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Administração de Vacinas www.sbim.org.br Administrar uma injeção IM é uma tarefa psicomotora complexa. Requer habilidade e conhecimento por parte do profissional que está realizando o procedimento. Mais do que ser capaz de realizar fisicamente esse procedimento, o profissional precisa de conhecimento de farmacologia, anatomia, fisiologia, medicina e microbiologia, além de questões éticas e legais. Missão: Assegurar que a administração de uma vacina alcance o máximo de imunidade com o mínimo de dano possível. ABORDAGEM Os profissionais precisam mostrar confiança e estabelecer uma relação que promova segurança para a pessoa a ser vacinada e para a família A dor é inevitável. Exibir atitude positiva através de expressões faciais e linguagem, usando um tom de voz calmo, seja honesto e explique o esperado, por exemplo, não diga que não vai doer. Acolher a pessoa ou criança a ser vacinada dando conforto e segurança, para os pais e para o vacinador, contendo a criança se for o caso, encorajando os pais a participarem. Os pais ou responsáveis devem ser instruídos sobre como ajudar, isso é fundamental para o entendimento, e a vacina possa ser administrada com segurança. Administração da Vacina • paciente Certo; • momento Certo; • vacina Certa; • dose Certa; • preparo e administração Certos; • registro Certo. Rotinas no momento Rotinas após Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases. Atkinson W, Wolfe S, Hamborsky J, eds. 12th ed. Washington DC: Public Health Foundation, 2012. (appendix E ) ROTINAS DO SERVIÇO • Verificar a vacina antes da preparação e ter certeza de sua indicação; • Certificar –se que a vacina está sendo reconstituída com o diluente correto; • A primeira vence dia 16 de agosto de 2012 e não pode ser usada no dia 17 de agosto e a segunda vence dia 31 de agosto de 2012 (último dia do mês indicado) e não deve ser utilizada a partir desta data. • Conferir a validade da vacina, observando com atenção • 16/08/12 é diferente de 08/12. • Registrar a hora da reconstituição da vacina; • QUALIDADE DO PREPARO Lembrar do binômio mãe e filho A incidência de reações indesejáveis provocadas pelas vacinas varia de acordo com as características do produto utilizado, peculiaridade da pessoa que recebe e a técnica ao aplicar a vacina. Manual de Vigilância de Eventos Adversos Pós Vacinação. 2a ed. Brasil. Ministério da Saude/SVS; 2008. A higiene das mãos é um procedimento de fundamental importância que necessita ser realizado antes de cada administração e deve ser repetido ao final de toda a aplicação. Best practices for injections and related procedures toolkit. WHO/EHT/10.02. Geneva: WHO.2010. • Pessoas que administram vacinas devem seguir procedimentos adequados para minimizar o risco de infecção. • As mãos devem ser lavadas com água e sabão ou desinfectadas com solução antisséptica à base de álcool e sem água, isso sempre antes de ter contato com cada paciente. • Recomendações e normas da Administração de Segurança e Saúde Ocupational dos EUA (OSHA) não exigem o uso de luvas, salvo quando a pessoa administrando a vacina tenho lesões abertas nas mãos ou venha a ter contato com fluidos corpóreos potencialmente infectados da pessoa a ser vacinada. • Se luvas forem usadas, deverão ser trocadas a cada paciente. Centers for Disease Control and Prevention. General Recommendations on Immunization. Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR 2011; 60 (RR-2):13-4 Indicações e cuidados para higiene das mãos Fonte: Adaptado do Best practices for injections and related procedures toolkit. WHO/EHT/10.02. Geneva: WHO.2010 OMS/SIGN: Jogo de Ferramentas para Segurança das Injeções e Procedimentos Correlatos http://immunisation.dh.gov.uk/ OMS/SIGN: Jogo de Ferramentas para Segurança das Injeções e Procedimentos Correlatos Conferir sempre vacina e paciente!!! Rotinas Certas no momento da aplicação Rastreabilidade!!! Vacina CERTA • Verificar a vacina pelo menos três vezes antes da aplicação e ter certeza de sua indicação; • Certificar que a vacina está sendo reconstituída com o diluente correto; • Certificar a hora da reconstituição da vacina; • Certificar a validade da vacina, observando com atenção: validade 16/08/12 é diferente de 08/12. • A primeira vence dia 16 de agosto de 2012 e não pode ser usada no dia 17 de agosto e a segunda vence dia 31 de agosto de 2012 (último dia do mês indicado) e não deve ser utilizada a partir desta data. Atenção Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases. Atkinson W, Wolfe S, Hamborsky J, eds. 12th ed. Washington DC: Public Health Foundation, 2012. (appendix E ) Nomes ou aparência do frasco muito semelhantes: DTP+HIB+HB, DTP, DTP+HIB, Dtpa+HIB, Dtpa, dTpa, Dtpa+HIB+HB+IPV, Dtpa+HIB+IPV, Tetra e Penta. APLICAÇÃO DE VACINA ERRADA ERROS MAIS COMUNS NA APLICAÇÃO CUIDADO!!!!! ?VACINA PENTAVALENTE/TET RAVALENTE/TV ? 17 Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases. Atkinson W, Wolfe S, Hamborsky J, eds. 12th ed. Washington DC: Public Health Foundation, 2012. (appendix E ) Erro mais comum com vacina nos EUA Um estudo utilizando os relatos de erros com vacinas nos EUA • Constatou que o mais comum era a administração de vacina errada, • Esses erros geralmente envolviam vacinas cujos nomes genéricos ou comerciais soavam ou eram parecidos e/ou suas embalagens eram semelhantes, • Por ex: DTpa e DTaP; Adacel e DAPTACEL) Local adequado escolhido para aplicação, de acordo com a idade do paciente e vacina aplicada. Escolha da agulha correta para a aplicação, de acordo com a vacina, via de administração , idade do paciente e espessura do subcutâneo ou da massa muscular. Observar o paciente por 15 minutos após a vacinação. Em caso de síncope, o paciente deve ser observado até que os sintomas desapareçam. Não deixar uma agulha conectada em um frasco de multidose para aspiração da dose. Não aspirar previamente vacinas que serão aplicadas. Não transferir diluente ou vacina de uma seringa para a outra. Não aspirar parte de doses de dois frascos diferentes para completar uma única dose. PREPARO E ADMINITRAÇÃO Ballalai, Isabella. Manual prático de imunizações. São Paulo: AC. Farmacêutica, 2013 IM: DPT, DPaT, dT, Hepatite B, Hepatite A, Raiva, Hib, Influenza, Pneumococo conjugada e polissacarídica, Meningite conjugada e IPV. SC: Sarampo, SR, SCR, SCRV, Febre Amarela, Varicela. VO : OPV (Sabin), ROTAVÍRUS ID: BCG VIAS DE Administração Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases. Atkinson W, Wolfe S, Hamborsky J, eds. 12th ed. Washington DC: Public Health Foundation, 2012. Via intradérmica ID Injetando o líquido suavemente, mesmo que tenha resistência. Observando a formação da pápula. (Cuidado!!! Algumas agulhas se soltam do canhão da seringa) Aguardar cerca de 10 segundos para retirar a agulha. Não friccionar o algodão em cima da pápula. VIA INTRADÉRMICA Fazer a limpeza da pele com algodão seco.A região a ser utilizada para a aplicação deve ser levemente distendida pelo dedo indicador e polegar da mão não dominante. Manual de Procedimentos para Vacinação. 4a ed. Brasília:Ministério da Saúde/FUNASA; 2001 Via subcutâneo SC VIA SUBCUTÂNEA MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA VACINAÇÃO. 4A ED. BRASÍLIA:MINISTÉRIO DA SAÚDE/FUNASA; 2001 Nesta via, a solução é introduzida nas camadas de gordura da pele (subcutâneo) A agulha deve ser curta (13 x 4,5), podendo ser introduzida em ângulo de 90o em adultos e em crianças entre 45o e 60o. Para aplicação, deve ser realizada uma “prega” do subcutâneo utilizando apenas dois dedos, evitando o levantamento da fáscia muscular. Não se recomenda a aspiração nem tampouco a massagem local após Sua administração deve ser lenta e em seguida fazer uma pressão com algodão seco, para evitar sangramento. 28 Via intramuscular IM Nesta via, a solução é introduzida na camada mais profunda da pele, no tecido muscular (Intramuscular)) A agulha deve ser escolhida de acordo com a massa muscular e o local escolhido. Para escolha do local deve ser levando em consideração primeiramente a segurança do aplicador e a idade da pessoa a que vai receber a vacina. VIA INTRAMUSCULAR 30 31 Koster MP et al. Needle length for immunization of early adolescents as determined by ultrasound. Pediatrics 2009; 124:667-672 [Comprimento da agulha para imunização de pre-adolescentes. Determinação com ultra-som] OBJETIVO: Determinar o comprimento da agulha apropriada para injeção intramuscular de vacinas em adolescentes medindo a profundidade do tecido muscular deltóide MÉTODOS: Estudantes do condado de Nassau, Nova York, e pacientes atendidos uma clínica de adolescentes foram convidados a participar. Altura, peso, e circunferência do braço foram medidos. Percentis de IMC foram obtidos. Profundidades de músculo e osso no local da injeção no deltóide foram medidos através de ultra-sonografia. O comprimento adequado da agulha foi definido como maior ou igual distancia pele-musculo mais 5 mm (com base em medição, sem agulha). Agulha muito longa foi considerada maior do que ou igual a distancia pele-osso. RESULTADOS: A faixa etária dos 141 indivíduos era de 11 a 15 anos. 55% eram do sexo feminino. Vinte e seis por cento pesavam <40 kg, e 20% pesavam entre 60 e 108 kg. A média ea mediana de IMC foram percentis 58 e 62, respectivamente, com 6% dos indivíduos no <10 percentil e 28% dos indivíduos em percentil >85. Constatamos que uma agulha 25-mm (1-in) é aceitável em 86% dos adolescentes; no subgrupo de ≥60 kg, é aceitável em 100% dos indivíduos. Uma agulha 16-mm (5/8-in) é aceitável em 88%. No subgrupo de <60 kg, é aceitável em 98% dos indivíduos. Uma agulha de 25-mm é aceitável em 39%, no subgrupo de ≥60 kg, é aceitável em 93% dos indivíduos. Uma agulha de 16-mm é aceitável em 92%, no subgrupo de <60 kg, é aceitável em 96% dos indivíduos. CONCLUSÕES: Para a imunização por via intramuscular de pré-adolescentes, uma agulha de 16-mm é adequada para aqueles com peso menor que 60 kg, e uma agulha de 25 mm é adequada para aqueles que pesa 60 a 70 kg. Tamanho de agulha para adolescentes CONCLUSÕES: Para a imunização por via intramuscular de pré-adolescentes, uma agulha de 16mm é adequada para aqueles com peso menor que 60 kg, e uma agulha de 25 mm é adequada para aqueles que pesa 60 a 70 kg. Avaliação da espessura do subcutâneo de pessoas com idade >65 anos Ultrasonografia • Correlação da espessura do tecido subcutâneo com índice de massa corpórea (IMC) • Mulheres têm tecido subcutâneo mais espesso e tecido muscular menos espesso do que homens com o mesmo IMC • Em homens e mulheres com IMC <35, uma agulha de 25 mm é suficiente para uma injeção muscular • Em mulheres com IMC>35, uma agulha de 32 mm é necessária. Cook IF, Williamson M, Pond D. Definition of needle length required for intramuscular deltoid injection in elderly adults: an ultrasonographic study. Vaccine 2006; 24(7):937-40. A agulha deve ser escolhida tendo em vista: A espessura da camada subcutânea e a distância entre a pele e as estruturas ósseas subjacentes. O ângulo de aplicação deve ser adequado ao tamanho da agulha. A cada aplicação deve ser feita uma avaliação individual para definir qual o tamanho da agulha ideal. De modo geral utilizam-se agulhas: vasto lateral, 16mm, 20mm ou 25mm; deltóide, 16 , 20, 25 e 30 mm, glúteo, 25 a 38 mm. Esses são os tamanhos mais indicados. O diâmetro também é importante. Injeção intramuscular: ângulo de inserção da agulha • Revisão de literatura e entrevista com especialistas • Inserção a 90º é melhor do que a 45º - 60º em termos de segurança, eficácia da vacina e conforto para o paciente Warren BL. Intramuscular injection angle: evidence for practice? Nurs Prax N Z 2002; 18(2):42-51. Relaxamento do músculo 35 Deltoide Vias de administração Posições para vacinar no Deltoide Immunisation Handbook 2011. Wellington: Ministry of Health. Vasto Lateral 40 Rev Assoc Med Bras 2002; 48(4): 353-6 Diatribuição do nervo lateral da coxa na área de injecão intramuscular. Via Intramuscular: Ventroglúteo Posições para vacinar crianças no Ventro Glúteo Posições para vacinar crianças no Ventro Glúteo Via Intramuscular Ventroglúteo • Familiarize-se com a técnica antes de aplicar 1 • Iniciar a aplicação em adultos 2 • Somente com muita prática realizar em crianças 3 A“PREGA” Aumenta a distância até o tecido muscular. Fazer Técnica em “Z” Puxe a pele firmemente lateralmente e os tecidos subcutâneos aproximadamente 2,5 cm a 3,5 cm. Segurando a pele esticada com a mão não dominante. Introduza a agulha profundamente, sempre mantendo a pele puxada. Puxe o êmbolo discretamente para trás e observe se há refluxo de sangue. Caso isso não ocorra, injetar o medicamento lentamente. Aguarde aproximadamente 10 segundos antes de retirar a agulha. Após a retirada da agulha, solte a pele. VIA INTRAMUSCULAR Keen MF. Comparison of intramuscular injection techniques to reduce site discomfort and lesions. Nurs Res. 1986;35 :207 –210 Após a retirada da agulha, a pele cria um caminho em ziguezague, promovendo um tampão que ocluirá o ponto de introdução da mesma no músculo, de modo que a solução não refluirá no tecido subcutâneo, o que poderia provocar irritação. 46 Como regra geral é possível a aplicação de diferentes vacinas em um mesmo momento, desde que sejam aplicadas em locais diferentes. Quando não for possível a aplicação em locais diferentes, a coxa é o local de escolha e as duas injeções devem ser adequadamente separadas com uma distância de cerca de 2,5 cm a 5,0 cm. O limite para o número de vacinas a serem aplicadas simultaneamente é o conforto do paciente e a disponibilidade de locais anatômicos para a aplicação. Importante lembrar que a administração de um grande número de vacinas, combinadas ou não, não representa uma sobrecarga para o sistema imunológico. Aplicação Simultânea de Vacinas Comprimir após aplicação Retirar a agulha com um movimento suave e contínuo. Aplicaruma pequena pressão com um algodão seco. Não usar algodão com álcool, pois pode causar dor ou ardência Rotinas após o momento da aplicação Descarte certo de sobras ou vacinas inutilizadas. Registro das vacinas aplicadas no dia, por faixa etária, para os devidos relatórios. Cuidados com o paciente, não se esqueça dele! Síncope após a vacinação Síncope pode ocorrer após a imunização, particularmente em adolescentes e adultos jovens. O profissional de saúde deve estar ciente das manifestações pré-síncope e estar atento para prevenir lesões se ocorrerem fraquezas, tonturas ou perda consciência. Através da ansiedade apresentada pelo paciente, muitas vezes podemos antever a síncope, neste caso, se colocarmos o paciente sentado ou deitado durante 15 min, após a vacinação, ou até mesmo vacinarmos com ele sentado, poderemos evitar muitos episódios de síncope e lesões secundárias. Se a síncope se desenvolver, os pacientes devem ser observados até que eles estejam assintomáticos. Recomendações da Academia Americana de Pediatria (ACIP) em dezembro de 2006 e Red Book 2012 51 Sutherland A, Izurieta H, Ball R, Braun MM, Miller ER, Broder KR, et al. Syncope after vaccination—United States, January 2005–July 2007. MMWR 2008; 57:457–460 . Registro correto • nome da vacina • data da administração da vacina; • dose aplicada • fabricante da vacina; • lote da vacina; • nome e número de registro do conselho profissional de quem vacina; • data do retorno; • preencher na ficha registro todas as informações referentes à administração da vacina. • aceitar dados registrados e não apenas relatados. Atenção Anotar o nome – NÃO - tríplce, tetra , penta ou TV Orientação após é fundamental • orientar sobre a vacina que irá receber e seu esquema (doses e reforços), • orientar sobre os possíveis eventos adversos, • responder a todos os questionamentos do paciente, • orientar sobre o retorno e a importância das doses e/ou reforços subseqüentes. Destino do lixo CERTO Medo da vacina é real Medo da injeção pode resultar com que as pessoas evitem a vacinação. Ficando expostas ao risco tanto de adoecer como de transmitir doenças. • De acordo com um estudo realizado no Canadá, a vacinação é a fonte mais comum de dor nas crianças. • Esse estresse pode resultar na formação de adultos traumatizados. De acordo com esse mesmo estudo, 25% dos adultos têm medo de agulha. • Crianças com medo de agulha se tornam adultos com medo de agulha que ao se tornarem pais passam essa insegurança para seus filhos, tornando um ciclo vicioso. Anna Taddio BScPhm PhD et all . Reducing the pain of childhood vaccination: an evidence- based clinical practice guideline . MAJ • DECEMBER 14, 2010 • 182(18) Fobia de agulhas • Tripanofobia, blenofobia • Forma extrema do medo de agulhas • Afeta de 3,5% a 10,0% da população • Idade mediana de início: 5,5 anos • 80% das pessoas acometidas, relatam parente próximo com medo exagerado de agulhas Muscari ME, 2007. http://www.medscape.com/viewarticle/555513 Fatores determinantes do medo de injeção Adaptado de Nir Y, et al. Fear of injections in young adults: prevalence and associations. Am J Trop Med Hyg 2003; 68(3):341-4. Ver outras pessoas receber injeções Ver preparar a injeção Cheiro na sala Experiência negativa anterior Ouvir conversa sobre a injeção Tamanho da agulha Medo da dor História de síncope após injeção Métodos indiretos de redução do desconforto •Local reservado para aplicação da vacina. •Criar ambiente agradável durante o preparo vacina. •Não preparar a vacina em frente do paciente. •Distrair o paciente antes e durante a vacinação. Clin Ther. 2009;31 Suppl 2:S77-S103.Psychological interventions for reducing pain and distress during routine childhood immunizations: a systematic review.Chambers CT, Taddio A, Uman LS, McMurtry CM; HELPinKIDS Team. Açúcar (glicose ou sacarose) reduz o estresse em crianças menores de seis meses e deve ser aplicada de rotina. O uso de solução de glicose ou sacarose de 12% a 50%, mostrou ser eficaz para diminuir a dor nos procedimentos em neonatos e bebês até 6 meses. Deve ser administrada logo antes do procedimento, através da instilação com uma seringa, diretamente à boca. Schechter NL, Zempsky WT, Cohen LL, McGrath PJ, McMurtry CM, Bright NS. Pain reduction during pediatric immunizations: evidence-based review and recommendations. Pediatrics. 2007; 119(5):e1184-98. (Redução da dor nas aplicações de vacinas em crianças: revisão baseada em evidências e recomendações) Liaw JJ, Zeng WP, Yang L, Yuh YS, Yin T, Yang MH. Nonnutritive Sucking and Oral Sucrose Relieve Neonatal Pain During Intramuscular Injection of Hepatitis Vaccine. J Pain Symptom Manage. 2011 May 25 Objetivo: • Comparar a eficácia de três estratégias não farmacológicas de alívio da dor no recém-nascido, através de parâmetros fisiológicas e duração do choro antes, durante e após a vacinação da hepatite B por via intramuscular. Métodologia: • Foram divididos (165 RN) em três grupos de tratamento: sucção não nutritiva (SNN), 20% sacarose oral, ou cuidados de rotina. Conclusões • SNN e sacarose oral podem proporcionar efeito analgésico e deve ser dada antes de procedimentos dolorosos mesmo breves como uma injeção IM de um minuto. • Sacarose administrada por via oral dois minutos antes da injeção, é eficaz e a redução da dor do recém-nascido foi maior que durante a injeção com SNN. • Ambos os métodos não-farmacológicos aliviam de forma eficaz a dor no recém- nascido, estabilizam os parâmetros fisiológicos e reduzem a duração do choro durante a injeção IM da vacina de hepatite. B. Crianças no grupo sacarose: foram administrados 2 mL a 20% de sacarose através de uma seringa, dois minutos antes dos procedimentos de injeção Amamentar pode “diminuir dor em bebês” Amamentar os bebes pode ser o analgésico mais eficiente para recém-nascido. Gray L, Miller LW, Phillipp BL, Blass EM. Breastfeeding is analgesic in healthy newborns. Pediatrics. 2002;109 :590 –593 Contexto Medir a efetividade analgésica dos 5 S’s (imobilizar com cobertor, decúbito lateral, embalar, amamentar ou alimentar e acalmar com som constante), isoladamente ou combinado com sacarose, durante injeção para imunização aos 2 e 4 meses. Conclusão Intervenção física com os 5 S´s mostraram índices reduzidos de dor e de choro entre lactentes de 2 e 4 meses durante vacinação de rotina, O uso ou não de de solução de sacarose não mostrou diferença. Effective analgesia using physical interventions for infant immunizations. Harrington JW, Logan S, Harwell C, Gardner J, Swingle J, McGuire E, Santos R. Analgesia efetiva com a utilização de intervenções físicas em imunização de lactentes Pediatrics. 2012 May;129(5):815-22 Pressão no local da aplicação reduz a dor. Há evidências que pressão no local ou próximo da injeção reduziria a dor . Isto se baseia na teoria da comporta da dor, que o excesso de estímulo não lesivo num local, reduz o estímulo doloroso na mesma região. Foster R, Eberhart T, Zuk J, et al. Is the ShotBlocker effective in reducing immunization pain? Presented at: International Symposium on Pediatric Pain; June 25–29, 2006; Vancouver, British Columbia, Canada Clin Ther. 2009;31 Suppl 2:S48-76. Physical interventions and injection techniques for reducinginjection pain during routine childhood immunizations: systematic review of randomized controlled trials an quasi-Randomized controlled trials.Taddio A, et al Intervenções físicas e técnicas de injecção para reduzir a dor durantemunizaçção em crianças : revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e quase randomizados ,ensaios clínicos controlados. Traduzido do http://www.cmaj.ca/content/182/18/E843/rel- suppl/f85a733d681c3c64/suppl/DC1: Ordem de aplicação: DTPa-Hib e PCV-7 Ipp M et al. Order of vaccine injection and infant pain response. Arch PediatrAdolesc Med 2009;163(5):469-72 Quando da aplicação de DTPa-Hib e PCV-7, a dor local foi significativamente menor quando a DTPa-Hib foi aplicada antes e a PCV-7 depois. 120 lactentes entre 2 e 6 meses de idade. 60 DTPa-Hib antes de PCV-7. 60 PCV-7 antes de DTPa-Hib. A recomendação é de que DTPa-Hib seja aplicada antes da PCV-7. A vacina mais dolorida deve ser aplicada por último Obs: No serviço público, a mais dolorida é a DPT (Penta ou Tetra) EMLA – lidocaína/prilocaína 5% Ametop – tetracaína Maxiliv – lidocaína lipossomal 4% Prós Seguros, Eficazes, Não interferem na imunogenicidade das vacinas, Pode usar em qualquer idade. Contras Deve ser aplicado no local com antecedência, Os pais devem estar orientados quanto ao local de aplicação. Dificuldades quando da aplicação de mais de uma vacina., Ação somente para o momento Não é prático na rotina.. Método Tópicos : creme ou gel anestésicos Cohen Reis E, Holubkov R. Vapocoolant spray is equaly effective as EMLA cream in reducing imunization pain in school-aged chidren. Pediatrics 1997 Dec;100(60:E5 Schechter NL, Zempsky WT, Cohen LL, McGrath PJ, McMurtry CM, Bright NS. Pain reduction during pediatric immunizations: evidence-based review and recommendations. Pediatrics. 2007; 119:e1184-98 Métodos Tópicos – Frio (Coolsense) Prós Nenhum risco. Aplicação imediatamente antes da vacinação. Fácil uso. Contras Poucos estudos, mas os que existem demonstram eficácia na utilização do dispositivo, Local para congelar o dispositivo. Bebês (menores de 6 meses) a sensação do frio pode ser desconfortável semelhante a dor. Não é prático em grande demanda. Ação somente para o momento. An integration of vibration and cold relieves venipuncture pain in a pediatric emergency department. Baxter AL, Cohen LL, McElvery HL, Lawson ML, von Baeyer CL. Clin Ther. 2009;31 Suppl 2:S48-76. Physical interventions and injection techniques for reducing injection pain during routine childhood Cuidados na vacinação do adolescente e adulto • Vacinar preferencialmente, em local individual (biombo), • Vacinar sentado ( transmite segurança), • Preparar a vacina longe do paciente, ambiente agradável e inspirar confiança, • Estar atento aos fatores predisponentes (fobia de agulhas e injeções) e manifestações de pré síncope, • Usar técnicas de distração, como conversar sobre assuntos de interesses (esporte, filme, programas de TV, etc), • Explicar que a aplicação de vacina é um procedimento rápido e simples, • Observar durante 15 minutos após a vacinação. Em caso de fobia , pode-se utilizar analgesia local: Taddio A, et al. A randomized controlled trial of analgesia during vaccination in adults. Vaccine (2010), doi:10.1016/j.vaccine.2010.05.015 • As medidas que aliviam a dor no momento da aplicação são importantes, pois diminuem ansiedade ,contribuindo para uma melhor qualidade na vacinação. • Deve sempre ser avaliado a viabilidade dos procedimentos para o manejo da dor, pois nem todos os procedimentos será apropriado ou eficaz em todas as situações ou para todas crianças, adolescentes e adultos. • Nenhuma estratégia de alivio de dor , tem sido demonstrado como 100% eficaz. O ideal muitas vezes é combinar várias estratégias. • Somente essas ações não são suficientes para uma menor incidência de reações locais e dor pós vacinal. • Vale a pena Lembrar: Conclusão: A técnica correta na administração de vacinas: •Preparo da vacina CORRETO, •Local de escolha CORRETO, •Posicionamento do paciente CORRETO, •Relaxamento do músculo escolhido CORRETO, •Escolha da agulha CORRETA, •Técnica em Z (IM) , São ESSENCIAIS , também, para o manejo da dor e portanto, a melhoria na QUALIDADE DA VACINAÇÃO Métodos para aliviar o desconforto Cabe Lembrar • Os profissionais de saúde devem ter conhecimento atualizado sobre vacinas para a poder explicar com segurança sua necessidade, benefícios e riscos. • As explicações devem ser cientificamente fundamentadas e coerentes entre os diversos profissionais • Isso somente se alcança através de educação continuada, acesso fácil à informação e clareza na compreensão dos problemas Erros na vacinação Somente atingiremos o nosso objetivo: Administrar uma vacina para que alcance o máximo de imunidade com o mínimo de dano possível. PREVENÇÃO NA VACINAÇÃO mirianmoura@uol.com.br mirianmoura@uol.com.br mirianmoura@uol.com.br
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