser suspensas mediante o voto da maioria absoluta dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatveis com a execuo da medida. c) a decretao de estado de defesa e o pedido de autorizao para a decretao de estado de stio so hipteses previstas na Constituio Federal para a convocao extraordinria do Congresso Nacional pelo Presidente do Senado Federal. d) na vigncia de Estado de Stio, suspenso qualquer procedimento em Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale processo de cassao de Deputado ou Senador. e) o Estado de Defesa e o Estado de Stio somente podem ser decretados aps deliberao por maioria absoluta do Congresso Nacional. Comentrios: Letra A: errada. O Presidente da Repblica que possui competncia para decretar o estado de stio e o estado de defesa. O Governador do Estado no poder faz-lo. Letra B: errada. As imunidades de Deputados ou Senadores subsistiro durante o estado de stio, s podendo ser suspensas mediante o voto de 2/3 (dois teros) dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatveis com a execuo da medida Letra C: correta. De fato, esses dois casos so hipteses de convocao extraordinria do Congresso Nacional pelo Presidente do Senado Federal. Letra D: errada. No h tal previso na CF/88. Letra E: errada. O estado de defesa decretado antes de qualquer deliberao do Congresso Nacional. Aps decretado, ele submetido aprovao do Congresso. 13. (FCC / TRT 20» Regio - 2011) No caso de comoo grave de repercusso nacional, o Presidente da Repblica pode solicitar ao Congresso Nacional autorizao para decretar o estado de stio mediante prvia oitiva do: a) Procurador-Geral da Repblica. b) Conselho Nacional de Justia e do Ministrio da Defesa. c) Conselho Nacional de Justia e do Congresso Nacional. d) Conselho da Repblica e do Conselho de Defesa Nacional. e) Senado Federal. Comentrios: Nesses casos, dever haver oitiva do Conselho da Repblica e do Conselho de Defesa Nacional (art. 137, ÒcaputÓ, CF). A letra D o gabarito. 14. (IADES / PGE-DF - 2011) Os regimes de estado de defesa e de stio so estatudos por Decreto do Presidente da Repblica, do que, Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale vinculadamente, deve observar a manifestao dos Conselhos da Repblica e de Defesa Nacional. Comentrios: A manifestao do Conselho da Repblica e do Conselho de Defesa Nacional no vincula o Presidente da Repblica. Questo errada. 15. (IADES / PGE-DF - 2011) Observados os procedimentos constitucionais, possvel a decretao do estado de stio com a suspenso de qualquer garantia constitucional. Comentrios: De fato, qualquer garantia constitucional poder ser suspensa durante o estado de stio, desde que indicada no decreto que o determinar (art. 138, CF). Questo correta. 16. (IADES / PGE-DF - 2011) A durao da decretao do estado de stio deve ser, no mximo, de 30 (trinta) dias, prorrogveis, aps a aprovao do Congresso Nacional, por at igual perodo. Comentrios: O estado de stio, no caso do art. 137, I, da CF/88, no poder ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior. No caso do inciso II, poder ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agresso armada estrangeira. Questo errada. 17. (FCC / TRT 11» Regio - 2012) Face a comoo grave de repercusso nacional, sendo decretado o estado de stio, Alberto, brasileiro maior e capaz e domiciliado no Estado de Roraima, resolveu se mudar para o Estado do Rio Grande do Sul, porm ao chegar no aeroporto, Otvio, agente da Polcia Federal, legalmente e no exerccio de atribuies do Poder Pblico, proibiu a sua locomoo para outro Estado, mantendo-o contra sua vontade no Estado de Roraima. Segundo a Constituio Federal, Alberto, na vigncia do estado de stio em regra, ter que se sujeitar a ordem da autoridade e dever permanecer no Estado de Roraima. Comentrios: Durante o estado de stio, possvel a determinao de que uma pessoa permanea em determinada localidade. Assim, Alberto ter que se sujeitar ordem da autoridade. Questo correta. 18. (FCC / PM-BA - 2009) O tempo de durao do estado de defesa no ser superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale igual perodo, se persistirem as razes que justificaram a sua decretao. Comentrios: o que dispe a Constituio Federal. A durao do estado de defesa de at 30 dias, podendo ser prorrogado uma vez por igual perodo. Questo correta. 19. (FCC / TCE-MG - 2007) O tempo de durao do Estado de Defesa no ser superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual perodo, se persistirem as razes que justificaram a sua decretao. Comentrios: Novamente, o enunciado reproduz o texto constitucional. Questo correta. 20. (FCC / PM-BA - 2009) Na vigncia do estado de defesa permitida a incomunicabilidade do preso, havendo dispositivo constitucional expresso.Comentrios: A incomunicabilidade do preso proibida, inclusive no estado de defesa e estado de stio. Questo errada. 21. (FCC / PM-BA - 2009) Na vigncia do estado de defesa, em regra, a priso ou deteno de qualquer pessoa no poder ser superior a sessenta dias. Comentrios: Segundo a Constituio, na vigncia do estado de defesa, a priso ou deteno de qualquer pessoa no poder ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judicirio. Assim, apenas com a autorizao Poder Judicirio, poder haver prises por perodos superiores a dez dias. Questo errada. 22. (FCC / TCE-MG - 2007) Na vigncia do Estado de Defesa, a priso ou deteno de qualquer pessoa no poder ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judicirio. Comentrios: exatamente o que determina a Constituio Federal. A deteno de qualquer pessoa no poder ser superior a 10 dias, salvo quando autorizado pelo Poder Judicirio. Questo correta. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale 23. (FCC / PM-BA - 2009) Decretado o estado de defesa ou sua prorrogao, o Presidente da Repblica, dentro de vinte e quatro horas, submeter o ato com a respectiva justificao ao Senado Federal. Comentrios: Segundo a Constituio Federal, decretado o estado de defesa ou sua prorrogao, o Presidente da Repblica, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, submeter o ato com a respectiva justificao ao Congresso Nacional, que decidir por maioria absoluta. Questo errada. 24. (FCC / TCE-MG - 2007) Decretado o Estado de Defesa, o Presidente da Repblica, dentro de vinte e quatro horas, submeter o ato com a respectiva justificao ao Senado Federal. Comentrios: Questo idntica anterior. No ao Senado que o Presidente ir submeter o decreto que instituiu o estado de defesa. O Presidente ir submet-lo ao Congresso Nacional, que decidir por maioria absoluta. Questo errada. 25. (FCC / PM-BA - 2009) Na vigncia do Estado de Defesa vedada, em qualquer hiptese, restrio aos direitos de sigilo de correspondncia e de comunicao telegrfica e telefnica. Comentrios: Reza a Constituio que o decreto que instituir o estado de defesa determinar o tempo de sua durao, especificar as reas a serem abrangidas e indicar, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: I - restries aos direitos de: a) reunio, ainda que exercida no seio das associaes; b) sigilo de correspondncia; c) sigilo de comunicao telegrfica e telefnica; II - ocupao e uso temporrio de bens e servios pblicos, na hiptese de calamidade pblica, respondendo a Unio pelos danos e custos decorrentes. Questo errada. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale 26. (FCC / TCE-MG - 2007) O sigilo de correspondncia e o sigilo de comunicao telegrfica e telefnica so direitos constitucionais que no podem sofrer restries no Estado de Defesa. Comentrios: O sigilo de correspondncia e o sigilo de comunicao telegrfica e telefnica podem sofrer restries no Estado de Defesa, por determinao constitucional. Questo errada. 27. (FCC / TCE-MG - 2007) Com vistas a restaurar prontamente a normalidade em local restrito e determinado, atingido por calamidade de grande proporo na natureza, decretado estado de defesa, pelo Presidente da Repblica, com oitiva prvia, embora contra o parecer, dos Conselhos da Repblica e de Defesa Nacional. Ao Congresso Nacional, o decreto respectivo somente submetido nas vinte e quatro horas subsequentes instaurao do regime de exceo. Nessa hiptese, a decretao do estado de defesa incompatvel com a Constituio da Repblica, que no admite a instaurao de estado de defesa em decorrncia de comprometimento da ordem pblica por calamidade natural. Comentrios: A Constituio admite, sim, a instaurao de estado de defesa nessa hiptese. O estado de defesa ser institudo para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pblica ou a paz social ameaadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes propores na natureza. Questo errada. 28. (CESPE / TJDFT Ð 2014) O municpio est constitucionalmente autorizado a criar guarda municipal para que exera a funo de polcia judiciria em assuntos de interesse local. Comentrios: As guardas municipais no exercem funo de polcia judiciria, mas sim de polcia administrativa. Elas so destinadas proteo de bens, servios e instalaes do Municpio. Questo errada. 29. (CESPE / TJDFT Ð 2014) O estabelecimento de remunerao inferior ao salrio mnimo s praas prestadoras de servio militar inicial est em consonncia com o texto constitucional. Comentrios: Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Nos termos da Smula Vinculante n¼ 06, Òno viola a Constituio o estabelecimento de remunerao inferior ao salrio mnimo para as praas prestadoras de servio militar inicialÓ. Questo correta. 30. (CESPE / Polcia Federal Ð 2014) Na hiptese da ocorrncia de crime contra o patrimnio da Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos, compete Polcia Federal apurar a infrao penal. Comentrios: A ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos) uma empresa pblica e, portanto, competncia da Polcia Federal apurar crime cometido contra o patrimnio desta. o que se depreende do art. 144, ¤ 1¼, CF, que dispe que compete Polcia Federal Òapurar infraes penais contra a ordem poltica e social ou em detrimento de bens, servios e interesses da Unio ou de suas entidades autrquicas e empresas pblicas, assim como outras infraes cuja prtica tenha repercusso interestadual ou internacional e exija represso uniforme, segundo se dispuser em leiÓ. Questo correta. 31. (CESPE / Polcia Federal Ð 2014) A Fora Nacional de Segurana Pblica, a Polcia Federal e a Polcia Rodoviria Federal so rgos destinados ao exerccio da segurana pblica no Brasil. Comentrios: A Fora Nacional de Segurana Pblica no rgo de segurana pblica, mas sim um programa de cooperao federativa. Ela no est no rol de rgos de segurana pblica do art. 144. Questo errada. 32. (CESPE / CBM Ð CE Ð 2014) A defesa das instituies democrticas exercida por meio da segurana pblica, da qual os corpos de bombeiros militares so rgos integrantes. Comentrios: De fato, os Corpos de Bombeiros Militares integram os rgos responsveis pela segurana pblica. Questo correta. 33. (CESPE / SEGESP Ð AL Ð 2013) As polcias civis so dirigidas por delegados de polcia de carreira, cabendo-lhes a incumbncia de exercer genericamente as funes de polcia judiciria e apurar as infraes penais e militares, alm de prevenir e reprimir o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins. Comentrios: Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale As polcias civis no tm competncia para apuraras infraes militares. Alm disso, a preveno e represso do trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins competncia da Polcia Federal. Questo errada. 34. (CESPE / MPE-SE - 2010) A segurana pblica dever da Unio e tem como objetivo fundamental a preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio. Comentrios: Reza a Carta Magna (art. 144, ÒcaputÓ) que a segurana pblica dever do Estado. Isso significa que dever de todos os entes federados (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios), e no s da Unio. Questo errada. 35. (IESES / TJ-MA - 2008) A segurana pblica, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, exercida para a preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio, atravs dos seguintes rgos: polcia federal, polcia rodoviria federal, polcia ferroviria federal, polcias civis, polcias militares, corpos de bombeiros militares e guardas municipais. Comentrios: As guardas municipais no fazem parte do rol do art. 144 da Constituio. No so, portanto, rgos responsveis pela segurana pblica. Questo errada. 36. (CESPE / Polcia Civil-ES - 2009) Os estados devem seguir o modelo federal de organizao da segurana pblica, atendo-se aos rgos que, segundo a CF, so incumbidos da preservao da ordem pblica, das pessoas e do patrimnio. Comentrios: De fato, o rol do art. 144 da Constituio taxativo, no podendo os estados criar novos rgos encarregados da segurana pblica. Questo correta. 37. (CESPE / MPE-AM - 2007) A Constituio estadual pode dar interpretao ampliativa ao conceito de segurana pblica dado pela CF a fim de incluir, entre os rgos encarregados dessa atividade, a chamada polcia penitenciria, a cargo da qual deve estar a vigilncia dos estabelecimentos penais. Comentrios: Nada disso. O rol do art. 144 da Constituio taxativo, no podendo ser ampliado pela Constituio estadual. Assim, no podem ser criados, pela Constituio Estadual, novos rgos encarregados da segurana pblica. Questo errada. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale 38. (CESPE / Polcia Civil Ð RN - 2009) A Polcia Rodoviria Federal, rgo permanente, organizado e mantido pela Unio e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais, estaduais e municipais. Comentrios: Nada disso! A PRF destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo apenas das rodovias federais. Questo errada. 39. (CESPE / Agente da Polcia Federal - 2009) A Polcia Federal tem competncia constitucional para prevenir e reprimir, com exclusividade, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho. Comentrios: No se trata de competncia exclusiva, mas sim exercida sem prejuzo da ao fazendria e de outros rgos pblicos nas respectivas reas de competncia (art. 144, ¤ 1¼, II, CF). Questo errada. 40. (CESPE / TRF 5» Regio - 2009) Caso seja praticado crime de estelionato contra instituio privada que integra o SUS, a instaurao do inqurito policial atribuio constitucionalmente prevista para a Polcia Federal. Comentrios: A Polcia Federal tem competncia para apurar infraes penais apenas em detrimento de bens, servios e interesses da Unio ou de suas entidades autrquicas e empresas pblicas. Isso no se estende a instituies privadas. Questo errada. 41. (FGV/2010/ISAE) A polcia federal, instituda por lei como rgo permanente, organizado e mantido pela Unio e estruturado em carreira, destina-se a prevenir e reprimir o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuzo da ao fazendria e de outros rgos pblicos nas respectivas reas de competncia. Comentrios: Essa , de fato, uma competncia constitucional da Polcia Federal, prevista no ¤ 1¼ do art. 144 da Constituio. Questo correta. 42. (Instituto Movens / Polcia Civil Ð PA - 2009) As polcias civis possuem atribuio concorrente para apurar crimes de interesse da Unio, suas autarquias e empresas pblicas federais. Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale Comentrios: Trata-se de atribuio da polcia federal, conforme art. 144, ¤ 1¼, I, CF. Questo errada. 43. (CESPE / MPE-SE - 2010) Ës polcias civis competem, ressalvada a competncia da Unio, as funes de polcia judiciria e a apurao de infraes penais, exceto as militares. Comentrios: o que dispe o ¤ 4¼ do art. 144 da Constituio. As polcias civis tem competncia para exercer as funes de polcia judiciria e a apurao de infraes penais, exceto as militares. Questo correta. 44. (CESPE / MPE-SE - 2010) As polcias militares e os corpos de bombeiros militares subordinam-se aos governadores dos estados, com exceo do DF, onde a subordinao se d em relao ao chefe de governo da Unio. Comentrios: O Governador do Estado ou do Distrito Federal o chefe das polcias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. Questo errada. 45. (CESPE / Polcia Civil Ð RN - 2009) Ës polcias civis, dirigidas por delegados de polcia de carreira, incumbem, ressalvada a competncia da Unio, as funes de polcia judiciria e a apurao de infraes penais, inclusive as militares. Comentrios: Preste ateno na ÒpegadinhaÓ! Reza o ¤ 4¼ do art. 144 da Carta Magna que s polcias civis, dirigidas por delegados de polcia de carreira, incumbem, ressalvada a competncia da Unio, as funes de polcia judiciria e a apurao de infraes penais, exceto as militares. Questo errada. 46. (CESPE / Polcia Civil ÐES - 2011) Sendo a segurana um dever estatal, direito e responsabilidade de todos, os municpios, em momentos de instabilidade social, podem constituir guardas municipais destinadas ao policiamento ostensivo e preservao da ordem pblica. Comentrios: As guardas municipais tm como funo a proteo dos bens, servios e instalaes municipais. Compete s polcias militares o policiamento e a preservao da ordem pblica (art. 144, ¤ 5¼, CF). Alm disso, as guardas Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-AL Teoria e Questões Aula 05 – Prof a Nádia / Prof. Ricardo Vale municipais podem ser constitudas pelos municpios a qualquer tempo: no h exigncia de que haja uma instabilidade social. Questo errada. 47. (CESPE / MPE-SE - 2010) Os municpios que tiverem mais de vinte mil habitantes podem constituir guardas municipais destinadas proteo de seus bens, servios e instalaes. Comentrios: A Constituio no estabelece tal limitao. Todos os municpios, independentemente do nmero de seus habitantes, podem instituir guardas municipais. Questo errada. 48. (FCC / PM Ð BA Ð 2012) A polcia federal, instituda por lei como rgo permanente. organizado e mantido pela Unio e estruturado em carreira destina-se, dentre outras atribuies: a) polcia ostensiva e preservao da ordem pblica geral e execuo de atividades de defesa civil. b) a exercer, com exclusividade, as funes de polcia judiciria da Unio. c) ao patrulhamento ostensivo das rodovias estaduais. d) ao patrulhamento ostensivo das ferrovias estaduais. e) s funes gerais de
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