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FundamentosOtimizada II - 2012.pdf FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 1 ESTUDO DIRIGIDO COM BASE NO LIVRO: FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 3ª. EDIÇÃO / 2008 – ED. SARAIVA AUTORES: MANUEL ENRIQUEZ GARCIA MARCO ANTONIO SANDOVAL DE VASCONCELLOS FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 2 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 3 Capítulo 7: Estruturas de Mercado Introdução Concorrência Pura ou Perfeita Concorrência Monopolista , Monopólio e Oligopólio Grau de Concentração Econômica no Brasil Ação Governamental e os Abusos do Poder Econômico FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 4 As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 características: a) número de empresas que compõem esse mercado; b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos; idênticos ou diferenciados); c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. Estruturas de Mercado: Introdução FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 5 As principais características são: Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como átomos”), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado); Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado; Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado. Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente. Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes. Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 6 Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita OBS: Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 7 Características básicas: • muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; • cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; • cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência. OBS: Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes. Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 8 Características básicas: • uma única empresa produtora do bem ou serviço; • não há produtos substitutos próximos; • existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: • Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção requerida, exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a um preço equivalente à firma monopolista; • Patentes: direito único de produzir o bem; • Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio; • Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura; Estruturas de Mercado: Monopólio FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 9 Definido de duas formas: • oligopólio concentrado: pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria automobilística ou; • oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica. Características básicas: • devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços; • no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a entrada de novas empresas no setor. Estruturas de Mercado: Oligopólio FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 10 Tipos de oligopólio: • com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento); • com produto diferenciado (por exemplo, automóveis). OBS: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão. Formas de atuação das empresas: • concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (forma de atuação pouco freqüente); • formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas. Estruturas de Mercado: Oligopólio FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 11 Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos. Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios. Estruturas de Mercado: fatores de produção FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 12 Grau de Concentração Econômica: proporção do valor do faturamento das quatro maiores empresas de cada ramo de atividade sobre o total faturado no respectivo ramo (resultado relativo). Resultado Mais Próximo de 100%: maior grau de concentração do setor. Resultado Mais Próximo de 0%: menor grau de concentração do setor. Grau de Concentração Econômica no Brasil FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 13 Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência Ação Governamental e os Abusos do Poder Econômico nos Mercados CADE: Conselho Administrativo de Direito Econômico SDE: Secretaria de Desenvolvimento Econômico SEAE: Secretaria de Acompanhamento Econômico FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 14 Capítulo 8: Introdução à Macroeconomia Introdução Objetivos de Política Macroeconômica Estrutura da Análise Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 15 Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os principais agregados são: Teoria e Política Macroeconômica: Introdução • Renda • Emprego • Produto Nacional • Desemprego • Investimento • Estoque de Moeda • Poupança • Taxa de Juros • Consumo • Balanço de Pagamentos • Nível Geral de Preços • Taxa de Câmbio Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre estes. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 16 1. Crescimento econômico sustentável (PIB) - aumento do bem estar material - aumento do nível de emprego As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade de bens e serviços ofertados. Importante: Crescimento Econômico Desenvolvimento Econômico Crescimento econômico: crescimento da renda nacional Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.) Teoria e Política Macroeconômica: Objetivos de Política Macroeconômica FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 17 2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação) - inflação controlada não significa inflação zero; - inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as classes baixas e sobre as expectativas. Tipos de inflação: • demanda • custos • inercial Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços. Teoria e Política Macroeconômica: Objetivos de Política Macroeconômica FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 18 3. Equilíbrio Externo Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode levar a uma moratória; Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco). 4. Distribuição Eqüitativa de Renda - política de longo prazo; - aumento do poder de compra das classes mais baixas; - desenvolvimento econômico. Teoria e Política Macroeconômica: Objetivos de Política Macroeconômica FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 19 Os objetivos de política macroeconômica não são independentes, podendo ser conflitantes. Crescimento Econômico e Distribuição de renda Renda Aumenta Aumenta a renda dos pobres, sem reduzir a dos ricos (abranda conflitos sociais). Em países subdesenvolvidos (conflitante) Aumenta-se a parte dos lucros e da poupança dos mais ricos na renda nacional (Teoria do Bolo). Teoria e Política Macroeconômica: Objetivos de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos) FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 20 Metas de Redução de Desemprego e Estabilidade de Preços Com aumento de compras Reduz-se o desemprego. Aproximando do pleno emprego, os recursos tendem a escassear, provocando um aumento dos custos de produção. Podendo aumentar a inflação (exceto, quando estiver ocorrendo um significativo aumento de produtividade). Teoria e Política Macroeconômica: Objetivos de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos) O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 21 Parte Real da Economia Parte Monetária da economia Mercado de Bens e Serviços Mercado de Trabalho Mercado Financeiro (monetário e títulos) Mercado de Divisas Produto Nacional Nível Geral de Preços Nível de Emprego Salários Nominais Mercados Var. Determinadas Taxa de Juros Estoque de Moeda Taxa de Câmbio Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise Macroeconômica FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 22 • Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do governo; • Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na economia, a taxa de juros e o crédito; • Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio externo, saldo do BP equilibrado; • Política de Rendas: interferências na formação de Preços e Salários, desenvolvimento econômico. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 23 Instrumentos disponíveis Arrecadação de tributos (política tributária) Inibe Consumo e Investimento Anti- inflacionárias Estimula consumo e Investimento Maior Crescimento Diminuição dos gastos Aumento da carga tributária Aumento dos gastos Diminuição da carga tributária RESULTADO Melhor Dist. de Renda Impostos progressivos Gastos em setores/ regiões mais atrasados Benefício a grupos menos favorecidos Controle de suas despesas (política de gastos) Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal) FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 24 É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de estabilizar o nível geral de preços. Os instrumentos: • Emissões de moeda • Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos comerciais junto ao Banco Central) • Open market (compra/venda de títulos públicos) • Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais) • Regulamentação sobre crédito e tx. de juros. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária) FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 25 Instrumentos disponíveis Inibe Consumo e Investimento Anti- inflacionárias Estimula consumo e Investimento Maior Crescimento Diminuir (Enxugar) Aumento da tx. Aumento do estoque Diminuição da tx. RESULTADO Melhor Dist. de Renda Solução mais complexa Estoque monetário Reservas compulsórias Open Market Venda de títulos Compra de títulos Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária) FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 26 Política Fiscal Política Monetária Como política econômica pode... Combinação Combinação Melhoria na distr. de renda Mais eficiente (tributação e gastos) Mais difusa e genérica Efeitos imediatos Não tem. Depende de mudança na Legislação e Princípio da anterioridade. Depende apenas de decisões diretas das autoridades monetárias. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária) FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 27 Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.) Controle do Governo Política Comercial Instrumentos de incentivo às exportações e/ou estímulo/desestímulo às importações, sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci- mento de cotas etc. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial) FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 28 Capítulo 13: Inflação Conceito Distorções Provocadas Causas O Imposto Inflacionário FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 29 Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Custos gerados pela inflação: • a distribuição de renda (concetração de renda); • o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo); • as expectativas (perda das expectativas); • o mercado de capitais (desestímulo a aplicação); • ilusão monetária: ocorre principalmente quando a inflação é alta e estável, levando os agentes econômicos a tomarem decisões equivocadas. Inflação: Conceito FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 30 Distribuição de Renda • Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não mantêm aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistência). • Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantem os lucros. • O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas. Balanço de Pagamentos • Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no exterior. Assim, provocam o estímulo às importações e desestímulo às exportações, diminuindo o saldo da balança comercial. Inflação: Distorções FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 31 Formação de Expectativas • O setor privado, em particular o setor empresarial, são bastante sensíveis com relação aos investimentos, dado a imprevisibilidade da economia e portanto dos lucros. Mercado de Capitais • Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda deteriora-se e portanto há um estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis). E desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros (No Brasil, a correção monetária minimizou esse desestímulo pois, os papéis públicos e caderneta de poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo ao crescimento da inflação). Inflação: Distorções FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 32 Inflação: Tipos de inflação I. Inflação de Demanda: excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens e serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não, necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços. Nível Geral de Preços Y1Y0 DA0 DA1 OA Y P1 P0 A curto prazo, a demanda agregada é mais sensível à alterações de política econômica que a oferta agregada (longo prazo). Assim, a política preconizada para combatela seria a que provocasse redução desta procura por bens e serviços. s cpM C DA OA P FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 33 Inflação: Tipos de inflação II. Inflação de Custos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio (de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção. Também pode se causada por aumentos autônomos nos preços de matérias- primas básicas, os chamados choques de matérias-primas (crise do petróleo, choques agrícolas). Política adotada: Controle direto de preços (via política salarial rígida, fiscalização sobre os lucros dos oligopólios, controle de preços dos produtos). Custos de produçãoinsumos finalP P Nível Geral de Preços Y0 OA0 DA Y P1 P0 OA1 Y1 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 34 Inflação: Tipos de inflação III. Inflação de Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes. IV. Inflação de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preços provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro. V. Hiperinflação: os fatores que levam a uma hiperinflação são: • Crise orçamentária; • Governo não consegue se financiar via emissão de títulos; • Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas. Como acabar com uma hiperinflação? • Fazer ajuste fiscal; • Regras que acabem com a monetização do déficit; • Reforma monetária; • Âncora cambial • Independência do BC (fim da monetização do déficit). FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 35 Capítulo 14: O Setor Público O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica As Funções Econômicas do Setor Público Estrutura Tributária Conceito de Déficit Público e Formas de Financiamento FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 36 Crescimento da renda per capita - gera um aumento da demanda de bens e serviços públicos (lazer, educação superior, medicina, etc.); Mudanças Tecnológicas: maior demanda por rodovias e infra- estrutura; Mudanças Populacionais – Com seu aumento, faz com que o Estado aumente sua despesa com educação, saúde, etc; Efeitos de Guerra: a participação do Estado aumenta; Mudanças da Previdência Social Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 37 A evolução das economias mundiais no século XX levou ao desenvolvimento dos mercados financeiros, do comércio internacional,tornando mais complexas as relações econômicas adicionando incertezas e especulação. Portanto, a economia (sistema de mercado) não tinha mais condições de regular-se automaticamente, ou seja, sem a atuação econômica do Setor Público. Ex.: O crack da Bolsa de Nova York, em 1929. Função Alocativa Função Distributiva Função Estabilizadora Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 38 Função Alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado (chamados bens públicos). Bens Públicos: são bens de uso coletivo Característica: impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume à disposição do público. Ex.: meteorologia, defesa nacional e serviços de despoluição. Política Fiscal e Déficit Público: As Funções Econômicas do Setor Público FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 39 Função Distributiva: depende da distribuição de renda que dependerá da produtividade de cada indivíduo no mercado de fatores de produção e também da influência das diferentes dotações iniciais de patrimônio. A atuação do Governo como agente redistribuidor se dá através: • Tributação Progressiva • Subsídios para consumidores de baixa renda • Gastos públicos para áreas mais pobres Função Estabilizadora: relacionada com a intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego, já que o pleno emprego e a estabilidade de preços não ocorrem de maneira automática na economia. Política Fiscal e Déficit Público: As Funções Econômicas do Setor Público FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 40 Princípio da Neutralidade: quando os tributos não alterarem os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado. Princípio da Eqüidade: distribuição de maneira justa do ônus entre os indivíduos. Pode ser dividida em dois tipos: • Princípio do Benefício: o indivíduo pagaria o tributo para igualar o preço do serviço recebido ao benefício marginal que ele recebe. Problemas: Identificação do benefício que cada um atribui a diferentes quantidades do bem ou serviço público; As pessoas não teriam motivo para revelarem suas preferências (poderia aumentar sua contribuição), já que o bem é público. Aplicação do Princípio: Taxas (transportes, energia) Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária – Princípios de Tributação FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 41 Princípio da Eqüidade (continuação…) • Princípio da Capacidade de Pagamento: os agentes devem contribuir de acordo com a sua capacidade de pagamento. Exemplo: Imposto de Renda. • Medidas utilizadas: Renda, consumo e patrimônio. Renda: normalmente são impostos progressivos; Consumo: abrangência global, logo, são normalmente regressivos; Patrimônio: tem o problema de serem formados por fluxos de renda passados que já foram anteriormente tributados. Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária – Princípios de Tributação FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 42 Um dos objetivos do sistema tributário é não ter impactos negativos sobre a eficiência econômica. Sendo adequados, os impostos podem ser utilizados na correção de ineficiências do setor privado. Os impostos podem ser divididos em: Diretos: incidem diretamente sobre a renda das pessoas; Indiretos: incidem sobre o preço das mercadorias. • Específicos: valor fixo, independente do valor do bem; • Ad Valorem: alíquota fixa sobre o valor do bem. Estrutura Tributária: • Progressiva: alíquota aumenta com o aumento da renda. Ex: I.R - Progressivo, logo, mais justo do ponto de vista fiscal); • Regressiva: quanto maior a renda, menor a tributação, em proporção à renda. Ex.: Impostos indiretos (vendas); • Proporcional (Neutra): todos pagam a mesma alíquota. Política Fiscal e Déficit Público: Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 43 Política Fiscal e Déficit Público: Financiamento do Déficit G – T < 0 Déficit Primário Financiado por: 1. Emissão de Moeda Inflação de Demanda O Tesouro Nacional (União) pede emprestado ao BC. Forma Inflacionária (Imposto Inflacionário), mas não aumenta o endividamento público no setor privado. Também chamado de Monetização da dívida, ou seja, o BC cria moeda (base monetária) para financiar o Tesouro. 2. Aumento dos Impostos (T) e/ou Queda de (G) Informalismo / Queda no nível de produto 3. Emissão de Títulos Públicos Aumento da Dívida Pública Venda de Títulos da dívida pública ao setor privado (interno e externo). O governo troca títulos (ativo financeiro não monetário) por moeda, o que não gera inflação. No entanto, provoca elevação da dívida pública. E ainda, sim, precisa oferecer juros mais atraentes, elevando ainda mais o endividamento FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 44 Por que países que têm um déficit público, em relação ao PIB, mais elevado que o Brasil, como os Estados Unidos, Itália, Espanha, Coréia, têm taxas de inflação quase nulas ? A resposta não está no montante ou valor do déficit, mas em seu horizonte de financiamento. Países de moeda forte, as dívidas são distribuídas de forma uniforme ao longo de 20 ou 30 anos (investidores internacionais compram títulos de longo prazo, o que não ocorre no Brasil), pois, preferem investir em países que ofereçam menores riscos para suas aplicações. Assim, para os países em desenvolvimento, além de prazos relativamente curtos, são obrigados a oferecer as maiores taxas de juros do mundo, para atrair capitais externos. Política Fiscal e Déficit Público: Déficit Público e Inflação FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 45 Orçamento Tradicional: a serviço da concepção do Estado Liberal, com a finalidade de manter o equilíbrio nas contas públicas. Orçamento Moderno: o Estado passa a intervir (pensamento Keynesiano) para corrigir distorções do sistema econômico e estimular programas de desenvolvimento. Aspectos Institucionais do Orçamento Público: Orçamento Público FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 46 Princípio da Unidade: cada entidade pública financeiramente auto- suficiente deve possuir apenas um orçamento. Princípio da Universalidade: o orçamento precisa conter todas as despesas e receitas do Estado. Princípio do Orçamento Bruto: o orçamento deve conter todas as parcelas da receita e da despesa em valores brutos, sem nenhuma dedução. Princípio da Anualidade: o orçamento deve ser elaborado para determinado período de tempo, normalmente um ano (funcionamento do Legislativo). Aspectos Institucionais do Orçamento Público: Princípios Orçamentários FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 47 Princípio da Não-Vinculação das Receitas: impede a vinculação de receitas, ou seja, nenhuma parte da receita poderá estar vinculada a determinados gastos. Princípio da Discriminação ou Especialização: as receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada, de forma que fiquem claras a origem e destinação dos recursos. Princípio da Exclusividade: o orçamento deve conter exclusivamente matérias de natureza orçamentária (não vinculada a outras matérias). Princípio do Equilíbrio: Orçamento Tradicional vs. Orçamento Moderno Aspectos Institucionais do Orçamento Público: Princípios Orçamentários FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 48 Compreende as metas e as prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orienta a elaboração da lei orçamentária anual, dispõe sobre as alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências oficiais de fomento. Orçamento Público no Brasil: Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Orçamento Fiscal Orçamento de Investimento Orçamento da Seguridade Social FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 49 Instrumento de política fiscal implementado a partir de 1998 com o objetivo de proporcionar o equilíbrio orçamentário do setor público. Estabelece o seguinte: Limite para as despesas com funcionalismo público – 50% para a União e 60% para Estados e Municípios; Proibição de socorros financeiros entre União, Estados e Municípios; Limite de despesas feitas pelos administradores em final de mandato; Limites de endividamento para União, Estados e Municípios. Orçamento Público no Brasil: Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) FundamentosOtimizada I - 2012.pdf FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 1 ESTUDO DIRIGIDO COM BASE NO LIVRO: FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 3ª. EDIÇÃO / 2008 – ED. SARAIVA AUTORES: MANUEL ENRIQUEZ GARCIA MARCO ANTONIO SANDOVAL DE VASCONCELLOS FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 2 PARTE I Cap. 1 – Introdução à Economia Cap. 2 – Evolução do Pensamento Econômico Cap. 3 – Economia e Direito Cap. 4 – Introdução à Microeconomia Cap. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 3 PARTE II –A Macroeconomia Cap. 7 – Estruturas de Mercado Cap. 8 – Introdução à Macroeconomia Cap. 13 – Inflação Cap. 14 – O Setor Público FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 4 AVALIAÇÕES: AV1 (13/04) – Cap. 1 ao 6 AV2 (01/06) – Todos AV3 (15/06) – Todos FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 5 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA - 1o. SEMESTRE / 2012 PLANOGRAMA - SEXTA FEVEREIRO 24/fev APRES. DOS OBJETIVOS E ACORDOS GERAIS DO CURSO / CAP. 1 - INTRODUÇÃO À ECONOMIA MARÇO 02/mar CAP. 2 - EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO / CAP. 3 - ECONOMIA E DIREITO 09/mar CAP. 4 - INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA 16/mar CAP. 5 - DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO 23/mar CAP. 5 - DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO 30/mar EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ABRIL 06/abr LIVRE 13/abr AV1 20/abr ENTREGA / CORREÇÃO AV1 27/abr CAP. 8 - INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA MAIO 04/mai CAP. 7 - ESTRUTURAS DE MERCADO 11/mai CAP. 8 - INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA 18/mai CAP. 13 - INFLAÇÃO / CAP. 14 - O SETOR PÚBLICO 25/mai EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO JUNHO 01/jun AV2 08/jun ENTREGA / CORREÇÃO AV2 15/jun AV3 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 6 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 7 Conceito de Economia Problemas Econômicos Fundamentais Sistemas Econômicos Curva (Fronteira) de Possibilidades de Produção. • Conceito de Custos de Oportunidade Inter-relação da Economia com as demais ciências Divisão do Estudo Econômico Capítulo 1: Introdução à Economia FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 8 Conceito de Economia Deriva do grego: “aquele que administra o lar”. Economia é uma ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas. • A ciência que estuda a escassez. • A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos. • O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 9 Problemas econômicos fundamentais Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas. Recursos Produtivos (Fatores de Produção) (Recursos naturais, Mão de Obra, Capital) Limitados e Finitos Problema Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade. (restrição física dos recursos) Versus FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 10 O QUÊ e QUANTO produzir ? A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e quanto ? COMO produzir ? Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra intensiva. PARA QUEM produzir ? Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica. Quais os setores beneficiados. Problemas econômicos fundamentais FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 11 Sistema Econômico / Organização Econômica É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas. Atividades de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 12 Sistema Econômico / Organização Econômica Principais formas: Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista) Economia Mista (ou sócio-capitalista) FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 13 Sistema de concorrência pura Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo. Mão invisível: mecanismo de preço que promove o equilíbrio dos mercados. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 14 Sistema de concorrência pura Excesso de oferta (escassez de demanda) Formam-se estoques Redução de preços Existirá concorrência entre empresas para vender os bens aos escassos consumidores. Até o equilíbrio FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 15 Sistema de concorrência pura Excesso de demanda (escassez de oferta) Formam-se filas Tendência ao aumento de preços Existirá concorrência entre consumidores para compra. Até o equilíbrio FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 16 Sistema de concorrência pura O QUÊ e QUANTO produzir ? (o quê) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor). (quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de mercado. COMO produzir ? Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas. PARA QUEM produzir ? Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta de fatores de produção). Questão distributiva. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 17 Empresas Famílias Mercado de Bens e Serviços Mercado de Fatores de Produção Demanda de bens e serviços Sistema de concorrência pura Oferta de bens e serviços O que e quanto produzir Para quem produzir Como produzir Oferta de serviços dos fatores de produção Demanda de serviços dos fatores de produção. (mão-de-obra, terra, capital) FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 18 Sistema de concorrência pura Críticas: Grande simplificação da realidade; Os preços podem variar não devido ao mercado mas, em função de: • força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra); • poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado; • intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial); FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 19 Sistema de concorrência pura Críticas: • o mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A produção ou consumo de determinados bens ou serviços pode produzir efeitos colaterais (externalidades); além disso, existem bens públicos, disponibilizados pelo Governo. • o mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão preocupadas com a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 20 Sistema de mercado misto O papel econômico do governo Séc. XVIII - XIX Predominância : Sistema de mercado, próximo ao da concorrência pura. Início do Séc. XX O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos. Necessitando de maior atuação do Setor Público na economia. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 21 Economia Centralizada Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. Meios de produção Estado Matéria-prima, imóveis capital. Meios de sobrevivência Indivíduos Carros, roupas, televisores, etc. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 22 Economia Centralizada Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas (não há desembolso onerário); Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo; Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa e o restante dividido entre os administradores e os trabalhadores. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 23 Sistemas Econômicos - Síntese Propriedade Privada Problemas econômicos fundamentais resolvidos pelo mercado pelo órgão central Mercado Centralizada Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva X Propriedade Pública FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 24 Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis. É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 25 Modelo: 2 bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção Quantidade Produzida (bem )x Quantidade Produzida (bem )y max 0 x y max 0 y x A CPP mostra o tradeoff da sociedade, ou seja, a obtenção de alguma coisa, está sujeita a abrir mão de outra. “Nada é de graça”! Razão da Concavidade: lei dos custos de oportunidade crescentes, devido à inflexibilidade dos custos de produção. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 26 Lei dos custos de oportunidade crescentes: Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe. Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 27 Autonomia e Inter-relação: Com o passar do tempo: Concepção Humanística A Economia repousa sobre os atos humanos, objetivando a satisfação das necessidades humanas (Ciência Social). FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 28 Dificuldade de separar os fatores essencialmente econômicos dos extra-econômicos. A Autonomia da cada um dos ramos das Ciências Sociais não deve ser confundida com um total isolamento, mas sim observada sob diferentes óticas e investigada em termos não unilaterais. As manifestações das modernas sociedades encontram-se interligadas. Autonomia e Inter-relação: FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 29 Aspecto Econômico Realidade Aspecto Material do Objeto Aspecto SocialAspecto Político Aspecto Histórico Aspecto Geográfico Aspecto Demográfico FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 30 Política é a arte de governar. O exercício do poder. É natural que este poder tente exercer o domínio sobre a coisa econômica. Uso da política do Estado para concessão de vantagens econômicas pelos grandes grupos econômicos. Ex.: Agricultores na época da política do café com leite. Crédito subsidiado e tarifas protecionistas para grandes industrias. Autonomia e Inter-relação: Economia e Política FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 31 Os próprios sistemas econômicos estão condicionados à evolução histórica da civilização. As idéias que constroem as teorias são formuladas num contexto histórico onde se desenvolvem as atividades e as instituições econômicas. Autonomia e Inter-relação: Economia e História FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 32 Os acidentes geográficos interferem no desempenho das atividades econômicas e, inúmeras vezes, as divisões regionais são utilizadas para se estudar as questões ligadas aos diferenciais de distribuição de renda, de recursos produtivos, de localização de empresas, dos efeitos da poluição, das aglomerações urbanas, etc. Autonomia e Inter-relação: Economia e Geografia FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 33 Quando a política econômica visa atingir os indivíduos de certas classes sociais, interfere diretamente no objeto da sociologia, isto é, a dinâmica da mobilidade social entre as diversas classes de renda. Políticas salariais e gastos sociais ( educação, saúde, transporte, alimentação etc. ) são exemplos que direta ou indiretamente influenciam essa mobilidade. Autonomia e Inter-relação: Economia e Sociologia FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 34 Autonomia e Inter-relação: Economia e Direito Leis Anti-truste: atuam sobre as estruturas de mercado, assim como o comportamento das empresas. Agências de Regulamentação: ditam as regras de atuação em determinadas áreas (ex.: petróleo, telecomunicações,etc) Constituição Federal: Determina a competência para a execução de políticas econômicas. Estabelece os direitos e deveres dos agentes econômicos. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 35 A Economia faz uso da lógica matemática e das probabilidades estatísticas. Muitas relações do comportamento econômico podem ser expressas através de funções matemáticas. Econometria: a estratégia de se estimar as relações econômicas, matematicamente formuladas, a partir da minimização dos desvios aleatórios. Autonomia e Inter-relação: Economia, Matemática e Estatística FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 36 Divisão do Estudo Econômico Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens. Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível de vendas no varejo, numa capital. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 37 Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as variáveis (agregadas) que determinam o volume da produção total (crescimento econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial. Divisão do Estudo Econômico FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 38 Divisão do Estudo Econômico Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per capita, distribuição de renda, evolução tecnológica). Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países (transações de bens e serviços e transações monetárias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das relações financeiras internacionais. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 39 Gráficos de duas variáveis (Sistema de Coordenadas) 0 5 10 15 20 Correlação Positiva Nota Média 10 8 6 4 2 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.0 Tempo de Estudo (h. semanais) 0 5 10 15 20 Correlação Negativa Nota Média 10 8 6 4 2 Nº de Festas Freqüentadas ADENDO - Gráficos FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 40 Introdução Precursores da Teoria Econômica A Teoria Neoclássica A Teoria Keynesiana O Período Recente Abordagens Alternativas Capítulo 2 : Evolução do Pensamento Econômico: Breve Retrospecto FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 41 Aristóteles (384-322 a.C.) e o termo oikonomía. Platão (427-347 a.C.) e Xenofonte (440-335 a.C.). Roma: lei da usura, juros altos e lucro justo. Precursores da Teoria Econômica: Antiguidade FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 42 Acumulação de riquezas de uma nação: o governo de um país seria mais forte e poderoso quanto maior fosse seu estoque de metais preciosos (séc. XVI). Política Mercantilista: belicismo, nacionalismo exarcebado e intervencionismo. Precursores da Teoria Econômica: Mercantilismo FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 43 A terra era a única fonte de riqueza e havia uma ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos homens (séc. XVIII). François Quesnay (França: 1694–1774): Tableau Économique – economia dividida em setores. Fisiocracia: regras da natureza, desregulamentação governamental, atividades primárias. Precursores da Teoria Econômica: Fisiocracia FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 44 Adam Smith (Escócia: 1723-1790): precursor da moderna teoria econômica publicou A Riqueza das Nações (1776), um tratado muito abrangente sobre leis de mercado, aspectos monetários, distribuição do rendimento da terra e recomendações políticas. Teoria do Valor-Trabalho: a riqueza das nações é o trabalho humano. Base: Liberalismo, Produtividade, “mão invisível”, laissez- faire. Precursores da Teoria Econômica: Clássicos FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 45 David Ricardo (Inglaterra: 1772-1823): partindo das idéias de Smith, desenvolveu alguns modelos econômicos com grande potencial analítico. Aprimora a tese de que todos os custos se reduzem a custos do trabalho e mostra como a acumulação do capital e aumentos populacionais provocam uma elevação da renda da terra. Teoria das Vantagens Comparativas: o comércio entre países dependeria das dotações relativas de fatores de produção. Comércio Internacional. Precursores da Teoria Econômica: Clássicos FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 46 John Stuart Mill (Inglaterra: 1806-1873): sua obra consolida o exposto por seus antecessores e incorpora mais elementos institucionais ao definir melhor as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado. Jean-Baptiste Say (França: 1768-1832): retomou a obra de Smith e subordinou o problema das trocas de mercadorias à sua produção popularizando a chamada Lei de Say – a oferta cria sua própria procura. Precursores da Teoria Econômica: Clássicos Thomas Malthus (Inglaterra: 1766-1834): sistematizou uma teoria geral sobre a população e a oferta de alimentos, a Teoria Malthuziana – a população cresce em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 47 O período neo-clássico teve início na década de 1870 e desenvolveu-se até as primeiras décadas do século XX. Privilegiam os aspectos microeconômicos em detrimento dos macroeconômicos; crença na economia de mercado e no raciocínio matemático explícito inaugurado por Ricardo. A Teoria Neo-Clássica Alfred Marshall (Inglaterra: 1842-1924): seu livro, Princípios de Economia, serviu de obra básica até meados do século XX. Base: Comportamento do Consumidor, Teoria Marginalista e Teoria Quantitativa da Moeda. Outros: Schumpeter, Pareto e Pigou. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 48 A era Keynesiana iniciou-se com a publicação da Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda, de John Maynard Keynes (Inglaterra: 1883-1946), em 1936. Um dos principais fatores responsável pelo volume de emprego é o nível de produção nacional determinado pela demanda agregada efetiva, ou seja, contrariando a Lei de Say, a demanda cria a oferta. A Teoria Keynesiana Para Keynes, numa economia em recessão, não existem forças de auto-ajustamento (laissez-faire), por isso se torna necessária a intervenção do Estado por meio de uma política de gastos públicos. Outros: Monetaristas – Friedman; Keynesianos – Samuelson. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 49 A Teoria Econômica passou a ter um conteúdo empírico que lhe conferiu maior aplicação prática, ao mesmo tempo em que a análise econômica engloba quase todos os aspectos da vida humana, e o impacto desses estudos na melhoria do padrão de vida e do bem estar da sociedade é considerável. Três características marcam esse período: O período Recente Consciência maior das limitações e possibilidades de aplicações da teoria Avanço no conteúdo empírico da economia Consolidação das contribuições dos períodos anteriores FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 50 Os marxistas têm como pilar a obra O Capital, de Karl Marx (1818-1883), economista alemão que desenvolveu quase todo seu trabalho com Friedrich Engels (Inglaterra: 1820-1895) na Inglaterra, na segunda metade do século XIX. Marx foi influenciado pelos movimentos socialistas utópicos, acreditava no trabalho como determinante do valor tal como Smith e Ricardo, mas era hostil ao capitalismo competitivo e à livre concorrência, pois afirmava que a classe trabalhadora era explorada pelos capitalistas. Abordagens Alternativas: Marxistas Mais-Valia: diferença entre o valor das mercadorias que os trabalhadores produzem em dado período de tempo e o valor da força de trabalho vendida aos empregadores. Pode ser considerada como o valor extra que o trabalhador cria, além do valor pago por sua força de trabalho. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 51 Têm como grandes expoentes os norte-americanos Thornstein Veblen (1857-1929) e John Kenneth Galbraith (1917-2007) e dirigem suas críticas, principalmente, ao fato de a teoria econômica não incorporar em sua análise as instituições sociais – daí o nome de institucionalistas. Abordagens Alternativas: Institucionalistas Rejeitam o pressuposto neoclássico de que o comportamento humano, na esfera econômica, seja racionalmente dirigido e resulte do cálculo de ganhos e perdas marginais. Consideram que as decisões econômicas das pessoas refletem muito mais as influências das instituições dominantes e do desenvolvimento tecnológico. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 52 Introdução O Direito e a Teoria dos Mercados: Defesa do Consumidor e da Concorrência Arcabouço Jurídico das Políticas Macroeconômicas O Estado Promovendo o Bem-Estar da Sociedade Capítulo 3 : Economia e Direito FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 53 Comportamento dos produtores e dos consumidores: análise microeconômica quanto às suas decisões de produzir e de consumir. O Direito e a Teoria dos Mercados: Defesa do Consumidor e da Concorrência Agentes das Relações de Consumo: análise jurídica com foco no consumidor e no fornecedor – sendo que, conforme o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, os direitos do consumidor colocam-se perante os deveres do fornecedor de bens e serviços. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 54 Mão Invisível vs. Imperfeições de Mercado: O Direito e a Teoria dos Mercados: Defesa do Consumidor e da Concorrência Liberalismo Econômico Externalidades (positivas ou negativas) Assimetria de Informações Poder de Monopólio Intervencionismo Estatal FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 55 Leis de Defesa da Concorrência: regulam tanto as estruturas de mercado, quanto a conduta das empresas. O Direito e a Teoria dos Mercados: Defesa do Consumidor e da Concorrência Nos EUA: Lei Sherman (1890) – contra os trusts, proíbe a formação de monopólios. Lei Celler-Kefauver – proíbe fusões de empresas que reduzam a concorrência. No Brasil: Constituição Federal (1988) – princípios básicos da atuação do Estado na economia. SBDC (1994) – Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência: atua no Controle das Estruturas de Mercado e no Controle de Condutas. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 56 O Direito e a Teoria dos Mercados: Arcabouço Jurídico das Políticas Macroeconômicas Política Monetária, de Crédito, Cambial e de Comércio Exterior Política Fiscal UNIÃO Aumento da Demanda Agregada Órgãos de RegulaçãoPrivatizações FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 57 A ordem econômica, fundamentada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: O Direito e a Teoria dos Mercados: O Estado Promovendo o Bem-Estar da Sociedade I – Soberania Nacional; II – Propriedade Privada; III – Função Social da Propriedade; IV – Livre Concorrência; V – Defesa do Consumidor; VI – Defesa do Meio Ambiente; VII – Redução das Desigualdades Regionais e Sociais; VIII – Busca do Pleno Emprego; IX – Tratamento Favorecido para as Empresas de Pequeno Porte FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 58 O Direito e a Teoria dos Mercados: O Estado Promovendo o Bem-Estar da Sociedade Função Alocativa: tornar os mercados mais eficientes. Função Distributiva: buscar melhor qualidade de vida para a população como um todo. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 59 Fundamentos de Microeconomia Análise da Demanda de Mercado Análise da Oferta de Mercado O Equilíbrio de Mercado Capítulo 4 : Introdução à Microeconomia Capítulo 5: Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 60 Fundamentos de Microeconomia Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda o comportamento das famílias e (Consumidores) das empresas e (Firmas) os mercados (Mercados específicos) nos quais operam. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 61 Fundamentos de Microeconomia Microeconomia analisa a formação de preços no mercado. Os preços formam-se com base em dois mercados: mercado de bens e serviços Mercado dos serviços dos fatores de produção preços dos bens e serviços salários, juros, aluguéis e lucros Remuneração Remuneração FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 62 Fundamentos de Microeconomia coeteris Paribus Expressão latina traduzida como “ outras coisas sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes. - “tudo o mais constante”. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 63 Fundamentos de Microeconomia coeteris Paribus Analisar um mercado isoladamente Supor todos os demais mercados constantes - O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais. Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis. Ex.: Preço sobre a procura de determinado bem Independente Outras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 64 Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período. A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar, a dados preços. A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço. Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 65 Variáveis que afetam a Demanda: • Riqueza (e sua distribuição) • Renda (e sua distribuição) • Preço do bem • Preço dos outros bens • Fatores climáticos e sazonais • Propaganda • Hábitos, gostos, preferências dos consumidores • Expectativas sobre o futuro • Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos) Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 66 Variáveis que afetam a Demanda qdi = f( pi , ps , pc , R): Função Geral da Demanda qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i pi = preço do bem i ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes pc = preço dos bens complementares R = renda do consumidor Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese coeteris paribus. Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 67 Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem Supondo ps , pc , R e G constantes Função Convencional Lei Geral da Demanda Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. 0 d i i q p di iq f p Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 68 Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem. Efeito preço total: Efeito substituição Efeito renda O bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com que a qtd. demandada aumente. Com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a qtd. demandada do bem deve aumentar. Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 69 Representa o efeito do preço de um bem sobre a quantidade do bem que os consumidores estão dispostos a comprar e não a compra efetiva (coeteris paribus). Como o preço e a quantidade demandada têm relação negativa, a curva de demanda se inclina para baixo. Ex: Gráfico- Curva de Demanda – Função Linear 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) Qtd adquirida de livros Ex.Renda de R$ 2 mil qdi = 25 – 0,25pi qdi = a – b.pi 80 60 40 20 Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 70 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo (concorrente) do outro. Dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante (coeteris paribus), um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e margarina. Supondo pi , pc , e R constantes di sq f p Análise da Demanda de Mercado qdi ps > 0 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 71 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Ex.: 1. Carne de vaca, frango e peixe. 2. Cerveja Antarctica e Brahma. 3. Coca-cola e Pepsi. Bem substituto ou concorrente 0 5000 10000 15000 20000 Preço da Coca-cola(R$) 80 60 40 20 Qtd. consumida de Coca-cola (Supondo um aumento no preço do guaraná) D0 D1 Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 72 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bens complementares = são bens consumidos em conjunto. qdi = f( pc ) Supondo pi , ps , e R constantes qdi pc < 0 Bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem. Ex.: Computador e software. Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 73 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços 1. Camisa social e gravata; 2. Pneu e câmara; 3. Pão e manteiga; 4. Sapato e meia; 5. Litro de gasolina e automóvel. Bens complementares: 0 10000 20000 30000 40000 Preço do litro de gasolina (R$) 8 6 4 2 Qtd. de litros de gasolina (Supondo um aumento no preço dos automóveis) D0 D1 Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 74 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) qdi = f( R ) Supondo pi , ps , e pc constantes Em relação à renda dos consumidores, há três situações distintas: qdi R > 0 Bem Normal: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada do bem. Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 75 qdi R < 0 Bem Inferior: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuição na quantidade demandada do bem. Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda. qdi R = 0 Bem de consumo saciado: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem. Ex: demanda de alimentos básicos, como o açúcar, sal, arroz. Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 76 Bem normal Preço da carne de 1ª (R$) Qtd. de carne de 1ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D0 D1 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 77 Bem inferior Preço da carne de 2ª (R$) Qtd. de carne de 2ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D1 D0 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 78 Preço do arroz (R$) Qtd. de arroz (Supondo um aumento na renda do consumidor) Bem saciado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 79 Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais. A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos consumidores individuais. mercado consumidores individuais 1 para i 1,2,3,... n i D d n Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 80 Renda Preços de bens relacionados Gostos Expectativas Número de compradores Desloca a curva de demanda Variações na Quantidade Demandada Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de demanda Variações na Demanda Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 81 Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva Variação na quantidade demandada 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 No. Cigarros fumados/dia. Ex.: Imposto que aumenta o preço do cigarro.D 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 No. Cigarros fumados/dia. Ex.: Política de combate ao fumo. DD’ Análise da Demanda de Mercado Variação na Demanda FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 82 Formato da Curva de Demanda Calculada estatisticamente e empiricamente, através de modelos econométricos. Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc. qdi = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R Coeficientes em relação a qdi <0 >0 <0 >0 Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 83 Exercícios sobre a demanda de mercado qdx = 3 – 0,5.px – 0,2.py + 5.R 1- Dados: Pede-se: 1. O Bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ? 2. O bem x é normal ou inferior? Por que? 3. Supondo (px = 1, py = 2, R = 100) qual a quantidade procurada de x ? Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 84 Exercícios sobre a demanda de mercado qdx = 500 – 1,5.px + 0,2.py – 5.R 2- Dados: Pede-se: 1. O bem x é normal ou inferior? Por que? 2. O bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ? 3. Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 40 ) qual a quantidade demandada de x ? 4. Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade demandada de x ? Análise da Demanda de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 85 Análise da Oferta de Mercado Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos preços, em um determinado período. Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 86 Análise da Oferta de Mercado Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço 0 , , , ,i i fp nq f p p p T M 0 quantidade ofertada do bem i preço do bem i preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.) preço de outros n bens, substitutos na produção tecnologia metas e i i fp n q p p p T M objetivos do empresário FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 87 Análise da Oferta de Mercado Tudo o mais constante (coeteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Para produzir mais, os custos serão maiores, e o preço do bem deve ser aumentado. Função Geral da Oferta Como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço, coeteris paribus. Aumentando a quantidade ofertada 0 0i i q p FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 88 Análise da Oferta de Mercado 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida de livros O Função Geral da Oferta FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 89 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e preço do fator (Insumo) de produção (Pfp) Supondo pi , pn , T, M constantes Preço do Fator de produção (pfp). Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc. 0 0i fp q p 0i fpq f p FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 90 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’O” a) b) a) Aumento do preço do fator de produção, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do fator de produção, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 91 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (pn) Supondo pi , pfp , T, M constantes Preço de outro bem substituto na produção (pn). Ex.: Se o preço do bem substituto aumenta, e dado o preço do bem (coeteris paribus), os produtores diminuirão a produção do bem, para produzir mais do bem substituto. 0i nq f p 0 0i n q p FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 92 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’O” a) b) a) Aumento do preço do bem substituto, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do bem substituto, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 93 Análise da Oferta de Mercado Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais. mercado firmas individuais 1 para j 1,2,3,... n j O q n FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 94 Análise da Oferta de Mercado Variações na quantidade ofertada Preços dos Insumos Preços dos Bens Substitutos Tecnologia Objetivo do empresário Número de Vendedores Desloca a curva de oferta Preço Movimento ao longo da curva de oferta Variações na oferta FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 95 O Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demandada (quantidade de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem. Oferta Demanda Equilíbrio FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 96 O Equilíbrio de Mercado Lei da Oferta e da Demanda O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço). Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda: quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 97 O Excesso de Oferta Situação em que a quantidade oferecida (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade demandada (Ex.: 5 unidades). Excesso do Bem Fornecedores reduzem preços Mercado atinge o Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem. O D Excesso de Oferta O Equilíbrio de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 98 O Excesso de Demanda Situação em que a quantidade demandada (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade oferecida (Ex.: 5 unidades). Escassez do Bem Fornecedores aumentam preços Mercado atinge o Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem O D Excesso de Demanda O Equilíbrio de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 99 O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio Excesso de Demanda O Equilíbrio de Mercado Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem O D Excesso de Oferta FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 100 O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 1. Dados D = 22 – 3p (função demanda) S = 10 + 1p (função oferta) a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade. b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ? FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 101 O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 2. Dados: qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R qox = 2 + 0,1.px e supondo a renda R = 100, pede-se: a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x. b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 102 O Equilíbrio de Mercado 3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qo = 48 + 10.p Qd = 300 – 8.p Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade ofertada, quantidade demandada e o preço do produto. Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio ? Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 103 Conceito Elasticidade-Preço da Demanda Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda Elasticidade-Renda da Demanda Elasticidade-Preço da Oferta Elasticidades FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 104 Elasticidades Conceito: É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus. Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 105 Elasticidades Exemplos na Microeconomia Elasticidade-preço da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Elasticidade-renda da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus. Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 106 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda: É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd = -1,5 ). 1 0 1 0 0 % % d i d d d i o i i i pd d ii i i q q q q q q p q E p p pp q p p p FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 107 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Exemplo: Calcule a Elasticidade- preço da demanda em um ponto específico. P0 = preço inicial = R$ 20,00 P1 = preço final = R$ 16,00 Q0 = quantidade demandada, ao preço p0 = 30 Q1 = quantidade demandada, ao preço p1 = 39 0 15 30 39 50 Preço do Bem (R$) 30 20 16 8 Quantidade demandada D p1 p0 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 108 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Solução: Variação Percentual (%) Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidade demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris paribus. 1 0 0 1 0 0 16 20 0,2 20% 20 39 30 0,3 30% 30 0,3 1,5 1,5 0,2 pd pd p pp p p q qq q q E E FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 109 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Classificação: demanda elástica, inelástica e de elasticidade unitária. Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Por exemplo: |Epd |=1,5
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