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2 Conhecendo Vacinas e Vacinação Aplicaçao Recife3

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Administração de Vacinas 
www.sbim.org.br 
Administrar uma injeção IM é uma tarefa psicomotora 
complexa. 
Requer habilidade e conhecimento por parte do 
profissional que está realizando o procedimento. 
Mais do que ser capaz de realizar fisicamente esse 
procedimento, o profissional precisa de conhecimento 
de farmacologia, anatomia, fisiologia, medicina e 
microbiologia, além de questões éticas e legais. 
Missão: 
 Assegurar que a administração de uma 
vacina alcance o máximo de imunidade 
com o mínimo de dano possível. 
ABORDAGEM 
Os profissionais precisam mostrar confiança e estabelecer uma relação que promova 
segurança para a pessoa a ser vacinada e para a família A dor é inevitável. 
Exibir atitude positiva através de expressões faciais e linguagem, usando um 
tom de voz calmo, seja honesto e explique o esperado, por exemplo, não diga 
que não vai doer. 
Acolher a pessoa ou criança a ser vacinada dando conforto e segurança, para 
os pais e para o vacinador, contendo a criança se for o caso, encorajando os 
pais a participarem. 
Os pais ou responsáveis devem ser instruídos sobre como ajudar, isso é 
fundamental para o entendimento, e a vacina possa ser administrada com 
segurança. 
 
Administração da Vacina 
 
 • paciente Certo; 
• momento Certo; 
• vacina Certa; 
• dose Certa; 
• preparo e administração Certos; 
• registro Certo. 
 
Rotinas no momento 
Rotinas após 
Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases. Atkinson W, Wolfe S, Hamborsky J, eds. 12th ed. 
Washington DC: Public Health Foundation, 2012. (appendix E ) 
ROTINAS DO SERVIÇO 
• Verificar a vacina antes da preparação e ter certeza de sua 
indicação; 
• Certificar –se que a vacina está sendo reconstituída com o 
diluente correto; 
• A primeira vence dia 16 de agosto de 2012 e não pode ser 
usada no dia 17 de agosto e a segunda vence dia 31 de agosto 
de 2012 (último dia do mês indicado) e não deve ser utilizada 
a partir desta data. 
 
• Conferir a validade da vacina, observando com atenção 
• 16/08/12 é diferente de 08/12. 
• Registrar a hora da reconstituição da vacina; 
• QUALIDADE DO PREPARO 
Lembrar do binômio mãe e filho 
A incidência de reações indesejáveis provocadas pelas 
vacinas varia de acordo com as características do produto 
utilizado, peculiaridade da pessoa que recebe e a técnica 
ao aplicar a vacina. 
Manual de Vigilância de Eventos Adversos Pós Vacinação. 2a ed. Brasil. Ministério da Saude/SVS; 2008. 
A higiene das mãos é um procedimento de fundamental 
importância que necessita ser realizado antes de cada 
administração e deve ser repetido ao final de toda a 
aplicação. 
 
Best practices for injections and related procedures toolkit. WHO/EHT/10.02. Geneva: WHO.2010. 
• Pessoas que administram vacinas devem seguir procedimentos adequados para 
minimizar o risco de infecção. 
• As mãos devem ser lavadas com água e sabão ou desinfectadas com solução 
antisséptica à base de álcool e sem água, isso sempre antes de ter contato com cada 
paciente. 
• Recomendações e normas da Administração de Segurança e Saúde Ocupational dos 
EUA (OSHA) não exigem o uso de luvas, salvo quando a pessoa administrando a 
vacina tenho lesões abertas nas mãos ou venha a ter contato com fluidos corpóreos 
potencialmente infectados da pessoa a ser vacinada. 
• Se luvas forem usadas, deverão ser trocadas a cada paciente. 
 
Centers for Disease Control and Prevention. General Recommendations on 
Immunization. Recommendations of the Advisory Committee on Immunization 
Practices (ACIP). MMWR 2011; 60 (RR-2):13-4 
Indicações e cuidados para higiene das mãos 
Fonte: Adaptado do Best practices for injections and related procedures toolkit. WHO/EHT/10.02. 
Geneva: WHO.2010 
 
OMS/SIGN: 
Jogo de Ferramentas 
para Segurança 
das Injeções e 
Procedimentos Correlatos
http://immunisation.dh.gov.uk/ 
OMS/SIGN: Jogo de Ferramentas para Segurança das Injeções e 
Procedimentos Correlatos 
Conferir 
sempre 
vacina e 
paciente!!! 
Rotinas Certas no momento da aplicação 
Rastreabilidade!!! 
Vacina CERTA 
 
• Verificar a vacina pelo menos três vezes antes da 
aplicação e ter certeza de sua indicação; 
• Certificar que a vacina está sendo reconstituída com 
o diluente correto; 
• Certificar a hora da reconstituição da vacina; 
• Certificar a validade da vacina, observando com 
atenção: validade 16/08/12 é diferente de 08/12. 
• A primeira vence dia 16 de agosto de 2012 e não 
pode ser usada no dia 17 de agosto e a segunda 
vence dia 31 de agosto de 2012 (último dia do mês 
indicado) e não deve ser utilizada a partir desta data. 
 
Atenção 
Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases. Atkinson W, Wolfe S, Hamborsky J, eds. 12th ed. 
Washington DC: Public Health Foundation, 2012. (appendix E ) 
Nomes ou aparência do frasco muito semelhantes: 
DTP+HIB+HB, DTP, DTP+HIB, Dtpa+HIB, Dtpa, 
dTpa, Dtpa+HIB+HB+IPV, Dtpa+HIB+IPV, Tetra e 
Penta. 
APLICAÇÃO DE VACINA ERRADA 
ERROS MAIS COMUNS NA APLICAÇÃO 
CUIDADO!!!!! 
?VACINA 
PENTAVALENTE/TET
RAVALENTE/TV ? 
17 
Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases. Atkinson W, Wolfe S, Hamborsky J, eds. 12th ed. 
Washington DC: Public Health Foundation, 2012. (appendix E ) 
Erro mais comum com vacina nos EUA 
 
Um estudo utilizando os relatos de erros com vacinas 
nos EUA 
• Constatou que o mais comum era a administração de 
vacina errada, 
• Esses erros geralmente envolviam vacinas cujos 
nomes genéricos ou comerciais soavam ou eram 
parecidos e/ou suas embalagens eram semelhantes, 
• Por ex: DTpa e DTaP; Adacel e DAPTACEL) 
 
 
Local adequado escolhido para aplicação, de acordo 
com a idade do paciente e vacina aplicada. 
Escolha da agulha correta para a aplicação, de acordo 
com a vacina, via de administração , idade do paciente 
e espessura do subcutâneo ou da massa muscular. 
Observar o paciente por 15 minutos após a vacinação. 
Em caso de síncope, o paciente deve ser observado até 
que os sintomas desapareçam. 
Não deixar uma agulha conectada em um frasco de 
multidose para aspiração da dose. 
Não aspirar previamente vacinas que serão aplicadas. 
Não transferir diluente ou vacina de uma seringa para 
a outra. 
Não aspirar parte de doses de dois frascos diferentes 
para completar uma única dose. 
PREPARO E ADMINITRAÇÃO 
Ballalai, Isabella. Manual prático de imunizações. São 
Paulo: AC. Farmacêutica, 2013 
IM: DPT, DPaT, dT, 
Hepatite B, Hepatite A, Raiva, 
Hib, Influenza, Pneumococo 
conjugada e polissacarídica, 
Meningite conjugada e IPV. 
SC: Sarampo, SR, SCR, 
SCRV, Febre Amarela, Varicela. 
VO : OPV (Sabin), 
ROTAVÍRUS 
ID: BCG 
VIAS DE Administração 
Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of 
Vaccine-Preventable Diseases. Atkinson W, Wolfe S, Hamborsky J, eds. 12th 
ed. Washington DC: Public Health Foundation, 2012. 
Via intradérmica ID 
 
 
 
 
 
 
Injetando o líquido 
suavemente, mesmo que 
tenha resistência. 
Observando a formação 
da pápula. 
(Cuidado!!! Algumas 
agulhas se soltam do 
canhão da seringa) 
 
 
 
 
Aguardar cerca de 
10 segundos para 
retirar a agulha. 
Não friccionar o 
algodão em cima da 
pápula. 
VIA INTRADÉRMICA 
Fazer a limpeza da pele 
com algodão seco.A região a ser utilizada 
para a aplicação deve 
ser levemente 
distendida pelo dedo 
indicador e polegar da 
mão não dominante. 
Manual de Procedimentos para Vacinação. 4a ed. Brasília:Ministério da Saúde/FUNASA; 2001 
Via subcutâneo SC 
VIA SUBCUTÂNEA 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA VACINAÇÃO. 4A ED. BRASÍLIA:MINISTÉRIO DA SAÚDE/FUNASA; 2001 
 
 
 
 
Nesta via, a solução é 
introduzida nas 
camadas de gordura da 
pele (subcutâneo) 
A agulha deve ser curta (13 
x 4,5), podendo ser 
introduzida em ângulo de 
90o em adultos e em 
crianças entre 45o e 60o. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para aplicação, deve ser 
realizada uma “prega” 
do subcutâneo utilizando 
apenas dois dedos, 
evitando o levantamento 
da fáscia muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não se recomenda a 
aspiração nem tampouco 
a massagem local após 
Sua administração deve 
ser lenta e em seguida 
fazer uma pressão com 
algodão seco, para evitar 
sangramento. 28 
Via intramuscular IM 
 
 
 
 
Nesta via, a solução é 
introduzida na camada 
mais profunda da pele, 
no tecido muscular 
(Intramuscular)) 
 
 
 
A agulha deve ser 
escolhida de acordo 
com a massa muscular 
e o local escolhido. 
 
 
 
Para escolha do local 
deve ser levando em 
consideração 
primeiramente a 
segurança do 
aplicador e a idade da 
pessoa a que vai 
receber a vacina. 
VIA INTRAMUSCULAR 
30 
31 
Koster MP et al. Needle length for immunization of early adolescents as determined by ultrasound. Pediatrics 
2009; 124:667-672 [Comprimento da agulha para imunização de pre-adolescentes. Determinação com ultra-som] 
 OBJETIVO: Determinar o comprimento da agulha apropriada para injeção intramuscular de vacinas em 
adolescentes medindo a profundidade do tecido muscular deltóide 
 MÉTODOS: Estudantes do condado de Nassau, Nova York, e pacientes atendidos uma clínica de adolescentes 
foram convidados a participar. Altura, peso, e circunferência do braço foram medidos. Percentis de IMC foram 
obtidos. Profundidades de músculo e osso no local da injeção no deltóide foram medidos através de ultra-sonografia. 
O comprimento adequado da agulha foi definido como maior ou igual distancia pele-musculo mais 5 mm (com base 
em medição, sem agulha). Agulha muito longa foi considerada maior do que ou igual a distancia pele-osso. 
 RESULTADOS: A faixa etária dos 141 indivíduos era de 11 a 15 anos. 55% eram do sexo feminino. Vinte e seis por 
cento pesavam <40 kg, e 20% pesavam entre 60 e 108 kg. A média ea mediana de IMC foram percentis 58 e 62, 
respectivamente, com 6% dos indivíduos no <10 percentil e 28% dos indivíduos em percentil >85. Constatamos que 
uma agulha 25-mm (1-in) é aceitável em 86% dos adolescentes; no subgrupo de ≥60 kg, é aceitável em 100% dos 
indivíduos. Uma agulha 16-mm (5/8-in) é aceitável em 88%. No subgrupo de <60 kg, é aceitável em 98% dos 
indivíduos. Uma agulha de 25-mm é aceitável em 39%, no subgrupo de ≥60 kg, é aceitável em 93% dos indivíduos. 
Uma agulha de 16-mm é aceitável em 92%, no subgrupo de <60 kg, é aceitável em 96% dos indivíduos. 
 CONCLUSÕES: Para a imunização por via intramuscular de pré-adolescentes, uma agulha de 16-mm é adequada 
para aqueles com peso menor que 60 kg, e uma agulha de 25 mm é adequada para aqueles que pesa 60 a 70 
kg. 
Tamanho de agulha para adolescentes 
CONCLUSÕES: 
Para a imunização por via 
intramuscular de pré-adolescentes, 
uma agulha de 16mm é adequada 
para aqueles com peso menor que 60 
kg, e uma agulha de 25 mm é 
adequada para aqueles que pesa 60 a 
70 kg. 
Avaliação da espessura do subcutâneo de pessoas com 
idade >65 anos 
Ultrasonografia 
• Correlação da espessura do tecido 
subcutâneo com índice de massa corpórea 
(IMC) 
• Mulheres têm tecido subcutâneo mais 
espesso e tecido muscular menos espesso 
do que homens com o mesmo IMC 
• Em homens e mulheres com IMC <35, 
uma agulha de 25 mm é suficiente para 
uma injeção muscular 
• Em mulheres com IMC>35, uma agulha 
de 32 mm é necessária. 
 Cook IF, Williamson M, Pond D. Definition of needle length required for intramuscular deltoid injection in elderly adults: an ultrasonographic 
study. Vaccine 2006; 24(7):937-40. 
A agulha deve ser escolhida tendo em vista: 
A espessura da camada subcutânea e a distância 
entre a pele e as estruturas ósseas subjacentes. 
O ângulo de aplicação deve ser adequado ao tamanho 
da agulha. 
A cada aplicação deve ser feita uma avaliação 
individual para definir qual o tamanho da agulha 
ideal. 
De modo geral utilizam-se agulhas: 
vasto lateral, 16mm, 20mm ou 25mm; 
deltóide, 16 , 20, 25 e 30 mm, 
glúteo, 25 a 38 mm. 
Esses são os tamanhos mais indicados. 
O diâmetro também é importante. 
Injeção intramuscular: ângulo de inserção da agulha 
• Revisão de literatura e entrevista com especialistas 
• Inserção a 90º é melhor do que a 45º - 60º em termos de 
segurança, eficácia da vacina e conforto para o paciente 
Warren BL. Intramuscular injection angle: evidence for practice? Nurs Prax N 
Z 2002; 18(2):42-51. 
Relaxamento do músculo 
35 
Deltoide 
Vias de 
administração 
Posições para vacinar no Deltoide 
Immunisation Handbook 2011. Wellington: Ministry of Health. 
Vasto 
 
Lateral 
 
 
40 
Rev Assoc Med Bras 2002; 48(4): 353-6 Diatribuição do nervo lateral da 
coxa na área de injecão intramuscular. 
Via Intramuscular: Ventroglúteo 
Posições para vacinar crianças no Ventro 
Glúteo 
 
 
 
 
Posições para vacinar crianças no Ventro Glúteo 
Via Intramuscular 
Ventroglúteo 
• Familiarize-se com a técnica 
antes de aplicar 
1 
• Iniciar a aplicação em adultos 2 
• Somente com muita prática 
realizar em crianças 
3 
 
 
 
A“PREGA” 
Aumenta a distância 
até o tecido 
muscular. Fazer 
Técnica em “Z” 
 
 
 
 
Puxe a pele firmemente 
lateralmente e os tecidos 
subcutâneos 
aproximadamente 2,5 cm a 
3,5 cm. Segurando a pele 
esticada com a mão não 
dominante. Introduza a 
agulha profundamente, 
sempre mantendo a pele 
puxada. 
 
 
 
 
Puxe o êmbolo 
discretamente para trás e 
observe se há refluxo de 
sangue. Caso isso não 
ocorra, injetar o 
medicamento lentamente. 
Aguarde 
aproximadamente 10 
segundos antes de retirar 
a agulha. Após a retirada 
da agulha, solte a pele. 
VIA INTRAMUSCULAR 
Keen MF. Comparison of intramuscular injection techniques to reduce site discomfort and lesions. Nurs Res. 1986;35 :207 –210 
 
 
 
 
 
Após a retirada da agulha, a pele cria 
um caminho em ziguezague, 
promovendo um tampão que ocluirá 
o ponto de introdução da mesma no 
músculo, de modo que a solução não 
refluirá no tecido subcutâneo, o que 
poderia provocar irritação. 46 
 
 
 
Como regra geral é possível a aplicação de diferentes 
vacinas em um mesmo momento, desde que sejam aplicadas 
em locais diferentes. 
 
Quando não for possível a aplicação em locais diferentes, a 
coxa é o local de escolha e as duas injeções devem ser 
adequadamente separadas com uma distância de cerca de 
2,5 cm a 5,0 cm. 
 
 
O limite para o número de vacinas a serem aplicadas 
simultaneamente é o conforto do paciente e a 
disponibilidade de locais anatômicos para a aplicação. 
 
Importante lembrar que a administração de um grande 
número de vacinas, combinadas ou não, não representa 
uma sobrecarga para o sistema imunológico. 
 
 
Aplicação Simultânea de Vacinas 
Comprimir após aplicação 
Retirar a agulha com um 
movimento suave e contínuo. 
 
Aplicaruma pequena 
pressão com um algodão 
seco. 
 
Não usar algodão com 
álcool, pois pode causar dor 
ou ardência 
Rotinas após o momento da aplicação 
 
 Descarte certo de sobras ou vacinas 
inutilizadas. 
 Registro das vacinas aplicadas no dia, 
por faixa etária, para os devidos 
relatórios. 
 
Cuidados com o paciente, não se 
esqueça dele! 
Síncope após a vacinação 
Síncope pode ocorrer após a imunização, 
particularmente em adolescentes e adultos 
jovens. 
 
 O profissional de saúde deve estar ciente das 
manifestações pré-síncope e estar atento para 
prevenir lesões se ocorrerem fraquezas, tonturas 
ou perda consciência. 
 
Através da ansiedade apresentada pelo 
paciente, muitas vezes podemos antever a 
síncope, neste caso, se colocarmos o paciente 
sentado ou deitado durante 15 min, após a 
vacinação, ou até mesmo vacinarmos com ele 
sentado, poderemos evitar muitos episódios de 
síncope e lesões secundárias. 
 
 Se a síncope se desenvolver, os pacientes 
devem ser observados até que eles estejam 
assintomáticos. 
 
Recomendações da Academia Americana de Pediatria (ACIP) em dezembro de 
2006 e Red Book 2012 
51 
Sutherland A, Izurieta H, Ball R, Braun MM, Miller ER, Broder KR, et al. Syncope 
after vaccination—United States, January 2005–July 2007. MMWR 2008; 57:457–460 
. 
Registro correto 
 
• nome da vacina 
• data da administração da vacina; 
• dose aplicada 
• fabricante da vacina; 
• lote da vacina; 
• nome e número de registro do conselho profissional de 
quem vacina; 
• data do retorno; 
• preencher na ficha registro todas as informações referentes à 
administração da vacina. 
• aceitar dados registrados e não apenas relatados. 
 
 
Atenção 
Anotar o nome – NÃO - tríplce, tetra , penta ou TV 
 
Orientação após é fundamental 
 
• orientar sobre a vacina que irá receber e seu 
esquema (doses e reforços), 
• orientar sobre os possíveis eventos adversos, 
• responder a todos os questionamentos do paciente, 
• orientar sobre o retorno e a importância das doses 
e/ou reforços subseqüentes. 
 
 
 Destino do lixo CERTO 
Medo da vacina é real 
Medo da injeção pode resultar com que as pessoas 
evitem a vacinação. Ficando expostas ao risco tanto 
de adoecer como de transmitir doenças. 
 
• De acordo com um estudo realizado no Canadá, a 
vacinação é a fonte mais comum de dor nas crianças. 
• Esse estresse pode resultar na formação de adultos 
traumatizados. De acordo com esse mesmo estudo, 
25% dos adultos têm medo de agulha. 
• Crianças com medo de agulha se tornam adultos com 
medo de agulha que ao se tornarem pais passam essa 
insegurança para seus filhos, tornando um ciclo 
vicioso. 
 
Anna Taddio BScPhm PhD et all . Reducing the pain of childhood vaccination: an evidence-
based clinical practice guideline . MAJ • DECEMBER 14, 2010 • 182(18) 
Fobia de agulhas 
• Tripanofobia, blenofobia 
• Forma extrema do medo de agulhas 
• Afeta de 3,5% a 10,0% da população 
• Idade mediana de início: 5,5 anos 
• 80% das pessoas acometidas, relatam parente 
próximo com medo exagerado de agulhas 
Muscari ME, 2007. http://www.medscape.com/viewarticle/555513 
 Fatores determinantes do medo de injeção 
Adaptado de Nir Y, et al. Fear of injections in young adults: prevalence and 
associations. Am J Trop Med Hyg 2003; 68(3):341-4. 
Ver outras pessoas receber injeções 
Ver preparar a injeção 
Cheiro na sala 
Experiência negativa anterior 
Ouvir conversa sobre a injeção 
Tamanho da agulha 
Medo da dor 
História de síncope após injeção 
 
 
 Métodos indiretos de redução do desconforto 
 
 
•Local reservado para aplicação da vacina. 
•Criar ambiente agradável durante o preparo vacina. 
•Não preparar a vacina em frente do paciente. 
•Distrair o paciente antes e durante a vacinação. 
 
 
 
Clin Ther. 2009;31 Suppl 2:S77-S103.Psychological interventions for 
reducing pain and distress during routine childhood immunizations: a 
systematic review.Chambers CT, Taddio A, Uman LS, McMurtry CM; 
HELPinKIDS Team. 
Açúcar (glicose ou sacarose) reduz o estresse em 
crianças menores de seis meses e deve ser aplicada de 
rotina. 
O uso de solução de glicose ou sacarose de 12% a 50%, mostrou 
ser eficaz para diminuir a dor nos procedimentos em neonatos e 
bebês até 6 meses. 
Deve ser administrada logo antes do procedimento, através da 
instilação com uma seringa, diretamente à boca. 
Schechter NL, Zempsky WT, Cohen LL, McGrath PJ, McMurtry CM, Bright NS. Pain reduction 
during pediatric immunizations: evidence-based review and recommendations. Pediatrics. 2007; 
119(5):e1184-98. 
(Redução da dor nas aplicações de vacinas em crianças: revisão baseada em evidências e 
recomendações) 
Liaw JJ, Zeng WP, Yang L, Yuh YS, Yin T, Yang MH. Nonnutritive Sucking and Oral Sucrose 
Relieve Neonatal Pain During Intramuscular Injection of Hepatitis Vaccine. J Pain Symptom Manage. 
2011 May 25 
Objetivo: 
• Comparar a eficácia de três estratégias não farmacológicas de alívio da dor no 
recém-nascido, através de parâmetros fisiológicas e duração do choro antes, 
durante e após a vacinação da hepatite B por via intramuscular. 
Métodologia: 
• Foram divididos (165 RN) em três grupos de tratamento: sucção não nutritiva 
(SNN), 20% sacarose oral, ou cuidados de rotina. 
Conclusões 
 
• SNN e sacarose oral podem proporcionar efeito analgésico e deve ser dada antes de 
procedimentos dolorosos mesmo breves como uma injeção IM de um minuto. 
• Sacarose administrada por via oral dois minutos antes da injeção, é eficaz e a redução 
da dor do recém-nascido foi maior que durante a injeção com SNN. 
• Ambos os métodos não-farmacológicos aliviam de forma eficaz a dor no recém-
nascido, estabilizam os parâmetros fisiológicos e reduzem a duração do choro durante a 
injeção IM da vacina de hepatite. B. 
Crianças no grupo sacarose: foram administrados 2 mL a 20% de sacarose 
através de uma seringa, dois minutos antes dos procedimentos de injeção 
 
Amamentar pode 
“diminuir dor em 
bebês” 
Amamentar os bebes 
pode ser o analgésico 
mais eficiente para 
recém-nascido. 
Gray L, Miller LW, Phillipp BL, Blass EM. Breastfeeding is analgesic in healthy 
newborns. Pediatrics. 2002;109 :590 –593 
Contexto 
Medir a efetividade analgésica dos 5 S’s (imobilizar com cobertor, decúbito lateral, embalar, 
amamentar ou alimentar e acalmar com som constante), isoladamente ou combinado com 
sacarose, durante injeção para imunização aos 2 e 4 meses. 
Conclusão 
Intervenção física com os 5 S´s mostraram índices reduzidos de dor e de choro 
entre lactentes de 2 e 4 meses durante vacinação de rotina, O uso ou não de de 
solução de sacarose não mostrou diferença. 
 
 
Effective analgesia using physical interventions for infant immunizations. 
Harrington JW, Logan S, Harwell C, Gardner J, Swingle J, McGuire E, Santos R. 
Analgesia efetiva com a utilização de intervenções físicas em imunização de lactentes 
Pediatrics. 2012 May;129(5):815-22 
Pressão no local da aplicação reduz a dor. 
Há evidências que pressão no local ou próximo da injeção reduziria 
a dor . Isto se baseia na teoria da comporta da dor, que o excesso 
de estímulo não lesivo num local, reduz o estímulo doloroso na 
mesma região. 
Foster R, Eberhart T, Zuk J, et al. Is the ShotBlocker effective in reducing immunization pain? 
Presented at: International Symposium on Pediatric Pain; June 25–29, 2006; Vancouver, British 
Columbia, Canada 
Clin Ther. 2009;31 Suppl 2:S48-76. Physical interventions and injection techniques for reducinginjection pain during routine childhood 
immunizations: systematic review of randomized controlled trials an quasi-Randomized controlled trials.Taddio A, et al 
Intervenções físicas e técnicas de injecção para reduzir a dor durantemunizaçção em crianças : revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e quase 
randomizados ,ensaios clínicos controlados. 
Traduzido do http://www.cmaj.ca/content/182/18/E843/rel-
suppl/f85a733d681c3c64/suppl/DC1: 
 Ordem de aplicação: DTPa-Hib e PCV-7 
Ipp M et al. Order of vaccine injection and infant pain response. Arch PediatrAdolesc Med 
2009;163(5):469-72 
 
Quando da aplicação de DTPa-Hib e PCV-7, a dor local foi significativamente 
menor quando a DTPa-Hib foi aplicada antes e a PCV-7 depois. 
120 lactentes entre 2 e 6 meses de idade. 
60 DTPa-Hib antes de PCV-7. 
60 PCV-7 antes de DTPa-Hib. 
A recomendação é de que DTPa-Hib seja aplicada antes da PCV-7. 
A vacina mais dolorida deve ser aplicada por último 
Obs: No serviço público, a mais dolorida é a DPT (Penta ou Tetra) 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMLA – lidocaína/prilocaína 5% 
Ametop – tetracaína 
Maxiliv – lidocaína lipossomal 4% 
 
Prós 
Seguros, 
Eficazes, 
Não interferem na imunogenicidade das vacinas, 
Pode usar em qualquer idade. 
 
Contras 
Deve ser aplicado no local com antecedência, 
Os pais devem estar orientados quanto ao local de aplicação. 
Dificuldades quando da aplicação de mais de uma vacina., 
Ação somente para o momento 
Não é prático na rotina.. 
 
 
 
 
Método Tópicos : creme ou gel anestésicos 
Cohen Reis E, Holubkov R. Vapocoolant spray is equaly effective as EMLA cream in reducing imunization pain in school-aged chidren. Pediatrics 1997 Dec;100(60:E5 
Schechter NL, Zempsky WT, Cohen LL, McGrath PJ, McMurtry CM, Bright NS. Pain reduction during pediatric immunizations: evidence-based review and 
recommendations. Pediatrics. 2007; 119:e1184-98 
Métodos Tópicos – Frio (Coolsense) 
 
 
Prós 
Nenhum risco. 
Aplicação imediatamente antes da vacinação. 
Fácil uso. 
 
Contras 
Poucos estudos, mas os que existem demonstram eficácia na utilização do 
dispositivo, 
Local para congelar o dispositivo. 
Bebês (menores de 6 meses) a sensação do frio 
 pode ser desconfortável semelhante a dor. 
Não é prático em grande demanda. 
Ação somente para o momento. 
 
 
 
 
An integration of vibration and cold relieves venipuncture pain in a pediatric emergency department. 
Baxter AL, Cohen LL, McElvery HL, Lawson ML, von Baeyer CL. 
Clin Ther. 2009;31 Suppl 2:S48-76. Physical interventions and injection techniques 
for reducing injection pain during routine childhood 
Cuidados na vacinação do adolescente e adulto 
• Vacinar preferencialmente, em local individual (biombo), 
• Vacinar sentado ( transmite segurança), 
• Preparar a vacina longe do paciente, ambiente agradável e 
inspirar confiança, 
• Estar atento aos fatores predisponentes (fobia de agulhas e 
injeções) e manifestações de pré síncope, 
• Usar técnicas de distração, como conversar sobre assuntos 
de interesses (esporte, filme, programas de TV, etc), 
• Explicar que a aplicação de vacina é um procedimento 
rápido e simples, 
• Observar durante 15 minutos após a vacinação. 
 
Em caso de fobia , pode-se utilizar analgesia local: 
 
Taddio A, et al. A randomized controlled trial of analgesia during vaccination in adults. Vaccine (2010), doi:10.1016/j.vaccine.2010.05.015 
• As medidas que aliviam a dor no momento da aplicação são importantes, pois 
diminuem ansiedade ,contribuindo para uma melhor qualidade na vacinação. 
• Deve sempre ser avaliado a viabilidade dos procedimentos para o manejo da 
dor, pois nem todos os procedimentos será apropriado ou eficaz em todas as 
situações ou para todas crianças, adolescentes e adultos. 
• Nenhuma estratégia de alivio de dor , tem sido demonstrado como 
100% eficaz. O ideal muitas vezes é combinar várias estratégias. 
• Somente essas ações não são suficientes para uma menor incidência de 
reações locais e dor pós vacinal. 
• Vale a pena Lembrar: 
 
 
 
 
Conclusão: 
A técnica correta na administração de vacinas: 
•Preparo da vacina CORRETO, 
•Local de escolha CORRETO, 
•Posicionamento do paciente CORRETO, 
•Relaxamento do músculo escolhido CORRETO, 
•Escolha da agulha CORRETA, 
•Técnica em Z (IM) , 
São ESSENCIAIS , também, para o manejo da dor e portanto, a melhoria na 
QUALIDADE DA VACINAÇÃO 
Métodos para aliviar o desconforto 
Cabe Lembrar 
• Os profissionais de saúde devem ter conhecimento 
atualizado sobre vacinas para a poder explicar com 
segurança sua necessidade, benefícios e riscos. 
• As explicações devem ser cientificamente 
fundamentadas e coerentes entre os diversos 
profissionais 
• Isso somente se alcança através de educação 
continuada, acesso fácil à informação e clareza na 
compreensão dos problemas 
Erros na vacinação 
 
 
Somente atingiremos o nosso objetivo: 
Administrar uma vacina para que alcance o 
máximo de imunidade com o 
mínimo de dano possível. 
 
PREVENÇÃO NA 
VACINAÇÃO 
 
mirianmoura@uol.com.br 
 
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