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Resumo - O Problema do Custo Social

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INTRODUÇÃO
Coase aborda de forma analítica a efetivação entre o direito e o setor econômico, fazendo uma análise econômica minuciosa apontando alguns conceitos defendidos por outros economistas, ele traz em seu texto o exemplo de plantio e criação de gados, os dois exemplos expostos pelo autor tratam de relações econômicas que por sua vez ambas as partes eram afetadas pelos problemas causando grandes efeitos no meio social e financeiro, mas trata também do direito a propriedade. De fato os efeitos prejudiciais provocados pelas atividades de um negócio podem assumir uma ampla variedade de formas, Coase apresenta alternativas de solução do caso levantado a intervenção do Estado afim de mediar as relações. 
DESENVOLVIMENTO
Coase nos dá um breve entendimento sobre um problema que existe há anos no mundo inteiro e poucos se dão conta de sua vasta consequência: a prática de atividades que causam efeitos prejudiciais a grande parte da população. Além disso, discute a possibilidade de se encontrar uma solução não somente para a população afetada com essas atividades, mas também ponderar ambos os lados participantes, tanto o empresário com sua firma e as consequências de tal modo de produção e também a sociedade que não é somente prejudicada, mas que também necessita e é usuária dos produtos finais de certas empresas.
Entre os pensamentos de Coase com relação a uma solução para este problema, está a alocação social apropriada. Seria prático se simplesmente houvesse normas relacionadas a direitos e deveres que uma empresa devesse seguir, mas não é bem assim que acontece dentro da jurisprudência, não se pode aprovar uma lei que proíbe a produção de uma fabrica por essa causar danos à sociedade ou a um individuo especifico. Existe uma transação econômica entre governo e propriedades privadas a qual deve ser estudado antes de seguir alguma legislação, todas as soluções geram custos, é necessário então pesar custos e lucros de certas decisões. E isso somente é possível com uma investigação cuidadosa sobre qual seria a melhor política a ser adotada pelos empresários e as autoridades locais, essa então seria a alocação social apropriada, uma solução que não afetasse a economia de ambos os lados, e causasse menos transtornos a todos. 
Para Coase a teoria de Pigou, é a intervenção estatal, e deve ser aplicada todas as vezes que houver conflitos entre o social e o privadoNo caso da situação explanada por Coase, de um ponto de vista econômico, os estragos causados pela ferrovia as matas vizinhas, não é necessariamente indesejável, devido a questões particulares deste caso, em suma, Coase demonstra que é possível que haja meios mais práticos e rentáveis para ambos os lados, social e privado, para resolução de um conflito, sem que haja ação Estatal. 
Em análise a segunda classe de divergências de Pigou que faz uma distinção entre o caso, no qual uma pessoa presta serviços pelos quais não recebe pagamento e o caso em que uma pessoa presta desserviços sem que as partes por ele prejudicadas sejam indenizadas pelo prejuízo sofrido. Em um primeiro momento na questão dos coelhos, demonstram um excelente exemplo de como os problemas de direito e teoria econômica são inter-relacionados, levando-se em conta que o juiz deu ação favorável ao dono dos coelhos, alegando que a vítima que estaria sendo afetada pelos coelhos do vizinho comendo sua plantação, tinha total direito em sua propriedade de matar os coelhos e lucrar com os mesmos da forma que bem entendesse, sem a necessidade de dividir os lucros com o dono dos coelhos. No caso das fábricas que lançam poluição no ar, em um distrito Coase demonstra que não há como prever qual a solução seria do ponto de vista econômico desejável, pois não há como prever o crescimento das populações vizinhas das fabricas, o que acaba gerando uma dúvida no dono da empresa entre pagar os tributos e instalar filtros ou pagar aos moradores para instalem dispositivos em suas casas para não receberem a fumaça com poluição. Para Coase existem aspectos a serem considerados e devidamente calculados antes de se adotarem medidas como as previstas por Pigou, fazendo uma crítica as teorias de Pigou sobre sua obscuridade e difícil interpretação, não as rejeitando completamente, mas sim as aperfeiçoando. 
Observamos que como tais acordos não conseguem ser resolvidos sem custos, a justiça por sua vez irá fazer com que os direitos de ambas as partes sejam bem definidos e com que os resultados das ações judiciais sejam previstos com facilidade. As cortes têm reconhecido as implicações econômicas e sociais que suas decisões podem ter, com isto elas estão muito mais atentas, levando em conta todos os fatores envolvidos. O caso deve ser muito bem analisado para se ter certeza que se constituí um dano, pois onde uma localidade é voltada para uma determinada atividade particular de comércio ou manufaturada, empreendida por comerciantes da região, não necessariamente constituiria um dano público, portanto, a mesma terá autorização da justiça para que funcione.
São levados em conta os fatores econômicos e sociais para se tomar uma decisão, e quando surge um “problema” a corte tenta resolve-lo da melhor forma possível, para que nem o acusado nem o reclamante saiam no prejuízo, que sejam os dois beneficiados com a decisão. Mesmo que isto não seja colocado de forma clara nos processos, as cortes com frequência comparam entre o que se ganha e o que se perde ao proibir tal atividade em determinado local. 
O fato é que as decisões dos juízes no tribunal de justiça de qualquer lado que fosse vitorioso colocavam fim aos problemas em relação aos mercantes, mas em contrapartida o setor econômico é o que mais sofria com essas sentenças trazendo grandes prejuízos financeiros aos donos de estabelecimentos naqueles locais. Diante desse fato o autor nos mostra que em todas as decisões tomadas principalmente nesse setor sempre aconteceram danos aos setores econômicos, porque tudo envolve capital nos negócios. Então às vezes as pessoas tem obtido muito lucro, mas não tem raciocinado como devem proceder em determinadas situações, onde os valores pagos as indenizações sofridas é mais alta de que se estivessem estudado os melhores jeitos e modelos de investimentos, e com isso mantendo seus empreendimentos de maneira sólida.
CONCLUSÃO
Observamos que para Coase, a teoria de Pigout não está errada, mas ela não é aplicável em todas as situações devido as características peculiares de cada situação. Para ele, deve-se haver uma prospecção sobre quais os efeitos das decisões tomadas, isolando-se as variáveis e como elas influenciaram o produto social e o privado a médio e longo prazo. 
Referencias Bibliográficas 
COASE, Ronald. “O problema do custo social” , The Latin American and Caribbean Journal of Legal Studies: Vol. 3: Nº. 1, Article 9, 2008. Disponível em: 
http://services.bepress.com/lacjls/vol3/iss1/art9. 
SILVEIRA, Paulo Antônio Caliendo Velloso da. Direito tributário e análise econômica do Direito : uma visão critica. Rio de janeiro: Elsevier, 2009. 
2° Período / Direito / Matutino
Professor: Rodolfo de Assis Ferreira
Alunos: David Vieira
 Liliane Garcia
 Samuel
	Rogério Martins
	Ana Carolina

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